30 AGRÍCOLA
Setembro 2017
Açúcar VHP: riscos e desafios da umidade para as usinas BRÁS HENRIQUE, DE RIBEIRÃO PRETO (SP)
Pelo menos cinco incêndios de grandes proporções, ocorridos em terminais de açúcar em menos de um ano (em São Paulo e no Paraná), entre 2013 e 2014, desencadearam uma mudança nos teores de umidade e granulometria (tamanho e uniformidade) da commodity produzida nas
usinas do Centro-Sul. O açúcar VHP (Very High Polarization), matéria-prima (produto não acabado, destinado para refino e exportação) mais “seca e fina”, gera uma “nuvem” maior de pó de açúcar se movimentada em grandes volumes. Essa “nuvem” eleva o risco de
incêndios em ambientes de baixa umidade do ar e motores ligados a todo vapor. Por isso, desde então, a umidade do açúcar VHP – o açúcar VVHP (Very Very High Polarization) é ainda mais “leve” que este – deve ficar entre 0,1% e 0,15% antes de sair da
“NÃO TEMOS CASO ALGUM DE RISCO DE EXPLOSÃO, NEM ESTATÍSTICAS SOBRE ISSO” RENATO CUNHA, PRESIDENTE DO SINDICATO DA INDÚSTRIA DO AÇÚCAR E DO ÁLCOOL NO ESTADO DE PERNAMBUCO (SINDAÇÚCAR-PE)
indústria. Gravidade Segundo o consultor Fernando Cullen Sampaio, da FCS Engenharia, o problema é grave, pois devido à formação de pó no açúcar, uma concentração elevada pode levar à