JornalCana 284 (Setembro/2017)

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Setembro 2017

A responsabilidade na

matriz energética e suas oportunidades Em 2016, do total de geração da bioeletridade para o SIN, a biomassa da cana de açúcar respondeu por mais de 90% ofertando mais de 21 TWh a rede FOTOS DIVULGAÇÃO

Há exatos 30 anos, quando as primeiras usinas sucroenergéticas iniciaram a exportação dos excedentes de energia elétrica, um novo produto entrou para seu portfólio de produção: a Bioeletricidade. Atualmente, a biomassa da cana é responsável pela 3ª posição na matriz elétrica brasileira, com 11.205 MW instalados, correspondentes à 6,9% da potência outorgada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Isso foi acelerado pelo “apagão de energia” dos anos 2000, provocando a reestruturação do setor elétrico nacional. A partir de então, as unidades sucroenergéticas intensificaram seus investimentos em caldeiras de alta pressão e temperatura que, combinadas com as turbinas a vapor de contrapressão e condensação, aumentaram consideravelmente a capacidade instalada desta fonte de energia. Em 2016, segundo a EPE (Empresa de Pesquisa Energética), das 378 unidades sucroenergéticas em operação, apenas 175 exportavam excedentes de Bioeletricidade para a rede. Assim, há um potencial de mais de 200 plantas que podem passar por um processo de reforma (retrofit), aproveitando plenamente o bagaço e a palha, tornando-se grandes geradoras de Bioeletricidade. Contribuindo há 25 anos para esse setor, a TGM destaca-se no fornecimento de Turbinas, Redutores e Serviços e hoje está presente em mais de 75% dos empreendimentos geradores de energia por biomassa. Com tecnologia própria, a empresa desenvolve seus equipamentos com foco na eficiência, segurança e disponibilidade operacional, que, associados aos estudos de balanço térmico dessas plantas, formam o estado da arte em eficiência na geração de energia. Hoje, a empresa investe no desenvolvimento e potencialização da geração de energia, com o projeto engenharia operacional: uma opção de viabilidade energética para as plantas.

O acordo de Paris de 2016 impulsionará a geração e cogeração pela fonte de biomassa

Engenharia Operacional TGM foca em maior eficiência energética para cogeração

A competividade no mercado de geração de energia elétrica vem aumentando gradativamente nas últimas décadas no Brasil e a necessidade de instalações mais eficientes, redução de custos operacionais e a gestão da operação nas térmicas mostram-se de vital importância para isso. Muitas plantas foram aumentando seus processos sem analisar o impacto no ciclo térmico e, acabaram tendo que rebaixar vapor para atender o processo, devido a limites no projeto dos equipamentos. A Engenharia Operacional da TGM utiliza um algoritmo para a determinação do desempenho térmico das turbinas a vapor levando em consideração a operação atual da seção de fluxo da turbina, calculando os parâmetros do vapor e os seus desvios a partir dos dados do projeto. Um dos integrantes do projeto Leonardo Buranello explica que, ao realizar melhorias no desempenho térmico das turbinas a vapor, a indústria consegue obter vantagens econômicas no mercado pela redução dos seus custos de operação e o aumento da disponibilidade da planta na produção de energia elétrica. “Conseguimos aproveitar o vapor que não estava sendo utilizado pela turbina e gerar energia. E, em alguns casos, ainda é possível melhorar o desempenho das turbinas devido a avanços tecnológicos sobre o perfil aerodinâmico das palhetas. Isso a TGM tem feito tanto em equipamentos de fabricação própria quanto de outros fabricantes com foco em aumentar o potencial da planta do cliente”, conta Buranello. “Uma visão sistemática da Engenharia Operacional da TGM é mapear as unidades consumidoras entendendo como funciona cada equipamento. Com isso, buscamos aproveitar o máximo potencial da instalação existente, onde conseguimos identificar pontos não conformes ou críticos, oferecendo as soluções para minimizar perdas e assim estabelecer os indicadores de monitoramento com base nas medições comparando com as metas”, diz Buranello. É a TGM contribuindo para as indústrias, para a biomassa e para a geração de energia verde.


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