JornalCana 349 (Fevereiro/Março 2024)

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Ingenio Aguaí: Liderando a sustentabilidade e a inovação na indústria sucroenergética 4.0

Usina é a primeira da América Latina a produzir açúcar por carbonatação, que elimina o uso do enxofre em seu branqueamento

F e v e r e i r o/ M a r ç o 2 0 2 4 S é r i e 2 N ú m e r o 3 4 9

índice

MERCADO

Calendário ProCana recheado de cursos e atividades para o setor bioenergético

bateu recorde de produção de energia renovável em 2023, aponta estudo da CCEE

car ta ao leitor

Andréia Vital - redacao@procana com br

AGRÍCOLA

GENTE

“mas, como está escrito: Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam ”

1 Coríntios 2:9

A revolução verde dos biocombustíveis:

garantindo

um futuro sustentável

No cenár io atual, em que as preocupações com o meio ambiente e a busca por fontes de energ ia mais limpas e sustentáveis ganham cada vez mais relevância, é fundamental obser var com otimismo os recentes avanços no setor dos biocombustíveis, especialmente no que diz respeito ao etanol

A recente aprovação do projeto "Combustível do Futuro" pela Câmara dos Deputados representa um marco impor tante nessa jor nada r umo a um futuro mais sustentável e menos dependente de combustíveis fósseis

Sob essa nova leg islação, a mistura de etanol na gasolina pode aumentar significativamente, oferecendo não apenas uma alter nativa mais limpa, mas também for talecendo a economia nacional, ao impulsionar a produção ag rícola

Além disso, o projeto prevê a ampliação g radual da mistura de biodiesel ao diesel fóssil, um passo cr ucial no sentido da redução das emissões de gases de efeito estuf a e da diminuição da dependência dos combustíveis tradicionais

Essas mudanças leg islativas refletem um compromisso sér io com a transição energética, que se alinha perfeitamente com a crescente consciência global sobre os desafios ambientais que enfrentamos Ao promover mos o uso de biocombustíveis, não apenas reduzimos nossa pegada de carbono, mas também estimulamos a inovação e o desenvolvimento de tecnolog ias mais sustentáveis

Nesse contexto, a edição de fevereiro/março do Jor nalCana traz aos leitores as pr incipais infor mações sobre as iniciativas em cur so para que essa revolução verde se concretize, como as campanhas em prol do etanol, que desempenham um papel cr ucial na conscientização do público sobre os benefícios do biocombustível e no incentivo ao seu uso

Citamos, nesta edição, a campanha "Movido pelo Ag ro", liderada pela Famasul em parcer ia com a Biosul, e a campanha publicitár ia da União da Indústr ia de Cana de Açúcar e Bioenerg ia (UNICA) Essas ações não apenas promovem o consumo consciente, mas também valor izam os produtos locais e contr ibuem para o for talecimento da economia reg ional

É impor tante ressaltar que, embora os desafios sejam g randes, os avanços recentes nos biocombustíveis oferecem uma luz no fim do túnel Com o apoio de iniciativas gover namentais, da indústr ia e da sociedade civil, podemos transfor mar nossa matr iz energética e constr uir um futuro mais sustentável para as próximas gerações Estamos no caminho cer to para uma verdadeira revolução verde dos biocombustíveis

Que este seja apenas o pr imeiro passo de uma jor nada r umo a um mundo mais limpo, verde e sustentável O futuro está nas nossas mãos – e é hora de ag ir

Nesta edição, o leitor também conhecerá as ações de usinas de outros países, como a Ingenio Aguai, da Bolívia Com um modelo de negócio sustentável e voltado para o futuro, a companhia se destaca como um exemplo de sucesso na indústr ia sucroenergética

É a usina mais moder na do seu país e a pr imeira da Amér ica Latina a produzir açúcar por carbonatação, que elimina o uso do enxofre em seu branqueamento

Sua abordagem inovadora e seu compromisso com a sustentabilidade ambiental e a excelência operacional garantem sua posição como líder do setor, conquistando reconhecimento nacional e inter nacional, incluindo o prestig ioso prêmio de “Sugar Mill of the Year” na premiação MasterCana, por duas vezes consecutivas (2017 e 2023)

Além disso, há muito mais É muito conteúdo interessante

Boa leitura!

C A R TA A O L E I T O R Fevereiro/Março 2024 4
6 Brasil
7 Ufal desenvolve projeto que combina energia solar para impulsionar cultivo
ana 7 Novas tecnologias ampliam potencial da bioeletricidade 8 e 9 Jacyr Costa crê em safra rentável por conta da demanda de etanol 10 40 usinas já receberam o Selo Energia Verde da UNICA em 2024 11 UNICA lança campanha para estimular consumo de etanol e acelerar transição energética no Brasil 12 Campanha “Movido pelo Agro” pretende reduzir emissão de gases do efeito estufa 13 Consultoria de investimentos aposta nos biocombustíveis 14 Aprovado na Câmara projeto “Combustível do Futuro” segue para o Senado 15 Consultorias estimam moagem da safra 2024/25 entre 592 e 615 milhões de toneladas 16 Para Pecege atraso no plantio projeção da safra 2024/25 17 Primeira planta do Norte e Nordeste de biogás e biometano a partir da vinhaça deverá começar a operar em 2025 18 Cana impulsiona economia circular com produção de biometano 19
Ingenio Aguaí Liderando a sustentabilidade e a inovação na indústria sucroenergética 4 0 20 e 21 Investimento em irrigação amplia produtividade do Grupo Olho D Água 22 Grupo Japungu fortalece a economia de diversos municípios paraibanos 22 Usina Ipojuca investe em mecanização 23 Grupo Santo Antonio aposta em capacitação e tecnologia 23 Usina Petribú alia tradição e modernidade 24 São José do Pinheiro se moderniza e vira 4 0 24 Usina Trapiche é referência em preservação ambiental 25 Neutramol: transformação e eficiência na indústria sucroenergética 25
SHOW S-PAA: o ícone da transformação digital no setor de bioenergia da América Latina 26 Graças à evolução e à diversidade, o S-PAA não para de avançar! 27 O Road Show da Transformação Digital começou 2024 passando por usinas da região Centro-Sul do Brasil Veja como foi 28 a 30
de
USINAS
ROAD
Premiação e homenagens marcam 30 anos do Programa Cana 32 e 33 Grupo Moreno promove “Dia de Campo” e apresenta novas variedades de cana 34 TECNOLOGIA
e Be8 assinam acordo para desenvolver cultivares de triticale para biocombustíveis 36 REDI@CANA responde o que esperar da safra 2024/25 38 Por que a Smartbreeder se tornou a sua parceria para a jornada agroindústria 50? 39 CEOs de Agro do Brasil acreditam no aumento da eficiência de trabalho com o uso da IA generativa 40
Embrapa
Antonio de Padua Rodrigues – Uma vida dedicada à cana-de-açúcar 42

Calendário ProCana recheado de cursos e atividades para o setor bioenergético

Diante da perspectiva da cana assumir o protagonismo na transição energética, os eventos trazem conteúdo relevantes para o setor

A ficha da eletr ificação a qualquer custo na questão de mobilidade, aos poucos parece que vai caindo e o mercado vai descobr indo que a solu ção para transição energética cer ta mente passará por uma planta chama da cana de açúcar

Questões relevantes levantadas pela ala de pesquisas com atenção para a me todologia de análise do ciclo de vida do “ poço à roda”, apontam que a cana tem potencial e que o setor sucroenergético do Brasil pode assumir o protagonismo deste ambicioso processo de descarbo nização com metas e prazos cada vez mais céleres para serem cumpr idos

Os desafios para se chegar a esse

protagonismo são imensos e não podem abr ir mão do conhecimento e da infor mação para que esse objetivo seja atin g ido Com base neste pr incípio, a Pro Cana Brasil divulga o seu calendár io de eventos 2024, que prevê a realização de cursos, seminár ios, palestras e webinars, e eventos com conteúdo dos mais re levantes, trazidos pelas pr incipais refe rências do setor bioenergético do Bra sil, assim como também personalidades do cenár io inter nacional

Nos meses de maio (dias 22 e 23), agosto (dia 14) e setembro (dias 18 e 19) serão realizados os cur sos do SI NATUB, elaborados para compar ti lhar conhecimentos e melhores práti

cas em tecnolog ias, equipamentos, acessór ios, sistemas, projetos e nor mas do processo ag roindustr ial Nestas edi ções serão realizados cur sos nas áreas de “Balanço de Massa e Energ ia”, “Fa br icação de Açúcar”, “Tratamento de Caldo”, “Fer mentação, Destilação e Levedura”, “Caldeiras,Vapor, Energ ia e Biogas”, “Extracao & Manutencao In dustr ial” “Fer mentação, Destilação e Levedura” e “Automacao e Gestao In dustr ial Inteligente”

Nos dias 19 e 30 de junho será a vez do CANABIO24 Cultivando a Cana Regenerativa, através do qual serão compar tilhados conhecimentos e benchmarking técnico sobre mane

jo biológ ico, orgânico e sustentável da cultura canavieira, com foco na busca pela cana regenerativa, sempre a par tir do compar tilhamento de quem vive a produção na prática

Os meses de agosto (12) outubro (21) e novembro (7) estão reser vados para a premiação mais cobiçada do se tor bioenergético, o prêmio Master Cana, que desde 1988, pr ima pelo re conhecimento das mais expressivas li deranças políticas e empresar iais do setor que destacaram o desenvolvi mento, justiça social e preser vação ambiental como base do tr ipé de sus tentação do setor bioenergético

O mês de novembro tem reser va do para os dias 05 e 06, a realização do inédito Seminár io de Usinas de Alta Perfor mance Ag roindustr ial Nor te/Nordeste

Para o diretor da ProCana Brasil, o jor nalista Josias Messias, “ o conheci mento é base de toda transfor mação e poder auxiliar na transmissão desse conteúdo tão r ico é que nos impul siona, pois acreditamos na sustentabi lidade e desenvolvimento que a cana pode proporcionar”, afir mou

M E R C A D O Fevereiro/Março 2024 6

Brasil bateu recorde de produção de energia renovável em 2023, aponta estudo da CCEE

A geração de energia a par tir da biomassa, que tem como principal matéria-prima o bagaço da cana-deaçúcar, foi de 3 218 megawatts médios

O Brasil gerou 70 206 megawatts médios de energ ia em 2023 a par tir das suas usinas hidrelétr icas, eólicas, solares e de biomassa, segundo estudo da Câmara de Comercialização de Energ ia Elétr ica – CCEE O volume representa 93,1% de toda a eletr icida de produzida no ano, o maior percen tual da histór ia

N a ava l i a ç ã o d e A l e x a n d re R a mos, presidente do Conselho de Ad m i n i s t r a ç ã o d a C C E E , o c e n á r i o confir ma mais uma vez o protagonis m o d o p a í s n a t r a n s i ç ã o e n e r g é t i c a g l o b a l e o s e u p o t e n c i a l p a r a n ovo s negócios sustentáveis, como o hidro gênio de baixo carbono

“Temos alguns dos melhores ven

tos do mundo e uma insolação ímpar, que nos colocam em destaque no ce nár io inter nacional Nos próximos anos, a aber tura do mercado livre de energ ia para toda a alta tensão, já ope racionalizada desde janeiro, deve im pulsionar ainda mais a demanda por energ ias renováveis ”

A s h i d re l é t r i c a s , q u e re p re s e n t a m

c e rc a d e 5 8 % d a c a p a c i d a d e i n s t a l a

d a d a m a t r i z e n e r g é t i c a b r a s i l e i r a ,

g e r a r a m q u a s e 5 0 m i l m e g awa t t s

m é d i o s p a r a o S i s t e m a I n t e r l i g a d o

N a c i o n a l – S I N, c re s c i m e n t o d e

1 , 2 % n a c o m p a r a ç ã o c o m 2 0 2 2 A s

u s i n a s e n c e r r a r a m o a n o c o m n í ve i s

d e re s e r va t ó r i o c o n f o r t á ve i s p a r a o

e n f re n t a m e n t o d o p e r í o d o s e c o d e

2 0 2 4 , g r a ç a s a o c e n á r i o h í d r i c o f a

vo r á ve l d o s ú l t i m o s d o i s a n o s e a o c o m p l e m e n t o d e f o n t e s a l t e r n a t iva s , c o m o e ó l i c a e s o l a r

Juntos, os parques eólicos e as f a

z e n d a s s o l a re s e s p a l h a d a s p e l o B r a s i l produziram mais de 13 mil megawatts m é d i o s , m o n t a n t e 2 3 , 8 % m a i o r n a comparação anual O avanço foi pu xado pelo cenár io climatológ ico f a vorável, em especial para a produção d e e n e r g i a s o l a r, e p e l a e n t r a d a d e n ova s u s i n a s n o S i s t e m a I n t e r l i g a d o Nacional, que elevaram a capacidade instalada dessas duas fontes para mais d e 4 2 , 6 m i l M W, e q u iva l e n t e a t r ê s usinas do tamanho de Itaipu

A g e r a ç ã o d e e n e r g i a a p a r t i r d a b i o m a s s a , q u e t e m c o m o p r i n c i p a l

m a t é r i a p r i m a o b a g a ç o d a c a n a

d e a ç ú c a r, f o i d e 3 . 2 1 8 m e g awa t t s m é d i o s , u m l eve a u m e n t o d e 9 , 6 % f re n t e a 2 0 2 2

Geração Distribuída

No segmento de micro e minige ração distr ibuída, representado pelos painéis solares instalados nas residências e estabelecimentos comerciais, a capa cidade instalada passou de 18 120 MW em dezembro de 2022 para 25 818 MW ao final de 2023, avanço de 42,5% O volume produzido no ano pas sado foi de 4 140 megawatts médios, o que representa um crescimento de 63,9% na comparação com 2022 Desse montante gerado, a maior par te foi produzida em Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catar ina Essa modalidade ajuda a reduzir a demanda do Sistema Interligado Na cional, pois o consumidor produz a sua própr ia energ ia Se não houvesse esse tipo de geração, o consumo no merca do regulado ter ia sido 5,9% maior que o ano anter ior nas mesmas condições, contra o crescimento de 2,5% do con sumo reg istrado oficialmente no mer cado regulado

Ufal desenvolve projeto que combina energia solar para impulsionar cultivo de cana

Estudo coordenado pelo professor Ricardo Araújo, do Ceca, concentra na analisa de sistemas agrofotovoltaicos

Em resposta à crescente demanda por energ ias sustentáveis e ao reco nhecimento da escassez de recur sos naturais, o gover no de Alagoas está in vestindo, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado (Fapeal), em um projeto da Univer sidade Fe deral de Alagoas (Uf al) que integ ra a captação de energ ia solar para impul sionar a produção ag rícola

O estudo, liderado pelo professor Ricardo Araújo do Campus de Enge nhar ias e Ciências Ag rár ias (Ceca) da Uf al, concentra se na análise de sis temas ag rofotovoltaicos, visando po tencializar o desenvolvimento da cul

tura da cana de açúcar

Esses sistemas incor poram painéis fotovoltaicos em áreas dedicadas à ag r icultura ou pecuár ia, simultanea

mente gerando eletr icidade e otimi zando o uso da ter ra

O pesquisador Ricardo Araújo ressalta a impor tância do projeto em meio à preocupação global com a emissão de gases de efeito estuf a por métodos tradicionais de produção de alimentos e energ ia

Ele destaca a relevância da energ ia fotovoltaica como uma fonte renovável em ascensão no Brasil, enquanto a ca na de açúcar desempenha um papel significativo na matr iz energética, con tr ibuindo com cerca de 15% em 2022

Desde o início, o estudo busca uma abordagem sustentável e moder na, explorando a interação positiva entre energ ia solar e produção ag rí cola, resultando em uma maior efi ciência do uso da ter ra

A escolha específica da cana de açúcar como foco do estudo levantou desafios intr igantes, considerando as peculiar idades da cultura

O ag rofotovoltaico demonstrou resultados positivos no pr imeiro ano do estudo, evidenciando um aumento na

produção de cana de açúcar, acom panhado pela geração de energ ia

No entanto, Ricardo Araújo aler ta para desafios específicos associados à altura das plantas de cana de açúcar e à colheita mecanizada, indi cando a necessidade de ajustes na al tura dos painéis para evitar acidentes e possíveis incêndios

O pesquisador destaca a impor tância do apoio da Fapeal ao projeto, enf atizando seu papel fundamental no desenvolvimento do estado ao for ne cer recur sos financeiros e bolsas para os alunos envolvidos na pesquisa

O e s t u d o c o n t i nu a , c o m f o c o n a a n á l i s e c o n t í n u a d o s i s t e m a a g ro f o t ovo l t a i c o e n a o b s e r va ç ã o d e s u a evo l u ç ã o

Projetos adicionais dentro da mes ma temática, explorando outras cultu ras para o estado de Alagoas, estão sen do delineados, especialmente na reg ião do semiár ido, onde o sistema pode contr ibuir para a eficiência do uso da água e a geração de eletr icidade para diver sas aplicações

M E R C A D O 7 Fevereiro/Março 2024
Pesquisador quer expandir o projeto para o semiárido alagoano

Novas tecnologias ampliam potencial da bioeletricidade

É o que destaca Zilmar de Souza, gerente de bioeletricidade da UNICA, em entrevista exclusiva

Não é novidade nenhuma dizer que a biomassa da cana f az a bioele tr icidade avançar na matr iz energéti ca brasileiro

Aliás, essa geração (ou cogeração, no jargão do setor) só tende a avançar caso as usinas empreguem outras fon tes de biomassa, caso de cavaco de madeira e casca de ar roz

Mas têm novos modelos de negó cios vindo por aí

É o caso das usinas híbr idas inte g radas usando biomassa sólida (baga ço), biogás, fonte solar, gás natural, in cluindo a par ticipação de bater ias (Sistemas de Ar mazenamento de Energ ia)

Não para por aí

Esses novos modelos tendem a crescer seja no mercado de micro e minigeração distr ibuída (MMGD), como pode avançar no mercado livre de energ ia, segundo Zilmar de Souza, gerente de bioeletr icidade da União de Cana de Açúcar e Bioenerg ia (UNICA)

Confira entrevista exclusiva de Zilmar para o Jor nalCana:

Jor naalCa na Coom o está a par t i ci pa ção e m ca pa cid ad e in st al a da ou geração de usinas de e caana no merrcca do de Ger ação Distr ibuída a e de Mer r cado Livre?

Zilm ar de Souza Em ter mos de Micro e Minigeração Distr ibuída (MMGD), a par ticipação da biomassa ainda é pouco representativa, com es paço para avançar

Levantamento inédito da União da Indústr ia de Cana de Açúcar e Bioenerg ia (UNICA), com base em dados da Agência Nacional de Ener g ia Elétr ica (ANEEL), mostra que, até 31 de janeiro de 2024, o país tem 26 532 MW instala dos em MMGD, porém com a geração baseada em ba

gaço de cana representando apenas 10 MW e, com o biog ás produzido na ag roindústr ia, totalizam 14 MW

Quando se trata de MMGD, a pr incipal fonte de geração é a so lar, com 26 264 MW, ou seja, 99% da ca pacidade instalada no país em MMGD até 31 de janeiro deste ano

E n no o Me rcado Livre ?

Já do lado d o Mercado Livre, a geração pela biomassa é bem mais re presentativa

Segundo levantamento da UNI

CA, a par tir de dados da Câm ara de Comercialização de Energ ia Elétr ica (CCEE), de janeiro a novembro do ano passado, 72% da geração da bio massa para a rede foi destinada para o Mercado Livre, representando 19 104 GWh, ou o equivalente à geração so mada das tér micas a gás e óleo no país, no mesmo período Entre janeiro e novembro de 2023, em relação ao mesmo período de 2022, a ger ação para o Mercado Livre cresceu 9%

Avanço da biomassa

Co o m o a bi oe le t r ici da de p od e a t tuaar r na nova etapa do Mercado Livre, e m v vi gor r desd e ja nei ro, na qu al em pressaas s coom ener g ia cont rat ada em al ta t tensão, , podem migrar r para esse am bieente de v venda? Estima se e em 72 m miil a s unidades s ligadas em a lta tensão que podem m mig ra r para o Merca do L ivre

Há anos, a ofer ta de bioeletr icida de à rede preponderante tem sido àquela destinada ao Mercado Livre, estando no “DNA” dessa fonte de ge ração a ofer ta para aquele mercado

É uma fonte de geração consoli dada nesse mercado e com atr ibutos que todos conhecem, como a renova bilidade, não inter mitência e geração no período seco, que gabar itam a bio eletr icidade a expandir e aproveitar as opor tunidades que surg irão no Mer cado Livre, com a aber tura para a alta tensão, caminhando para o atendi mento às cargas de baixa tensão, no futuro

O que e é preciso f azer paara ampliar e s ssa p pa a r tiicciippação?

Confor me mencionei, de janeiro a novembro do ano passado, 72% da ge ração da biomassa para a rede foi des

tinada para o Mercado Livre

Precisamos estimular a expansão da ofer ta de bioeletr icidade para o Mercado Livre e isto passa também por estimular a contração de novos projetos no Mercado Regulado e via MMGD também

Ter mos a expansão crescente da ofer ta de bioeletr icidade, com os atr i butos que o Mercado Livre exig irá cada vez mais (renovabilidade, não in ter mitência, geração descentralizada etc ) Isso é essencial para ajudar a ga rantir a sustentabilidade desse movi mento de for talecimento do Mercado Livre de energ ia no país

A n nova et t a appa a d do o M Meercaado L ivre e o m meercado o de Geraaççãão o Diistr r ibuída, em crreescim entto, ser v vem m d de e essttímulo pa ra as c co m pa n nhhi a as s su c cro enne r géét ica s a m pliiarem m a cogerra a çã o?

Atualmente, segundo a UNICA, com base em dados da ANEEL, a bio massa em geral tem 17 410 MW em potência outorgada no país e o setor sucroenergético representa 71,4% des te total, com 12 436 MW instalados

O que preocupa são estimativas recentes do Operador Nacional do Sistema (ONS) que mostram a prová vel evolução da capacidade instalada até 2028: enquanto a biomassa cresce rá 7,8% entre 2024 e 2028, as tér mi cas a óleo e diesel crescerão 9,6%

Temos um tesouro renovável e sustentável que é o potencial da bio eletr icidade e precisamos estimular seu aproveitamento e as opor tunidades que surg irão no Mercado Livre e na MMGD serão fundamentais para que possamos crescer muito mais que o esperado nos próximos anos

O q u e é p re ci i s o se r f e i t o p e l o gove r no et t c par a q ue a bio eleet r ici i da a d e t o r n a s e a t r a t iva pa r a a t u a r n no M erc a ad o L iv re e n o cre s cen t e m er ca do de G D?

Confor me mencionado, o país tem 26 532 MW instalados em MMGD e, segundo o Operador Na cional do Sistema (ONS), até 2028, esse mercado crescerá para 42 657 MW, ou seja, aumentará mais de 60% em poucos anos

M E R C A D O 8

Para a biomassa aproveitar mais a opção da MMGD ser ia impor tante estimular a par ticipação do biogás e parcer ias envolvendo a fonte solar nas diver sas modalidades da MMGD

Além da própr ia modalidade da MMGD chamada ger ação junto ao consumo, é impor tante continuar in centivando também o autoconsumo remoto e a geração compar tilhada e per mitir, no futuro, considerando o avanço da aber tura de mercado

Enfim, sugere se que a ANEEL comece a avaliar comandos regulató r ios necessár ios para se p er mitir que consumidores par ticipantes da MMGD e de seu Sistema de Com pensação possam par ticipar também do Ambiente de Contratação Livre, para a venda de excedentes ou a com pra de energ ia complementar à com pensação via MMGD

O que preecissa a e evoluirr?

Com relação ao Mercado Livre, o funcionamento efetivo das liquidações financeiras no mercado de cur to pra zo e a regulamentação para se per mi

tir a valoração adequada dos atr ibutos ambiental e geoelétr icos da bioeletr i cidade são algumas das questõe s que precisam evoluir para per mitir que a bioeletr icidade continue expandindo no Mercado Livre de energ ia

É p o s s í ve l q u e u m a c o m p a n h i a s uc roe e n e r g gé t i ca p rog g r a m e coge r a çã ã o n a e n t r e s s a f r a d e 20 2 4 e ve n d a p a r a e n t r e g a n e s s e p e r í o d o, v i a c o m e r c ia l iz a d o r a d e M e r ca d o L iv r e, e co o m c o n t r a t o ?

É um modelo de negócios possí vel, mas sempre é impor tante ter uma contratação com cer to tempo de an tecedência para per mitir o plane ja mento das usinas e a geração na en tressafra, para ter mos a disponibilida de de biomassa e do parque ter melé tr ico na entressafra

A l é m d i s s o, o bv i a m e n t e, é i m p o r t a n t e c a d a u s i n a ve r i f i c a r a s u s ten tabilidade econômica de ta l mo delo de negócio, que pode depender de f atores inter nos à usina ou exter nos, como as var iáveis microeconô m i c a s d o s s e t o re s s u c ro e n e r g é t i c o e elétr ico brasileiros

Caso n não haj a subbprodutos de ca a na dis po ní í ve is p pa a r a e ssa cogge ra çã o ‘ e xt r a ’ , a com p an hi a su cro o en er g gé t icca pode recor rer r a ouutrras bioom m assas ( (mma a de ira , caavaco, casca de a r roz e de la ra nja) para cumpr ir a e ntrega da bio e le t r icid a de cont r a t ad a n o M e erca do Livre?

Sim, é possível, confor me men cionei, sempre obser vando o planeja mento estratég ico e condições opera cionais de cada usina

Há a ofer ta de outras biomassas complementares como cavaco de ma deira, casca de ar roz etc ou mesmo bagaço de outras usinas.

Além disso, ainda temos espaço pa ra avançar com o uso da palha e o aproveitamento do biogás da própr ia usina, podendo aumentar a geração na safra ou expandindo na entressafra, dentro das possibilidades de cada usina

Adicionalmente, novos modelos de negócios podem prosperar

Que negócios são esses?

Por exemplo: usinas híbr idas inte g radas utilizando biomassa sólida, bio gás, fonte solar, gás natural, incluindo a par ticipação de bater ias (Sistemas de Ar mazenamento de Energ ia)

Tudo isto per mitirá não somente a mitigação de r iscos comerciais (com a geração também na entressafra), como também o uso mais eficiente dos ati vos de geração e das redes de trans missão e distr ibuição que ser vem as usinas, e as economias de escala e es copo que surg irão desses ar ranjos de gover nança

M E R C A D O 9

Jacyr Costa crê em safra rentável por conta da demanda de etanol

Para ele, o setor vive uma expectativa de redução de produção, mas deve contar com um mercado do biocombustível mais promissor

Jacyr Costa, presidente do Cosag (Conselho Superior do Agronegócio) da Fiesp, está confiante na rentabilidade da safra 2024/25, apesar das previsões de uma produção ligeiramente menor devido às condições climáticas menos favoráveis em comparação ao ano anterior

No entanto, Costa ressalta que o mercado de etanol mostra sinais encora jadores, com um recente aumento na de manda, especialmente evidenciado pelo recorde de demanda registrado em janei ro e na pr imeira quinzena de fevereiro, quando as vendas de hidratado totaliza ram 826,82 milhões de litros, um cresci mento de 41,57%, confor me dados da União da Indústr ia de Cana de Açúcar e Bioenergia (UNICA)

Além disso, ele destaca o papel cres cente do etanol na mobilidade e na des carbonização, refletindo uma tendência mais ampla em direção a fontes de ener gia renovável e menos poluentes

O presidente da Cosag menciona a evolução tecnológica no setor sucroener gético, incluindo o desenvolvimento de veículos híbr idos movidos a etanol, in centivados tanto pelo gover no federal quanto pelos gover nos estaduais, como um impulso adicional ao mercado

A diversificação de produtos der i vados da cana de açúcar, como o bio gás, também é destacada por Costa co mo uma oportunidade promissora para o setor, oferecendo benefícios comer ciais e ambientais

“É um assunto muito debatido na Fiesp, pois a indústria paulista, como a de cerâmica, de vidros e outras, precisa de descarbonização e o setor sucroenergéti co pode oferecer este gás, que é um in sumo muito importante para atender a essa demanda”, disse, citando também o biometano nesse contexto

Vale lembrar que o setor tem um po tencial de gerar 14,7 bilhões de metros cúbicos anuais de biometano e seu uso

vem crescendo, reforçando o papel da ca na de açúcar como um dos pilares da economia circular, ressaltando seu prota gonismo no processo de descarbonização

Além disso, Costa enfatiza os esfor ços contínuos do setor para promover práticas ag rícolas sustentáveis e investir em tecnolog ias mais limpas, visando a reduzir as emissões de carbono e a au mentar a eficiência

Ao ser indagado se o biogás poder ia ser, como muitos estão dizendo, o quarto produto da cana, porque há o açúcar, o etanol e a energia, Jacyr destaca a impor tância dessa pluralidade de produtos por seus benefícios comerciais com capacida de de geração de receitas para o setor

“Eu diria que é o quinto, porque nós temos o CBIO, o mercado de carbono, então hoje há uma pluralidade de diver sidade comercial, o que é muito bom porque minimiza riscos da cultura, então não só aumenta a receita como também reduz r iscos da cultura e é uma cultura que, sem dúvida nenhuma, se já está há 500 anos no Brasil, vai ficar mais 500 Es pero que a gente veja isso”, afirmou

O presidente do Conselho do Agro negócio da Fiesp também falou sobre a

participação dos produtores na divisão das receitas da comercialização dos CBIOs, que ele considera justa, destacando a im portância da cooperação entre usinas e produtores para o desenvolvimento sus tentável do setor

Ele enfatiza a interdependência entre usinas e produtores na cadeia produtiva, ressaltando que ambas as partes desempe nham papéis essenciais e complementares

“Eu acho justo, acho que tem de ter uma participação dos produtores Vár ios grupos de usina já estão fazendo isso É importante manter a cadeia Eu acho que não vale a pena querer uma imposição, mas a polarização é muito ruim É preci so se unir para poder fazer com que o se tor progr ida Não existe usina sem pro dutor e não existe produtor sem usina”, finalizou Jacyr Costa

M E R C A D O Fevereiro/Março 2024 10

40 usinas já receberam o Selo Energia Verde da UNICA em 2024

Cer tificado é emitido em parceria com CCEE e apoio Abraceel

A União da Indústr ia de Cana de Açúcar e Bioenerg ia (UNICA) cer tificou, no dia 26 de fevereiro, a 40ª usina com o Selo Energ ia Verde O cer tificado é emitido pela UNICA no âmbito do Prog rama de Cer tificação da Bioeletr icidade, idealizado pela As sociação, em parcer ia com a Câmara de Comercialização de Energ ia Elé tr ica (CCEE) e apoio da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energ ia (Abraceel)

As 40 usinas sucroenergéticas de tentoras do Cer tificado Energ ia Verde per tencem aos seguintes g r upos eco nômicos: Viralcool, Cer radinho, Alta Mog iana, Adecoag ro, BP Bunge, São Manoel, Alto Aleg re, Cofco Inter na tional Brasil, Viter ra, Colombo, Nar dini, Diana, Santa Adélia, Pitangueiras e Gr upo Balbo

Cr iado em 2015, o Selo Energ ia

Verde foi o pr imeiro projeto do mun do focado na produção de energ ia elétr ica estr itamente a par tir da bio massa da cana de açúcar (bagaço, palha e biogás) O Cer tificado é con cedido anualmente, sem custo, a usi nas produtoras de bioeletr icidade as sociadas à UNICA que cumprem re quisitos de geração renovável e de efi

ciência energética A par tir daí, co mercializadoras e consumidores que adquirem a energ ia dessas usinas, no mercado livre, podem solicitar o Selo Energ ia Verde, sem custo, desde que cumpram as Diretr izes do Prog rama

Para o gerente de Bioeletr icidade, Zilmar Souza, a busca pelo consumo responsável tem feito geradores, con

sumidores e comercializadoras de energ ia elétr ica ampliarem o por tfólio de fontes renováveis e de baixa pegada de carbono “O Prog rama da UNICA vem nessa linha de atender a demanda pelo consumo responsável por parte das empresas preocupadas com a sustenta bilidade energética e estimular o avan ço da bioeletr icidade na matr iz elétr i ca brasileira”, comenta Souza

Para o executivo, ao longo de 2024, a previsão é que as 40 usinas cer tificadas produzam quase 8 mil GWh, sendo 61% ofer tados ao Siste ma Interligado Nacional e 39% desti nados ao autocon sumo das u nidades sucroenergéticas

“Esse total a produzir em 2024 pe las usinas cer tificadas é equivalente a 27% de toda a geração pela Usina Be lo Monte no ano passado e devem evi tar a emissão estimada de quase 2 mi lhões de toneladas de CO2, algo que ser ia ating ido com o cultivo de mais de 11 milhões de ár vores nativas durante 20 anos, indicando a contr ibuição da bioeletr icidade para uma matr iz elétr i ca sustentável”, conclui Souza

M E R C A D O 11

UNICA lança campanha para estimular consumo de etanol e acelerar transição energética no Brasil

Humorista Rafael

Por tugal será garotopropaganda e abordará consumidores nos postos para tratar dos benefícios econômicos e vantagens ambientais no uso do biocombustível

A U n i ã o d a I n d ú s t r i a d e C a n a d e A ç ú c a r e B i o e n e r g i a ( U N I CA ) l a n ç o u e m j a n e i ro u m a c a m p a n h a p u bl i c i t á r i a p a r a e s c l a re c e r d ú v i d a s d o s c o n s u m i d o re s e i n c e n t iva r o s motor istas a abastecerem seus veícu los com etanol

Com um toque de humor e bas tante didática, a campanha vem sendo veiculada em rádio e TV e também nas redes sociais Com o bordão “Vai de Etanol”, estão sendo veiculados 10 ví deos e quatro spots de rádio, nos pr in cipais centros de consumo de etanol do Brasil Conta também com um si te especial vaideetanol com br “A iniciativa ocor re em decor rência da necessidade urgente de ace lerar a substitui ção dos combustíveis fósseis por biocombustíveis, reduzin do a emissão dos gases que provocam o efeito estuf a, ” explica Evandro Gus

si, presidente da UNICA. Em 2023, o planeta entrou em ebulição com mais da metade dos dias com temperatura acima do limiar para a ocor rência de eventos extremos climáticos, como mostra relatór io do Prog rama Coper nicus, da agência espacial europeia

Nesse sentido, o etanol surge co mo um dos biocombustíveis capazes de contr ibuir para a solução do pro blema, acelerando a transição energé tica no país Entre o lançamento dos motores flex – m arço de 2003 – e o fim de 2023, o consumo de etanol no Brasil evitou a emissão de 662 milhões de toneladas de CO2 equivalente

O momento não poder ia ser mais apropr iado Ao longo de todo ano de 2023, o biocombustível foi tema cen tral de alguns dos pr incipais fór uns econômicos e ambientais do mundo

E m s e t e m b ro, d u r a n t e a re u n i ã o d e c ú p u l a d o G 2 0 , e m N ova D é l i , Brasil, Índia, Estados Unidos e outros

19 países e 12 organizações inter na c i o n a i s , l a n ç a r a m a A l i a n ç a G l o b a l p a r a o s B i o c o m bu s t í ve i s O p ro j e t o tem o objetivo de fomentar a produ ç ã o s u s t e n t á vel e o u s o d e b i o c o m bu s t í ve i s n o mu n d o, t e n d o o B r a s i l como uma das referências em tecno log ia e boas práticas

Durante a Conferência do Clima das Nações Unidas, a COP28, nos Emirados Árabes, o texto final do acordo menciona a e liminação pro g ressiva dos combustíveis fósseis e abre

uma g rande opor tunidade para os biocombustíveis

Mentiras e verdades

“Pesquisas indicam que ainda existe desconhecimento sobre as van tagens do uso de etanol nos veículos Além de escla recer essas dúvidas, os filmes tratam das vantagens ambien tais, sociais e econômicas que o bio combustível tem”, afir ma o presiden te da UNICA

A i n d a e x i s t e m mu i t o s m i t o s re l a c i o n a d o s a o e t a n o l e q u e a c a m p a n h a a b o r d a U m r e c o r r e n t e e s t á r e l a c i o n a d o a o d e s m a t a m e n t o J á e x i s t e m va r i e d a d e s d e c a n a q u e p e r m i t e m g a n h o s d e p ro d u t iv i d a d e a t é t r ê s ve z e s a c i m a d a m é d i a p r a t i c a d a a t u a l m e n t e

A s i m p l e s a d o ç ã o d a s n ova s t e c n o l og i a s p e r m i t i r i a u m a u m e n t o d a p ro d u ç ã o d e c a n a , s e m a u m e n t a r u m h e c t a re d a á re a o c u p a d a a t u a l m e n t e A l é m d i s s o, o p r ó p r i o R e n ova B i o p rev ê o d e s m a t a m e n t o z e ro p a r a a s u s i n a s q u e q u e i r a m a d o t a r o p rog r a m a

Possíveis prejuízos aos motores pelo uso do biocombustível também costumam aparecer entre os pontos de desconhecimento Diferente do que muita gente pensa, o etanol mantém o motor dos veículos mais limpo do que a gasolina No caso do biocombustí vel, o acúmulo de sujeira nos bicos injetores é menor

GRANDES NÚMEROS

São 360 unidades produtoras em atividade hoje no país

US$ 13,4 bilhões em divisas externas geradas durante o ciclo 2022/23

Setor sucroenergético foi o 4º na pauta de exportação do agronegócio do Brasil

Valor bruto movimentado pela cadeia sucroenergética supera US$ 100 bilhões, com um PIB de aproximadamente US$ 40 bilhões

1ª fonte de energia renovável do país é a cana-de-açúcar, responsável por 15,4% da matriz nacional

Brasil é o maior produtor mundial de cana, com cerca de 607 milhões de toneladas processadas na safra 2022/23

Brasil é o maior produtor (36,9 milhões de toneladas) e o maior exportador de açúcar do mundo (27,8 milhões de toneladas)

Brasil é o segundo maior produtor de etanol, com 31,2 bilhões de litros na safra 2022/23

Mais de 705 mil empregos formais gerados apenas pelo setor produtivo

Segundo estudo de Moraes, Bacchi e Caldarelli, a presença de usinas e área de cana-de-açúcar apresenta os seguintes impactos na economia local:

Aumento da área de cana-deaçúcar em 10% gera uma elevação imediata do PIB médio per capita de US$ 76.

A existência de uma planta de etanol no município eleva o PIB médio per capita no ano de instalação da usina em US$ 1.098, enquanto

O PIB médio per capita no ano nas 15 cidades mais próximas têm acréscimo médio de US$ 458.

O número de produtores rurais de cana-de-açúcar independentes é de cerca de 70 mil fornecedores

M E R C A D O Fevereiro/Março 2024 12

Campanha “Movido pelo Agro” pretende reduzir emissão de gases do efeito estufa

Somente a frota do Sistema Famasul, colaboradores e prestadores de ser viço devem evitar cerca de 1,7 mil toneladas de gás carbônico em 2024

A Famasul em pa rcer ia com a Biosul, lançaram em março, a campa nha “Movido pelo Ag ro ” , que propõe o consumo consciente e a valor ização do etanol produzido no estado a par tir da cana e do milho A iniciativa foi cr iada pela Faemg (Federação da Ag r icultura e Pecuár ia de Minas Ge rais), no ano passado

Desde setembro de 2023, o Siste ma Famasul abastece toda sua frota somente com etanol Durante os no ve meses que antecederam a iniciati va, os 12 veículos flex do Sistema Fa masul percor reram juntos 371 mil quilômetros, resultando na emissão de 93 toneladas de gás carbônico equiva lente Para este ano, a previsão é que 54 toneladas do gás sejam evitadas com a mesma frota, abastecida 100% por etanol

Com o lançamento oficial da campanha Movido pelo Ag ro em Mato Grosso do Sul, a instituição es tende a proposta para colaboradores e prestadores de ser viço, chegando a cerca de 900 pessoas

A estimativa é que, juntos, os par ticipantes percor ram aproximada mente 12,3 milhões de quilômetros em 2024, podendo evitar a emissão de 1,7 mil tonelada de gás carbônico Pa ra incentivar a adesão consciente, o Sistema Famasul vai sor tear cinco voucher s por mês no valor de R$150 para os colaboradores par ticipantes

“O Brasil e os Estados Unidos são os maiores produtores de etanol, res pondendo por cerca de 70% da pro dução mundial deste combustível Es te é um g rande marco para Mato Grosso do Sul Reforça o nosso com promisso com o meio ambiente, atra vés de mais uma parcer ia com o Go ver no do Estado e a Biosul É um pas so promissor que protagoniza o nosso biocombustível ” , afir ma o presidente do Sistema Famasul, Marcelo Ber toni “ O s e t o r s u c ro e n e r g é t i c o e s t á p re s e n t e e m m a i s d e 4 0 mu n i c í p i o s d o e s t a d o, é re s p o n s á ve l p o r c e rc a d e 3 0 m i l e m p re g o s , g e r a re n d a e p ro

move o desenvolvimento local Tam b é m e x p e r i m e n t a a s u a t e rc e i r a f a s e d e e x p a n s ã o c o m i nve s t i m e n t o s d a s u n i d a d e s e m o p e r a ç ã o, a c h e g a d a d e n ovo s p ro j e t o s e d e n ovo s p ro d u t o s N o ú l t i m o a n o, f o r a m 4 1 7 m i l h õ e s d e l i t ro s d e h i d r a t a d o e a n i d ro c o n s u m i d o s n o e s t a d o, u m re c o rd e d e c o n s u m o h i s t ó r i c o U m m a rc o p a r a n ó s p ro d u t o re s l o c a i s ” , d e s t a c a o p re s i d e n t e d o C o n s e l h o d a B i o s u l , A m a u r y Pe ke l m a n

De 2003, ano do lançamento dos car ros flex, até dezembro de 2023, o uso de etanol evitou que mais de 660 milhões de toneladas de CO2 fossem lançadas na atmosfera Para efeito se melhante na natureza, ser ia cultivar aproximadamente 5 bilhões de ár vo res pelos próximos 20 anos

Produção em Mato Grosso do Sul

Ainda em cur so, a safra atual atin g iu 50,5 milhões de toneladas na se gunda quinzena de fevereiro A pro dução de açúcar ultrapassou 2 milhões de toneladas, quantidade recorde no histór ico de produção de MS Outro destaque é a produção de etanol a par tir da cana e do milho, que ating iu 3,7 bilhões de litros, ultrapassando o recorde de produção reg istrado na sa fra anter ior Já o milho tem a previsão de que da de 6,5% na produtividade, chegan do a 86,3sc/ha na 2ª safra de 2023/224 A produção pode chegar 11,485 milhões de toneladas, 24,5% menor em relação ao ciclo anter ior O g rão é responsável por 1 671 empre

gos diretos e 719 indiretos Mato Grosso do Sul se destaca na produção de etanol de milho a nível nacional

Atualmente, o estado ocupa o se gundo lugar em produção, encer ran do a safra 2022/23 com uma produ ção de 714,5 milhões de litros de eta

nol de milho Para a safra 2023/2024, há uma expectativa de aumento de 34% na produção, alcançando 960 milhões de litros Isso se deve à che gada de g randes ag roindústr ias no es tado, localizadas em Dourados, Sidro lândia e Maracaju

M E R C A D O 13 Fevereiro/Março 2024

Consultoria de investimentos aposta nos biocombustíveis

Eletrificação da frota é uma armadilha e o país deve investir nos híbridos que despontam como alternativa econômica e ambientalmente viável

Em sua análise mensal, a Consul tor ia de Investimentos Trígono ressal ta a crescente relevância dos biocom bustíveis no contexto atual O au mento das preocupações com as mu danças climáticas tem impulsionado a busca por alter nativas mais sustentáveis em diver sos setores da economia, sen do o setor de transpor tes especial mente destacado pela mídia

Nos últimos anos, os veículos mo vidos a combustão foram frequente mente retratados como g randes res ponsáveis pela deg radação ambiental, levando a uma sér ie de iniciativas po

líticas e metas ambiciosas para reduzir as emissões de poluentes na atmosfera Um exemplo emblemático foi o anúncio feito pelo presidente recém eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, em agosto de 2021, estabelecendo a meta de q ue metade dos veículos vendidos no país ser iam elétr icos até 2030 Entretanto, a nar rativa em tor no dos car ros elétr icos nem sempre

refletiu a realidade, sendo muitas vezes influenciada por interesses diver sos, como lobbies e anunciantes, o que gerou uma percepção distorcida sobre essa tecnolog ia

A consultor ia sugere que, no que diz respeito ao impacto socioambien tal, é cr ucial adotar uma abordagem holística que considere o ciclo de vida completo dos veículos, desde a extra ção de matér ias pr imas até o descar te A produção em massa de bater ias de íon de lítio, por exemplo, levanta preocupações ambientais significativas devido à intensidade dos recur sos na turais e energ ia necessár ia, além dos desafios associados à infraestr utura de reciclagem e descar te adequado

A pegada de carbono dos veículos elétr icos também é influenciada pela fonte de energia utilizada para recar re gar as bater ias, destacando a importân cia de investimentos em fontes de ener g ia limpa e sustentável para garantir os benefícios ambientais dessa transição

A infraestr utura de recarga é ou tro aspecto crítico para a adoção em massa de veículos elétr icos, com de safios relacionados à escassez de pon tos de recarga, lentidão e f alta de pa dronização de conectores Além disso, questões climáticas, como temperatu ras extremas, podem afetar a eficiên cia e o desempenho das bater ias, tor nando necessár io um investimento contínuo em tecnolog ias e infraestr u tura adequadas

“Acerca destes veículos, comenta mos não poucas vezes, montadoras ocidentais se enfiaram em uma ar ma dilha, praticamente ficando reféns da China que reúne todas as vantagens competitivas no ciclo de produção de veículos eletr ificados: minér ios, bate r ias, escala, custo de produção, preços

e magnetos (ímãs) imprescindíveis nos motores elétr icos que a China res ponde por 95% da produção mun dial”, ressalta o estudo

A s f a b r i c a n t e s c h i n e s a s c o m p r i miam margens e a viabilidade econô mica das montadoras, que colocavam suas fichas em produtos cuja contr i bu i ç ã o a m b i e n t a l é , n o m í n i m o, questionável

Para a consultor ia, a China e seu dragão devorador de indústr ias frágeis logo deverão ser alvo de represálias gover namentais tentando salvar suas montadoras e empregos, especialmen te europeias

“O Brasil, felizmente, não caiu na ar madilha A preferência por biocom bustíveis e veículos híbr idos emerge como uma alter nativa viável, aprovei tando a exper tise do país na produção de biocombustíveis e sua vasta exten são ter r itor ial Tecnolog ias como o etanol e o biodiesel desempenham um papel significativo na matr iz energé tica brasileira, oferecendo uma transi ção sustentável r umo a uma menor emissão de p oluentes na a tmosfera e gerando empregos em toda a cadeia produtiva”, mostra o estudo

A consultor ia reforça ainda que o Brasil também possui potencial para se tor nar um g rande produtor de hidro gênio verde, aproveitando seus recur sos naturais e investindo em tecnolo g ias limpas e renováveis

A análise mensal traz ainda, um documento publicado pela Toyota que constatou que, com os minerais utili zados na produção de uma bater ia de veículo elétr ico (EV) poder iam ter si do produzidas seis bater ias para veícu los elétr icos híbr idos plug in (PHEV) e nada menos que 90 bater i as para veículos híbr idos (HEV) Isso ficou conhecido como a reg ra 1:6:90

Segundo a montadora, a redução geral da emissão de carbono de 90 hí br idos ao longo de sua vida útil é 37 vezes maior que a de um único veí culo elétr ico com bater ia Eis aí um belo incentivo para que se prefira veí culos híbr idos aos puramente elétr i cos ” , argumenta a publicação

O estudo sustenta ainda que do ponto de vista ambiental, os veículos híbr idos são considerados uma opção ambientalmente mais amigável que seus pr imos a combustão “Sim, emi tem gases poluentes, mas em volume expressivamente menor E quando usam o etanol de cana de açúcar, há o benefício da captura do CO pelos canaviais”, conclui

M E R C A D O Fevereiro/Março 2024 14

Aprovado na Câmara projeto “Combustível do Futuro” segue para o Senado

Com a medida o aumento da mistura do etanol na gasolina, passa dos atuais 27,5% para 35%

O p a p e l a t r i b u í d o a o e t a n o l d e p ro t a g o n i s t a n o p ro c e s s o d e t r a n s i ç ã o e n e r g é t i c a , c o m e ç a a s e c o n s o l i d a r, c o m a a p rova ç ã o p e l a C â m a r a d o s D e p u t a d o s , d o p ro j e t o “ C o m bu s t í ve l d o F u t u ro ” A l é m d e a u m e n t a r a m i s t u r a d e e t a n o l à g a s o l i n a e d e b i o d i e s e l a o d i e s e l , o p ro j e t o c r i a p rog r a m a s n a c i o n a i s d e d i e s e l ve rd e, d e c o m bu s t í ve l s u s t e n t á ve l p a r a av i a ç ã o e d e b i o m e t a n o O t e x t o a p rova d o n o d i a 1 3 d e m a r ç o c o m 4 2 9 vo t o s a f avo r, 1 9 c o n t r a e t r ê s a b s t e n ç õ e s , é u m s u b s t i t u t ivo d o d e p u t a d o A r n a l d o Ja rd i m ( C i d a d a n i a S P ) p a r a o P ro j e t o d e L e i 5 2 8 / 2 0 , d o e x d e p u t a d o Je r ô n i m o G o e r g e n , t o m a n d o c o m o b a s e o P L 4 5 1 6 / 2 3 , d o Po d e r E xe c u t ivo A p ro p o s t a a g o r a s e g u e p a r a a n á l i s e d o S e n a d o

A par tir da publicação da propos ta como lei, a nova margem de mis tura de etanol à gasolina passará de 22% a 27%, podendo chegar a 35% Atualmente, a mistura pode chegar a 27,5%, sendo, no mínimo, de 18% de etanol Essa medida não apenas im pulsiona a produção e o consumo do etanol, um biocombustível menos po luente, mas também for talece a eco nomia nacional, ao incentivar a pro dução de matér ia pr ima ag rícola

Outro avanço significativo é a am pliação g radual da mistura de biodiesel ao diesel fóssil, que passará de 14% pa ra 20% até o ano de 2030 Tal medida é um passo cr ucial r umo à redução das emissões de gases de efeito estuf a e à diminuição da dependência do país em relação aos combustíveis fósseis

Ao defender o PL apresentado ao Plenár io da Câmara, o relator Ar nal do Jardim destacou que as mudanças incor poradas reforçam o di álogo do Combustível do F uturo com outras propostas, como o Mover (Mobilida de Verde), o Mercado de Carbono e o Paten (Prog rama de Aceleração da Transição Energética)

Na avaliação do presidente da União da Indústr ia de Cana de Açúcar e Bioenerg ia (UNICA), Evandro Gussi, o prog rama reforça o

lugar do Brasil na vanguarda da tran sição para baixo carbono

O diretor de Inteligência Setor ial da UNICA, Luciano Rodr igues, des tacou que o Combustível do Futuro é inovador em vár ios aspectos “Na mobilidade, por exemplo, o Prog rama incor pora a avaliação de ciclo de vida para mensurar a redução de emissões de gases de efeito estuf a por quilôme tro rodado, estabelecendo uma diretr iz tecnicamente fundamentada para as inovações em cur so, com garantia de neutralidade tecnológ ica” A proposta prevê a avaliação no ciclo poço a roda em uma pr imeira etapa e berço ao túmulo a par tir de 2032

Na visão de Renato Cunha, pre sidente da Associação d e Produtores de Açúcar, Etanol e Bioenerg ia (No vaBio) , a aprovação do projeto é mais uma etapa vencida para que o Brasil possua uma política consistente de

transição energética “No segmento da cana de açúcar, dispomos de um imenso potencial para aumentar a produção de etanol, biodiesel, SAF e biometano”, conclui Cunha, que também preside o Sindicato da Indús tr ia do Açúcar e do Álcool no Estado de Per nambuco (Sindaçúcar/PE)

Biometano e SAF

Outra mudança é a cr iação do Prog rama Nacional de Biometano Com composição semelhante ao gás natural e pegada de carbono bastante infer ior, o biometano é obtido a par tir do biogás, que por sua vez pode ser f abr icado a par tir dos subprodutos da cana, a par tir da palha, da vinhaça e da tor ta de filtro

A proposta prevê a cr iação de um mandato de descarbonização com biometano no gás natural comerciali zado, previsto para começar em 1%

em 2026 A evolução da implantação a cada ano também será fixada pelo

CNPE

O texto também cr ia um prog ra ma para produção de combustível sustentável de av iação (SAF, na sigla em inglês), estabelecendo que as companhias aéreas devem reduzir suas emissões nos voos nacionais a par tir da utilização de SAF Esse biocombustí vel pode ser produzido a par tir de di ferentes rotas, inclusive com utilização do etanol, considerada bastante efeti va na descarbonização aérea

Outro ponto em destaque é o ar cabouço legal para a captura e ar ma zenamento de carbono (CCS) Esse processo com bioenerg ia pode ser uma alter nativa impor tante nos pró ximos anos, utilizando o gás emitido durante o processo de fer mentação do etanol ou mesmo durante a conver são do biogás em biometano

M E R C A D O 15 Fevereiro/Março 2024
Arnaldo Jardim, relator do projeto de lei

Consultorias estimam moagem da safra 2024/25 entre 592 e 615 milhões de toneladas

Estudo realizado pela DATAGRO aponta que 65% das usinas retomam suas operações na primeira quinzena de abril

A safra 2023/24 entra para histó r ia como a recordista de moagem Se gundo infor mações divulgadas pela União da Indústr ia de Cana de Açúcar e Bioenerg ia (UNICA), no dia 12 de março, ela já acumula 647,15 milhões de toneladas Já as previsões para a safra 2024/25 apontam uma li geira tendência de queda, oscilando entre 592 e 615 milhões de toneladas

Em relação ao açúcar, as projeções var iam de 40,45 a 41,9 milhões de toneladas, indicando uma queda de 4,8% em comparação com a safra an ter ior, com um mix açucareiro p re visto em 51,6% (+2,7%)

Quanto ao etanol, a estimativa é de 30,42 bilhões de litros, refletindo uma diminuição de 9,3% em relação à safra anter ior, com 14,20 bilhões de litros de anidro (+5,1%) e 16,22 bi lhões de litros de hidratado ( 19,0%)

De acordo com Lívea Coda, ana lista da hEDGEpoint Global Markets “embora haja otimismo de que a reg ião Centro Sul possa ultrapassar a marca de 650 milhões de toneladas até o final da temporada 2023/24, há preocupações crescentes em relação às per spectivas para 2024/25 A diminuição da preci pitação nas pr incipais reg iões produto ras de cana sugere que o TCH poderá sofrer uma cor reção mais acentuada do que a prevista inicialmente”

A dificuldade em estimar a pro dução do Centro Sul se baseia no f a to de que as chuvas foram bastante ir regulares e disper sas por toda a reg ião Enquanto Ribeirão Preto, responsável por cerca de 14% da produção total de cana do Brasil, recebeu precipitação bem abaixo da média e per manece no limite infer ior dos valore s histór icos, São José do Rio Preto está per to da média – assim como muitas outras micror reg iões

Apesar das projeções de menor volume de cana na reg ião Centro Sul, Plinio Nastar i, da DATAGRO, ressalta que a ofer ta de produtos terá um impacto mínimo Em relação ao etanol, prevê se uma recuperação do consumo, o que deve impu lsionar os

preços aos produtores durante a safra 2024/25

Tendências climáticas desf avorá veis, com precipitação 26,7% abaixo da média histór ica e 12,0% abaixo do mesmo período de 20/21, afetaram o volume de cana para a safra 2024/25 no Centro Sul No entanto, mesmo diante desse cenár io, a ofer ta final de produtos deverá ser pouco afetada, com uma redução projetada de apenas 0,4 milhões de toneladas de açúcar e 1,78 bilhão de litros de etanol na re g ião Centro Sul

Início da safra

Na segunda me tade de fevereiro, duas unidades deram início à safra 2024/25 Ao tér mino da quinzena, es tão em operação 17 unidades produ toras na reg ião Centro Sul, sendo cinco unidades com processamento de cana, nove empresas que f abr icam etanol a par tir do milho e três usinas flex Em levantamento preliminar rea lizado pela UNICA, espera se que 28 unidades produtoras reiniciem as ati vidades durante a pr imeira quinzena de março O r itmo de retor no das usinas pode sofrer alterações a depen der das condições climáticas de cada reg ião canavieira

Já uma amostra de 107 usinas rea lizada pela DATAGRO revelou que 70 unidades, ou 65,4% do total, planejam retomar as operações de moagem a par tir da 1ª quinzena de abr il, en quanto quase um quar to do setor ini ciará as a tividades de moagem ainda em março Apesar das más condições climáticas, a área plantada de cana de verá aumentar 1%, alcançando 7,512 milhões de he ctares na reg ião Cen tro Sul, estima a consultor ia

Vendas etanol e mercado de CBios

No mês de fevereiro de 2024, as vendas de etanol totalizaram 2,82 bi lhões de litros, o que representou au mento de 32,44% em relação ao mes mo período da safra 2022/23 O vo lume comercializado de etanol anidro no período foi de 998,80 milhões de litros – aumento de 5,28% – enquan to o etanol hidratado reg istrou venda de 1,82 bilhão de litros – crescimento de 54,24%

No mercado doméstico, as vendas de etanol hidratado em fevereiro to talizaram 1,68 bilhão de litros – var ia ção de 53,91% em relação ao ano pas sado Na comparação com janeiro de

2024, a elevada competitividade do biocombustível ante o concor rente fóssil mantém a demanda aquecida pelo renovável, indicando um cresci mento de 11% nas vendas por dia útil, mesmo em um mês com três úteis dias a menos que janeiro

A comercialização de etanol anidro, por sua vez, foi de 975,91 milhões de litros – aumento de 10,70% Com esse resultado, o volume comercializado no mercado inter no totalizou 2,66 bilhões de litros, 34,63% super ior ao reg istra do no mesmo mês do ano anter ior No acumulado da safra 2023/24, a comercialização de etanol soma 29,76 bilhões de litros, representando um aumento de 11,19% O hidratado compreende uma venda no volume de 18,08 bilhões de litros (+18,63%), en quanto o anidro de 11,68 bilhõe s (+1,35%)

Dados da B3, até o dia 8 de mar ço, indicam a emissão de 7,68 milhões de créditos em 2024 Em posse da par te obr igada do prog rama Renova Bio há 41,23 milhões de créditos de descarbonização – esse montante já é super ior à meta estabelecida para o ano de 2023, de 37,47 milhões de CBIOs, e cujo prazo de cumpr imen to se encer ra em 31 de março

M E R C A D O Fevereiro/Março 2024 16

Para Pecege atraso no plantio reduz projeção da safra 2024/25

Na avaliação da consultoria a moagem deve ficar na casa de 597,9 milhões de toneladas

A temporada de 2023/24 foi mar cada por uma convergência de f atores f avoráveis que impulsionaram a pro dução ag rícola no setor canavieiro Durante o evento Expedição Custos Cana, realizado em Piracicaba SP, no dia 29 de fevereiro, João Rosa, conhe cido como Botão, consultor do Pece ge, descreveu a como a "safra da tem pestade perfeita" Ele destacou a com binação de preços f avoráveis, aumento na produção e redução de custos co mo elementos chave desse período

Com um incremento médio de 20% na produção de cana ou ATR (Açúcar Total Recuperável), a safra anter ior testemunhou resultados im pressionantes Esse crescimento subs tancial foi atr ibuído pr incipalmente às condições climáticas f avoráveis, espe cialmente as chuvas, e à alta taxa de refor ma dos canaviais em 2022 “En tão já era um pouco esperado que em 2023 tivesse uma reação da produti vidade”, explicou Botão

Os números revelados pelo Pece ge confir mam o desempenho excep cional da safra 2023/24, com uma moagem de 652 641 milhões de to neladas de cana, um aumento de 18,98% em relação ao ano anter ior. A produção de açúcar e etanol também reg istrou aumentos significativos, de monstrando a robustez do setor A produção de açúcar fechou com 42,40 milhões de toneladas, um aumento de 25,70%, já a de etanol fechou em 27,16 bilhões de litros, 10,91% a mais que a anter ior

De acordo com os dados apresen tados no evento, o custo caixa ag rícola em R$/ton da safra 2023/24, ou seja, o que foi efetivamente desembolsado, apresentou queda de 15% quando comparado ao ciclo anter ior

Dentre os pr incipais motivos que contr ibuíram com esse cenár io mais positivo está o aumento de 16% na produtividade ag rícola, em função do volume de chuvas acima da média em algumas reg iões durante o período de entressafra da 2022/23 e início da safra

No entanto, as projeções para a safra 2024/25 não são tão otimistas

Embora se espere que os números per maneçam elevados, a consultor ia antecipa uma queda na produtividade

Haroldo Tor res, economista do Pece ge, prevê que a moagem ating irá

597,9 milhões de toneladas, uma re dução de 7,9% em comparação com a safra anter ior

Segundo ele, a produtividade dos canaviais deve cair 8,1% na compara ção anual, para 80,38 toneladas de ca na por hectare A redução é motivada

especialmente pela entressafra com chuvas ir regulares e abaixo da média, aumento da quantidade colhida no terço final da temporada e incremen to da idade média do canavial, aponta o Pecege Já a concentração de açúcar total recuperável (ATR) deve aumen tar brevemente, para 140,91 quilos por tonelada (+1,1%)

Essa diminuição na produtividade é atr ibuída a uma sér ie de f atores, in cluindo a entressafra com chuvas ir re gulares e abaixo da média, um aumen to na colheita no terço final da tempo rada e o envelhecimento médio do ca navial Apesar disso, espera se um leve aumento na concentração de ATR, para 140,91 quilos por tonelada

Tor res destacou a impor tância da idade média dos canaviais no desempe nho da safra Ele observou que, embo ra as condições climáticas tenham sido favoráveis, o aumento da participação da cana planta na colheita também de sempenhou um papel significativo

Custos menores de produção para as safras 2023/24 e 2024/25

2023/24 A redução nos preços inter nacionais de diversos insumos, em es pecial fer tilizantes, em decor rência da estabilização da ofer ta em 2023, após o conflito entre Rússia e Ucrânia, tam bém ajudou neste contexto Entretanto, mesmo com a redução no custo caixa ag rícola, alguns dispên dios apresentaram movimento de alta A recomposição salar ial em função da def asagem inflacionár ia e a dificuldade de contratação em algumas categor ias pressionaram os custos com mão de

obra Ademais, a valor ização no preço do ATR (Consecana SP) refletindo o compor tamento das cotações inter na cionais do açúcar pressionou o custo com ar rendamento

De acordo com André Camarotti e Leonardo Ceregato, analistas de Custos do PECEGE, em momento de for ma ção do canavial, o custo por hectare deve manter um patamar similar ao da safra 2022/23, com um aumento de 1%, passando de 16 742,00 R$/ha pa ra 16 923,00 R$/ha da safra 2022/23

para 2023/24 respectivamente D e f o r m a g e r a l , p a r a a s a f r a 2 0 2 4 / 2 5 e s p e r a s e a c o n t i n u i d a d e d o m ov i m e n t o d e re t r a ç ã o n o s p re ç o s d o s i n s u m o s a g r í c o l a s Po r é m , a re d u ç ã o d a p ro d u t iv i d a d e p a r a n ú m e ro s m a i s p r ó x i m o s a o s p a t a m a re s h i s t ó r i c o s , e a p e r s p e c t iva d e q u e d a n o p re ç o d e f e c h a m e n t o d a m a t é r i a p r i m a c o n t r i b u e m p a r a a a t u a l p ro j e ç ã o d e 1 4 % d e a l t a n o c u s t o c a i x a a g r í c o l a e m R $ / t o n p a r a o p r ó x i m o c i c l o

M E R C A D O 17 Fevereiro/Março 2024

Primeira planta do Norte e Nordeste de biogás e biometano a partir da vinhaça deverá começar a operar em 2025

Nova unidade terá capacidade de produção anual de 6 milhões de metros cúbicos

A Pindorama será a pr imeira coo perativa ag roindustr ial do Nor te Nordeste a implantar uma unidade de produção de biogás e biometano A parcer ia com a ZEG Biogás foi con solidada no dia 14 de março, quando representantes das duas empresas rea lizaram as últimas tratativas para a as sinatura do contrato, o que deve ocor rer dentro dos próximos 15 dias

Com um investimento inicial or çado na casa dos R$ 65 milhões, a planta deve ter suas obras i niciadas ainda neste pr imeiro semestre, em uma área de aproximadamente 5 hectares, cedida pela Pindorama

De acordo com o CEO da ZEG Biogás, Eduardo Acquaviva, a expec tativa é de que a planta já esteja ope rando a no segundo semestre de 2025, com uma produção anual estimada em 6 milhões de metros cúbicos de bio gás e biometano

"Um impor tante projeto está sen do desenvolvido em conjunto com a Cooperativa Pindorama Estamos f a lando da instalação de uma planta pa ra produção de biometano É um combustível renovável e sustentável que, a par tir da vinhaça, que é o resí duo da produção de etanol, a gente transfor ma em biometano Ele é re novável, está 100% alinhado com as políticas de descarbonização, pode substituir combustíveis fósseis, como o diesel, para transpor tes, e o gás natu ral, para a indústr ia Esse projeto co loca a Cooperativa Pindorama nas ro tas de descarbonização, na transição energética, que é de tão impor tante impacto para toda a sociedade

A expectativa é que no segundo semestre de 2025 a gente esteja com esse projeto concluído, instalado, e iniciaremos a produção e comerciali zação desse combustível, que também trará mais uma fonte de receita, ag re gando valor para a Cooperativa Pin dorama Esse é um impor tante passo para a ZEG Biogás e para a Coopera tiva Pindorama, uma parcer ia que já

nasce for te", disse Acquaviva

Segundo Fer nando Mayer, geren te comercial da ZEG Biogás, a proje ção é de que a produção anual cor res ponda ao volume de 30 mil litros de óleo diesel produzidos todos os dias no período de um ano

"Com esse volume, estima se que serão evitadas a emissão de 20 mil tone ladas de gás carbônico na atmosfera anualmente com a substituição da matr iz fóssil pela renovável", calculou Mayer

Klécio Santos ressaltou a tendên cia de pioneir ismo da Cooperativa Pindorama

“Seremos protagonistas de mais um projeto inovador aqui no Nordes te, que é a captação do biometano proveniente da nossa produção de vi nhaça, um projeto muito interessante por vár ios aspectos, entre eles a ques tão ambiental Com isso a gente con tr ibuirá em muito para o bem do pla neta”, comemorou Klécio Santos

Confor me previsão de Fer nando Mayer, o biometano substituirá com bustíveis fósseis na reg ião

" C o m i s s o, p o d e m o s e s t i m a r re d u ç ã o d e e m i s s õ e s p o r vo l t a d e 1 7 m i l t o n e l a da s de C O₂ p o r a n o A l é m d o a s p e c t o a m b i e n t a l d o p ro j e t o, g e r a re m o s n ovo s e m p re g o s l o c a l m e n t e, o q u e m ov i m e n t a r á a e c o n o m i a e c o n t r i b u i r á p o s i t iva m e n t e p a r a o d e s e nvo l v i m e n t o re g i o n a l ” , d i s s e o C E O d a Z E G B i og á s , E d u a rd o A c q u av iva

Da reunião que consolidou a par cer ia par ticiparam, representando a Cooperativa Pindorama, o presidente Klécio Santos, o vice Carlos Rober to Santos e o diretor secretár io Antônio de Oliveira Da par te da ZEG, estive ram presentes Eduardo Acquaviva, CEO ZEG Biogás; Gilvan de Sá, ge rente da Vibra Engenhar ia para a re g ião Nordeste; Leonardo Lamounier, especialista financeiro da ZEG; Wa g ram Bar ros, executivo de Vendas Vi bra, e Fer nando Mayer, gerente co mercial da ZEG, (foto)

M E R C A D O Fevereiro/Março 2024 18

Cana impulsiona economia circular com produção de biometano

O setor tem um tem potencial de gerar 14,7 bilhões de metros cúbicos anuais de biometano

A produção de biometano está emerg indo como um elemento fun damental na transfor mação da cana de açúcar em um pilar da economia circular, desempenhando um papel cr ucial na descarbonização

Jurandir de Oliveira, diretor ag rí cola da Usina Cocal, destacou a im por tância desse ciclo vir tuoso duran te sua par ticipação na terceira edição do Geoday, organizada pela Geo bio gas&carbon, ressaltando os impactos positivos do biometano na redução das emissões de carbono

Em Narandiba, a usina exemplifi ca esse processo, produzindo 33 mi lhões de metros cúbicos de biogás e cerca de 10 milhões de metros cúbi cos de biometano Oliveira explicou que resíduos antes destinados ao cam

po agora passam por um processo de transfor mação em biogás, retor nando como biofer tilizantes e energ ia para alimentar a usina Já o biometano é utilizado para abastecer a frota de veí culos da usina, substituindo o diesel e fechando o ciclo circular

Oliveira ressaltou que a produção de biometano não apenas contr ibui para a redução das emissões de carbo no, mas também oferece benefícios

econômicos Segundo ele, o setor tem potencial para gerar 14,7 bilhões de metros cúbicos anuais de biometano, equivalente ao consumo de diesel no estado de São Paulo

Oliveira destacou ainda que o Brasil tem a opor tunidade de liderar essa transfor mação, aproveitando os recur sos disponíveis e apr imorando a eficiência de suas operações

“Quando a gente compara a ge

ração de 1 MJ de energ ia através da gasolina, nesse processo de geração através da gasolina, emite se 87 g ra mas de CO2 por MJ Uma usina su croenergética nor mal, para gerar esse mesmo MJ, já reduz essa emissão para 20,46 g ramas de CO2 por MJ Quan do acopla uma planta de biogás a esse processo produtivo é possível reduzir em mais 26% essa emissão, vindo en tão para 15,1”, comparou Oliveira ainda comentou que na safra passada, a usina substituiu 700 mil litros de diesel que dever iam ser usados em sua frota, por biometano, e para es sa safra, aproximadamente 1 milhão de litros de diesel serão substituídos

O diretor ag rícola também enf a tizou o papel essencial das políticas gover namentais no desenvolvimento do setor de b iogás e biometano A mesa redonda, composta por mulhe res líderes do setor, debateu estratég ias para a escalabilidade de um Brasil re novável, destacando a impor tância da colaboração entre produtores e regu ladores e a necessidade de políticas es pecíficas para impulsionar o cresci mento do setor

M E R C A D O 19 Fevereiro/Março 2024
Ingenio Aguaí: Liderando a sustentabilidade e a inovação na indústria sucroenergética 4.0

Usina é a primeira da América Latina a produzir açúcar por carbonatação, que elimina o uso do enxofre em seu branqueamento

A I n g e n i o A g u a í , u s i n a s u c ro e nergética da Bolívia, está redefinindo o s p a d r õ e s de e x c e l ê n c i a , t e c n o l og i a e sustentabilidade na Amér ica Latina

Em menos de uma década, tor nou se uma das pr incip ais refer ências d o se t o r, d e s t a c a n d o s e p o r s u a s p r á t i c a s a m b i e n t a l m e n t e re s p o n s á ve i s e s u a adoção de tecnolog ia de ponta

Localizada no leste da Bolívia, no e s t a d o d e S a n t a C r u z , a I n g e n i o A g u a í i n i c i o u s u a s o p e r a ç õ e s e m 2 0 1 3 , d e d i c a n d o s e à p ro d u ç ã o d e álcool industr ia l e tor nando se a pr i

m e i r a n a re g i ã o a a d o t a r o p ro c e s s o d e c a r b o n a t a ç ã o p a r a a p ro d u ç ã o d e açúcar, eliminando o uso de enxofre em seu branqueamento Esse método, c o mu m e n t e u t i l i z a d o n a E u ro p a e n o s E s t a d o s U n i d o s , re f l e t e o c o m promisso da usina com a inovação e a preser vação ambiental

Reconhecida como a usina sucro e n e r g é t i c a m a i s m o d e r n a d o p a í s e uma das mais avançadas do mundo, o e m p re e n d i m e n t o re p re s e n t a o p r i m e i ro p ro j e t o g re e n f i e l d d o s e t o r boliviano em quatro décadas, exig in do três anos de constr ução e um in vestimento de 160 milhões de dóla re s F i n a n c i a d o p r i n c i p a l m e n t e p o r i nve s t i d o re s n a c i o n a i s , o p ro j e t o atraiu interesse imediato, com a ven d a d e t í t u l o s n a B o l s a B o l iv i a n a d e

Valores em apenas 15 minutos

“ O s i nve s t i d o re s v i r a m q u e e r a u m p ro j e t o c o n f i á ve l n a s m ã o s d e gente com tradição na área ag rícola e com conhecimento na área industr ial

A planta industrial de Aguaí tem sido descrita como um

e resolveram apostar”, relata o presi dente da companhia, Cr istóbal Roda

Em uma década, a Ingenio Ag uaí a l c a n ç o u re s u l t a d o s i m p re s s i o n a n t e s no mercado nacional e inter nacional Lidera a produção de energ ia elétr i c a re n ov á ve l , f o r n e c e n d o 6 2 % d o c o n s u m o n a c i o n a l d e e n e r g i a l i m p a , e é líder na produção de etanol ani dro para mistura com gasolina Além d i s s o, e m 2 0 2 3 o c u p o u n o p r i m e i ro lugar no mercado de açúcar, desta c a n d o s e p o r s u a p ro d u ç ã o ú n i c a sem enxofre e ating ir a produção de 3 m i l h õ e s d e q u i n t a i s ( 4 6 q u i l o s ) d e açúcar em apenas 7 safras

A busca incessante pela excelên cia levou a usina a obter as mais exi g e n t e s c e r t i f i c a ç õ e s i n t e r n a c i o n a i s , c o m o I S C C, e o u t r a s , p e r m i t i n

Panorâmica de caldeiras, chaminés e ventiladores de torres de resfriamento Centro

d o l h e e x p o r t a r s e u s p ro d u t o s p a r a m e rc a d o s g l o b a i s C o m u m a p l a n t a industr ial totalmente automatizada, a I n g e n i o A g u a í i n g re s s o u n o s e l e t o g r upo das indústr ias 4 0 do setor su c ro e n e r g é t i c o, t o r n a n d o s e a p r i meira fora do Brasil a adotar tecno log ias avançadas de produção e ope rações inteligentes

U m d o s m a rc o s re c e n t e s d e s s a jor nada é a implementação do S PAA, u m s o f t wa re d e O t i m i z a ç ã o e m Tempo Real (RTO), único no mun do, projetado para usinas de açúcar e etanol A tecnolog ia de última gera ç ã o v i s a a p r i m o r a r a e f i c i ê n c i a d o s processos e impulsionar a produtivi d a d e, i n t e g r a n d o i n t e l i g ê n c i a a r t i f i c i a l , i n t e r n e t d a s c o i s a s e t é c n i c a s avançadas de produção

U S I N A S 20
Integrado de Operações (COI) de onde são controladas e dirigidas todas as operações da planta industrial

a das mais belas do mundo pela sua modularidade, design e conforto para os trabalhadores

“ E s s a t e c n o l og i a n o s a j u d a a s e r mais eficientes em nossos processos e m a i s p ro d u t ivo s n o s re s u l t a d o s M a i s u m a ve z , a A g u a í e s t á n a va n g u a rd a das mudanças tecnológ icas, buscando não só a otimização de nossos recur s o s e a e f i c i ê n c i a d o s p ro c e s s o s , m a s para que toda a cadeia produtiva seja automatizada com melhores resulta dos”, afir ma Roda

Além de investir em tecnolog ia, a Ingenio Aguaí está comprometida com a expansão e otimização de sua infraestr utura. Em 2022, a usina insta lou uma nova caldeira que aumenta significativamente sua capacidade de produção de vapor, com capacidade de 165 TVH (toneladas de vapor por ho ra), pressão de 65 bar e praticamente duplica a produção de vapor Em

2024, inicia se uma última ampliação, colocando uma moenda na frente do difusor hidráulico Todas essas inicia tivas são dir ig idas pelo gerente indus tr ial, Pedro Collegar i

A i n s t a l a ç ã o d a n ova c a l d e i r a a va p o r é a c o n t i nu a ç ã o d e u m a s é r i e de investimentos que a empresa vem f a z e n d o d e s d e 2 0 1 5 , re f l e t i n d o s e u compromisso contínuo com a inova ç ã o e a e f i c i ê n c i a o p e r a c i o n a l C o meçou com a ampliação da usina de a ç ú c a r ; p o s t e r i o r m e n t e, f o i i n s t a l a d a uma usina de desidratação para pro dução de álcool anidro, cuja destina ção é o prog rama de biocombustível com a estatal YPFB

A Aguaí também liderou a entra d a d a B o l í v i a n o P rog r a m a d e B i o combustíveis, negociando com o go

Carbonatação

ver no a Lei de Biocombustíveis, que, h o j e, p e r m i t e a m i s t u r a d o e t a n o l à gasolina boliviana

Em seguida, em 2019, concluiu a constr ução e comissionamento da su bestação elétr ica para for necer energ ia elétr ica excedente ao Sistema Interli gado Nacional Hoje, for nece 62% da energ ia renovável consumida pelo país e uma economia considerável de mais de 130 mil tCO² de gases de efeito es tuf a, colocando se mais uma vez à frente das industr ias com menor im pacto ambiental.

Se comparar mos os números da Aguaí em relação às demais usinas do país, podemos concluir que na safra 2022, a usina ocupou o segundo lugar na moagem de cana com 19,40% de par ticipação; o pr imeiro lugar na pro dução de açúcar com uma par ticipação de 16,97% e o segundo lugar em eta nol com uma par ticipação de 24,87%

Ao obser var a evolução de 8 sa f r a s , i n c l u i n d o t a m b é m a s a f r a 2 0 2 0 , nota se que, nesta última safra, foi al c a n ç a d o u m c re s c i m e n t o p r ó x i m o de10% na cana moída, constatando se um aumento significativo na pro d u ç ã o d e a ç ú c a r, q u e c re s c e u 2 5 % , s u p e r a n d o t r ê s m i l h õ e s d e q u i n t a i s (sacas de 47 kg) nas últimas safras

É i m p o r t a n t e d e s t a c a r o g r a u d e flexibilidade que Aguaí possui, dife re n t e m e n t e d e o u t r a s u s i n a s , p a r a poder destinar sua produção ao açú car ou ao etanol e ajustar rapidamen te às mudanças do mercado

A planta nasceu como destilar ia, mas a necessidade do mercado levou à constr ução da fábr ica de açúcar já na terceira safra Com o início da produ ção açucareira em 2015, surg iu a ideia e o desejo de f azer algo ousado e di ferente para ch amar a atenção: ser a pr imeira e única fábr ica da Bolívia (e da Amér ica Latina) a f azer açúcar re finado sem utilizar o enxofre em seu processo de branqueamento, utilizan do o processo de carbonatação, assim como o f azem os países da Europa, Estados Unidos e alguns na Ásia O engenheiro boliviano Luis Ca ballero Barba, idealizador do projeto e responsável pela constr ução da planta, explicou que o açúcar sem enxofre da Aguaí tem um processo de f abr icação diferente do existente nas usinas da Amér ica Latina Para clarear o açúcar, ao invés de utilizarem o processo de sulfi tação com uso de enxofre, optaram pela carbonatação que utiliza o dióxido de carbono que é emitido no processo de fer mentação O resultado deste proces so é um produto com características es peciais: um açúcar mais branco, mais saudável pela ausência de enxofre e mais doce, por tanto, mais econômico para uso doméstico e industr ial

O modelo Aguaí foi concebido como sustentável e, de respeito ao meio ambiente e com a profunda convicção de utilizar a melhor tecno log ia do setor para otimizar recur sos, aproveitar os avanços e a exper iência de outras empresas desenvolvidas no Brasil e em outros países

Com um modelo de negócio sus tentável e voltado para o futuro, a In genio Aguaí se destaca como um exemplo de sucesso na indústr ia sucro energética Sua abordagem inovadora e seu compromisso com a sustentabi lidade ambiental e a excelência ope racional garantem sua p osição como líder do setor, conquistando reconhe cimento nacional e inter nacional, in cluindo o prestig ioso prêmio de “Su gar Mill of theYear” na premiação MasterCana Award, por duas vezes consecutivas (2017 e 2023)

U S I N A S 21
Aguaí conta com instalações tecnológicas de última geração Cristóbal Roda, Presidente do Conselho de Administração da Aguaí e Pedro Collegari, Gerente Industrial

Investimento em irrigação amplia produtividade do Grupo Olho D’Água

Com quatro variedades de açúcar, usina recebe prêmio na categoria de gestão de comercialização

Com três unidades sucroenergéti cas e mais de 100 anos de tradição, o Gr upo Olho D’Água é uma das refe rências do setor bioenergético do Nordeste Além da certificação Bonsu cro, obtida no ano de 2023, o g r upo também foi um dos vencedores da edi ção MasterCana Nordeste, que reúne os pr incipais expoentes do setor bio energético da reg ião

Em 2022, num projeto que reuniu investimentos na ordem de R$ 74,2 milhões, o Gr upo Olho D’Água inau gurou em Aliança PE, a 86 km do Recife, a bar ragem Dr Mur ilo Tavares de Melo, com capacidade para 17,8 milhões de metros cúbicos de água

A bar ragem f az par te da estratég ia do g rupo em manter a regular idade das

safras otimizando a ofer ta de água

Nessa linha, já possui a maior bar ragem pr ivada de Per nambuco, a Ar tur Tava res de Melo, inaugurada em 2003, com capacidade para ar mazenar 21 milhões

de metros cúbicos, com um espelho d’água que ocupa uma área de 320 hectares Com a bar ragem Dr Mur ilo Tavares de Melo, o g rupo assegura a alta produtividade de suas usinas

O Gr upo Olho D’Água possui 50 mil hectares de área ag r icultável, dos quais 70% já são beneficiados com ir r igação Suas três usinas respondem por uma capacidade industr ial de moagem de 4,5 milhões de toneladas de cana de açúcar por ano Como resultado, produzem 300 mil toneladas de açúcar refinado, cr istal e demerara; 170 mi lhões de litros de etanol, álcool e aguardente; e geram 80 mil MWh de energ ia ao ano

Nesta última edição do prêmio MasterCana Nordeste, o g r upo foi contemplado com o troféu na catego r ia de “Comercialização de Açúcar –Gestão” A marca Olho D’Água ofere ce açúcar refinado especial, g ranulado, açúcar cr istal e demerara

O Gr upo Olho D’Água possui três usinas: Central Olho D’Água – PE, Giasa – PB e Comvap – PI e reúne mais de 8,5 mil colaboradores no pe ríodo de safra A área de influência das três usinas abrange 21 municípios Dis tr ibuídos por estado, são dez em Per nambuco, cinco na Paraíba, quatro no Piauí e dois no Maranhão

Grupo Japungu fortalece a economia de diversos municípios paraibanos

Em 2023 o gerente industrial da usina recebeu o prêmio MasterCana

Nordeste como executivo do ano na área industrial

A Usina Japungu, conhe cida por utilizar o sistema is raelense de ir r igação por go tejamento subter râneo no cultivo da cana de açúcar, através do qual sag rou se vencedora em edições ante r iores do Prêmio MasterCana Nordeste na categor ia Usi na/Destilar ia do Ano em Ir r i gação, voltou a ser contem plada com mais um troféu da premiação

Em 2023 conquistou mais um título Arlindo Nunes da Silva Filho, gerente industr ial da usina, recebeu o prêmio de

executivo do ano na área in dustr ial

O Gr upo Japungu, um dos pioneiros do setor su croenergético brasileiro, é composto por seis usinas que produzem açúcar, etanol e energ ia elétr ica Na Paraíba, o g r upo tem duas empresas, a Japungu Ag roindustr ial Ltda e sua filial Unidade Ag roval, as quais ficam localizadas na Zona Rural do município de Santa Rita

Com uma moagem de aproximadamente 2 200 000 (dois milhões e duzentas mil) toneladas de cana de açúcar, as usinas do g r upo empregam uma média de 3 300 (três mil e trezentos) trabalhadores na safra e 2 200 (dois mil e du zentos) no período de entres safras, gerando uma parcer ia com mais de 10 municípios paraibanos, contr ibuindo para melhor ias sócio econômicas em toda a sua área de atuação

U S I N A S Fevereiro/Março 2024 22

Usina Ipojuca investe em mecanização

Empresa foi um dos destaques da premiação

MasterCana

Nordeste 2023

Mesmo atuando em áreas aci dentadas, a Usina Ipojuca vem in vestido no processo de mecaniza

ção O trabalho realizado nesta área rendeu à usina o troféu MasterCa na Nordeste, na categor ia “Meca nização Ag rícola – Perfor mance ” S o b o c o m a n d o d e M a rc o s Antônio Queiroz Dourado – Di retor Super intendente, a Ipojuca é uma das empresas líderes em pro d u t iv i d a d e a g r í c o l a d e Pe r n a m bu c o, a t u a n d o n a f a b r i c a ç ã o d e a ç ú c a r c r i s t a l , a ç ú c a r d e m e r a r a , açúcar VHP, álcool hidratado e ál cool anidro

Ciente também da impor tân cia da preservação ambiental, a usi na também promove ações e pro g ramas de sustentabilidade em par cer ia com o Instituto para Preser vação da Mata Atlântica (IPMA)

Em dezembro de 1889, atra

Grupo Santo Antônio aposta em capacitação e tecnologia

Em 2023, a usina foi contemplada com o MasterCana Nordeste na categoria Automação Agrícola - Tecnologia & Inovação

Os investimentos em treinamento, capacitação e tecnolog ia vem apresen tando resultados para as usinas do Gru po Santo Antonio, com unidades em São Luiz do Quitunde e Matr iz de Camarag ibe no Estado de Alagoas E n t re j u l h o e a g o s t o d o a n o p a s s a d o, a U s i n a c o l o c o u e m p r á t i c a u m c ro n og r a m a p a r a m i n i s t r a r d ive r s o s t re i n a m e n t o s c o m s e u s c o l a b o r a d o re s f a c e a o s p re p a r a t ivo s p a r a o i n í c i o d a S a f r a 2 0 2 3 / 2 4 , i n i c i a d a n o m ê s d e a g o s t o

O propósito destes treinamentos é atender os compromissos assumidos nas suas políticas inter nas, representadas pelas seguintes cer tificações: ISO 9001, FSSC 22000, RenovaBio, Padrão de

v é s d e u m d e c re t o a s s i n a d o p e l o Barão de Lucena foi concedida à B a n d e i r a & S i q u e i r a p e r m i s s ã o p a r a s e i m p l a n t a r a f á b r i c a q u e, n a q u e l e t e m p o, f o i d e n o m i n a d a Usina Bandeira

Poster ior mente, os ir mãos José, João e Francisco Dourado da Cos ta Azevedo compraram a usina, que atravessava um período de cr ise Foi aí que se deu a mudança do nome de Bandeira para Usina Ipojuca Depois de passar pelas mãos de Jo sé Mar ia Car neiro da Cunha e do ag rônomo Sever ino Barbosa Ma r iz, em 1948, Antônio Dourado Neto adquir iu a empresa e iniciou um processo de expansão e mo der nização da indústr ia

Em 1997, Francisco Luiz Du beux Dourado, filho de Antônio Dourado Neto e Mar ia de Lourdes Dubeux Dourado, assume o con trole acionár io da Usina Ipojuca Junto a seus filhos Marco Antônio Queiroz Dourado, Luciana Dou rado Cr uz e Francisco Queiroz Dourado, implementou uma ad ministração moder na que ampliou a produtividade tanto do campo quanto da indústr ia

Produção Bonsucro e Padrão de Ca deia de Custódia Bonsucro Além de capacitação dos colabora dores a Usina também investe em tec nolog ia e em 2023 a usina foi contem plada com o MasterCana Nordeste na categor ia Automação Ag rícola – Tec nolog ia & Inovação

“ N o s s o G r u p o a d q u i r i u o s i s t e m a A x i a g ro, q u e i n t e g r a n o s s a s á re a s d e l og í s t i c a , b a l a n ç a e b o l e t i m d e operadores, já integ rado com o siste m a G AT E C, p e r m i t i n d o a s s i m u m a m e l h o r g e s t ã o a g r í c o l a e, c o m i s s o, possibilitando uma redução nos cus tos de todo o processo ” explicaram o Analista de Sistemas/COA Roder ick Silva e o Gerente de Produção Ag rí cola, Wellington Barbosa, que repre s e n t a r a m a u s i n a n a s o l e n i d a d e d e premiação

A expressiva par ticipação de pro fissionais do setor, tanto na pesquisa quanto nos eventos de premiação, transfor mou o Prêmio MasterCana em referência de credibilidade e símbolo de reconhecimento do mercado no Brasil e no mundo

U S I N A S 23 Fevereiro/Março 2024

Usina Petribu alia tradição e modernidade

Ações na área de prevenção à incêndio, saúde e segurança e meio ambiente, garantiram três troféus na edição 2023 do MasterCana Nordeste

Com quase 300 anos de atividade, a Usina Petr i bu, com sede no município de Lagoa de Itaenga, em Per nambuco, é, sem sombra de dúvida, a usina mais antiga em operação, não só do Brasil como também do mundo

A companhia conta com uma área de 20 000 hectares para a plantação de cana de açúcar, tem ca pacidade de processamento de até 1 700 000 tonela das por safra

São mais de 8 500 toneladas de cana processadas diar iamente, com uma produção super ior a 1 000 to neladas de açúcar e 200 000 litros de etanol por dia

De gestão f amiliar, atualmente na oitava geração, a usina segue sob o comando de Daniela Petr ibu, a pr imeira mulher a comandar a empresa, em seus qua se 300 anos de histór ia Or ig inár ia de um antigo en genho fundado em 1729, a usina f az do tempo um aliado, investindo sempre em tecnolog ia e inovação,

sendo presença constante nas diversas edições da pre miação MasterCana Nordeste

No ano de 2023, a usina conquistou três troféus: Combate a Incêndios Agrícolas, e SSMA – Saúde, Se gurança e Meio Ambiente, na ver tente Tecnolog ia & Inovação, recebidos por Jessé Domingues, Gerente de Manutenção e Ar naldo César Andrade, Gerente da Garantia da Qualidade, respectivamente E também na categor ia Gestão – Área Ag rícola, premiação entre gue a Cloves Rodr igues, Diretor Ag rícola da usina

A solenidade de premiação do MasterCana Nor deste foi realizada em novembro do ano passado, na Spettus Steak House, em Boa Viagem, Recife – PE

A preocupação ambiental da Petr ibu foi retrata da através do prog rama de preser vação da Mata Atlântica, desenvolvido pela usina, com uma área de 3 500 hectares de mata preservada Outro aspecto res saltado foi a utilização de drones no processo de fer tilização, que cobrem 40 hectares por dia Com uma área de plantação de 20 mil hectares, o trabalho feito com o drone evita que uma média de 40 funcioná r ios tenham contato direto com produtos químicos

O campo var ietal do Gr upo Petr ibu, é conside rado um dos mais impor tantes do setor na reg ião Nordeste Possui var iedades plantadas or iundas de vá r ios países como Áfr ica do Sul, Argentina, Austrália,

Brasil e Guatemala Em dezembro de 2022, o campo chegou a cerca de 500 var iedades diferentes

“Algumas em estág io de multiplicação e outras que até já foram descar tadas. Para cuidar delas, temos um ag rônomo especificamente para esse trabalho, que é bem controlado tanto pela usina, quanto pelos pró pr ios especialistas de mudas”, explica Jorge Petr ibu, presidente do Conselho Administrativo da usina

Ar naldo Cesar Dantas, discor reu sobre o trabalho desenvolvido pela usina na área ambiental, afir mando tratar se de um projeto que muito desafiador, dian te do ESG, hoje Segundo ele, signifca trazer uma so lução sustentável, com a substituição de concreto ou geomembranas plásticas por arg ila para fazer uma pa vimentação na superfície das bases de contenção com o mater ial natural que está na própr ia usina, no pró pr io solo, apenas com algumas melhor ias de compac tação, de seleção e análises de solo

“Esse projeto, ele durou três anos, e foi muito de safiador, envolveu muita ciência, muito conhecimen to do mater ial arg iloso e uma parcer ia com a Uni ver sidade Federal de Per nambuco para resultar num produto, numa solução que pode ser usada em vár ios lugares do Brasil, do mundo, para que a gente tenha menos impacto ambiental e baixo custo, para as em presas ” , infor mou Dantas

São José do Pinheiro se moderniza e vira 4.0

Como resultado a usina foi contemplada na premiação MasterCana Nordeste na categoria “Área IndustrialTecnologia & Inovação”

A usina de origem secular, São José do Pinheiro, sediada no município de Laran jeiras, em Sergipe, não parou no tempo, investiu em modernização, e já vem co lhendo frutos desse processo

Em janeiro de 2022, com a imple

mentação do módulo de energia S PAA, a usina ingressou no seleto time das usinas 4 0, trabalhando na fabricação de açúcar, álcool, melaço e geração de energia para todo o Nordeste brasileiro e alguns países europeus e africanos

A equipe da usina liderada pelo ge rente Industr ial Eduardo Saldanha con cluiu em fevereiro de 2022 junto a So teica a implementação do módulo de energia do S PAA

“Depois dos resultados obtidos com o Módulo de Energia, agora a usina segue para o Módulo de Processos Os Laços Fechados de Fluxo de Caldo e pH já es tão implementados”, comenta Douglas

Mariani, engenheiro químico sênior e es pecialista de aplicação da Soteica do Bra sil que esteve presente na unidade produ tora da usina

Com resultado desse investimento, a São José do Pinheiro foi uma das usinas premiadas na edição 2023 do MasterCana Nordeste, cuja cerimônia de premiação foi realizada em novembro do ano passado

A usina ficou com o troféu na catego ria “Área Industrial – Tecnologia & Inova ção”, na premiação que contempla reco nhecer o mérito das organizações e pessoas que buscam o aprimoramento tecnológi co, socioeconômico e sustentável do agro negócio bioenergético

U S I N A S Fevereiro/Março 2024 24

Usina Trapiche é referência em preservação ambiental

Companhia foi destaque na edição

2023 do MasterCana Nordeste

Aliada à tradição centenár ia típica das usinas da reg ião Nor deste, a Usina Trapiche também tem a preser vação do meio am biente como uma de suas prer rogativas Com sede no municí pio de Sir inhaém no estado de Per nambuco, onde ocupa uma área de 26 936 hectares, cerca de 6 952 são de área preser vada Entre essa área preser vada se destacam cerca de 2008 hectares de manguezais, que vinham so frendo com a deg radação

C o m a p re o c u p a ç ã o a m biental da administração da usi na, em maio de 2018, foi cr iada uma RPPN (Reser va Par ticular d e Pa t r i m ô n i o N a t u r a l ) e h o j e toda essa área estuar ina está ple

namente recuperada. Os cuida dos restr ingem se à fiscalização para que esse g rande manguezal p e r m a n e ç a v ivo, c o m p l e t o e proteg ido

As matas preser vadas da Usi na Trapiche vêm sendo um local de muita vibração para biólogos, or nitólogos e engenheiros flores tais que, através de pesquisas de campo, reencontraram espécies da f auna e da flora dadas como ex tintas, bem como catalogaram novas, atraindo a atenção de cientistas e instituições de preser vação de vár ias par tes do mundo

Não sem motivo, que a Usi na foi contemplada na edição 2023 do MasterCana Nordeste, com o troféu na categor ia “Pre ser vação Ambiental – Gestão”

Com uma moagem próxima a 1,5 milhões de toneladas, a usi na também se destacou na pro dução de açúcar e ficou com o prêmio nessa modalidade na ver tente gestão

Neutramol: transformação e eficiência na indústria sucroenergética

A incessante busca por inovações tecnológ icas que impulsionem a efi ciência e tragam benefícios econômi cos para a indústr ia sucroenergética tem levado empresas, como a Car meuse Brasil, a desenvolver soluções avança das Nesse contexto, o Neutramol é um produto inovador capaz de transfor mar os tradicionais processos de tratamento do caldo nas usinas de cana de açúcar

O gerente Industr ial da Usina Açucareira Furlan, Ieda Neto, com par tilhou sua exper iência com esse avançado produto, proporcionando uma visão pr ivileg iada dos impactos positivos alcançados, ao utilizar o Neutramol, ao longo de quatro meses na safra de 2023 O teste, inicialmen te planejado para 30 dias, foi estendi do devido aos impactos positivos

“O Neutramol não apenas elimi nou operações manuais, como o ma nuseio de big bags de cal, mas também revolucionou a etapa de hidratação e preparo do leite de cal, substituídos por um produto (Neutramol) de alta tec nolog ia e perfor mance Sua eficiência resultou na eliminação de incr ustações e redução das frequentes manutenções

nos equipamentos”, comentou Neto O gerente industr ial destacou a economia significativa de mão de obra, alcançando redução de 66,7%, e eco nomia de bagaço de 12,6% Além dis so, a aplicação do Neutramol demons trou ser 30,5% mais econômica por tonelada de cana processada, contr i buindo para uma gestão financeira mais eficiente e rentável “Os benefícios não se limitam apenas à esfera econômica A notór ia melhor ia da cor do açúcar foi uma constatação positiva, refletindo

diretamente na qualidade do produto Com o Neutramol o tempo de manu tenção dos evaporadores foi otimizado, aumentando o tempo entre as campa nhas”, detalhou Ieda

Outro aspecto ressaltado foi a f a cilidade de limpeza devido à redução de incr ustações nos equipamentos Além disso, a estabilidade no controle de pH contr ibuiu para apr imorar a eficiência operacional na usina

A decisão de adotar o Neutramol na Furlan foi respaldada por uma aná

lise técnica e financeira abrangente “Embora o custo inicial possa parecer mais elevado, os ganhos diretos e a efi ciência operacional consolidaram o Neutramol como uma escolha estraté g ica e altamente vantajosa”, finalizou Por fim, o Neutramol abrange não apenas os ganhos econômicos, mas tam bém melhor ias significativas na qualida de operacional e produtiva, tratando se de solução tecnológica capaz de impul sionar a eficiência e a rentabilidade da indústr ia sucroenergética brasileira

U S I N A S 25 Fevereiro/Março 2024
Um dos benefícios do Neutramol é a melhoria na cor do açúcar

S-PAA: o ícone da transformação digital no setor de bioenergia da América Latina

Na indústria de bioenergia, essa evolução está se tornando realidade através das tecnologias da Indústria 4 0

modelagem, simulação e otimização de processos industr iais Eles mig raram para o setor sucroenergético, onde fo ram desenvolvendo o S PAA

Com sua pr imeira implementação no Brasil em 2009, e em evolução contínua desde então, o S PAA transcendeu as fro nteiras nacionais, expandindo se por toda a Amér ica Latina Em 2023, alcançou o impres sionante marco de ser implementado em mais de 100 plantas

sejado, até o Controle de Imbibição, onde o sistema foi capaz de co locar água no processo no momento ideal e nas proporções ideais, garantindo um aumento contínuo significativo na extração e eficiência industr ial, que já eram altas, ao mesmo tempo em que aumentava a capacidade de moagem

g i t a l d o m e rc a d o d e b i o e n e r g i a n a s A m é r i c a s , a t u a n d o c o m o u m h u b tecnológ ico para supor te e inovações tecnológ icas, especialmente nas ope rações ag rícolas e industr iais do setor d e b i o e n e r g i a ” , a c re s c e n t a Jo s i a s M e s s i a s , d i re t o r d a P ro 4 Te c, P r ó Usinas e ProCana Brasil

E s t a m o s n a e r a d a s t e c n o l og i a s d i g i t a i s e d a i n t e l i g ê n c i a a r t i f i c i a l , bu s c a n d o a d i c i o n a r m a i o r e f i c i ê n c i a , q u a l i d a d e e c o m p e t i t iv i d a d e a o s p ro c e s s o s d e p ro d u ç ã o N a i n d ú s t r i a d e b i o e n e r g i a , e s s a evo l u ç ã o e s t á s e t o r n a n d o re a l i d a d e a t r av é s d a s t e c n o l og i a s d a I n d ú s t r i a 4 0 c o m o S PA A – o ú n i c o s o f t wa re d e O ti m i z a ç ã o e m Te m p o R e a l ( RTO ) d o mu n d o, d e s e nvo l v i d o p e l a S o t e i c a , e s p e c i f i c a m e n t e p a r a u s i n a s d e a ç ú c a r e e t a n o l – c a p a z d e c o n t ro l a r c o m p l e t a m e n t e p ro c e s s o s c o n t í nu o s e m p l a n t a s i n d u s t r i a i s

Bem antes de consolidar o con ceito de indústr ia 4 0, há 30 anos, em 1987, a Soteica foi fundada por enge nheiros químicos especialistas em

N o m e rc a d o b r a s i l e i ro d e b i o energ ia, os números gerenciados pe lo S PAA são not áveis: aproximada m e n t e 1 8 0 m i l h õ e s d e t o n e l a d a s d e c a n a d e a ç ú c a r, c e rc a d e 3 0 % d a produção nacional, cor respondendo à p ro d u ç ã o d e 7 b i l h õ e s d e l i t ro s d e etanol por safra, 210 milhões de sacas de açúcar por safra e a ge ração de 8,6 G W h d e e n e r g i a a nu a l m e n t e S e u re t o r n o m é d i o s o b re o i nve s t i m e n t o é de 90 dias

Esse sucesso desencadeou a ex pansão do uso desta tecnolog ia para o restante da Amér ica Latina Na Bolí via, por exemplo, o Ingenio Aguaí foi pioneiro em seu uso focado no Pro cesso, desde o Controle de pH, com maior estabilidade e uma redução no desvio padrão do ponto de ajuste de

Em El Salvador, 50% das usinas de açúcar adotaram o S PAA O Ingenio El Ángel foi o pr imeiro, alcançando ganhos na e ficiência energética do processo ao melhorar e otimizar o consumo de vapor na fábr ica, resul tando em um aumento na cogeração de energ ia Além disso, houve estabi lidade no processo industr ial, o que levou a melhores condições operacio nais para toda a planta

E s s a e x p a n s ã o p a r a a A m é r i c a L a t i n a i n d i c a u m a mu d a n ç a s i g n i f i c a t iva n a i n d ú s t r i a d e c a n a d e açúcar, com um movimento crescen te em direção a práticas mais susten táveis e eficientes

Além das empresas brasileiras que já f azem par te do processo de imple m e n t a ç ã o d o S PA A , a s u s i n a s l a t i no amer icanas podem contar com a n ova e m p re s a d o s E UA d o g r u p o P ro C a n a B r a s i l , a P ro 4 Te c “ É u m c a t a l i s a d o r p a r a a t r a n s f o r m a ç ã o d i

Messias é o ponto focal neste ce nár io liderado por suas empresas na implementação de tecnolog ias dig itais, e através da Pro4Tec, ele vem desen volvendo relações estratég icas para a promoção da tecn olog ia dig ital na Amér ica Latina e nos EUA

Como referência de usuár io do S PAA, Ger man Atilio Molina Or tiz, ex gerente industr ial do El Angel durante a implementação deste siste ma, e atualmente gerente industr ial do Ingenio La Cabaña – El Salvador, de cidiu implementar esta fer ramenta na La Cabaña para a temporada 2023/24 Ele destaca a proatividade e interação com a Pro4Tec: “O sucesso do proje to se deveu em g rande par te ao cons tante apoio recebido da equipe lide rada por Josias, cujo conhecimento em Transfor mação Dig ital, suas habi lidades de comunicação e gestão fo ram f atores chave para alcançar os ga nhos reais de sua implementação”

U S I N A S Fevereiro/Março 2024 26
Vista aérea do Ingenio Aguaí, da Bolívia: primeira usina a utilizar o S-PAA fora do Brasil

Graças à evolução e à diversificação, o S - PA A n ã o p a r a d e a v a n ç a r !

Além de consolidar a tecnologia em gigantes como Cargil e Mosaic, o crescimento inclui 7 plantas na América Latina e o dobro de usinas no Nordeste

A evolução e a diversificação do S PAA na temporada 2023/24 é notável, especialmente na expansão de impor tantes clientes, como usinas bioenergé ticas em Itumbiara – GO, Jaboticabal –SP, Suzanópolis – SP, Santa Cândida –SP e Pauliceia – SP Outros desenvol vimentos incluem avanços em plantas integ radas de milho, com projetos na Pindorama e SJC Bioenerg ia – UPG

A estratég ia de crescimento do S PAA também inclui uma expansão significativa no Nordeste, com o nú mero de usinas dobrando na tempora

da, além de uma incursão bem suce dida no mercado inter nacional, dupli cando também o número de “inge nios”

A diversificação de mercado é ou tra conquista A entrada no mercado de alimentos, através da parcer ia com a Combio na planta da Ing redion, mar ca uma nova direção para o S PAA, ampliando seu alcance e capacidade de inovação que culminou com a implan tação em g igantes como a Carg ill e a Mosaic Fer tilizantes, ambas planejando a implementação global da fer ramenta

A crescente satisf ação dos clientes é um indicativo claro do avanço do S PAA, impulsionado pela confiança dos consumidores e pelo contínuo apr i moramento das soluções oferecidas Para ilustrar esse prog resso, apresenta mos uma lista de casos de sucesso:

Mosaic Fer tilizantes: Implementa ção de um projeto de automação pa ra o processo de balanço de vapor no Complexo Industr ial de Uberaba, de monstrando a eficácia das soluções de automação em ambientes i ndustr iais complexos

Tereos: Uso do S PAA como fer ramentas de planejamento de metas, ser vindo como indicador de perfor mance Este caso exemplifica a impor tância de soluções per sonalizadas para otimizar operações e alcançar objetivos estratég icos

Implementação de Controles de pH: A introdução de controles avança dos de pH para otimizar a produção açucareira ilustra a capacidade do S PAA em adaptar e melhorar processos essenciais, garantindo a qualidade e efi ciência do produto final

Evolução nos Controles de Cozi mento: A moder nização dos controles de cozimento destaca se por sua rele vância na melhor ia dos processos de produção, enf atizando a inovação con tínua nas operações

Case Fer rar i: Implementação de controle de moagem baseado no ba lanço de massa e energ ia Quer saber mais sobre essa tecno log ia revolucionár ia? Entre em conta to pelo WhatsApp: 16 99148 2020 ou agende uma reunião online através desse link: https://bit ly/prousinasa gendar

U S I N A S 27 Fevereiro/Março 2024

O Road Show da Transformação

Digital começou 2024 passando por usinas da região Centro-Sul do Brasil. Veja como foi.

Um ‘time de peso’ na liderança da Usina Água Bonita

R e c e n t e m e n t e , a U s i n a Á g u a B o n i t a , l o c a l i z a d a e m Ta r u m ã S P, re c e b e u o R o a d S h ow d a Tr a n s f o r m a ç ã o D i g i t a l O s r e p r e s e n t a n t e s f o r a m r e c e b i d o s p o r f i g u r a s c h ave s d a o r g a n i z a ç ã o, i n c l u i n d o L u i z Pa u l o S a n t ' A n n a , C E O ; F l á v i o R i b e i ro Pe r e i r a , D i r e t o r A d m i n i s t r a t i vo ; R o g é r i o B o n i n i G a r r i d o, D i r e t o r A g r í c o l a ; e B e l a r m i n o B a p t i s t e l l a F i l h o, D i r e t o r I n d u s t r i a l D u r a n t e o e n c o n t ro, e s s e “ t i m e

d e p e s o ” d a U s i n a Á g u a B o n i t a , d a d a a e x p e r i ê n c i a e e f i c i ê n c i a p r o f i s s i o n a l q u e l h e s é i n e r e n t e , c o m p a r t i l h o u i n s i g h t s p r o f u n d o s s o b r e o s d e s a f i o s e n f r e n t a d o s p a r a a s p r ó x i m a s s a f r a s e s o l u ç õ e s p o t e n c i a i s E l e s e n f a t i z a r a m a i m p o r t â n c i a c r í t i c a d e a d o t a r t e c n o l o g i a s a v a n ç a d a s q u e p r o m ov a m u m ava n ç o e f i c i e n t e, e s s e n c i a i s p a r a a s s e g u r a r a m á x i m a p e r f o r m a n c e a g ro i n d u s t r i a l

Novo reforço da Usina

Itajobi traz conhecimento técnico e visão inovadora

A Usina Itajobi, de Marapoama –SP, vem superando desafios e se des tacando nas últimas safras, mostrando prog resso após períodos desafiadores Com foco em crescimento e inova ção, a usina investe em aumentar sua capacidade de moagem e em melho r a r t e c n o l og i a s i n d u s t r i a i s , v i s a n d o u m d e s e nvo l v i m e n t o q u e s e j a s u s tentável, mas eficiente

Para reforçar sua equip e de lide rança industr ial, a direção trouxe Mi

c h e l e S h i b a t a c o m o a n ova g e re n t e industr ial Shibata, com sua vasta ex per iência e histór ico de sucesso, traz c o n h e c i m e n t o t é c n i c o e u m a v i s ã o inovadora, fundamentais para o futu ro da usina

N o re c e n t e R o a d S h ow d a Transfor mação Dig ital, Michele Shi b a t a c o m p a r t i l h o u s u a s e x p e c t a t iva s para o crescimento da usina, além de discutir desafios e necessid ades para a próxima safra

Zilor registra crescimento

e

olha para o futuro com foco em tecnologia

A Zilor Energ ia e Alimentos, um g r upo atuante no setor sucroenergé tico com três unidades produtivas, re g istrou um aumento de 7% na produ ção de cana na safra 2022/23, alcan çando 10,5 milhões de toneladas, em comparação com 9,9 milhões na safra anter ior Este crescimento inclui um aumento de 19,6% na moagem de ca na própr ia, que agora cor responde a 31,9% do total, e um aumento de 2% na moagem de cana de for necedores exter nos A produtividade da Zilor também melhorou, com um aumen to de 5,4%, ating indo uma média de 79,3 toneladas por hectare Contudo, o ATR (Açúcares Totais Recuperáveis) apresentou uma redução de 2,7%, com

138,5 kg por tonelada, em relação à safra anter ior

Visando avançar ainda mais, a Zi lor está se preparando para novos de safios Na rec ente visita do Ro ad Show da Transfor mação Dig ital à uni dade São José,Valer io Aparecido Zag hi Kovalski, Gerente Industr ial da Zi lor São José, e Ar tur Melo, Diretor de Operações Ag roindustr ial, receberam Josias Messias da Pró Usinas, Douglas Castilho Mar iani, Consultor de Ne gócios da Soteica, e Leandro Favaret to, Engenheiro Químico da Soteica A discussão centrou se no papel da tec nolog ia em apr imorar os resultados futuros, explorando estratég ias e defi nindo direções

R O A D S H O W Fevereiro/Março 2024 28

Momento de superação no Grupo Moreno

E m u m p e r í o d o m a rc a n t e d e s u p e r a ç ã o, o G r u p o M o re n o d e s t a c a s e p e l a s u a c a p a c i d a d e d e t r a n s f o r m a ç ã o, f o c a d a e m i n ova ç ã o e f i c i e n t e e re o r g a n i z a ç ã o e s t r a t é g i c a A l i d e r a n ç a d o g r u p o, v i s ive l m e n t e c o m p ro m e t i d a c o m e s t e ava n ç o, é

re p re s e n t a d a p o r f i g u r a s c o m o R e n a t o V i n i c i u s G a l l ã o, G e re n t e A g r í c o l a d a U s i n a M o re n o ; M a rc e l o C h ave s B r i t o, G e re n t e C o r p o r a t ivo A g r í c o l a Po l o N i p o ã ; e T i a g o M o re n o, m e m b ro d a f a m í l i a f u n d a d o r a , q u e d e m o n s t r a m d i a r i a m e n t e

Tecnologia permite jornada digital mais eficiente na BP Bunge

Em um recente encontro em São Paulo, Wilson Lucena, diretor indus tr ial, e Mara Pinheiro, diretora de co municação e assuntos exter nos da BP Bunge Bioenerg ia, par tilharam in sights valiosos sobre a transfor mação dig ital na indústr ia A conver sa g irou em tor no de como as tecnolog ias emergentes estão redefinindo os pa radigmas tradicionais, pavimentando o caminho para uma jor nada dig ital mais eficaz Pinheiro destacou a im por tância de uma nova mentalidade e uma gestão de mudança eficiente, sa lientando que a adaptação tecnológ i ca requer uma atualização no pensa mento e na maneira de ger ir transfor mações

Para Lucena, um marco significa

tivo dessa transfor mação é a adoção do S PAA, um software de otimiza ção em tempo real de alcance global, nas unidades Tropical e Itumbiara do g r upo Esta tecnolog ia, reconhecida como fundamental para o setor in dustr ial, não só melhora a eficiência e a economia, mas também aumenta a sustentabilidade e a segurança das operações industr iais

O S PAA, que opera em sinerg ia com todos os níveis da pirâmide de controle, assegurando operações está veis e de alta qualidade, é considerado uma pr ior idade de investimento para o setor Lucena reitera a pr ior idade dada à segurança e eficiência, obser vando o valor de ganhos obtidos pela redução de perdas

s e u e m p e n h o e m m a t e r i a l i z a r e s t e s p r i n c í p i o s A p a s s a g e m d o R o a d S h ow d a Tr a n s f o r m a ç ã o D i g i t a l p e l o G r u p o M o re n o ev i d e n c i o u a c u l t u r a c o r p o r a t iva ú n i c a d a c o m p a n h i a , u m a c o m b i n a ç ã o d e t r a b a l h o p r a z e ro s o,

e f i c i ê n c i a e f é A l é m d i s s o, o e n c o n tro foi uma opor tunidade para os vi s i t a n t e s d e s c o b r i re m o s p l a n o s f u t u ro s d o g r u p o, e s p e c i a l m e n t e a a d o ç ã o d e t e c n o l og i a s ava n ç a d a s d e i n t e l i g ê n c i a a r t i f i c i a l , v i s a n d o a o t i m i z a ç ã o d o d e s e m p e n h o a g ro i n d u s t r i a l

Diana Bioenergia dá novos passos para ampliar sua excelência operacional

D i a n a B i o e n e r g i a m a rc a u m n o vo p a s s o e m s u a j o r n a d a p a r a a e x c e l ê n c i a o p e r a c i o n a l c o m a i m p l e m e n t a ç ã o d o S PA A E s s a i n i c i a t iva d e s t a c a o c o m p ro m i s s o d a u s i n a c o m a i n ova ç ã o e re p re s e n t a u m i nve s t i m e n t o e s t r a t é g i c o p a r a a m e l h o r i a c o n t í nu a d e s e u s p ro c e s s o s A u s i n a r e c e b e u o R o a d S h ow d a Tr a n s f o r m a ç ã o D i g i t a l , f o c a d o e m t e n d ê n c i a s e i n ova ç õ e s d o s e t o r

O s r e p r e s e n t a n t e s f o r a m r e c e b i d o s p o r u m a e q u i p e d a D i a n a B i o e n e r g i a , i n c l u i n d o B r u n o S i l va , E s p e c i a l i s t a P C M I ; L u i s A z a r i t o, G e re n t e I n d u s t r i a l ; L u c a s C a m a r g o s ,

C o o r d e n a d o r d e M a n u t e n ç ã o ; e Í t a l o M a r t i n e z , C o o r d e n a d o r d e P ro c e s s o s A v i s i t a d e s t a c o u o c o m p ro m i s s o d a e m p re s a c o m a m e l h o r i a d a e f i c i ê n c i a e a a t u a l i z a ç ã o e m re l a ç ã o à s i n ova ç õ e s d o s e t o r

R O A D S H O W 29 Fevereiro/Março 2024

O RH como gestão estratégica de pessoas e não como Departamento Pessoal

Cr iado para for talecer os laços de cooperação e integ ração dos profissio nais de gestão de pessoas do setor bio energético e da ag roindústr ia, o Ger hai Gr upo De Estudos Em Recur sos Humanos Na Ag roindustr ia busca a atualização e o desenvolvimento das relações de trabalho em todas as áreas das empresas

Ao participar da reunião de plane jamento estratég ico e agenda do g rupo para este ano, no anfiteatro da DIMAS TEC , pude perceber a importância de continuar promovendo a relevância da área e dos profissionais de RH para o êxito estratég ico de qualquer empresa, mas especificamente para g randes em pregadoras como as usinas

Dentre os temas consensados e que serão abordados nos diver sos eventos do G erhai em 2024 , estão as pautas ESG, a questão geracional, o crescimento da par ticipação da mu lher, a Transfor mação Dig ital e os de safios para posicionar a área de RH como gestão estratég ica de pessoas e não como Depar tamento Pessoal

Nossa contr ibuição vem no sen tido de antecipar o impacto das tec nolog ias f acilitadoras e estimular a adoção da Gestão da Mudança como disciplina que pode contr ibuir muito em todas essas questões, especialmen te para engajar as pessoas nestes tem pos de transição humana e de Trans for mação Dig ital

Veolia investe em inovação e sustentabilidade

Estar com amigos e conversar sobre usinas, tecnologias, inovações e tendên cias de mercado é uma das aleg r ias do time do Jor nalCana e sua missão no se tor A convite de Raul Mazza, o time par ticipou do encontro da equipe da Veolia Water Technolog ies & Solutions, que atende o mercado bioenergético A

equipe da for necedora está focada no Plano de Geração de Valor (VGP) para auxiliar as usinas no reuso de água, re dução de emissão de carbono e nos prog ramas de sustentabilidade, em linha com a missão da Veolia como referên cia em Transfor mação Ecológ ica e de Descarbonização do planeta

www.youtube.com/canalProcanaBrasil

Um modelo de estratégia e de ambiente acolhedor

Em visita a se de da D r ul Group, localizada em Ser tãozinho, a equipe do Jor nalCana foi recebida pelo CEO, Guilher me Moroço, e pelo D iretor Executivo, Fábio Ramos Foi uma ex per iência enr iquecedora, na qual se mergulhou nos planos estratég icos da empresa Discutiram se questões cr u ciais sobre gestão da mudança, lide rança e visão estratég ica, destacando se o compromisso da Dr ul em adap tar se às transfor mações do mercado de for ma inovadora e crescente Um dos aspectos mais marcantes foi o

modelo de ambiente acolhedor que a Dr ul cultiva para seus colaboradores, o qual acaba atraindo e empoderando jovens talentos Não por acaso, tor nou se uma das poucas empresa s do segmento no Brasil a ser cer tificada como GPTW (Great Place To Work) Além disso, a impor tância da essência do ser humano em todas as decisões cor porativas foi destacada A humani zação nos negócios não é apenas uma abordagem, é a base para constr uir re lações sólidas e duradouras, como sempre é reforçado

R O A D S H O W - O U T R A S V I S I TA S Fevereiro/Março 2024 30

Premiação e homenagens marcam 30 anos do Programa Cana IAC

O programa atende a mais de 200 unidades empresariais distribuídas em 11 estados brasileiros

Os 30 anos do Prog rama Cana IAC foram comemorados com premiações e homenagens no dia 8 de março, no Centro de Cana IAC, em Ribeirão Preto – SP Na ocasião, foi entregue também o Prêmio + IAC, que em sua segunda edição, segue com o objetivo de incentivar e valor izar as unidades produtoras que adotam as var iedades desenvolvidas pelo IAC

A atmosfera festiva contou com a presença de destacadas lideranças do setor sucroenergético, assim como pes quisadores visionár ios que deram os pr imeiros passos r umo à cr iação do prog rama Entre eles, estava Marcos Guimarães de Andrade Landell, coor denador do prog rama e diretor geral do IAC, cuja dedicação e visão foram fundamentais para o desenvolvimento e crescimento do prog rama ao longo dos anos Landell, além de receber me recidas homenagens, compar tilhou in sights sobre a evolução do prog rama desde sua concepção em 1994, desta cando a ampliação da rede para mais de 200 empresas distr ibuídas em 11 esta dos do Brasil

Além das palavras de reconheci mento e g ratidão, a cer imônia também foi marcada pela entrega do Prêmio + IAC, agora em sua segunda edição. Es te prêmio, concebido com o objetivo de reconhecer e incentivar as unidades produtoras que adotam as var iedades desenvolvidas pelo IAC, ressalta a im por tância da parcer ia entre pesquisa e indústr ia para impulsionar a inovação no setor ag rícola

Entre os discur sos inspiradores, Leila Dinardo Miranda, pesquisadora e autora do livro “Nematóides e Pragas da Cana de Açúcar”, destacou a sig nificativa adoção do prog rama de ma nejo integ rado de pragas por vár ias usinas, ressaltando sua impor tância pa ra a sustentabilidade e eficiência da produção de cana de açúcar no país

“Referência nacional e para os países interessados na viabilização da canavicultura sustentável, o Prog rama Cana IAC é desenvolvido com parce r ias com a iniciativa pr ivada Atual mente, reúne, em 11 estados brasileiros, cerca de 200 empresas parceiras Em 2003, eram 30 Há também o apoio de

agências de fomento estaduais e fede rais”, comentou Mauro Xavier, pes quisador do IAC

Márcia Mutton, Professora na FCAV/UNESP ressaltou o sucesso do Prog rama de Cana IAC “Esse prog ra ma tem sido muito bem sucedido tanto do ponto de vista da produtivi dade como da qualidade da matér ia pr ima Isso é muito impor tante quan do nós objetivamos então ter uma me lhor ia no setor canavieiro. É um dos orgulhos do Estado de São Paulo e do Brasil Parabéns à equipe do IAC, lide rada pelo Dr Marcos Landell, f azendo o desenvolvimento da cana de açúcar no Brasil”, disse

Alan Pavani, diretor de marketing e inovação na BiomCrop, empresa de biotecnolog ia focada em ag r icultura regenerativa, ressaltou a impor tância de par ticipar da comemoração dos 30 anos do Prog rama de Cana IAC “É uma honra para nós estar presente e o nosso objetivo aqui foi mostrar os re sultados que a nossa biotecnolog ia apresenta para os produtores e usinas” Ele também citou a parcer ia com a Procana, como um dos patrocinado res do CanaBio

Plínio Nastar i, presidente da DA TAGRO, acresc entou uma per spec t iva e c o n ô m i c a , e n f a t i z a n d o o p a p e l f u n d a m e n t a l d o p rog r a m a n o a u m e n t o e x p re s s ivo d a p ro d u t iv i d a d e nas últimas décadas Segundo Nasta

r i , o p rog r a m a f o i e s s e n c i a l p a r a o desenvolvimento de var iedades adap tadas e técnicas inovadoras, impulsio n a n d o o c re s c i m e n t o d o s e t o r s u croenergético brasileiro

“Um prog rama fundamental para evolução de produtividade, desenvol vimento de var iedades, e técnicas de multiplicação do setor sucroenergéti co brasileiro Esse desenvolvimento extraordinár io é que per mitiu que o Brasil passasse na década de 70 de uma moagem de 70 milhões de toneladas para 718 milhões de toneladas na sa fra 2023/24”, elucidou

Durante o evento,Thiago de Paula e Silva, gerente cor porativo de Fito tecnia da BP Bunge, apresentou os avanços e resultados do trabalho de manejo var ietal desenvolvido pelas usinas do g r upo, destacando a impor tância da qualidade operacional e os pilares fundamentais nos quais a BP Bunge se baseia para garantir a exce lência na produção

34 variedades

O legado do Prog rama Cana IAC se estende além das premiações e ho menagens, evidenciando se em con quistas tangíveis ao longo de suas três décadas de existência Com um paco te tecnológ ico abrangente, que inclui 34 var iedades adaptadas e diver sas tecnolog ias de manejo, o prog rama impulsionou o aumento da produti

vidade, sendo possível saltar de 70 pa ra cerca de 87 toneladas de cana de açúcar, por hectare, na média de cin co cor tes, mas com casos de unidades que ating iram mais de 100 tonela das/hectare

As ações também resultaram em ganhos de 30% na produtividade ge rados pela Matr iz de Ambientes, 90% de acer tos na estimativa de safra obti dos com Prevclimacana IAC e o Sis tema de Mudas Pré Brotadas (MPB) geraram resultados até 20 vezes supe r ior ao obtido no plantio de cana tra dicional mecanizado

Nessas três décadas, o P rog rama Cana IAC também desenvolveu o modelo de manejo var ietal com o conceito da Matr iz do Terceiro Eixo e a caracter ização de ambientes de pro dução por meio do levantamento de solos, realizado no Projeto Ambicana

A rede exper imental do Instituto Ag ronômico evidenciou clones IAC que, pelo desempenho, tor naram se var iedades atualmente cultivadas em reg iões com expressivo déficit hídr ico Dentre elas, destacam se: IAC91 1099, IACSP95 5000, IACSP95 5094 e IACSP97 4039

“Todas essas têm adaptação muito boa a reg iões com déficit hídr ico e traz a perspectiva de otimizar a produtivi dade nas áreas secas, antes ocupadas por pastagens As var iedades IACSP 015503 e a IACCTC07 8008 que se

A G R Í C O L A Fevereiro/Março 2024 32

destacam em ambientes mais restr iti vos ” , comenta Landell

Além do desenvolvimento de va r iedades adaptadas a diferentes condi ções, o Prog rama Cana IAC também se destacou pelo desenvolvimento de estratég ias de manejo de pragas e doenças, métodos de análise para diag nóstico e estudos inovadores na área de nutr ição e ir r igação Além disso, o prog rama desempenhou um papel cr ucial na for mação e qualificação de profissionais do setor, através de cur sos e capacitações realizados anualmente em todo o país

Como nasceu o

Programa

Ao longo de 90 anos, o Instituto Ag ronômico de Campinas (IAC) lide rou os estudos de cana de açúcar em São Paulo, iniciando seu prog rama de melhoramento genético em 1934

Contr ibuiu com pesquisas sobre nutr ientes e doenças da cultura, expan dindo sua atuação com o PROÁL COOL na década de 80

A transição para a colheita mecâ nica gerou novos desafios, resultando na cr iação do Prog rama Cana IAC em 1994 Além disso, colaborou com os prog ramas de melhoramento da Pla nalsucar e da Coper sucar, impor tando genótipos e estabelecendo parcer ias estratég icas

Regionalização

O melhoramento genético da ca na começou nos anos 80 com Raphael Alvarez, impulsionado pela queda dos prog ramas da Planalsucar e da Coper sucar Isso levou ao for talecimento do prog rama do IAC, integ rando o à an tiga Divisão de Estações Exper imentais e descentralizando as pesquisas Surg iu então o Prog rama Cana IAC, atendendo à demanda do setor Em 1994, o ProCana foi oficialmente cr iado, uma cooperação entre o IAC, ag roindústr ias e a Fundag, visando va r iedades de cana mais produtivas e com características econômicas desejáveis

Os projetos abrangem diversas áreas, incluindo fitotecnia, fisiolog ia e ento mologia, com equipes do IAC e da AP TA Regional de Piracicaba envolvidas

Jalles e Danusa vencem prêmio +IAC

As infor mações para a defini ção dos ganhadores do Prêmio + IAC, fo ram obtidas através do Censo Var ietal IAC realizado na safra 2023/24, con siderando os dados da reg ião Centro Sul do Brasil

Na categor ia de área cultivada com var iedades IAC, a g rande vencedora foi

a Jalles Machado, com um total de 15 970 há, seguidas pela Uisa 15 010 ha e Assovale (Associação dos For ne cedores de Cana do Vale do Rio Para guai) com 13 701 ha de área com va r iedades IAC

O prêmio +IAC reg ional maior market share safra 2023/24 ficou assim definido: Paraná: Mar ingá Jacarezinho 5,5%;

SP Reg ião de Jaú: Santa Fé 7,9%; Piracicaba SP: Raízen Leme 8,6%; Mato Grosso do Sul: BP Bunge Monte Verde 12,1%;

SP Reg ião Ribeirão Preto: Pedra Matr iz 18,5%;

SP Reg ião São José do Rio Pre to: BP Bunge Ouroeste 23,6%;

SP Reg ião de Assis: Ag roterenas Paraguaçu Paulista 25,7%;

Minas Gerais: BP Bunge Itapa g ipe 26,0%;

Mato Grosso: Assovale 38,2%

De acordo com Rubens Braga Ju nior, consultor do IAC, na safra 2023/24, nos estados do Espír ito San to e Rio de Janeiro e na reg ião de Ara çatuba, nenhuma unidade produtora ating iu a porcentagem mínima para ganhar o Prêmio +IAC

No Prêmio Nacional, o título foi para os Estados de Goiás/Tocantins, com a Destilar ia Nova União Gr u po Denusa que ating iu um percentual de 54,5%

A G R Í C O L A 33 Fevereiro/Março 2024

Grupo Moreno promove “Dia de Campo” e apresenta novas variedades de cana

Um dos destaques foi a RB075322, já com grandes áreas comerciais nas regiões de Araçatuba e São José do Rio Preto - SP

A U n i d a d e A g r í c o l a d e N i p o ã –S P d o G r u p o M o re n o, p ro m ove u n o ú l t i m o d i a 2 8 , o 2 º E n c o n t ro t é c n i c o s o b r e va r i e d a d e s d e c a n a d e a ç ú c a r C e rc a d e 7 5 p a r t i c i p a n t e s s e r e u n i r a m n a F a z e n d a Pa r a í s o, o n d e e m a b r i l d e 2 0 2 3 , f o i i n s t a l a d a a v i t r i n e d a s n ova s va r i e d a d e s F o r a m a p re s e n t a d o s 2 0 c l o n e s R B d e s e n vo l v i d o s n o s e s t a d o s d e S P, M S, M G, G O, P E e A L , d i s p o s t o s c o m 5 va r i e d a d e s p a d r õ e s O s d e s t a q u e s f o r a m p a r a :

R B 0 7 5 3 2 2 , j á c o m g r a n d e s á r e a s c o m e rc i a i s n a s re g i õ e s d e A r a ç a t u b a e S ã o Jo s é d o R i o P r e t o – S P O m a t e r i a l s e d e s t a c a p e l a r u s t i c i d a d e, a l t o p e r f i l h a m e n t o, e x c e l e n t e b ro t a ç ã o e s a n i d a d e É r e c o m e n d a d o p a r a o s a m b i e n t e s d e p ro d u ç ã o C, D e E , c o m c o l h e i t a p a r a o m e i o e f i n a l d e s a f r a

A RB127825, bem plantada no

estado de MG, é recomendada, nessa reg ião, para os ambientes A, B, C e D A var iedade não floresce e, é de difí cil chochamento Será uma ótima op ção para o meio e, pr incipalmente, fi nal de safra

Outro destaque foi a RB055464, de alto teor de sacarose, superando va r iedades de mesmo nicho, como a CTC4, tanto em açúcar como TCH Pode ser colhida no início de safra e

com maturador, também apresenta al to perfilhamento, excelente brotação, podendo ser colhida até setembro

O gerente ag rícola do Gr upo Moreno, Marcelo Br ito, ressaltou os bons resultados obtidos pelas usinas do g r upo na safra 2023/24, que ating iram o recorde de moagem, com um total de 11,7 milhões de toneladas de ca na de açúcar

“O Gr upo Moreno está vivendo

seu momento de retomada do cresci mento, somos g ratos a Deus pela safra

TRANSBORDANTE 2023/24 Esse tipo de evento, com a presença desse cor po técnico, contr ibui bastante para o crescimento de todos, tanto da equi pe local como de for necedores de ca na da nossa reg ião A presença dos co legas das usinas vizinhas também nos enr iquece bastante com as exper iên cias que trazem”, destacou Br ito

A G R Í C O L A Fevereiro/Março 2024 34
Embrapa e Be8 assinam acordo para desenvolver cultivares de triticale para biocombustíveis

A unidade de produção de etanol demandará volume acima de 550 mil toneladas de grãos/ano

A E m b r a p a e a B e 8 a s s i n a r a m u m a c o rd o d e c o o p e r a ç ã o t é c n i c a p a r a o d e s e nvo l v i m e n t o d e n ova s c u l t iva re s d e t r i t i c a l e p a r a b i o c o m b u s t í ve i s , n o c o m e ç o d e m a r ç o, n o e s t a n d e d a E m b r a p a n a 2 4 ª E x p o d i re t o C o t r i j a l , re a l i z a d a n o mu n i c í p i o d e N ã o M e To q u e, n o e s t a d o d o R i o G r a n d e d o S u l

A produção de eta nol pela Be8 está prevista com o uso de amido, pr incipalmente or iundo de g rãos de cereais como matér ia pr ima Os ce reais de inver no são impor tante fonte de amido, promovendo o uso da ter ra na estação fr ia, com geração de renda e liquidez no mercado

E n t re a s a l t e r n a t iva s , o t r i t i c a l e a p re s e n t a g r a n d e p o t e n c i a l p a r a a b a s t e c e r o m e rc a d o d e b i o c o m bu s t í ve i s , e s p e c i a l m e n t e a s u s i n a s d e p ro d u ç ã o d e e t a n o l , j á q u e p o s s u i e l eva d o t e o r d e a m i d o, e l eva d a a t i v i d a d e a m i l o l í t i c a , p r i n c i p a l m e n t e a m i l a s e, f u n d a m e n t a l n a s a c a r i f i c a ç ã o d o a m i d o A u n i d a d e d e p ro d u ç ã o de e t a n ol d e m a n d a rá vo l u m e a c i m a de 5 5 0 m i l t o n e l a d a s d e g r ã o s / a n o “ N o r a i o d e a t u a ç ã o d a B e 8 h á u m a g r a n d e á re a s e m e x p l o r a ç ã o c o m e rc i a l d e g r ã o s n o p e r í o d o d o i nve r n o, o t r i t i c a l e s e c o n f i g u r a c o m o u m a i m p o r t a n t e o p ç ã o a o p ro d u t o r e c o m o f o n t e d e m a t é r i a p r i m a a o p ro j e t o ” , a f i r m o u o p re s i d e n t e d a B e 8 , E r a s m o C a r l o s B a t t i s t e l l a

O engenheiro ag rônomo da Be8, Fábio Junior Benin ainda ressaltou que o tr iticale tecnicamente se encaixa muito bem nos sistemas produtivos “É uma cultura que o produtor já conhe ce bem e que já conta com boa base genética Este acordo possibi litará avanços também para novas cultivares, com características específicas para a produção de etanol Com isso fecha remos a cadeia produtiva, dando segu rança aos parceiros de fomento e pro dutores na comercialização dos g rãos”, explicou Benin De acordo com a pesquisadora da Embrapa Tr igo, Jane Machado, o acordo prevê o desenvolvimento de

novas cultivares de tr iticale, por meio do prog rama de melhoramento gené tico da Embrapa Tr igo, buscando maior produtividade de g rãos, melhor resposta aos estresses bióticos e abió ticos, além de características específi cas para o bom desempenho das cul tivares na produção de etanol, tais co mo: g rãos bem for mados, porcenta gem de amido acima de 65%, proteí na nos g rãos acima de 14%, boa ativi dade amilase, baixo teor de mico toxinas nos g rãos e bom rendimento de etanol

“ D ev i d o à d i n â m i c a d o p rog r a ma de melhoramento genético, a ca d a a n o p o d e r ã o s e r a d i c i o n a d a s a o s

c r u z a m e n t o s n ova s l i n h a g e n s c o m m e l h o r d e s e m p e n h o o u re t i r a d a s o u t r a s q u e n ã o f o r a m b e m ” , c o n t a Ja n e A b a s e d e va l i d a ç õ e s c o n t a r á c o m e x p e r i m e n t o s c o n d u z i d o s e m d i f e re n t e s l o c a i s n a re g i ã o n o r t e d o R i o G r a n d e d o S u l

O acordo também conta com ati vidades de transferência de tecnolog ia, com a capacitação de ag r icultores, produtores de sementes, técnicos e extensionistas, por meio da realização de eventos como dias de campo, feiras e visitas técnicas onde serão apresen tadas as novas cultivares com posicio namento adequado, além de práticas de cultivo e manejo

T E C N O L O G I A Fevereiro/Março 2024 36

Pesquisadores da USP desenvolvem nova levedura que impactará produção de E2G

Cepa geneticamente modificada promete aumentar a produtividade e reduzir custos na indústria de biocombustíveis

A Univer sidade de São Paulo (USP), em parcer ia com a FAPESP, anunciou um avanço significativo na produção de etanol de segunda gera ção (2G) Uma nova cepa de levedura Saccharomyces cerevisiae, desenvolvi da por meio de pesquisa financiada pela FAPESP, demonstrou a capacida de de aumentar em até 60% a produ ção de etanol 2G, sem a necessidade de expandir a área de plantio de cana de açúcar

O e s t u d o, d e t a l h a d o n a rev i s t a Scientific Repor ts, revela que a nova cepa da levedura é capaz de metabo l i z a r c o m p o n e n t e s c o m p l e x o s d a biomassa lignocelulósica, como a he m i c e l u l o s e, q u e n o r m a l m e n t e n ã o são processados pela levedura padrão

I s s o e l i m i n a a n e c e s s i d a d e d e t r a t a m e n t o s q u í m i c o s s eve ro s d u r a n t e a produção, reduzindo custos e impac tos ambientais

C o n d u z i d a p o r p e s q u i s a d o re s d a

USP, em colaboração com univer si dades no Br asil, nos Estados Unidos e

no Reino Unido, a pesquisa utilizou s e q u ê n c i a s g ê n i c a s d e e n z i m a s d e o u t ro s f u n g o s p a r a c r i a r u m a n ova ver são da levedura Além disso, a ce p a mu t a n t e d e s e nvo l v i d a é c a p a z d e metabolizar o ácido acético, um sub produto da digestão da hemicelulose

q u e n o r m a l m e n t e p re j u d i c a o p ro cesso de fer mentação

A nova levedura, testada em con dições industr iais simuladas, mostrou um aumento de 60% na produção de etanol em comparação com a cepa controle Além disso, a redução na produção de xilitol, outro subproduto indesejado, foi de 12%

O s b e n e f í c i o s d a n ova c e p a v ã o a l é m d o a u m e n t o d a p ro d u t iv i d a d e Ela também promete reduzir os cus tos da indústr ia, eliminando a neces sidade de comprar enzimas adicionais para a digestão de açúcares comple x o s A l é m d i s s o, o s t r a t a m e n t o s m a i s s u ave s d a b i o m a s s a l i g n o c e l u l ó s i c a re s u l t a m e m u m a f e r m e n t a ç ã o m a i s eficiente e menos produção de resí duos tóxicos

Os pesquisadores planejam explo rar ainda mais o potencial da nova le vedura, incluindo sua capacidade de controlar bactér ias contaminantes e reduzir o uso de antibióticos na in dústr ia Esses avanços têm o potencial de tor nar a produção de etanol 2G mais econômica e ambientalmente sustentável

T E C N O L O G I A 37 Fevereiro/Março 2024

REDI@CANA RESPONDE O QUE ESPERAR DA SAFRA 24/25?

Apesar da busca por essa resposta ter iniciado no final do ano passado, como informação para orçamento, é justamente agora que a pressão aumenta Temos que dar subsídios para a logística de colheita, indústria e, até mesmo, para a área comercial Todos querem um número

QUANTO VAMOS PRODUZIR NESTA SAFRA?

Devve e mos lem br ar r que o A g rooe coossssi ste ma a é um s isst em a com plexxo o e cada um de seus inúmeros compo nentes deter minam sua respectiva contr ibuição para a produtividade. Como exemplo desses componentes, podemos citar o nível tecnológ ico adotado na implantação, manejo da cultura, planejamento de colheita e, pr incipalmente, a for te ação que o cli ma exerce sobre cada um deles Por is so, não temos sido tão asser tivos nos últimos anos Mesmo com muito em penho, trabalho, gasto e até mesmo uso de imagens de satélites como supor te, a metodolog ia de vistor ias de campo para calibrar as estimativas analíticas não têm sido suficientes para nos dar um número mais preciso Mesmo que repetíssemos as visitas a campo todos os meses, não conseguiríamos solucionar o problema Pr imeiro, devido aos limi tes da acuidade visual humana e sub jetividade; segundo, pelos limites de nossa cognição em analisar bilhões de dados e quatr ilhões de combinações entre eles; terceiro, pela dificuldade de visitar todos os talhões e enxergá los como um todo e não só as bordas; e

quar to, por não conseguir mos associar todo o histór ico de cada talhão no momento da avaliação Mesmo que fosse possível, isso representar ia neces sidade de equipes adicionais, logística e altos investimentos Diante desse ce nár io, dá para entender nossa dificul dade Não temos culpa, é humana mente impossível

M a ass, , ser á que São Pedro é o úni i co culppa a do?

Claro que o clima desempenha um papel impor tante para a produti vidade e ele tem nos “pregado boas peças ” , dificultando ainda mais nosso trabalho e, pr incipalmente, reduzindo a precisão e acurácia de nossas estima tivas Em 2021, tivemos seca e duas geadas com for te impacto na produ tividade, quando produzimos bem abaixo do estimado Após tentar mos recuperar a produção em 2022, tive mos o oposto em 2023, ocasião em que produzimos bem mais que o es timado e muitas unidades até bisaram par te do seu canavial Um ano nunca será igual ao outro E agora? Entre La niñas e El niños, o que esper ar pa r ra a saaf ra a 24//2255? ?

Som e nt e a t r ravé é s do u us o da I nt e l i gê ê n c ia a A r t i f i c i a l e C on h e c i m e n t o A g ro o n ô m i c co P r rof un d o c co n s e gu i re m o s [ r ] e evo o l u ci i o n a r a m a n e i r a d e s e f az e er e st im m a t i iva a d e s af r a com base no processamento e análise de bilhões de d a d o s s o b re a c o m p l e x a i n t e r a ç ã o p l a n t a s o l o c l i m a a m b i e n t e m a n e j o u t i l i z a n d o t e c n o l og i a s d i s r uptivas como mineração de dado, aprendizado de máquina, visão com p u t a c i o n a l , c o m p u t a ç ã o c og n i t iva e modelagem de culturas Esse “ upg ra de” na cognição humana nos per mi te f azer uma estimativa asser tiva com p re c i s ã o e a c u r á c i a , e m q u e s t õ e s d e segundos e todo dia

M a s n nã ã o f o i f á c ci l c h he g a ar a t é a qu i

Fo r a m n e c e s s á r i o s 1 5 a n o s p a r a i )

c o n s t r u i r o m a i o r b a n c o d e d a d o s a g r í c o l a d o mu n d o, o DATAO

C E A N ® , o q u a l é a f o n t e d e i n f o r m a ç õ e s p a r a s e e x p l i c i t a r t o d o o c o n h e c i m e n t o n e l e e s c o n d i d o a t r av é s d a P l a t a f o r m a S M A RT B I O ® ; i i )

c r i a r a m a i o r R e d e d e E x p e r i m e n t a ç ã o D i g i t a l e I n t e l i g ê n c i a A r t i f i c i a l

( R E D I @ CA N A ® ) p a r a d e t e r m i n a r a c o n t r i bu i ç ã o d e c a d a f a t o r d e a m

b i e n t e, i m p l a n t a ç ã o, m a n e j o e c o l h e i t a , e m c a d a t a l h ã o ; i i i ) i n ova r c o m a P l a t a f o r m a d e V i g i l â n c i a d e C u l t u r a s V E I G G A N ® p a r a m o n i t o r a r o e s t a d o d o c a n av i a l s e m a n a l m e n t e, p e r m i t i n d o a d e t e r m i n a ç ã o d e f a l h a s , s u b d e s e nvo l v i m e n t o s , g e a das, estág ios fenológ icos, etc e, pr in c i p a l m e n t e, d e t e r m i n a r a s p e rd a s o u g a n h o s b i o m é t r i c o s e m c a d a t a l h ã o, e iv ) d e s e nvo l ve r a P l a t a f o r m a C L I

M A X ® p a r a a d e t e r m i n a ç ã o d o Po t e n c i a l d e R e s p o s t a a o C l i m a d e c a da usina e talhão, as perd as ou ganh os c l i m á t i c a s d e c o r re n t e s d e c h u va s e g r a u s d i a s e m c a d a t a l h ã o, a c a d a d i a Tu d o i s s o, i n t e g r a d o e m u m a ú n i c a P l a t a f o r m a , o S

M A RT B I O E S T I

M AT I VA ® , p a r a t e r m o s mu i t o m a i s a g i l i d a d e, r a p i d e z , a s s e r t iv i d a d e, p re c i s ã o e a c u r á c i a n a e s t i m a t iva d e c a d a s a f r a e a o n í ve l d e t a l h ã o D i t o t ud o i s s o, c o nv i d a m os vo c ê a s e e m p o d e r a r j u n t a m e n t e co o m n o s so s p a rc e i ro s e l í d e re s d o s e t o r p ar a re leva r o os s eg red d os q ue m o lda r ã o a sa f r a 24/25

T E C N O L O G I A Fevereiro/Março 2024 38
SMARTB B RE EDER Juntos na Jor nada Ag roindúst r ia 5 0

Por que a Smartbreeder se tornou a sua parceira para a jornada agroindústria 5.0?

Um Case de Sucesso de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento de Tecnologias Disruptivas

A a g r i c u l t u r a e m t o d o o mu n d o e s t á p a s s a n d o p o r u m a ve rd a d e i r a [R]evolução com o surg imento ver tig inoso de tecnolog ias Dig itais e de I n t e l i g ê n c i a A r t i f i c i a l p a r a f a c i l i t a r e tor nar mais produtivo e sustentável o dia a dia no campo No entanto, ape s a r d a e x i s t ê n c i a d e u m g r a n d e n ú m e ro s t a r t u p s e a t é m e s m o g i g a n t e s d o m e rc a d o d i z e n d o revo l u c i o n a r o ag ro, a adoção dessas tecnolog ias tem o c o r r i d o e m t a x a mu i t o m e n o r d o que o esperado Na contramão dessa t e n d ê n c i a , a s t e c n o l og i a s S M A RT BREEDER estão presentes em mais d e 3 m i l h õ e s d e h e c t a re s , p o s i c i o nando nossa empresa como Líder em I n t e l i g ê n c i a A r t i f i c i a l e C o n h e c i mento Ag ronômico Profundo Cabe e n t ã o re f l e t i r s o b re o s m o t ivo s q u e c o n d u z i r a m a t a l p ro e z a , t o r n a n d o re a l i d a d e o u s o d e t e c n o l og i a s 5 0 p a r a l eva r o s e t o r s u c ro e n e r g é t i c o a um novo patamar

De acordo com Lutz Goedde, par tner sênior da McKinsey & Com pany, “ o p pr r imeiro p pa a sso o p para o suces so de uma tecnoloog g i ia é t ter cer t eza de qu e el a f u unnci one, qu e sej a des ej a da e necessár r ia p para o merrccado”. Então, es sa necessidade deve ser encaixada no produto e não, como vemos na g ran de maior ia dos casos, empresas ten tando encaixar seus produtos no mer cado Sabendo disso, foi dado o pr i meiro passo estratég ico para garantir que nossas tecnolog ias surg issem da “dor” dos donos, gestores, líderes e colaboradores de campo e que fossem eficazes e adaptadas para tor nar suas atividades de gestão e manejo muito mais ágeis, asser tivas e lucrativas Foi dado início em 2007 à F as e I, para Prova de Con cei t o da Tecnolog ia SMARTBIO® que é uma Platafor ma de Inteligência Ar tificial, Conheci mento Ag ronômico Profundo e Mo delagem de Culturas para explicitar o conhecimento escondido em bilhões de dados, gerar insights, modelos e in teligências para o Desenvolvimento de Sistemas de Previsão e Supor te à To mada de Decisões Asser tivas de onde, quando e como utilizar cada insumo,

defensivo e operação ag rícola Na ocasião foi desenvolvida uma solução para a otimização da perfor mance e gestão do manejo de pragas da cana de açúcar Essa f ase ocor reu durante 7 safras e foi marcada pelo apoio de Ins tituições Gover namentais de Apoio à Pesquisa FAPESP (Fundação de Am paro à Pesquisa do Estado de São Pau lo), FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos) e CNPq / Rhae (Conselho Nacional de Desenvolvimento Cien tífico e Tecnológ ico / Prog rama de Recursos Humanos em Áreas Estraté g icas) que, já na época, viram a impor tância das tecnolog ias SMART BREEDER pra redução custos, dimi nuição de perdas e maximização de produtividade e sustentabilidade Em 2012, pavimentando uma jor nada de sucesso, nossas tecnolog ias na Expo Brasil Sustentável no âmbito da Rio + 20 em 2012, quando apenas 12 em presas foram selecionadas para lá estar Diante das per spectivas de sucesso, foi então inevitável sonhar ainda mais al to não restou outra opção a não ser : A Cr r i aç ão, Exp a nsã o e Con so li i d a çãão o de u um E cos sis t em a de I nova ç ã o Co l a b o r a t iva e m R Re de p a r a o d e s e n nvvo o l v i m e nt o d e Te e cn o l og i a s D is r u p pt t i iva s p ar a o Set o r Sucrroe e ne r g ét i c co o O d i a a d i a d e u m a u s i n a o u g r a n d e p ro d u t o r é e x t re m a m e n t e c o m p l e x o e, p o r t a n t o, a e x p e r i ê n c i a mu l t i d i s c i p l i n a r c o m v i s ã o h o l í s t i c a em sistemas ag rícolas advindos da ca pacidade de utilizar o conhecimento empír ico dos player s do s etor é im p re s c i n d í ve l p a r a a p o i a r a d e q u a d a

m e n t e o d e s e nvo l v i m e n t o, u s o e a a d a p t a ç ã o d e n ova s t e c n o l og i a s n a s p ro p r i e da d e s a g r í c o l a s E ss e e c o s si s tema nos possibilitou intensas intera ções, trocas de conhecimentos e ex per iências entre os atore s envolvidos e s t r a t e g i c a m e n t e c o m o s e t o r s u c ro e n e r g é t i c o, e x p l o r a n d o o s b e n e fícios desse tipo de ecossistema como u m p ro c e s s o s i s t ê m i c o, i n t e r a t ivo e cumulativo para a cr iação de conhe cimento e tecnolog ias p ara o desen volvimento da AGROINDÚSTRIA

5 0 S ã o 1 1 0 u s i n a s e m a i s d e 1 5 0 0 p ro f i s s i o n a i s , e n t re c i e n t i s t a s , d o n o s , diretores, gerentes, super visores, líde res e colaboradores de campo, distr i bu í d o s e m s e i s e s t a d o s b r a s i l e i ro s , trazendo conheci mento e, pr in cipal mente, poder para influenciar todo o processo de desenvolvimento de no va s t e c n o l og i a s I n ova ç õ e s a g r í c o l a s c o m p l e x a s e x i g e m e s s a a b o rd a g e m mu l t i d i s c i p l i n a r, h o l í s t i c a e d i n â m i c a para a obtenção de sucesso Claro que aliado a tudo isso, f oi cr i ad a u ma es t r ut ur r a e m p prre sa a r i ia l c co m f o co su ces so do s n os s s soos p pa a r rce iroos , coom t e cno loog i as s , se r v vi i çoos , s o olu ç çõe s a da pt á vei s e cu u s t o m iz z á ve e i s p a r a a s o l u çã o d o s p r rob l e m a s do s e u d i a a d ia E n t ã o, numa trajetór ia de mais de 15 anos de intenso trabalho com vocês, o resul tado não poder ia ser outro a não ser algo revolucionár io

O D Desennvoolviim

decor rente da utilização estratég ica dos pr incipais benefícios da inovação aber ta colaborativa identificados pelos player s agências gover namentais, uni ver sidades, usinas, for necedores de in sumos e defensivos, e Smar tbreeder no processo de desenvolvimento cientí fico e tecnológ ico: i) redução de cus tos; ii) abreviação de tempo de desen volvimento; iii) compar tilhamento de necessidades e competências; e, pr in cipalmente, iii) alinhamento das ino vações com a estratég ia organizacio nal de cada par ticipante e do setor co mo um todo É por tudo isso que estamos pre parados para ser a sua parceira na Jor nada Ag roindústr ia 5 0 Além da ofer ta de tecnolog ias, produtos e soluções, o foco do nosso negócio é a cr iação de todo esse ecossistema para promover a Transfor mação Dig ital e de Inteligên cia Ar tificial na sua empresa e condu zi lo ao patamar da Ag roindústr ia 5 0 Demorou, mas somos a única empre sa a te oferecer essa f acilidade, poden do inclusive integ rar soluções de ou tras empresas que, na g rande maior ia dos casos, ofer tam soluções pontuais essenciais para a solução de deter mi nados tipos de problemas Aproveita mos a opor tunidade para convidar es sas empresas a f azerem par te do Maior Ecossistema de Inovação Aber ta Co laborativa do mundo

O nosso compromisso é o seu re sultado!

SMARTB B RE EDER Sua Parcceira a na Jor n nada a Agroindússtr ia 5 0

T E C N O L O G I A 39 Fevereiro/Março 2024
r m
n ncce d o M a n ne j o d a Can a de a çúca a r : A P Pl at t a f o or m a A g ro Í r i s®,
entto e V Validação da Única Solução C Completta a I Integ raliza dora a para a O Otiimizaaçção da G Gest ão e da Peer f o
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CEOs de Agro do Brasil acreditam no aumento da eficiência de trabalho com o uso da IA generativa

Dados estão na 27ª edição da pesquisa

CEO Sur vey, que ouviu líderes do setor em mais de 100 países

Mudanças climáticas e tecnológ i cas, duas das megatendências globais apontadas na 27ª edição da Global CEO Sur vey como f atores de mu dança para cr iação, entrega e captura de valor para os próximos anos, serão ainda mais impor tantes na avaliação dos líderes do setor de ag ronegócio É o que mostra esta edição da pesquisa anual da PwC, que n este ano ouviu mais de 4,7 mil executivos em mais de 100 países, incluindo o Brasil

As mudanças tecnológ icas foram indicadas por 69% dos CEOs d o Ag ronegócio como um f ator que im pactará “muito” ou “extremamente” o setor nos próximos três anos, indica a pesquisa Já 71% dos líderes do Ag ro negócio apontam as mudanças climá ticas como pr incipal exposição e ameaça para seus negócios nos próxi mos 12 meses

Além disso, os CEOs do Ag rone gócio brasileiro também demonstram e x p e c t a t iva c o m o c re s c i m e n t o u s o d a I A g e n e r a t iva Pa r a 7 1 % d e l e s , a u t i l i z a ç ã o d e s t a t e c n o l og i a va i a u m e n t a r a e f i c i ê n c i a d e t r a b a l h o n o s próximos 12 meses e para 69% a efi c i ê n c i a d e t r a b a l h o d o s f u n c i o n á r i o s também deve crescer.

“Nota se na pesquisa que inteli gência ar tificial e mudanças climáticas já pautam a agenda do setor e vão continuar pautando em um futuro próximo”, avalia Maurício Moraes, sócio da PwC Brasil e líder para o se tor de ag r ibusiness A atenção a essas megatendências dialoga com o f ato de quase um terço dos CEOs do setor (31%) acreditarem que seus negócios não serão economicamente viáveis por mais de 10 anos, em comparação com 23% no ano passado, mantido o r umo atual de suas empresas

Ainda assim, a inserção da IA ge nerativa é discreta no ag ro Apenas 23% dos CEOs do setor afir mam que a tecnolog ia foi adotada em toda em presa nos últimos 12 meses (enquan to a média no Brasil e no mundo é de 32% entre todos os setores) No mes mo período, apenas 11% dos respon dentes declararam ter mudado a estra tég ia do própr io negócio por causa da

IA generativa

Quando questionados se a IA ge nerativa melhorará a qualidade dos produtos ou ser viços das empresas em que trabalham nos próximos 12 me ses, 54% dos CEOs do ag ronegócio brasileiro acreditam que sim (abaixo dos 64% dos brasileiros de outros se tores e 58% do recor te global) Quan do a questão foi se a IA generativa au mentará a capac idade da empresa de cr iar confiança com o s stakeholder s, apenas 34% dos líderes do ag ro res ponderam afir mativamente (50% no Brasil e 48% no mundo)

Os CEOs do ag ronegócio de monstram uma preocupação destaca da em relação aos r iscos da IA gene rativa, acima da média brasileira O pr incipal temor é com a ciber segu rança, citada por 80% (74% entre os executivos brasileiros de outros seto res e 64% no recor te global) A divul gação de desinfor mação vem em se gundo lugar, com 63%, no mesmo patamar que a média no país

Mudanças climáticas

As mudanças climáticas já apare cem, nos últimos cinco anos, como um f ator significativo de mudança pa ra cr iação de valor no ag ro 60% dos CEOs do setor na pesquisa responde ram “muito” ou “extremamente” pa ra esse impacto no período Na pro jeção para os próximos três anos, este f ator ganha mais impor tância e sob e

para 71%

“O entendimento sobre a urgên cia do clima não chega a ser novidade entre as lideranças do ag ro no Brasil, mesmo assim é uma tendência em al ta A questão climática e avanços tec nológ icos, com destaque para a IA generativa, preveem alterações asso ciadas nas preferências dos consumi dores, e devem ser os propulsores da reinvenção entre as empresas do se tor”, avalia Maurício Moraes

O aumento expressivo na percep ção dos CEOs do ag ronegócio sobre a exposição às mudanças climáticas con trasta com o reg istrado na média bra sileira (que caiu de 17%, em 2023, pa ra 16%, em 2024) e no recor te global (queda de 12%, em 2023, para 14%, em 2024) Dos CEOs do setor, 89% têm esforços em andamento ou já concluí dos para melhorar a eficiência energé tica e inovar em produtos e ser viços com baixo impacto climático

Desafio da reinvenção

No ag ronegócio brasileiro, o am biente regulatór io é apontado como o pr incipal inibidor da reinvenção e foi apontado como um desafio por 66% dos CEOs O percentual é um pouco acima da média brasileira quando 62% dos líderes indicaram questões regu latór ias como entraves para seus ne gócios Outro ponto indicado como entrave foi a instabilidade na cadeia de abastecimento, preocupação de 63%

dos líderes, enquanto a média de ou tros setores do país é de 46% Neste ano, a Global CEO Sur vey traz um otimismo entre os líderes do ag ronegócio no Brasil sobre o cresci mento no país, 69% dos líderes do se tor acreditam na aceleração da econo mia inter na Quanto à média global, es te percentual é de 40% Em relação à expectativa de geração de receitas das própr ias empresas nos próximos 12 meses no setor, que era de crescimento para 78% no ano passado, caiu para 35% neste ano Enquanto para os próximos três anos, o percentual sobe para 57%, em 2023 esse percentual era de 70%

Outros mercados

Em relação aos mercados consi derados mais relevantes para o cresci mento, a indústr ia de ag ronegócio no Brasil segue a tendên cia de todas as indústr ias no país: Estados Unidos aparece no topo da lista, com 49% (nos demais setores do Brasil, o país repre senta 44%)

China está em segundo lugar nos dois recor tes, mas é ampla a impor tância maior dada pelos líderes de ag ronegócio, 43% indicaram o país asiático, enquanto a média dos demais setores do Brasil foi de 23% Outra par ticular idade é que a Índia não apa rece no top 5 brasileiro geral, mas fi cou em terceiro lugar entre os países indicados pelos líderes do ag ronegó cio, com 14%

T E C N O L O G I A Fevereiro/Março 2024 40
Sócio da PwC Brasil e líder para o setor de agribusiness, Mauricio Moraes. Crédito Divulgação

ANTONIO DE PADUA RODRIGUES

Uma vida dedicada à cana-de-açúcar

Impor tante liderança, Padua teve carreira profissional ligada à cana-de-açúcar por quase 50 anos

Antonio de Padua Rodr igues, uma das figuras mais proeminentes e influentes no setor sucroenergético brasileiro, f aleceu no dia 10 de feve reiro e sepultado no Cemitér io Par que da Ressur reição, em Piracicaba –SP Ele ir ia completar 72 anos no pró ximo dia 15 de maio e lutava cont ra um câncer há um tempo Padua, co mo era car inhosamente conhecido, deixou um legado extraordinár io, marcado por décadas de contr ibuições significativas para o desenvolvimento e apr imoramento da indústr ia da ca na de açúcar

Ao longo de quase 50 anos de de dicação incansável, Padua desempe nhou um papel fundamental em di ver sas frentes, desde os pr imórdios de sua car reira no Instituto do Açúcar e Álcool, onde par ticipou ativamente do Prog rama Nacional de Melhoramen to da Cana de açúcar, até seus anos como diretor técnico na União da In dústr ia de Cana de açúcar e B io energ ia (UNICA), integ rante da equipe da associação desde 1990 e di retor técnico entre 2003 e 2022

Como uma das lideranças mais relevantes, Antonio de Padua Rodr i gues ficará marcado na histór ia como um dos responsáveis pelo desenvolvi mento do setor sucroenergético bra sileiro Para seus companheiros de tra balho, Padua será sempre lembrado por seu sor r iso fácil, sabedor ia e hu manidade

Natural de Rio das Pedras – SP, ele, que iniciou sua trajetór ia aos sete anos, quando ajudava a sustentar a f amília no cor te manual da cana, realizou impor tantes projetos para o desenvolvimen to do setor sucroenergético

Destacam se suas atuações como coordenador de Administração e Fi nanças do Prog rama Nacional de Melhoramento d a Cana de Açúcar (Planalsucar) e super visor Administra tivo Financeiro dos projetos finan ciados pela Secretar ia de Tecnolog ia Industr ial (STI) do Ministér io da In dústr ia, Comércio e Tecnolog ia De 1983 a 1990, Padua par ticipou da im

plantação do Sistema de Pa gamento de Cana por Teor de Sacarose (SPCTS) junto aos for necedores de cana

Sua liderança visionár ia e sua ex per tise foram fundamentais para a im plementação de políticas que revolu cionaram o setor sucroenergético

Entre seus feitos mais notáveis es tá o seu papel na aprovação da lei que estabeleceu a mistura de 22% de eta nol anidro na gasolina, na década de 90, um marco histór ico que impulsio nou a indústr ia de biocombustíveis no Brasil e teve impa cto significativo na economia e no meio ambiente

Padua também foi um dos mento res por trás do Consecana, um sistema inovador de pagamento aos produtores de cana que trouxe uma nova dinâmi ca de cooperação e har monia entre os produtores e a indústr ia, for talecendo assim toda a cadeia produtiva

Bacharel em Administração de

Empresas pela Faculdade de Adminis tração de Empresas, Ser viço Social e Educação de Amer icana SP, com es pecialização em Administração de Projetos na Faculdade de Economia e Administração (FEA) da Univer sida de de São Paulo, Padua recebeu diver sas homenagens durante sua vida, en tre elas, a da equipe da UNICA, em 2012, por ocasião do seu empenho na gestão exercida como presidente i n ter ino durante o período de transição, entre a saída de Marcos Jank e a che gada da então presidente executiva, Elizabeth Far ina O t r a b a l h o d e Pa d u a à f re n t e d a U N I C A e m 2 0 1 2 t a m b é m f o i r e c o n h e c i d o c o m a p re m i a ç ã o “ L í d e r d o A n o, ” e n t r e g u e d u r a n t e a 2 4 ª e d i ç ã o d o P r ê m i o M a s t e r C a n a B r a s i l E l e t a m b é m f o i h o m e n a g e a d o n a 2 2 ª C o n f e r ê n c i a I n t e r n a c i o n a l DATAG RO s o b r e E t a n o l e

A ç ú c a r, e m 2 0 2

s e d e s p e d i a c o m o i n t e g r a n t e d a e q u i p e d a U N I C A , e p a s s a r i a a s e r c o n s u l t o r d a a s s o c i a ç ã o

“Continuarei a contr ibuir com o setor, um pouco distante da luta diá r ia Guardo na lembrança um car inho especial por todas as pessoas que cr u zaram o meu caminho Meus ag rade cimentos a todos os presidentes de entidades representativas do setor e toda a equipe da UNICA Agora che gou a hora de par tir, ficar mais próxi mo da minha mulher, filhos e netos Chegou a hora de apostar em mais uma nova geração Obr igado cana de açúcar, que dissipada se transfor ma em açúcar, álcool e energ ia Siga mos em frente!”, disse em ag radeci mento, na ocasião

Padua também recebeu homena gem durante o 6º Seminár io UDOP de Inovações, realizado em novembro passado, onde foi ag raciado com o Troféu da Ag roenerg ia, em reconhe cimento à sua contr ibuição excepcio nal para o desenvolvimento do setor de bioenerg ia A homeangem foi eviden ciada na ediçáo 348 do Jor nalCana

Mas o legado de Padua vai além de suas realizações profissionais Ele era admirado não apenas por sua compe tência técnica e liderança, mas também por sua generosidade, humildade e de dicação à causa da cana de açúcar Sua capacidade de inspirar e unir pes soas foi uma de suas marcas reg istradas, deixando uma marca indelével na co munidade sucroenergética

Em nota, a UNICA, lamentou a par tida de Padua expressando profun dos sentimentos de g ratidão e reco nhecimento por sua vida e obra

“Com imensa tr isteza, a UNICA, re presentando seus associados e colabo radores, presta toda solidar iedade e o sentimento de pêsames à f amília”

A equipe do Jor nalCana la menta profundamente a seu f alecimento e expressa suas mais sinceras condolên cias à f amília e amigos Seu legado de realizações e sua dedicação incansável à indústr ia sucroenergética brasileira nunca serão esquecidos e devem con tinuar a inspirar as gerações futuras Descanse descanse em paz ”

O velór io de Antonio de Padua Rodr igues ocor rerá das 9h às 13h deste domingo (11), no Memor ial Metropolitano de Piracicaba, seguido pelo sepultamento às 13h no Cemi tér io Parque da Ressur reição, em Pi racicaba – SP

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