JornalCana 333 (Dezembro 2021)

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MERCADO

Dezembro 2021

ETANOL VERSUS HÍBRIDOS

Por que a Toyota aposta na eletrificação combinada com etanol Fonte limpa e sustentável, o biocombustível segue no radar da montadora, que acaba de completar a comercialização de 25 mil híbridos flex no Brasil

Pioneira na fabricação no Brasil do primeiro carro híbrido flex do mundo, o Corolla sedã, em 2019, a Toyota aposta − e muito no etanol. Primeiro porque o biocombustí− vel é aliado da montadora nas soluções em eletrificação a serem ofertadas nas próximas quatro ou cinco décadas. Em segundo lugar, porque o eta− nol, sendo limpo e sustentável, cola− bora com o Desafio Ambiental 2050, no qual a Toyota compromete−se em atingir a neutralidade de carbono em sua frota comercializada, nas plantas e em todo o ecossistema produtivo. Nesta entrevista ao JornalCana, a assessoria reuniu executivos e técnicos para avaliar o futuro dos motores a combustão e quando os elétricos de− vem chegar para valer ao Brasil. A Toyota celebrou em outubro a comercialização de 25 mil híbridos flex no Brasil. É um fato que merece ser comemorado. Significa, também, que esse tipo de motor terá sobrevida e até crescimento nas próximas déca− das no mercado brasileiro? A Toyota busca tornar a mobilida− de no país mais sustentável e inclusi− va, e isso passa por uma estratégia que visa soluções práticas e mais eficientes. O etanol, combinado ao sistema flex, já é um modelo amplamente bem−sucedido na indústria nacional. Deste modo, trabalhamos para com− binar aquilo que a Toyota tem de me− lhor, que é a versatilidade em traba− lhar com modelos híbridos, para fazer nascer o primeiro híbrido flex da his− tória da indústria global. Jor nalCana − Por que apostar no etanol? Toyota − A inovação tecnológica usufrui de matriz energética de gran− de potencial e escala no Brasil, de fonte 100% limpa, como na produção do etanol da cana−de−açúcar e um

sistema que está amplamente difundi− do no mundo, que são os híbridos da Toyota – há mais de 30 anos líder no desenvolvimento da tecnologia. Esta combinação se torna muito interessante e sustentável para o futu− ro de longo prazo da indústria aqui no País. Mas ela será, no horizonte das próximas quatro ou cinco décadas, uma das opções e soluções em eletri− ficação a ser ofertada. No mater ial de divulgação sobre a comercialização de 25 mil híbr idos, a Toyota relata que, entre seus planos, está o de ter uma versão híbr ida para cada modelo vendido na reg ião até 2025. Detalhe, por f avor. Um dos compromissos firmados pela Toyota no seu Desafio Ambien− tal 2050 é atingir a neutralidade de carbono em sua frota comercializada, nas plantas e em todo o ecossistema produtivo. A começar por aquilo que ofere− cemos às sociedades, nossos produtos, que precisam cumprir com etapas ri− gorosas para uma transformação

100% para tecnologias mais eficien− tes. Para ganhar escala até 2050, te− mos que começar já. Em 2025, já en− tramos na metade do tempo da meta e vamos acelerar, iniciando por um portfólio mais amplo, em termos de eletrificação. O que impede os veículos 100% elétr icos de chegarem de vez ao Bra−

sil? Preços ainda fora da renda média do brasileiro? Custo de desenvolvimento tecno− lógico (principalmente das baterias), mudança de determinados fatores de produção, rompimento com a atual cadeia de fornecimento, infraestrutu− ra de recarga e oferta de energia para abastecer a demanda. Mais importante, os veículos mo−


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