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TECNOLOGIA INDUSTRIAL
Maio 2016
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Peneira molecular é destaque na desidratação de etanol O mercado fornecedor tem diversas soluções para a otimização do processo de produção em destilarias R ENATO ANSELMI, DE CAMPINAS, SP
Existe tempo para tudo. Há tempo para esperar, sobreviver apenas, inovar, ousar, investir. A escolha da medida adequada para o momento certo pode ser diferente para cada um. E isto também ocorre para unidades e grupos sucroenergéticos que buscam gerenciar e planejar as suas atividades da melhor maneira possível, apesar das dificuldades geradas pelo período de incertezas e turbulências. Com a recuperação dos preços e melhor saúde financeira, algumas usinas encontram fôlego para a realização de investimentos. Outras – talvez, a maioria – , estão em compasso de espera. Há as que sequer podem pensar nessa possibilidade. O mercado fornecedor tem diversas soluções para a otimização de plantas industriais. No caso da produção de etanol, equipamentos e sistemas podem otimizar a destilação, a desidratação e criar condições para o melhor aproveitamento da vinhaça. Para a desidratação etanólica visando a produção de anidro, o grande destaque,
Luiz Magazoni, diretor industrial da Usina São Domingos, de Catanduva, SP
nos últimos anos, tem sido a peneira molecular. “Sem dúvida, é o melhor sistema nessa área”, enfatiza Luiz Magazoni, diretor industrial da Usina São Domingos, de Catanduva, SP. A peneira molecular apresenta algumas vantagens em relação a outras soluções disponíveis no mercado, apesar de requerer um investimento inicial mais elevado. “No custo de operação, só há gasto com vapor. O consumo de vapor, para desidratar o etanol, é baixo”, observa Luiz Magazoni. Para a produção de álcool especial, a peneira é também a mais recomendada entre as soluções disponíveis no mercado. “É um processo físico. Não deixa resíduo”, diz. Essa tecnologia também se diferencia no mercado devido à redução de consumo de água de resfriamento e por ser um processo automatizado e de fácil operação. Outro sistema para desidratação, que tem sido bem aceito no mercado sucroenergético é o MEG – Monoetilieno Glicol, que é utilizado inclusive pela Usina São Domingos. Possui características consideradas positivas: o desidratante empregado não é volátil e não é inflamável; o consumo de vapor e água é menor em relação a outros sistemas, exceto peneira molecular. O investimento para a implantação do MEG é menor em comparação ao da peneira molecular – constata Luiz Magazoni.