JornalCana - Edição 261

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TECNOLOGIA AGRÍCOLA

Outubro 2015

Nova máquina reduzirá consumo de mudas pela metade Estrutura de Tráfego Controlado, com bitola de nove metros, facilitará colheita de cana plantada em espaçamento testado por experimentos Atualmente não existem disponíveis no mercado máquinas que realizem o plantio e a colheita com os espaçamentos que estão sendo propostos pelos experimentos do CTBE. Haverá necessidade de uma máquina que faça o plantio mais adensado e uma distribuição de tolete, com maior precisão, a cada 50 ou 75 centímetros – observa Henrique Franco. A equipe de mecanização do Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol tem trabalhado em um projeto de plantadora. “A primeira versão não fará operação com o espaçamento de 75 centímetros, porque é uma mudança muito drástica. Estão trabalhando para melhorar a distribuição das mudas durante o plantio mecanizado, tentando simular um plantio manual utilizando uma máquina”, comenta. Um dos objetivos dessa pesquisa é que a própria máquina faça a distribuição de todos os toletes na mesma direção – diz. “Hoje caem uns para frente, outros deitados,

Henrique Franco, da pesquisa “Plantio de precisão”

alguns em pé. Não há uniformização na distribuição: tem hora que cai muito tolete, tem hora que cai pouco”, observa Henrique Franco que participa do projeto na área agronômica.

No sistema de distribuição dessa máquina, que simula a operação manual, haverá uma diminuição pela metade do consumo de mudas – calcula. “Atualmente está em dezesseis a dezoito toneladas. Vai

reduzir para sete a dez toneladas”, prevê. O desenvolvimento da plantadora está em fase de laboratório. Apenas o sulcador com preparo localizado já foi testado em campo e apresentou resultado satisfatório. “A previsão é que o protótipo de toda a máquina seja testado no próximo ano”, diz. De acordo com ele, poderá ser acoplada nesta plantadora a tecnologia de precisão visando a distribuição uniforme de mudas e a aplicação da taxa variável de insumos. “Teoricamente dará para trabalhar esse espaçamento de 75 centímetros. Se essa máquina der certo, vai revolucionar o mercado”, ressalta. Haverá necessidade também de uma colhedora com bitola adequada para o espaçamento de 75 centímetros, que foi o mais produtivo nos experimentos do CTBE. “Com uma máquina de bitola de três metros, podem ser plantadas três linhas de 75 cm, o que dá 1,5 metro, deixando 1,5 metro para passar o rodado”, exemplifica. O CTBE está desenvolvendo também a máquina denominada ETC – Estrutura de Tráfego Controlado, que tem uma bitola de nove metros, destinada à realização de diversas operações mecanizadas, como a colheita de cana. “Quando a gente começou a testar espaçamento e distância entre plantas, foi pensando em utilizar essa máquina no futuro”, revela. Com essa bitola, não haverá restrição para a adoção do espaçamento mais adequado para a planta – afirma. (RA)


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