JornalCana — Edição 273 / Outubro 2016

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TECNOLOGIA AGRÍCOLA

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Usina Atena cria campanha “I9 Cana” em busca da produtividade Objetivo do projeto é acabar com as falhas na lavoura de cana, as perdas na colheita e reduzir o pisoteio LUIZA BARSSI, DE VALINHOS, SP

A fim de eliminar em curto espaço de tempo e de uma vez por todas algumas anomalias que podem ser prejudiciais à produção, a Usina Atena, de Martinópolis, SP, criou para esta safra 2016/2017 um rigoroso e unificado controle de qualidade agrícola. Uma equipe de planejamento foi formada a partir dos departamentos de Controle, Pesquisa & Desenvolvimento Agrícola e os resultados já aparecem. Em uma primeira etapa, os colaboradores da Usina Atena foram treinados para criar e medir os padrões e metas préestabelecidas de rendimentos e qualidade das operações. No início desta safra, exatamente na quarta semana do mês de março a empresa lançou a campanha I9 Cana – em busca da produtividade. O projeto envolveu todos os departamentos e foi lançado em parceria com os setores de Preparo e Plantio, Tratos Culturais, Colheita e Transporte e Manutenção Automotiva. De acordo com os realizadores, a intenção do projeto em execução é acabar com as falhas na lavoura, as perdas na colheita e pisoteio. E para alcançar tais objetivos a empresa entendeu que precisaria começar com conscientização de todos os colaboradores da unidade. Segundo Paulo Vitor Prates Nogueira, coordenador de engenharia agronômica, o projeto se iniciou com a implantação do controle de qualidade agrícola, onde foram criados padrões e metas em busca de melhorar os rendimentos e principalmente a qualidade da operação agrícola em todos os departamentos,

Paulo Vitor Prates Nogueira, coordenador de engenharia agronômica da Atena

desde o preparado de solo, passando por plantio, tratos culturais e colheita. “Em maio nós criamos de fato o projeto, que possui até mesma identidade visual própria, com logotipo e ênfases nas etapas a serem concluídas, buscando que todos os colaboradores envolvidos direta e indiretamente nas operações tenham a conscientização de que a empresa busca melhores resultados agronômicos. Objetivamos ainda envolver também os colaboradores com ideias e sugestões que possam ser usadas nas rotinas de trabalho”, comenta Paulo. O projeto vem ganhando força com os treinamentos realizados mensalmente e com a divulgação dos resultados obtidos. Assim, consegue despertar e envolver a todos na melhoria da produtividade. Os primeiros cinco meses do projeto I9 já trouxeram resultados na melhora da qualidade do plantio e na qualidade da colheita. De acordo com o coordenador de engenharia agronômica, a empresa reduziu 30% do pisoteio e as perdas na colheita passaram de sete a três por cento. “O que chama

bastante atenção é a mudança de comportamento e preocupação da maioria dos colaboradores na adequação ao nosso sistema de qualidade”, comemora Paulo. O nome I9 do projeto não se refere a 9 ações específicas, como as conhecidas 5S e assemelhadas, informa Paulo Vitor. O projeto foi batizado assim porque a expressão soa forte e remete ao envolvimento de todos os departamentos da unidade, da área agrícola, passando pela motomecanização, industrial, com todos os seus setores e terminando na administração. A busca por produtividade é constante e precisa da participação de todos. Entretanto, mesmo com resultados positivos Nogueira conta que no início não foi fácil. A maior dificuldade foi a aceitação dos colaboradores aos levantamentos e auditorias feitas para levantar os números do que vinha sendo realizado e os novos alvos a serem perseguidos. “O projeto I9 veio para quebrar esse paradigma e resistência à nova ideologia de trabalho”, conta. “Hoje a aceitação é bem maior e os colaboradores participam com sugestões nas caixas de ideias deixadas em cada área de vivência”, finaliza Paulo. A Usina Atena é a maior empregadora do munícipio de Martinópolis. Está instalada na fazenda Bartira, a seis quilômetros da Rodovia Homero Severo Lins. À frente da companhia está o empresário Roberto Sodré Viana Egreja. As atividades tiveram início no começo de 2007, porém só em 2008 realizou-se a primeira safra completa, com moagem de 528 toneladas. O processo de expansão tem acontecido ano a ano, tanto no parque industrial quanto na área agrícola. O reflexo desta expansão justifica a precisão de moagem de 2015 que é de 1.110.000 toneladas e também o objetivo de chegar a 1.500.000 toneladas nesta safra 2016. A produção em 2015 foi de 1.105.000 sacas de açúcar e de 52.000 m3 de etanol. Já para este ano, deverão ser produzidos 1.500.000 sacas de açúcar e 55.000 m3 de etanol. A Companhia tem hoje uma área de plantio, entre próprias e arrendadas de 14.300 hectares, adquirindo de terceiros (fornecedores) 1.680 hectares.


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