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TECNOLOGIA AGRÍCOLA
Julho 2016
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DOUTORES DA CANA! Os cases de quem partiu na frente na corrida pelas altas produtividades À frente do departamento agrícola da Usina Monte alegre, que fica localizada em um ambiente extremamente limitante, em Mamanguape, PB, em área de baixa fertilidade, poucas reservas hídricas e mínimas precipitações anuais, João Pereira Valões Filho desenvolve junto à sua equipe um trabalho de referência, utilizando as tecnologias mais modernas para alcançar índices de produtividade que superam as expectativas daquela região. A Usina Monte Alegre foi pioneira na região Nordeste em fazer uso da nutrição foliar para cana. As primeiras experiências iniciaram por volta do ano de 2003, tendo como parceiro a empresa Ubyfol, e desde então, tem feito uso desta ferramenta que proporciona excelente ganho na produtividade da cana. “Até se tornar uma prática agrícola de retorno garantido em nossa unidade, a nutrição foliar percorreu um caminho longo de testes e observações. Ano após ano os testes foram acompanhados por análises de solos e folhas, identificando as carências nutricionais da cana, as formas que poderíamos modificar para que o produto atingisse a massa foliar com uma cobertura eficiente e qual o estágio vegetativo da cana ideal para obtenção de resultados positivos”, explica João Pereira Valões Filho. Após muito trabalho com acertos e erros, conclui-se que para obtenção de resultados satisfatórios na nutrição foliar, não se pode prescindir de outras técnicas e ou práticas agrícolas, que permitam à cultura da cana-de-açúcar estar em seu pleno estado vegetativo e com condições de ambiente favoráveis, garantindo assim ganhos expressivos de acréscimo
João Pereira Valões Filho, gerente agrícola da Usina Monte Alegre
na produtividade. A empresa está situada nos tabuleiros costeiros da Paraíba, que por definição, são áreas de baixa fertilidade,
poucas reservas hídricas e precipitações anuais que podem variam de 600 mm a 2.000 mm. E isto torna um desafio enorme produzir economicamente qualquer tipo de cultura, sem lançar mão das tecnologias de ponta disponíveis no mercado para se ter aumento de produtividade. Outra realidade de comprovada eficácia é a utilização do molibidato de potássio no sulco de plantio, fazendo hoje parte da nossa prática agrícola rotineira, por proporcionar um aumento significativo na brotação das gêmeas e por interferir diretamente na absorção do Nitrogênio proporcionando um desenvolvimento vigoroso das mudas e comprovadamente um aumento na produtividade, observa Valões Filho. Nesta última década a Usina Monte Alegre vem investindo maciçamente em irrigação, fazendo a correção do solo necessária com utilização de matéria orgânica e vinhaça em 100% de todas suas áreas agricultáveis. Também tem feito adubações em função da produtividade esperada e utilizado no seu plantel variedades mais responsivas aos ambientes de produção. Desta forma a Usina Monte Alegre tem se destacado nos últimos 5 anos com produtividades acima da média do Nordeste, chegando a alcançar um TCH de 72 na safra 2014/2015. “Com o custo de produção a cada ano mais elevado e a volatilidade dos preços de nossos produtos, precisamos estar atentos às janelas de oportunidades que as tecnologias nos proporcionam para aumentos gradativos de produtividade, colocando o custo de produção como meta principal para nos mantermos competitivos no mercado”, finaliza João Pereira Valões Filho. UBYFOL 34 3319 9500 www.ubyfol.com.br