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TECNOLOGIA INDUSTRIAL
Abril 2016
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Utilização de inversores otimiza consumo de energia Troca térmica eficiente e motores com carcaça de alumínio também proporcionam ganhos importantes O uso de equipamentos com elevada eficiência energética e a eletrificação possibilitam que a planta industrial de usinas e destilarias tenha um baixo consumo de vapor, o que cria condições para a ampliação dos ganhos por meio da comercialização do excedente de bioeletricidade. “Até o ano passado, a energia valia dinheiro. Neste ano, a situação está atípica. Mas, é preciso ter este ‘pulmão’. Para o Brasil crescer, vai precisar de energia. A venda de energia tende a voltar ser interessante”, opina José Márcio Pereira de Oliveira, gerente Industrial da Usina Caeté – Unidade Paulicéia. De acordo com ele, com a tecnologia existente hoje, como caldeiras de alta pressão e equipamentos que tornam o sistema eficiente, a tendência é que as usinas tenham disponibilidade de energia cada vez maior para a venda. Uma troca térmica eficiente também contribui para a economia de energia – destaca. No caso da Usina Caeté – Paulicéia, que produz somente etanol, o consumo de vapor
no processo é em torno de 380 kg por tonelada de cana – informa. A usina tem atualmente um gerador de 33 megawatts, vende 15 MW e produz 18 MW para consumo. Um fator importante para a otimização energética dessa usina é contar com motores que trabalham com inversores de frequência
– observa –, o que proporciona economia. “O equipamento só consome a energia que realmente precisa. Não fica trabalhando no máximo sem necessidade”, diz o gerente industrial. Outra medida dessa unidade para a redução do consumo de energia foi a aquisição de dois motores com carcaça de
alumínio, de 200 cv, para resfriamento das dornas de fermentação. “A carcaça de alumínio consegue dissipar mais, o motor trabalha mais frio”, explica. Esse tipo de motor tem um consumo menor de energia em relação a outros modelos para uma mesma operação – enfatiza. (RA)