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TECNOLOGIA INDUSTRIAL
Fevereiro 2016
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Modificações começam na “porta de entrada” do parque industrial Sistema de limpeza a seco, desfibrador extrapesado, difusor, roupagem nova de moendas mudam processo de preparo e extração Modernizar significa, nos dias difíceis de hoje, aproveitar da melhor maneira possível o potencial da planta industrial que deve ser adaptada às novas demandas
geradas pelas mudanças no processo de produção agroindustrial. Modificações têm sido cada vez mais frequentes, por exemplo, na “porta de entrada” de unidades – onde ocorre a recepção da matéria-prima – devido à colheita mecanizada de cana crua. Sistemas de limpeza de cana a seco estão ganhando espaço em usinas que procuram, em diversos casos, desenvolver projetos em parceria com empresas de equipamentos industriais visando a obtenção de maior eficiência na redução de impurezas e na separação da palha, utilizada na cogeração de energia.
No processo de preparo de matériaprima para extração, a tendência – que poderá ser confirmada com a elevação da capacidade de investimentos das usinas – é a utilização do desfibrador extrapesado, que dispensa o uso do picador em usinas que fazem exclusivamente a colheita mecânica de cana que já é picada durante a operação no campo. Esse sistema tem possibilitado a obtenção de um índice de preparo entre 90% e 92%. No processo convencional, a eficiência na abertura das células fica entre 88% e 89%. Além disso, a utilização do
desfibrador extrapesado proporciona redução de gastos com energia e manutenção no processo de preparo de cana. Para a extração do caldo, o difusor continua sendo uma alternativa defendida por alguns e rejeitada por outros. Mas, a “velha” moenda mantém o predomínio. Esse equipamento tem usado, em alguns parques industriais, uma roupagem nova. Exemplo disso é a camisa perfurada – como é também conhecida a camisa de alta drenagem – que possibilita a redução da umidade do bagaço e a obtenção de ganhos na eficiência da extração do caldo. (RA)