JC 259
7/29/2015
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MERCADO
Agosto 2015
Demanda reflete preço favorável do produto em relação à gasolina O mercado em Minas Gerais começou a mudar antes mesmo da entrada em vigor da redução de ICMS em 18 de março por causa dos efeitos da elevação da tributação sobre a gasolina que aumentou o preço deste combustível, observa Mário Campos. Apesar de ter contado com alíquota menor de ICMS em menos da metade do mês, março já teve um aumento significativo no consumo de etanol: houve a comercialização de 105,6 milhões de litros, mais do que o dobro em comparação aos 52 milhões de março de 2014.
Paridade tem ficado em 66,5% na média, mas em algumas cidades e postos o etanol apresenta preço de 60% em relação ao valor do litro de seu concorrente Em abril o consumo de etanol continuou em disparada. Foram vendidos 140 milhões de litros, um volume 147% maior do que os 56,7 milhões do mesmo período do ano passado.
Posto de combustível em São João Del Rey: consumo de etanol em disparada no Estado
Essa nova situação em Minas Gerais reflete o preço favorável do etanol em relação à gasolina – que precisa ficar abaixo de 70% do seu concorrente nas bombas dos postos. O índice tem ficado, em média, em 66,5%. “Este era inclusive a projeção de paridade para Minas Gerais quando pensamos e propomos a alteração”, revela
Mário Campos Filho, presidente da Siamig. Em algumas cidades e em alguns postos, o etanol tem se mostrado ainda mais competitivo, mantendo um índice em torno de 60%. Para estimular as vendas de etanol hidratado no estado, a Siamig realizou também a campanha publicitária “Eu Vou de etanol” no rádio e nas mídias sociais. (RA)
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Divisão de margens tem o objetivo de possibilitar recuperação do setor O “boom” do etanol em Minas Gerais está colocando em pauta outra questão: a necessidade dos produtores ficarem com uma margem maior de remuneração em decorrência das alterações tributárias, consideradas importantes para o aumento da competitividade do produto. Nos primeiros meses de redução do ICMS as margens de postos e distribuidoras aumentaram significativamente e os produtores mantiveram um preço abaixo da expectativa e da necessidade de remuneração. “O objetivo é que o setor se recupere, volte a investir, inclusive para aumentar a sua produção para atender essa demanda”, afirma Mário Campos, do Siamig. Mas, se não tiver boa remuneração, não vai se recuperar – ressalta. A expectativa é que o mercado faça um ajuste na divisão de margens. (RA)