OJB EDIÇÃO 36 - ANO 2025

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ÓRGÃO OFICIAL DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA FUNDADO EM 1901

Entre os dias 25 e 28 de agosto, mais de 100 participantes estiveram reunidos na Vila Minha Pátria, em Morungaba - SP, para a reunião do Conselho Geral da Convenção Batista Brasileira (CBB). O encontro foi promovido a convite da Junta de Missões Nacionais (JMN) e aprovado pelo próprio Conselho. Leia a matéria completa nas páginas 08,09 e 10.

Reflexão

Siga o Mestre!

Texto sobre brincadeira infantil traz lição sobre o chamado missionário

pág. 05

Missões Nacionais

Conferência CIM

Cuidado Integral do Missionário realiza conferência em comemoração aos 10 anos

pág. 07

Notícias do Brasil Batista Saúde de Corpo e Alma

85 anos

PIB em Rio Bonito - RJ celebra aniversário com culto festivo e batismos

pág. 13

Aconselhamento

Coluna traz orientações práticas para a boa condução da clínica pastoral

pág. 15

EDITORIAL

Mês de Missões

Pela graça de Deus, iniciamos mais um mês! Setembro é tempo de celebrar Missões Nacionais, e a campanha deste ano nos inspira com um lema tão querido pelos Batistas brasileiros: “Minha Pátria para Cristo”. A divisa bíblica está em Josué 13.1: “… e ainda há muitíssima terra para conquistar” Ao longo de setembro, O Jornal

Batista trará artigos especiais sobre a obra missionária, além da tradicional página 7, com informações semanais preparadas pela Junta de Missões Nacionais.

E por falar em Missões Nacionais, nossa matéria de capa desta semana está diretamente ligada a esse tema. Entre os dias 25 e 28 de agosto, o Con-

Nacionais

selho Geral da Convenção Batista Brasileira esteve reunido na Vila Minha Pátria, em Morungaba (SP), vivendo dias de intensa imersão missionária e transcultural, além de deliberações e encaminhamentos importantes. Sem dúvida, foi um tempo abençoador para todos os participantes. A cobertura completa você confere nas páginas

08, 09 e 10.

Que este seja, para todos nós, um mês de bênçãos e dedicação, avançando na missão de conquistar nossa pátria para Cristo.

Boa leitura e que Deus o abençoe! n

O JORNAL BATISTA

Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901

INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB

FUNDADOR

W.E. Entzminger

PRESIDENTE Paschoal Piragine Jr.

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A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação Batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOS

W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946);

Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOS

Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923).

ARTE: Oliverartelucas

IMPRESSÃO: Editora Esquema Ltda A TRIBUNA

DICAS DA IGREJA LEGAL

Como blindar a sua Igreja com um estatuto forte (VI)

Concluindo a série de artigos cujo título encima essas linhas, quero destacar três pontos que nenhum estatuto deve conter, sob pena de se criar um grande problema para sua igreja.

O primeiro ponto diz respeito ao prazo estipulado para reforma do estatuto. Não faça isso. Neste tempo em que tudo muda na velocidade da luz, as igrejas precisam atualizar o seu estatuto constantemente. Se for para proteger os interesses da igreja, que seja o estatuto reformado tantas vezes quantas forem necessárias, independentemente do tempo decorrido entre uma e outra reforma. Costumo dizer, em minhas palestras, que um estatuto feito ou reformado há apenas doze meses já merece ser revisado. Não estou exagerando.

O segundo ponto diz respeito à obrigatoriedade de o pastor figurar

como presidente. Cuidado com esse preceito. Os estatutos tradicionais invariavelmente trazem em seu bojo um artigo com uma redação mais ou menos assim: “O pastor, que sempre será o presidente da Igreja...”. A mudança de redação que sugiro é sutil, mas muito útil para casos em que igreja e pastor queiram um modelo alternativo. Assim, por exemplo: “O pastor, que poderá ser o presidente da Igreja...”. Pastor não tem que necessariamente ser gestor. Ele foi chamado por Deus para pastorear, e não para administrar. Há pastores aprovados no púlpito e no seu mister, mas reprovados no ofício de administrador que lhes é imposto, por força estatutária. Para agravar a situação, os seminários não exploram a disciplina de administração eclesiástica como convém. Mas deveriam.

Aplausos para a Faculdade Batista do Rio de Janeiro (FABERJ), que está lançando diversos cursos, em nível de

pós-graduação, voltados para a capacitação de pastores, líderes e educadores. Essa instituição tem debaixo do seu guarda-chuva nada menos que os Seminários Batista do Sul do Brasil (Rio de Janeiro), Equatorial (Belém) e Norte do Brasil (Recife).

É verdade que alguns pastores chamam para si a responsabilidade da presidência, sob o argumento de que podem se tornar figura decorativa, mas isso não se sustenta.

Por fim, cuidado com os chamados artigos irreformáveis. Fruto da cultura do “copia e cola” ou do perigoso “modelo de estatuto”, não são poucos os estatutos que emperram a igreja. Muitas vezes, as comissões de reforma de estatuto são formadas domesticamente e, não possuindo a habilidade necessária e não atentando para buscar uma assessoria jurídica de qualidade, acabam elegendo como irreformáveis artigos que não têm a

menor envergadura para figurarem como irreformáveis. Em minha modesta opinião, poucos são os pontos inegociáveis, mas dois são imprescindíveis, a saber, podendo as demais questões serem tratadas com quórum qualificado:

a) Princípios e doutrinas bíblicas defendidos pela denominação; e

b) Blindagem doutrinária e patrimonial.

(Esta coluna é publicada aos primeiros e terceiros domingos de cada mês aqui n’O Jornal Batista). n

Jonatas Nascimento, diácono. Coautor da obra Nova Cartilha da Igreja Legal. WhatsApp: (21) 99247-1227. E-mail: jonatasdesouzanascimento@ gmail.com

Brava gente brasileira

Rogério Araújo (Rofa) colaborador de OJB

Desde o seu “descobrimento”, em 1500, pelo navegador português Pedro Álvares Cabral, o Brasil passa por constantes transformações, algumas para melhor, outras nem tanto...

A terra que era dos índios acabou sendo tomada e se tornando colônia de exploração de Portugal e, com muito custo ($$$), “conseguiu” a almejada independência. Mais tarde, a República foi proclamada. Veio a ditadura e, com muita luta e sangue derramado, enfim, a “democracia”!!!

Mas será?! Já são 203 anos de 7 de setembro e 136 anos de 15 de novembro comemorados, em mais de 525 anos de muitas “histórias”. Mas aí são outros quinhentos...

O BRASIL é um país de “brava gente”. Gente que faz, trabalha, participa,

ainda que em condições bem desfavoráveis.

O BRASIL é um país de um povo alegre e solidário. Não tem um povo frio e egoísta, como o de alguns países do mundo. É um país que, se fosse avaliado apenas pelo seu povo, seria, sem dúvidas, de “primeiríssimo mundo”.

O BRASIL é um país “abençoado por Deus e bonito por natureza”, como diz uma famosa música popular, pelo menos avaliando suas condições geológicas: sem vulcões, terremotos, furacões etc. Pena que há muita gente “esperta” por aí que provoca grandes “catástrofes”, minando seu crescimento ou o fazendo andar para trás, como caranguejo.

O que falta mesmo é saber como está aproveitando e agradecendo as bênçãos vindas dos altos céus. Porque a nação somente será totalmen-

pastor & professor de Psicologia

O impacto cultural de Jesus Cristo

“E ele disse: Quem és, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões.” (At 9.5)

Jesus Cristo é considerado o nome de maior impacto na galeria dos grandes personagens que causaram as maiores mudanças na história da civilização da Terra. Não citar o Nazareno seria o mesmo que declarar o acaso como a explicação natural da lógica!

Dois pesquisadores britânicos, ao se encontrarem, resolveram analisar o tipo de impacto que os missionários cristãos causaram

te feliz quando colocar DEUS como SENHOR e em primeiro lugar, sempre (Salmos 33.12).

O BRASIL é um país que se orgulha de ser BRASIL, não pelas más pes-

na evolução científica do Oriente. Um dos debatedores, avesso a todo tipo de religião, caprichou nos seus argumentos, insistindo na ideia de que nossa obrigação deve ser a de respeitar as convicções de todos, gostemos ou não de suas propostas. Foi aí que o cientista cristão retrucou, apontando para o caldeirão cerimonial no centro da praça: “Meu amigo, deixe-me salientar um pequeno detalhe: se não fosse pela pregação dos missionários evangélicos, as pessoas que estariam agora naquele caldeirão seríamos nós dois...”

Pelo que consta, o debate parou por aí...

soas que tem, mas pelas boas que o fazem um país de “brava gente brasileira”! n

Promotores também são vocacionados?

Silvana S. P. Martines coordenadora Nacional de Mobilização Voluntária da Junta de Missões Nacionais.

Extraído de missoesnacionais.org.br

Você se sente um vocacionado?

Muitas vezes, temos a impressão que apenas aqueles que deixam tudo e vão para o campo missionário são vocacionados!

Deus tem me dado o prazer e privilégio de participar de vários Acampamentos e Encontros de Promotores pelo Brasil. É muito interessante como Deus trabalha e age de forma clara, mostrando a vocação e a missão de cada um.

Em todos os Acampamentos de Promotores que já participei em minha vida, pude ver que Deus realmente levanta pessoas entre os promotores de missões para deixar tudo e ir para os campos missionários. Isso é muito natural, pois promotores são apaixonados por missões, e muitos missionários hoje, no campo, foram promotores em suas igrejas. É por isso que sempre precisamos fazer esse de-

safio nos encontros e acampamentos de promotores.

Mas tenho observado que, dificilmente, mais do que 5% dos presentes nos Acampamentos de Promotores vão aos apelos para o campo missionário distante.

Os 95% que ficam não são vocacionados? Os 5% que vão têm um chamado mais especial e importante do que os 95% que ficam?

Muitas vezes, encontramos promotores de missões em crise vocacional, tristes, achando que fizeram alguma coisa errada na vida e, por isso, não estão entre os 5%. Você já se sentiu assim?

A questão não é se estamos entre os 5% ou entre os 95%. O que realmente importa é se estamos no centro da vontade de Deus, obedecendo ao Seu chamado e cumprindo com excelência a missão que Ele nos deu!

Hoje, mais do que nunca, vivemos um tempo em que a vocação para mobilização é importante e faz parte da engrenagem missionária. Infelizmente, quase 70% das Igrejas Batistas não compreendem a importância da cooperação e não contribuem com

nossas Juntas Missionárias. Dentre estas, poucas se envolvem com projetos missionários em geral.

Creio que, por isso, Deus está levantando um exército de vocacionados para mobilização! Em todas as igrejas, em cada cantinho deste país, Deus tem escolhido, chamado e capacitado servos para mobilizar o Seu povo e conscientizá-lo da necessidade de fazer discípulos onde está e enviar missionários para os campos distantes. É muito interessante como, em todas as igrejas, sempre há alguém cujos olhos brilham quando fala de missões! Na grande maioria, estes são os vocacionados para mobilização, mas normalmente não sabem disso e se sentem frustrados por não estarem entre os 5%.

Romanos 10 diz: “E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados?”

A vocação para mobilização é a resposta para esta pergunta, pois nossas igrejas precisam acordar para a urgência da obra missionária. Por isso, Deus realmente tem vocacionado pessoas cheias do Espírito Santo para ficar!

O promotor de missões não é um missionário frustrado que desobedeceu a Deus em algum momento de sua vida e ganhou um prêmio de consolação ou um castigo. Nós somos chamados por Deus para ficar e precisamos compreender a importância do nosso chamado.

Você pode já ter trabalhado, na sua vida secular, em projetos de grande envergadura, mas nada se compara ao seu trabalho como vocacionado para a mobilização, pois você está no maior e mais relevante projeto de toda a humanidade, trabalhando com o Rei dos reis e Senhor dos senhores, em Sua grandiosa e mais sublime missão, em que todo o céu está envolvido:“… buscar e salvar o que estava perdido” (Lucas 19.10).

Glória a Deus por fazer parte disto! Façamos o nosso melhor e cumpramos com excelência a nossa vocação, pois quem nos chamou sempre nos capacitará para cumprir a missão! Deus abençoe seu ministério! Ah… Sim, nós promotores somos vocacionados!!! n

Olavo Feijó

Extraído de missoesnacionais.org.br

Estamos em campanha de Missões Nacionais e, se bem conheço os Promotores de Missões, já devem estar focados na apresentação dos Momentos Missionários, para avançar no engajamento de sua igreja. Como estamos em campanha praticamente o ano inteiro, chamar a atenção para esses momentos às vezes se torna difícil, especialmente nos últimos anos, quando enfrentamos crises que nos obrigaram a fazer adaptações para que continuássemos avançando.

Dois mil e vinte foi o ano em que mais necessitamos de inovações; fomos apanhados de surpresa logo no primeiro trimestre. Infelizmente,

muitos promotores interromperam os trabalhos por estarem acostumados apenas com atividades presenciais. Com o tempo, fomos nos adequando e, com a ajuda de colegas de ministério, conseguimos vencer barreiras e realizar uma campanha verdadeiramente extraordinária. Em verdade, a criatividade sempre foi uma grande aliada dos Promotores de Missões, mesmo antes da pandemia, e é através da interação, do compartilhamento de experiências e de novas ideias que enriquecemos os Momentos Missionários, tornando-os cada vez mais eficazes na divulgação das notícias dos campos.

Há algumas ferramentas que não podemos deixar de lado para acrescentar criatividade aos Momentos Missionários; quero destacar quatro delas:

Acampamento e Encontro de Pro-

Como fazer momentos missionários criativos!

motores Missões – De forma presencial ou online, é uma ótima fonte de ideias criativas. Esses eventos costumam apresentar todas as possibilidades que podem ser exploradas em sua atuação na campanha, inclusive os próximos itens desta lista.

Hotsite da Campanha – Lá você encontrará todo o material disponibilizado pela JMN (Cartazes, vídeos com testemunhos, PPT padrão, revistas etc.).

Blog do Promotor – No blog, você tem acesso a momentos missionários, dinâmicas, ideias criativas, informações sobre próximos eventos e divulgação do que acontece nas igrejas durante as campanhas em todo o Brasil. Você pode se conectar ao blog através do site de Missões Nacionais.

Participar de grupos de Promotores de Missões nas redes sociais – Normalmente são grupos locais, em que

os membros costumam compartilhar o desenvolvimento da campanha em suas igrejas, auxiliando uns aos outros e vibrando a cada postagem de vitórias alcançadas na promoção missionária.

Quero ainda ressaltar a importância do Momento Missionário: ele deve estar na programação de todos os cultos durante a campanha; não podemos perder a chance de impactar os corações e envolver cada irmão na obra missionária. O avanço acontece primeiro na igreja, porque nela estão os intercessores, os mantenedores e os vocacionados que irão ao campo. Então, não dá para se perderem oportunidades para inovar.

Continuemos proclamando, para todo o Brasil, que Jesus Cristo é a única esperança! n

Silvana S. P. Martines e Ana Luiza Prates Oliveira extraído de missoesnacionais.org.br

As brincadeiras infantis podem nos ensinar muito sobre missões. Quem nunca brincou de “siga o mestre”?

Em um resumo rápido: uma pessoa é o mestre, e todos os outros devem imitá-lo. Se o mestre erguer a mão, todos copiam; se der um giro, todos também o imitarão, e assim por diante. Mas como usar isso em um momento missionário?

Sem falar nada, comece o momento missionário chamando voluntários para perto de você. Convide, apenas com gestos, todos da congregação, sem apontar especificamente para alguém. Normalmente, as crianças são as primeiras a atender ao chamado. Caso ninguém venha à frente, chame especificamente, mas só em último caso.

Faça sinais de forma que eles entendam que devem imitá-lo. Gire, coloque um pé para frente… Incentive para que façam igual. Seja criativo!

Logo depois, explique que missões se fazem da mesma forma! Nós somos chamados por Deus para ser imitadores de Jesus. Jesus fazia discípulos, amava, mantinha relacionamentos discipuladores, multiplicava, orava e nós devemos fazer o mesmo: seguir ao Mestre! “Tornem-se meus imitadores, como eu o sou de Cristo.”

(1 Co 11.1)

Por que usar gestos e não palavras para chamar os irmãos?

Porque, para entender o chamado, precisamos estar muito atentos e dispostos a compreender o que o Senhor quer nos dizer! Muitas vezes, estamos tão preocupados e distraídos com as coisas desta vida que não nos atentamos para o chamado do Senhor.

Por que não chamar alguém especificamente?

Porque assim também é o chamado missionário: para todos. Mas, muitas vezes, sabemos que precisamos atender ao chamado do Senhor, mas nos calamos e preferimos ficar aco-

Siga o Mestre!

modados onde estamos! Permanecer sentado nos bancos, desfrutando da alegria da salvação, é muito bom e prazeroso, mas pessoas estão lá fora, sem Cristo e sem salvação!

Todos fomos chamados para fazer discípulos:“Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.” (Mt 28.19,20)

Caso as crianças tenham sido as primeiras a atender ao seu apelo com gestos, aproveite a oportunidade para

dizer que devemos ser como crianças: corajosas, destemidas e obedientes! Obedecemos a esse chamado quando fazemos discípulos onde estamos e sustentamos missionários para que possam fazer discípulos onde não podemos ir! Que o Senhor nos ajude a ouvir Sua voz e obedecer! Isto é seguir o Mestre! Deus também tem chamado muitas pessoas especificamente para a mobilização, mas talvez muitos ainda estejam relutando em obedecer. A mobilização é uma vocação, um chamado específico do Senhor. Ser promotor de missões é também seguir ao Mestre! Deus abençoe seu ministério! n

Taísa Fernandes Martines promotora de Missões da Igreja Batista em Alto Alegre – SP Extraído de missoesnacionais.org.br

O trabalho missionário da Vila Minha Pátria é maravilhoso! Deus tem nos dado a oportunidade de cuidar, amar e compartilhar Jesus com refugiados, dentro de nossa pátria.

Mas, como sensibilizar o coração de nossos irmãos? Como mobilizar intercessores, mantenedores e vocacionados para a Vila Minha Pátria? Como desafiar minha igreja a acolher

Momento missionário –refugiados “Vila Minha Pátria”

uma família de refugiados?

Quero compartilhar uma sugestão de momento missionário para você fazer em sua igreja.

Comece pedindo que todos peguem seus pertences e se mudem para outro lugar, dentro do templo.

No primeiro instante, as pessoas ficarão sem entender bem! Explique quantas vezes for necessário.

Alguns começarão a mudar de lugar, outros ficarão até irritados, afinal, nós gostamos de sentar nos mesmos lugares nos cultos, não é mesmo?

Quando as pessoas começarem a se movimentar, peça que todos parem

Carta aberta de uma promotora!

onde estão e voltem aos seus lugares! Após todos estarem sentados e quietos, diga:

“É ruim mudar de lugar, não é mesmo? A gente se acostuma tanto com nosso lugarzinho, todos os domingos! Sair do nosso lugar não é algo natural e prazeroso. Sentimos um desconforto, pois estamos tão bem acomodados e, a maioria de nós, tem apenas a Bíblia para levar!

Imagine como se sente alguém que precisa sair de seu país apenas com uma mala, às vezes, somente com um pequeno saco com todos os seus pertences! Deixar para trás tudo

o que construiu a vida toda. Deixar seus amigos, parentes, a sua pátria! Trazer filhos pequenos, sem saber nem sequer o que comerão!

Assim são os refugiados, e são estes que estamos cuidando na Vila Minha Pátria! Como Batistas brasileiros, temos tido a oportunidade de abençoar, aqui no Brasil, muitas famílias de refugiados, mostrando o amor de Jesus através do amor!”

Termine desafiando a igreja a orar, contribuir, ir e até acolher uma família de refugiados. n

Querido(a) irmão(ã) de jornada, Essa carta é para você, promotor(a) de missões, que carrega no coração o ardor do chamado, mas que, muitas vezes, sente o peso da caminhada. Eu te escrevo como quem também já chorou em oração por um projeto que não saiu do papel. Como quem já enfrentou olhares indiferentes e teve que explicar, mais uma vez, por que falar sobre missões importa tanto.

Ser promotor de missões é um chamado lindo, mas também árduo. É trabalho de formiguinha, muitas vezes invisível. É o desafio constante de mobilizar uma igreja que, por vezes, ainda não entendeu o privilégio e a responsabilidade de participar da missão que é de Deus.

Quantas vezes, com o coração cheio de ideias, nos deparamos com a falta de apoio, a escassez de recursos ou o famoso “você tem só cinco minutos no culto”? E, quando conseguimos aquele espaço tão esperado, parece que o interesse ainda escapa pelos dedos.

É solitário, eu sei. Há dias em que a gente se pergunta se está mesmo fazendo diferença. Mas aí vem aquele acampamento, aquele congresso, aquele encontro com outros promotores… e a gente percebe que não está

sozinho. Que os desafios se repetem. Que o desânimo também bate à porta de outros corações apaixonados por missões.

E é aí que Deus nos encontra de novo. No meio do cansaço. No silêncio da alma. E Ele nos lembra que não é sobre o quanto conseguimos fazer, mas sobre a obediência de continuar, mesmo quando tudo em nós grita para parar.

Se hoje você se sente sobrecarregado(a), leve esse sentimento ao

Senhor. Despeje aos pés d’Ele sua frustração, sua exaustão, seu coração ferido. Quem muda uma igreja é o Espírito Santo. Quem sustenta a missão é o Deus que te chamou. E Ele não vai permitir que a liderança, a igreja ou qualquer circunstância humana interrompam a boa obra que Ele começou em você.

Continue. Mesmo cansado(a), continue. Permita-se ser renovado(a) todos os dias. Dói? Sim, às vezes dói. Às vezes nos machucamos no processo.

Mas lembra? Ele nunca prometeu que seria fácil, apenas que estaria conosco até o fim.

Promotor(a), você é uma ferramenta poderosa nas mãos de Deus. E, mesmo que o mundo não veja, o céu está atento. Cada esforço seu tem eco na eternidade.

Com carinho, fé e esperança, Uma promotora que também já pensou em desistir…Mas escolheu continuar, porque o Dono da obra segue dizendo: “Vale a pena.” n

Cuidado Integral do Missionário realiza conferência em comemoração aos 10 anos

“Você já foi um instrumento de Deus para que muitos missionários não voltassem para casa do campo na segunda-feira”, disse a coordenadora do CIM, Denise Pereira, na Conferência de 10 Anos.

Eu sou serva do Senhor. Meu nome é Deborah Fernandes e sou membro da PIB do Castelo Branco, em João Pessoa. Sirvo aos nossos missionários preciosos no CIM, na área da intercessão e no aconselhamento bíblico.

Em agosto deste ano, o CIM completou 10 anos! Para celebrar essa jornada, que está apenas começando, foi realizada a Conferência CIM 10 Anos, na sede da JMN. Participar desse evento foi um presente de Deus. Estávamos reunidos missionários, pastores e cuidadores, nas mais diversas áreas, para sermos encorajados na Palavra de Deus, orarmos juntos e dialogarmos sobre estratégias de como cuidar melhor dos nossos irmãos que estão na linha de frente da batalha. Foi tudo muito impactante: conhecer pessoalmente os irmãos do CIM; adorar ao Senhor juntos; ouvir as instruções bíblicas sobre cuidado, com os nossos coordenadores, Pr. Sandro Pereira e Denise Pereira; e receber o encorajamento dos pastores Fabrício Freitas, Jefferson Dantas e Diogo Carvalho, com pregações cheias do Espírito Santo.

A Conferência terminou com um auditório em lágrimas, impactado pela

Palavra de Deus, consciente da importância de cuidar dos missionários e da recompensa que aguarda aqueles que cuidam dos trabalhadores do campo. Vale a pena assistir às ministrações no canal do YouTube da JMN, onde há uma lista de reprodução especial da Conferência.

São 10 anos de cuidado amoroso e intencional, para que nossos missionários permaneçam no campo de forma saudável, sendo inspirados e orientados a cuidarem de si em todas as dimensões, para servirem e multiplicarem discípulos. Saí da Conferência com o coração aquecido e com o compromisso reafirmado de orar e acolher o coração dos irmãos e irmãs com a Palavra de Deus. Cuidar é uma ação de amor; é uma vocação cristã. Entre em contato com Missões Nacionais e seja você também um apoiador do CIM, cuidando de quem cuida. n

Vila Minha Pátria recebe Reunião do Conselho Geral da Convenção Batista Brasileira

Mais do que deliberações, conselheiros viveram um tempo de imersão missionária e transcultural.

Estevão Júlio

jornalista na Convenção Batista Brasileira

Entre os dias 25 e 28 de agosto, mais de 100 líderes Batistas estiveram reunidos na Vila Minha Pátria, em Morungaba - SP, para a reunião do Conselho Geral da Convenção Batista Brasileira (CBB). O encontro foi promovido a convite da Junta de Missões Nacionais (JMN), para que os conselheiros conhecessem o trabalho mais de perto, e foi aceito pelo próprio Conselho.

As atividades começaram na segunda-feira (25), com reunião da Diretoria no período da tarde, a qual teve continuidade na manhã do dia seguinte. Na terça-feira (26), as comissões do Conselho se reuniram à tarde para discutir assuntos estratégicos à vida denominacional.

Participaram do encontro as seguintes comissões:

• Comissão de Planejamento

• Comissão de Finanças

• Comissão Jurídica

• Comissão de Apoio às Igrejas

• Comissão de Educação Cristã

• Comissão de Educação Ministerial

• Comissão de Missões e Ação Social

Reunião do Conselho Geral, 27/08, manhã

Na manhã de quarta-feira, os trabalhos do Conselho Geral da Convenção Batista Brasileira (CBB) tiveram início com a participação de missionários de Missões Nacionais, que acompanharam a programação da devocional via Zoom. O momento de louvor foi conduzido por Paulo Queiroz Jr., ministro de Música da Primeira Igreja Batista da Penha - SP. As orações foram direcionadas às famílias missionárias, à obra missionária e ao Brasil, marcado pela violência, intercedendo os pastores Olavo Dias (COBAC), Max Walber, José Maria e Davidson Freitas.

A mensagem bíblica foi ministrada pela pastora Tânia de Lima Perei-

Pr. Jeremias Nunes, gerente de Comunicação da CBB

ra, membro da Diretoria da CBB, que pregou sobre o tema “O próximo nível – Vivendo uma vida de profundidade” (Ezequiel 47.1-5). A preletora destacou a importância de pequenos atos que antecedem grandes feitos, a coragem para mudanças e a necessidade de mergulhar na dependência de Deus. “Estar no profundo do nosso relacionamento com Deus gera vida e cura”, afirmou.

Na sequência, foram apresentados os novos membros do Conselho da Convenção Batista Brasileira:

Pr. Alonso Collares - presidente da Convenção Batista Goiana;

Pr. Gilson Siqueira de Assis - presidente da Convenção Batista de Mato Grosso;

Pr. Guilherme de Oliveira Nossapresidente da Convenção Batista de Rondônia;

Pr. Maurilio Mendes de Faria - presidente da Convenção Batista Sergipana;

Ed. Elana Ramiro, gerente de Educação Cristã da CBB

Pr. Roberto Santos, diretor-executivo da Convenção Batista do Planalto Central;

Samuel Trindade - diretor-executivo da Convenção Batista de Pernambuco;

Pr. Tiago Lopes - diretor-executivo da Convenção Batista do Estado do Espírito Santo;

Pr. Paulo Salustiano - presidente da Convenção das Igrejas Batistas Unidas do Ceará.

O pastor Fernando Brandão, diretor-executivo da CBB, apresentou o relatório do Conselho Geral, agradecendo à Junta de Missões Nacionais pela recepção e logística na Vila Minha Pátria. Ele destacou o trabalho das comissões, o carinho recebido em viagens pelo Brasil e os avanços no Planejamento Estratégico da CBB, conduzido pela plataforma Scopi. “Temos vivido momentos preciosos em nossa denominação”, disse.

Na área administrativa, Juarez Solino, gerente de Administração e Finanças, apresentou o Hub Count , ferramenta de monitoramento patrimonial e financeiro das organizações.

O pastor Jeremias Nunes, gerente de Comunicação da CBB, destacou que a 105ª Semana Batista já está com mais de 1300 inscritos, o 25° Congresso Nacional da Maturidade, que já está com as vagas encerradas, e a abertura de inscrições do 26° Congresso, que será realizado de 22 a 25 de setembro de 2026, em Águas de Lindóia - SP.

Elana Ramiro, gerente de Educação Cristã da CBB, comentou sobre a estruturação da área na CBB e apresentou o novo currículo para crianças que vai abordar seis tópicos: Teologia para crianças; espiral crescente do nascimento aos 12 anos; ensino discipulador, experiencial e significativo; temática alinhada para todas as faixas etárias; material para pais na EBD, culto familiar e PGM; acessibilidade para neuro divergentes.

O chanceler da CBB, pastor Sócrates Oliveira, apresentou um vídeo com a sua participação no Congresso da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil – Seção Fluminense, e na Conferência Impacto, da Convenção Batista Pioneira do Sul do Brasil, na despedida do pastor Samuel Esperandio, como diretor-executivo, e a posse do pastor Marcos Lovera na função. Além disso, comentou sua ida até Camocim, para a Assembleia da Convenção das Igrejas

Pr. Fabrício Freitas, diretorexecutivo da JMN
Pr. João Marcos, diretorexecutivo da JMM
Jéssica Martins, coordenadora da JBB
Pr. Samuel Lopes, representante da Comissão de Apoio às Igrejas e OPBB
Nelson Pacheco, representante da Comissão de Missões de Ação Social
Cilas Alves, 2° secretário da ADBB
Pr. Fernando Brandão, diretorexecutivo da CBB

NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA

Batistas Unidas do Ceará.

Para o relatório do Colégio Batista Shepard, Juarez Solino apresentou a situação financeira do Colégio Batista Shepard. Na sequência, Ana Laura Defáveri, diretora da instituição, apresentou um vídeo com as ações e eventos realizados no Colégio e destacou uma pesquisa de satisfação, onde a escola alcançou nota 8,2 de aprovação.

Os conselheiros também assistiram a um vídeo-relatório da CBB, com destaques para as áreas de educação cristã, comunicação e os próximos eventos da organização, como o Congresso Nacional da Maturidade, a 105ª Semana Batista.

No encerramento dos relatórios matinais, Jessica Martins, coordenadora da Juventude Batista Brasileira (JBB), agradeceu a presença da liderança Batista no Despertar. “A gente construiu um Despertar com a denominação”, declarou. A líder da JBB ainda destacou a primeira celebração do Dia do Líder de Juventude, apresentou os novos conselheiros da organização e a nova logo da JBB. Ela ainda apresentou um vídeo com destaque para o Despertar, com depoimentos de participantes, resposta aos objetivos estratégicos da CBB com ações e projetos, mês da juventude, entre outras atividades.

Ainda na parte da manhã, tivemos a alegria de receber o sr. Gilmar, dono do espaço que hoje é a Vila Minha Pátria. Ele compartilhou conosco como começou o trabalho de Missões Nacionais e o motivo pelo qual cedeu sua propriedade de maneira gratuita. Gilmar relatou que quando viu a situação de instabilidade no Afeganistão, conversou com a sua esposa que, se pudesse, faria algo para ajudar. Foi quando ele conheceu o pastor Fernando Brandão, à época diretor-executivo da JMN, e o Senhor conduziu todo o processo.

Reunião do Conselho Geral, 27/08, tarde

Após o almoço, os conselheiros retornaram ao som de “Reina em Mim” e assistiram a uma palestra em vídeo da ex-secretária de Estado norte-americana Condoleezza Rice.

O relatório dos seminários foi marcado por gratidão e avanços. O pastor Fernando Brandão destacou as bolsas de estudo no Seminário do Sul e no Seminário Equatorial e a expansão das três casas de ensino, que somam mais de 2.500 alunos. Foram apresentados novos cursos, professores, e depoimentos de alunos, além do envolvimento das instituições em eventos denominacionais, como o Proclamai e o Despertar.

Na área de Missões Mundiais, o pastor João Marcos Barreto Soares, diretor-executivo, apresentou o projeto Doe Esperança, voltado para crianças de 4 a 14 anos, e convidou a todos os conselheiros a conhecerem mais e divulgarem em seus estados. Anderson Cavalcanti, diretor-executivo da Associação Brasileira de Instituições Batistas de Ensino Teo-

lógico (ABIBET) destacou os 55 anos de atuação, da organização, que conta com mais de 13 mil alunos em seminários filiados, e anunciou o 12º Congresso de Reflexão Teológica, em setembro.

Representando a Associação Nacional de Escolas Batistas (ANEB), Rosemeire Marinho, presidente da organização, destacou as principais atividades, como o Encontro na Semana Batista, o Congresso ANEB 2025, a participação no Summit Educacional da ABIEE, em Brasília - DF; e o fluxo de caixa da ANEB.

O relatório da Associação dos Músicos Batistas Brasileiros (AMBB) foi apresentado por Ery Zanardy, vice-presidente, que falou sobre o 32º Encontro da AMBB, realizado de 01 a 04 de agosto, em Colombo - PR. A Associação dos Diáconos Batistas do Brasil (ADBB), representada pelo diácono Cilas Alves e pelo presidente Eduardo Pires, que compartilhou uma mensagem em vídeo, destacou o fortalecimento das associações, o desenvolvimento de ferramentas digitais, como site e aplicativo, além do planejamento de próximos eventos, como o 12° Congresso Nacional, que será realizado de 31 de outubro a 02 de novembro, e a Assembleia Anual, durante a Semana Batista, em Salvador - BA.

A Ordem dos Educadores Cristãos Batistas do Brasil (OECBB), representada por Marcia Kopanyshyn, diretora-executiva, e Luciene Freitas, presidente, relatou avanços no alinhamento estratégico com a CBB, inclusive por meio da plataforma Scopi. A organização tem incentivado a formação continuada, realizou a segunda edição do programa EBD para o Alto e contou com a participação dos presidentes das seções estaduais no Top Líderes de Educação Cristã, um momento importante de integração e fortalecimento do trabalho local. A OECBB conta hoje com 14 seções constituídas, mantém um blog ativo com artigos e segue investindo na capacitação de educadores cristãos.

Já a União Feminina Missionária Batista do Brasil (UFMBB), representada pelo pastor Alexandre Peixoto, executivo interino, apresentou em seu relatório a Conferência Discípulas , encontros de líderes da MCM, lançamento de produtos exclusivos e uma celebração nacional de aniversário. Foram realizados 33 polos do SEC, houve ampliação do ensino a distância (inclusive em espanhol), campanha da Educação Cristã Missionária (ECM), projeto Ciem Com Vida, avanço do sistema de graduação dos Amigos de Missões e campanhas como “Eu Sou a UFMBB”. Mais de 3.500 mulheres participaram dos principais eventos do semestre, como a Assembleia Anual em Fortaleza, os encontros Proclamai e Despertar, além de viagens missionárias nacionais e internacionais. A organização também destacou a produção de materiais como o Manancial, revistas e diversas publicações. No Planejamento Estratégico, apresenta-

do por Raquel Zarnotti, líder nacional de MR, foi compartilhado o objetivo de engajar as mulheres Batistas, reformular os programas, revitalizar a marca e capacitar novas lideranças.

A Ordem dos Pastores Batistas do Brasil (OPBB), representada pelo pastor Samuel Lopes, segundo secretário da OPBB, relatou o crescimento nas receitas e celebrou os 10 anos do

programa de mentoria pastoral. A organização também segue com ações de apoio direto às igrejas e iniciativas voltadas para o fortalecimento ministerial.

A Comissão de Apoio às Igrejas, representada pelo pastor Samuel Lopes (relator e executivo da CBMT), relatou que 13 Igrejas solicitaram ingresso à Convenção.

Momento de oração pelos seminários da CBB
Conselheiros durante as deliberações e pareceres
Ir. Juarez Solino, gerente de Administração e Finanças da CBB
Sr. Gilmar, proprietário do espaço onde hoje funciona a Vila Minha Pátria, cedido gratuitamente
Elvira Rangel, 3° vice-presidente, orou pelos representantes da JMN
Pr. João Marcos, diretor-executivo da JMM, apresentando o relatório
Diretoria da CBB Pr. Fernando Brandão apresentando o relatório da CBB

A Comissão de Planejamento, representada pelo pastor Alípio Coutinho (relator e executivo da CBESP), agradeceu às organizações parceiras pelo apoio na implementação da plataforma Scopi.

A Comissão de Educação Ministerial, representada pelo pastor Anderson Cavalcanti (relator e executivo da ABIBET), recomendou uma reflexão sobre a formação de consórcios de vagas entre instituições teológicas, visando à otimização de recursos e ao acesso ampliado à formação ministerial.

A Comissão de Educação Cristã, representada por Elisama Torres (relatora e coordenadora de Educação Cristã da CBEES), apresentou propostas como a elaboração de uma cartilha de acessibilidade para as Assembleias e a meta de tornar a Assembleia da CBB uma referência nacional em acessibilidade e evangelismo para pessoas com deficiência.

A Comissão de Missões e Ação Social, representada pelo pastor Nelson Pacheco (relator e presidente da CBESP), destacou o trabalho da Junta de Missões Mundiais (JMM) e da Junta de Missões Nacionais (JMN), propondo que as Assembleias da CBB incluam momentos missionários em todas as sessões, com o objetivo de fortalecer a mentalidade missionária na denominação.

Reunião do Conselho Geral, 28/08, manhã

O último dia da reunião do Conselho Geral da Convenção Batista Brasileira (CBB) começou com a eleição da Comissão de Atas, composta pelos seguintes conselheiros: Pr. Olavo Dias - presidente da Convenção Batista de Carajás; Pr. Alonso Colares - presidente da Convenção Batista Goiana; Pr. Nelson Pacheco - presidente da Convenção Batista do Estado de São Paulo.

O momento de louvor foi conduzido por Paulo Queiroz Jr., ministro de Música da Primeira Igreja Batista da Penha - SP. Em seguida, Elvira Rangel, 3ª vice-presidente da CBB compartilhou sua emoção ao relembrar a Noite Missionária, que a transportou a 50 anos atrás, quando ela e seu esposo atuaram como missionários pioneiros no Uruguai. “Vejo a mão do Senhor sobre os Batistas brasileiros”, afirmou.

A mensagem devocional da manhã foi ministrada pelo pastor Eduardo Pipinel, missionário da Junta de Missões Mundiais (JMM) há 12 anos, com atuação no Oriente Médio, na Jordânia. Ele foi responsável por capacitar os primeiros missionários da Vila Minha Pátria no início do projeto. Baseando-se em Apocalipse 5.614, ele compartilhou a reflexão “Dos céus à terra. A missão é adorar a Deus”, destacando:

Na sala do trono é onde tudo acontece – é preciso ter a atitude de participar do que Deus está fazendo no mundo;

O Cordeiro é adorado porque é merecedor – o céu celebra quando a missão é completa;

Nossa vocação está definida – a missão é parte da identidade da Igreja;

A adoração da sala do trono progride até os confins da terra – a verdadeira adoração só é possível a partir de um relacionamento com a Trindade.

Após o devocional, o diretor-executivo da CBB, pastor Fernando Brandão, agradeceu à Associação dos Músicos Batistas do Brasil (AMBB), aos conselheiros e às comissões pelo trabalho realizado. Ademar Barros, coordenador dos homens Batistas no Sudeste, destacou a campanha “Meu Filho, Meu Discípulo” e mencionou a proximidade do MUNAMI, evento promovido pela União Missionária de Homens Batistas do Brasil (UMHBB) e Convenção Batista Sul-Mato-Grossense (CBSM), de 1 a 12 de outubro em Campo Grande - MS.

A Junta de Missões Mundiais (JMM), representada por seu diretor-executivo, pastor João Marcos Barreto, agradeceu o apoio e as orações da denominação. Em seu vídeo-relatório, destacaram-se a Campanha de 2025, com o tema “No amor do Pai vamos completar a Missão”, e a retomada do Proclamai este ano.

Atualmente, a JMM conta com mais de 2.300 missionários em 97 países, com mais de 4.000 líderes locais capacitados.

Os projetos em andamento incluem ações nas áreas de:

• DNA Missionário

• Desenvolvimento econômico

• Saúde e Educação

• PEPE Internacional

• Área A3 (acessibilidade)

• Atuação com refugiados, alcançando mais de 900 crianças

A JMM mantém 37 conexões missionárias, promove o programa Voluntários Sem Fronteiras e amplia seu alcance nas redes sociais. A missão continua sendo mobilizar todos os cristãos para completar a Missão, com atenção especial à mobilização em outros países. Também foram apresentados esforços para a construção de igrejas entre chineses e persas.

Foi exibido um vídeo resumo do Proclamai, e anunciado que o Proclamai 2026 será realizado em três edições: São Paulo - SP e Recife - PE, de 18 a 21 de abril, e Campos dos Goytacazes - RJ, em 23 de abril.

Além disso, a JMM convidou o Conselho da CBB para realizar sua reunião em agosto de 2026 na Colômbia, fortalecendo os laços com o campo missionário na América Latina.

O diretor-executivo da Junta de Missões Nacionais (JMN), pastor Fabrício Freitas, agradeceu à Diretoria e às equipes envolvidas no trabalho. Foi anunciada a nomeação do Pr. Paulo José, do Mato Grosso do Sul, como novo gerente de Mobilização.

O relatório em vídeo apresentou ações recentes, incluindo:

• Batismos

• Organização da Igreja Batista em Marajaí (AM)

• 16 anos do projeto Cristolândia

• Acolhimento de mais de 1.000 refugiados na Vila Minha Pátria

• Ação emergencial durante as enchentes (SOS Rondônia)

• Capelania escolar e atuação em presídios

• 10 anos do Projeto Grão de Mostarda (envio de cartas a detentos)

• Muralha de Oração, com mais de 600 dias de intercessão contínua

• Campanha Multiplique 2025

• A campanha de Missões Nacionais para 2025 será guiada pelos lemas:

• Ocupar os vazios Batistas

• Fortalecer as igrejas

• Transformar realidades

• Alcançar os não alcançados Entre os principais desafios, foram destacados o Sul do Brasil e a região do Marajó. A JMN também apresentou o mapa dos grandes vazios Batistas, enfatizando a necessidade de fortalecer Igrejas enfraquecidas e alcançar grupos menos evangelizados. Foi anunciada a realização do Impacto Brasil, em 12 de outubro, com a meta de mobilizar 100 mil Batistas nas ruas em ações evangelísticas. O diretor-executivo da JMN desafiou os

presidentes e executivos das Convenções a mobilizarem a participação de seus estados.

No final, a Comissão de Missões e Ação Social anunciou as seguintes solicitações, que foram aprovadas pelo Conselho: 127 missionários radicais e 50 missionários efetivos pela JMN; 59 missionários autóctones, por meio da JMM.

A Comissão Jurídica apresentou e teve aprovada a proposta de mudança no regimento interno dos seminários da CBB. A Comissão de Finanças, representada pelo relator Valseni Braga, apresentou o relatório da saúde financeira da CBB e organizações parceiras, também aprovado pelos conselheiros. No encerramento da manhã, os representantes das Convenções Estaduais tiveram a oportunidade de compartilhar das suas programações e relatos do que Deus tem realizado em seus respectivos estados.

A próxima reunião do Conselho será em novembro de 2025. n

Aponte a câmera do seu celular para o QR Code e assista o relatório da CBB e suas organizações

Comissão Jurídica
Comissão de Missões e Ação Social
Comissão de Educação Cristã
Comissão de Educação Ministerial
Comissão de Finanças
Comissão de Planejamento

Encerramento marca a formatura de 205 crianças do PEPE na Guiné-Bissau

Hoje vivemos um momento histórico e emocionante na Guiné-Bissau: realizamos a cerimônia de formatura das crianças do PEPE em todas as nossas unidades, marcando oficialmente o encerramento do ano letivo 2024/2025. Louvamos a Deus, pois sabemos que não foi fácil chegar até aqui. Enfrentamos desafios, limitações e muitas barreiras, mas, com fé, dedicação e muito amor, conseguimos formar 205 crianças — um marco que enche nossos corações de gratidão e alegria.

Em cada unidade, a festa foi especial. Os pais, as igrejas e as comunidades vibraram com cada diploma entregue. Ver os sorrisos estampados nos rostos das crianças e o brilho nos

olhos dos pais é algo que palavras não conseguem descrever completamente.

Um dos momentos que mais me emocionou foi o testemunho vindo do sul do país, da unidade Adonias, que está funcionando em seu primeiro ano. Durante a cerimônia, os pais e o responsável da comunidade pediram oficialmente a ampliação das salas de aula, pois apenas duas salas não são suficientes para atender à grande demanda por educação pré-escolar na região. Essa foi a primeira formatura realizada naquela aldeia, e a coordenadora de área relatou que, naquele dia, tudo parou: toda a comunidade acompanhou as crianças até a igreja, demonstrando um apoio impressionante. Não eram apenas os pais presentes, mas todos os moradores, celebrando juntos essa vitória. Foi

lindo ver o resultado do trabalho dos missionários educadores, que, com dedicação e excelência, cumpriram com alegria o chamado que Deus colocou em seus corações.

Na capital, Bissau, realizamos uma grande atividade conjunta, reunindo todas as unidades. Convidamos a mídia evangélica, incluindo a Rádio Voz de Esperança e a Televisão da Guiné-Bissau (TGB). Nosso objetivo foi não apenas celebrar, mas também dar visibilidade ao trabalho do PEPE no país, sensibilizar a sociedade sobre a importância da proteção às crianças e reforçar o papel indispensável dos pais no acompanhamento da educação dos filhos.

O impacto social desse trabalho vai além da sala de aula: o PEPE tem transformado comunidades inteiras, despertando sonhos em lugares

onde antes não existiam perspectivas. Famílias são fortalecidas, igrejas se tornam mais ativas na missão, e as crianças descobrem, desde cedo, que são amadas por Deus e pela sua comunidade.

Em tudo, damos graças a Deus. A Ele seja toda honra e glória por cada vida transformada, por cada família alcançada e por cada sorriso conquistado. Que Ele continue nos sustentando e ampliando o alcance desse projeto tão lindo e necessário para a Guiné-Bissau.

Conheça mais sobre o PEPE em pepeglobal.org.br  n

Pequenos intercessores no PEPE Belize

Veronica Torrento coordenação regional do PEPE para países de língua inglesa nas Américas

As crianças da unidade Little Dreamers, em Belize, participaram com entusiasmo do Dia de Oração promovido pela Rede Mãos Dadas, em parceria com o PEPE Internacional, uma iniciativa global que mobiliza orações por crianças vulneráveis e por aqueles que trabalham pelo seu bem-estar.

Nossos “pepitos”, como carinhosamente chamamos as crianças do PEPE, participaram ativamente durante toda a semana, oferecendo orações por seus companheiros dos PEPEs ao redor do mundo, pelos missionários-educadores que os acompanham diariamente, bem como pelos coordenadores de área, nacionais, regionais, continentais e globais do programa. Com as mãos unidas e palavras sinceras, eles também intercederam por suas próprias famílias, pelas crianças de seu país e por uma sociedade mais justa e amorosa para todos.

ram a todos do poder transformador da oração.

tornando intercessoras pelo Reino de Deus e pelos mais necessitados.pito” e por cada pessoa que respondeu ao chamado para orar! Continuemos a acreditar que, quando as crianças -

Conheça mais do PEPE em pepeglobal.org  n

Noite Missionária reúne refugiados, voluntários e lideranças na Vila Minha Pátria

Programação aconteceu durante a Reunião do Conselho Geral da CBB.

Estevão Júlio

jornalista na Convenção Batista Brasileira

Durante a Reunião do Conselho Geral da Convenção Batista Brasileira (CBB), a Junta de Missões Nacionais (JMN) realizou a Noite Missionária, na Vila Minha Pátria, em MorungabaSP, que foi marcada por momentos de emoção, testemunhos impactantes e celebração da obra missionária.

A programação teve início com a entrada das bandeiras dos países representados na Vila, como Afeganistão, Palestina e Nigéria, seguida por um período de louvor e adoração, com hinos como “Minha Pátria Para Cristo”.

“Nós somos uma denominação missionária. Nossa liderança ama e vive missões”, destacou o pastor Fabrício Freitas em sua fala inicial no culto, que também foi transmitido nos canais de Youtube da CBB, Missões Nacionais e estava na programação da Rede 3.16.

Entre os destaques da noite esteve o testemunho de Samya, iraniana que, junto com sua família, conheceu a Vila por meio da internet e teve sua vida transformada pelo acolhimento e pelo Evangelho. A celebração contou ainda com a participação do coro formado por voluntários da Vila Minha Pátria e crianças refugiadas.

O pastor Fernando reforçou o papel da Vila como espaço de esperança: “Aqui é lugar de milagres”, afirmou, lembrando que a equipe missionária tem se dedicado integralmente à causa, mesmo diante de desafios. “Não havia orçamento, mas nunca faltou nada. Os Batistas não deixaram faltar nada”, acrescentou.

De acordo com o pastor Fernando Brandão, autoridades brasileiras já reconheceram a Vila Minha Pátria como a melhor estrutura de acolhimento para refugiados no Brasil. Encerrando a noite, o pastor Fernando convidou todos os presentes e quem acompanhava a transmissão a adotarem e se engajarem ainda mais na missão da Vila Minha Pátria.

Fernando

A Diretoria da Convenção Batista Brasileira presenteou todas as crianças da Vila Minha Pátria no fim da programação.

A Vila Minha Pátria

Vila Minha Pátria é um Centro de Acolhimento de refugiados, criado pela Junta de Missões Nacionais da Convenção Batista Brasileira em Morungaba - SP, com o objetivo de oferecer um local seguro e digno, além de auxílio na readaptação à vida no Brasil. As atividades incluem orientação de cidadania, aulas de português, assistência na documentação, e apoio psicológico e espiritual, com espaços para moradia, lazer e educação.

Apoie o Projeto

Acesse o perfil da Vila Minha Pátria no Instagram e tenha acesse a todas as informações: www.instagram.com/ vilaminhapatria/ n

Entrada das bandeiras dos países representados na Vila Minha Pátria

Conselheiros em momento de louvor e adoração

Conselheiros durante a celebração

Diretoria da CBB presenteia o chef voluntário e todas as crianças da Vila Minha Pátria ao final da programação Participação

Pr.
Brandão, diretorexecutivo da CBB, e Marcus Vinicius, chef voluntário responsável pela alimentação dos Conselheiros
Pr. Fabrício Freitas, diretorexecutivo da JMN
Jennifer Soares, coordenadora da Vila Minha Pátria
Pr. Paschoal Piragine Jr., presidente da CBB
Minha Pátria
Voluntários do coro reunidos
Samya, iraniana que conheceu a Vila Minha Pátria pela internet
Momento de louvor e adoração

NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA

Primeira Igreja Batista em Rio

Bonito - RJ celebra 85 anos com alegria

“Edificando Gerações e Multiplicando Discípulos” foi o tema do evento.

Luciano Cozendey dos Santos pastor da PIB em Rio Bonito - RJ

No dia 30 de junho, a Primeira Igreja Batista em Rio Bonito - RJ viveu um momento histórico e profundamente significativo ao celebrar seus 85 anos de organização. Com o tema “Edificando Gerações e Multiplicando Discípulos”, a programação comemorativa foi marcada por gratidão, reverência e esperança, permeada por uma alegria genuína e contagiante de uma comunidade que reconhece, com humildade e júbilo, as grandes coisas que Deus tem feito em seu meio.

A celebração foi enriquecida por momentos marcantes, como batismos e a recepção de novos membros, sinais visíveis da graça de Deus e do cumprimento da missão de fazer discípulos.

O culto festivo contou com a presença de destacados líderes batistas, como os pastores Assis, Fernando Brandão, Geraldo Jeremias e Luciano Cozendey dos Santos, pastor titular da

igreja. Coube a ele a exposição bíblica, baseada no capítulo 17 do livro de Atos, com ênfase na verdade de que a igreja não existe para si mesma, mas foi chamada por Deus para cumprir Sua missão no mundo. A mensagem reforçou o compromisso da igreja com a formação de discípulos e a edificação de novas gerações comprometidas com a fé cristã e com a expansão do Reino.

A celebração foi ainda abrilhantada pela participação especial do Coral da PIB em Rio Bonito, que conduziu a congregação à adoração por meio de louvores entoados com excelência e sensibilidade espiritual. Destacou-se também a ministração musical do cantor Sérgio Lopes.

Outro destaque foi o encerramento do projeto “85 Dias de Oração”, que mobilizou toda a igreja em intercessão contínua, evidenciando um povo comprometido com a oração e com a busca pela vontade de Deus.

Em reconhecimento público, a igreja recebeu uma homenagem da

Câmara Municipal de Rio Bonito pelos relevantes serviços prestados à cidade ao longo de sua trajetória. Outro momento de grande emoção foi a homenagem ao casal irmão Moacyr e irmã Adélia, que servem a Deus na igreja há 69 anos, exemplo vivo de fidelidade e amor que atravessam gerações.

Ao final da celebração, aconteceu a posse da nova Diretoria da igreja, reafirmando o compromisso com uma liderança séria, dedicada à missão e sensível à direção de Deus. A celebra-

ção foi encerrada com um espírito de esperança renovada, gratidão transbordante, convicção da presença do Senhor e a certeza de que a missão continua.

A alegria que tomou conta da igreja era o reflexo de um povo que, ao olhar para o passado com gratidão, segue firme em direção ao futuro, edificado em Cristo e comprometido em multiplicar discípulos para a glória de Deus. n

Acampamento das Mensageiras do Rei da Bahia mobiliza mais de 600 participantes

Meninas se uniram em celebração ao Senhor, missão e comunhão.

Meg Matos

líder Estadual das Mensageiras do Rei Bahia e Gerente de Educação Cristã da Convenção Batista Baiana

De 25 a 27 de julho de 2025, o Eco Resort Paraguaçu, em Santo Estevão - BA, foi palco de um momento marcante de celebração ao Senhor, união e inspiração para pré-adolescentes e adolescentes de diversas regiões da Bahia, reunindo 57 Igrejas da Convenção Batista Baiana com representação de 10 associações. O Acampamento das Mensageiras do Rei Bahia 2025, cujo tema foi “Eis-me aqui para discipular e inspirar vidas”, trouxe uma programação repleta de atividades que fortaleceram o compromisso com a missão cristã e o crescimento espiritual.

Com a divisa baseada em Isaías 6.8 – “Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim” – o evento buscou despertar o chamado missionário em cada participante, promovendo reflexões, louvores e ações

que reforçam a importância de viver o evangelho de Cristo de forma prática e atuante.

O encontro contou com a presença 463 Mensageiras do Rei, 130 líderes e uma equipe de 29 pessoas. A programação incluiu momentos de louvor e adoração, com participação de músicos e vocalistas, além de apresentações especiais, gincanas, atividades esportivas, piscinas, coreografias e uma emocionante peça de teatro negro que emocionou a todos. Dentre as atividades marcantes, destacou-se a feira missionária, em que as mensageiras tiveram a oportunidade de representar diferentes continentes, regiões do Brasil e da Bahia, com caracterizações e vendas de produtos típicos, cujo valor arrecadado foi destinado às missões estaduais. Outro momento de grande impacto foi o intercâmbio entre organizações de igrejas distintas, promovendo a troca de experiências e o fortalecimento de laços de amizade e cooperação entre as participantes.

As Mensageiras do Rei também participaram de atividades especiais, como a celebração dos 15 anos (de-

butantes), e tiveram a oportunidade de conhecer novas amigas de diferentes cidades, fortalecendo o espírito de comunhão e unidade na missão cristã. As mensagens inspiradoras, ministradas pelo preletor oficial pastor Erivaldo Xavier e palestrantes das oficinas, envolvidos e comprometidos com a obra missionaria, levaram às decisões de entrega e consagração de vidas, reconciliação com Deus e vocação missionária.

O evento foi organizado por uma equipe dedicada, liderada pela coordenação de MR da Bahia, Magnoneide Matos da Silva - Meg Matos, Gerente de Educação Cristã da CBBA, com apoio de diversos servos do Senhor e, incluindo oficinas divididas por faixa etária. Entre os temas abordados estavam o discipulado prático, a adoração com propósito, o enfrentamento de desafios emocionais na defesa da fé, além de projetos sociais voltados à inclusão de idosos na comunidade e musicalização.

A realização do Acampamento foi um verdadeiro momento de gratidão a Deus, que proporcionou uma experiência inesquecível, marcada por cres-

622 pessoas participaram do evento

cimento espiritual, fortalecimento de vínculos e renovação do compromisso missionário. Sem intercorrências, tudo aconteceu para a honra e glória do Senhor, deixando um legado de esperança e inspiração para as próximas gerações.

Que essa experiência continue a inspirar Mensageira do Rei a viverem o evangelho de Cristo com propósito e coragem, levando a mensagem de Cristo a todos os cantos, discipulando novas gerações. Gratidão a Deus por mais uma oportunidade de celebrar e fortalecer a missão de fazer discípulos em todo o Brasil. n

Pr. Luciano Cozendey, pastor da PIB em Rio Bonito
Primeira Igreja Batista em Rio Bonito - RJ ficou lotada para o evento
Foto: Jayele Moura

Missão de quem?

Diogo Carvalho pastor, gerente de Desenvolvimento na Junta de Missões Nacionais

Extraído de missoesnacionais.org.br

O texto de 1 João 4.19 bem que poderia ser parafraseado em linguagem missiológica: “Nós vamos porque Ele veio primeiro.” Com razão: se fazemos missões hoje, é porque, muito antes de nós, Jesus fez missões ao vir nos salvar. A missão não começa em nós, mas em Deus, que é quem está em missão. Essa verdade é o que os teólogos chamam de Missio Dei (missão de Deus).

Esse ensino remonta aos tempos da Reforma Protestante, que desafiou a ideia angustiante e opressora de que as pessoas deveriam “conquistar” a salvação por esforços próprios. Graças a Martinho Lutero e a outros reformadores, recuperamos a doutrina bíblica de que a salvação, pela graça mediante a fé, foi providenciada pelo que Deus fez e não pelo que nós fazemos.

Hoje, enquanto pensamos em nossa missão, devemos considerar esse importante dado teológico. Nas palavras de Christopher Wright: “Não é tanto a questão de Deus ter uma missão para sua igreja no mundo, mas sim o de ter uma igreja para sua missão no mundo. A missão não foi feita para a igreja, mas a igreja foi feita para a missão – a missão de Deus.” Vamos relembrar de que forma essa verdade começou a se revelar na Bíblia.

A missão de Deus na Bíblia

Como disse Russel Shedd, “a tarefa de levar o evangelho a todas as criaturas, nações, línguas e povos não era uma novidade do primeiro século.

Ela começou no coração de Deus e foi anunciada inicialmente no Antigo Testamento”. De fato, desde cedo o coração missionário de Deus se mostrou na promessa do Redentor (Gênesis 3.15); no chamado de Abraão (Gênesis 12.1-3); na eleição e no chamado de Israel como nação sacerdotal (Êxodo 19.4-6); no Pacto da Lei (Deuteronômio 4.5-8); nos Salmos (Salmos 67.1,2; 45.17; 86.9; 102.15 etc.); nos profetas (Isaías 11.10; 49.6; 56.7; 60.3; 66.18; Amós 9.11; especialmente o livro de Jonas) e em algumas narrativas, como a inclusão da estrangeira Rute na linhagem messiânica, o envio de Elias à viúva de Sarepta e a cura do siro Naamã por Eliseu, as duas últimas mencionadas em Lucas 4.25-28.

Cumprindo as profecias, Jesus Cristo veio ao mundo na plenitude dos tempos para nos remir e conceder a adoção de filhos (Gálatas 4.4-5).

“Deus tinha um único Filho e fez dele um missionário”, conforme afirma o missionário inglês David Livingstone, nessa frase a ele atribuída.

Após completar sua missão na Terra, o Senhor enviou os discípulos para evangelizarem e fazerem discípulos de todas as nações (Mateus 28.18-20; Marcos 16.15; Lucas 24.46-49; João 20.21; Atos 1.8). Antes, porém, garantiu que todos os povos do planeta ouviriam o Evangelho até a sua vinda (Mateus 24.14).

Por fim, Apocalipse traz o retrato do resultado final da missão de Deus plenamente cumprida, quando uma multidão incontável, de todas as nações, tribos, povos e línguas estará diante do trono e perante o Cordeiro, adorando-o (Apocalipse 7.9; cf. 5.9).

Embora a missão de Deus não falhe, uma igreja local em particular pode, sim, negligenciar essa missão,

perdendo o privilégio de participar do que Deus está fazendo no mundo, ou, ainda, realizar muitas atividades, mas deixar de corresponder, de fato, à expectativa de Deus quanto ao cumprimento de sua parte na missão.

A missão de Deus e a missão da igreja

A teologia da Missio Dei ofereceu uma grande contribuição para a missiologia. Porém, um contraponto precisa ser feito: embora a missão comece e termine em Deus, não podemos esquecer que a igreja também possui uma missão, e que essa missão aparece de modo explícito na Bíblia. Essa questão foi muito bem equacionada por John Stott em seu livro A missão cristã no mundo moderno

O teólogo inglês observou duas tendências sobre a forma como os cristãos costumavam entender a missão. A primeira, mais tradicional, tratava a missão cristã como sinônima de evangelismo, e enxergava o mundo como um “prédio em chamas” condenado à destruição, no qual poucos teriam a coragem de entrar numa incursão de resgate e sair o mais rápido possível. Segundo Stott, essa visão tenderia a levar os cristãos a evitarem o mundo, reduzindo, assim, sua influência na sociedade.

A segunda tendência, voltada para a  Missio Dei, defendia que o primeiro relacionamento de Deus é com o mundo, e não com a igreja, e que esta seria um instrumento (mas não o único) que Ele usaria para o propósito de restaurar todas as coisas. A crítica que Stott fez em relação a essa visão era que muitas vezes ela confundia revolução com ação de Deus e missão de Deus com graça comum, além do fato de

que, embora propusesse o equilíbrio entre evangelização e ação social, a prática denunciava uma ênfase desproporcional.

Considerando as duas tendências, Stott desenvolveu uma teologia de missão bastante consistente. A missão primordial é a de Deus, pois é Ele quem comissiona, como fez com Abraão, José, Moisés, os profetas e, por último, Jesus. Agora, o Filho é quem envia, como Ele próprio foi enviado (João 20.21). Logo, qualquer reflexão sobre a missão de Deus — e sobre onde a missão da igreja se encaixa nela — deve desaguar nas palavras finais de Jesus, registradas na Grande Comissão (Mateus 28.18-20; Marcos 16.15; Lucas 24.46-49; João 20.21; Atos 1.8).

Conclusão

A missão é de Deus, mas não há como participarmos dela ignorando as condições com as quais Jesus nos enviou. Como afirma Jesse Johnson: “ A Grande Comissão não é apenas mais uma ordem da Escritura a ser obedecida, mas é a ordem que dá vida a todos os outros mandamentos dados à igreja.”

A teologia da Missio Dei nos ajudou a perceber que esse alvo não está solto no ar — há uma coluna que o sustenta (o contexto bíblico e histórico) e uma mão que o colocou lá (o Deus da missão). Contudo, se quisermos ter certeza de que acertaremos o “miolo” desse alvo e não apenas suas bordas, devemos olhá-lo de perto para ler o que está escrito bem no centro: “Ide, fazei discípulos de todas as nações.”

Nossa parte na missão de Deus é ir e discipular. Vamos fazer isso porque Ele fez primeiro. n

PONTO DE VISTA

Chegamos ao último artigo sobre a prática da clínica pastoral, do aconselhamento bíblico. Um rápido retrospecto dos dois textos anteriores: no primeiro, falamos que “A clínica pastoral é um espaço de cuidado, onde o pastor se dispõe a ouvir, com compaixão, o sofrimento daqueles que o procuram com os mais variados problemas: crises conjugais, conflitos familiares, conflitos interpessoais, perdas, crises emocionais e tantas outras situações.” No segundo texto, destacamos que “na clínica pastoral, o pastor está submetido a um campo de ressonância espiritual e emocional que precisa reconhecer e do qual deve se proteger.” Usamos a palavra ressonância para ilustrar um fenômeno muito comum no aconselhamento, que é a reverberação do conteúdo emocional do aconselhando na vida do conselheiro. Pontuamos que é de fundamental importância “que o conselheiro — e, por extensão, o pastor — esteja atento ao seu próprio estado emocional. Se estiver fragilizado ou emocionalmente vulnerável, corre sério risco de absorver inconscientemente as angústias do outro, tornando-se refém da carga emocional que deveria ajudar a aliviar.”

Vamos agora a algumas orientações práticas do aconselhamento:

1º) O aconselhamento é uma orientação específica, para uma situação específica. É muito importante que o conselheiro não transforme o aconselhamento numa sessão de terapia. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Por vezes, o pastor é tomado por uma presunção de saber

que o leva a pensar que tem condições de lidar e resolver todos os problemas que lhe são apresentados.

2º) Use a Bíblia com pudor. No livro Instrumento nas mãos do Redentor, Peter Scazzero diz que “A Bíblia não tem resposta para tudo, pelo menos no jeito que procuramos. A Bíblia não fala nada sobre TDAH, esquizofrenia, síndrome do pânico etc. O objetivo da Bíblia não é ser um manual de psiquiatria, psicologia etc.” (2013, p. 51, Ed. Hagnos).

3º) Escute, escute e escute. Muito embora o aconselhando busque do conselheiro uma direção para um determinado problema, sem dúvida alguma, o que ele mais quer é ser escutado. Mas escutar empaticamente não é fácil. Observamos isso de uma maneira muito clara na atitude dos amigos de Jó, que, depois de sete dias de silêncio, desembestaram a falar. Jó denuncia essa atitude totalmente equivocada dos seus amigos, dizendo: “Como, então, vocês querem me consolar com palavras vazias?” (Jó 21.34).

4º) Cuidado com expressões do tipo: “Eu sei o que você está passando”, “eu já vi isso antes”, “eu já passei por isso”, “no seu lugar...”. Os sinos que dobram em um cortejo fúnebre têm o mesmo som, mas reverberam em cada pessoa de maneira distinta. Por mais que a experiência do conselheiro se assemelhe à do aconselhando, jamais será idêntica. Cada indivíduo vivencia suas dores a partir da sua própria história de vida. Cada um é cada um, e cada experiência é uma experiência.

5º) Não culpe quem está pedindo ajuda. Tudo na vida tem consequên-

Clínica pastoralParte III

cias. A Bíblia diz que tudo o que o homem plantar, isso também colherá (Gl 6.7). Algumas pessoas buscam o aconselhamento por conta das consequências de um pecado cometido. Mas elas não esperam encontrar alguém com o dedo em riste dizendo: “Mas você não sabia o que estava fazendo? Você não pensou em Deus? Não pensou nas consequências?” O aconselhamento não é um lugar para dar “lição de moral”. É um espaço de acolhimento. O que não significa “passar a mão por cima” do aconselhando, tratando-o como uma criança. No aconselhamento, é preciso falar a verdade com Graça. Ou seja, sem culpar. Jesus demonstrou isso de modo muito claro quando disse para a mulher que foi levada até Ele por ter sido pega em adultério: “Ninguém te condenou? Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais.” (João 8.10-11)

6º) Seja ético. Não existe nada pior do que um conselheiro que não consegue guardar em sigilo o que foi compartilhado no aconselhamento. Sem dúvida, existem alguns limites para esse sigilo. Mas é muito desagradável para uma pessoa que buscou o aconselhamento ouvir o conselheiro, o pastor, usando a história que ela compartilhou de modo reservado como ilustração de uma mensagem. Existem, inclusive, implicações legais em relação a isso.

A ética no aconselhamento também tem a ver com os limites dessa prática. O aconselhamento tem efeito terapêutico, mas não deve ser confundido com terapia. Mesmo que o pastor possua formação em psicologia, misturar os papéis no ambiente do espaço da igreja é antiético. Aconselhamento

e terapia são espaços distintos, com objetivos e métodos diferentes. Outras orientações práticas poderiam ser dadas, mas o espaço não permite. Quem sabe um dia possa fazer isso através de um curso. O fato é que o exercício do dom do aconselhamento, que em geral está atrelado à função pastoral, mas que não é exclusividade do pastor, cumpre um papel muito importante no contexto da saúde espiritual e mental dos membros da igreja e de toda a congregação.

No livro Saúde Mental e sua Igreja, os autores Helen Thorne e Dr. Steve Midgley deixam claro que “Em qualquer igreja, haverá sempre um número significativo de pessoas que estão sofrendo ou que têm um histórico de dificuldades para enfrentar a vida.” (2024, p. 80, Ed. Vida Nova). Infelizmente, o aconselhamento não tem sido valorizado como deveria. O que é uma pena, tendo em vista que muitos problemas, inclusive muitos conflitos interpessoais, poderiam ser trabalhados e superados através de um bom serviço de apoio espiritual e emocional, por meio da prática de um bom aconselhamento bíblico.

A minha convicção é que, desde que devidamente exercido, o aconselhamento pode contribuir de modo significativo para a promoção da saúde mental da pessoa e de toda a igreja enquanto congregação. n

Ailton Gonçalves Desidério Pastor da PIB Lins - RJ Psicólogo clínico e palestrante Contato: desiderioailton@gmail.com

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