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Vamos completar a missão

José Manuel Monteiro Jr. pastor, colaborador de OJB

A evangelização e missões estão no DNA da Igreja de Cristo. O nosso Senhor Jesus Cristo foi missionário, tinha coração missionário (Mateus 9.35). A missão dada por Jesus a Seus discípulos é de proclamar a mensagem de salvação visando a reconciliação do homem com Deus. O saudoso pastor e escritor Isaltino Gomes Coelho Filho diz: “Muitos crentes enxergam vida cristã como ser abençoado e receber coisas de Deus. Vida cristã é uma vida dada a Deus para disseminar o nome de Jesus”.

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Todos os quatro evangelistas deram ênfase à Grande Comissão. Lucas ainda o repete no livro de Atos. A evangelização dos pecadores foi o último assunto de Jesus aos Seus discípulos antes de ascender ao céu. Nessa ocasião, Ele ordenou a Igreja o encargo da evangelização do mundo. O pastor e escritor Antônio Gilberto, em sua obra “A prática do evangelismo pessoal”, diz: “O alvo do evangelismo é tríplice: salvar os perdidos, restaurar os desviados e edificar os crentes”.

Ganhar almas para Jesus é uma experiência inesquecível. Há um gozo inexplicável em vermos alguém no caminho do céu por nosso intermédio (Provérbios 11.30). O reverendo Hernandes Dias Lopes diz: “O justo também é sábio, e a maior expressão de sabedoria é investir na salvação dos perdidos”.

O que precisamos assimilar para completar a missão? Gostaria de tecer algumas considerações para a nossa reflexão. Em primeiro lugar, completamos a missão na autoridade do nome de Jesus (Mateus 28.18). Por vezes ficamos receosos de falar de amor de Deus para o incrédulo, por medo, ou por vergonha. É interessante observar que ao longo de seu evangelho, Mateus ressalta a autoridade de Jesus Cristo, mostrando que não há o que temer, misericórdias de um Deus que se importa com Seus filhos. Todo nascer do sol é uma nova oportunidade de render graças ao Senhor, suplicar-lhe perdão e entregar-lhe todas as nossas emoções, ininterruptamente, durante todo o dia, dia após dia.

Se rotineiramente nos habituamos a usar a oração como fonte dos desejos, ou então, pensamos nela como uma mera tradição da prática cristã, a orientação bíblica nos ensina que ela é muito mais que isso, a oração é ligação direta com o Pai. É fonte de segurança, onde depositamos todas as nossas agonias e alívios, não fonte dos desejos, onde se alcança o que se pede. A oração não só traz o sobrenatural de Deus sobre nossas vidas, ela nos ajuda a passar pelo natural e ordinário cotidiano.

A instrução do autor da carta à Tessalônica nos convida a vivermos nossas vidas comuns, em nossas faculdades comuns e empregos comuns, experimentando da comum graça de Deus através do precioso hábito da oração. n pois, falamos das grandezas de Deus na autoridade do nome de Jesus. Jesus delegou essa autoridade a Seus discípulos (Mateus 10.1).

Em segundo lugar, completamos a missão indo em direção aos perdidos (Mateus 28.19). O verbo grego traduzido por “Ide”, na verdade, não é uma ordem, mas sim um gerúndio (Indo). Sendo assim, podemos compreender que só é possível completar a missão dando continuidade a missão que foi outorgada por Jesus em nossa caminhada. O escritor Ivan M. Baker, em sua obra “Ide, fazei discípulos”, diz: “Os servos do Senhor, movidos por seu mandato, caminham em busca dos necessitados”.

Em terceiro lugar, completamos a missão multiplicando discípulos a semelhança de Cristo (Mateus 28.19). É interessante observar que no contexto da Grande Comissão, o único mandamento é fazer discípulos. Vê-se em nossos dias uma grande preocupação em ganhar almas para Cristo, mas não nos preocupamos em fazer discípulos. O grande alvo e objetivo da Grande Comissão é levar as pessoas a serem semelhantes, não a nós mesmos, mas parecidos com Cristo Jesus. Isaltino Gomes Coelho Filho diz: “Discípulo não é título de nobreza, mas condição de aprendiz. As igrejas têm muitos nobres e poucos aprendizes”.

Em último lugar, completamos a missão ensinando as verdades de Cristo (Mateus 28.20). Não basta ganhar as pessoas para Cristo, também é preciso ensinar a Palavra de Deus a elas. Entretanto, é bom frisar que não se trata aqui de ensinar doutrinas de homens, modismos, tradições humanas e legalismo, mas ensinar o que Jesus ensinou. Uma questão importante a ser levantada aqui é a seguinte: Como ensinar as pessoas a serem imitadores de Cristo? Sendo imitadores de Cristo. Se não formos imitadores de Cristo, jamais conseguiremos fazer discípulos. n

“Acreditar no evangelho é ir. Caminhar seguro até sozim”, essa frase é parte de uma canção que fala exatamente sobre o contexto do missionário. Nós conhecemos tantas pessoas que disseram “sim” ao chamado e que fizeram grandes renúncias para estar hoje no campo missionário. Mas o que pouco sabemos são sobre os desafios enfrentados por cada um desses irmãos e irmãs que aceitaram a Grande Comissão. É comum sentir solidão, pensar que não está vivendo exatamente o plano de Deus e até mesmo querer desistir por não ver nenhum fruto aparente. E dentro desse contexto, onde recursos financeiros e humanos não conseguem acessar, só existe uma forma de sustentar o missionário: a oração.

Em 2021, os jovens Batistas do Espírito Santo iniciaram um grupo de oração pela Igreja Perseguida e pelos Povos Não Alcançados como resposta a um desafio proposto no Proclamai. E essa tem sido uma experiência impactante