Você - 28.08.2021

FIM DE SEMANA, 28 E 29 DE AGOSTO DE 2021 edição nº 306

BIBIANA FALEIRO

Na onda

do skate

Sucesso nos Jogos de Tóquio, modalidade ganha adeptos e incentiva meninos e meninas no Vale do Taquari Páginas 6 e 7

Dica do Sesc

Bastidores

N

A Vida Sabe o que Faz,

Mais do que bens, amor

o dia nacional do voluntariado, resolvi falar sobre o Zequinha, que conheci faz dois anos em uma visita à uma casa de acolhida de crianças no município. Do jeito dele, Zequinha é um menino alegre.

Ele gosta de conversar e tem sempre uma pergunta na ponta da língua.

Zequinha passou por momentos difíceis no ambiente familiar. Coisas que ele não conta e a gente não costuma perguntar. Mas aos fins de semana, quando a noite chega, ele vai para o banho e escolhe uma roupa boa para ir à Igreja agradecer.

Zequinha precisa de muito, mas não pede nada.

Diz que está tudo bem e pergunta se podemos ficar um pouco mais na casa lar. Ele quer compaqnhia e o pedido parece genuíno, como Zequinho também o é.

O menino divide a casa com a pequena Alice e a irmã mais velha, a Titi. Inseparáveis, a mais velha faz penteados na mais nova. E a mais nova se espelha na mais velha.

Vez ou outra, as crianças do lar nos puxavam para o canto para contar um

“segredo”. Algumas confissões eram da família.

Outras sobre a escola e tantos planos para o futuro. Muitas delas não enxergavam tão à frente.

Mas talvez não viam limite algum.

Quando voltei ao abrigo este ano, o Zequinha continuava lá, mas a vida dele mudou. Hoje, ele trabalha na ponta de caixa de um mercado, mas volta todos dias para a casa lar. Ele nos recebe com um abraço e diz estar agradecido pela visita.

O Zequinha está aí, feliz e com emprego, porque mesmo sem uma base sólida na família, muitas pessoas, de forma sincera e voluntária, acreditaram nele.

Deram um lar, alimento, roupas e, acima de tudo, incentivo.

A Alice e a Titi não vieram me receber naquele dia. Torci para que estivessem na escola, bem crescidas e com saúde.

Elas, assim como Zequinha, me mostraram que a solidariedade nem sempre vem com bens materiais. Eles querem de nós, apenas o que podemos dar, e isso já muito. Às vezes, essa solidariedade está na doação do tempo, de um colo e um abraço. Aí está a beleza de ser voluntário. Ele não tem tempo, nem lugar.

Mas dedica amor e cuidado a pessoas ou causas que vão salvar a vida de outros Zequinha, Alices e Titis por aí. (Os nomes são fictícios).

Boa leitura!

Bibiana Faleiro 2 | Você. | FIM DE SEMANA, 28 E 29 DE AGOSTO DE 2021

por Neusa de Fátima Gall

N

eusa de Fátima Gall tem sempre um bom livro na cabeceira da cama. Antes de dormir, a leitura se tornou um costume. Por meio dos livros, a técnica em saúde bucal acredita aprender um pouco mais sobre a vida, além de ajudar a manter a mente jovem.

“Comecei a ler quando meus filhos eram pequenos, porque queria que eles aprendessem e gostassem da leitura”, conta Neusa. Nestes momentos, as crianças deitavam na cama com a mãe. Era um horário sagrado que eles gostavam de passar juntos. Com a prática, Neusa também criou gosto pela leitura e se tornou exemplo para os filhos.

Entre as obras que gosta de ler, está o livro A Vida Sabe o que Faz, da escritora Zibia Gasparetto. Ele conta a história de uma jovem que pretendia se casar, mas viu o ex-noivo ir para a Itália para lutar na guerra. Dado como morto em combate, a jovem resolve seguir a vida. Anos depois, o ex-noivo reaparece e quer reatar o compromisso com a menina.

“Com as leituras, estou sempre à procura de entender muita coisa que já aconteceu comigo mesma, e sempre aprendendo um pouquinho”, conta Neusa. Ela destaca que

muitas vezes não entendemos o porquê das coisas, e só com o passar do tempo confiamos que a vida sabe o que faz. “Só resta aceitar e aprender com ela”.

Sobre a autora Zibia é uma escritora de romances mediúnicos que já teve diversos títulos lançados no Brasil. Apesar de serem obras espíritas, elas não possuem fantasma ou outras coisas sobrenaturais. É um romance que toca os leitores com as lições que quer passar. Recomendado para todas as idades, é uma leitura bonita e agradável.

Nos resta aceitar as coisas que nos acontecem e aprender com a vida” Neusa de Fátima Gall Técnica em saúde bucal

Saúde

P

Para se exercitar em casa

raticar atividade física virou sinônimo de saúde.

Ela melhora a qualidade de vida, diminui o risco de doenças cardiorrespiratórias e, como consequência, minimiza a pressão arterial. Os exercícios também favorecem aspectos emocionais, trazendo bem-estar, melhora da autoestima e aumento de energia para outras atividades. Além, é claro, de queimar calorias.

“Nos dias de hoje, se exercitar se tornou fundamental. Independente do lugar, o importante é estar ativo, já que a atividade traz benefícios para o corpo e para a mente”, destaca

Guilherme Caliari, professor da Academia Podium, de Lajeado.

Com a rotina dividida entre o trabalho, estudo e família, no entanto, muitas vezes os exercícios físicos ficam em último lugar na nossa lista de prioridades. Mas não é preciso ir muito longe para manter hábitos saudáveis. Pensando nisso, Caliari separou cinco exercícios para praticar todos os dias sem sair de casa.

O profissional ainda ressalta que a prática deve ser feita em segurança, respeitando os limites do corpo.

E, quando possível, com a supervisão de um profissional da Educação Física.

1. Agachamento na cadeira: para músculos e pernas. Inicie sentado na cadeira, com os pés afastados e braços esticados à altura dos ombros. Em seguida, levante da cadeira, contraindo o abdômen e o glúteo, com os joelhos ligeiramente flexionados.

2. Desenvolvimento por trás da cabeça: para os músculos das costas. Sentado, com as costas apoiadas na cadeira, segure um bastão por trás da cabeça. Com a palma das mãos virada para a frente, empurre o bastão para cima e erga os braços ao lado da cabeça. No fim do movimento, retorne até a posição inicial.

3. Flexão plantar: para os músculos da panturrilha. De pé, com um bastão, erga o corpo de modo a ficar na ponta dos pés.

Depois, encoste todo o pé no chão outra vez e repita o movimento.

4. Flexão seis apoios: para músculos do tronco e braços. Coloque as mãos no chão em uma largura um pouco maior que a dos ombros, com os dedos apontados para frente e o apoio na ponta dos pés. Flexione o cotovelo, descendo todo o corpo, até quase tocar o chão.

Mantenha o abdômen contraído.

5. Prancha: músculos do abdômen e lombares.

Deitado, com a barriga para baixo, apoie os antebraços no chão. Posicione a cabeça alinhada com o olhar voltado para baixo. Os ombros devem estar alinhados com o cotovelo e os pés afastados. Levante o quadril e contraia o abdômen. Fique na posição até o corpo aguentar.

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CONTEÚDO PATROCINADO

Happy Hour Cultural terá show intimista de Claus e Vanessa

ENTRE A GENTE

Ingressos são limitados e devem ser retirados com antecedência na Secretaria do CTC

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a próxima quarta-feira (1º/09), a dupla Claus e Vanessa faz um show no Salão Panorâmico do Clube Tiro e Caça (CTC). O Happy Hour Cultural inicia-se às 18h30min e os sócios têm entrada gratuita, com retirada de ingresso antecipado na Secretaria. O ingresso para não sócios custa R$ 20.

Para acompanhar a programação, o público ainda poderá aproveitar as opções do cardápio preparado especialmente para o evento, com pizza, fritas e bife xadrez.

O Happy Hour terá lotação limitada para garantir o cumprimento de todos os protocolos de prevenção à Covid-19. O uso de máscara é obrigatório para acesso e circulação no local. Durante a realização do evento, todos devem permanecer sentados, evitando aglomerações ou circulação entre as mesas.

DIVULGAÇÃO

Tradicional Baile de Debutantes é retomado em 2021

Dupla volta ao CTC para apresentação no Salão Panorâmico

Atração

Claus e Vanessa têm mais de 20 anos de carreira e já passaram diversas vezes pelo palco do CTC. Parceiros na vida e na música, são conhecidos pelo estilo descontraí-

do e pelas músicas que transitam entre o pop, folk, rock e o reggae. Suas canções já rodaram o mundo, sendo hit também na Europa e nos Estados Unidos.

CTC promove ação Chuteiras e Raquetes do Bem A Escolinha de Futebol do CTC lança mais uma edição da ação “Chuteiras do Bem”. A campanha social tem o objetivo de mobilizar os alunos e demais sócios para realizarem a doação de tênis de futsal ou chuteiras de futebol usadas para incentivar aqueles talentos que não podem adquirir um calçado novo. O material será entregue para projetos de escolinhas de futebol dos bairros de Lajeado.

A primeira edição ocorreu em 2018 e, desde então, dezenas de crianças e adolescentes foram beneficiados. Os calçados podem ser de qualquer numeração e devem estar em boas condições de uso. As doações podem ser feitas até o dia 26 de setembro na Secretaria do CTC ou para

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os professores da Escolinha de Futebol Neste ano, o CTC também promove a ação “Raquetes do Bem” para angariar raquetes de tênis para jovens que participam de um projeto de inclusão na Escola Estadual de Ensino Fundamental Antônio de Conto, de Encantado. As raquetes, em boas condições, também podem ser entregues na Secretaria ou para o quadrista, na casinha do tênis.

Outras informações sobre a campanha podem ser obtidas pelo telefone (51) 98153-1222 ou pelo e-mail esporte@ctclajeado.com.br.

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Debut tem inscrições abertas para não sócias Já estão abertas as inscrições para não sócias do CTC que desejam participar da programação do Debut 2021. As inscrições vão até dia 31/08. O 56º Baile de Debutantes será realizado em novembro, com um rigoroso protocolo de cuidados. As meninas participarão das tradicionais atividades pré-Debut e todo o planejamento feito pela organização do evento e parceiros levará em conta as precauções necessárias para o momento.

As atividades pré-Debut serão realizadas nas sextas-feiras à tarde e encontros ao longo da semana serão agendados para ocorrerem após às 18h. A programação ainda terá uma atividade em sexta-feira à noite e outra em um sábado durante o dia.

As meninas interessadas devem realizar a inscrição na Secretaria do CTC, mediante agendamento prévio feito pelo telefone 3726-4980, com Marli ou Sandra.

Apresentado por

CAMPANHA ALERTA PARA A IMPORTÂNCIA DE TESTAGEM DA COVID-19

A

COM RESULTADO OBTIDO EM APENAS 20 MINUTOS, TESTE É APLICADO PELO LABORATÓRIO BIOSOFIA EM PARCERIA COM A P.A.+ FARMA

vacinação avança e, consequentemente, os números de casos positivos para a covid-19 diminuem, porém testar ainda é a única maneira de saber se você ou alguém da sua família possui anticorpos virais. Por isso, a P.A+, P.A.+ Farma e Laboratório Biosofia de Estrela promovem uma campanha com o intuito de disponibilizar testes rápidos, em que o resultado é obtido em apenas 20 minutos.

Para ser testado, é preciso procurar a sala da P.A.+, localizada no subsolo do STR, no Centro, entre os dias 30 de agosto a 3 de setembro, das 13h às 18h. O valor do exame é de R$ 50,00 + um quilo de alimento que será doado para entidades assistenciais.

Conforme a biomédica e diretora do Laboratório Biosofia, Raquel Birck, o valor cobrado é simbólico. “O maior objetivo é a arrecadação de alimentos e a conscientização das pessoas para que ajudem nas causas sociais. A entidade que receberá a doação será escolhida posteriormente”, explica.

A biomédica ainda faz um alerta para a popu-

lação sobre a necessidade de seguir testando, já que ao possuírem anticorpos e terem contato com a Covid-19, as pessoas podem apresentar sintomas mais leves da doença. “É preciso se cuidar, pois já existem variantes”.

Exame anticorpos:

Quando testar?

O exame que está disponível para a população de Estrela e cidades vizinhas é o de imunocromatografia para anticorpos (exame de sangue), o

qual precisa ser comprado na P.A.+ Farma e será aplicado por profissionais do Laboratório Biosofia.

O teste deve ser feito 30 dias após a aplicação da segunda dose da vacina. É obrigatório apresentar a carteira de vacinação e o paciente a ser testado não pode estar com febre. A aplicação do exame ocorre até o dia 3 de setembro ou enquanto durar o estoque.

Conforme Raquel, por ser aprovado pela Agência Nacional de Saúde (Anvisa), o teste possui excelente precisão quando feito e acompanhado de forma profissional, além de ser muito confiável.

É preciso se cuidar, pois já existem variantes” Raquel Birck Biomédica e diretora do laboratório Biosofia

Produzido por FIM DE SEMANA, 28 E 29 DE AGOSTO DE 2021

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BIBIANA FALEIRO

Comportamento

DAS OLIMPÍA

PARA AS PISTAS DO Esporte que teve destaque nos Jogos de Tóquio, skateboard ganha adeptos e traz incentivo para meninos e meninas no Vale do Taquari

T

oda sexta-feira, depois da aula, era sagrado. A criançada se reunia na pista do Parque dos Dick, em Lajeado, para andar de skate. Rochelles Franciosi, 19, cursava o Ensino Fundamental na época e vivia entre os meninos para aprender o esporte. Foi nas rampas do parque que ela teve contato com a modalidade pela primeira vez e passou a frequentar o lugar.

“Foi um momento em que eu senti liberdade de poder fazer parte de um grupo, foi um momento único”, conta a menina.

Há um ano, Rochelles passou a levar a prática mais a sério, apesar de ainda ter o skate como um hobby. “O skate me traz coragem para tentar algo diferente, vontade de superar meus medos e me traz muitas amizades”, destaca. Mesmo sendo uma das poucas meninas na modalidade, ela acredita que a prática pode ser exerRochelles é uma das poucas meninas na modalidade, mas acredita que o skate pode ser praticado por todos

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cida por todos. O que falta é incentivo e representatividade feminina.

O cenário, no entanto, passa por mudanças desde o anúncio do skateboard como uma modalidade presente nas Olimpíadas de Tóquio. Com as medalhas conquistadas pelos brasileiros Pedro Barros, Kelvin Hoefler e, em especial, a medalha de prata de Rayssa Leal, o país passou a ver a prática com outros olhos. Não apenas pelo público masculino, mas também pelo feminino.

“Vi muitas crianças se sentindo motivadas a praticar o esporte depois que fomos representados de outra forma nas mídias. Antes o skate era muito criticado, taxado por ser algo sem futuro. Depois das Olimpíadas, as pessoas perceberam que é um esporte como qualquer outro, que tem pessoas que andam por diversão, assim como temos atletas que seguem pro profissional”, destaca Rochelles.

Alta no comércio Outro segmento que viu a modalidade crescer nos últimos meses foi o comércio.

Funcionário de uma loja de surf skate de Lajeado, Arthur Henrique Dullius conta que a procura por skates no estabelecimento aumentou após as Olimpíadas.

Antes era comum a montagem de oito a 10 skates por mês. Hoje, o número dobrou e a procura é por “shapes” temáticos e coloridos. “Quando a modalidade entrou nas

Depois das Olimpíadas, as pessoas perceberam que é um esporte como qualquer outro. Tem quem anda por diversão e também atletas profissionais” Rochelles Franciosi Skatista

ADAS

O VALE ARQUIVO PESSOAL

um skate.

A pista do Parque dos Dick é o principal lugar de treinos da menina, que ainda aprende as primeiras manobras da modalidade. Faz pouco tempo que ela substituiu o pequeno skate recebido da avó, aos 7 anos.

“Para mim, o skate é ainda um hobby, uma coisa que gosto de fazer e quero aprender coisas novas”, ressalta a menina. Gabrieli já competiu pela patinação e ginástica artística, mas devido a uma lesão, teve que parar de treinar. Hoje, ver a menina em cima de um skate é a alegria da família.

“Como mãe, gostaria que tivesse mais incentivo na nossa cidade, mais espaços. Compramos outro skate porque ficamos felizes em ver ela andando”, ressalta Gislaine Grasel.

Para ela, o esporte é sinônimo de liberdade.

Incentivo na região

Olimpíadas, o pessoal começou a procurar mais, e quando a Rayssa ganhou a medalha de prata, os próprios clientes vinham comentar sobre ela”, diz.

De acordo com Arthur, no entanto, ainda falta incentivo a essa prática esportiva, e há poucas pistas de skate no município. “Hoje, as regiões mais incentivadas são Santa Cruz do Sul e Porto Alegre”, ressalta. A maior pista de skate da América Latina, inclusive, está em processo final de construção na Orla do Guaíba, na capital gaúcha.

No Vale do Taquari, a prefeitura de Estrela tem planos para a reforma e manutenção do Centro Esportivo e quer dar incentivo à modalidade, a pedido de uma associação representativa do município.

Em Lajeado, também foi criada uma organização nos últimos meses, chamada Associação de Skatistas e Similares de Lajeado (ASSLA). O vice-presidente, Flávio André Johann, pratica a modalidade há 20 anos. “Naquela época a gente não tinha uma associação que pudesse nos representar. Era tudo gurizada que só queria andar de skate”, lembra.

ARQUIVO PESSOAL

Primeiras manobras Se antes o esporte era predominantemente masculino, hoje há um movimento gradativo que coloca as meninas na atividade. Essa representatividade, trazida em especial por Rayssa Leal, foi um dos incentivos que fez Gabrieli Grasel Spohr, 14, voltar a subir em

Flávio é vice-presidente da Associação de Skatistas e Similares de Lajeado

Curiosidades:

• O esporte foi criado por surfistas californianos na década de 50, que estavam entediados de esperar por boas ondas em épocas de maré baixa; • Foi inicialmente chamado de sidewalk surfing (surf de calçada). O termo foi usado até 1963, quando ficou conhecido oficialmente como “skate”; • Em 1963, na Pier Avenue de Hermosa Beach, na Califórnia, aconteceu o primeiro campeonato de skate que se tem registro; • Patti McGee, em 1965, tornou-se a primeira mulher skatista profissional, ganhando o primeiro campeonato feminino de skate da história; • Foi através de um grupo de brasileiras que nasceu a primeira revista impressa sobre o universo feminino do skate. O “Check It Out”, que se tornou referência internacional nos anos 90.

Hoje, formados e mais experientes, aqueles meninos se uniram para dar oportunidade aos novatos. A associação ainda é composta apenas por atletas masculinos, mas querem incentivar o esporte para as mulheres.

“Por meio do skate, foi acontecendo um movimento global onde as meninas foram inseridas, tiveram vontade e interesse, e agora há cada vez mais praticantes”, acredita.

Entre os planos da associação está a construção ou aquisição de uma pista de skate em um local que não seja atingido pelas enchentes. A ideia é também organizar campeonatos e eventos para promover o esporte, além de projetos sociais com aulas em escolas carentes do município.

O funil da FIV

O

funil da fertilização in vitro (FIV) é assim chamado por termos, desde o início do tratamento até as etapas finais, uma diminuição esperada e gradativa do material (óvulos e embriões).

Quando há a busca pela reprodução assistida, inicialmente a mulher deve fazer a estimulação ovariana, que consiste no uso de hormônios para o crescimento dos folículos ovarianos, onde se desenvolvem os óvulos (gametas femininos). A próxima etapa é a da extração destes óvulos, através da punção dos folículos. Neste ponto observamos uma redução no número inicial esperado, uma vez que nem todos os folículos irão fornecer óvulos.

A próxima fase constitui-se em avaliar se os óvulos coletados estão aptos para receberem o espermatozoide. Os óvulos considerados maduros, de acordo com a classificação, são utilizados, porém nem todos que são coletados se encontram neste estágio. Portanto há uma perda da quantidade de amostras obtidas inicialmente por meio da coleta até a avaliação dos óvulos.

Dando sequência à FIV, injeta-se o espermatozoide nos óvulos que estão maduros e espera-se que haja a correta fertilização. Porém nem todos os óvulos em que se realiza a injeção apresentam a adequada

fertilização, de forma que novamente pode haver perda na quantidade de material apto ao cultivo embrionário.

Após a fertilização inicia-se o cultivo in vitro dos embriões. Durante este período, que leva cerca de 2 a 6 dias, são fornecidos nutrientes e ambiente adequados para que o embrião se desenvolva satisfatoriamente. No decorrer da evolução, os embriões são avaliados conforme parâmetros de referência. Alguns destes, por mais que tenham fertilizado de forma correta, podem não ter iniciado a divisão celular, esta não ser adequada ou não atingir o estágio de blastocisto (etapa mais avançada do cultivo embrionário). Durante todo o processo, apenas uma parcela dos embriões fertilizados são aptos para a transferência ou congelamento.

Além disso, mesmo que os embriões sejam apropriados e avaliados como geneticamente viáveis (por meio da análise genética do embrião), nem sempre terão uma gestação consolidada. Muitos fatores, além da qualidade embrionária, influenciam na possibilidade de gestação, como características do útero e fatores imunológicos da mulher.

Quando o assunto é fertilização in vitro é preciso perseverar e ter em mente que o processo é complexo e contém obstáculos, mas recompensador quando se alcança o objetivo esperado.

Betina Iser Embriologista do HBB

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Dia do Voluntariado

Sem fronteiras para ajudar FOTOS ARQUIVOS

No Dia do Voluntariado, celebrado em 28 de agosto, conheça histórias como a de Samuel e Isabel, que deixaram a cidade natal para mudar a vida de outras comunidades

A

s mãos de Samuel Johann trazem saúde, mas também consolo. Em meio aos desafios de atuar em diferentes países, alguns atingidos por conflitos armados, ele viu de perto o sofrimento e a destruição. Como membro da organização não governamental Médicos Sem Fronteiras (MSF), diz ter um espírito voluntário e, mesmo diante das dificuldades, não perde a motivação.

Depois de sete anos, o lajeadense formado em Relações Internacionais aprendeu a separar a dor, da necessidade de levar saúde e cuidado a diferentes comunidades. “É muito duro testemunhar o sofrimento humano. Mas nós, enquanto profissionais humanitários, passamos um tempo dentro das situações e partimos”, relata. “As pessoas atendidas pela organização, por outro lado, são nativas, e por vezes impossibilitadas de deixar os locais onde vivem”.

Entre as atividades que desempenha como coordenador de projetos da organização, está a construção e gestão de estruturas de saúde, clínicas móveis, até a atuação em campos de refugiados.

Samuel esteve na Nigéria em 2016, onde os conflitos levaram mais 1,5 milhões de pessoas a migrarem do interior em busca de segurança. No período, a cidade de Maiduguri e suas duas estruturas de saúde estavam superlotadas.

“Um número assustador de crianças estava em quadro de desnutrição aguda, sem contar as que haviam perdido a vida na viagem. Me senti abalado com a situação, pensando que não daria conta. Ainda guardo o frio na barriga ”, descreve.

Outro momento marcante foi quando chegou à província de Khost, no Afeganistão, e pisou na maternidade gerenciada pela organização pela primeira vez. “Foi emocionante ver mulheres afegãs, vindas de diversos lugares, buscando um local seguro para darem à luz, e sendo recebidas de braços abertos por enfermeiras e médicas da MSF. Um verdadeiro projeto de mulheres para mulheres”, conta.

Na época, eram feitos mais de 60 partos por dia.

Me senti abalado com a situação, pensando que não daria conta.

Ainda guardo o frio na barriga” Samuel Johann Diretor de projetos da MSF

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Samuel faz parte da organização Médicos Sem Fronteiras e atua em áreas atingidas por conflitos armados faz sete anos

Programa de Voluntariado Mais de 90% dos fundos da MSF são de doadores privados que acreditam no trabalho da organização. Embora o espírito do trabalho seja voluntário, a atuação das equipes é profissional e remunerada durante o período de estadia nos projetos.

“Ser voluntário é uma questão de atitude e não de ocupação. Basta olhar ao redor e se perguntar: como posso ser útil?

Ao invés de esperar que o mundo atenda aos seus anseios, sua energia brota naturalmente da arte de servir ao mundo. Não acho que exista bem-estar mais genuíno e duradouro”, finaliza Samuel.

No Vale do Taquari, uma das entidades que promove esse trabalho é o Sesc, por meio do Programa Sesc de Voluntariado. O curso já existe desde 2013, mas a partir de 2015 se tornou um programa que, além de preparar voluntários, também acompanha o trabalho dos participantes.

De acordo com a assistente social do Sesc Lajeado, Raquel Zerbielli Brandão, nos Vales do Taquari e Rio Pardo, mais de 100 pessoas acima de 18 anos já foram formadas pelo curso. A atividade tem duração de uma semana, com 1h de aula por dia, além de atividades complementares.

São tratados temas como a história do voluntariado, legislação, direitos, deveres, limites e planejamento. No momento, ele é ministrado de forma online. As instituições também podem participar e são preparadas pelo programa, por meio de Oficinas de Gestão para receber os voluntários.

Pelo Brasil Poder estender a mão a quem precisa é um dos benefícios do voluntariado. Mas ele também permite o conhecimento de novas culturas, por meio de experiências como a de Isabel Kristiner, 26, que cursava o último semestre de Engenharia Civil pela Univates quando foi selecionada para fazer parte do Projeto Rondon em 2019.

Organizado pelo Ministério da Defesa, o projeto selecionou 20 universidades para atuar na Operação João de Barro, no Piauí. A frota de Lajeado, composta por oito alunos e dois professores, atuou na cidade de Arraial, com atividades para a aprendizagem e empoderamento dos moradores da comunidade.

Uma das oficinas propôs que crianças representassem a cidade em uma maquete. Para elaboração do trabalho, foi perguntado o que eles mais gostavam e o que sentiam falta no município. “Eles disseram que sentiam falta de um campo com grama, uma pracinha, de

Dados sobre o voluntariado no mundo

Isabel (agachada com jaleco amarelo) participou do Projeto Rondon, no Piauí, em 2019

um balanço que funcionava”, conta Isabel.

Autocuidado e Empoderamento foi o nome de outra atividade organizada pelos voluntários, quando mulheres foram questionadas sobre o que faziam para se sentirem bem e empoderadas.

“Uma menina contou que se sentia emponderada porque atravessava o rio todos os dias para ir à escola. Isso me marcou muito”, conta Isabel.

Quando a oficina terminou, as próprias moradoras propuseram formar um grupo para

que pudessem manter essa rede de apoio, mesmo sem os voluntários.

“Para fazer um trabalho voluntário é preciso estar aberto a novas experiências, saber escutar e não apenas falar, porque todo mundo tem muito a dizer. Esse retorno que a gente recebe no trabalho voluntário não dá para medir, traz um sentimento de gratidão”, conta. Depois da experiência no nordeste, Isabel volta para casa com o desejo de conhecer outras culturas pelo Brasil e ajudar sempre que for possível.

• Segundo relatório da plataforma Atados, que conecta pessoas i n t e ressadas em trabalho voluntário a vagas em organizações, nos três primeiros meses da pandemia, o número de inscritos para trabalho voluntário cresceu 43%, se comparado ao mesmo período de 2019; • Cerca de 78% das pessoas realizaram pelo menos uma atividade beneficente nos últimos 12 meses, com 67% tendo doado dinheiro; • As causas mais populares para doação são em apoio às organizações religiosas, apoio às crianças ou jovens e combate à pobreza; • Globalmente, quase 1/5 de todos os adultos são voluntários; • Metade dos países que mais subiram no Índice Mundial de Doações são da Ásia. O Sri Lanka tem a maior taxa de voluntariado no mundo; • Nos últimos dois anos, o número de colaboradores envolvidos nos programas de voluntariado aumentou em 67%; Fontes: IBGE, World Giving Index, Fundação Feac.

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Microcervejaria traz diversidade à região H á 4km do centro de Nova Bréscia, fica uma microcervejaria famíliar. Do topo do morro, é possível ter uma vista bonita para os vales e um pôr do sol de tirar o fôlego. É lá que a Bress Bier foi construída com a proposta de ser um brewpub, onde a cerveja comercializada é produzida no próprio estabelecimento.

Os sócios são o casal Luana Salami, 30, e Márcio Giovanella, 31.

Ela, nutricionista, e ele, químico Industrial, dividem a administração do espaço com o irmão de Márcio, o acadêmico de engenharia de produção Iuri Giovanella, 23.

De forma caseira, a microcervejaria começou a funcionar já em 2013, com lotes de 20 litros. Com o tempo, a produção aumentou e os processos foram automatizados. Três anos mais tarde, em um almoço familiar, surgiu o nome Bress Bier, em homenagem à cidade de Nova Bréscia.

Mas o sonho saiu do papel apenas em 2018, com o início das construções e, no fim do ano passado, eles estavam prontos

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para abrir.

No bar, a produção das cervejas inicia com a seleção dos grãos. Depois é feita a moagem, clarificação, fervura, fermentação, maturação e envase. Hoje, são produzidas cervejas do tipo Pilsen, Red Ale, American Pale Ale, Oktoberfest, Weiss, India Pale Ale, Oatmeal Stout e duas torneiras sazonais.

Para o acompanhamento, foi criado um cardápio rápido e diversificado, com o chope artesanal servido em copos de 285 ml e 473 ml, drinks, sucos e refrigerantes, além de hambúrgueres, porções, pizzas salgadas e doces, e, de sobremesa, a famosa panqueca de chocolate com sorvete.

No ambiente interno, o estabelecimento atende 90 pessoas, com climatização e totalmente integrado com o biergarten, onde também é possível receber os clientes.

O espaço é aberto nas sextas a partir das 18h, nos sábados a partir das 16h, com reserva para a parte interna, e no domingo a partir das 15h. Para mais informações: @bressbier ou (51)98293-1859.

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Um centro de moradia e convivência para o idoso IMAGENS JEANDRES ROSA

APRESENTA APRESENTA DISTINTA

Kássia Karine Drüs Arquiteta e Urbanista formada em 2021/1 Orientadora: Jamile Maria da Silva Weizemann

Débora Caterine Costa

C F

debo_costa94@yahoo.com.br om o obejtivo de pro-

mover qualidade de vida a pessoa idosa, a acilitar a interação arquiteta e urbanista com a comunidade e Kássia Karine Drüs desenvolo ambiente externo veu o projeto de um aposta centro de é a grande do convivência e moradia com projeto da arquiteta recémespaços saúde, cultura, Déla-formadadepela Univates, zer, boraatividades Caterine físicas Costa,e auxílio para o social.

Trabalho de Conclusão de Orientado professora Curso (TCC).pela O prédio, penJamile Maria Silva sado como umada nova sedeWeipara zemann, o projeto foi penas três empresas que formam sado paraPopular, ser implementado o Grupo também posem um local central dooutros bairsui espaço para abrigar ro Canabarro, em Teutônia, empreendimentos. com fácil acesso e foram próximo a Sacadas e visuais adoequipamentos favoráveis ao tados para garantir uma expepúblico-alvo, como o posto de saúde, uma praça pública, escola, igreja e salão.

O objetivo é também possibilitar o convívio social e o desenvolvimento de atividades físicas, mentais ou emocionais, para garantir um envelhecimento saudável.

“O projeto foi desenvolvido de maneira a ser uma instituição privada com parcerias

pátio interno.

Na lateral leste foi proposta uma cobertura, que possibilitou a criação de vaga de ambulância de forma coberta, além de acesso para abastecimento de produtos e de funcionários de forma independente.

O segundo e terceiro pavimentos, foram projetados com volumetria em barra, dispostas sobre uma porção do bloco do pavimento térreo.

A estrutura leva pilares e vigas moldados em diferentes materiais, com divisões internas em Drywall, uma placa de gesso, a fim de deixá-la mais leve e versátil.

Os pisos dos ambientes coletivos foram pensados em porcelanato e os dormitórios em piso laminado, com maior conforto térmico.

“Podemos destacar a co-se “Os materiais também bertura do pavimento térdestacam pela durabilidade. com sistema de telhado Oreocarpete, por exemplo, tem verde, durabilidade trazendo maior média. conuma forto ser térmico aos ambientes Pode substituído com fainternos, se além de uma viscilidade, necessário, mas ta mais agradável”, ressalta com o devido cuidado, dura Kássia. tempo”. bastante No fim, espaço, Por para ainda destacarestão a faprojetados umadotados pátio central, chada, foram matesacadas dormitórios e riais comonos o concreto e revestium terraço jardim na cobermentos metálicos. Esquadrias tura do epavimento térreo. piso-teto pilares demarcados Além de uma estratégia amtambém marcam a identidabiental com a captação de de do prédio e garantem mais água das chuvas para irrigapersonalidade ao projeto. ção de plantas, utilização de placas solares e ventilação cruzada, entre outros.

Elementos conectam empresas e comunidade

Projeto busca ampliar visibilidade das marcas e possibilitar de cooperativas existentes na maior interação entre público visitantes cidade. interno Além disso, o e empreriência diferenciada aos usuários, explica a profissional.

A construção busca ampliar a visibilidade e a interação das empresas com a comunidade, por isso, o projeto também prevê uma cafeteria no andar térreo. “A ideia é atrair tanto o público que trabalha e frequenta o prédio, como a comunidade em geral”.

Na parte externa, cores neutras como cinza, preto e tom de madeira foram escolhidas para transmitir sensação de aconchego, destaca Débora.

PATROCINADORES

| Você. | FIM DE SEMANA, 28 E 29 DE AGOSTO DE 2021 1212| FIM DE SEMANA, 30 E 31 DE MAIO DE 2020

Nos espaços internos, cada ambiente foi projetado conforme as necessidades dos usuários, mas a partir da mesma estratégia de cores da área externa.

A cafeteria possui tom de concreto, laje e esquadrias escuras. A madeira, utilizada tanto nos brises, como no mobiliário, busca proporcionar um ambiente acolhedor.

Os demais espaços possuem uma paleta de cores semelhantes, porém mais claras, o que garante mais conforto

endimento seria patrocinado por para investidores trabalhar. que acreditam na na neEntre importância as texturas, edestaque cessidade que a proposta para o equilíbrio entre ostem bripara o município”, a ses de madeira e odestaca concreto arquiteta. aparente. Na parte interna, A ideia foram é que adotados as cooperatitambém carvas possam propor petesparceiras para ajudar no conforto encontros entredea painéis população acústico, além em idosa e a comunidade emárea, geMDF para compor cada ral, a fim ade promover uma conforme finalidade. maior interação social.

Segundo a profissional, a “Os moradores escolha dos materiaiscontarão considecom assistência 24 nohoras, rou a disponibilidade meratendimento médico, alicado, beleza, funcionalidade, mentação e atividades físicas, custo-benefício e qualidade culturais de lazer”, ressalta. acústica eetérmica.

Para o público externo, também serão oferecidos planos para praticar as atividades.

Forma e estrutura Para promover um maior aproveitamento do lote e qualidade de espaços, foi proposto para o pavimento térreo uma volumetria de bloco único, com a formação de um

REALIZAÇÃO

Projeto desenvolvido para Trabalho de Conclusão de Curso, com possibilidade de ser executado futuramente.

Projeto desenvolvido para Trabalho de Conclusão de Curso, com possibilidade de ser executado.