A Hora – 06 e 07/09/2025

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Acidente revela falha no plano de emergência

PROGRAMA EDUCAME

Concurso atrai mais

Entre a saúde e a performance

Os bairros Carneiros, Hidráulica e Universitário carregam histórias distintas, mas compartilham um mesmo dilema: como preservar sua identidade diante das transformações aceleradas de Lajeado.

Região aposta em prevenção, união e reconstrução para enfrentar o futuro

OPINIÃO | VINI BILHAR

Expointer exalta o agronegócio do RS

A edição 2025 reúne 2.500 expositores, 6.696 animais em julgamento e o recorde de 456 agroindústrias familiares. Capotamento em trecho urbano de Lajeado causou congestionamento de 6 km e mostrou falhas na resposta operacional da concessionária. Como resposta, CCR estuda contratar terceirizada para sobreaviso em caso de remoção.

PÁGINAS 8 e 9

OPINIÃO | RODRIGO MARTINI

INDICADORES POPULACIONAIS

Estimativa populacional do IBGE calcula que o Vale do Taquari atingiu mil habitantes em 2025, um aumento de 3,02% em três anos em relaCenso de 2022. Lajeado, a cidade mais populosa da região com 96.879

PÁGINA | 6

Olhares atentos à história italiana É preciso investir para conservar e preservar as estruturas que registram a história dos imigrantes italianos no Vale.

A tragédia de setembro de 2023 mudou o Vale do Taquari para sempre. Mas também despertou uma nova consciência. Com investimentos, solidariedade e planejamento,

Nara instiga a interação com gatos

FAÇA SUA ASSINATURA

moradores, lidera este crescimento. Contudo, estatísticos do IBGE alertam que projeção desconsidera possíveis variações locais entre cidades. No RS, tendência de redução no número de habitantes se acelera.

a região começa a se reerguer. Episódio extremo foi mais letal do que a maior enxurrada da história, oito meses depois. Naquele episódio, foram 54 óbitos.

PÁGINAS | 8 e 9

OPINIÃO VINI BILHAR Tendências da construção

Entre a saúde e a performance

do sintoma

FELIPE NEITZKE
DIVULGAÇÃO

Dois anos depois para nunca esquecer

Atragédia de setembro de 2023 marca um momento de profunda reflexão para o Vale do Taquari. A enxurrada de 600 milímetros em três dias na bacia do Taquari-Antas desceu com uma força sem precedentes, impondo uma nova e dolorosa realidade à região.

O Rio Taquari deixou um deixou um rastro de destruição em cidades como Muçum, Encantado e Roca Sales, foi um prólogo dos impactos das mudanças climáticas no país e se tornou o catalisador para um processo de reconstrução que está longe de ser concluído.

O desafio segue o mesmo, transformar amparo em ação, garantir que erros jamais se repitam e que as pessoas não sofram de novo”

A rápida elevação pegou a todos de surpresa, fazendo com que as primeiras cidades tivessem que formar gabinetes de crise às pressas, com a mobilização de equipes e o acionamento de planos de contingência. No entanto, a força da água superou qualquer expectativa, destruindo escolas que serviam como abrigos, derrubando redes de internet e telefonia, e o colapso dos sistemas de monitoramento.

Toda a dor de setembro de 2023 voltou em maio do ano passado. As experiências traumáticas obrigaram as autoridades a repensarem estruturas de socorro. As estradas precisam ser reconstruídas e a Defesa Civil profissionalizada. O prejuízo estimado em mais de R$ 10 bilhões demonstra a dimensão da tragédia e a necessidade de um esforço de reconstrução contínuo. Apesar de tudo, a resiliência da população mostra que muito foi refeito. A tragédia de setembro de 2023 foi um ponto de inflexão que obrigou o aprendizado mesmo diante da adversidade. O desafio segue o mesmo, transformar amparo em ação, garantir que erros jamais se repitam e que as pessoas não sofram de novo.

Fundado em 1º de julho de 2002

FAÇA SUA

“Era uma forma de fazer parte da sociedade”

Arlito Klein foi o responsável por ajudar a retomar a Banda Marcial de Santa Clara do Sul.

Neste m de semana, des lará pelas principais ruas da cidade

Ezequiel Neitzke ezequiel@grupoahora.net.br

Quais foram as primeiras lembranças que vieram à mente quando encontrou os instrumentos guardados?

Lembrei-me da primeira participação na Banda Marcial, na época com 11 ou 12 anos de idade. Era uma emoção participar dos desfiles e também uma grande honra, pois quem era membro da banda sentia-se importante dentro do colégio.

O que a antiga Banda do Colégio representava para você e para a comunidade na época em que estava ativa?

Na época, era uma forma de fazer parte da sociedade, de ser visto, de contribuir com algo. Nossos pais ficavam orgulhosos, os professores elogiavam e todos queriam fazer parte disso.

Tem algum momento marcante ou apresentação inesquecível da antiga banda que você poderia compartilhar?

Desfilar aqui era muito bom, mas foi muito marcante quando nossa banda foi convidada para se apresentar no município vizinho de Marques de Souza, ser visto por pessoas de outra comunidade, mostrava que o que a gente fazia tinha valor.

essa fase da juventude e como foi o processo de contato e mobilização dos antigos colegas para recriar a banda?

O primeiro ensaio, em 17 de fevereiro, contou com seis ex-colegas. Foram os primeiros que lembramos da época e chamamos para apresentar a ideia. O ensaio foi marcado por risadas, memórias e um verdadeiro teste para saber se ainda tínhamos na memória os ritmos e toques ensinados há tantos anos. E não é que tínhamos? A partir dali começamos a chamar mais gente. Pesquisar em fotos antigas, para encontrar ex-integrantes.

Na sua visão, qual a importância cultural e social de trazer de volta essa tradição?

Era uma parte cultural de Santa Clara do Sul que estava adormecida. A volta da Banda Marcial também significa um resgate do patriotismo, da história da nossa comunidade e do envolvimento das pessoas.

Você acredita que a banda pode inspirar novas gerações de jovens músicos?

querendo manter viva essa tradição.

A ideia é que a banda se apresente apenas nesta ocasião ou exista um plano de continuidade e quais são os planos para o futuro?

A ocasião do desfile cívico é só o primeiro passo. Estaremos à disposição do município para outros eventos e também das cidades vizinhas.

O que essa retomada significa para você, pessoalmente?

Eu sinto muito orgulho de há 40 anos atrás ter feito parte da Banda Marcial. Retomar ela agora, me emociona, pois vejo que essa história não chegou ao fim. Espero que esse seja apenas o primeiro passo e que, de agora em diante, não mais se perca esse patrimônio cultural para Santa Clara do Sul

Se pudesse resumir em uma frase a emoção de voltar a tocar na Banda Marcial, qual seria?

ASSINATURA 51 3710-4200

Como foi reencontrar os ex-integrantes e reviver

Já está inspirando. Os jovens que se somaram ao grupo hoje, temos certeza, serão nós daqui 40 anos: apaixonados pelo que fazem e

Emoção de, com os mesmos amigos do passado, retornar à avenida para mostrar que a cultura e o amor por Santa Clara do Sul mantém-se vivos por gerações.

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Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores. Impressão Zero Hora Gráfica Filiado à

Editor-chefe da Central de Jornalismo: Felipe Neitzke

Diretor Executivo: Adair Weiss

Diretor Editorial e de Produtos: Fernando Weiss

Vale do Taquari - Lajeado - RS

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Olhe com atenção à BM do Vale, governador!

ABrigada Militar (BM) precisa de pouco mais ou pouco menos de R$ 7 milhões para reconstruir três sedes da corporação e devolver condições de trabalho e dignidade aos bravos policiais militares, que hoje atuam em prédios ou salas

improvisadas. Os quartéis foram destruídos ou inviabilizados em Estrela, Arroio do Meio e Roca Sales. E os projetos para construção dos espaços em áreas mais seguras e resilientes já foram protocolados junto ao bilionário Fundo de Reconstrução do Rio Grande do Sul,

o tão desejado Funrigs. Agora, só cabe ao governador Eduardo Leite (PSD) dar sequência aos recentes movimentos de fortalecimento da BM em âmbito estadual e atender à justa e singela reivindicação do comando regional e da comunidade do Vale do Taquari.

Boas novas e muita expectativa em Cruzeiro do Sul

A cidade de Cruzeiro do Sul foi parcialmente devastada pela pior catástrofe natural da história deste país. Milhares de residências, comércios e instituições foram destruídas ou impactadas pela fúria do Rio Taquari naquele fatídico maio de 2024. Não por menos, foi lá que o presidente Lula, acompanhado do governador Eduardo Leite e de diversos prefeitos e líderes regionais do Vale Taquari, fez a primeira visita in loco após a tragédia do ano passado. Não por menos, as imagens dos bairros Passo de Estrela e Glucostarck foram as mais divulgadas em âmbito estadual, nacional e internacional. A Av. Beira Rio, que interliga Lajeado e Cruzeiro do Sul, foi a capa de diversos jornalões mundo afora. E é por tudo isso e muito mais que o município merece o que vem ocorrendo nos bastidores. A iniciar pela licença de instalação entregue na sexta-feira à empresa responsável pela construção de 500 moradias no município. E no aguardo da confirmação de uma nova ponte sobre o Rio Taquari, conectando a combalida cidade com a vizinha Estrela, e proporcionando novas alternativas econômicas e sociais aos cruzeirenses e toda a Região dos Vales.

TIRO

- Suspensa das atividades por 60 dias após parecer da Comissão de Ética apontar quebra de decoro parlamentar, e sem direito à remuneração no período, a vereadora de Teutônia Neide Schwarz (PSDB) já não participa da próxima sessão plenária. No lugar dela, a tendência é a nomeação do suplente Ricardo Roth (PSDB).

- A Associação dos Municípios do Alto Taquari (Amat) não desistiu de reduzir a tarifa teto do plano de pedágios do governo estadual para o Vale do Taquari, e que hoje está em R$ 0,19 por quilômetro rodado. Para isso, os prefeitos pressionam os conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

- A Câmara de Lajeado avalia projeto do Executivo que autoriza a concessão de uma área de terreno urbano ao Núcleo de Criadores de Cavalos Crioulos dos Vales do Taquari e Rio Pardo. O terreno possui 600 m² e fica junto ao Parque Municipal de Eventos Rogerio Henz.

Big Brother Lajeado

O governo de Lajeado vai apresentar nos próximos dias um novo modelo de parceria com a comunidade para reforçar o “cercamento eletrônico”.

A proposta é instalar totens com câmeras inteligentes (foto) em diversas quadras da cidade. Para isso, será preciso aporte privado para o rateio dos custos de manutenção. Em média, o custo mensal fica abaixo de R$ 500 e a ideia é ratear o valor com os comerciantes das quadras beneficiadas. Ou seja, os próprios empresários podem solicitar ao governo a instalação do novo equipamento nas proximidades dos empreendimentos e, desta forma, fortalecer a própria segurança, além da segurança dos clientes e também dos vizinhos.

A Associação do Museu Brasileiro de Suinocultura (Amubs) já tem a data de inauguração do complexo turístico, cultural, acadêmico e gastronômico anunciado pela Dália Alimentos em parceria com o governo de Encantado. A abertura do espaço está agendada para 24 de julho

de 2027, o dia do aniversário de 80 anos da Dália Alimentos. O orçamento da obra gira em torno de R$ 8 milhões e a Amubs quer angariar recursos via leis de incentivo à cultura e turismo, via investidores e possíveis parceiros, e, também, por meio de apoios parlamentares e de governos.

Os “secretários adjuntos” de Lajeado

A prefeita Gláucia Schumacher (PP) tem uma lista de servidores pré-autorizados a gerenciarem as secretarias municipais na ausência dos titulares. Seriam “secretários (as) adjuntos (as)”. Na pasta de Planejamento, Urbanismo e Mobilidade, a função é de Debora Beuren Delai; na secretaria de Obras, Genésio Evanir Kamphorst; na Educação, Katia Liege dos Santos Favaretto; no Desenvolvimento Econômico, Inovação e Agricultura, Chaiani Bosse; na Saúde, Leise Fernanda Sehn Rocha; na Cultura, Esporte, Lazer e Turismo, Mariana Heemann Betti; no Meio Ambiente, Letícia Sena; na Fazenda, Jane Wagner, e na Segurança Pública, Vinícius Renner.

RODRIGO MARTINI

vinibilhar@grupoahora.net.br

Hub Vínculos se conecta às tendências da construção civil

Um grupo de 50 arquitetos, representantes de imobiliárias e integrantes do Hub Vínculos participou nesta semana de uma experiência inédita nos bastidores da Cyrela, a maior construtora do Brasil, na capital gaúcha. A visita foi conduzida pelo gerente comercial Daniel Silva, que apresentou a estrutura da empresa e detalhou dois projetos emblemáticos.

A aproximação com a construtora começou por meio de Carmen Dresch, da Arabesco Acabamentos de Lajeado, durante evento promovido pela Acil, e resultou no convite para a imersão, fortalecendo conexões entre diferentes setores e ampliando oportunidades de atuação.

O empreendimento Ereditá destacou-se pela união de preservação histórica e modernidade, mantendo duas casas tombadas da década de 1940 na fachada e integrando-as a uma torre contemporânea de alto padrão. A aprovação do projeto levou um ano, demonstrando a complexidade de conciliar tradição e inovação.

Os participantes também conheceram o edifício Pininfarina, no bairro Moinhos de Vento, com áreas de lazer completas, piscina aquecida de borda infinita e design internacionalmente reconhecido, refletindo luxo e exclusividade. Mais do que uma visita técnica,

a iniciativa reforça o papel estratégico do Hub Vínculos, liderado por Carmen, como elo entre empresas, profissionais e indústrias, promovendo parcerias sólidas, novas oportunidades de negócios e fortalecendo a região de Lajeado no cenário nacional de inovação e sofisticação.

Reinigend implementa modelo de governança

Conversei essa semana com Renato Lauri Scheffler, diretor da Reinigend, de Teutônia. A empresa passa por reestruturação administrativa e operacional, buscando maior eficiência e inovação em produtos voltados à segurança alimentar. Scheffller, destacou que a cautela nos investimentos não impede a expansão da companhia.

Uma nova governança foi implementada, com Gicele Mylius como CEO e Scheffler como presidente do conselho, fortalecendo a tomada de decisões e o desenvolvimento de projetos. A empresa foca em se diferenciar no mercado, oferecendo soluções inovadoras para produtores rurais e indústrias de alimentos.

O empresário, com forte vínculo associativo na CIC e em entidades de reconhecimento

estadual, também ressaltou o bom momento vivido por Teutônia. Destacou avanços na mobilidade, infraestrutura, atendimento hospitalar e serviços para crianças, reforçando a conexão empresarial com o desenvolvimento local.

Indicadores

Dólar: R$ 5,41 -0,63%

Ibovespa: 142.691, 02 + 1,20%

SELIC: 15%

CDI: 14,9%

Biscoito Café cresce e prepara franquias

A Biscoito Café, fundada em 2019 em Marques de Souza, é um exemplo de planejamento e consistência que transformou um pequeno negócio em marca regional em ascensão. A empresa nasceu da parceria entre mãe e filho, retomando a produção artesanal de biscoitos em casa e conquistando clientes de porta

em porta.

O primeiro ponto de virada ocorreu ainda em 2019, com a inauguração da loja na garagem da residência. Em 2021, a marca chegou a Lajeado, no bairro Olarias, consolidando uma clientela fiel e ampliando a presença regional. No fim de 2022, a terceira

unidade foi aberta no bairro Montanha, em avenida estratégica da cidade, fortalecendo a expansão mesmo com a chegada de concorrentes. Em 2023, a produção foi centralizada em Lajeado, com pavilhão industrial em construção desde 2024, previsto para iniciar operações em 2025.

A marca também ampliou

presença em Santa Clara do Sul, em frente ao Calçados Beira-Rio, ponto estratégico e projeta novas unidades em Conventos, ainda em 2025, e São Cristóvão, em 2026.

Além da expansão física, a Biscoito Café prepara a padronização de processos para lançar franquias após o Carnaval de 2026, consoli-

dando-se como referência regional em panificação e abrindo caminho para novos negócios e crescimento sustentável.

A Biscoito Café é mais uma clara referência do nosso empreendedorismo regional, com gosto e tempero familiar, e a gestão profissional, alicerçada em resultados, eficiência e visão de mercado.

VINI BILHAR

UM MÊS DE TARIFAÇO

Exportação do Vale sente primeiros efeitos

Em agosto, empresas das cinco cidades com mais presença no mercado norteamericano tiveram queda de 23% no faturamento na comparação entre julho e agosto. Venâncio Aires e Guaporé foram as mais prejudicadas

VALE DO TAQUARI

Atarifa de 50% sobre produtos brasileiros instituída pelo presidente dos EUA, Donald Trump, completa um mês. Com base em dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), pela plataforma Comex Stat, cinco cidades (Venâncio Aires, Cruzeiro do Sul, Lajeado, Guaporé e Imigrante) têm maior presença no mercado norte-americano.

Na comparação de agosto deste ano com o mesmo período do ano passado, houve crescimento de 17,7%. No total dos cinco municípios, as vendas foram de US$ 84

milhões ante US$ 99 milhões do mês passado. Com relação a julho e agosto deste ano, o cenário é de retração. Pré-tarifa Trump, empresas das cinco cidades venderam mais de US$ 128,6 milhões. No mês passado, o resultado foi de US$ 99 milhões, uma queda de 23%

Em Venâncio Aires, principal exportador, as vendas ao exterior caíram de US$ 93,7 milhões em julho para US$ 61,7 milhões em agosto — uma queda de 34%. O município lidera as exportações de tabaco e foi prejudicado pela taxação, que elevou o custo de produtos em até 65% para o consumidor americano.

Outro destaque negativo é Guaporé. Com forte presença

X

Lajeado

Agosto de 2025

US$ 11,1 milhões

Raioda exportação

Venâncio Aires

Agosto de 2025

US$ 61,8 milhões

Uma elevação de 8,7% na comparação com o mesmo mês de 2024

Representa 3,2% das exportações gaúchas

É o 8º no ranking estadual 97º no ranking brasileiro

Produtos:

Tabaco não manufaturado: 97%

Máquinas, aparelhos, material elétrico e partes: 1,7%

Embalagens: 0,2%

Cruzeiro do Sul

Agosto de 2025

US$ 23,9 milhões

Uma elevação de 81,9% na comparação com o mesmo mês de 2024

Representa 1,2% das exportações gaúchas

É o 16º no ranking estadual 222º no ranking brasileiro

Produtos:

Gordura de animais (bovino, ovino ou caprino): 73,3%

Gordura de suínos: 19,6%

Farinha, pó e pellets de carnes: 7,1%

Queda de 1,4% na comparação com o mesmo mês de 2024

Representa 0,6% das exportações gaúchas

É o 27º no ranking estadual

387º no ranking brasileiro

Produtos:

Carne suína: 32,4%

Pares de calçados: 29,9%

Doces sem cacau: 29,2%

Guaporé

Agosto de 2025

US$ 1,1 milhão

Uma queda de 45,5% na comparação com o mesmo mês de 2024

Representa 0,06% das exportações gaúchas

É o 92º no ranking estadual 942º no ranking brasileiro

Produtos:

Máquinas e aparelhos industriais para ramo alimentício: 35,9%

Máquinas e aparelhos para indústria de elevadores, teleféricos, escadas rolantes: 26%

Artefatos de joalheria: 7,5%

Imigrante

Agosto de 2025

US$ 1 milhão

Uma alta de 34,5% na comparação com o mesmo mês de 2024

Representa 0,05% das exportações gaúchas

É o 94º no ranking estadual 960º no ranking brasileiro

rações, manteve contratos e conseguiu redirecionar produtos com menor sensibilidade à tarifa.

Outra cidade com muita atuação nos EUA é Imigrante, devido ao setor de artefatos de metal. Em agosto, vendeu mais de US$ 1 milhão, crescimento de 31,4% em relação a julho.

Também com crescimento, Lajeado exportou mais de R$ 11 milhões em agosto, representa alta de 14,6% em comparação a julho deste ano (US$ 9,7 milhões). Filipe Faleiro

em produção de máquinas para a indústria e artefatos de joalheria, teve uma diminuição de 64,3% no resultado entre julho e agosto. Com maior dependência do mercado norte-americano, Cruzeiro do Sul surpreendeu com crescimento de 35,6% entre julho e agosto, saltando de US$ 17,6 milhões para US$ 23,9 milhões. O município tem 82% das exportações destinadas aos EUA. Com setores na produção de farelo de ossos e gordura animal para

FILIPE FALEIRO
Em Imigrante, indústria de produção de artefatos de metal está entre as impactadas pela tarifa Trump

Dois anos depois

Como a tragédia de setembro mudou o Vale

Uma enxurrada jamais vista até então. Um misto de surpresa, terror e sofrimento se abateu na população de cidades banhadas pelo Rio Taquari. O episódio extremo daquele início de setembro de 2023 foi um prólogo do que estaria por vir

Filipe Faleiro filipe@grupoahora.net.br

Andreia Rabaiolli andreia@grupoahora.net.br

Chuva acumulada de 600 milímetros em três dias. Justo na parte alta da bacia do Taquari/Antas. Na manhã daquela segundafeira, 4 de setembro, pouco se imaginava o que estaria por vir. O Rio Taquari desceu com uma força poucas vezes vista. Começou a subir no meio da tarde. Santa Tereza, Muçum, Encantado, Roca Sales, Arroio do Meio, Colinas, Lajeado, Estrela, Cruzeiro do Sul, Venâncio Aires, Bom Retiro do Sul e Taquari foram os mais prejudicados. No traçado do rio, destruição. Mas, de fato, o epicentro ficou na parte alta. Muçum, Encantado e Roca Sales tiveram o maior número de vítimas e de área devastada.

A tragédia de setembro de 2023 mudou o patamar

das inundações. O Vale foi o primeiro a sentir a nova realidade dos impactos das mudanças climáticas no país.

Dois anos e um Vale arrasado pelas águas, a região se reergue. Famílias que perderam tudo ainda aguardam a entrega das casas prometidas, estradas precisaram ser repensadas e toda a estrutura da Defesa Civil segue o mesmo caminho.

Profissionalização, monitoramento e comunicação ininterrupta se tornaram exigências dos setores públicos.

Nos negócios, empresas atingidas reorganizam linhas de produção e buscam meios de conseguir alcançar os números de antes. Estimativa do Conselho de Desenvolvimento (Codevat) aponta para prejuízos acima de R$ 10 bilhões. Todo o país voltou os olhos para o Vale. Pelo acompanhamento do Projeto Vale Vivo, entre aportes do Estado e do Governo Federal, foram anunciados mais de R$ 1,2 bilhão de amparo aos 12 municípios atingidos.

Enchente de setembro de 2023 superou 29,90 metros entre Lajeado e Estrela. Especialistas consideram que há discrepância nos números e estabelecem a inundação como a segunda maior da história

A resposta

A rápida elevação do Rio Taquari fez com que os primeiros municípios da parte alta precisassem formar gabinetes de crise. Em Encantado, eram 15h do dia 4 de setembro quando o plano de contingência foi acionado.

Foram retiradas lonas, montados pontos de apoio e iniciada a assistência nos bairros Porto XV, Navegantes e Lago Azul. Às 18h, caminhões retiravam moradores ribeirinhos. Municípios vizinhos fora da área de inundação enviaram reforços. Ainda assim, ninguém

imaginava a proporção daquele episódio. Escolas haviam sido preparadas como abrigos, mas também ficaram embaixo d’água. Redes de internet e telefonia saíram do ar. Sem comunicação, os sistemas de monitoramento também entraram em colapso. No dia seguinte, a cidade estava irreconhecível.

Cenários ainda mais devastadores em Roca Sales e Muçum. Pessoas

Inauguração da ponte Brochado da Rocha ocorreu em março deste ano. A obra teve um investimento de R$ 9,6 milhões da Defesa Civil Nacional
Roca Sales, Muçum e Encantado foram os municípios mais atingidos pela enxurrada de dois anos atrás

desaparecidas, famílias em cima das casas, teve até um homem que passou 12 horas agarrado a um poste até ser resgatado.

O Exército chegou ao Vale no dia 7 e Encantado virou o centro do Gabinete de Crise. A prefeitura se transformou em quartelgeneral. O auditório Brasil, palco de eventos locais, passou a sediar o Comitê de Crise. O saguão virou sala de imprensa improvisada. O gabinete do prefeito deu lugar para a sala do governo do Estado. O vice-governador, Gabriel Souza, foi nomeado o responsável pela coordenação do socorro. No dia 10 de setembro, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o governador Eduardo Leite visitaram Roca Sales e anunciaram o plano de amparo.

Moradias

Conforme relatório da Universidade Federal do RS (Ufrgs), feito pela equipe técnica do Grupo de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos (Gespla), pelo menos dez mil residências foram atingidas pela água, das quais duas mil com coluna de água acima dos três metros.

Relatório da CICVT contabiliza que quase 4 mil empresas da região foram atingidas pela água

Conforme o estudo, as construções atingidas representam 11,7% do número total em cinco municípios (Roca Sales, Muçum, Encantado, Arroio do Meio, Lajeado e Estrela). A água superou em seis metros 13% das edificações.

Pelos relatórios municipais, análise da UFRGS e dados dos governos do Estado e da União, o total de residências sem condições de moradia foi de 2.499.

MATEUS TROJAN PREFEITO DE MUÇUM

A comunidade de Muçum merece voltar a ter uma vida normal e feliz. Estamos trabalhando para isso e com a ajuda de todos, estamos superando as tragédias.”

Mortes

Dentro dos programas públicos de habitação, foram confirmadas a construção de 2.226 unidades habitacionais, entre casas definitivas e provisórias, com diferentes estágios de aprovação, licitação e construção.

Minha Casa Minha Vida – Faixa 1: 300 unidades confirmadas (recursos garantidos, com obras em andamento em Lajeado, Estrela e Encantado)

Minha Casa Minha Vida – Calamidade: 1.191 unidades confirmadas

Defesa Civil (estimativa): 285 unidades

Fundo do Desenvolvimento Social (FDS): 360 unidades

Fundo de Reconstituição de Bens Lesados (MP): 42 unidades

Moradias provisórias (Estado + Sinduscon): 48 unidades

Total: 2.226 unidades

A inundação de maio do ano passado foi a maior da história do país. No entanto, setembro de 2023 teve mais mortes e desaparecimentos. Na análise de socorristas, a experiência prévia fez com que as cidades e a própria população estivessem mais preparadas. Na madrugada de 4 de setembro, o Rio Taquari chegou a 29,92 metros em Estrela, quase 11 metros acima da cota de inundação. No Vale do Taquari, 54 pessoas morreram. Mais de 52 mil habitantes foram diretamente afetados e mais de 3 mil ficaram desalojados.

ÚLTIMO FIM DE SEMANA

Expointer mira maior público da história

Mais de 662 mil pessoas visitaram o evento até quintafeira, superando total da edição 2024

Aprincipal vitrine do agronegócio gaúcho, a 48ª Expointer pode quebrar mais um recorde nesta edição. Após atingir números históricos em animais, agroindústrias e no público do primeiro fim de semana, se encaminha para superar o maior volume de visitação de todos os tempos, obtido em 2023, quando 882,3 mil pessoas circularam pelo Parque Estadual de Exposições Assis Brasil, em Esteio.

Até esta quinta-feira – últimos dados atualizados – foram mais de 662,1 mil visitantes, superando a marca total obtida no ano passado. A média diária de público dos primeiros seis dias de feira supera 110 mil pessoas e com a chegada do fim de semana a circulação tende a aumentar no parque, especialmente com previsão de tempo seco.

Outro número a ser superado é o de comercialização no Pavilhão da Agricultura Familiar. As vendas nos seis primeiros dias de feira (até quinta) ultrapassaram R$ 7,6 milhões – recorde para o período, sendo 18% acima do que na mesma data de 2024.

Pela sétima vez na Expointer, a Agroindústria Klahr Sul, de Lajeado, oferta diversos produtos derivados da cana-de-açúcar, como melado batido, schmier colonial, açúcar mascavo, rapadura e puxa-puxa. “Acreditamos que esta edição será uma das melhores. Percebemos que o povo está gastando mais neste ano, então temos que aproveitar a oportunidade”, avalia Cláudio Klahr. Há 16 anos no mercado, a agroindústria de Fábio Baggio, de Dois Lajeados, conseguiu impulsionar as vendas nesta edi-

Pavilhão da Agricultura

Familiar atrai recorde de 456 empreendimentos, se destaca pela visitação e supera marcas ao vender R$ 7,6 milhões em seis dias

ção com o lançamento de sucos gaseificados. São sete sabores diferente, sem água e sem açúcar. O adocicado fica por conta da adição de maça ao produto. “As vendas estão muito boas, tem bastante movimento na feira. Muitas pessoas estão vindo também por causa da novidade. Quem prova

acaba levando.”

Everson Dias, da Colonie Haus, de Teutônia, corrobora com as informações dos colegas do pavilhão. A agroindústria está participando pela décima vez da Expointer e atinge números expressivos em vendas. “Precisamos voltar ao Vale do Taquari todos os dias para repor os estoques. E lá a produção segue a mil.” O destaque fica por conta da linguiça alemã para micro-ondas, além do típico salame.

Duas agroindústrias do Vale são premiadas

O pavilhão da Agricultura Familiar, que reúne 456 empreendimentos, conheceu na noite de quinta-feira os vencedores do 13º Concurso de Produtos da Agroindústria Familiar. Ao todo, 232 produtos concorreram em 16 categorias. A Acedi Alimentos,

de Santa Clara do Sul, recebeu reconhecimento pelo melado líquido e a Cachaçaria Wille, de Poço das Antas, teve duas bebidas premiadas.

O concurso contou com uma banca técnica formada por universidades, federações, empresas públicas e associações de produtores, que avaliaram os produtos seguindo critérios como aparência, aroma, sabor, textura e uniformidade. Os três primeiros colocados de cada categoria receberam placas e certificados de participação.

Criada em 2016, a Acedi Alimentos participa pela nona vez da Expointer e comemora seu primeiro prêmio no concurso. A agroindústria ficou em terceiro lugar na categoria “melado líquido”. Em edições anteriores, chegou a ficar em 4ª – posição que gera apenas o reconhecimento, mas sem certificação e placa. “Esse prêmio enaltece o esforço da nossa família para entregar produtos com qualidade cada vez maior, enaltece Luís Gustavo Mallmann.

A Cachaçaria Wille, também fundada em 2016, une tradição e modernidade para produzir cachaças artesanais. A agroindústria ficou na terceira posição na categoria “cachaça prata” e na segunda colocação na “cachaça envelhecida – amburana”. Este é o terceiro ano de premiação da agroindústria. Em 2019 foi contemplada na linha Premium e, em 2022, na linha Blend. “Esse reconhecimento traz confiança na continuidade, além de trazer segurança para o consumidor, principalmente aos que ainda não conhecem a marca”, aponta Tiago Flach, sócio ao lado de Vilson Schneider.

MAIRA SCHNEIDER
Fábio Baggio, de Dois Lajeados, apostou em sucos gasei cados para impulsionar vendas
Acedi Alimentos, de Santa Clara do Sul
FOTOS ESTEVÃO HEISLER

RESPOSTA PARA SEGURANÇA

Comando dos Bombeiros reforça efetivo e nomeia capitão para Lajeado

Decisão prioriza a pronta resposta à comunidade.

Além do oficial, mais três soldados serão enviados para melhorar atendimentos e emissão de PPCIs

ta efetividade, até porque o oficial tem competência, as habilidades e toda a sinergia para fazer um ótimo trabalho junto à segurança pública do Vale do Taquari”, ressalta o comandante-geral.

O quartel de Lajeado tem 24 bombeiros e cinco se revezam no atendimento de ocorrências e nas vistorias de PPCIs e está subordinado ao batalhão de Santa Cruz do Sul. “O ideal seria termos, no mínimo, mais dois por guarnição. Assim conseguiríamos manter as viaturas disponíveis e resposta mais rápida à comunidade”, frisa Fortes. Na região, são cinco quartéis, com um efetivo total de 100 servidores.

Os servidores chegam nos próximos dias.

Sabemos que o Vale do Taquari precisa de atenção e essa medida é uma forma de reduzir o déficit de bombeiros.”

LAJEADO

OEstado nomeia um novo oficial e mais três servidores para atuar no Vale do Taquari. A confirmação parte do comandante-geral dos Bombeiros do RS, coronel Julimar Fortes.

De acordo com ele, se trata de uma medida estratégica para a companhia de Lajeado. “Os servidores chegam nos próximos dias. Sabemos que o Vale do Taquari precisa de atenção e essa medida é uma forma de reduzir o déficit de bombeiros.”

O novo capitão que irá comandar a região. O oficial escolhido se chama Fábio Cristiano Lopes e atua no primeiro batalhão do Corpo de Bombeiro Militar, em Porto Alegre. “Ele se soma ao efetivo da região e volta à comunidade de origem. E, com isso, a tendência é que tenhamos um trabalho de mui-

Batalhão em outro momento

De acordo com o comandante, a criação de um batalhão não está descartada, mas a prioridade neste momento é o reforço de efetivo.

“Nós precisamos agir naquilo que é a maior necessidade. Agora, precisamos garantir pessoal para respostas imediatas no sentido de entregar um serviço cada vez mais qualificado”, justifica.

Planos de prevenção

A emissão dos Planos de Prevenção Contra Incêndios (PPCIs) tem sido uma das principais reclamações de líderes regionais. Em Lajeado, até março, o tempo

de espera passava dos 60 dias. “Reduzimos pela metade a primeira análise. Ainda não é o ideal”, reconhece o coronel Fortes.

Os quatro novos servidores para região reforçarão também os processos de análise. A meta é alcançar a média estadual, que varia entre 10 e 15 dias. “Assumi o comando em março deste ano e os prazos estavam descompasso com a realidade do Estado. Fizemos um diagnóstico dos principais problemas e ações de mitigação vêm sendo adotadas”, afirma. Segundo ele, a redução atual é resultado de reorganização interna, gestão de processos e uso do sistema online. A análise técnica dos PPCIs precisa ser centralizada, acredita. Isso permite mais agilidade, diz Fortes. Já as vistorias seguem sendo feitas de forma presencial, o que depende de efetivo. “O que precisamos é de gestão e comando eficaz.”

Filipe Faleiro filipe@grupoahora.net.br
Quatro bombeiros reforçam atendimento. O cial escolhido pelo comando estadual é o capitão Fábio Lopes
JULIMAR FORTES COMANDANTE

Segunda rodada de encontros em sete municípios ocorre a partir de 10 de setembro, com discussão de mobilidade, habitação e estratégias de recuperação após as cheias. Projeto final deve receber aval do Legislativo de cada cidade até fim do ano

Karine Pinheiro karine@grupoahora.net.br

Passada a primeira etapa de diagnósticos para elaboração dos planos diretores, sete municípios da região do Vale do Taquari passam por mais um período de audiências públicas. O objetivo é garantir a participação da comunidade no processo de desenvolvimento das propostas.

Os mapeamentos são feitos em cidades atingidas pelas cheias com o propósito de identificar áreas de risco e projetar o crescimento em locais seguros. O contrato estabelecido entre a Univates e a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedur) abrange Encantado, Arroio do Meio, Muçum, Colinas, Roca Sales, Estrela e Cruzeiro do Sul, com investimento de R$ 3,1 milhões.

Aos municípios, até o momento, foram entregues o zoneamento de áreas de risco e as diretrizes preliminares de ocupação prioritária. Os próximos passos envolvem a elaboração de propostas urbanísticas mais detalhadas

DESENVOLVIMENTO

Diagnóstico completo dos planos diretores passam por audiência pública

e planos setoriais, com estratégias de implementação para tornar as cidades mais seguras, resilientes e sustentáveis.

A coordenadora institucional da Equipe dos Planos Diretores, Jamile Weizenmann, diz que a proposta emergencial foi construída para auxiliar os municípios em tomadas de decisões, principalmente com informações sobre a mancha de inundação e deslizamentos.

Já no diagnóstico completo, o estudo deve apresentar a realidade econômica e social das cidades, definição de perímetros urbano e rural, índices construtivos e diretrizes para novas ocupações. Também projeta cenários de desenvolvimento para períodos

entre 20 e 50 anos. Questões como saneamento básico, mobilidade, habitação e infraestrutura integram as discussões. A expectativa é que os projetos possam ser votados nos Legislativos de cada cidade até o fim do ano.

Audiências

O período de audiências públicas inicia na próxima quarta-feira, 10. Até o momento, os encontros estão confirmados em Colinas, Muçum e Encantado. A reunião junto à comunidade serve para esclarecer as propostas para as áreas urbanas e rurais, bem como apresentar os índices de construção, com estabelecimento de áreas residenciais ou de serviços.

Univates dá andamento no estudo de sete municípios junto à Sedur

A coordenadora destaca a relevância da participação da população para o compartilhamento de ideias e percepções. “As pessoas expõem um olhar muito particular sobre a forma de habitar, trabalhar e transitar nas cidades.

Cada opinião é importante para que as equipes possam trabalhar.

O planejamento participativo traz legitimidade social para a construção”, afirma.

Demandas levantadas

Na primeira rodada de audiên-

cias, os principais questionamentos trataram de áreas de risco, habitação, novos loteamentos e mobilidade regional, com inclusão de rotas de fuga em caso de desastres. Também houve debate sobre saneamento básico e o futuro e a recuperação das cidades após os desastres climáticos. Os maiores desafios, segundo Jamile, estão relacionados à região alta do Vale. Áreas com suscetibilidade a inundações e deslizamentos, além da necessidade de articular planos de mobilidade e contingência entre os municípios foram situações mencionadas. Mobilidade que possibilite fluxo adequado entre as cidades também foi discutida.

Tendências de mudança

As propostas em elaboração preveem novas regras de uso e ocupação do solo, maior atenção às zonas de risco e ampliação da permeabilidade. “Tem se trabalhado tecnicamente é uma busca por ampliação da permeabilidade do solo, tanto em área urbana quanto no meio rural”, comenta Jamile. Também estão em pauta estratégias para novos centros de comércio e serviços. Além dos planos diretores, a equipe técnica prepara planos setoriais, como de mobilidade urbana, habitação e de edificações. O secretário da Sedur, Marcelo Caumo, também aponta a necessidade de observar e utilizar o plano diretor como ferramenta de crescimento sustentável. “Esses planos são instrumentos fundamentais de gestão, pois orientam o crescimento urbano, definem prioridades de investimento e asseguram que as cidades se desenvolvam de forma organizada e integrada”, ressalta Caumo. Planos de bacia hidrográfica também são observados para compor propostas.

VALE DO TAQUARI
DIVULGAÇÃO

Concurso Educame recebe mais de 4 mil inscrições

Trabalhos em quatro categorias mobilizam 5,5 mil estudantes e professores dos ensinos Fundamental e Médio da região

Criar desenhos, cartazes, maquetes e fotografias com o tema “água”. Este foi o desafio lançado pelo programa Educação Ambiental na Escola (Educame) aos estudantes dos ensinos Fundamental e Médio. A importância do assunto refletiu nos números: o 3º concurso Educame, do Grupo A Hora, recebeu 4.060 inscrições e contabilizou o envolvimento de mais de 5,4 mil alunos e professores. O certame registrou a participação de 69 instituições de ensino públicas e privadas localizadas em 19 municípios da região. Para o gestor de Projetos Especiais do Grupo A Hora, Rafael Simonis, a ampla participação de alunos e escolas no concurso comprova o sucesso e a relevância do Educame

Temos que estimular os alunos a serem protagonistas e agentes de transformação, seja cuidando do meio ambiente ou propondo soluções, como possibilita o concurso, que é um trabalho robusto e bem planejado.”

WESCHENFELDER

na região. “Ficamos muito felizes com a mobilização de crianças, professores e de toda a comunidade escolar, que compreenderam a importância de, juntos, construirmos uma nova cultura em relação ao ambiente natural do Vale do Taquari”, destaca. Simonis ressalta que o Educame se tornou uma referência em

Ficamos muito felizes com a mobilização de crianças, professores e de toda a comunidade escolar, que compreenderam a importância de, juntos, construirmos uma nova cultura em relação ao ambiente natural do Vale do Taquari.”

Não basta trabalharmos com os setores público e privado para resolver as questões ambientais. Precisamos preparar as nossas crianças. Por esta razão nós, aqui na Reinigend, ficamos satisfeitos com o alcance que Educame está tendo.”

educação ambiental no Rio Grande do Sul pelo grande número de ações e entregas realizadas, incluindo livros, cartilhas, cadernos, caravanas, peça teatral, oficina de jornalismo ambiental, podcasts e análises de água. “O trabalho educativo e pedagógico é fundamental. E nenhum outro lugar é tão legítimo e promissor do

que as escolas”, salienta. A coordenadora Regional de Educação, Greicy Weschenfelder, acredita que concursos, como o Educame, são uma oportunidade para as escolas mostrarem o trabalho que desenvolvem nas mais diversas áreas do conhecimento. “É um trabalho robusto, bem planejado, fruto do esforço de várias mãos, especialmente dos professores, equipes diretivas.” Ela acrescente

Concurso

Inscrições: 4.060

Por categoria

Desenho: 2.772

Cartaz: 913

Maquete: 114

Fotografia: 261

Participantes:

5.435 estudantes

69 escolas

19 municípios

Premiação total: R$ 25 mil

que vê muito esmero nos trabalhos apresentados pelos estudantes, o que já vale a participação. A coordenadora ainda acrescenta que eventos climáticos cada vez mais severos e frequentes exigem uma população preparada e resiliente.

Gicele Mylius, CEO da Reinigend Tecnologia em Higienização, empresa parceira do Educame, afirma: “Eu acredito muito na capacidade que temos de plantar gostos, culturas, hábitos, nas crianças de forma lúdica. O que nós, adultos, sempre lembramos com carinho são as experiências recorrentes da nossa infância.”

Seleção

O concurso foi lançado em abril e recebeu inscrições até 15 de agosto. O desafio para os anos iniciais era produzir um desenho com o tema “Meu planeta, meu lar”. Em duplas, os alunos do 5º ao 7º ano confeccionaram cartazes sobre “Água, essência da vida e do futuro”. Os adolescentes do 8º e 9º anos criaram maquetes com a temática “Os caminhos das águas”. E fotografia foi a proposta às turmas de Ensino Médio. Os trabalhos individuais deveriam se enquadrar no tema “Água: uso consciente para um mundo sustentável.

A seleção dos trabalhos não foi tarefa fácil, devido à qualidade dos trabalhos, à criatividade dos concorrentes e o capricho nas produções. Originalidade, contextualização, criatividade e consonância com o tema estão entre os critérios levados em consideração nas avaliações, conforme o regulamento. Os vencedores do concurso serão revelados e premiados durante o Seminário Educame, no dia 14 de outubro, no auditório 7 da Univates.

LAJEADO
GICELE MYLIUS
REINIGEND TECNOLOGIA EM HIGIENIZAÇÃO
Luciane Eschberger Ferreira lucianeferreira@grupoahora.net.br
Milhares de cartazes e desenhos participam do certame que estimula o cuidado com o meio ambiente
FELIPE NEITZKE

APRENDIZADOS

Ceat promove 1ª edição do Inova-CE e

incentiva o empreendedorismo entre jovens

Com iniciativa criada “por alunos e para alunos”, evento reuniu 80 estudantes para desenvolver ideias inovadoras

ENCANTADO

OColégio Evangélico

Alberto Torres (Ceat) – Unidade da Região Alta promoveu nessa sexta-feira, 5, a primeira edição do Inova-CE, evento especial de empreendedorismo regional voltado para alunos da 9ª série ao Ensino Médio. Com programação das 13h às 21h45min, no Sicredi Região dos Vales, em Encantado, a atividade reuniu cerca de 80 estudantes do Vale do Taquari para apresentar projetos criativos e buscar soluções para a realidade escolar e comunitária.

A abertura do evento contou

com a palestra “Atitude e Mente de Campeão”, ministrada por Ronan Mairesse. Os grupos participaram de atividades como Pitch, Empreendedorismo Digital, Profissões do Futuro e Comunicação e Liderança. No encerramento, cada equipe apresentou seu projeto para uma banca colaborativa, simulando a experiência de uma competição de startups.

Além de oficinas e palestras, a equipe vencedora receberá ingressos para o Startup Weekend Lajeado, que acontece nos dias 26, 27 e 28 de setembro, no Ceat Lajeado, oferecendo mais oportunidades de aprendizado e imersão no universo do empreendedorismo.

Para o diretor do Ceat Região Alta, Germano Hickmann, a essência do Inova-CE está na par-

ticipação ativa dos jovens. “Ele é criado por alunos e para alunos, e esse é um grande mote do nosso evento. A ideia é fomentar entre os estudantes esse olhar e entendimento do quanto o empreendedorismo é significativo e pode transformar a vida por meio de boas iniciativas”, destacou.

Parceria com o Sebrae e oficinas práticas

A iniciativa é realizada em parceria com o Sebrae RS, que colaborou na construção das atividades. De acordo com Bruna Costa da Silva, gestora do projeto de Educação Empreendedora, o formato do evento foi pensado para proporcionar uma experiência prática e dinâmica.

“A proposta surgiu do Ceat e, juntos, estruturamos uma programação que iniciou com uma palestra para sensibilizar os alunos sobre liderança, comunicação e colaboração. Depois, eles são divididos em grupos para desenvolver projetos de impacto para a escola ou comunidade, com apoio de oficinas temáticas.

Ao final, apresentam suas ideias para uma banca avaliadora, que também contribui com sugestões”, explicou.

Abertura do evento foi com a palestra “Atitude e Mente de Campeão”, ministrada por Ronan Mairesse

Ele é criado por alunos e para alunos, e esse é um grande mote do nosso evento. A ideia é fomentar entre os estudantes esse olhar e entendimento do quanto o empreendedorismo é signi cativo”

Bruna reforça que a construção conjunta é essencial para o sucesso das ações. “Quando as iniciativas são feitas para os estudantes, mas sem os ouvir, o resultado não é o mesmo. Trabalhar a partir da escuta e das necessidades deles aumenta muito a adesão e a relevância do projeto”, completou.

Matheus Giovanella Laste mateuslaste@grupoahora.net.br
GERMANO HICKMANN
DIRETOR DO CEAT REGIÃO ALTA
MATHEUS GIOVANELLA LASTE

Evento pioneiro no Vale evidencia duelo de trovas

CTG Raça Gaudéria recebe neste domingo, 7, o primeiro Festival Estrela do Verso. Programação abre celebrações do Mês Farroupilha no município. Competição prevê premiação para dois estilos: Campeira e Gildo de Freitas

Karine Pinheiro karine@grupoahora.net.br

ESTRELA

Achegada do Mês Farroupilha traz novidade à programação regional. O primeiro Festival Estrela do Verso ocorre neste domingo, 7, no CTG Raça Gaudéria. O encontro é considerado pioneiro no Vale do Taquari por reunir trovadores de todas as regiões do estado. A programação conta com mais de 30 competidores e evidencia cultura e raízes gaúchas. O evento proporciona roda de chimarrão, almoço campeiro e intervenções culturais, como a declamação. A organização do Festival espera cerca de 350

pessoas. No entanto, segundo o idealizador Evandro Pereira, a expectativa está no improviso e nos versos criados na hora da competição.

Na opinião do organizador, o Festival representa um avanço da celebração da cultura gaúcha em Estrela. “A trova é a expressão cultural mais autêntica do RS. Esse primeiro evento mostra que estamos no caminho certo para colocar o município entre as cidades que promovem grandes festivais, além de impulsionar as tradições”, projeta Pereira.

O Festival Estrela do Verso

apresenta duas modalidades de trova: Estilo Campeiro e Estilo Gildo de Freitas. Segundo Pereira, as categorias se diferenciam pelo toque da gaita e métrica do verso. Ele explica que o duelo é feito com tema sorteado na hora da competição. “Ninguém fica sabendo do assunto com antecedência, é improviso puro”, afirma.

A performance dos trovadores é avaliada pelas rimas, postura, entonação da voz, fidelidade ao tema e criatividade. O evento conta com a presença de tradicionalistas de renome estadual e regional, como Turco Chaves, João Barros e Maragato Missioneiro. A pro-

O Festival de Verso inicia agora, mas já é um evento muito grande”

O QUE É A TROVA GAÚCHA?

Uma forma de poesia improvisada da cultura do RS que se manifesta principalmente em duelos cantados ou recitados. A trova é considerada um patrimônio imaterial da cultura gaúcha, porque preserva a oralidade, a musicalidade e a identidade regional. O trovador precisa criar versos de imediato, respondendo ao tema ou ao

gramação ocorre das 9h às 18h. Além disso, os vencedores serão premiados com R$ 6 mil.

Tradição familiar

A ideia de produzir o Festival surgiu da motivação em dar continuidade às tradições da família, conta Pereira. Ele relata que o gosto da trova, durante reuniões familiares, foi herdado do pai, falecido em 2009. O objetivo é perpetuar costumes e transformar Estrela, cidade em que vive há cerca de 30 anos, em referência cultural.

Fogo de Chão dá voz ao trovador

O programa Fogo de Chão, no comando do tradicionalista Claiton Miranda, estará presente no

desafio proposto. Modalidades presentes no Festival:

TROVA CAMPEIRA: versos curtos e diretos, se aproxima do cotidiano do campo

TROVA GILDO DE FREITAS: estrutura mais longa e elaborada, com versos encadeados

PROGRAMAÇÃO DO EVENTO:

8h30min: Recepção de trovadores e avaliadores

9h: Início da Trova Estilo Campeiro

11h: Declamação

12h: Almoço

13h: Início da Trova Estilo Gildo de Freitas

15h: Declamação

15h30min: Etapa final da competição

18h: Encerramento

Festival. Na programação da Rádio A Hora, ele apresenta todos os detalhes das disputas e também o avanço de cada etapa. Miranda ressalta a importância de destacar as ações do evento pioneiro no município e dar visibilidade a esse aspecto da cultura gaúcha.

Raça Gaudéria, CTG de Estrela, é palco do festival de trovas
KARINE PINHEIRO
CLAITON MIRANDA

HABITAÇÃO

Empreiteira de Alagoas recebe licença para construir 500 casas

Unidades serão destinadas a famílias atingidas pela enchente de 2024. Obra inclui centro comunitário e áreas de lazer

CRUZEIRO DO SUL

APrefeitura de Cruzeiro do Sul entregou nesta sexta-feira, 5, a licença de instalação para a construção de 500 unidades habitacionais no município. A obra será executada pela Telesil Engenharia, empreiteira de Alagoas, com financiamento do programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal.

Licença foi apresentada pelo prefeito Cesar Leandro Marmitt em reunião na Casa do Morro

As moradias serão erguidas na área Flávio Kolling, próxima ao depósito da Dullius. Além das

residências, o projeto prevê a construção de um centro comunitário, área de lazer e quadra

esportiva, conforme exigências da Caixa Econômica Federal e do Ministério das Cidades. “Serão casas sobrepostas que terão toda a infraestrutura de pavimentação, parte elétrica, esgotamento e áreas externas”, explica o coordenador de projetos da Telesil, Pedro Henrique Jucá.

O loteamento também reservará espaço institucional para a futura instalação de equipamentos públicos, como escola e unidade básica de saúde.

A entrega da licença foi realizada pelo prefeito Cesar Leandro Marmitt, que destacou a importância da iniciativa para atender famílias afetadas pela enchente de 2024. O prazo de execução da obra é de 18 meses, e a construtora ainda aguarda o registro em cartório do loteamento para a liberação da ordem de início. As casas, quando concluídas, serão destinadas integralmente às famílias atingidas pela enchente de maio do ano passado.

COMPRA ASSISTIDA

437 famílias convocadas 265 famílias contempladas

ALIANÇA EVANGÉLICA 10 casas definitivas

CRUZ VERMELHA 6 casas definitivas

PROJETO AGROVIDA

30 casas definitivas na área rural

PROJETOS EM ANDAMENTO Minha Casa Minha Vida 500 casas - Licença autorizada Obra de responsabilidade da Telesil Engenharia

Novo Passo de Estrela 325 lotes residenciais 35 lotes comerciais

OBRA ENCAMINHADA PELO GOVERNO DO ESTADO Loteamento Nova Esperança 50 casas - aguarda definição de empresa

RECURSOS DO MINISTÉRIO DAS CIDADES

Loteamento São Gabriel 97 casas - Obra autorizada Responsabilidade da Matt Construtora

RECURSOS DO GOVERNO DO ESTADO Loteamento Vila Rosa 26 casas - projeto aguarda alteração - Prefeitura solicitou o redirecionamento de recursos

Gabriel Santos gabriel@grupoahora.net.br
GABRIEL SANTOS

INICIATIVA INÉDITA

Projeto vai transformar histórias reais dos presídios de Lajeado em música

“Endireitando nos Presídios” já finalizou a captação dos relatos que serão analisados para dar vida a 15 composições musicais

LAJEADO

Um projeto inédito no Vale do Taquari capta relatos de vida de detentos do regime fechado dos presídios de Lajeado para usar como base na composição de canções.

“Endireitando nos Presídios”, idealizado pelo músico, compositor e bacharel em Direito, Conrado Vier Schwambach, busca conectar as histórias pessoais dos presos aos artigos da lei que os condenaram, convertendo depoimentos em música e reflexão.

No sábado, 23 de agosto, foi encerrada a primeira fase de execução, com a captação das histórias de 15 detentas do Presídio Estadual Feminino Miguel Alcides Feldens e outros 15 do Presídio Estadual Masculino. Segundo o idealizador do projeto, a proposta vai além da produção musical: “Cada letra será construída a partir de uma história real, conectando vida, lei e música. É uma chance de diálogo e de mostrar que todos têm algo a expressar”, comenta Conrado.

A iniciativa prevê a criação e gravação de 15 músicas inéditas que serão disponibilizadas em plataformas de streaming como Spotify, Deezer, Apple Music e YouTube. Além disso, os presídios receberão apresentações exclusivas com as canções criadas

em um formato interativo que inclui “batalhas de rap” entre os próprios apenados.

Para viabilizar a participação ativa dos internos, serão realizadas oficinas de técnica vocal após a coleta dos depoimentos, abertas prioritariamente aos que compartilharam suas histórias. Nessas oficinas, os participantes terão apoio para ensaiar suas rimas e canções, fortalecendo a dimensão educativa e criativa do projeto.

Registro completo

As apresentações contarão com registro audiovisual completo. Coordenador das captações, o músico e produtor Gustavo Ghisleni comenta as ações do projeto: “A parte audiovisual que estamos registrando nesta fase servirá tanto como documentação cultural, quanto ferramenta de divulgação. Parte das gravações será incorporada às versões finais das músicas, reforçando o caráter colaborativo e autêntico da produção”, explica. Endireitando nos Presídios é uma realização do Ministério da Cultura - Governo Federal - União e Reconstrução, com financiamento da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura e do Pró-Cultura - Secretaria da Cultura, Governo do Estado do Rio Grande do Sul.

Iniciativa conecta histórias pessoais dos presos aos artigos da lei que os condenaram
DIVULGAÇÃO

APÓS QUASE 30 ANOS

Família Träsel organiza

15º encontro neste domingo

Evento ocorre no Centro Comunitário

Rui Barbosa, em Arroio do Meio, e reúne familiares neste fim de semana

Raica Franz Weiss raica@grupoahora.inf.br

Acomunidade de Rui Barbosa recebe neste domingo, 7, o 15º Encontro da Família Träsel (ou Traesel). A programação inicia pela manhã, no Centro Comunitário da localidade, e segue até o fim do dia, com atrações artísticas, animação musical e definição da próxima cidade anfitriã.

Conforme Sidmar Träsel, um dos organizadores do evento, são esperadas em torno de 550 pessoas. “Vem familiares de 49

cidades do Brasil, dos estados do Amapá, Pará, Mato Grosso, Paraná, São Paulo e Santa Catarina, e até da Argentina”, comenta. O evento retorna a Arroio do Meio depois de quase 30 anos, quando, em 1997, foi realizado o

primeiro encontro da família, com a presença de mais de mil descendentes brasileiros, argentinos e paraguaios. Depois de passar por várias cidades, a reunião estava em hiato há seis anos, por conta da pandemia.

Josef Träsel (c) com esposa Ângela Catarina Servazy (e), lho Nicolau (d) e nora Ângela Susana Strieder (c) e os quatro lhos desse casal

Para Sidmar, o encontro é uma oportunidade para conhecer novas pessoas e estreitar laços familiares. “Desde o começo, saliento que a família precisa se manter. Tivemos obstáculos nesses últimos anos, que nos impediram de realizar o en-

PROGRAMAÇÃO DO DIA

8h – Café da manhã e credenciamento

9h45 – Missa (na igreja ao lado do salão)

12h – Almoço

13h – Apresentação do Grupo Instrumental Princesa Isabel e Banda Novo Mundo

contro, mas essa edição vai reunir muita gente nova também, que está vindo pela primeira vez”, destaca. Interessados em participar podem reservar os ingressos com antecedência com Silvano Träsel (51 9860-0664) e Sidmar Träsel (51 99825-0234) ou podem comprar o cartão do almoço na hora do evento. O custo é de R$ 60 para adultos e R$ 30 para crianças de 5 a 10 anos.

Descendência alemã

A família celebra os antepassados Peter Josef Träsel e Ângela Catarina Servazy, que vieram ao Brasil em 1872 de Senheim, no vale do Rio Mosel, na Alemanha. O casal, com seus 4 filhos (Josef, Nicolau, Catarina e Margarida Träsel), fixou residência em Rui Barbosa, na época, conhecida como Picada Arroio do Meio. Seus descendentes, mais tarde, se espalharam para várias localidades.

ARROIO DO MEIO
Peter
DIVULGAÇÃO

Uma noite de jazz

Lente Social

O Auditório Hugo Schmidt, localizado nas dependências da nova Central de Vendas da Construtora Diamond, recebeu na sexta-feira, dia 29, vários apreciadores de jazz de alto nível. Intitulada de “New Orleans Night”, a noite foi marcada pelo talento inconfundível de Tom Worrell, indicado ao Grammy 2025, e Luciano Leães Trio, que encantaram a plateia com suas performances marcantes. Nas fotos, registros de algumas presenças.

Lisi Costa Leila Franz
Adriana Enger, Mariana Schmidt, Gabriela Gonçalves, Cátia Schmidt e Elisa Schmidt
Elvídio Eckert entre os netos Caetano Eckert Rüdiger e Evandro Eckert Cremer (d)
Gustavo, Sidnei e Daniel Schmidt
Élio Meneghini e Giovana Rode

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Uma cascata de águas claras no interior de Venâncio Aires

No curso do Arroio Castelhano, uma queda de água de 35 metros começa a ganhar fama. O destino natural fica na Linha Marmeleiro, no distrito de Vila Deodoro, próximo da divisa de Venâncio Aires e Boqueirão do Leão.

O nome é pertinente: Cascata Águas Claras. Reforça a principal característica do ponto turístico com poço cristalino. O batismo ocorreu após um concurso interno que envolveu alunos da Escola João Cândido de Moura.

Com formato de gruta, é possível caminhar por trás da cortina de água – outra característica que deixa o destino singular. O acesso é feito pela propriedade da família Guaragni. Há relato de pessoas que acessaram a cascata com a ajuda dos moradores locais. Quando fomos, quem nos guiou foram os cachorros da família.

A trilha tem cerca de um quilômetro. Embora seja curta,

Águas Claras ganha esse nome graças ao poço cristalino. Banho é permitido, mas com cuidado e sob responsabilidade do visitante

se torna difícil devido aos pontos íngremes e pedras escorregadias.

Sugestão é que o trilheiro já tenha

certa experiência e preparo físico adequado.

Não há custo para visitar o

Volta dos pedalinhos no Parque dos Dick

O Tour 120, ação realizada pelo Sicredi Integração RS/MG, provou um sentimento de nostalgia na sociedade lajeadense. Tudo graças aos pedalinhos que voltaram a circular pelo lago do Parque dos Dick. O 365 vezes no vale pediu aos seguidores do Instagram o que acham da retomada definitiva dos passeios de pedalinho. Mais de 90% se manifestaram favoravelmente.

Cascata tem formato de gruta, assim o visitante pode passar por trás da cortina de água

local, até o momento. Única obrigação é jamais deixar o lixo na natureza.

Destino da 2ª Guerra Mundial

Poucos sabem que o Vale do Taquari tem um santuário que faz menção a 2ª Guerra Mundial –conflito que terminou há 80 anos atrás. Se trata da Gruta Nossa Senhora das Vitórias, no interior de Muçum. O destino religioso foi construído para pedir a paz mundial e honrar os pracinhas brasileiros que retornaram vivos do conflito. Além da imagem de santos encrustados na rocha, conta com várias pequenas quedas e uma estrutura de camping –espaço infelizmente danificado após as enchentes históricas de 2023 e 2024.

Veja vídeo da Gruta Nossa Senhora das Vitórias no Instagram
FÁBIO ALEX KUHN
MAIRA SCHNEIDER
FOTOS DIVULGAÇÃO

HORÓSCOPO

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Cantora paulistana de "Doce Vampiro"

Aquele que sofre de déficit de atenção

De forma serena

(?) Paz, capital boliviana

A menor flexão verbal

(?) alimentar, condição pósbariátrica

Cidade alcunhada de Manchester Paulista

Distúrbios mentais agudos

Órgão de corretores de imóveis (sigla)

Castro Alves: o Poeta dos Escravos

Significa "pai", em iorubá Jeitoso

Viseira de bonés e quepes

Estrutura de sustentação

Carl Orff: compôs "Carmina Burana"

Item descrito no testamento

Grupo influente em uma sociedade 3(?), recurso de placas de vídeo

Formato de módulos de sofá

Sucesso de Rita Lee (?) Peixoto, cantor

Dotar de membros de voo

País invadido pela Rússia em 2022

Beverley Elliott, atriz

Fundador do Islã

Sacerdote budista Seleção (abrev.)

Hábitat da baleia Atmosfera

Categoria do Oscar de "Conclave" (2025) Hospedaria, em inglês

Rede, em inglês Preservara um cadáver

(?) de Queiroz, escritor de "Os Maias"

Proibição oficial

De forma serena

ÁRIES: Se estiver em busca do amor, uma amizade poderá se tornar mais íntima e envolvente, vai rolar um clima!

A menor flexão verbal (?) Paz, capital boliviana

TOURO: No amor, lidar com as diferenças e gestos generosos fortalecerão a relação. Não crie fantasias negativas, o ciúme só atrapalhará.

(?) alimentar, condição pósbariátrica

Cidade alcunhada de Manchester Paulista

Saudação de uso informal

Olga Danilovic, tenista sérvia

Fruto agridoce Bacias

Tina Turner, cantora Senhor (bras.)

A vogal de som mais agudo Mão, em inglês

BANCO 19 2/la. 3/inn — net. 4/babá — hand. 8/sorocaba.

GÊMEOS: Aproveite o fim do dia para viajar ou curtir programas culturais, se divertir e arejar a cabeça. Prestígio e poder de conquista em alta!

Distúrbios mentais agudos

Órgão de corretores de imóveis (sigla)

Castro Alves: o Poeta dos Escravos

Fundador do Islã Categoria do Oscar de "Conclave" (2025) Hospedaria, em inglês

Rede, em inglês Preservara um cadáver

Proibição oficial

LIBRA: Resolva pendências pessoais e abra espaço para conquistas maiores. Você brilhará ao unir coragem e equilíbrio, sem medo de inovar.

OBITUÁRIO

sociedade 3(?), recurso de placas de vídeo Beverley Elliott, atriz Saudação de uso informal

Formato de módulos de sofá

Sucesso de Rita Lee (?) Peixoto, cantor

CÂNCER: Aposte nos planos de expansão e faça escolhas sábias. Uma viagem especial ganhará viabilidade, pesquise detalhes de roteiro e custos.

Dotar de membros de voo

LEÃO: Organize as contas e administre seus recursos com clareza. Caminhos de crescimento financeiro estarão iluminados.

País invadido pela Rússia em 2022

Significa "pai", em iorubá Jeitoso

VIRGEM: Convites de amigos serão irrecusáveis. Embarque em experiências e comece um novo ciclo em sua vida. Viagem à vista!

ESCORPIÃO: Saúde mais frágil não permitirá extravagâncias, cuide da alimentação.

Sacerdote budista Seleção (abrev.)

SAGITÁRIO: Aposte no bom humor para resolver divergências com alguém da família. Sucesso nas negociações!

Hábitat da baleia Atmosfera

Olga Danilovic, tenista sérvia

CAPRICÓRNIO: Conquistas sólidas virão da constância e da capacidade de se adaptar à novas condições. O esforço de hoje garantirá vitórias em breve.

Tina Turner, cantora Senhor (bras.)

Fruto agridoce Bacias

AQUÁRIO: O dia pedirá privacidade e tempo para fazer suas coisas. Autocuidado será fundamental. Aproveite também para renovar sua imagem.

A vogal de som mais agudo Mão, em inglês

PEIXES: Encare transformações com coragem e conquiste liberdade ao cortar excessos. No amor, diálogos num tom profundo trarão mais confiança.

ARNO BRUXEL, 81, faleceu na sexta-feira, 5. O velório ocorre na igreja da Comunidade Católica Cristo Rei, do bairro Aimoré, em Arroio do Meio. O velório ocorre neste sábado, 6, às 10h30min, no Cemitério Católico da Bela Vista, em Arroio do Meio.

UMAS & OUTRAS

CONTRA FATOS, NÃO HÁ ARGUMENTOS

Aos poucos e nos devidos tempos importantes obras de infraestrutura e reconstrução foram, estão sendo e serão implantadas. Broncas cobrando mais agilidade e rapidez nas “solucionáticas” sempre existem e é natural que ocorram, embora as vezes sem avaliar com o mesmo rigor as “problemáticas” técnicas, burocráticas, legais, de recursos disponíveis e até de inesperadas intempéries, inerentes a cada projeto.

Falar e criticar é muito fácil, fazer acontecer costuma ser um pouco mais difícil.

Fato: as coisas estão acontecendo, em diferentes níveis públicos e privados. E outras prioritárias virão com certeza, no devido tempo.

Como diria um filósofo, que eu desconheço o nome porque não é meu ramo: melhor dar um pouco mais de tempo ao tempo, já que ao tempo pouco mais podemos dar.

MAS,

QUE TAL?

Ontem foi aberto o edital de licitação para a construção/explora-

ção de um túnel submarino entre Santos e Guarujá, em São Paulo. Coisa “miúda”, não passa de 6 bilhões de reais, para encurtar o caminho rodoviário de 43 quilômetros e eliminar as balsas que também fazem regularmente esse trajeto. Já passei algumas vezes por lá, tanto pelo trajeto rodoviário quanto pelo aquaviário.

O custo de implantação, na maior parte bancada com recursos públicos, dá mais ou menos umas 30 travessias no Taquari velho de guerra.

Me fez lembrar das duas travessias que fiz no túnel subaquático do rio “Paranazão”, entre as cidades de Santa Fé e Paraná, na Argentina. Por enquanto é o único que existe na América Latina, já está lá pelo menos a uns quarenta anos e funciona bem, embora gere um certo medinho perceber que está passando sob uma lamina de água de uns 35 metros.

A pau e corda tanto um quanto o outro dá no máximo um quilômetro de extensão subterrânea.

É essa é uma ¨minhoca¨ que já coçou em algumas cabeças mais entendidas anteriormente, melhor deixar para lá e não botar ainda mais lenha nessa fogueira. Que vença a mais racional para

as prioridades do momento, eu já fiz minha seleção.

MIGRAÇÕES

VALEDO

TAQUARIENSES

O Vale do Taquari já experimentou diversos fluxos migratórios/emigratórios. Isso desde os tempos da colonização, passando por fluxos emigratórios para o Planalto Médio, oeste de Santa Catarina/ Paraná e vários outros rincões desse brasilzão.

Em tempos mais recentes voltou a receber fluxos migratórios de diversas querências, inclusive internacionais.

É claro que acolher gente trabalhadora, de boa índole, com padrões de formação culturais semelhantes, em busca de melhores oportunidades de ascensão socioeconômica e de criar um futuro melhor para suas famílias é sempre uma benção. E aí cabe também uma certa “seletividade”.

Ruim é “exportar” esses cada vez mais valiosos e escassos recursos humanos, criados e formados por aqui. Assunto complexo, bem mais profundo pra ser estudado e avaliado nessas poucas linhas.

ARTIGO

O psicopata nosso de cada dia

“Eu sou o filho da p*** mais sangue-frio que você já conheceu. Eu só gostava de matar, queria matar.”

Ted Bundy (serial killer americano executado na cadeira elétrica)

Em junho de 2021 o Brasil conheceu Lazaro. Ele foi descrito pelo secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, como um psicopata. “Ele não tem o menor valor à vida dele nem à de ninguém. É um psicopata”.

Aos 32 anos Lazaro Barbosa vem matando e fugindo da polícia a pelo menos 14 anos. Ele foi morto após assassinar brutalmente quatro pessoas da mesma família no Distrito Federal, matar um caseiro, sequestrar outras três vítimas para um ritual macabro e trocar tiros com a polícia.

Em uma das ocasiões em que foi preso, o laudo psicológico feito na penitenciária também o classifica como “psicopata”, com “comportamento impulsivo, agressivo, instabilidade e dependência emocional, preocupações sexuais e falta de controle e equilíbrio”. Se já havia esse diagnóstico previamente, como tal criatura estava à solta? A resposta é simples, em 2014, a Justiça autorizou a conversão da prisão para regime semiaberto.

Pouco tempo depois de sua morte, o Brasil esqueceu Lázaro. Até essa semana, quando um país distraído com um julgamento, conheceu Ricardo Jardim, um publicitário de 66 anos.

Segundo o delegado Mario Souza, Ricardo “é extremamente educado, frio e aparentemente muito inteligente”. O diretor do Departamento de Homicídios se referiu ao suspeito como alguém que dominava técnicas de corte”. Esse é homem preso que foi preso ontem após ser reconhecido por imagens como aquele que deixou uma mala com parte de um corpo humano na rodoviária de Porto Alegre.

A vítima foi morta e esquartejada e o primeiro descarte dos membros do corpo em um local isolado de Porto Alegre. Uma semana depois, dentro de uma bagagem deixada na rodoviária da capital gaúcha, foi encontrado o tronco de uma mulher. O crânio ainda não foi encontrado.

Estado Paralelo (duplo com) Crescendo e Aparecendo.

Troco uma coleção de supremas produções cinematográficas por uma antiga novela “das oito”.

Neto pro nôno:

- Vô, porque o senhor tá tão invocado?

- A nona derrubou e quebrou meu garrafão cheio de vinho!

- Puxa vida! E ela se machucou?

- Por enquanto não, ela se trancou no banheiro.

A história, digna de uma série de terror já seria assustadora só por esses detalhes, mas há algo ainda mais perturbador: O mesmo Ricardo Jardim, que foi preso preventivamente na madrugada desta sexta-feira, foi condenado a 28 anos por matar e concretar em um apartamento a própria mãe, em 2015.

Passados apenas sete anos da condenação poderia tal indivíduo estar livre? O mesmo delegado responde: “Este homem não pode estar em condições de convívio na sociedade. É uma pessoa que tem capacidade cometer crimes na sociedade, altíssima”. Ricardo Jardim deixou a prisão em janeiro de 2024 sob a condição de se apresentar para ser orientado sobre em que cadeia tinha vaga ou, na falta de vaga, para colocar tornozeleira eletrônica. Ele nunca se apresentou.

O fato ocorrido em 2014 com Lazaro, repetiu-se dez anos depois, e mais uma vez nosso sistema judiciário e penal mostra-se frágil ao lidar com psicopatas,mas será que isso é surpresa para alguém?

REGIONAL ASLIVATA

DUELO DE SEIS

TAÇAS EM TEUTÔNIA

Tricampeões Gaúcho e Brasil se enfrentam neste domingo pela quarta rodada da Copa Certel/Sicredi

Ezequiel Neitzke ezequiel@grupoahora.net.br

Aquarta rodada do Regional Aslivata – Copa Certel/Sicredi será marcada por conta do encontro dos tricampeões Gaúcho e Brasil. O duelo de seis taças ocorre neste domingo, 7, na sede do Gaúcho, no Bairro Teutônia, em Teutônia, a partir das 15h30min.

Campeão em 1987, 1989 e 2009, o Gaúcho aposta nesta temporada em um elenco recheado de ex-atletas profissionais. Nomes como os zagueiros Fred Xavier e Laércio, o lateral Itaqui e o volante Bertotto foram inscritos nesta temporada. Inclusive, dos 25 atletas inscritos no time teutoniense, apenas o goleiro Moisés Kich não passou pelo futebol profissional. Para o jogo, o time não contará com o treinador Douglas Colossi que está suspenso e não comanda o time na beira do gramado.

O Gaúcho disputou apenas dois jogos nesta edição, ambas em casa. Na estreia, vitória por 2 a 0 contra o Sete de Setembro. Na rodada passada, derrota por 2 a 1 para o Tiradentes.

Tricampeão na década de 90, o Brasil neste ano montou um elenco mesclando atletas do Vale, como os zagueiros Edo, Di e o centroavante William Kochenborger, com jogadores com passagem pelo futebol profissional como o goleiro Bruno Grassi e o centroavante Flávio Torres. Para o jogo deste domingo, o técnico Sírio Pereira Duarte não contará com o volante Vini Catarina, suspenso. A expectativa é pela estreia dos atletas Willian Bones e Bruno Gaúcho.

Com seis pontos, o Brasil pode encaminhar a classificação em caso de vitória. A equipe que perdeu para o Boavistense por 1 a 0 na estreia, vem de duas vitórias – Ecas e Estudiantes.

AGENDA AGENDA

SÉRIE A Minuano x CAN Rudibar x Gaúcho Progresso Boavistense x Juventude Westfália

Estudiantes x Poço das Antas Serrano x Nacional Gaúcho Teutônia x Brasil

SÉRIE B

JONATHAN ROCHA/DIVULGAÇÃO

Rodada desse domingo pode apontar as primeiras equipes classificadas para as oitavas de final

OUTROS DESTAQUES

Serrano e Poço das Antas, ambos com sete pontos, podem confirmar a classificação em caso de êxito na rodada.

O Serrano recebe o Nacional, de Forquetinha. O jogo ocorre na comunidade de Jacarezinho, Encantado. O Grupo A Hora transmite o jogo, a partir das 14h30min, no 102.9 da rádio e na página do A Hora Esportes, no Youtube. O Serrano está invicto, são duas vitórias e um empate.

Já o Nacional também encaminha a vaga em caso de êxito. O time vem de um tropeço fora de casa. Em Imigrante, perdeu para o Ecas por 3 a 0. Já o Poço das Antas enfrenta o Estudiantes, em Lajeado. Com seis pontos, Minuano também encaminha vaga se vencer

ASPIRANTES

Líder da competição com sete pontos, o Estudiantes se classifica para as oitavas de final em caso de vitória. Quem também passa de fase é o Serrano. O time é o terceiro colocado com seis pontos.

VETERANO

A rodada deste domingo pela manhã será de opostos. Enquanto que em Lajeado, o Penharol estreia no torneio contra o Flamengo, de Santa Cruz do Sul, em Bom Retiro do Sul, a Assespe necessita vencer o Rudibar. Qualquer outro resultado que não seja o êxito pode deixar a equipe bem próxima da eliminação.

11 Amigos x Delfinense CMD x Guarani

VETERANOS

Serrano x São Luiz

Penharol x Flamengo Rudibar x Assespe

CLASSIFICAÇÃO

SÉRIE A

Titular: Serrano, Tiradentes e Poço das Antas (7 pontos), Canabarrense, Minuano, Brasil e Nacional (6), Ecas, Sete de Setembro e Imigrante (4), Taquariense, Juventude Westfália, Boavistense e Gaúcho Teutônia (3), Juventude Guaporé (2), Estudiantes e Rudibar (1), Navegantes e Gaúcho de Progresso (sem pontuar);

ASPIRANTE: Imigrante e Estudiantes (7 pontos), Serrano (6), Rudibar, Sete de Setembro e Brasil (5), Minuano, Nacional, Juventude Guaporé e Juventude Westfália (4), Canabarrense, Boavistense e Tiradentes (3), CAN e Poço das Antas (2), Gaúcho Progresso e Ecas (1), Gaúcho Teutônia e Taquariense (sem pontuar);

SÉRIE B

TITULAR: Nova Berlim (4 pontos), 11 Amigos (3), CMD (2), Delfinense (1) e Guarani (sem pontuar)

Aspirante: CMD (6 pontos), Nova Berlim e 11 Amigos (3), Delfinense e Guarani (sem pontuar)

VETERANO: Sete de Setembro (4 pontos), Concórdia e Floriano (3), Rudibar, São Luiz e Assespe (1), Serrano, Flamengo e Penharol (sem pontuar);

o CAN nesta rodada.

LAJEADENSE E PINHEIROS INICIAM BUSCA POR VAGA NA SEMIFINAL

Equipes entram em campo neste sábado pela partida de ida das quartas de final

Ezequiel Neitzke ezequiel@grupoahora.net.br

FUTEBOL FEMININO

EQUIPE

Após garantirem a classificação às quartas de final do Gauchão Sub-17 A2 sem grandes dificuldades, Lajeadense e Pinheiros começam neste sábado, 6, a disputa por um lugar entre os quatro melhores da competição. O Lajeadense recebe o Passo

DE ESTRELA DESAFIA O GRÊMIO EM BUSCA DE VAGA À FINAL

Partida de ida da semifinal ocorre neste sábado, às 15h, em Estrela, pela semifinal do Gauchão Sub-15

Ezequiel Neitzke ezequiel@grupoahora.net.br

A Associação de Futebol Feminino do Vale do Taquari (Fevat) terá, neste sábado, 6, um dos jogos mais importantes de sua trajetória. Às 15h, na comunidade de Linha Lenz, em Estrela, a equipe enfrenta o Grêmio pela semifinal do Campeonato Gaúcho Sub-15. A entrada é gratuita, e a direção pede o apoio da comunidade para empurrar as meninas rumo à decisão. O responsável pelo time, Jona-

than Bomm, projeta uma partida equilibrada. “A expectativa é boa. Nosso objetivo era passar de fase e conseguimos. Agora, em casa, não temos nada a perder. É 11 contra 11, vamos ter nossas oportunidades. O time está bem diferente daquele confronto contra o Grêmio na primeira fase”, afirmou. Na etapa classificatória, a Fevat encarou adversários de alto nível, como Grêmio e Inter, mas conseguiu se impor contra Juventude e Flamengo São Pedro. Para Bomm, o aprendizado foi fundamental. “Não é fácil, enfrentamos duas equipes de nível nacional. Mas conversamos muito com as meninas sobre a visibilidade. Para se ter ideia, do time titular do Inter, seis atletas começaram na Fevat. Mesmo treinando juntas

Fundo na Arena Alviazul, a partir das 15h. A equipe chega embalada e mantém a invencibilidade no torneio, com quatro vitórias e seis empates. Ao todo, o time anotou 13 gols e sofreu apenas cinco, ostentando a defesa menos vazada da primeira fase.

Do outro lado, o Passo Fundo encerrou a classificatória em segundo lugar no grupo A, com 22 pontos. Em dez jogos, venceu sete, empatou um e perdeu dois. Marcou 26 gols e sofreu seis, o que o coloca como a segunda melhor defesa do campeonato, atrás justamente do Lajeadense.

PINHEIROS

JOGA FORA

Já o Pinheiros, de Taquari, viaja até Nova Prata para encarar o time da casa. A campanha do clube do Vale do Taquari foi sólida: terminou a primeira fase como segundo melhor da classificação geral, atrás apenas do Ypiranga no saldo de gols. Foram oito vitórias e duas derrotas, com 32 gols marcados e 12 sofridos. O destaque é o artilheiro da competição, Yarlei, de Boqueirão do Leão, autor de 12 gols. O adversário do Pinheiros encerrou a fase inicial em terceiro lugar no grupo do Lajeadense, com cinco vitórias, dois empates e três derrotas. O Nova Prata marcou 23 gols e sofreu 13, credenciais que prometem um confronto equilibrado.

OUTROS JOGOS

Além dos confrontos dos times do Vale, a rodada tem o Novo Horizonte recebendo o Ypiranga, em Santa Maria. Já em Santa Cruz do Sul, o Santa Cruz recebe o Americano.

Com um elenco que mistura atletas de diversas regiões do RS, equipe busca a classificação para final

apenas uma ou duas vezes por semana, conseguimos fazer bons jogos”.

O trabalho da Fevat vai além do atual Sub-15. A ideia é ampliar a participação em outras categorias nos próximos anos. “Para 2026 pensamos em disputar o sub-17 e o sub-20. Temos escolinhas em Estrela e Lajeado, e quem quiser pode nos procurar pelo Instagram. Toda ajuda é bem-vinda, porque futebol exige muito investimento”.

Atualmente, o elenco conta com

8 a 10 atletas do Vale do Taquari, complementado por jogadoras da Serra, Vale do Rio Pardo e Região Metropolitana. Os custos, porém, ainda são um desafio.

“A FGF ajuda com despesas de segurança e ambulância, mas o transporte pesa bastante. Para Tenente Portela foram quase R$ 10 mil, e para Porto Alegre a previsão é de R$ 4 mil. É novidade na região, precisamos de tempo para mostrar que vale a pena apoiar também o futebol feminino”.

CONSOLIDAÇÃO

A Fevat nasceu em 2022, fruto da união de três clubes. No início, o projeto chegou a reunir cerca de 100 meninas de Estrela e Lajeado. Porém, as enchentes de 2023 interromperam as atividades por um ano. A retomada aconteceu em 2024, já com nova organização e com o foco em colocar a equipe no Campeonato Gaúcho. O resultado veio mais rápido do que o esperado: a classificação para a semifinal na sua primeira participação.

Equipe de Lajeado chega embalada e mantém a invencibilidade no torneio, com quatro vitórias, seis empates, 13 gols marcados e a melhor defesa
Pinheiros, de Taquari, terminou a primeira fase como segundo melhor da classificação geral
CACO MARIN/DIVULGAÇÃO
DIVULGAÇÃO
DIVULGAÇÃO

DESTAQUE MUNDIAL

AMIZADE DE INFÂNCIA A CAMINHO DA COPA DO MUNDO

Atletas do Vale do Taquari trilham caminho no futsal e vivem momento especial dividindo espaço no clube e na seleção da Itália

Caetano Pretto caetano@grupoahora.net.br

Naturais de Nova Bréscia, amigas, e com trajetória bastante parecida no futsal, Adrieli Berté, 30, e Ana Carolina Caliari Sestari, 29, foram novamente convocadas para defender a Itália em dois amistosos preparatórios para a Copa do Mundo de Futsal. As duas estarão em quadra em dois desafios contra Marrocos na próxima semana e vivem a expectativa de serem convocadas para o primeiro Mundial da categoria. Mais do que isso, ambas trocaram de time para esta temporada e, após 10 anos, comemoram também a parceria no clube. Entre as melhores goleiras do mundo nos últimos anos, Ana estava no Okasa Falconara e se despediu em grande forma no mês de junho. Campeã italiana, foi eleita a craque da final onde, além de defender, marcou dois gols e deu uma assistência na vitória por 4 a 3 que valeu o título sobre o Pescara. Já a ala Adrieli defendia o Tikitaka Futsal e após quatro anos decidiu trocar de clube para, entre outros motivos, jogar com a amiga de infância. As duas atletas do Vale do Taquari atuarão juntas na Roma, equipe da capital italiana que é uma das principais do país no futebol e que recém subiu para a primeira divisão após ganhar a Série B no futsal feminino. “Decidi trocar de time após quatro temporadas no Tikitaka. A proposta e o projeto da Women Roma me convenceram logo de cara, gostei bastante do que escutei e achei que era o momento de novos desafios, então quis agarrar essa oportunidade”, destaca Adrieli. Ela complementa que a oportunidade de jogar com a amiga também foi importante na tomada de decisão. “Com certeza está sendo

bem legal dividir a quadra com ela, mesmo não jogando juntas nesses anos sempre mantivemos contato, era ruim jogar contra mas não tínhamos como fugir disso. Sempre torcemos uma pela outra, mesmo sendo rivais a amizade sempre permaneceu igual”, diz. As duas começaram a trilhar os caminhos do futsal juntas ainda em Nova Bréscia. Também foram juntas para a Itália assim que surgiu a oportunidade. Para Ana, Adrieli é como um membro da família. “A Adri é minha irmã de coração. É uma coisa incrível jogar com ela no clube depois de dez anos.”

PARCERIA NA SELEÇÃO DEVE

IR A COPA

Ana Carolina e Adrieli estarão em quadra na próxima terça e quarta-feira, quando a Itália recebe o Marrocos nas cidades de Aversa e Napoli em amistosos preparatórios para a Copa do Mundo. Convocada desde 2019, Ana soma 49 convocações e 46 partidas pela “Azzurra”. “É sempre uma honra, ainda mais agora bem perto da convocação pro Mundial”, destaca a goleira. Adrieli não se recorda o número exato de partidas, mas faz dois

anos que é chamada pela seleção e desde então nunca falhou uma convocação. “O sentimento é de extrema gratidão e orgulho porque trabalho muito para estar sempre presente nas convocações. Ainda mais agora que é um momento histórico para o futsal feminino mundial. Então cada convocação é muito importante, pois ir para o Mundial é algo que sempre sonhei.”

De acordo com as atletas, o grupo que tem sido convocado está praticamente fechado para representar o país na competição que ocorre nas Filipinas. Em outubro ocorre uma última convocação para treinos e em novembro o chamado final das atletas para a Copa do Mundo. “Então, ir bem nesses amistosos praticamente garante o nosso nome na lista”, enfatiza Adrieli.

SORTEIO NA PRÓXIMA SEMANA

A primeira Copa do Mundo de Futsal Feminino será realizada de 21 de novembro a 7 de dezembro, nas Filipinas. A competição reúne 16 seleções: Argentina, Brasil, Canadá, Colômbia, Espanha, Filipinas, Irã, Itália, Japão, Marrocos, Nova Zelândia, Panamá, Polônia, Portugal, Tailândia e Tanzânia.

As equipes serão divididas em quatro grupos de quatro equipes cada. As duas melhores de cada grupo avançam para as quartas de fina. O sorteio dos grupos ocorre no próximo dia 15.

DA REGIÃO ALTA

PARA O MUNDO

Adrieli e Ana são naturais de Nova Bréscia e deram os primeiros passos no CFM, de Encanta-

Adri é minha irmã de coração. É uma coisa incrível jogar com ela no clube depois de dez anos”

Mesmo não jogando juntas nesses anos sempre mantivemos contato, era ruim jogar contra mas não tínhamos como fugir disso”

do. De lá, após se destacarem nos Jogos Escolares do Rio Grande do Sul em 2010, foram para o Barateiro Futsal, de Brusque, Santa Catarina. Em 2014 surgiu a oportunidade de jogar profissionalmente na Itália, onde permanecem até hoje.

ANA CAROLINA SESTARI
ADRIELI BERTÉ
A
Ana Carolina Sestari (goleira) e Adrieli Berté, amigas desde a infância e companheiras de seleção e clube
Itália está classificada para a primeira Copa do Mundo de Futsal Feminino
FOTOS: ARQUIVO_PESSOAL

Desfiles marcavam

Semana da Pátria no Vale

Independência do Brasil

O dia 7 de setembro de 1922 marca a independência do Brasil, até então colônia de Portugal. A data é simbólica porque, conforme conta a história, foi nesse dia que o então príncipe de Portugal, Dom Pedro I, e governante da colônia brasileira proclama o famoso “Grito do Ipiranga”.

A declaração que marcou a independência do Brasil ocorreu às margens do riacho Ipiranga, em São Paulo, quando Dom Pedro, levantando sua espada, teria proferido a frase “Independência ou Morte!”.

A partir dali, o Brasil se tornou um império, e Dom Pedro foi coroado como seu primeiro imperador. Maria Leopoldina, a primeira esposa de Dom Pedro I, teve um papel fundamental

no processo de independência, isso porque durante a viagem de seu marido a São Paulo, ela foi nomeada regente interina.

Nesse período, ela se tornou a figura central das articulações políticas no Rio de Janeiro. Ao receber as notícias de Portugal, que exigiam o retorno de Dom Pedro e ameaçavam o Brasil, Leopoldina assinou o decreto que declarava o Brasil separado de Portugal.

Ela enviou uma carta urgente a Dom Pedro, com a mensagem: “Com o vosso apoio ou sem o vosso apoio ele [o Brasil] fará a sua separação. O pomo está maduro, colhei-o já, senão apodrece”. A carta, que chegou ao príncipe em 7 de setembro, foi o estopim para o Grito do Ipiranga.

Vários municípios do Vale do Taquari organizavam programações especiais por conta da Semana da Pátria, que comemorava a independência do Brasil. Na época, foi registrado pelos jornais que os tradicionais desfiles cívicos aconteceram em Estrela, Teutônia, Westfália e Encantado. Lajeado costumava ter os desfiles de 7 de setembro encabeçados pelas escolas da cidade, mas, 20 anos atrás, a tradição não existia mais.

Lacesa construía restaurante em Lajeado

A antiga empresa de laticínios de Lajeado, a Lacesa (Laticínios e Cereais SA) construía nos fundos da companhia um “moderno restaurante, exclusivamente para os funcionários”, diziam os jornais. O restaurante seria o espaço de refeição

dos colaboradores, que não precisariam mais se deslocar até suas próprias residências nos intervalos. Na época, um dos diretores da Lacesa, Erno Wathier, dizia que a previsão era que a obra ficasse pronta em 90 dias.

Os antigos desfiles da banda marcial do Colégio São José, em 1965, na rua Júlio de Castilhos, em frente à atual prefeitura de Lajeado
O desfile em Westfália, em 2005
O quadro “Independência ou Morte”, de Pedro Américo, pintado em 1888, retrata a idealização do momento em que Dom Pedro I proclamou a independência do Brasil. Está exposto no Museu do Ipiranga, em São Paulo

HENRIQUE PEDERSINI

Jornalista

Política, redes e o risco da desinformação

Desenvolver estratégias com foco em um processo eleitoral é natural. Mesmo que faltem mais de três anos para o pleito municipal de 2028, é “do jogo” projetar nomes e criticar adversários (com respeito, claro). Inadmissível é adotar um discurso de “o pior lugar do mundo” na tentativa de vender uma realidade distorcida.

Um contexto é o que fazem os vereadores da bancada de oposição na Câmara de Lajeado que mantêm discursos contundentes sobre saúde, educação, infraestrutura, limpeza urbana e outros temas. A fiscalização é fundamental e serve para cobrar melhorias. Porém, é obrigatório comprovar os apontamentos feitos — como no caso da suposta cobrança indevida da Stacione por meio do uso de motocicleta ou do servidor da pasta de Serviços Urbanos flagrado dormindo durante o expediente.

A prática extrapola o plenário e alcança um campo bem mais abrangente. O anonimato das redes sociais oferece um infinito

de possibilidades. Assim, uma página no Instagram tem divulgado informações distorcidas e tendenciosas à população. Registro aqui, aos responsáveis pelo perfil, que há incômodo inclusive de autoridades com algumas das “notícias”.

O exemplo mais recente está na segurança pública. Dados de uma reportagem produzida com responsabilidade e fundamentação pelo Grupo A Hora, com ênfase na redução dos índices criminais da última década. Horas depois, a página no Instagram construiu

Rapidinho…

- O comandante dos bombeiros, Coronel Fortes, define que a instalação de um batalhão dos bombeiros no Vale do Taquari é menos relevante que o fortalecimento da estrutura com a nomeação de profissionais como o envio para região de um capitão e outros três bombeiros anunciado nesta semana. Por hora, o sonho de um batalhão dos bombeiros parece distante.

- A migração de prefeitos e líderes do PSDB para o PSD no Vale mobilizou prefeitos, nomes

fortes do estado e até o governador Eduardo Leite. A lista será reforçada em 2028, quando abre-se a janela partidária para transferências. Oficialmente, só neste período.

- Atenção Secretaria de Segurança Pública do RS: é obrigação sua destinar, com urgência, os pouco mais de R$ 7 milhões necessários para construção de quartéis para Brigada Militar em Estrela, Arroio do Meio e Roca Sales. Os recursos do Funrigs são para isso, não é?

ARTIGO

ROGÉRIO WINK

Empreendedor e comunicador, apresentador do programa “O Meu Negócio”, da Rádio A Hora

uma narrativa paralela e disparou: “A criminalidade volta a aumentar em Lajeado”. O recorte utilizado para sustentar a afirmativa é jornalisticamente fracassado.

Se o tema se limitasse a curtidas e comentários da internet, tudo seria absorvido com naturalidade. O alerta é que tais distorções criam sensação de insegurança e medo, podendo inclusive desestimular investimentos em Lajeado. Jornalismo é coisa séria e não pode ser utilizado como ferramenta de anseios pessoais — ainda mais quando deturpa a realidade.

Muito se fala do ego como algo negativo. O livro O Ego é Seu Inimigo, de Ryan Holiday, reforça a ideia de que a vaidade, a arrogância e a ilusão de superioridade podem se tornar barreiras para o crescimento pessoal e profissional. No ambiente do empreendedorismo e na liderança, quantos projetos promissores não naufragaram por conta de gestores que acreditavam já ter todas as respostas, ou que se deixaram levar pela necessidade de reconhecimento? O ego, quando alimentado de forma desmedida, pode cegar, criar dificuldades desnecessárias e afastar pessoas.

Mas há um outro lado da moeda que não pode ser ignorado. O ego também é força vital. É ele que nos move em direção aos desafios, que desperta a vontade de conquistar, de criar, de transformar. Sem essa centelha interna, que poderíamos chamar de “ego vital” ou até de autoestima, a humanidade não teria evoluído tanto em ciência, arte, tecnologia ou nos negócios.

O empreendedor que abre sua empresa e toca um projeto precisa acreditar em si, precisa sentir que tem algo a oferecer — e isso, em alguma medida, é ego. O líder que inspira sua equipe também precisa carregar uma confiança pessoal que dá segurança aos demais.

- O deputado estadual Airton Artus (PDT) confirmou emenda parlamentar de R$ 50 mil reais destinada à Associação de Ligas do Vale do Taquari (Aslivata). O recurso, liberado na última semana, é voltado ao custeio das despesas do campeonato regional, garantindo mais estrutura para o esporte amador da região. Além desse valor, o deputado havia anunciado no início do ano outra emenda, de R$ 100 mil a ser paga ao longo de 2025.

- Lajeado concluiu a pavimentação de ruas importantes do bairro Santo Antônio. Trata-se da Maria Joana de Freitas e Arnoldo Uhry. A demanda era antiga e os trabalhos foram concluídos nesta semana.

- Neco Santos (PL), vereador de Lajeado, coordena a busca por mais estrutura ao Samu na cidade. Ele visitou a base de operações em Bento Gonçalves. Aliás, o assunto será debatido no “Conexão Regional, da próxima segunda-feira a partir das 16h.

A questão, portanto, não é eliminar o ego, mas aprender a conviver com ele de forma equilibrada”

A questão, portanto, não é eliminar o ego, mas aprender a conviver com ele de forma equilibrada. O ego descontrolado nos faz arrogantes; o ego saudável nos impulsiona a evoluir. A diferença está na consciência. Quando usamos o ego para afirmar apenas nossa vaidade, corremos o risco de criar inimigos e desperdiçar oportunidades. Mas quando transformamos essa energia em autoestima, em propósito e em responsabilidade, ele se converte em motor de progresso. É interessante notar como esse equilíbrio se reflete não apenas na vida pessoal, mas também na sociedade. Empreendedores que acreditam em seu valor encontram soluções e criam oportunidades. Líderes que confiam em si mobilizam equipes a superar barreiras. Inovadores que se permitem sonhar transformam setores inteiros da economia. O perigo está no excesso. O ego que vira arrogância cria distanciamento. Acreditar que já sabe tudo, recusar bons conselhos faz perder espaço. O líder que se coloca acima da equipe cria ambientes tóxicos, nos quais as ideias deixam de fluir e as pessoas se calam. Por outro lado, a ausência de ego, de confiança, também paralisa. Sem ele, ninguém ousa sair do lugar.

Por isso, talvez o maior aprendizado esteja em aceitar o ego como parte de nós, mas tratá-lo como uma ferramenta a ser usada com sabedoria. Quando o ego se torna inimigo, precisamos domá-lo. Quando ele se apresenta como energia vital, precisamos aproveitá-lo. Essa é a linha tênue que separa a vaidade destrutiva da autoestima construtiva. No fim das contas, empreender, liderar e viver é sempre caminhar nesse fio delicado. Evitar a arrogância, mas não perder a confiança. É nesse equilíbrio desafiador que surgem as grandes realizações.

HENRIQUE PEDERSINI

Fim de semana, 6 e 7 setembro 2025

Fechamento da edição: 18h MÍN: 6º | MÁX: 17º O tempo volta a firmar na região, mas o predomínio será de céu encoberto, com breves aberturas de sol.

Antes do sintoma

Com foco na prevenção, medicina da família comprova papel no diagnóstico precoce e tratamento de doenças, mesmo antes dos primeiros sinais PÁGINAS 4 e 5

UMA PUBLICAÇÃO DO FIM DE SEMANA 6 E 7 SETEMBRO 2025

EDITORIAL

Ovalor do cuidado

Em um cenário em que a medicina muitas vezes se limita ao tratamento pontual de sintomas, esta edição do caderno destaca a relevância do médico de família como peça central no cuidado à saúde.

Afinal, mais do que nunca, tratar um paciente vai além de consultas isoladas. É compreender sua história, seu contexto familiar, social e emocional.

O acompanhamento contínuo, que se estende por todas as fases da vida, permite uma abordagem preventiva e personalizada. Esse modelo não apenas trata, mas antecipadamente protege a saúde e previne complicações.

O cuidado integral também se manifesta na interação com outros profissionais de saúde. A parceria com nutricionistas, fisioterapeutas e psicólogos, por exemplo, potencializa o tratamento, tornando-o mais eficiente e assertivo. O diagnóstico clínico alinhado a estratégias nutricionais personalizadas permite intervenções mais rápidas, efetivas e menos invasivas.

Saúde é resultado de trabalho conjunto e contínuo. E essa visão ampla e humana da medicina transforma o cuidado em prevenção, tratamento e qualidade de vida.

AGENDA

Esporte, cultura e tradição

Desenvolvimento sustentável em debate

A Assembleia Legislativa do RS traz ao Vale do Taquari, no dia 8 de setembro, às 8h30min, o Seminário Regional “Pacto RS 25”, com foco no desenvolvimento sustentável. O evento, no Auditório do Prédio 7 da Univates, conta com a presença do presidente da Assembleia, deputado Pepe Vargas, além de painéis com lideranças acadêmicas e do setor produtivo, que debaterão transição ecológica, reinvenção do trabalho e novo pacto produtivo. A participação é gratuita e aberta ao público mediante inscrição pela plataforma Sympla.

Circuito Sesc de Corridas em Lajeado

A etapa de Lajeado do tradicional Circuito Sesc de Corrida ocorre neste domingo, 7, com largada às 7h30min, no Estádio Olímpico da Univates. Os percursos são de 1 km e 2 km para crianças e opções de 3 km, 5 km e 10 km para adultos, incluindo categorias para pessoas com deficiência visual e caminhada participativa. As inscrições ainda podem ser feitas pela internet até este sábado, com valores que variam de R$ 70 a R$ 80 para adultos; a participação infantil é gratuita.

Saúde é resultado de trabalho conjunto e contínuo. E essa visão ampla e humana da medicina transforma o cuidado em prevenção, tratamento e qualidade de vida.”

EXPEDIENTE

Textos: Bibiana Faleiro

Semana Farroupilha

A cultura gaúcha ganha destaque com a montagem dos ranchos tradicionalistas e espaços para as celebrações do mês Farroupilha. Em Lajeado, a data é celebrada com uma programação cultural que vai de 13 a 21 de setembro, no Parque dos Dick.

Diagramação: Lautenir Junior

Renato Teixeira na Univates

O Circuito Sesc de Música trará o cantor, compositor, violonista e violeiro paulista Renato Teixeira ao palco do Teatro da Univates, no dia 24 de setembro, às 20h. Aos 80 anos, o artista é reconhecido como um dos principais nomes da música folk no Brasil. Os ingressos podem ser adquiridos pelo site Minha Entrada ou na Biblioteca Univates. Os valores variam de R$ 40,00 a R$ 80,00.

Coordenação: Felipe Neitzke

Evento discute relações entre mãe e filha

No dia 27, Univates recebe a psicanalista e escritora Ana Claudia dos Santos Meira

Refletir sobre a complexa relação entre mães e filhas é o objetivo de um encontro no auditório do Prédio 9 da Univates, programado para 27 de setembro. O evento, presencial e gratuito, ocorre das 8h30min às 11h30min, e tem como convidada, a psicanalista e escritora Ana Claudia dos Santos Meira. Com o tema “Histórias de Captura: do empoderamento da mãe ao aprisionamento da filha” , o evento é organizado em parceria com o Diretório Acadêmico de Psicologia da Univates, a fim de ampliar o acesso ao pensamento psicanalítico na região, promovendo um espaço de troca científica e ética entre profissionais e estudantes de psicologia, psicanálise e medicina.

Também haverá sessão de autógrafos e venda dos livros “Histórias de Captura: investimentos mortíferos nas relações mãe e filha” e

Serviço

Histórias de Captura: do empoderamento da mãe ao aprisionamento da filha

Data: 27 de setembro de 2025 (sábado)

Horário: 8h30 às 11h30

Local: Auditório do Prédio 9, Univates (Lajeado)

Público-alvo: Estudantes e profissionais da psicanálise, psicologia e medicina

Formato: Presencial e gratuito

Sobre a palestrante

Ana Claudia dos Santos Meira é psicóloga e psicanalista pelo Centro Psicanalítico de Porto Alegre (CEPdePA). Mestre e doutora em Psicologia pela PUCR S e autorados livros: “Histórias de Captura: investimentos mortíferos nas relações mãe e filha” (Blucher, 2021) e “A escrita científica no divã” (Sulina, 2016; 3ª edição Blucher, 2023). A profissional é reconhecida por suas contribuições ao estudo das relações familiares e dos efeitos psíquicos das primeiras experiências na subjetividade.

Evento é organizado em parceria com o Diretório Acadêmico de Psicologia da Univates, a fim de ampliar o acesso ao pensamento psicanalítico

“A escrita científica no divã: entre as possibilidades e as dificuldades para com o escrever”, da escritora.

Além da palestra de Ana Claudia, duas mesas redondas vão discutir tanto os conceitos teóricos apresentados na obra quanto as possibilidades de manejo clínico para atender as chamadas “filhas de captura”, mulheres que chegam ao consultório marcadas pela dependência emocional e pela dificuldade de se reconhecerem como sujeitos plenos.

“Há uma demanda em Lajeado”

Para a psicóloga Carla H. Schwarzer, uma das organizadoras do evento, o encontro marca um passo importante para o debate sobre saúde mental na região.

“Fazer circular a psicanálise em Lajeado é um dos grandes objetivos do movimento que venho empreendendo recentemente e que desejo

continuar propondo. Há demanda na região, e este evento, assim como o Ciclo de Estudos Psicanalíticos, é uma oportunidade para troca de conhecimento e aprofundamento teóricoclínico”, destaca.

Carla explica que o tema do encontro remete a situações em que a mãe impõe suas próprias demandas e expectativas sobre a filha, retirando espaço para construir desejos e projetos próprios.

“Estamos falando de uma mãe magnética, onipresente, que tudo decide e não aceita críticas. A filha, nesse contexto, cresce enfraquecida emocionalmente, dependente, com dificuldades de se desligar do lugar de filha para ocupar outros papéis, como mulher, esposa ou mãe”, afirma.

Segundo ela, discutir esses aspectos é fundamental para pensar a clínica e o manejo de pacientes que enfrentam essas dinâmicas.

Estamos falando de uma mãe magnética, onipresente, que tudo decide e não aceita críticas. A filha cresce enfraquecida emocionalmente, dependente, com dificuldades de se desligar do lugar de filha.”

Carla H. Schwarzer, psicóloga

Tema do encontro remete a situações em que a mãe impõe suas próprias demandas e expectativas sobre a filha

FOTOS: ENVATO

Prevenção, vínculo e cuidado contínuo

Especialidade reforça importância de exames regulares e acompanhamento próximo como forma de promover saúde

“Não é preciso estar doente para procurar um médico.”

A frase do médico da família Juliano Moreira resume o objetivo de uma especialidade que, por vezes, gera dúvidas, mas que tem como foco o cuidado integral, contínuo e preventivo.

Em um cenário onde grande parte da população só busca atendimento diante de sintomas ou dores, o alerta do especialista ganha ainda mais relevância. Dados do Ministério da Saúde apontam que cerca de 80% dos problemas de saúde mais comuns poderiam ser resolvidos na atenção primária, nível de cuidado em que a medicina de família se insere.

“Nosso papel não é apenas tratar doenças, mas acompanhar a pessoa ao longo da vida, entendendo seu histórico, hábitos e contexto. Não lidamos só com sintomas isolados, mas com a pessoa como um todo”, explica Moreira .

Prevenção em primeiro lugar

O médico ressalta que

a prevenção deve ser encarada como prioridade, independentemente da idade. Consultas de rotina e exames básicos ajudam a identificar alterações que nem sempre apresentam sintomas imediatos, como colesterol elevado, diabetes e hipertensão. “Essas condições, quando descobertas cedo, podem ser controladas antes que provoquem danos mais sérios, como infartos ou AVCs”, alerta. Entre as recomendações, estão o preventivo ginecológico e a mamografia para as mulheres, além de discussões sobre saúde sexual e exames de próstata para os homens. “Muitos homens evitam falar sobre questões íntimas. O papel do médico de família também é trazer segurança para essas conversas”, observa. Crianças, adolescentes e idosos também têm necessidades específicas. “No caso dos pequenos, acompanhamos o crescimento, vacinação e hábitos de sono. Nos idosos, avaliamos risco de quedas, memória e medicações em uso. Cada fase da vida tem suas prioridades, e o médico da família está preparado para isso”, acrescenta.

Decisão compartilhada

A consulta centrada na pessoa é um dos pilares da especialidade. O médico

No caso dos pequenos, acompanhamos o crescimento, vacinação e hábitos de sono. Nos idosos, avaliamos risco de quedas, memória e medicações em uso. Cada fase da vida tem suas prioridades, e o médico da família está preparado para isso”

Juliano Moreira, médico da família

não se limita a diagnosticar e prescrever, mas ouve, explica e constrói junto com o paciente. “Eu posso sugerir caminhos, mas quem decide comigo é a própria pessoa. Ele é especialista em si mesmo. Isso é decisão compartilhada: criar metas conjuntas e factíveis, que aumentam a adesão e tornam o cuidado mais humano”, diz Moreira. Ele cita o exemplo de pacientes que desejam emagrecer. “Se a meta for

simplesmente ‘perder dez quilos’, pode gerar frustração. Mas se juntos estabelecermos objetivos mais próximos da realidade, como caminhar três vezes por semana, melhorar a qualidade do sono ou reduzir o consumo de refrigerantes, a mudança acontece de forma mais sustentável”, explica. Para Moreira, a medicina de família representa um resgate da relação próxima entre médico e paciente, algo que, muitas vezes, se perde em meio à correria e à fragmentação dos atendimentos.

Juliano Moreira é médico da família e afirma que a prevenção é o principal pilar da especialidade

Histórico familiar

A paciente Daiane dos Santos (foto) conhece de perto o impacto da medicina de família. Há oito anos, ela, filhos, namorado e enteado são acompanhados pelo médico da família Juliano Moreira. “É um atendimento integral e contínuo. Ele não cuida só do sintoma, mas da pessoa, do contexto familiar e social. Isso faz toda a diferença”, afirma. Daiane conta que, antes de conhecer a especialidade, buscava diferentes especialistas a cada sintoma que surgia, o que se tornava cansativo e fragmentado. “Cheguei a estar em acompanhamento com cinco médicos ao mesmo tempo, e em cada consulta precisava repetir toda a minha história. Com o médico de família, encontrei um cuidado contínuo, alguém que realmente conhece meu histórico”, relata. Um dos episódios mais marcantes da trajetória dela foi quando enfrentou um problema no ouvido. Moreira a acompanhou de perto e a encaminhou ao

otorrinolaringologista já com todo o histórico registrado, mantendo contato direto com o especialista. O caso chegou até a ser avaliado por um professor em Porto Alegre, que indicou cirurgia, que conseguiu ser evitada. “O médico disse: pelo teu histórico e pelos testes, a cirurgia não era necessária. Foi o acompanhamento integral que me salvou de passar por algo invasivo”, relembra. Para Daiane, o vínculo estabelecido com o médico de família garante confiança e tranquilidade. “Ele sabe de toda a nossa história, acompanha meus filhos desde adolescentes e lembra dos nossos check-ups.”

“Ele virou um amigo, alguém que cuida de todos nós”

O psicólogo Fábio Loretto, (foto) 40, também leva a sério a ideia de cuidado integral. Não apenas ele, mas também a esposa, os dois filhos e o sogro são acompanhados pela medicina da família. “Buscávamos alguém que olhasse por inteiro, não só para um sintoma isolado. O médico de família faz isso: entende o todo, inclusive a parte mental, e encaminha para a especialidade certa quando necessário”, explica. Segundo Fábio, as consultas individuais muitas vezes se transformam em conversas familiares. “Ele pergunta como está a Laura, minha filha, o Felipe, meu filho, a Marina, minha esposa, até do meu sogro. Isso cria um vínculo muito grande, porque ele consegue olhar a saúde da família como um todo, perceber conexões entre os sintomas e até antecipar situações”, conta. O paciente lembra de um episódio recente em que o filho adoeceu em um final de

Integração pro ssional

Apesar de não atuar diretamente na área, a nutricionista Giovana Bianchetti vive de perto a medicina da família e compartilha pacientes com o Dr. Juliano Moreira. Os dois trabalharam juntos e, quando sobravam alguns minutos, discutiam alguns casos em comum.

Ela lembra de uma adolescente com transtorno alimentar grave e quadro psiquiátrico. “O diagnóstico clínico fornecido pelo médico foi essencial para que eu pudesse direcionar meu trabalho de forma mais eficiente e específica. Esse acompanhamento multidisciplinar envolvia toda a família e fez grande diferença no resultado”, explica. Para a profissional, a abordagem do médico de família vai além do tratamento pontual. “Ele entende o contexto do paciente, sua rotina e a vida familiar. Isso nos permite atuar de forma complementar: enquanto ele acompanha clinicamente, nós ajustamos a alimentação, suplementação e vitaminas, criando um cuidado mais completo e eficaz”, diz.

semana. Ao invés de enfrentar a fila do pronto-atendimento, a família recebeu orientação direta do médico.

“Mandamos um áudio e ele disse: ‘Vem aqui em casa que eu vou dar um jeito’. Ele nos atendeu em um caso agudo e conseguimos manejar em casa, sem expor nosso filho ao risco de pegar uma virose no hospital”, relembra.

Para Fábio, a relação ultrapassou o consultório. “Hoje ele é um amigo da família. Conhecemos os filhos dele, ele conhece os nossos. Esse modelo de cuidado integral realmente faz a diferença”, conclui.

Exames básicos por fases

Crianças e adolescentes: acompanhamento de crescimento e desenvolvimento, calendário vacinal, avaliação nutricional e de sono.

Adultos: hemograma, glicemia, colesterol, avaliação de pressão arterial, exame ginecológico (mulheres) e exames de saúde sexual (homens).

Meia-idade: mamografia, preventivo ginecológico, avaliação de próstata, glicemia, colesterol, triglicerídeos, função renal e hepática.

Idosos: avaliação de memória, rastreamento de osteoporose, função cardiovascular, saúde mental, revisão de medicamentos em uso.

Além de colegas profissionais, Giovana é também paciente de Moreira. “Eu consulto com ele, os meus pais, o meu marido, o meu irmão e a minha cunhada. A medicina da família abrange várias fases da vida, e tem um olhar muito mais aprofundado do contexto.”

A medicina da família abrange várias fases da vida.”

iovana Bianchetti, nutricionista

ALERTA NA INFÂNCIA

Ansiedade e depressão crescem entre jovens

Em dez anos, casos de transtornos mentais em crianças e adolescentes aumentaram mais de 2.500%, segundo o Ministério da Saúde

Asaúde mental de crianças e adolescentes tem despertado atenção entre especialistas. Segundo dados do Ministério da Saúde, estudos comparando os anos de 2014 e 2024 mostram que houve um aumento de cerca de 2.500% nos casos de ansiedade em jovens de 10 a 14 anos e de mais de 3.000% entre adolescentes de 14 a 19 anos.

mudanças de comportamento. “Uma criança que antes ia bem para a escola e de repente começa a inventar dores para não sair de casa está enviando um alerta”, observa.

Outro ponto ressaltado pela psiquiatra é a importância da saúde mental dos pais. “Não adianta pedir para o filho não ficar ansioso se o adulto em casa não cuida de si. O exemplo fala muito mais do que as palavras”, destaca. Apesar do tabu ainda existente em relação ao tratamento psiquiátrico, Bruna reforça que nem todos os casos demandam medicação. Muitas vezes, ajustes no ambiente familiar, acompanhamento psicológico e atividades integrativas já promovem melhorias.

Sinais de alerta

- Mudança brusca de comportamento

- Queixas frequentes de dor de cabeça ou dor abdominal

- Alterações no sono (dormir demais ou de menos)

- Alterações na alimentação

- Evitar escola ou atividades sociais

- Irritabilidade ou tristeza constante

- Dificuldade de concentração e queda no desempenho escolar

O que os pais podem fazer

- Manter diálogo aberto e sem julgamentos

“Esses números assustam no primeiro momento, mas refletem uma realidade que vemos diariamente nos consultórios”, afirma a médica psiquiatra Bruna Menin. Entre os fatores que contribuem para esse cenário, estão o excesso de tempo em frente às telas, a redução de brincadeiras e atividades físicas, a falta de tempo de qualidade com os pais e, ainda, a sobrecarga emocional dos adultos, que acaba sendo transmitida aos filhos.

Atenção dos pais e diálogo aberto são fundamentais para prevenção e cuidado

A médica explica que, muitas vezes, os sinais não aparecem

de forma óbvia. Em vez de dizer que estão ansiosas ou deprimidas, crianças podem manifestar sintomas como dores de cabeça, dor abdominal, náusea, alteração no sono ou alimentação e

A médica também alerta para o impacto das redes sociais, que além de hiperestimular o cérebro e prejudicar o sono, alimentam comparações que aumentam a ansiedade. “Vivemos em uma sociedade que exige muito dos jovens, e a comparação constante pode ser devastadora”, afirma. Para prevenir e reduzir os efeitos, ela defende que as famílias priorizem tempo de qualidade juntos, estabeleçam limites saudáveis, incentivem atividades físicas, alimentação equilibrada e um sono reparador. “Mais do que falar, é preciso se envolver de verdade, com presença, escuta e afeto”.

- Garantir tempo de qualidade em família

- Estabelecer limites e rotinas

- Incentivar práticas esportivas e atividades fora das telas

- Procurar ajuda profissional diante de sinais persistentes

Radaelli, pós-graduada em Maternoinfantil, Nutrição nos Ciclos da Vida e em Saúde

Seu corpo, sua fase, seu ritmo

Você sabia que mulheres que perdem massa magra em dietas restritivas têm maior chance de recuperar o peso perdido em até 6 meses?

Segundo a nutricionista Kiara Radaelli, o segredo não é cortar calorias, é alimentar o metabolismo.

“Cada mulher tem um corpo, uma fase hormonal, uma história. O que funciona no início do ciclo menstrual pode não funcionar no climatério. Por isso, dentro da Nutrição Funcional, buscamos ouvir o que seu corpo pede e responder com estratégias que respeitam sua fisiologia”.

Nesse contexto, a nutricionista destaca que o papel da proteína vai além do ganho muscular. Elas são essenciais para:

- Emagrecimento sem perda muscular

- Saciedade real e menos compulsões

- Produção de neurotransmissores

- Manutenção do colágeno e da pele firme

- Suporte à tireoide e à regulação hormonal

“Existe uma relação muito grande naquelas mulheres que consomem proteína de qualidade, em especial no café da manhã, essas apresentam maior queima de gordura e menos compulsões ao longo do dia”, destaca a profissional.

Benefícios: Esse jantar combina proteínas completas, fibras e gorduras boas que promovem saciedade, preservação muscular e equilíbrio hormonal. Ideal para mulheres que buscam emagrecer com saúde e manter a massa magra.

Ingredientes

- 100g de peito de frango grelhado e temperado com cúrcuma e limão

- 1/2 xícara de grão-de-bico cozido

- 1/2 xícara de quinoa cozida

- 1/4 de abacate fatiado

- Mix de folhas verdes (rúcula, agrião ou espinafre)

- 1 colher de sopa de azeite de oliva extra virgem

- Suco de 1/2 limão

- Sementes de girassol ou gergelim para finalizar

Modo de preparo

Monte o bowl com as folhas na base. Adicione o frango grelhado, o grão-debico, a quinoa e o abacate. Regue com azeite e suco de limão. Finalize com sementes e sirva.

Bowl Proteico de Frango com Grãode-Bico e Quinoa

APRESENTA

APRESENTA

Débora Caterine Costa debo_costa94@yahoo.com.br

FAEducação e cultura para todos

Elementos conectam empresas e comunidade

acilitar a interação com a comunidade e o ambiente externo é a grande aposta do projeto da arquiteta recém-formada pela Univates, Débora Caterine Costa, para o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). O prédio, pensado como uma nova sede para as três empresas que formam o Grupo Popular, também possui espaço para abrigar outros empreendimentos.

Sacadas e visuais foram adotados para garantir uma expe-

criação de um Centro de Desenvolvimento Cultural e Educacional foi o objetivo do projeto desenvolvido pela arquiteta formada pela Univates em 2022/A, Denise Andréia Führ, para o trabalho de conclusão do curso. A ideia foi inserir o centro na cidade de Estrela, como um espaço adequado para diversas atividades. Assim, o Criar Centro de Desenvolvimento Cultural e Educacional também propõe ofertar eventos e atividades diurnas, para os idosos, crianças e jovens, em especial, no turno inverso escolar. Para os adultos, as atividades serão concentradas nos turnos vespertino e noturno. Além disso, ocorrerão diferentes eventos abertos ao público, como palestras, encontros gastronômicos e pequenos eventos musicais. A ideia é que o espaço se torne referência para os municípios e atraia moradores de toda a região.

Parcerias

Denise destaca que para a viabilização do projeto, foi pensado em uma parceria público-privada, com o objetivo de ofertar oficinas gratuitas, em especial, às pessoas carentes e alunos de

riência diferenciada aos usuários, explica a profissional. A construção busca ampliar a visibilidade e a interação das empresas com a comunidade, por isso, o projeto também prevê uma cafeteria no andar térreo. “A ideia é atrair tanto o público que trabalha e frequenta o prédio, como a comunidade em geral”. Na parte externa, cores neutras como cinza, preto e tom de madeira foram escolhidas para transmitir sensação de aconchego, destaca Débora.

escolas públicas. Além de proporcionar apresentações teatrais e músicas por meio de editais e leis de incentivo à cultura. A ideia é que o espaço também sirva como locação para eventos e palestras de empresas e pessoas interessadas. O centro contará com salas comerciais, cafeteria, e abrigará a biblioteca pública em um ponto de fácil acesso e visibilidade.

Projeto busca ampliar visibilidade das marcas e possibilitar maior interação entre público interno e visitantes

Nos espaços internos, cada ambiente foi projetado conforme as necessidades dos usuários, mas a partir da mesma estratégia de cores da área externa. A cafeteria possui tom de concreto, laje e esquadrias escuras. A madeira, utilizada tanto nos brises, como no mobiliário, busca proporcionar um ambiente acolhedor. Os demais espaços possuem uma paleta de cores semelhantes, porém mais claras, o que garante mais conforto

para trabalhar.

Entre as texturas, destaque para o equilíbrio entre os brises de madeira e o concreto aparente. Na parte interna, também foram adotados carpetes para ajudar no conforto acústico, além de painéis em MDF para compor cada área, conforme a finalidade.

destre e trazer maior aconchego.

Como estratégias bioclimáticas criou-se recuos proporcionais a cada incidência solar, bem como a perfuração da laje superior para se ter o efeito chaminé, possibilitando a refrigeração dos ambientes e a entrada de luz natural.

Segundo a profissional, a escolha dos materiais considerou a disponibilidade no mercado, beleza, funcionalidade, custo-benefício e qualidade acústica e térmica.

“Os materiais também se destacam pela durabilidade. O carpete, por exemplo, tem uma durabilidade média. Pode ser substituído com facilidade, se necessário, mas com o devido cuidado, dura bastante tempo”. Por fim, para destacar a fachada, foram adotados materiais como o concreto e revestimentos metálicos. Esquadrias piso-teto e pilares demarcados também marcam a identidade do prédio e garantem mais personalidade ao projeto.

Incentivo à ciência

C“O propósito do centro cultural é realizar o encontro de pessoas, indiferente de raça, cor e classe”, destaca a arquiteta.

Materiais utilizados

Quanto à estrutura, além do uso de Laje nervurada, o projeto optou por deixar os ângulos de 90º arredondados com aplicação de madeira no pavimento térreo, de modo a facilitar o trajeto do pe-

riar um centro multidisciplinar de ensino, produção e popularização de ciências na Univates foi o objetivo do Trabalho de Conclusão do Curso (TCC) da arquiteta Gabriela Mezacasa Delazeri.

Além disso, na fachada, foram utilizados painéis em concreto polímero e estrutura metálica para a ventilação, com aumento, também, da inércia térmica e diminuição da entrada de calor.

“Esta materialidade exige pouca manutenção, apenas a sua higienização”, destaca a arquiteta. A cobertura conta com a impermeabilização e colocação de argila expandida para uma melhor eficiência térmica. Assim como espelhos d’água e vegetação para o resfriamento evaporativo.

PATROCINADORES REALIZAÇÃO

Gabriela Mezacasa Delazeri Arquiteta e urbanista formada pela Univates em 2024/B Orientadora: Dra. Jamile da Silva Weizenmann

APRESENTA

APRESENTA

Formada pela universidade no fim do ano passado, ela pensou em um projeto localizado na na esquina da Av. Avelino Talini com a Rua Eugênio Almiro Schmidt, em Lajeado, e teve orientação da professora Jamile da Silva Weizenmann.

Segundo Gabriela, o estudo foi motivado pela falta de incentivo ao ensino de ciências de forma mais didática e divertida, já que ela percebe esses ensinamentos como ferramentas importantes para a formação de cidadãos conscientes com o meio ambiente.

“Outro motivador é a ainda carência de representatividade feminina no meio científico e acadêmico, o que faz necessário propostas de incentivo às meninas em fases de ensino fundamental e médio”, destaca. Dessa forma, o centro supre a necessidades por espaços maiores e inspiradores para atender a demanda de público nas atividades do Museu de Ciências e dos Projetos de Pesquisa e Extensão da Univates, como o Planetário Univates.

O projeto

para Trabalho de Conclusão de Curso com possibilidade de ser executado.

Gabriela ressalta que, no projeto, o volume barra apresenta três pavimentos, sendo o último composto pela maior parte de um terraço. Além disso, apresenta conexão por meio de uma rampa, formada por parte

Educação e cultura para todos

da laje superior do terceiro andar, para um terraço mais alto, onde configura-se a área de observação do céu para ser usada em eventos com telescópio. A estrutura abriga uma área administrativa, restaurante, salas de oficinas, áreas de exposição do Museu de Ciências e o Centro de Memória. Já o segundo volume é caracterizado por um pátio interno e a cúpula que abriga a sala de projeção do Planetário. No interior, ficam áreas diversificadas de exposição e apresentações, como a área de

debates, composta por uma arquibancada. Apresenta, ainda, em seu pavimento térreo, um café que serve como apoio para eventos de sessões na cúpula. Ainda, uma barra na edificação concentra os laboratórios e acervos. A arquiteta ressalta que a conexão entre os dois prédios é feita por uma passarela-rampa que liga o térreo do edifício barra com o térreo ou o subsolo da edificação com a cúpula. E, entre as duas edificações, fica a Praça da Ciência, que terá diversas experiências de brinquedos para os visitantes.

Débora Caterine Costa debo_costa94@yahoo.com.br

acilitar a interação com a comunidade e o ambiente externo é a grande aposta do projeto da arquiteta recém-formada pela Univates, Débora Caterine Costa, para o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). O prédio, pensado como uma nova sede para as três empresas que formam o Grupo Popular, também possui espaço para abrigar outros empreendimentos. Sacadas e visuais foram adotados para garantir uma expe-

Projeto busca ampliar visibilidade das marcas e possibilitar maior interação entre público interno e visitantes

riência diferenciada aos usuários, explica a profissional. A construção busca ampliar a visibilidade e a interação das empresas com a comunidade, por isso, o projeto também prevê uma cafeteria no andar térreo. “A ideia é atrair tanto o público que trabalha e frequenta o prédio, como a comunidade em geral”. Na parte externa, cores neutras como cinza, preto e tom de madeira foram escolhidas para transmitir sensação de aconchego, destaca Débora.

Nos espaços internos, cada ambiente foi projetado conforme as necessidades dos usuários, mas a partir da mesma estratégia de cores da área externa. A cafeteria possui tom de concreto, laje e esquadrias escuras. A madeira, utilizada tanto nos brises, como no mobiliário, busca proporcionar um ambiente acolhedor. Os demais espaços possuem uma paleta de cores semelhantes, porém mais claras, o que garante mais conforto

para trabalhar. Entre as texturas, destaque para o equilíbrio entre os brises de madeira e o concreto aparente. Na parte interna, também foram adotados carpetes para ajudar no conforto acústico, além de painéis em MDF para compor cada área, conforme a finalidade. Segundo a profissional, a escolha dos materiais considerou a disponibilidade no mercado, beleza, funcionalidade, custo-benefício e qualidade acústica e térmica.

“Os materiais também se destacam pela durabilidade. O carpete, por exemplo, tem uma durabilidade média. Pode ser substituído com facilidade, se necessário, mas com o devido cuidado, dura bastante tempo”. Por fim, para destacar a fachada, foram adotados materiais como o concreto e revestimentos metálicos. Esquadrias piso-teto e pilares demarcados também marcam a identidade do prédio e garantem mais personalidade ao projeto.

Denise Andréia Führ
e Urbanista formada
pela Univates em 2022A
Guilherme Osterkamp
Projeto desenvolvido

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