A Hora – 13 e 14/09/2025

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ANÁLISE, CURADORIA E OPINIÃO DE VALOR

Fim de semana, 13 e 14 setembro 2025 | Ano 23 - Nº 3930 |

FIM DAS FILAS

Tecnologia muda rotina nas estradas

Semana Farroupilha evidencia tradições

Milhares de pessoas devem circular pelas programações nos municípios do Vale do Taquari. Abertura do acampamento em

Lajeado ocorre com o acendimento da Chama Crioula. Semana também é marcada pelo lançamento do Projeto Fogo de Chão.

PÁGINAS | 10 e 11

TAG, PIX e autoatendimento ganham espaço nos pedágios

Motoristas deixam o dinheiro em espécie para optar por meios automáticos de pagamento nas rodovias. Nas BRs administradas pela CCR ViaSul, 65% dos veículos passam direto pelas pra-

OPINIÃO | RODRIGO MARTINI

ças. Já nas estaduais, o modelo sem cancela (free flow) mostra queda na inadimplência, hoje em 2,8%. A tecnologia avança e transforma a experiência de viagem no RS. PÁGINAS | 6 e 7

Os próximos passos do processo após condenação de Bolsonaro

PÁGINA | 8

Do Congresso ao Planalto Será que Bolsonaro se arrepende da experiência presidencial? Penso que não.

OPINIÃO | VINI BILHAR

Um ano à frente do Grupo Imec Fabiano Pivotto colhe resultados positivos e traça metas ao futuro da marca de 70 anos.

CIRCUITO DOS VALES/OMEGA

Etapa de Lajeado supera a marca de 2 mil inscritos

Corrida, caminhada e cultura marcam mais uma etapa do Circuito dos Vales. A largada ocorre em frente à sede administrativa do Sicredi Integração RS/MG e o percurso se estende pelas principais vias do centro.

PÁGINAS | 30 e 31

OPINIÃO | HENRIQUE PEDERSINI Novo recorde batido

Construção civil de Lajeado atinge marca histórica. E o ano ainda nem terminou.

EZEQUIEL NEITZKE
MATHEUS LASTE
GABRIEL SANTOS

para acompanhar a vida

As estradas sempre foram espelhos da sociedade. Por elas circulam as pessoas, com seus hábitos, culturas, consciências e expectativas. E hoje, mais do que nunca, o comportamento dos motoristas nas rodovias segue as transformações da tecnologia, e de uma forma profunda. Verificar a crescente adesão aos formatos automáticos nos pedágios, como mostra reportagem nesta edição, tem-se uma ideia da nova rotina esperada nos deslocamentos entre regiões e municípios.

“A digitalização está nos bancos, na saúde, no comércio e na educação. Por isso, precisa chegar também nas estradas. Deste modo, o modelo free flow é o que mais se aproxima do futuro”

Selos de leitura automática no parabrisa, autoatendimento e aplicativos substituem o dinheiro em espécie. Tudo para reduzir filas e tornar as viagens mais fluídas. Essa transformação é mais do que uma conveniência, pois reflete o cotidiano das famílias em diferentes espaços. A digitalização está nos bancos, na saúde, no comércio e na educação. Por isso, precisa chegar também nas estradas. Deste modo, o modelo free flow é o que mais se aproxima do futuro. E os dados da Serra Gaúcha mostram resultados surpreendentes, com menos de 3% de inadimplência. Serve de referência para o que está por chegar ao Vale do Taquari. A discussão simplória do pedágio enquanto custo está superada. Aparece em discursos populistas, superficiais, rasos e, até mesmo, oportunistas.

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“Creio que a literatura seja algo intrínseco na minha vida”

A escritora venâncioairense Rosmeri Menzel, 52, teveacessoajornais,gibis e livros desde a infância. Ogostopelaliteratura sócresceu.Apoesiaéo gêneroprincipaldesua escrita. Na 26ª Feira do Livro deVenâncio Aires, quesegueatédomingo,ela participadaprogramação emoficinaebate-papo literário.

Luciane Eschberger Ferreira luciane@grupoahora.net.br

Como a literatura surgiu na sua vida?

Creio que a literatura seja algo intrínseco na minha vida. Na infância tive acesso a jornais, gibis e livros em língua alemã, que a bisavó guardava. Na adolescência, o primeiro poema foi escrito na escola e, a partir de então, publicações em jornais, participação em concursos, até o momento da publicação de livros.

Quantos e quais livros você escreveu e publicou?

Descortinar, poemas, 2020 / A menina Carolina, poema infantil, 2021 / Infinitude, poemas, 2022 / O riso é coisa séria – e não se falha mais nisso, palhaçaria, 2024. Todos publicados pela Editora Vírtua.

Como você define a poesia, o gênero que você escreve?

A poesia está em todos os lugares e nas mais variadas formas. O que muda é a forma como olhamos e o sentido que damos a cada observação ou reflexão que fazemos. Posso criar um poema sobre um ínfimo grão de areia ou sobre

o céu, em toda sua amplitude. Ou ainda, falar sobre a dor de uma cicatriz e em outro ponto de vista, sobre o aprendizado que tive com ela. A magia da poesia reside na interpretação do poema a cada leitura, tanto do autor como do leitor.

Quais são os seus gêneros preferidos de leitura?

Transito por todos os gêneros no quesito leitura e tenho dificuldade em definir quais os preferidos, todavia, os mais lidos são conto, crônica, poesia e romance. O menos lido é terror.

Como você vê a questão das telas e livros?

Primeiro, entendo que manusear um livro físico sempre será algo especial, ainda mais se o leitor for uma criança. É um momento de experimentação: tato, coordenação motora, olfato, espaço e outras possibilidades. Na medida em que este leitor cresce, as percepções mudam. O adulto, muitas vezes, opta por uma leitura digital pela facilidade de acessar o celular ou kindle. Quanto à questão telas versus livros, considero ambos necessários e importantes, mas de modo geral, não tenho a percepção de que um venha a anular o outro, apenas que cada indivíduo deva se adequar

da melhor forma, em cada situação.

Você é uma escritora envolvida com entidades literárias. Qual o seu papel neste movimento?

Nasci e cresci em uma comunidade onde as associações, tanto sociais quanto esportivas ou escolares, sempre foram de grande importância e mostraram que o coletivo consegue fomentar o desenvolvimento do espaço por ele abrangido. É neste sentido que busco fazer a minha parte. Estar presente, incentivar e, dentro do possível, auxiliar quem busca informações sobre leitura e escrita. Evoluir e potencializar o movimento literário, seja o meu, da minha cidade ou mesmo regional.

Você estará envolvida na programação da 26ª Feira do Livro de Venâncio Aires. Qual a sua expectativa para edição deste ano?

Sim, diretamente envolvida na Banca dos Escritores Venâncio-airenses, também ministrando uma Oficina de Poesia com a colega Ana Júlia e participando de um Bate-papo de escritores. A expectativa é de uma grande festa, de vendas, mas também de encontros, reencontros, arte e cultura. Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores. Impressão Zero Hora Gráfica

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DA FACADA À PRISÃO

Bolsonaro está arrependido?

Esfaqueado em praça pública na campanha presidencial de 2018, e sem condenações por corrupção à frente da presidência da República, Jair Bolsonaro (PL) será levado à prisão até o fim de dezembro em função de uma suposta – mas bem documentada – iniciativa de “golpe de estado”. É difícil pensar o que se passa na cabeça do principal líder da direita nacional, especialmente nas últimas semanas, quando passou a já sentir o amargo gosto do cárcere privado. Será que ele

Estrele

reergue

a Feira do Produtor

Com a força e a proatividade do associativismo regional, com destaque ao trabalho da Sicredi Ouro Branco por meio do movimento “pix solidário”, o município de Estrela vai reerguer e reinaugurar neste sábado o espaço da Feira do Produtor. Mais robusto e resiliente, o complexo terá condições para receber outros eventos. Aliás, os produtores já cobram mais dias da semana para o comércio dos hortifrutigranjeiros e afins. Ou seja, o espaço retornará ainda mais pujante!

está arrependido de ter trocado o Congresso pelo Planalto? Muitos acreditam que sim. Eu tenho cá minhas dúvidas. Por um lado, é bem verdade que Bolsonaro deixa o processo com o corpo combalido pela criminosa facada, cheio de problemas de saúde e agora cerceado de liberdade. Por outro lado, porém, ele reconhece ser o principal responsável por acender uma chama histórica à direita nacional. Não falo daquela chama repugnante, de autoritarismo, truculência e preconceito, e que ele ajudou, sim, a desenterrar. Eu me refiro àquela chama de valores

R$ 800 mil para revitalizar a Júlio de Castilhos

O primeiro projeto de revitalização da rua Júlio de Castilhos, apresentado para a sociedade em 2021, previa investimentos próximos aos R$ 5 milhões. Já a proposta apresentada nesta semana pelo vereador Aquiles Mallmann (PP), que prevê menos intervenções, está orçada em pouco mais de R$ 800 mil. Lembrando que os proprietários precisam custear as próprias calçadas…

TIRO

- A Univates é uma das instituições parceiras do projeto internacional BioGas2protein, da Alemanha. A iniciativa busca a valorização do biogás por meio do aproveitamento de gases residuais para a produção de proteínas microbianas.

- Na câmara de Teutônia, o suplente Ricardo Roth (PSDB) assumiu nesta semana a cadeira da vereadora Neide Schwartz (PSDB), suspensa por dois meses pela Comissão de Ética após falar da vida pessoal de um colega.

- Parceria entre empresas e poder público municipal possibilitará a revitalização da Casa do Museu, em Arroio do Meio, onde funciona o Museu Público. A previsão é investir R$ 600 mil no local.

- Ex-vereador e atual assessor parlamentar do deputado estadual Guilherme Pasin (PP), João Braun (PP) garante: quer concorrer novamente a prefeito em 2028. No pleito passado, ele conquistou 5.016 votos, contra 5.111 do ex-prefeito Elmar Schneider (MDB) e 6.710 da prefeita eleita Carine Schwingel (União Brasil).

- Não param de chegar “informações” sobre possíveis pré-candidatos a deputado estadual no Vale do Taquari. Ora, vamos com calma, pessoal. Vamos manter os pés no chão...

- Em tempo, uma “lacradinha”: o STF anda muito duro com o autoritarismo, mas andou muito mole com a corrupção. Bom fim de semana a todos!

morais e cívicos já esfarelados em nossa sociedade e que tão bem fizeram à nação em tempos de outrora. Algo que nem o soberano STF terá forças para apagar. Diante disso, penso eu, Bolsonaro não está tão arrependido...

PDT de Lajeado apoia Artus

Na quinta-feira passada, a Executiva do PDT de Lajeado realizou encontro para novas filiações e projeções às próximas eleições gerais e municipais. Deputado estadual e ex-prefeito de Venâncio Aires, Airton Artus (PDT) participou do evento. E, de acordo com o presidente municipal do PDT, Mateus Selke, a Executiva lajeadense vai apoiar a reeleição de Artus em 2026.

Nova ponte junto à BR-386 pode custar

menos de R$ 140 milhões

Um grupo de empresários formalizou de forma discreta o projeto e agora se une de forma estratégica com agentes políticos para convencer a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) a autorizar a construção da nova ponte sobre o Rio Taquari, entre Lajeado e Estrela, junto ao traçado da BR-386. A proposta capitaneada pelos voluntários do setor empresarial será levada à Brasília nos próximos dias e entregue pessoalmente ao Ministro dos Transportes, Renan Filho. A ideia é acordar com a concessionária ViaSul a cons-

trução de novas travessias sobre o Taquari – com 238 metros de comprimento, oito de largura e um metro de ciclovia – e também sobre o Arroio Boa Vista – com 129 metros de comprimento, oito de largura e um metro de ciclovia. O custo estimado gira em torno de R$ 140 milhões. E pode custar menos, apostam os interlocutores do projeto. Além disso, o valor seria amortizado com uma possível prorrogação do contrato e/ ou ajustes nas tarifas de pedágio. Uma ideia pouco debatida publicamente. Mas cujo resultado pode surpreender o Vale.

vinibilhar@grupoahora.net.br

“Foco nas pessoas, clientes e resultados”

Fabiano Pivotto completa seus primeiros 12 meses como CEO do Grupo Imec, colhendo resultados positivos. Em conversa franca, ele destacou a simplicidade com foco no tripé: pessoas, clientes e resultados. O olhar atento ao mercado e a experiência adquirida em grandes players do varejo nacional. Pivotto reforçou que os pilares de sua administração seguem alinhados aos valores que orientaram os 70 anos de história do Grupo Imec.

Como o Imec se reinventou para chegar aos 70 anos?

Fabiano Pivotto - Acompanhando todas as fases no varejo do Rio Grande do Sul. Antes com menor presença de concorrência, especialmente no segmento de atacarejo, hoje vive um período de forte expansão. A empresa celebra 70 anos de sucesso, um marco raro no país. A trajetória é resultado do trabalho de famílias fundadoras e colaboradores que sustentaram a evolução da marca até aqui.

Banrisul completa 97 anos e investe na inovação digital

O Banrisul celebrou 97 anos e anunciou novidades que reforçam sua tradição e solidez, ao mesmo tempo em que projetam o banco como moderno e digital. Entre os destaques estão a reformulação do aplicativo e do site, além do lançamento do Banrisul Ofertas, plataforma que conecta lojistas e clientes.

A data também marca uma nova campanha publicitária estrelada pela cantora Luísa Sonza. Segundo o presidente Fernando Lemos, a instituição alia segurança e tradição à conveniência de soluções digitais. “Tradição e inovação podem caminhar juntas. Nosso compromisso é seguir ao lado dos gaúchos, oferecendo soluções

que tornem a vida financeira mais simples e eficiente”, afirma. O aplicativo reformulado oferece experiência mais intuitiva, acessível e segura, com design renovado e recursos desenvolvidos a partir de pesquisas com clientes. Fundado em 1928, o Banrisul nasceu para apoiar o desenvolvimento econômico do Rio Grande do Sul.

Indicadores

Dólar: R$ 5,35 -0,71%

Ibovespa: 142.397,02 (-0,53%)

Neste primeiro ano da sua administração quais pilares sustentam a gestão e os resultados do grupo?

Pivotto - O ano tem sido de aprendizados e resultados positivos. Estamos apoiados por um conselho estruturado, equipe organizada e governança consolidada. Adotamos a simplificação como estratégia de gestão. As decisões do grupo se orientam por três princípios básicos: pessoas, clientes e resultados. Esses pilares funcionam como um “semáforo”: quando todos estão no verde, a operação segue em frente; no amarelo, há atenção redobrada; já no vermelho, a ordem é parar e reavaliar para manter segurança e coerência.

Por que o atacarejo se tornou o formato que mais cresce no varejo brasileiro?

Pivotto - As transformações vão além dos negócios e incluem mudanças ambientais, econômicas e de hábitos de consumo. Esse cenário molda um novo momento. O atacarejo surgiu da necessidade de oferecer acesso a produtos de forma mais econômica. Inicialmente voltado a pequenos comerciantes, evoluiu para atender também famílias. Em um país de economia instável, onde a renda não acompanha a inflação e o poder de compra

é limitado, formatos como o atacarejo ganham força para responder à demanda por preço acessível.

Como o grupo olha para 2025 e planeja o futuro?

Pivotto - Manter a segurança financeira conquistada até aqui, diante de um cenário econômico de custos elevados e receitas pressionadas. O objetivo é encerrar o ano consolidando os projetos já desenhados e, ao mesmo tempo, projetar 2026, que deve trazer novos desafios. A expectativa para o próximo ano é de inflação menor, porém com consumo também reduzido. Projeções indicam que o varejo alimentar deve crescer menos de 1%, e o varejo restrito deve seguir na mesma faixa.

Como avalia, depois de um ano, seu retorno ao estado?

Pivotto - Sou natural de Santa Maria, mas construí carreira em operações nacionais, especialmente a partir de São Paulo. São 31 anos de mercado. Apesar de manter vínculos com o estado ao longo desse período, a relação era distante. Agora, a escolha de retomar a vida no Rio Grande do Sul foi pensada e planejada, como realização pessoal e profissional. Não é passar pelo estado, é estar no estado. Isso muda tudo.

Fabiano Pivotto, CEO do Grupo Imec
VINI BILHAR

COMPORTAMENTO DO MOTORISTA

Pagamento automático representa 65% do pedágio nas BRs

Adesão crescente ao TAG e ao autoatendimento revela nova rotina nas rodovias federais. Concessionária aposta em modernização e estuda retorno do PIX nas praças. Nas estaduais, primeira experiência com free flow mostra queda constante da inadimplência, hoje em 2,8%

dos veículos passam direto pelas praças, sem precisar entrar em filas, nas rodovias administradas pela CCR ViaSul.

Aforma como os motoristas pagam

pedágio está mudando.

Observa-se a preferência dos condutores por meios automáticos e semiautomáticos de pagamento. O resultado: 65%

O diretor de operações da concessionária, Paulo Linck, destaca que essa migração tem se intensificado nos últimos anos.

“Tínhamos um perfil de motorista que pagava no dinheiro. Vemos que há uma evolução para uso do TAG. Muito pela facilidade de não

Se considerarmos os meses mais recentes, de junho, julho e agosto, o pagamento por dinheiro cai para menos de 13%.”

Praça de Paverama será remodelada, com melhoria na sinalização e conectividade para permitir pagamentos via Pix

parar na fila.”

A difusão dos meios de pagamento pela passagem automática por meio de instituições financeiras faz com que o crescimento médio de condutores que optam por esse formato aumente em torno de 2% ao mês, afirma.

No ano, a média de pagamento no semiautomático (cabine sem usuário, com pagamento direto pelo condutor, em especial por cartão) está em 20%. Em dinheiro, 15%, conta Linck. Ainda assim, há variações sazonais. No verão, durante o período de férias, aumenta o percentual de pagamento em dinheiro. “Temos as passagens de visitantes, de turistas, em especial argentinos”, destaca o diretor. “Se considerarmos os meses mais recentes, de junho, julho e agosto, o pagamento por dinheiro cai para menos de 13%.”

A CCR ViaSul venceu o leilão para gerir as BRs 386, 101, 290 e 448 em novembro de 2018. O contrato faz parte do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI),

e a empresa terá que investir mais de R$ 7,8 bilhões em 30 anos de concessão. No entanto, o primeiro trecho da duplicação, entre Marques de Souza e Lajeado, tem dois anos de atraso. O término está previsto para dezembro.

Na região

Na praça de Paverama, a CCR ViaSul finaliza um projeto de remodelação das pistas de autoatendimento, com previsão de conclusão para setembro. A iniciativa inclui melhorias nos equipamentos e na sinalização, com o objetivo de facilitar o uso por parte dos motoristas.

“Estamos melhorando tanto o equipamento quanto a sinalização, e acreditamos que isso vai evoluir bastante”, diz Linck.

Na praça, 47% dos veículos que não usam TAG passam nas cabines de autoatendimento. A média de circulação diária é de 16 mil veículos, número considerado dentro do previsto no contrato.

Experiência com o PIX

Nos anos de 2021 e 2022, a concessionária tentou oferecer o pagamento por PIX. Problemas na conexão de internet tornaram a experiência negativa. Com isso, suspendeu o modelo de pagamento, pois o acesso aos aplicativos aumentava o tempo de transação e, por consequência, a fila do pedágio.

“As praças estão localizadas em áreas mais remotas, onde a cobertura de sinal de celular é precária. Muitas vezes dificulta que o cliente acesse o aplicativo e acaba demorando”, destaca o diretor da CCR ViaSul.

Apesar dos desafios, a concessionária acredita que até o fim do ano o sistema poderá ser reativado devido às melhorias na infraestrutura de conectividade. “Hoje é um meio contingencial, mas vamos difundir. As pessoas estão acostumadas a usar o PIX, então precisamos reestruturar nossos equipamentos para que possam fazer a transação o mais rápido possível.”

Caminho para o free flow

A CCR foi a primeira concessionária do país a implantar o modelo de pedágio por free flow (cobrança automática sem cancela), na BR-116, a Via Dutra, entre Rio de

VALE DO TAQUARI
Primeira experiência de free flow no RS, na Serra, tem pouco mais de um ano e meio de operação e queda no índice de inadimplência, hoje em 2,8%
BANCO DE IMAGENS/CSG
Filipe Faleiro filipe@grupoahora.net.br

Janeiro e São Paulo.

Conhecida por ser a rodovia por onde passa a maior parte do PIB nacional, o formato de leitura automática foi iniciado em 2023 para servir de referência. “Todas as concessões federais dependem da finalização desse processo. A partir dali, serão emitidos os regulamentos para que outras rodovias possam ajustar e oferecer esse formato.”

Enquanto isso, a expectativa é que até o fim do ano sejam definidos os princípios da regulação, incluindo tecnologia de identificação automática, sinalização específica e formas

de cobrança para motoristas sem TAG. Por enquanto, diz o diretor de operações, não há previsão para essa tecnologia ser instalada nos trechos administrados pela concessionária no RS.

Análise regional

Nas rodovias estaduais, o governo do Estado pretende fazer todas as novas concessões com a exigência de instalação do free flow. Para o grupo de trabalho formado dentro da Câmara da Indústria e Comércio (CIC-VT) para analisar o pacote do Bloco

2, há um entendimento de que a cobrança automática sem cancelas é o formato mais justo. Para o diretor de Infraestrutura da entidade, Leandro Eckert, a lógica é cobrar um pouco de muitos. “Trechos que antes não pagavam nada, agora terão de contribuir. Além de reduzir custos, evita filas, diminui o consumo de combustível e melhora a fluidez do tráfego.”

O Bloco 2 envolve 415 quilômetros de rodovias, entre as quais trechos regionais nas ERSs-128, 129, 130 e 453. Ao longo de todo o trecho, serão 24 pórticos de cobrança de free flow. O investimento previsto em quase R$ 6 bilhões em 30 anos.

Free flow no RS

O Bloco 3, onde estão rodovias da Serra do RS, foi concedido faz pouco mais de dois anos. São 271 quilômetros, com seis pórticos de cobrança. Todas as passagens são por leitura automática de placas. Conforme a Caminhos da Serra Gaúcha (CSG), a inadimplência é a mais baixa do país. Está em 2,8%. A operação do sistema de pedágio eletrônico free flow começou faz um ano e meio. No início da operação, o percentual de inadimplência era de 7%. Em todos os pórticos, o volume diário médio (VDM) é de 55 mil veículos.

Conforme a empresa, em julho de 2025, os dados mostram que 75% dos motoristas pagaram a tarifa por meio de TAGs eletrônicas instaladas nos veículos. Os outros 25% usaram plataformas digitais da concessionária, seja o portal, aplicativo ou atendimento presencial.

Deste percentual, 73% pagaram por PIX, 16% mantêm saldo no aplicativo da concessionária, com débito automático nas passagens, e 0,4% em dinheiro nas bases de atendimento. O restante optou por cartão de crédito ou débito.

Comparativo

Como os motoristas pagam pedágio nas rodovias do RS

CCR ViaSul, CSG e EGR revelam diferentes estágios de adesão ao pagamento eletrônico e mostram como o comportamento dos condutores está mudando nas estradas gaúchas

CCR ViaSul

Rodovias: BR-386, BR-101 e Freeway

TAG: 65% dos veículos

Cartões: 20%

Dinheiro: 15%

Paverama: 47% dos veículos sem TAG

CSG

(Caminhos da Serra Gaúcha)

Rodovias: ERS-122, ERS-240 e ERS-446 (271 km)

Modelo: Eletrônico sem cancelas (free flow)

Adesão ao TAG: 75%

Outras formas de pagamento:

Plataformas digitais: 25%

PIX: 73%

Crédito no app: 16%

Dinheiro nas bases: 0,4%

Cartão: restante

Inadimplência: 2,8% (era 7% no início da operação)

EGR

Rodovias: ERS-130 e 453

Boa Vista do Sul

Encantado

(dados pós-reabertura):

29,8%

11,3%

Cruzeiro do Sul

12,8%

BOLSONARO CONDENADO

Ritos de julgamento “foram respeitados”, analisa especialista

Max Telesca, advogado com atuação de longa data em tribunais superiores, avalia processo que resultou na responsabilização de ex-presidente e mais sete aliados por tentativa de golpe de Estado

Mateus Souza mateus@grupoahora.net.br

Paulo Cardoso paulo@grupoahora.net.br

Pela primeira vez na história do Brasil, um ex-presidente da República foi condenado por tentativa de golpe de Estado. Jair Bolsonaro, que comandou o país entre 2019 e 2022, foi responsabilizado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), por quatro votos a um. O julgamento durou pouco mais de uma semana e teve ampla repercussão nacional e até no exterior.

Declarado inelegível pela Justiça Eleitoral em 2023, Bolsonaro cumpre prisão

domiciliar desde agosto, com uso de tornozeleira eletrônica, por ordem do ministro do STF, Alexandre de Moraes. Além dele, mais sete aliados foram condenados pela Corte na mesma ação penal, que também analisava outros quatro crimes.

Enquanto as decisões sobre os rumos do ex-presidente dividem opiniões entre a população no país, no meio jurídico, parte considerável das análises convergem em relação aos ritos do processo. Advogado especialista em tribunais superiores, Max Telesca entende que, neste caso, o Judiciário cumpriu seu papel.

“Não é possível compreender como algo normal o que aconteceu. Não há como negar que houve tentativa de golpe. E nós somos, historicamente, o país do golpe de Estado: desde a fundação da República, passando por várias tentativas ao longo do século 20”, frisou, em entrevista à Rádio A Hora 102,9.

Além de golpe de Estado, a condenação também se estende aos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

ENTREVISTA

MAX TELESCA • advogado especialista em tribunais superiores

“Prisão

somente após o

trânsito em julgado”

A Hora: Qual a tua avaliação final sobre as penas impostas aos sete réus?

Max Telesca: Dentro de todo o histórico de possibilidades levantadas, as penas ficaram em um patamar razoável, considerando a quantidade de crimes pelos quais os réus foram condenados. Houve a aplicação da atenuante da idade para aqueles que se enquadravam no mínimo legal. Em outros cálculos, Flávio Dino havia chegado a 31 anos de pena, o que, diante do contexto, também parece dentro do razoável.

AH: Quando os réus serão de fato presos em regime fechado?

Telesca: Atualmente, é possível a prisão apenas após o trânsito em julgado, ou seja, quando não cabem mais recursos. O recurso que poderia eventualmente alterar o resultado são os embargos infringentes, que só ocorrem quando há divergência entre os votos. Nesse caso específico, houve apenas um voto divergente. O que cabe hoje é a interposição de embargos de declaração pela defesa. Esses embargos servem basicamente para esclarecer pontos do acórdão, mas têm pouca eficácia para alterar o mérito.

Ex-presidentes e a Justiça

2018

Hoje presidente pela terceira vez, Lula foi preso após se entregar à Polícia Federal. Ele havia sido condenado a nove anos e seis meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Cumpriu a pena até novembro de 2019, quando o STF anulou a sentença por considerar que o TRF4 julgou o processo fora da área de jurisdição.

2019

Menos de meio ano após encerrar mandato presidencial, Michel Temer foi preso duas vezes, no âmbito da Operação Lava-Jato, acusado de corrupção e lavagem de dinheiro. A primeira ocorreu em 21 de março. Ficou quatro dias detido. A segunda foi em 9 de maio, sendo solto seis dias depois. Não houve condenação.

2025

Fernando Collor foi preso em abril, dois anos após ser condenado pelo STF a 8 anos e 10 meses de detenção pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Pouco depois, em maio, foi autorizado a cumprir pena em prisão domiciliar.

da pena pode-se progredir para a domiciliar, desde que cumpridos os requisitos legais. No entanto, a defesa do ex-presidente, considerando a peculiaridade do seu estado de saúde, poderá solicitar ao ministro a transformação do regime fechado para o domiciliar.

AH: O voto do ministro Fux não foi suficiente para a aprovação dos embargos, mas pode trazer algum benefício à defesa?

Telesca: Na prática, dentro do processo penal que acompanhamos, não haverá nenhuma consequência efetiva. Isso porque, para que houvesse impacto, seriam necessários dois votos favoráveis, e houve apenas um. Assim, o resultado é um voto isolado, ainda que longo e fundamentado, de um ministro.

AH: Os réus não possuem foro privilegiado e mesmo assim foram julgados pelo STF. Esse rito está correto?

AH: Isso leva quanto tempo?

Telesca: Acredito que o processo ainda levará meses, apesar de tramitar de forma eletrônica. Mesmo com o ritmo mais rápido, o que chegou a ser criticado pela defesa, tudo ocorreu dentro dos padrões legais, tanto que a maioria das alegações não foi aceita. Minha expectativa é que esse processo seja julgado ainda antes do final do ano, quando as penas poderão começar a ser executadas.

AH: Considerando as condições de saúde de Bolsonaro e a idade, há chances de progressão para o regime domiciliar?

Telesca: A partir de um sexto

Telesca: Minha opinião pessoal não tem o mesmo peso, porque o plenário do STF já firmou entendimento sobre o tema. Como advogado, devo respeitar a decisão. Ainda assim, considero que o Supremo, ao longo do tempo, também oscilou em sua jurisprudência.

AH: Os ritos legais foram respeitados?

Telesca: O Judiciário, assim como qualquer instituição, é imperfeito, tem falhas. A democracia, da mesma maneira, não entregou plenamente justiça social, saúde para todos ou educação de qualidade a todos. Mas ainda assim é um sistema no qual posso fazer reclamações e buscar respostas. Esse Judiciário que temos está cumprindo seu papel. Temos vivido uma luta constante pela construção democrática. Há equívocos, sim, mas nada tão grave quanto o que presenciamos.

Quem são os réus condenados

Jair Bolsonaro –ex-presidente da República; Alexandre Ramagem –ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin); Almir Garnier –ex-comandante da Marinha; Anderson Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal;

Augusto Heleno –ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); Paulo Sérgio Nogueira –ex-ministro da Defesa; Walter Braga Netto –ex-ministro de Bolsonaro e candidato a vice na chapa de 2022; Mauro Cid –ex-ajudante de ordens de Bolsonaro

TRADICIONALISMO

Na Semana Farroupilha, o fortalecimento da cultura gaúcha

Programações no Vale do Taquari têm início neste fim de semana. Muçum celebra a retomada do festejo e aguarda 50 mil pessoas. Em Lajeado, acendimento da Chama Crioula marca início das atividades no Parque Professor Theobaldo Dick

Karine Pinheiro karine@grupoahora.net.br

Matheus Laste Colaboração

VALE DO TAQUARI

Os festejos farroupilhas entram em destaque na semana do Dia do Gaúcho, celebrado em 20 de setembro. Com chimarrão na mão, diversos representantes de entidades tradicionalistas trabalham na finalização dos piquetes para as programações que iniciam neste fim de semana no Vale do Taquari. A data marca o fortalecimento da cultura gaúcha e os aspectos simbólicos do tradicionalismo.

A partir deste sábado, 13, milhares de pessoas devem circular pela 6ª Semana Farroupilha de Lajeado, no Parque Professor Theobaldo Dick. A abertura oficial da programação ocorre a partir das 18h, com o acendimento da Chama Crioula e apresentação dos alunos das oficinas da

Casa de Cultura, seguido de show artístico.

As atividades organizadas pelas entidades culturais têm como objetivo, sobretudo, fortalecer as raízes gaúchas e aproximar a população do tradicionalismo. A celebração neste ano também representa, de forma simbólica, uma retomada. Patroa do CTG Raízes do Sul, Monique de Morais relata a expectativa para o evento.

“A tendência neste ano é que a circulação seja maior. Remodelamos nosso espaço com o objetivo de receber melhor o público. Preparamos oficinas que destacam a importância do tradicionalismo e queremos trazer as pessoas para as entidades”, comenta Monique. Para ela, a Semana Farroupilha é uma grande oportunidade para evidenciar a cultura gaúcha.

A patroa ressalta o trabalho feito em conjunto para que o evento aconteça. “Muitas entidades de Lajeado se fazem presente e movimentam a programação, desde a idealização até o fim. Disponibilizamos tempo para montagem,

Presença da Rádio A Hora

102.9

No piquete do Grupo A Hora, uma programação especial da Rádio A Hora 102.9. Programas como Vale em Pauta, Conexão Regional, A Hora GreNal, A Hora Retrô e Happy Hour ocorrem diariamente da Semana Farroupilha. Lives e projetos especiais, como Educame e O Meu Negócios, também estão projetados ao longo da semana.

de aumento do público.

“É um momento para fortalecer os laços do tradicionalismo e espalhar a cultura gaúcha. Teremos participação de outros municípios da região. Temos um clima de retomada e o propósito de atrair pessoas à cultura gaúcha. É uma cultura que é linda e emociona”, afirma o presidente.

Entre as novidades deste ano, a ampliação do espaço. “Mudamos o palco de lugar. Também foi expandido o número de ranchos, de 24 espaços foram aumentados para 30 neste ano. A procura, inclusive, foi muito grande, o que gera essa boa expectativa”, afirma Becker, ao destacar que a Semana Farroupilha de Lajeado é consolidada no calendário de eventos.

É um momento para fortalecer os laços do tradicionalismo e espalhar a cultura gaúcha”

materiais e ideias. Cada um dá uma contribuição para o gaúcho fazer o que sabe melhor, que é receber as pessoas”, afirma.

Acampamento lotado

Até o dia 20 de setembro, cerca de 30 mil pessoas devem circular pela Semana Farroupilha. A expectativa do presidente da Associação Municipal Tradicionalista Gaúcha de Lajeado (AMTG), Daniel Becker, é manter o parque lotado durante toda a festividade. Na avaliação dele, as temperaturas altas e a programação diversificada elevam as chances

A coordenadora da 24ª Região Tradicionalista, Luce Mayer, também fala sobre a importância dos aspectos simbólicos que envolvem o tradicionalismo. “A gente sabe o quanto foi difícil enfrentar os últimos anos, por questões econômicas ou pelos desastres naturais. Ver a comunidade se mobilizando para celebrar o tradicionalismo mostra que a chama da cultura gaúcha continua acesa. O povo da região é forte e tem um amor que emociona”, afirma.

CTG Raízes do Sul finaliza piquete para início da Semana Farroupilha em Lajeado

Na região, Encantado, Estrela, Teutônia, Bom Retiro do Sul e Cruzeiro do Sul também promovem programações nos próximos dias.

Maior do interior do estado

A retomada das celebrações tradicionalistas em Muçum representa também a resiliência da comunidade. O Acampamento Farroupilha do município é considerado uma das maiores programações alusivas ao dia 20 de setembro no estado. A abertura oficial das atividades ocorreu nessa

Cada um dá uma contribuição para o gaúcho fazer o que sabe melhor, que é receber as pessoas”

DANIEL BECKER PRESIDENTE DO AMTG
MONIQUE
MATHEUS LASTE
Em Muçum, programação marca retomada do Acampamento Farroupilha após dois anos

sexta-feira, 12, com participação da comunidade e marcou a quebra do hiato de dois anos da realização do evento devido às cheias.

A 34ª edição da Semana Farroupilha se estende até o dia 21, com shows de grandes artistas e grupos tradicionalistas, apresentações de CTGs e de grupos de dança, além de momentos como a alvorada festiva e o desfile tradicionalista. A expectativa é que mais de 50 mil pessoas passem por Muçum nos próximos dias.

Presidente da Semana Farroupilha, Amarildo Baldasso relata a ansiedade da população para este momento. “A abertura foi marcada por um dia muito bonito. É uma alegria ver a movimentação, assim como foi presenciar as pessoas montando as barracas, preparando o chimarrão e o churrasco. No fim, manter a tradição é o mais importante”, afirma.

A estrutura na praça Cristóvão Colombo começou a ser montada durante o mês de julho com o

Sobre o uso da

Elementos masculinos: Bombaixa, camisa, lenço, colete, guaiaca, bota, chapéu e poncho

Elementos femininos: Vestido de prenda, enfeites discretos, sapatos fechados e, em ocasiões especiais, xale ou manta

pilcha

Regras de uso: A pilcha é considerada traje de honra e deve ser utilizada de forma completa. Peças como calça jeans, camiseta ou tênis não são compatíveis com o traje típico. Em atos cívicos e tradicionalistas, a pilcha substitui o traje social.

envolvimento de 200 famílias em 110 barracas.

Tradição gaúcha

Um movimento de valorização ao tradicionalismo, o projeto Fogo de Chão ganha maior proporção com cobertura multiplataforma de iniciativas culturais gaúchas e participação de mais de 70 entidades vinculadas às atividades na região.

Programação da 6ª Semana Farroupilha de Lajeado

Dia 13 de setembro:

18h: Abertura oficial com Acendimento da Chama Crioula e apresentação dos alunos das oficinas da Casa de Cultura

21h: Show de As Maragatas

Dia 14 de setembro:

10h: Celebração Crioula

14h: Apresentação artística do Grupo da Aldeia Foxá de Lajeado

15h: Apresentação dos alunos da oficina de Teatro da Casa de Cultura

16h: Apresentação – CTG Pagos de São Rafael

17h: Apresentação – CTG Raça Gaudéria

18h: Show Douglas Sehn & Tiago Kreutz

19h15min: Show Fernando Graciola, Neiton Perufo e Paulinho Cardoso

20h30min: Show Mauro Silva e Guilherme Jaques – “Projeto Taureando”

Dia 15 de setembro:

19h: Apresentação – CTG Tropilha Farrapa

20h: Show Yasmim Diniz

21h30min: Show Grupo Santa Fé Dia 16 de setembro:

19h: Apresentação do espetáculo “Confraria das Anitas” – GAN Anita Garibaldi – Encantado

19h30min: Show Cristine

A iniciativa alcança centros de tradições, rodeios, festas campeiras e escolas com objetivo de dar visibilidade aos costumes do Rio Grande do Sul.

A proposta de unificar e dar voz a dezenas de representantes de diferentes espaços culturais foi idealizada pelo tradicionalista e comunicador Claiton Miranda. No comando do programa Fogo de Chão, ele destaca que além de nutrir a tradição gaúcha, a expectativa é tornar o Vale do Taquari uma referência em tradicionalismo e impulsionar o turismo por meio do projeto.

O tradicionalista destaca a grande circulação do mercado da cultura gaúcha e a importância de contar a história do tradiciona-

Vasconcellos

21h: Show Carlos Augusto Stein Trierweiler

Dia 17 de setembro:

19h: Apresentação – CTG Bento Gonçalves

20h: Apresentação Musical

“Herança e História em Canção”

Dia 18 de setembro:

19h: Apresentações – Grupo de Cultura Nativa Costeiros do Rio Taquari

20h30min :Show César Oliveira & Rogério Melo

Dia 19 de setembro:

18h: Apresentações – CTG Raízes do Sul

19h: Show Grupo Batecasco

21h30min: Show Atahualpa

Maicá & Grupo Tibiquari

Dia 20 de setembro:

9h: Desfile Farroupilha

14h: Apresentação artística do Centro de Cultura Afro-Brasileira de Lajeado

15h: Show João Luiz Corrêa & Grupo Campeirismo

17h: Grupo Triopacito

18h: Apresentação Artística CTG

Querência do Arroio do Meio

19h15min: Encerramento da 6ª Semana Farroupilha com extinção da Chama Crioula

20h:Palco Aberto

21h: Show Capitão Faustino

lismo na região. Segundo ele, somente em 2024, foram movimentados mais de R$ 4 bilhões. “Dar visibilidade garante mais recursos às entidades, valorização das raízes e reconhecimento a quem cultiva essa iniciativa”, afirma. O projeto inclui podcasts, um guia com informações das entidades tradicionalistas da região, conteúdo nas redes sociais, reportagens especiais e ações externas, como o “Dia 20, sou mais gaúcho” com atividades nas escolas sobre chimarrão e vestimenta gaúcha. A iniciativa será oficialmente lançada na próxima quinta-feira, 18, junto à programação da Semana Farroupilha de Lajeado.

ViaSul inicia obras nos passeios da ponte sobre o Rio Taquari

Intervenções devem garantir travessia segura para pedestres e ciclistas até dezembro, enquanto motoristas já sentem mudanças no fluxo com obras noturnas e terceira faixa

LAJEADO/ESTRELA

Etapa importante dentro das obras de ampliação da BR-386, entre Lajeado e Estrela, a implantação dos passeios na ponte sobre o Rio Taquari, enfim, começa a avançar. Nessa sextafeira, 12, iniciaram as atividades preliminares a obra. Nesta primeira etapa, de acordo

com informações da ViaSul, concessionária responsável pela rodovia, os trabalhos se concentram na pista Sul (sentido capital), com a instalação de sinalização na ponte e no entorno. O tráfego segue com duas faixas liberadas, mas restrições pontuais poderão

ocorrer ao longo da execução. A mobilização atende a uma das demandas mais cobradas pela comunidade: a liberação das passarelas para pedestres e ciclistas, hoje ainda comprometidas pelos danos e entulhos deixados pela enchente de maio de 2024.

Durante a obra, a concessionária garante que haverá um caminho seguro de travessia no local, até a conclusão total dos serviços, prevista para a primeira quinzena de dezembro. Esta será a última obra a ser concluída dentro do pacote da terceira faixa entre as duas cidades.

Cerca de 35 trabalhadores atuam na limpeza, desmonte, concretagem, instalação de guarda-corpo e sinalização. Após a conclusão da pista Sul, a equipe seguirá para a pista Norte, adotando o mesmo modelo de operação.

Recapeamento e sinalização

Além da intervenção na ponte, seguem os trabalhos noturnos entre os quilômetros 348 e 350 da BR-386, com recapeamento e pintura da sinalização. A alteração de turno busca reduzir os congestionamentos registrados no começo do mês.

O QUE INTEGRA O PACOTE DA FAIXA ADICIONAL

Terceira faixa na BR-386, no trecho de 5,1 quilômetros entre Lajeado e Estrela, totalizando 10,2 quilômetros de novas pistas;

– Alargamento das pontes sobre o Rio Taquari e Arroio Boa Vista, com novos passeios;

– Reformulação dos viadutos nos acessos à avenida Alberto Pasqualini, Bento Rosa e no acesso ao – Porto de Estrela;

– Duas novas passarelas em Lajeado, no acesso ao Shopping e nas proximidades da Fruki;

– Readequações nas ligações com a ERS-130, avenida Pasqualini e Bento Rosa, e nas ligações com o Porto e com a RSC-453 (em Estrela);

– Construção do novo viaduto e trevo de acesso à ERS-129.

Também permanece em andamento a obra de implantação da terceira faixa no trecho, com previsão de entrega ainda este mês. As obras iniciaram em agosto de 2022 e tinham projeção de conclusão no primeiro semestre de 2024.

Mateus Souza mateus@grupoahora.net.br
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Cerca de 35 trabalhadores atuam na limpeza, desmonte, concretagem, instalação de guarda-corpo e sinalização

Doação de órgãos, o gesto que transforma dor em esperança

Entre a rotina de hemodiálise e espera por transplantes, pacientes e profissionais mostram como a decisão de doar pode significar recomeços e salvar até oito vidas

Maira Schneider mairaschneider@grupoahora.net.br

LAJEADO

Em meio à rotina silenciosa de máquinas e esperança, a Clínica Nefrológica do Alto do Taquari – Clinefron – representa muito mais do que um espaço de tratamento: é um lugar onde vidas são sustentadas e, às vezes, renovadas por um gesto de amor vindo de alguém que um dia decidiu doar seus órgãos.

A unidade atende hoje cerca de 150 pacientes em tratamento hemodialítico, vindos de 32 municípios da região, com 70% deles atendidos pelo SUS. Muitos desses pacientes enfrentam a dura realidade da doença renal crônica, cuja principal causa está ligada ao descontrole de doenças como a hipertensão e o diabetes.

ALINE PIAZZINI

EMPRESÁRIA

Eu vivia, mas agora vivo muito melhor. A doação me deu uma nova oportunidade.”

Três caminhos, uma esperança

O tratamento da doença renal crônica se divide em três etapas: o tratamento conservador, a hemodiálise e o transplante renal. O conservador é feito em consultório, com foco em controle medicamentoso, dieta e acompanhamento clínico. Quando o paciente entra em falência renal, é iniciada a hemodiálise – um procedimento em que o sangue é filtrado artificialmente para remover toxinas que os rins já não conseguem mais eliminar. A hemodiálise exige comprometimento e resiliência. São três sessões semanais de quatro horas cada, totalizando 12 horas por semana, em que o paciente literalmente vê a vida passar conectada

Após quase quatro meses transplantada, Aline leva lembranças e palavras de esperança aos profissionais e amigos que conheceu durante o tratamento

a uma máquina. Apesar disso, a enfermeira e coordenadora da clínica, Graziella Gasparotto Baiocco, lembra que muitos pacientes mantêm uma vida ativa: “A maioria sai da sessão e vai para casa, vive, trabalha, faz exercício. Eles têm autonomia. Mas é o transplante que representa o recomeço.”

Setembro Verde:

mês da vida

Neste Setembro Verde, campanha nacional de incentivo à doação de órgãos, a Clinefron e o Hospital Bruno Born (HBB), referência regional, reforçam um apelo que não pode ser esquecido: a importância de dizer “sim” à doação de órgãos. No HBB, um a dois transplantes renais são realizados por mês, e a fila de espera continua.

“O transplante renal é o terceiro e mais definitivo tratamento. Mas ele só é possível quando alguém decide doar. Por isso, é essencial falar com a família e expressar esse desejo em vida. Cada pessoa doadora pode salvar até oito vidas”, destaca Graziella.

Aline Piazzini entrega lembrança aos amigos que seguem na hemodiálise

Doações podem ser feitas por familiares vivos ou após a morte encefálica, seguindo critérios rigorosos de compatibilidade e saúde dos órgãos. Apesar da complexidade do processo, é o único caminho para centenas de pacientes que aguardam na fila por um novo rim.

Uma história de luta e renascimento

A empresária Aline Piazzini, de 44 anos, conhece de perto essa realidade. Diagnosticada aos 22 anos com rins policísticos, passou os últimos três anos e meio em hemodiálise. Foram 17 chamadas para transplante, várias delas interrompidas na última hora por falta de compatibilidade. Até que, em 2025, o tão esperado “sim” chegou.

“Hoje, com quase quatro meses de transplantada, posso dizer: eu vivia, mas agora eu vivo muito melhor. A doação me deu uma

nova oportunidade.”

Nessa sexta-feira, 12, Aline voltou à Clinefron não como paciente, mas como exemplo. Levou lembranças e palavras de esperança aos profissionais e amigos que conheceu durante o tratamento. “Queria agradecer e dizer para quem está em hemodiálise que sim, é possível, que o transplante chega e a vida melhora.”

Segundo Graziella, embora o Setembro Verde amplifique as discussões, o assunto precisa ser constante. “Todo mês é mês de doação. Pacientes nunca vão faltar. E cada doação é uma chance de vida. É um assunto que não pode morrer.”

Quem deseja ser doador, deve avisar seus familiares sobre essa vontade. No Brasil, a autorização para doação após a morte só é possível com o consentimento da família. “Em um momento de dor, um ato de amor pode salvar vidas. É isso que queremos lembrar todos os dias, e especialmente agora, em setembro”, reforça.

Clínica de hemodiálise recebe cerca de 150 pacientes de 32 municípios
FOTOS: MAIRA SCHNEIDER

SAÚDE

Caso suspeito de meningite acende alerta para a doença

Criança matriculada na rede municipal de ensino de Santa Clara do Sul foi atendida no Hospital Bruno Born. Comunidade escolar e familiares recebem acompanhamento constante. Ações de prevenção inclui vacinação e diagnóstico precoce

Ocaso suspeito de meningite bacteriana detectado em uma criança de Santa Clara do Sul nesta semana acende alerta sobre os perigos da doença. O registro ocorreu na quinta-feira, 11, em um aluno na rede municipal de ensino. Segundo a Secretaria de Saúde, a família recebe acompanhamento constante. A administração municipal iniciou a aplicação da quimioprofilaxia, um tratamento preventivo disponibilizado de forma gratuita. A medida inclui crianças que tiveram contato próximo e prolongado com o caso, além de professores, cuidadores diretamente envolvidos e familiares residentes na mesma casa.

Como forma de alerta, a Secretaria de Educação também reuniu pais e responsáveis da turma para esclarecer dúvidas e detalhar os protocolos de prevenção. A pasta afirma que a rotina escolar não deve sofrer alterações. O caso suspeito foi atendido no Hospital Bruno Born, em Lajeado.

Entenda a doença

A meningite é um processo inflamatório que afeta as meninges, membranas que revestem o encéfalo e a medula espinhal. O registro da doença ocorre principalmente por infecção viral ou bacteriana, mas também pode ter origem em parasitas e fungos. De acordo com o pediatra João Paulo Weiand, as meningites virais são mais frequentes e geralmente menos graves.

O médico também explica que as bacterianas exigem diagnóstico e tratamento imediato. O contágio ocorre por secreções respiratórias expelidas durante tosse, fala ou respiração, transmitidas em contatos próximos.

Os sintomas incluem febre alta, prostração, vômitos, dor intensa e evolução rápida do quadro. Em bebês, podem surgir sinais como irritabilidade persistente e

abaulamento de fontanela – quando a moleira parece inchada. O diagnóstico depende do exame do líquido cerebrospinal, obtido por punção lombar.

“Sempre que ocorre um caso é motivo de alarde e preocupação na comunidade. É uma doença grave, mas pode ser prevenida por meio de vacinação”, afirma o médico.

A vacina contra a meningite pode ser feita a partir dos dois meses de idade, com reforço aos 12 meses. No estado, conforme informações disponíveis no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI), a cobertura vacinal em crianças de até um ano sofreu queda. Em 2025, cerca de 80% das crianças receberam a dose. Em 2023, o índice ultrapassou 96%.

Monitoramento

A Secretaria de Saúde destaca que casos suspeitos de meningite

Vacinação é disponibiliza de forma gratuita nas Unidades Básicas de Saúde

ENTENDA A MENINGITE

• O QUE É

A meningite é caracterizada por um processo inflamatório das meninges, membranas que revestem o encéfalo – região do sistema nervoso central – e a medula espinhal.

• CAUSAS

A doença é causada a partir da infecção por vírus ou bactérias, assim como fungos e parasitas.

• TRANSMISSÃO

A transmissão ocorre em contato contato direto, por meio de secreções respiratórias de pessoas infectadas, assintomáticas ou doentes.

A meningite atinge pessoas de todas as idades, sendo as crianças as mais afetadas.

SINTOMAS DE ALERTA

• Febre

• Dor de cabeça

• Irritabilidade

• Falta de apetite

• Náuseas ou vômitos

• Manchas vermelhas na pele

• Confusão mental

• Cansaço e sonolência

bacteriana são de notificação obrigatória e exigem resposta imediata das autoridades sanitárias. As equipes municipais e regionais acompanham a situação em Santa Clara do Sul. A pasta recomenda que responsáveis verifiquem a atualização da caderneta de vacinação e procurem a UBS em caso de dúvidas.

A 16ª Coordenadoria Regional de Saúde também informou, em nota, que os medicamentos necessários foram fornecidos no mesmo dia e que houve revisão da situação vacinal dos contatos.

• Convulsões

PREVENÇÃO

• Diagnóstico precoce com a internação de pacientes com sintomas da doença

• A vacinação das pessoas em contato muito próximo com enfermos (especialmente dentro do mesmo domicílio)

• Vacinação das pessoas do grupo de risco

SANTA CLARA DO SUL
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Ambiente musical foi preponderante

A família Schwingel tem uma história de quase 80 anos com o CEAT. Desde a década de 1946, 30 integrantes estudaram na instituição e tiveram um fio condutor comum: a música. A flauta doce tornouse símbolo dessa trajetória.

m 1955, a professora Ingrid, por sugestão do diretor Friedhold Altmann iniciou as aulas de flauta na Escola.  O instrumento chegou a Lajeado pelas mãos do seu pai, que enviava, para o pagamento, café em grão para a Alemanha e recebia flautas em troca, durante o pós-guerra. Já no ano seguinte, ela e sua irmã Karin, formaram um pequeno grupo instrumental que no futuro impulsionou a criação do Encontro de Conjuntos Instrumentais, ENCORE, que já soma 43 edições.

Da sala de música às lições de oratória e liderança, os “Schwingel” souberam aproveitar muito bem a estrutura do colégio: nas quadras, o afeto pelos esportes; nas aulas, a busca por uma segunda língua para viajar para o exterior. Para a família Schwingel, o futuro é uma melodia que combina sons, vontade e empenho.

92 anos de aprendizado

Aos 92 anos, Egon Eugênio Schwingel lembra como foi importante o aprendizado no Colégio Evangélico Alberto Torres para a profissão que faria dele um empreendedor de ação. Ingressou no colégio em 1946 como semi-interno. A rotina intensa com colegas o preparou para o futuro e para comandar a Tipografia Cometa, depois transformada em Gráfica Cometa de referência na região. Mas foi em 1967 que ele, ao cursar contabilidade na escola, aperfeiçoou a gestão. “A contabilidade ampliou meus conhecimentos, impulsionando a empresa”,

De líder de turma a construtor de ideias

salienta. Com a experiência do tempo e a sabedoria da longevidade, Egon acredita na educação como pilar, que prepara pessoas para reagir de forma eficiente a situações novas, inocula valores morais e absorve cultura. “Na escola, tudo é aprendizado, tudo é importante”, afirma.

Walter Schwingel, 50, é servidor público e, na carreira profissional, aprendeu a conduzir conversas, conciliar diálogos para fortalecer a harmonia do departamento. Essa habilidade de liderança começou na escola e cresceu em conjunto com outras qualidades.

Walter entrou no CEAT aos 4 anos, quando a mãe era professora, e, junto com os irmãos, viveu experiências que marcaram sua formação.

“Aprendi a expressar ideias e a falar em público, foi um exercício natural da forma como fui educado.”

Hoje ele sabe que a comunicação se tornou fundamental no seu trabalho, assim como os valores que incorporou nos

mais de dez anos dentro da instituição.

A paixão pela música é tanta que o “clã” Schwingel virou uma gigante família de coralistas que se reúne duas a três vezes por ano, em uma das residências, para cantar e celebrar juntos. São 50 pessoas na mesma melodia.

A cultura sólida, aliada à educação, revela um legado

que ultrapassa as salas de aula e ressoa em encontros, festas e cultos. Walter resume o impacto da escola em sua vida: “A educação cria pessoas que respeitam valores, forma líderes e ajuda a construir uma sociedade saudável.” Ele também lembra da importância da gincana escolar, que, segundo ele,

Da flauta doce ao saxofone, a tradição musical da família Schwingel atravessa gerações
FOTOS: ANDRÉIA RABAIOLLI
Isadora Schwingel faz do CEAT um palco para a música

na formação da família Schwingel

ensina a ganhar e perder, negociar, conciliar e organizar ideias em grupo sob pressão de tempo. Hoje, as filhas seguem a mesma trilha.

Ela trouxe a flauta da Alemanha e afinou o CEAT

Ingrid Leni Schwingel, 88, ainda fala em tom professoral, com a didática de quem ensinou por 30 anos. Sua vida foi dedicada ao colégio, onde fez história ao introduzir a flauta doce, até então inexistente em Lajeado. No colégio, as flautas doces de madeira chegaram da Alemanha em 1955. Com elas, a educadora iniciou as primeiras aulas de música e formou um pequeno grupo instrumental que passou a se apresentar nos eventos da escola. Ela ensinava crianças e adolescentes no manejo do instrumento, ritmo, respiração, entonação e notas musicais. “O aluno se concentra no ritmo, e isso ajuda a desenvolver o cérebro e habilidades matemáticas.” A música também conecta. “Quem toca, necessita escutar o outro, ter atenção ao regente”, salienta a mestre, que aprendeu flauta aos 13 anos. Baseou sua trajetória em três pilares: conhecimento, cultura e fé cristã. Esse tripé foi fundamental para deixar seu legado. “Tenho muita gratidão pelo colégio, que me ajudou a crescer. Consegui lançar sementes que germinaram.”

Coral da família Schreiner (descendentes de Ingrid e seus 4 irmãos) em apresentação numa festa de família

Entre música e oportunidades

Isadora Schwingel, 17, cresceu dentro do CEAT. Desde a primeira série, aproveitou cada oportunidade que a escola ofereceu. O ambiente extracurricular, sempre amplo, foi determinante na sua formação. Começou pela flauta doce, ainda na infância, ingressou no conjunto instrumental e seguiu na música até chegar ao saxofone, que toca hoje. Participou de todas as apresentações do ENCORE e guarda nelas memórias importantes. Além da música, transitou por diferentes áreas: teatro, coral, basquete, vôlei, atletismo, ginástica e Junior Achievement. Também participou das aulas de alemão, tradição marcante do colégio. “O CEAT estimula várias potencialidades, além do conteúdo para vestibular. Eu admiro muito como ele dá oportunidade para desenvolver outras habilidades.” Isadora se prepara para ingressar em uma faculdade que combine com seus anseios e acredita que a escola direcionou sua base. Ano que vem, encerra

o Ensino Médio e já sente a despedida. “Eu já tenho saudades de toda essa caminhada. Trago laços de amizade desde a primeira série.”

Um futuro no exterior

Heloisa Schwingel, 14 anos, é a caçula da família e

demonstra talento marcante para a matemática. Desde que ingressou no CEAT, em 2018, participa de olimpíadas nacionais e acumula avanços em cada prova. Nos cadernos, exercita o raciocínio lógico; nas partituras, cultiva a paixão pela música, herdada da tia.

“Comecei com flauta doce, depois violão e agora toco flauta transversal, a mesma que minha tia tocava.” O

Quem toca precisa ouvir o outro e prestar atenção no regente.”

Ingrid Leni Schwingel, professora aposentada

teatro ajudou a vencer a timidez, mas é no conjunto musical que encontra energia e pertencimento. Além da música, dedica-se às línguas, de olho no sonho de estudar no exterior. “Considero a escola um espaço de crescimento e amadurecimento.” Para Heloisa, esse caminho é um convite para explorar um mundo novo, uma melodia em construção para o futuro.

Em 1967, cursei contabilidade na escola. Isso me ajudou na empresa.”

Egon Eugênio Schwingel, aposentado

Data: 1957 - Ingrid Schwingel (à esquerda com violão) em apresentação com alunos do CEAT
Heloisa une raciocínio lógico e flauta transversal
Walter Schwingel: liderança e comunicação aprendidas no CEAT

UMAS & OUTRAS

OBSOLÊNCIA POR DESIGN

O mundo da moda em boa parte vive disso e fatura muito bem com isso: a obsolência por design. Volta e meia mudam-se desenhos, reforçam novas tendências e lá sei pro beleléu metade do guarda-roupas. Isso também ocorre em vários outros setores, onde basta mudar um pouco o layout externo mais visível para algum modelito ser considerado como ultrapassado, apesar de pouco ou nada mudar na essência.

Na política tupiniquim ultimamente esse obsoletismo artificial parece que também está virando moda. Basta retroceder alguns pares de anos para observar que

o que então era “moda” agora só serve prá “vintage”, se tanto. Se voltar o relógio mais um pouco a coisa não muda muito, o “sobe e desce” é bem semelhante. E os manequins que se ajustem, sob pena de serem substituídos no cenário.

Por enquanto é isso aí, pelo menos até a próxima estação.

EL TIEMPO PASA...

Há muito tempo atrás um veterano e experiente jornalista costumava dizer que não tem coisa mais velha que jornal de ontem. Como proprietário de uma im-

portante rede de comunicação impressa, claro que sabia muito bem da relevância que a palavra escrita tinha e tem, sobretudo quando os registros são o mais fiel possível aos fatos e suas circunstâncias. São documentos que preservam a história e a memória coletiva. Mas também percebia que mesmo escrito o ontem podia ser facilmente superado pelo hoje e ainda mais pela expectativa do amanhã. E também que o atual bombardeio de informações, muitas contraditórias geradas por diferentes fontes, podia gerar efeitos semelhantes a falta absoluta de informações.

A FOSSA DO PAREDÃO

Já que o morro de Carneiros em Lajeado voltou a ocupar o noticiário vale destacar uma curiosidade geológica.

O “paredão” é isolado e tem uns 35 metros de altura fora da atual lâmina de água do Taquari nesta imediação.

No mesmo local, mas abaixo da linha d´água, tem uma fossa também de uns 35 metros de profundidade, facilmente identificada com um ecobatímetro.

Qual teria sido o fenômeno que gerou essa curiosa formação geológica nesse local específico? Há quem levante a possibilidade de queda de um meteorito em tempos remotos, mas sem conhecimento mais profundo é mero palpite. Se algum especialista já pesquisou e deu seu veredicto, favor esclarecer. E como diria o meu Cumpádi Belarmino: adescurpe a nossa inguinorânça. Ele é fã de carteirinha de estudos geológi-

FORO DESPRIVILEGIADO

No Brasil, o que tem de autoridade com direito a foro privilegiado não é bolinho! Segundo alguns cálculos oficiais, passa de 50 mil. Foi criado para garantir alguma proteção jurídica extra em função da maior exposição gerada em cargos eletivos, sujeitos a denúncias e ações às vezes infundadas, que atendiam meros interesses político/partidários/eleitoreiros. Com o tempo também serviu

para empurrar com a barriga até caducarem determinados casos meio escabrosos.

Recentemente foi gerado um movimento para reduzir drasticamente o número de cargos com esse direito, inclusive entre potenciais beneficiários, porque considera-se que em vez de uma proteção adicional já está virando uma ameaça, usada como poder de barganha.

cos, desde que ficou sabendo que aqui por baixo tem formações impressionantes, tipo a do Arenito Botucatu, a da Rio do Rastro e por aí a fora. Sem falar nas beiradas do Aquífero Guarani. Agora também embestou de procurar registros geológicos de antigas grandes cheias na bacia Taquari/Antas, já que registros escritos e mesmo de transmissão oral são muito limitados no tempo.

SAIDEIRA

Neto pro nôno:

- Vô, onde o senhor vai assim tão lerdo, circunspecto e assaz atribulado?

- Eu só ia fazer um xixizinho nas bananeiras, mas agora acho que vou consultar um dicionário.

ARTIGO

O teórico da intolerância

“A raiva e a intolerância são as inimigas gêmeas da compreensão correta.”

Mahatma Gandhi

Aescola de Frankfurt consistia em cientistas sociais marxistas que acreditavam que alguns dos seguidores de Karl Marx haviam se tornado anacrônicos e ultrapassados defendo partidos comunistas ortodoxos, especialmente o soviético.

Entre vários pensadores dessa escola, importante olhar mais de perto para os escritos de Herbert Marcuse. Em suas obras ele critica o capitalismo, a tecnologia moderna, o materialismo histórico e a cultura do entretenimento. Em seu entendimento elas representavam novas formas de controle social.

Após a publicação de seus livros nas décadas de 1960 e 1970, ele ficou conhecido como o principal teórico da Nova Esquerda e dos movimentos estudantis da Alemanha Ocidental, França e Estados Unidos. Por isso, alguns o consideram o “pai da nova esquerda”.

Marcuse popularizou a noção de “tolerância repressiva”, segundo a qual a liberdade de expressar qualquer opinião sem medo de represálias resultou, ou serviu, à repressão das classes dominantes, enganando as pessoas fazendo-as supor que eram livres. Nessa visão radical, todas as instituições que pregam a defesa da liberdade individual são instrumentos de poder de uma elite para escravizar o povo, e toda reação do “povo”, por mais violenta que seja, é uma luta legítima, pois visa sua libertação.

Dessa forma, permitir a fala livremente ajudaria a “manter a opressão”. Por isso, Marcuse defende que a nova esquerda não permita a fala da direita. Ela deve silenciar seus adversários simbolicamente ou de fato, no mundo virtual ou no real.

Pode ser um tiro, pode ser um cancelamento. Pode ser um “recua” ou um “fascistas não passarão”. A intolerância na sociedade moderna, a radicalização das universidades bem como a divisão binária da humanidade entre oprimidos e opressores não pode ser entendida sem a entender a obra de Herbert Marcuse.

PARTICIPAÇÃO CIDADÃ

Região define propostas à cédula da Consulta Popular

Assembleia promovida pelo Codevat reuniu cerca de 140 pessoas na Univates e confirmou quatro projetos para a votação de outubro. Os dois mais votados serão contemplados

Etapa importante dentro do ciclo da Consulta Popular 2025/2026, a assembleia regional com representantes do Vale reuniu cerca de 140 pessoas na tarde dessa quinta-feira, 11, na Univates, em Lajeado. O encontro definiu as quatro propostas que irão para a cédula de votação, prevista para ocorrer entre os dias 6 e 10 de outubro.

Inicialmente, 43 propostas foram homologadas no espaço aberto para cadastramento por parte dos municípios. Depois, passaram por um processo de análise e organização. Na assembleia dessa quinta-feira, a partir da unificação de ideias e definição de prioridades, foram extraídas as propostas finais, que contemplam quatro áreas diferentes.

Presidente do Conselho de Desenvolvimento do Vale do Taquari (Codevat), Cintia Agostini se mostrou satisfeita com a participação e espera a mesma mobilização para o período de votação. Nos últimos anos, a região atingiu

As propostas que irão à cédula

• MEIO AMBIENTE: Proteção de nascentes e olhos d’água, por meio da construção de estruturas físicas de proteção para a captação e armazenamento de água, visando o atendimento das necessidades das famílias; Via município: os 10 municípios que atingirem os 2% de votação

• TRABALHO: Contribuição a recuperação econômica e social do Vale do Taquari, por meio de um programa regional intensivo de qualificação; Via consórcio regional: percentual mínimo de 1% dos eleitores

baixos índices de participação.

“O auditório encheu, e isso me deixou bem feliz. Muitas pessoas participaram pela primeira vez. Criamos critérios de participação justamente para fortalecer o processo democrático. Tivemos um exercício intenso para reduzir de 43 para quatro propostas, mas conseguimos chegar a consensos interessantes”, destaca.

Votação online

A votação da Consulta Popular ocorre de forma online entre os dias 6 e 10 de outubro, tanto pelo site oficial quanto via WhatsA-

• AGRICULTURA: Armazenamento de grãos na propriedade rural –materiais para construção e equipamentos; Convênio com municípios: os 10 municípios que atingirem os 2% ou via Feaper

• TURISMO: Fomento do turismo rural, oportunidades de aperfeiçoamento do turismo na região; Via consórcio regional: percentual mínimo de 1% dos eleitores

pp. Cada eleitor poderá escolher apenas uma proposta, e as duas mais votadas serão contempladas. O projeto com maior votação receberá 55% dos recursos, e o segundo, 45%. Para o Vale do Taquari, estarão disponíveis R$ 2,057 milhões. Após a assembleia, as propostas seguem para homologação e validação pela Secretaria Estadual de Planejamento, Governança e Gestão. Para Cintia, a expectativa é repetir em outubro a mobilização registrada no encontro. “Queremos fortalecer o processo democrático. Para que o município seja contemplado, é preciso que a comunidade participe”, reforçou.

Mateus Souza mateus@grupoahora.net.br
Número de participantes da assembleia foi considerado satisfatório
DIVULGAÇÃO

Lente Social

Música nacional no palco do Pratas da Casa Noite de Oscar para os voluntários

O pop nacional e a música popular brasileira (MPB) ganharam destaque nesta terça-feira, 9, em mais uma apresentação do Pratas da Casa. Na categoria kids, Jade Zimmer, de 12 anos, fez tributo a Sandy & Junior. Já na categoria adulto, a banda Dedo de Moça emocionou com tributo a Elis Regina. O evento ocorreu no Auditório do Tecnovates, na Univates. Confira quem passou por lá.

O Programa Sesc de Voluntariado celebrou a primeira edição do Oscar do Voluntariado no dia 4 de setembro. A iniciativa surgiu para valorizar o trabalho comunitário e inspirar novas ações. No total, dez projetos foram inscritos, tendo como vencedores do Oscar: Grupo das Tricoteiras, Projeto Clow e Seu Sorrir, Cachorro-Quente Solidário – Lions Clube e Orquestra Jovem de Lajeado.

Zagonel coloca os “homens na cozinha”

A Construtora Zagonel marcou presença no dia 5 na quarta edição do Homens na Cozinha, evento que alia gastronomia e solidariedade. Os mais de 600 convidados degustaram diversos pratos produzidos por 10 cozinhas diferentes e com mais de 30 cozinheiros no Centro de Eventos do Parque da Oktoberfest, em Santa Cruz do Sul. Toda a renda arrecadada com a venda dos ingressos foi destinada aos hospitais Santa Cruz, Ana Nery e Monte Alverne. Na foto, registro dos cozinheiros da Construtora Zagonel que capricharam no cardápio.

Lisi Costa Leila Franz
Etiene, Betina, Janaína, Guerta, Solange, Bruna, Geane, Helia, Edmar, Giselda, Ana Lídia, Francisco e Juliane
Rita, Marli, Gladis, Italina, Regina e Débora
Hagata Garcia Falleiro e Jamile Bangemann
Aline Wagner, Lilian Ferreira, Jandra Segabinazzi e Gabriela Bettio
Cezar Haberkamp, Joni Zagonel, Cezar Schunke, André Eifler, Sérgio Busnello, Diego e José Zagonel
Nair, Dosolina, José, Lovane, Rosália e Maristela vieram de Cruzeiro do Sul para prestigiar o evento

365vezesnovaledotaquari@gmail.com

FÁBIO KUHN

Um refúgio nas alturas de Arroio do Meio 365 VEZES NO VALE

Com certeza a Cabana da Vista é a hospedagem com uma das paisagens panorâmicas mais belas do Rio Grande do Sul. Do topo da Linha 32, em Arroio do Meio, onde o refúgio está instalado, é possível ver a área urbana de diversas cidades do Vale em meio aos morros verdes. E tem mais. Esse cenário im-

pressionante pode ser apreciado no conforto da banheira de spa ao ar livre – atrativo instalado no deck aos fundos da hospedagem. O nascer e pôr do sol são espetáculos imperdíveis por lá. Com estilo rústico, a cabana é compacta e abriga até quatro pessoas. A sala e cozinha estão integradas e contam com decoração charmosa. São dois quartos, um deles no mezanino com um curioso sistema de escada para subir. A casa se completa com um banheiro e o lavabo.

Para quem busca sossego, a Cabana da Vista é o destino ideal. Isolada, tem vários espaços de convivência na área externa. Destaque para o fogo de chão, as redes na sacada e um balanço ideal para as crianças ou adultos que querem reviver a infância. O acesso até a hospedagem é feito de carro com trecho por estrada de chão. Está a cerca de 15 minutos do centro de Arroio do

Meio e a menos de 25 minutos de Lajeado. A locação pode ser feita pelo WhatsApp 11 98586-0490 com o proprietário Rafael Wallerius ou pelo Airbnb. Interessados em saber mais podem acessar o @cabanadavista no Instagram. O 365 vezes no vale também tem um vídeo completo da hospedagem de Arroio do Meio no YouTube (só acessar o material pelo QR Code abaixo).

Patrocínio

Veja como é a Cabana da Vista de Arroio do Meio

ANIVERSÁRIO

Estudiantes de Conventos celebra 56 anos com festa e tradição comunitária

Almoço para 850 pessoas, baile e eleição da nova diretoria marcam a programação deste domingo

Esporte Clube Estudiantes, de Conventos, chega aos 56 anos de fundação com quase 200 sócios ativos

Zique Neitzke ezequiel@grupoahora.net.br

LAJEADO

Odomingo, 14, será de festa no bairro Conventos. O Esporte Clube Estudiantes chega aos 56 anos de fundação e celebra a data com uma programação que promete movimentar a comunidade e reunir centenas de associados, amigos e simpati-

zantes. O evento ocorre no salão da Comunidade São José, junto ao Estudiantes, e deve receber aproximadamente 850 pessoas no tradicional almoço.

A programação festiva inicia pela manhã, às 10h, com partida de futebol. Ao meio-dia será servido o tradicional almoço, que tem como prato principal o carreteiro, acompanhado de saladas, maionese, galeto, porco, salsichão e cucas. Após a refeição, haverá sorteio de brindes e, também, a escolha da nova diretoria do clube. À tarde, a animação fica por conta das bandas Destaque Nacional, a partir das 14h, e Brilha Som, a partir das 17h.

Os cartões antecipados para o almoço custam R$ 55 e estão praticamente esgotados, reflexo da adesão da comunidade ao evento.

Para quem quiser participar apenas do baile, os ingressos custam R$ 15 para mulheres, R$ 20 para homens e R$ 30 para casais. A entrada no baile já está inclusa para quem adquiriu o cartão do almoço.

Despedida e orgulho

Presidente do Estudiantes nos últimos quatro anos, Mateus Artus vive sua despedida do cargo e não esconde o orgulho em falar do clube e do engajamento da comunidade. “Ontem mesmo, na montagem das mesas, tínhamos mais de 30 pessoas ajudando. Isso enche os olhos, porque mostra o quanto o Estudiantes é amado. Quem participa se sente bem, porque percebe que o clube é feito por todos e para todos”, cita. Artus lembra que a história do Estudiantes se confunde com a sua própria. Sócio desde jovem, já passou por praticamente todas as funções dentro da instituição: de gandula a jogador, de cozinheiro a presidente. “Brinco que não existe um serviço que eu não tenha feito aqui. Puxar a frente de um clube exige exemplo, não adianta só mandar. A comunidade te respeita quando vê que tu faz junto. E assim conseguimos manter o clube vivo, porque todos sabem que o esforço é coletivo”, afirma. Pelas regras estatutárias, Artus não pode concorrer a um terceiro mandato seguido, mas seguirá na diretoria em outro cargo, se o novo presidente assim desejar. Para ele, mais do que encerrar um ciclo, o momento é de agradecimento. “O clube faz parte da minha vida desde a adolescência e seguirá fazendo.”

Protesto pacífico adotado por Gandhi

Escritor do livro "Feliz Ano Novo"

CRUZADAS

(?) de pulso, invenção de Santos Dumont

"(?) não se ganha, se conquista" (dito)

Indícios importantes para a identificação de atirador

São presos ao poste

(?) at Work, banda australiana

Indicam a posologia de medicamentos

De mal a (?): em declínio acentuado

Animal de carga do Sertão

(?)-T, ator do EUA Lista; registro

Aquele que nasceu "virado para a lua"

Etapa que precede o abate animal

"(?): Nascido para Lutar", filme dramático Símbolo de compromisso entregue no noivado "(?) o homem", frase de Pilatos (Bíblia)

(?) da cesta básica: arroz e açúcar

(?) de brigadeiro: o ideal para voos

Antigo guarda-roupa Nem, em inglês

"Criança", em tupi

Telhado de casas rústicas

Miolo (?), a pessoa que não tem juízo (pop.)

Mineral importante para a tireoide (símbolo)

Anno Domini (abrev.)

PROGRAMAÇÃO DAS PARÓQUIAS

Paróquia Santo Antônio

Sexta-feira, dia 13:

15h30min: Missa na Vovolândia

18h: Missa na Capela do Hospital Sábado, dia 14:

(?) da Austrália, torneio de tênis

Letra-símbolo do sublinhado no Word

10h: Missa com Festa do Coral Santa Cecília, na Comunidade São João

14h30min: Missa na Comunidade

Nossa Sra dos Navegantes, Linha Figueira

15h: Missa na Comunidade

Sagrada Família, Porongos

17h: Missa na Capela do Hospital

17h30min: Missa na Comunidade

São José Operário, Imigrantes

18h30min: Missa na Matriz, com transmissão pelo Facebook Domingo, dia 15:

8h30min: Missa na Matriz

8h30min: Missa na Comunidade

São Luís

10h: Missa com Profissão de Fé na Comunidade São Pedro

Apóstolo, Delfina

Forma do aro de pneu

10h: Missa com Eucaristia na Comunidade São Pedro Canísio, Arroio do Ouro

Botão do Twitter

Diz-se do cão que não apresenta ameaça Período histórico do feudalismo

Luta japonesa

Deus, em inglês

Óculos de (?): corrige a visão Razão

Incômodo típico da vida de fumante

Aqui, em francês

19h: Missa na Matriz

Segunda-feira, dia 16:

15h: Terço das mulheres na Matriz

18h: Terço das mulheres na Capela do Hospital

Paróquia São Cristóvão

Sábado, dia 14:

16h: Missa com entrega do Pai

Nosso na Santa Maria Goretti, Linha Santo Antônio, Colinas

18h: Missa com entrega do Pai

www.coquetel.com.br / © Revistas COQUETEL

Nosso, na Matriz São Cristóvão

19h30min: Missa com entrega do Pai Nosso, na São Víto, Novo

Paraíso

Domingo, dia 15:

8h30min: Missa na Matriz São Cristóvão

10h: Missa com Primeira

Eucaristia na São José

HORÓSCOPO

ÁRIES: Tudo indica que terá facilidade para se relacionar com as pessoas, atrair bons aliados e gente pronta para te ajudar.

ÁRIES: Se está feliz no trabalho, pode pintar uma boa chance de promoção: mostre que está pronta para encarar novos desafios.

TOURO: Se trabalha com parentes, tem um empreendimento em casa ou atua em home office, você pode se sentir mais à vontade.

TOURO: Agir em equipe ou sociedade será uma ótima opção, ainda mais porque você estará super aberta a aprender coisas novas.

GÊMEOS: Pode ser um dia produtivo, sobretudo se lida com comércio, mídia, publicidade e clientes. Seu lado otimista deve dar as caras.

GÊMEOS: A atração por um colega pode ficar mais forte e difícil de esconder, e os desejos ficam à flor da pele.

CÂNCER: Tem boas chances de ganhar mais grana, sobretudo se trabalha com atendimento ao público ou com produtos femininos.

CÂNCER: Use seu entusiasmo e sua paixão pela vida para motivar os colegas e tornar o dia mais produtivo no emprego.

LEÃO: Na área profissional, pode ter facilidade para escolher com que se associa e fecha parcerias. As emoções tendem a ficar à flor da pele.

LEÃO: Livre na pista, bebê? Pois pessoas conhecidas e que já convivem com você terão mais chances de ganhar seu coração.

VIRGEM: Trabalhar só ou o mais longe possível das pessoas será tudo de bom, porque aí vai poder colocar em ação a sua imaginação.

VIRGEM: Você vai estar cheia de entusiasmo, e também vai esbanjar criatividade e pode dar ideias incríveis para otimizar o trabalho.

19h: Missa com entrega do Pai Nosso na N. Sra Aparecida, bairro das Indústrias

Quinta-feira, dia 19:

LIBRA: VSeu jeito criativo, simpático e encantador deve te ajudar a fazer excelentes contatos, sobretudo com colegas e amigos.

LIBRA: Assuntos de casa e família terão prioridade para você. Se planeja se mudar ou reformar a casa, o céu envia ótimas vibrações.

ESCORPIÃO: A área profissional está em destaque. Há chance de mudar de cargo, de emprego ou até mesmo de profissão

ESCORPIÃO: Extrovertida e cheia de charme, você vai arrasar corações na paquera. Puxe papo para conhecer melhor o alvo.

SAGITÁRIO: Seu lado animado, expansivo e inspirado está em destaque e te ajuda a arrasar no trabalho, sobretudo na área de ensino.

SAGITÁRIO: A preocupação com uma dívida ou a vontade de melhorar de vida serão bons estímulos para mergulhar no trabalho.

19/01

CAPRICÓRNIO: Na área profissional, tudo indica que só irá se ligar a negócios e finanças de outras pessoas se sentir uma maior conexão.

CAPRICÓRNIO: No trabalho, busque o apoio dos colegas e use seu espírito de liderança para motivar todo mundo. Lutem juntos!

AQUÁRIO: É que a sua vontade de receber atenção talvez cresça, sem contar que seu signo deve ficar ainda mais sociável.

AQUÁRIO: Você certamente já ouviu que o segredo é a alma do negócio, pois esta é a principal dica dos astros para você no momento.

20/03

PEIXES: Seu jeito mais expansivo e sociável está em alta e pode te favorecer no emprego, ainda mais se lida com o público.

PEIXES: Um bom caminho para o sucesso é investir nos estudos, e você pode buscar cursos que abram novas portas para a sua carreira.

19h30min: Reunião Catequistas da Iniciação à Vida Cristã na Matriz

Paróquia Evangélica Luterana

Domingo, dia 15:

8h15min: Culto na Colmeia

9h45min: Culto na Comunidade São Lucas, Linha Wink

19h: Culto com Santa Ceia, no Centro

Terça-feira, dia 17:

15h: Encontra da Oase de Estrela

18h30min: Ensino Confirmatório 1° ano

Quarta-feira, dia 18: 9h: Dia Sinodal OASE, Corvo

13h30min: Visita ao Hospital

18h: Ensino Confirmatório 2° ano 19h30min: Seminário de Lideranças, Salão da Oase

Quinta-feira, dia 19:

10h: Culto no Lar Vó Eli

13h30min: Grupo Saúde Capa na Comunidade São Lucas, Linha

Wink

19h: Palestra Batismal

CIRCUITO DOS VALES/OMEGA CONSTRUTORA

UM NOVO COMEÇO NAS CORRIDAS DE RUA

Recuperado da depressão, Eduardo Soto, o “Seninha”, está entre os mais de dois mil atletas que participam da prova neste domingo, em Lajeado

OCircuito dos Vales/ Omega Construtora retorna a Lajeado neste domingo, 14, com a etapa Integração. A largada será às 8h, entre à sede administrativa do Sicredi Integração RS/MG e a Unimed VTRP, na Avenida Piraí. Mais de dois mil atletas confirmaram participação na prova, que se consolidou como referência no interior do Rio Grande do Sul. Entre os inscritos, a trajetória de Eduardo Soto, o “Seninha”, 36 anos, simboliza o impacto da corrida de rua além da pista. Diagnosticado com início de

depressão no começo deste ano, o despachante de trânsito viu no esporte uma forma de reagir. “Minha vida estava muito abalada, não tinha ânimo para nada. A corrida entrou nesse momento e me ajudou a sair de uma fase delicada”, conta. Antes, a principal ligação esportiva era com o futebol, com torneios pelo Clube Sete de Setembro. Incentivado pela esposa e por amigos próximos, decidiu experimentar corridas de rua. A mudança veio logo no primeiro contato. “A impressão foi de que eu deveria ter começado antes. Não é só correr, é um exercício de respiração, de controle mental e de condicionamento que me fez olhar para a vida de outro jeito.”

Em pouco tempo, Seninha transformou a prática em hábito. Participou de uma etapa do Circuito dos Vales, onde foi desafiado por um amigo a correr cinco quilômetros sem preparo específico. Concluiu a prova abaixo de 30 minutos e percebeu que havia encontrado algo essencial. Hoje,

Seninha começou a correr após descobrir que estava com depressão

treina de duas a três vezes por semana com acompanhamento técnico. Estabeleceu a meta de correr 5 quilômetros abaixo de 20 minutos ainda este ano. “Cada treino e cada prova são oportunidades de me testar. A corrida entrou no meu coração e vai permanecer”, resume.

DO CAMPO

PARA A PISTA

A história de Seninha dialoga com uma mudança que já atinge clubes locais. O futebol, esporte dominante na região, começa a dividir espaço com a corrida de rua. Um exemplo é o Coringa, equipe tradicional do Clube Sete de Setembro, que avalia a criação de um departamento específico para corredores. Fundado em 2000, o time se transformou em associação de esportes em 2025. A decisão surgiu da própria rotina dos

Coringa, equipe de futebol amador de sábado de tarde está se organizando para criar uma equipe de corrida

atletas, que passaram a incluir treinos de corrida no preparo físico. “Pensamos: por que não formar uma equipe de corrida também? Muitos já praticam e a ideia pode se consolidar nos próximos meses”, explica o presidente, Luis Ferrarini. A proposta inicial prevê atender os jogadores que já integram a associação, mas a possibilidade de abertura à comunidade não está descartada. “Cada atleta tem seu acompanhamento particular, mas queremos promover encontros e palestras sobre saúde, nutrição e técnicas de corrida. Isso fortalece todos”, completa.

O uniforme seguirá o mesmo padrão do futebol, com cores e patrocinadores oficiais. “Queremos manter a identidade do clube e mostrar que é possível unir modalidades. O futebol continua, mas a corrida pode se tornar um braço permanente da associação”, afirma Ferrarini. A iniciativa ainda busca equilibrar competi-

ção, bem-estar e integração entre os atletas.

A FESTA EM LAJEADO

Enquanto histórias pessoais e coletivas se desenrolam, Lajeado se prepara para receber milhares de pessoas neste fim de semana. A entrega dos kits

Ezequiel Neitzke ezequiel@grupoahora.net.br

começou nessa sexta-feira, 12, e segue neste sábado, 13, das 9h às 16h, na Omega Construtora, localizada no Bairro Florestal.

O trajeto inicia na Avenida Piraí e segue em direção à área central de Lajeado. Além das corridas, o público poderá acompanhar uma série de atrações. O projeto “Cultura em Movimento” levará a Orquestra da Slan ao evento, com apresentação gratuita às 8h15min. O grupo, formado por cerca de 50 integrantes, reúne

banda e coral, com repertório que transita entre estilos instrumentais e vocais.

Entre os espaços de convivência estão a mateada organizada pela ervateira Elacy, degustação de energéticos Elev da Fruki Bebidas, área kids, serviço de massagem e trancistas. A estrutura da Unimed oferece recovery completo aos corredores. O evento ainda conta com a participação de empresas parceiras como Imec Supermercados, Mega Compra, Brasrede,

Milhares de corredores percorrerão a Avenida Alberto Pasqualini neste domingo, repetindo o que se viu na temporada passada

Run More, Piracanjuba, Klain Alimentos, Salgados do Vale, Ponto da Bike, Importados da Laura e Padaria Bruxel. Marcas como Divine e Água da Pedra garantem ativações especiais com chocolates e hidratação ao longo da prova.

ARQUIVO

NA BUSCA PELA REABILITAÇÃO

Jogos deste domingo do Regional Aslivata são entre equipes da parte baixa da tabela de classificação

Ezequiel Neitzke ezequiel@grupoahora.net.br

ORegional Aslivata se encaminha para a reta decisiva da fase classificatória. Neste domingo, apenas três jogos movimentam a Série A. O destaque da rodada fica por conta das equipes que buscam se distanciar da zona de eliminação do campeonato.

O Sete de Setembro recebe o Tiradentes. Em virtude da punição sofrida pelas confusões em Progresso, o clube mandará o jogo na sede do Rui Barbosa, em Rui Barbosa, Arroio do Meio. Com quatro pontos, os donos da casa necessitam da vitória para seguir na briga pela classificação. Já o Tiradentes pode assumir a liderança da competição em caso de êxito. O Grupo A Hora transmite o jogo, a partir das 14h, em live no A Hora Esportes do YouTube e também na 102.9.

Em Encantado, CAN e Taquariense se enfrentam no Estádio das Cabriúvas. Quem vencer se distan-

cia da parte baixa da tabela. Ambos estão com três pontos e vem de vitórias na última rodada. Já em Teutônia, o Canabarrense pode encaminhar a classificação. O time recebe o Gaúcho, de Progresso, que ainda não venceu no certame e se perder, começa a se complicar no torneio.

ASPIRANTE

Fase classificatória da Série A se encaminha para a parte final

Parecido com o que ocorre nos titulares, no aspirante, Taquariense, Gaúcho de Progresso, Tiradentes, CAN, Gaúcho Teutônia e Canabarrense necessitam vencer na rodada para seguir na briga por uma vaga no mata-mata. O Sete de Setembro está em uma situação mais confortável. Com cinco pontos, o time de Arroio do Meio encaminha a classificação para o mata-mata em caso de vitória.

SÉRIE B

Líder com 5 pontos, o CMD fecha o primeiro turno em casa. Jogando em Muçum, recebe o 11 Amigos em confronto direto pelas primeiras posições. No aspirante, o time se classifica para semifinal em caso de êxito.

VETERANO

Essa será a primeira rodada completa no Regional. Serão quatro jogos em Lajeado, Bom Retiro do Sul, Venâncio Aires e Arroio do Meio. A folga é do lanterna Flamengo, de Santa Cruz do Sul.

JONATHAN ROCHA/DIVULGAÇÃO

O “REI” VOLTOU NO ALLIANZ PARQUE

ARENA LOTADA PARA RECEBER ARTHUR

Volante volta para casa após sete anos e estreia neste sábado diante do Mirassol

Caetano Pretto caetano@jornalahora.inf.br

Um dos principais atletas revelados pelo Grêmio e figura fundamental na conquista da América em 2017, Arthur voltará a vestir azul, preto e branco após sete anos. Neste sábado, às 16h, o volante será a principal atração em uma Arena que promete estar lotada para embalar o time a uma vitória sobre o Mirassol.

Arthur teve uma ascensão meteórica no Grêmio. Estreou em 2015 aos 19 anos. Em duas temporada fez apenas dois jogos antes de estourar em 2017, sendo figura importante no terceiro título da Libertadores. Em Porto Alegre ainda foi campeão da Copa do Brasil, Recopa Sul-Americana e Gauchão antes de ser vendido por R$ 200 milhões ao Barcelona. Na Europa, além do gigante catalão, passou por Juventus, Fiorentina, Liverpool e Girona. Agora, aos 29 anos, retorna ao clube que o projetou para ajudar primeiramente na retomada da temporada 2025 e ser peça central de um novo Grêmio que se anuncia para as próximas temporadas. Neste sábado, Arthur será titular do time. Deve formar o meio-campo com Cuéllar e Dodi ou Cristaldo. A equipe teve na sexta-feira duas baixas: Marcos Rocha e Carlos Vinícius, com problemas muscular, não atuam contra o Mirassol.

O provável Grêmio tem: Tiago

Volpi; João Pedro, Noriega, Kannemann e Marlon; Cuéllar, Arthur e Cristaldo (Dodi); Alysson, Cristian Oliveira e Braithwaite.

Até a tarde de sexta-feira, cerca de 35 mil ingressos haviam sido vendidos, com sete setores da Arena já esgotados. A projeção é de cerca de 45 mil torcedores na partida.

A SURPRESA MIRASSOL

Estreante na elite do país, o Mirassol pode ser apontado como a grande sensação do campeonato. Na sexta colocação, com 35 pontos, o clube do interior paulista está neste momento se classificando para a Libertadores e até agora só perdeu três jogos no Brasileirão.

Os destaques do time são o lateral ex-Grêmio, Reinaldo, e o atacante natural de Taquari, Chico da Costa. O provável time titular tem: Walter; Lucas Ramon,

Campeão da América em 2017, Arthur voltará a jogar pelo Grêmio após sete anos

CLASSIFICAÇÃO

COM DESFALQUES E SAÍDAS, INTER ENFRENTA O PALMEIRAS FORA DE CASA

O Internacional tem uma tarefa ingrata na retomada do Brasileirão após a Data Fifa. Neste sábado, às 18h30min, vai até São Paulo enfrentar o Palmeiras no Allianz Parque. Nas duas semanas sem partidas, Roger Machado teve tempo para treinar e buscar novas alternativas. O time titular deve ser muito parecido com o que venceu o Fortaleza no fim de agosto, mas as opções no banco de reservas são mais escassas.

Nas duas semanas sem jogos, Roger perdeu um titular e uma figura importante do elenco. Wesley foi para o Al-Rayyan, do Catar, e Enner Valencia saiu para o Pachuca, do México. Assim, Carbonero e Vitinho passam a ser os novos pontas titulares, enquanto que Ricardo Mathias segue no ataque mas com uma sombra a menos.

AGENDA

23ª RODADA

- SÁBADO

16h Grêmio x Mirassol

16h Fortaleza x Vitória

18h30min Palmeiras x

11h Bragantino x

16h Atlético-MG x Santos

16h Juventude x Flamengo

17h30min São Paulo x Botafogo

20h30min Vasco x Ceará

SEGUNDA-FEIRA

20h Bahia x Cruzeiro

Em relação ao time que venceu o Fortaleza, a única troca deve ser a entrada de Victor Gabriel no lugar do suspenso Bernabei. Borré, lesionado, é ausência no banco de reservas, que deve ter o jovem Raykkonen como alternativa no ataque.

O provável Inter tem: Rochet; Aguirre, Vitão, Juninho e Victor Gabriel; Thiago Maia, Alan Rodriguez e Alan Patrick; Vitinho, Carbonero e Ricardo Mathias.

PALMEIRAS COMPLETO, MAS SEM ABEL

Sem o comandante Abel Ferreira, suspenso por levar o terceiro cartão amarelo, o Verdão entra em campo visando voltar à vice-liderança. Atualmente, o Palmeiras está em terceiro, com 43 pontos. O jogo contra o Colorado pode marcar a estreia de Andreas Pereira, contratado recentemente. Fora do time desde o início de agosto, Raphael Veiga está em fase final de recuperação de lesão e também pode retornar à equipe neste sábado.

O time titular deve ter: Weverton; Khellven, Gustavo Gómez, Murilo e Piquerez; Aníbal Moreno, Andreas Pereira, Mauricio e Felipe Anderson; Flaco López e Vitor Roque.

João Victor, Jemmes e Reinaldo; Danielzinho, Neto Moura e Gabriel; Negueba, Edson Carioca e Chico da Costa.

LUCAS UEBEL/DIVULGAÇÃO

Cavalgada da Integração terminava em Forquetinha

A 4ª Cavalgada da Integração chegava ao fim, após seis dias do seu início. No período, os cavalarianos passaram por oito municípios, no trajeto chamado Rosa da Ferradura. Foram 140 km de percurso entre Santa Clara do

Sul, Lajeado, Marques de Souza, Progresso, Boqueirão do Leão, Canudos do Vale, Sério e Forquetinha. O encerramento era no Parque de Eventos de Forquetinha, onde ocorreram apresentações e almoço festivo.

Carmen Schnorr era

Madrinha do Sete

O Clube Esportivo Sete de Setembro, de Lajeado, organizava seu baile de aniversário de 41 anos. Na noite, tomava posse a nova diretoria, com Helmuth Glufke como presidente, e era escolhida a Madrinha do Clube para 1975/76. As candidatas eram Mara Cristina Kirsch, Idair Delazeri, Margarida Pflugseder, Isolânia Werle, Vera Bald, Jussara Wiebelling e Carmen Luísa Schnorr, que foi a

escolhida. Até então o título estava com Nives Bosse. Na época, saiu nos jornais que o som contratado para a noite, a Banda Progresso, de Novo Hamburgo, nas palavras do jornal, “assassinou o hino do Brasil” com a performance. Deu bafafá na época, “Os próprios diretores do Clube ficaram surpreendidos por terem contrato uma coisa daquelas”, escrevia o jornal.

Sábado é Domingo é

- Dia Nacional da Cachaça - Dia do Agrônomo - Dia Mundial da Sepse - Dia do Programador

Santo do dia 13: São João Crisóstomo

- Dia da Cruz - Dia do Frevo

Santo do dia 14: -Exaltação da Santa Cruz

HENRIQUE PEDERSINI

Jornalista

Lajeado supera 2024 em alvarás de construção

Efaltam os dados de setembro a dezembro como uma espécie de “superávit” nas autorizações concedidas pela secretaria de Planejamento para construções em Lajeado. Com as 91 liberações autorizadas em agosto, o total em 2025 é de 1.169 permissões. Em todo ano de 2024 foram 1.036. O dado reflete uma das prioridades na gestão de Alex Schmitt na pasta do governo de Gláucia Schumacher. Muito pelas reclamações recorrentes dos empresários do setor pela burocracia e demora na concessão do documento que oficializa o aval para iniciar obras.

Mantida a média, é provável que o município feche o ano com 1,5 mil alvarás registrados. É como se todo dia ao menos quatro construções iniciassem, seja de pequeno, médio ou grande porte.

“Impressiona a força do setor”, resume o secretário Schmitt, responsável pelas mudanças que deram maior fluidez ao setor.

Quanto ao chamado “Habitese”, entre janeiro e agosto foram

emitidos 1.721 documentos. A projeção indica uma ampliação no comparativo com os 2.201 laudos do ano passado. Claro que os números são impulsionados por programas habitacionais pós-enchente, porém é necessário reconhecer que o atendimento público a um dos setores mais pujantes da economia lajeadense está bem mais de acordo em relação a um passado recente. Do total de construções, a grande maioria, 697,

são de residências unifamiliares, geminadas e sobrados. Construções verticais representam 119 unidades.

Por mais que alguns discursos ainda reflitam um receio econômico pela insegurança política, o impacto das catástrofes climáticas, os números da construção em Lajeado anima e muito e requisitam um debate permanente quanto a mobilidade urbana, estruturas para serviços públicos essenciais.

Preocupação com estrangeiros

ARTIGO

Empreendedor e comunicador, apresentador do programa “O Meu Negócio”, da Rádio A Hora 102.9

Atender ao Público 50+

Nas últimas décadas, o consumo esteve muito associado à juventude — tanto na comunicação quanto na concepção de produtos e serviços. Mas essa realidade está mudando. A ampliação da expectativa de vida, combinada à melhora do poder de compra, um fato presente aqui no Sul do país e especialmente aqui no Vale, reposiciona o público 50+ como uma das forças mais relevantes da economia brasileira, com amplo poder e influência de compra. É só dar uma volta e verificar este fato nas ruas, nas lojas e até mesmo no campo digital. Segundo levantamento da Data8 (empresa de pesquisa focado na economia da longevidade), quatro em cada dez brasileiros acima dos 55 anos não encontram no mercado produtos e serviços adequados às suas demandas. Isso evidencia não apenas uma oportunidade perdida pelas empresas, mas também um despreparo estrutural do varejo para atender a esse consumidor.

Ainda segundo a fonte anteriormente citada, “projeções para os próximos 10 anos indicam aumento expressivo no consumo em serviços de saúde e cuidados pessoais”, gerando oportunidades nestas áreas.

Nesta semana, um debate chamou atenção em Lajeado: a assistência aos estrangeiros trazidos para a cidade como mão de obra do setor industrial. A preocupação é com um aumento expressivo na busca pela rede pública de saúde e desenvolvimento social.

O caso mais recente foi de um marroquino de 24 anos que foi trazido de São Paulo supostamente por uma empresa que intermédia o deslocamento de profissionais para indústrias.

A situação era tão degradante que a informação apurada por este repórter é que o jovem chegou a procurar abrigo do frio em um cemitério da cidade. Neste caso, uma mobilização de voluntários juntou os valores para que o marroquino voltasse ao seu país.

Porém, a preocupação é com situações permanentes de estrangeiros em más condições no município.

Atender esse consumidor exige preparo específico. Equipes treinadas não apenas em técnicas de vendas, mas em empatia”

O varejo, por estar na linha de frente da relação com o consumidor, carrega uma responsabilidade ainda maior. São os vendedores, gerentes e atendentes que personificam a marca diante do cliente. Mas será que as organizações estão preparadas para lidar com as demandas específicas desse público?

Alguns pontos críticos de atenção que devem ser observados: Atendimento: o consumidor 50+ valoriza clareza, respeito e tempo para decisão, mas muitas equipes são treinadas apenas para lidar com pressa e imediatismo. Produtos e serviços: ainda faltam opções adaptadas a necessidades físicas (conforto, ergonomia, usabilidade) sem renunciar à estética e do design. Comunicação: campanhas publicitárias raramente incluem esse público de forma protagonista. Quando aparecem, geralmente é em papéis secundários. Experiência de compra: lojas e canais digitais pouco consideram acessibilidade, linguagem simples e navegação intuitiva, ou seja, o cliente “ sabe o que fazer “ naturalmente. Atender esse consumidor exige preparo específico. Equipes treinadas não apenas em técnicas de vendas, mas em empatia, escuta ativa e valorização da experiência do cliente. O público maduro costuma ser fiel, mas exige confiança e consistência. Um atendimento inadequado pode não apenas afastar o consumidor, mas gerar uma perda multiplicada, já que essa faixa etária tem grande influência sobre familiares e redes sociais próximas.

O chamado “mercado da longevidade” ainda está em formação, mas já é realidade. Empresas que entenderem esse movimento e se anteciparem, ajustando produtos, comunicação e atendimento, estarão um passo à frente.

A pergunta que fica é : as organizações estão dispostas a rever seus modelos para enxergar este público 50+ como um cliente central para os seus negócios?

Fim de semana, 13 e 14 setembro 2025

Fechamento da edição: 18h

9º | MÁX: 26º O tempo, no sábado, permanece firme e ensolarado, sob influência da massa de ar mais seco e frio.

Saber quando agir

Especialistas alertam que treinamento básico pode reduzir riscos e aumentar chances de sobrevivência

PÁGINAS 4 e 5

UMA PUBLICAÇÃO DO FIM DE SEMANA 13 E 14 SETEMBRO 2025

Univates oferta novos cursos na Saúde

Além do curso de Inteligência Artificial, universidade também terá Terapia Ocupacional e Fonoaudiologia

Alinhada às tendências de mercado, a Univates passa a oferecer, a partir do primeiro semestre de 2026, outros três cursos de graduação. Entre eles, dois da saúde: Terapia Ocupacional e Fonoaudiologia. Além disso, vai ofertar o curso de Inteligência Artificial.

Os estudos serão ofertados no formato semipresencial. Os cursos combinam carga horária em atividades presenciais e em atividades presenciais/ou síncronas mediadas, seguindo as novas regras estabelecidas pelo

EXPEDIENTE

Ministério da Educação (MEC).

De acordo com o pró-reitor de Ensino e Extensão, Tiago Weizenmann, a oferta é alinhada às transformações no perfil dos estudantes e na demanda por profissionais cada vez mais qualificados para o mercado de trabalho.

Os interessados em começar um dos cursos devem fazer o cadastro para receber informações sobre matrículas e valores das mensalidades. Mais informações sobre os cursos e o processo seletivo para ingressar na universidade no primeiro semestre de 2026 também podem ser obtidas no site da Univates.

Fonoaudiologia

O curso de Fonoaudiologia forma profissionais capacitados para atuar com avaliação,

Textos: Bibiana Faleiro

EDITORIAL

Instrução para todos

Em qualquer esquina, sala de aula ou ambiente de trabalho, uma emergência pode acontecer. Um engasgo, uma queda, uma convulsão. Situações assim, embora comuns, ainda encontram a maioria das pessoas despreparadas. O resultado é que muitas vidas se perdem não pela gravidade inicial do acidente, mas pela ausência de uma resposta imediata.

Entre os cursos, está a Terapia Ocupacional, para a promoção da saúde e da qualidade de vida

prevenção e reabilitação da comunicação, integrando voz, linguagem, audição e motricidade orofacial. O mercado de trabalho está em expansão, em especial, com o crescimento da preocupação com a qualidade de vida, com o envelhecimento populacional e os avanços tecnológicos na área da Saúde.

Terapia

Ocupacional

O curso de Terapia Ocupacional (TO) é voltado à formação interdisciplinar

Diagramação: Lautenir Junior

O Brasil deu passos importantes ao tornar obrigatória a capacitação em primeiros socorros para professores e funcionários de escolas. Mas a medida, apesar de positiva, ainda é insuficiente. O conhecimento básico sobre como agir até a chegada do socorro profissional

deveria ser parte da formação de todo cidadão, assim como aprender a ler ou dirigir. Enquanto o tema permanece restrito a cursos técnicos e treinamentos ocasionais, multiplicam-se histórias de quem assiste a um parente ou amigo em risco. A sociedade precisa encarar os primeiros socorros não como especialidade médica, mas como ferramenta de cidadania e cuidado coletivo. Em um país em que o tempo de resposta do atendimento de urgência varia conforme a cidade e a infraestrutura disponível, cada minuto faz diferença. Preparar pessoas comuns para agir pode ser, literalmente, a diferença entre a vida e a morte. Boa leitura!

para atuação em diferentes contextos para a promoção da saúde e da qualidade de vida das pessoas. O diplomado em TO pode atuar em hospitais, clínicas, serviços públicos, escolas, centros de reabilitação, empresas e até mesmo em projetos comunitários, auxiliando as pessoas a terem mais autonomia nas atividades do cotidiano.

Inteligência Artificial

O curso de Inteligência

Artificial (IA) é focado na formação de profissionais capacitados para aplicação de técnicas baseadas em IA e ferramentas computacionais modernas, auxiliando empresas em tomadas de decisão mais estratégicas. As oportunidades no mercado de trabalho vão desde tecnologia e startups até setores como saúde, agronegócio, indústria, finanças, educação, comunicação e entretenimento.

Coordenação: Felipe Neitzke

ENVATO

Atitudes que salvam vidas

Hemorragias, engasgos, convulsões e queimaduras estão entre as situações mais comuns de emergência. Especialistas explicam como agir e destacam a importância da prevenção

Quando alguém sofre um acidente ou passa mal de forma repentina, a reação de quem está por perto pode ser importante para a sobrevivência. No entanto, a falta de conhecimento sobre primeiros socorros ainda gera insegurança e pode colocar a vida da vítima em risco.

Profissionais que atuam na linha de frente das emergências reforçam que, em muitas situações, saber fazer o simples é o que faz a diferença entre salvar ou perder uma vida.

Médico emergencista, integrante da Salvar Treinamentos, Eduardo Jaeger também atua no Hospital Bruno Born (HBB) e é coordenador médico do Samu Lajeado. O profissional afirma que um dos cenários mais críticos é a hemorragia. O uso de torniquetes profissionais é o padrão recomendado, mas nem sempre disponível. Nesses casos, improvisar pode ser necessário.

“É possível usar uma tira

de roupa, desde que se observe se o sangramento realmente parou. Essa é a forma de saber se o improviso foi eficaz”, explicou um dos médicos.

Eles ressaltam que a distância em relação ao ferimento e a compressão correta são determinantes para o controle da perda de sangue. Segundo o médico, poucas situações impressionam tanto quanto presenciar uma crise convulsiva. Nesses casos, a recomendação é proteger o paciente e não tentar conter a crise.

“Jamais coloque a mão na boca da pessoa. Isso não vai evitar que ela morda a língua e pode machucar quem presta socorro”, alerta Jaeger. Segundo ele, a atitude correta é colocar a vítima de lado e afastar móveis ou objetos que possam causar lesões. Após a crise, é indispensável chamar o serviço de emergência, já que as convulsões sempre indicam alguma alteração grave no organismo.

Grande parte dos acidentes acontecem dentro da residência.”

Erros comuns

O engasgo, especialmente em crianças, está entre as emergências mais frequentes. A manobra de Heimlich é eficaz, mas, muitas vezes, aplicada de forma errada. “Muitos pressionam no abdômen, mais baixo do que deveriam. O ponto correto é na região logo acima do umbigo, conhecida como boca do estômago”, explica o profissional.

No caso das queimaduras, ele afirma ainda existirem muitos mitos. O mais comum é aplicar pomadas, gelo ou outros produtos caseiros. A medida correta, no entanto, é simples.

“A primeira ação deve ser lavar com água corrente. Isso alivia a dor, remove resíduos e reduz danos. Serve também para queimaduras químicas ou oculares”, orienta. O

atendimento médico deve ser procurado em seguida, para avaliação do grau da lesão.

Prevenção

Grande parte das emergências ocorre dentro de casa e poderia ser prevenida. Entre os riscos mais comuns, estão o engasgo de crianças com objetos pequenos, tomadas sem proteção, cabos de panela no fogão e produtos de limpeza ao alcance dos pequenos. Em idosos, os riscos envolvem pisos escorregadios, tapetes soltos e má iluminação, que favorecem quedas com fraturas graves. Para todos os casos, ter

um kit de primeiros socorros acessível é uma medida importante de prevenção e tratamento imediato.

Além das orientações básicas, Jaeger destaca avanços que vêm transformando o atendimento de emergências. Dispositivos como videolaringoscópios, curativos hemostáticos e máquinas que realizam compressões torácicas automáticas já fazem parte da rotina em alguns serviços. “Essas tecnologias ajudam muito, principalmente em equipes pequenas. A máquina mantém o ritmo e a força da massagem cardíaca de forma precisa, algo que o ser humano, por cansaço,

Luan Flores, enfermeiro socorrista
FOTOS: DIVULGAÇÃO

não consegue sustentar”, destacaram.

O valor do treinamento

Mais do que equipamentos modernos, o preparo da população é visto como essencial. “O custo de um treinamento em primeiros socorros é baixo diante do valor de não estar preparado para uma emergência. Só depois de uma tragédia é que muitos percebem a importância”.

O médico lembra que hoje, com o acesso facilitado à informação, qualquer pessoa pode pesquisar termos como “manobra de

A primeira ação de uma queimadura deve ser lavar com água corrente. Isso alivia a dor, remove resíduos e reduz danos.”

Eduardo Jaeger, coordenador médico do Samu Lajeado

não resolvem e, muitas vezes, tornam o tratamento no hospital ainda mais doloroso. O que salva é aplicar as técnicas corretas de primeiros socorros”, alerta. Para Flores, a prevenção começa dentro de casa. Crianças precisam ser protegidas de fontes de perigo, e idosos exigem cuidados redobrados para evitar quedas. “Grande parte dos acidentes acontecem dentro da residência. Pequenos ajustes, como retirar tapetes soltos, já reduzem riscos”, afirma.

Ele também lembra que há equipamentos modernos que facilitam o atendimento, como curativos hemostáticos, torniquetes e dispositivos de corte de cintos de segurança. “O desafio está no custo e na atualização dos protocolos, que nem sempre acompanham os padrões internacionais”, explica.

O que fazer em emergências comuns

Hemorragia: aplicar torniquete ou compressão firme até cessar o sangramento

Convulsão: lateralizar a pessoa, afastar objetos e não colocar a mão na boca

Engasgo: aplicar a manobra de Heimlich, com pressão logo acima do umbigo

Queimadura: lavar com água corrente em abundância, sem pomadas ou gelo

Heimlich” ou “ressuscitação cardiopulmonar” e encontrar vídeos e ilustrações que ajudam a compreender os procedimentos.

Atenção aos detalhes

Com a experiência de quem atua diariamente no atendimento pré-hospitalar, o enfermeiro socorrista do Samu, e também profissional da Salvar Treinamentos, Luan Flores chama atenção para detalhes que fazem a diferença em uma emergência. Um dos principais erros, segundo ele, está na forma como muitas pessoas lidam com sangramentos: “É preciso manter pressão contínua sobre o ferimento. Não adianta ficar olhando a cada cinco minutos para ver se parou. Toda vez que se tira a mão, o coágulo se rompe e o sangramento recomeça. O correto é manter a pressão firme até a chegada do socorro”, explica.

Ao longo da carreira, o profissional já presenciou diversas práticas feitas de forma equivocada, como virar uma criança de cabeça para baixo durante um engasgo, aplicar pasta de dente em queimaduras, usar óleo ou pó de café em cortes. “Essas atitudes

Mais de mil alunos por ano

Criada em 2021, a empresa Salvar Treinamentos forma mais de 1,2 mil alunos por ano em cursos de primeiros socorros e atendimento pré-hospitalar. Médicos, enfermeiros, técnicos, professores e pessoas da comunidade recebem capacitação.

“Nosso papel é multiplicar conhecimento. Quanto mais pessoas preparadas, mais vidas poderão ser salvas”, afirma Flores.

Hemorragias, engasgos e queimaduras estão entre as situações mais comuns atendidas por equipes de emergência

Prevenção

começa em casa

- Crianças: manter pequenos objetos, produtos de limpeza e tomadas fora de alcance; atenção ao fogão e cabos de panela

- Idosos: evitar tapetes soltos, corrigir pisos escorregadios e garantir boa iluminação para prevenir quedas

- Ambiente doméstico: ter à mão um kit básico de primeiros socorros, que pode ser comprado em farmácias, e equipamentos simples como corta-cinto e quebra-vidro, que custam pouco e podem ser decisivos em acidentes

Acidentes

e primeiros socorros no Brasil

- Cerca de 25 pessoas morrem por dia em acidentes domésticos no Brasil, totalizando aproximadamente 9.300 mortes por ano.

- Entre 2020 e 2021, o Brasil registrou 1.616 óbitos de crianças (0-14 anos) por acidentes domésticos.

- Em 2024, 456 crianças e adolescentes (0-19 anos) perderam a vida em acidentes domésticos, segundo o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM).

- Há cerca de 160 mil mortes por parada cardíaca por ano no Brasil, muitas delas em locais inesperados.

- A capacitação em suporte básico de vida poderia evitar aproximadamente 30% das mortes por parada cardíaca.

ALERTA NA INFÂNCIA

Os desafios da ortopedia pediátrica

Entre quedas típicas da infância e diagnósticos complexos, a ortopedia pediátrica exige conhecimento, sensibilidade e prevenção

Liégenes Feil Médica ortopedista pediátrica

Sempre alerto os pais sobre o peso das mochilas, o tipo de calçado, o tempo excessivo em frente às telas”

A infância é uma fase de descobertas. E, com elas, vem as quedas, tropeços e ossos em formação. Para os pais, nem sempre é fácil diferenciar o que é parte natural do desenvolvimento do que pode sinalizar um problema de saúde. É nesse ponto que entra a ortopedia pediátrica. “Na ortopedia pediátrica, cada paciente é uma doença diferente”, resume a médica ortopedista pediátrica Dra. Liégenes Feil. “Enquanto na ortopedia de adultos temos médicos altamente especializados em joelho, mão ou ombro, o ortopedista pediátrico precisa olhar para a criança de forma integral: do quadril ao pé, das deformidades ao trauma”, completa.

Quedas que contam histórias

Segundo a especialista, um dos motivos mais comuns de preocupação dos pais na infância são as quedas. Mas a médica tranquiliza: “Uma criança saudável cai porque está explorando, brincando, correndo. Isso é sinal de vitalidade”, explica Liégenes. Pesquisas indicam que nos primeiros anos de vida, uma criança pode cair cerca de oito vezes por dia, em especial, quando está aprendendo a andar. “É preciso diferenciar o que é fisiológico do que é patológico. Nem toda queda é motivo de alerta.”

Outra queixa frequente nos consultórios é o chamado pé plano, popularmente conhecido como “pé chato”. Embora o aspecto preocupe

as famílias, na maioria dos casos a alteração desaparece sozinha com o crescimento.

“Grande parte dessas deformidades é transitória. Com o tempo, os ligamentos e músculos amadurecem e o pé se corrige naturalmente. O papel do médico é orientar a família e evitar intervenções desnecessárias”, diz.

Diagnóstico precoce

Mas há situações mais complexas, em que o diagnóstico precoce é decisivo. A displasia do desenvolvimento do quadril é uma delas. A condição pode ser detectada ainda durante a gestação, no ultrassom morfológico, ou nos primeiros meses de vida.

“Se identificamos cedo, o tratamento é simples, e com o uso de suspensório, o quadril se desenvolve normalmente. Sem esse diagnóstico, a criança pode precisar de grandes cirurgias no futuro, com sequelas que vão da dificuldade para caminhar até artrose precoce na vida adulta”, alerta Liégenes. Apesar da gravidade, o Brasil ainda não conta com rastreamento universal da displasia. “Na Europa, todo bebê passa pelo ultrassom do quadril. Aqui, seguimos defendendo essa política, mas ainda estamos longe de garantir acesso a todas as famílias”, afirma a médica.

A atuação da ortopedia

Sinais de alerta

- Clique no quadril ao trocar a fralda ou vestir a criança; - Assimetria nas dobrinhas da coxa ou nádega; - Perninha mais curta ou dificuldade em abrir as pernas; - Quedas frequentes com dificuldade para levantar; - Dores persistentes acompanhadas de inchaço, calor ou vermelhidão.

também envolve orientações cotidianas que, somadas, fazem diferença na saúde ao longo da vida. “Sempre alerto os pais sobre o peso das mochilas, o tipo de calçado, o tempo excessivo em frente às telas. As crianças precisam brincar ao ar livre, correr, pegar sol. A vitamina D é fundamental para a saúde óssea”, completa.

Na ortopedia pediátrica, a escuta atenta e a avaliação precoce fazem a diferença entre uma infância saudável e complicações na vida adulta

Hidratação e bronzeado saudável começam na alimentação

Overão, marcado por altas temperaturas e maior exposição ao ar livre, aumenta a perda de líquidos e sais minerais pelo organismo. De acordo com a nutricionista

Daiane Morgenstern, para evitar os efeitos do calor, recomenda-se reforçar a hidratação e adotar uma alimentação rica em frutas, verduras e legumes, que além de repor nutrientes e líquidos, fornecem fibras e vitaminas essenciais para a saúde na estação.

Além de hidratar, muitos alimentos também podem contribuir para a proteção da pele contra os raios solares e também contribuir para o bronzeado. O betacaroteno, por exemplo, auxilia no bronzeado da pele, devido a sua influência na produção de melanina, mas ao mesmo tempo, atua como um antioxidante combatendo os radicais livres da radiação solar.

Daiane explica que ele pertence à família dos carotenoides, que são pigmentos lipossolúveis bastante coloridos responsáveis pela coloração laranja, amarela e vermelha de vários alimentos. Outro ponto para se destacar diante das funcionalidades do betacaroteno é a sua capacidade de conversão em vitamina “A” dentro do organismo. “Ou seja, o betacaroteno também pode ajudar a reforçar o sistema imunológico, auxiliando na saúde dos olhos e na performance física.”

RECEITA

Torta de casca de abóbora com recheio de talos

Ingredientes

3 xícaras (chá) de farinha de trigo

3 ovos

1 xícara (chá) de casca de abóbora

1 xícara (chá) de talo de couve e salsa

1 cenoura ralada

1/2 copo de óleo

1/2 pacote de queijo ralado (50g)

(opcional)

1 cebola pequena

1 dente de alho

1 copo de leite (250 ml)

Sal a gosto

1 colher (sobremesa) de fermento em pó

Modo de preparo

Recheio: refogue a cebola, o alho, os talos e a cenoura. Massa: coloque os ovos, a casca de abóbora, o óleo, o queijo ralado, o leite e o sal no liquidificador, despeje a massa em uma vasilha e misture o trigo, o recheio e o fermento em pó. Leve ao forno por 30 minutos em forma previamente untada com margarina ou óleo e farinha de trigo.

Segundo a nutricionista, a melhor maneira de consumilo é através da alimentação, mas também pode ser suplementado, desde que seja feito com orientação nutricional. “Temos uma grande variedade de alimentos acessíveis que são ricos em betacaroteno e que também contribuem para a hidratação do corpo, como acerola, manga, melancia, melão, brócolis, cenoura, pêssego, abóbora e espinafre.

PATROCINADORES

Apê das Portas Verdes

Lucas Pedó

Lucas Pedó Arquitetura e Design contato@lucaspedoarqdes.com.br Instagram: @lucaspedo.arq.des

APRESENTA

Um apartamento amplo e com personalidade foi o que o arquiteto Lucas Pedó escolheu para o próprio lar. Ele foi atrás de um novo imóvel para morar no início deste ano, e buscava um espaço de pelo menos dois quartos, um deles para home office.

“Apartamentos usados me chamavam atenção, já que por ser arquiteto, eu sabia que iria querer reformar e adaptá-lo aos meus gostos e usos. O que encontrei se enquadrava nos quesitos”.

Por ser um imóvel dos anos 90, a cozinha estava isolada da sala, por isso, foram derrubadas paredes, trocados pisos e revestimentos.

Ainda, foi refeita a rede elétrica e hidráulica.

Por aqui, gostamos de decoração afetiva, itens de garimpo e contam histórias, então a decoração teria antiguidades. Para harmonizar com isso, fizemos alguns móveis em madeira maciça e contrapomos isso com as bancadas em inox, trazendo ar de modernidade”, conta Pedó.

O arquiteto conta que a mesa de jantar é uma peça de design desenhada em 1956, atemporal e moderna, um desejo antigo do profissional, que se encaixou na atmosfera do ambiente.

“Embora eu não goste de enquadrar decorações em estilos, se precisasse, diria que o apartamento é "midcentury", uma estética dos anos de 1950 que usava

metal, curvas, madeira e preto.’

O nome do projeto se dá pelas cores das portas, que já eram verdes quando o imóvel foi adquirido. Pedó optou por manter assim para reforçar o valor das histórias de cada item da casa.

Segundo Pedó, a decoração contém livros de arquitetos que ele admira, peças de família, como a cômoda, um bar, que possui marcas que cigarros que foram apagados na sua superfície, hábito de um dos bisavôs dele, o Louceiro. “Colecionamos louças, tem uma luminária do jantar, peça que me foi dada por uma tia-avó. É um lar atemporal,

pois tudo aqui tem sentido”. Além de tudo, o Apê das Portas Verdes é um manifesto daquilo que Pedó acredita como arquitetura e, além disso, como estilo de vida.

REALIZAÇÃO

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