Agronotícias - 08/08/2020

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FIM DE SEMANA, 08 E 09 DE AGOSTO DE 2020

Especial - Grupo A Hora

Suíno valoriza e mantém competitividade Impulsionada pela exportação, produção de suínos para abate deve crescer 4% este ano

A

pesar da pandemia e embargos comerciais, a suinocultura passa por um bom momento e mantém projeções de crescimento. “A produção de suínos para abate deve crescer 4% em relação ao ano passado”, revela o presidente da Acsurs, Valdecir Luis Folador. De acordo com Folador, o mercado interno sofreu retração entre março e maio, mas nos meses de junho e julho, mostrou sinais de recuperação. “A exportação está fluindo, os números indicam aumento de 64% em valores se comparado ao mesmo período do ano anterior”, ressalta o presidente da Acsurs. O Vale do Taquari é líder no ranking gaúcho de produção. No ano passado foram abatidos 1.801.176 suínos, o que representa 19,18% da produção no estado. Para Folador, a instalação de novos chiqueiros ocorre no sentido de incrementar as granjas já existentes. “O setor está operando dentro da realidade, sem exageros.” A pesquisa semanal

da Acsurs, realizada em 27 de julho, apontou um aumento de R$ 0,13 no preço pago pelo quilo do suíno vivo no RS. A cotação agroindustrial média

do suíno é de R$4,42. “O preço é bom, mas devemos também olhar o aumento no custo de produção, que chega a 30% em algumas situações”,

observa Folador. Para manter a competitividade da carne suína diante outras proteínas, o presidente da Acsurs diz que é preciso ficar atento e buscar o equilíbrio. “Quando houve a queda do preço pago ao produtor, o valor nas gôndolas dos supermercados não mudou. Mas agora, certamente haverá algum reajuste e precisamos monitorar esse movimento”, comenta.

“A exportação está fluindo, os números indicam aumento de 64% em valores se comparado ao mesmo período do ano anterior”

Agregar valor

O sonho de sair da informalidade e ter uma fonte de renda no campo, agora é realidade para Leonardo Lenhard, 29, e Elisa Richter, 28. O jovem casal do interior de Sério inaugurou a primeira agroindústria de embutidos do município. Voltada à produção de FELIPE NEITZKE

Bom momento na suinocultura incentiva jovem casal a investir em agroindústria de embutidos no interior de Sério

Valdecir Luis Folador, presidente da Acsurs

linguiça frescal e linguiça suína colonial defumada, a expectativa é entregar cerca de 300 quilos ao mês. O casal se organiza para também produzir salsichão. “Eu gosto do interior e não pretendo sair daqui. Investimos numa atividade rentável e viável para nossa região”, comenta a agricultora. A expectativa do casal é obter o retorno do investimento em três anos. A sede da agroindústria e os equipamentos são novos, ao custo aproximado de R$ 75 mil. A carne suína é comprada em frigorífico da região devidamente certificado. “É uma forma de agregar valor a um produto com boa oferta na região”, destaca Leonardo. O quilo da linguiça é comercializado por R$ 20 (defumada). Já o salsichão, será disponibilizado por R$ 15,00 o quilo. “Agora a comunidade tem uma opção local e não precisa comprar de fora”, acrescenta Lenhard.


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