A Hora - 28.08.2021

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A HORA | Fim de semana, 28 e 29 de agosto de 2021 | Ano 19 - Nº 2918 | Fechamento da edição: 19h

Avulso

R$ 3,50 (dia útil) R$ 6,90 (fim de semana) RENATA LOHMANN

ABERTURA AOS DOMINGOS

COMÉRCIO EM LAJEADO

Debate na câmara ganha as ruas e divide opiniões entre empresários, trabalhadores e clientes. Proposta que autoriza o funcionamento de lojas Página 10 aos domingos e feriados avança no Legislativo. Entidades do setor e vereadores confrontam posições na próxima segunda-feira

DE 2010 A 2021

COMBATE AO TABAGISMO

População no Vale cresce acima da média estadual

Data alerta para riscos

Estimativa populacional do IBGE foi divulgada nessa sexta-feira. Em relação ao Censo de 2010, região teve aumento de 10,94% no número de habitantes. No Rio Grande do Sul, crescimento foi de 7,23%.

Em 30 anos, país reduz número de fumantes. Na pandemia, porém, consumo aumentou. Páginas 6 e 7

OPINIÃO FERNANDO WEISS

Evolução inadiável Comércio de Lajeado quer se igualar à maioria das cidades gaúchas.

OPINIÃO RODRIGO MARTINI

Inteligente e verde Conceito de smart city precisa abarcar a temática ambiental.

Em 36 municípios do Vale do Taquari, 24 receberam mais moradores, enquanto 12 reduziram suas comunidades. Dados confirmam êxodo rural e maior procura por oportunidades nos centros urbanos.

Páginas 8 e 9

RENATA LOHMANN

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A HORA | Fim de semana, 28 e 29 de agosto de 2021

ABRE ASPAS

“Fazer parte do LEO Clube é transformador” ARQUIVO PESSOAL

O LEO Clube proporciona aos jovens uma oportunidade de desenvolvimento e contribuição, individual e coletiva, além de promover atividades de serviço para a comunidade local. Neste sábado, 28 de agosto, é comemorado o Dia Nacional do Leoísmo.

Aos 27 anos e morador de Porto Alegre, Diego Aguiar da Silva é presidente do LEO Clube Lajeado Florestal para o biênio 2021/2022.

tamente isso o que o programa nos proporciona. Estar presidente nesse Ano Leoístico é de uma extrema responsabilidade, uma vez que, estamos começando gradativamente a virada na situação pandêmica através da vacinação para voltarmos a realizar as ações que estávamos habituados, sendo uma visita com atividades a alguma entidade, um pedágio solidário, doação de sangue, dentre tantas outras. Ao final da presidência tenho certeza de que teremos feito muito e que nossas campanhas beneficiaram diversas pessoas, além de ter obtido o crescimento e a liderança.

Quais as ações que mais te marcaram?

São inúmeras, mas sempre lembro da ação que realizamos no ano de 2019, na Associação dos Menores de Arroio do Meio. Fizemos uma visita a entidade e passamos um sábado realizando diversas atividades com as crianças e adolescentes. A sensação de pelo menos levar um pouco de alegria e diversão ao final da ação foi incrível.

Como conheceu o LEO Clube?

Conheci ainda no tempo de escola durante o ensino médio na Escola Monte das Tabocas, em Venâncio Aires.

Qual a contribuição do LEO Clube para a comunidade lajeadense?

A comunidade lajeadense conta com a ação do nosso clube a mais de 15 anos.

São inúmeras ações desenvolvidas, sempre com o olhar para a comunidade. Nosso clube é um mobilizador de recursos humanos para impulsionar e viabilizar iniciativas voltadas para o desenvolvimento social da comunidade lajeadense.

Onde há uma necessidade, há um LEO.

Quando decidiu entrar no clube?

Alguns amigos participavam do clube e isso certamente foi um fator determinante para pelo menos conhecer. O meu principal objetivo ao aceitar fazer parte foi para realizar serviço voluntário para a comunidade nas diversas frentes que o programa atua, e com isso obter a oportunidade de desenvolvimento pessoal.

O que é o melhor em ser um membro?

Com certeza temos diversos benefícios para citar enquanto membros do clube, mas o principal deles é fazer a diferença na vida das pessoas que alcançamos durante alguma ação do clube.

Com isso, temos a certeza de que estamos desenvolvendo os propósitos do Lions Clubs Internacional.

CAETANO PRETTO caetano@grupoahora.net.br

O que representa ser membro e presidente do LEO Clube Lajeado Florestal?

Eu sempre menciono que fazer parte do LEO Clube, ou de qualquer outro programa voluntário, é transformador.

O acróstico do LEO significa: Liderança, Experiência e Oportunidade - e é jus-

Contatos eletrônicos: Diretor Executivo: Adair Weiss Diretor de Mercado e Estratégia: Fernando Weiss Diretor de Marketing e Inovação: Sandro Lucas Editor chefe da central de jornalismo: Alexandre Miorim Fundado em 1º de julho de 2002 Vale do Taquari - Lajeado - RS

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EDITORIAL

Sinal vermelho

O

país está diante de uma chance real de novo apagão. O alerta foi emitido nesta semana pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Em caso de setembro for com chuva abaixo da média no centro do país, em outubro as usinas hidrelétricas não terão como atender a demanda do país.

Neste cenário, seria necessário aumentar o uso das termelétricas, além de importar energia do Conesul, em especial da Argentina e do Uruguai. Isso significa que, além do risco de racionamento, a conta ficará mais cara.

Pela análise do ONS, julho e agosto foram os piores meses em termos de chuva. O nível dos reservatórios estão em 22%, os mais baixos da história. Em que pese mudanças na matriz energética, pois do apagão de 2001 até agora houve redução na dependência das hidrelétricas, o modelo ainda representa 70% de energia gerada no país.

No ano do apagão, as hidrelétricas representavam 82% de toda energia gerada no país. Hoje, esse percentual está em 62%.

O país avançou, criou alternativas. Ainda assim, é preciso mais. A energia elétrica é

Ter na região a instalação das hidrelétricas precisa ser vista como oportunidade, pois cada megawatt criado é mais força para todo o sistema nacional” insumo básico à vida moderna, à economia e para o bem-estar.

O modelo que usa a força da água para produzir energia é a fortaleza do sistema nacional, mas não pode estar sozinho. Ampliar os meios de gerar energia é preceito básico para atender as demandas da sociedade.

Neste contexto, entre as brigas ambientais e a instalação de novos projetos, é preciso desenvolver mecanismos para oportunizar projetos sustentáveis, seja pelo uso da energia solar, eólica, e com as pequenas usinas hidrelétricas. É justo com estes projetos que o Vale do Taquari pode ser um reforço para o sistema nacional. Há tecnologia, projetos e alternativas para tanto, em especial pelo potencial dos recursos hídricos. Para tanto, é preciso destravar projetos parados faz dez anos nos órgãos de fiscalização.

Sem dúvida, é preciso se atentar ao controle do impacto na natureza, pois os investimentos precisam deve ser acompanhado por regras claras e por diagnósticos efetivos dos riscos. Ter na região a instalação das hidrelétricas precisa ser vista como oportunidade, pois cada megawatt criado é mais força para todo o sistema nacional.

Como resultado, se reduz a instabilidade em caso de crises hídricas.

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FERNANDO WEISS Sugestões, críticas, contrapontos: fernandoweiss@jornalahora.inf.br

O debate necessário para a evolução inadiável O comércio de Lajeado quer se igualar à maioria das cidades gaúchas e poder abrir quando for conveniente, “sem massacrar”, é obvio, os comerciários

A

semana foi de ouvir opiniões favoráveis e contrárias ao projeto que propõe liberar o funcionamento do comércio lajeadense em qualquer dia da semana. O jornalismo nos exige dar vez e voz aos dois ou mais lados que existem em torno de um mesmo tema. Foi o que fez o Grupo A Hora, no rádio, no jornal e no portal ao longo da semana. E continuará fazendo.

Ainda assim, ao confrontar argumentos pró e contra, a balança pesa para o lado favorável. 2021, era digital, transformação dos negócios, mudanças dos hábitos de consumo, comércio desafiado a adotar novas fórmulas. Não tem mais explicações suficientes do lado contrário para manter a legislação como ela está. Dizer que proibir o comércio de trabalhar nos domingos e feriados é

proteger a família é balela. Quer dizer que todos os trabalhadores – milhares e de vários setores – que já trabalham nestes dias têm suas famílias desprotegidas?

Claro que não.

A favor dos direitos do trabalhador, está a CLT. Todas as regras na relação entre empregador e empregado precisam ser resguardadas e, em nenhum momento, o projeto adentra para

o não cumprimento da legislação.

Não haverá consenso – e nem precisa – em torno da matéria.

Apenas espero que os vereadores não usem argumentos politiqueiros e extremistas para emplacar narrativas contrárias ao projeto.

Está na hora de Lajeado evoluir neste tema. Defender o contrário é fechar os olhos às transformações sociais, culturais, comportamentais e econômicas que nos cercam.

RETRATOS DA SEMANA

• O Crie Smart Cities, promovido pela Univates,

superou expectativas dos próprios organizadores.

Foi sucesso em público e em conteúdo. Lançou diversas sementes no sentido de provocar e despertar a sociedade regional acerca de comportamentos inovadores e voltados para a qualidade de vida e o desenvolvimento ordenado de nossas cidades.

• Hospital Bruno Born e Univates anunciam a

construção de um grande centro de convivência para Idosos. Obra será erguida em Lajeado e a elaboração do projeto pode render R$ 10 mil em prêmio aos alunos que vencerem a espécie de concurso que elegerá o melhor projeto.

• O fim da circulação

do Jornal O Informativo do Vale causa comoção. Veículo de comunicação com 51 anos de história encerra as atividades e entristece o mundo do jornalismo regional e estadual.

• Lajeado se consolida cada vez mais como a “terra

das farmácias”. Nessa sexta-feira, a São João abriu mais uma loja na cidade, bem em frente onde já tem uma unidade. E manterá as duas abertas. Bem que uma hora dessas poderia também abrir uma livraria.

• Mais de 5 mil currículos foram enviados para o

RH da Havan, em busca das 150 vagas de emprego que foram abertas pela empresa. E todos sabem que a loja abre de segunda a segunda, domingos e feriados.

• Em Brasília, a ousadia do ex-prefeito de Encantado, Adroaldo Conzatti, foi

reconhecida em evento que reuniu mais de dois mil vereadores de todo o país. O “Pai” do Cristo Protetor recebeu justa homenagem da União dos Vereadores do Brasil, que reconheceu a visão, a perspicácia e, sobretudo, a coragem de Conzatti ao decidir erguer o Cristo que já se consolidou como acerto antes mesmo de ficar pronto.

• Comitiva regional articula em Brasília movimentos a favor do Turismo e

da Infraestrutura do Vale do Taquari. Governo Federal recebeu formalmente proposta para construção de nova ponte sobre o Rio Taquari, entre Cruzeiro e Estrela. Recursos para reforma da ferrovia entre Estrela e Colinas, ao lado da consolidação do Trem dos Vales como passeio permanente, estiveram nas pautas da comitiva em Brasília. Agora é esperar e cobrar os desdobramentos.

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RODRIGO MARTINI Sugestões, críticas, contrapontos: rodrigomartini@jornalahora.inf.br

“Cidade Inteligente” Ministro não vem é “Cidade Verde” O Ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, estava com viagem agendada para o Vale do Taquari.

A agenda previa uma visita às obras da BR386, na segunda-feira, às 15h30min, no canteiro

de obras em Marques de Souza.

Entretanto, o encontro foi desmarcado nessa sextafeira. Mesmo assim, o agente público de confiança do presidente Jair Bolsonaro deve vir à região nos próximos meses.

CENSURA VELADA

U

ma das principais “cidades inteligentes” do mundo é a “cidade mais verde” dos Estados Unidos. São Francisco também foi uma das primeiras a divulgar dados burocráticos e administrativos à população, e, ao mesmo tempo, é pioneira em estabelecer metas para diminuir a emissão de carbono, com o aumento do uso de energias renováveis em novas construções. O município berço do Vale do Silício ainda expandiu de forma considerável os programas de reciclagem e, até o início de 2020, cerca de 80% dos resíduos produzidos pela população já era reciclado ou reaproveitado. E isso precisa inspirar os nossos gestores públicos regionais. Por aqui, os conceitos de “smart cities” ainda não agregam de forma igualitária o tema ambiental.

Banco de Talentos Entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021, o governo de Lajeado abriu inscrições para o chamado “Banco de Talentos”. O mecanismo foi criado para balizar a nomeação de Cargos Comissionados e Funções Gratificadas na prefeitura. No início do ano, a Secretaria de Administração anunciou mais de 160 inscrições de profissionais de diversas partes do país e até do exterior. E muitos não foram chamados, claro. Para os próximos meses, a ideia do Executivo é repaginar o programa.

A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão, a Associação Nacional de Editores de Revistas e a Associação Nacional de Jornais (ANJ) protestam contra casos de censura prévia aplicada pela Justiça.

Conforme nota divulgada pelas entidades, ocorreram pelo menos três casos de censura prévia nos últimos dias: contra reportagem

da RBS TV a respeito de delação premiada ao Ministério Público; contra a revista Piauí, em relação à investigação de assédio sexual, e contra o jornal O Globo, a propósito de reportagem sobre movimentação financeira suspeita investigada pela CPI da Covid. Em Brasília, aliás, o STF instituiu o “crime de opinião”.

São tempos sombrios...

A justiça suspendeu o edital de licitação para serviços de roçadas em Lajeado (também suspendeu o processo licitatório para serviços de varrição), o fato preocupa, mas este colunista se equivocou com os números. Diferentemente do que foi publicado na coluna de quarta-feira, as propostas encaminhadas pelas empresas concorrentes variam de R$ 1,5 milhão a R$ 2,6 milhões por ano, e não por mês.

Mesmo assim, são contratos altíssimos e que merecem toda a atenção do judiciário.

Caldeira e tijolos O Instituto Caldeira, instalado em uma área de 22 mil metros quadrados, nas antigas instalações da AJ Renner, em Porto Alegre, é um dos principais símbolos do movimento pela inovação e empreendedorismo no Estado. O espaço nasceu da ambição e da ansiedade do setor empresarial de estar mais conectado com as soluções do futuro, especial-

mente em relação à tecnologia e governança colaborativa. Diretor Executivo do instituto, Pedro Valério concedeu entrevista ao Frente e Verso, nessa sexta-feira.

Em tom de brincadeira, incitou uma provocação. Segundo ele, a ideia original não previa uma sede física para a entidade. “O empresário gaúcho adora falar de inovação, mas ainda ama tijolo, prédio e galpão.”

Natal na Bento Comércio aos domingos O governo de Lajeado anuncia mais de meio milhão para a programação e decoração do Natal. Entretanto, e mais uma vez, algumas vias públicas foram preteridas deste alto investimento. Com destaque para trechos centrais da Rua Bento Gonçalves e da Av. Benjamin Constant, que não serão contemplados com enfeites e afins para fomentar as vendas. A administração municipal promete estudar formas de contemplar mais comerciantes nas próximas edições. Antes tarde do que nunca!

Licitação e errata

O debate sobre a abertura do comércio aos domingos em Lajeado persiste na segunda-feira.

Uma reunião entre vereadores e representantes do Sindilojas e do Sindicomerciários está agendada

para às 8h30min, na Câmara. O objetivo do encontro é “distensionar” as relações e, por consequência, aprovar a polêmica matéria que, diga-se de passagem, talvez não gere tanto impacto.

Fornari em 2024?

O assunto ainda é tratado com muita discrição nos corredores da prefeitura e da câmara de Lajeado. Porém, a política é feita de articulações, e isso pode envolver partidos aliados e adversários. Temos um fato.

Marcelo Caumo (PP) não pode mais concorrer à reeleição e o debate sobre o futuro candidato já mexe com alguns líderes locais. E o presidente do Legislativo, Isidoro Fornari (PP), é um dos cotados para concorrer a prefeito em 2024.

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SAÚDE CONTRA O CIGARRO

Fumantes aumentam consumo na pandemia Instituto Nacional do Câncer (Inca) aponta que 66% dos tabagistas interromperam o tratamento contra o vício no último ano, enquanto Fiocruz verifica que o consumo aumentou 34%.

Profissionais de saúde atribuem momento de instabilidade emocional e ansiedade para crescimento no uso da substância

Saiba mais

FILIPE FALEIRO filipe@jornalahora.inf.br

• O tabagismo é reconhecido como uma doença crônica causada pela dependência química;

ESPECIAL

O

relatório Tratamento do Tabagismo no SUS durante a pandemia, feito pelo Instituto Nacional de Câncer Inca, aponta que 66% dos fumantes interromperam o tratamento entre 2020 e 21.

Junto com isso, pesquisa da Fiocruz indica que 34% dos fumantes no país aumentaram a carga de uso da substância entre 2020 e 21.

As duas análises se complementam e reforçam como o vício foi potencializado pelo isolamento. Pelo menos é o que afirma o médico psiquiatra e professor, Roberto Pierobom Lima. De acordo com ele, como a covid-19 alterou a interação social, os casos de estresse e ansiedade provocaram mais desejo por cigarros e também bebidas alcoólicas.

Ao depositar nas substâncias como um tipo de “automedicação” contra as angústias, o resultado acaba sendo o oposto do desejado, pois o consumo traz mais problemas do que o sentimento de satisfação.

“As pessoas tem uma ideia errada. De que fuma para se acalmar. É o contrário. A pessoa fica nervosa pois a nicotina parou de fazer efeito no organismo. Então fuma para repor a substância.” O psiquiatra

Olho na saúde

• O vício em cigarros e similares integra o grupo de transtornos mentais e comportamentais em razão do uso de substância psicoativa, mostra a Revisão da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-10);

O vício em cigarros e similares contribui para o desenvolvimento dos seguintes tipos de câncer: leucemia mielóide aguda; de bexiga; pâncreas; fígado; colo do útero; esôfago; rim e ureter; laringe (cordas vocais); boca; faringe (pescoço); estômago; cólon e reto; traquéia, brônquios e pulmão.

• O tabaco é considerado a maior causa evitável isolada de adoecimento e mortes precoces no mundo; • A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que o tabaco mata mais de 8 milhões de pessoas por ano; • Cerca de 7 milhões desses óbitos são devido ao uso direto do produto.

Quanto aos fumantes passivos, estima-se que o número de mortes passe de 1 milhão;

Campanhas e tributação no produto estão entre os motivos para reduzir número de fumantes no Brasil na últimas décadas

explica que a nicotina não tem efeito ansiolítico. “Ela não reduz a ansiedade. É um estimulante. Quando se cria a dependência, o alívio da abstinência se confunde como se fumar trouxesse bem-estar.”

Diante dos resultados em re-

• A OMS afirma que cerca de 80% dos mais de um bilhão de fumantes do mundo vivem em países de baixa e média renda onde o peso das doenças e mortes relacionadas ao tabaco é maior;

lação a queda no atendimento e aumento de consumo, o Inca lançou nesta semana a campanha “A Melhor Escolha é não Fumar”, desenvolvida em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

O instituto preparou cartilhas

para profissionais de saúde, que incluem um questionário básico a ser respondido pelos pacientes com perguntas relativas ao hábito de fumar.

A pesquisa se baseou em dados coletados pelo Programa Nacional de Controle do

Também está associado a doenças crônicas, tais como tuberculose, infecções respiratórias, úlcera gastrintestinal, impotência sexual, infertilidade em mulheres e homens, osteoporose, catarata, entre outras.

O tabaco fumado em qualquer uma das formas contribui para acidentes cerebrovasculares (AVCs) e ataques cardíacos.

Tabagismo (PNCT), coordenado pelo Inca, e verificou que o Sudeste foi a região onde houve maior diminuição (68%) seguido pelo Nordeste (66%), Centro-Oeste (63%), Sul (62%) e Norte (59%).

No país, o tabagismo mata

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A HORA | Fim de semana, 28 e 29 de agosto de 2021 RENATA LOHMANN

ENTREVISTA RENATO CRAMER • médico oncologista

FONTE: PESQUISA NACIONAL DE SAÚDE/2021

“Mudar hábitos é uma forma de largar o cigarro” FILIPE FALEIRO

FONTE: ESTUDO DA OMS/2010

Números no país

443

pessoas morrem a cada dia por causa do tabagismo;

37,6 mil

Das mortes anuais por tabagismo

correspondem à Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC);

33,1 mil Enfermidades cardíacas são

óbitos;

24,4 mil por câncer de pulmão; 25,6 mil a outros tumores; 18,6 mil ao tabagismo passivo e outras causas;

agravada pelo tabagismo; Por AVC, a média é de

10 mil óbitos

Fonte: Instituto de Efetividade Clínica e Sanitária, 2020

quase 200 mil pessoas por ano e tem custo anual de R$ 125 bilhões aos cofres públicos para cobrir despesas com doenças causadas pelo cigarro. Esse gasto equivale a 23% do que foi gasto com o enfrentamento à covid-19 em 2020.

Um vício ligado ao aparecimento de diversas doenças, entre elas, 15 tipos de tumores. No país, estima-se que quase 200 mil pessoas morram todos os anos devido a enfermidades relacionadas ao fumo. Dia de Combate ao Tabagismo, neste domingo, alerta sobre riscos inerentes ao consumo de cigarros e similares.

A Hora – Como especialista no tratamento de câncer, o senhor percebeu aumento no uso durante o período de isolamento?

Renato Cramer – No consultório não percebo isso, pois, via de regra, os meus pacientes já são tabagistas prévios. Entre 90 a 95% das pessoas que chegam na primeira consulta, com um diagnóstico de câncer, são fumantes.

Temos estudos que mostram uma redução significativa no percentual da população que fuma. No entanto, durante a pandemia houve um incremento tanto na ingestão de bebidas alcoólicas quanto de cigarros. Quem já fumava, passou a fumar mais.

No Brasil,

12,2 por pneumonia

Médico oncologista detalha formação de tumores no pulmão

Redução em 30 anos

Ainda que o consumo tenha aumentado na pandemia, no geral, o país contabiliza redução no número de fumantes ao longo das últimas décadas. De 1989 até 2019, o percentual de tabagistas caiu de 34,8% para 12,6%. Campanhas antifumo, restrições ao consumo e aumento da carga tributária estão entre as medidas usadas para dificultar o uso e a venda.

Esse resultado das últimas três décadas coloca o país em primeiro lugar no ranking mundial sobre redução do consumo.

É o que aponta estudo do periódico científico The Lancet. O diagnóstico avalia 204 países e mostra a prevalência de tabagistas a partir dos 15 anos.

Depois do Brasil, aparece a Noruega, Senegal, Islândia, Dinamarca, Haiti, Austrália, Costa Rica, Canadá e Colômbia. A pesquisa também revela que, apesar da redução do consumo, 20 tiveram movimentos opostos devido à entrada de jovens adultos no contingente de fumantes.

Em 2019, a estimativa é de que 1,1 bilhão de pessoas fumaram 7,4 trilhões de cigarros.

– Como o hábito de fumar se torna um vício?

Cramer – O cigarro é uma droga lícita. Quando metabolizada, se transforma em nicotina. A substância se liga aos receptores do sistema nervoso central, dando uma sensação de bem-estar. Isso causa o vício, pois o tabagista quer conviver com essa sensação mais tempo.

Em um momento de estresse emocional, com mudanças na forma de se relacionar com amigos, com familiares, colegas de trabalho, o cigarro se tornou uma válvula de escape.

Isso aumenta o risco.

Estudos nos mostram que os fumantes desenvolvem quadros mais graves da covid. E a recuperação também é mais difícil. Isso é muito preocupante, pois, como o consumo aumentou, há um favorecimento de mais complicações com uma doença que ainda estamos conhecendo.

– Qual o caminho para deixar o cigarro?

Cramer – O tabagismo é um dos vícios que mais demora para a pessoa adquirir. Por outro lado, é o mais difícil de perder. Tanto que a Organização Mundial de Saúde considera uma doença. Entendo que é preciso tratar de forma preventiva. Identificar o fumante, indiferente da carga tabágica e dizer: isso não faz bem, causas diversas doenças. Ou seja, estimular a parar.

O melhor sempre é largar de “sopetão”. De maneira brusca.

Mas também é possível oferecer a forma gradual. Apesar de sabermos que as recaídas são comuns. Para isso dar certo, depende muito da força de vontade dessa pessoa.

Aquela ideia de acordar, sentar, tomar um café e puxar um cigarro tem que mudar. Ao invés disso, colocar um tênis e sair para caminhar. Tirar os cinzeiros de casa. Mudar de hábitos é uma forma de largar o cigarro.

Há casos de alguns que já tentaram e que não deu certo, apesar das orientações e mudanças de hábitos. Neste caso, há tratamento farmacológicos e não-farmacológicos.

Junto com isso, muitas vezes é indicado o acompanhamento psiquiátrico e psicológico. A pessoa precisa ver quais fatores desencadeia a ansiedade e a vontade de fumar.

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A HORA | Fim de semana, 28 e 29 de agosto de 2021

DADOS DO IBGE

Vale cresce 2,3 mil moradores em um ano RENATA LOHMANN

Variação de 0,64% supera o percentual de 0,38% da média estadual. Conforme IBGE, população total da região alcança 368,4 mil habitantes FELIPE NEITZKE felipe@jornalahora.inf.br

VALE DO TAQUARI

A

estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mantém projeção de avanço populacional para a região. Publicado nessa sexta-feira, o estudo mostra que são 368.453 habitantes, 0,64% a mais comparado a 2020. Esse percentual é maior em relação à média do RS, com aumento da população estimado em 0,38%.

Dentre os 36 municípios do Vale do Taquari, 19 aparecem com aumento populacional. O destaque fica por conta de Fazenda Vilanova, Teutônia, Lajeado e Santa Clara do Sul. Por outro lado, 17 cidades tiveram redução no percentual. Entre eles: Sério, Pouso Novo

Em onze anos, a população do Vale do Taquari aumentou 10,94%. Estimativa do IBGE aponta variação positiva em 24 de 36 municípios

e Vespasiano Corrêa.

No comparativo com o Censo 2010, o Vale registra aumento populacional de 10,94%, passando de 332.118 para 368.453 habitantes. Neste cenário, 24 municípios têm uma crescente no número de moradores.

“Os dados desta estimativa não levam em conta os movimentos migratórios dos últimos anos, bem como os efeitos da pandemia, fatos estes somente virão à tona com o Censo 2022”, explica o coordenador do IBGE de Lajeado, Paulo Ricardo Hamester.

Programas de incentivo As políticas de investimento na agricultura familiar e setor industrial são considerados fatores que elevam a projeção de população para Fazenda Vilanova. Conforme dados do IBGE, a população passou de 4.608 para 4.680 (+1,56%).

O prefeito Amarildo Luis da Silva, ressalta que a localização geográfica também é um aspecto positivo para o município. “Estamos distantes cerca de 90 quilômetros da capital, 100 quilômetros de

Caxias do Sul e próximos de outras regiões estratégicas, como o Vale do Rio Pardo”, observa.

Silva projeta um aumento de arrecadação em 5% nos próximos anos. “Nossos programas de incentivo atraem novos investidores e favorecem o produtor rural a permanecer na propriedade e ampliar a produção”, revela.

Fluxo migratório Conforme dados da economista Fernanda Sindelar, o Vale tem cerca de 1,5 mil trabalhadores oriundos

de outros países, principalmente do Haiti. A imigração ganhou força em 2012, ampliando o número de moradores estrangeiros na região.

“Eles normalmente ocupam postos de trabalho no setor da alimentação e construção civil.

Alguns integrantes da família vêm junto e fixam residência por aqui”, comenta Sindelar. No entanto, esse cenário deve mudar, é o que projeta o economista.

A desvalorização do dólar frente ao real faz muitos estrangeiros deixarem o Brasil. “As fronteiras fechadas durante o último ano já

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A HORA | Fim de semana, 28 e 29 de agosto de 2021

População estimada Brasil – 213,3 milhões (+0,74%) Rio Grande do Sul – 11,4 milhões (+0,38%) Vale do Taquari – 368,4 mil (+0,64%)

Municípios mais populosos do Vale

barraram o acesso de novos imigrantes. Agora está difícil deles se manterem na região”, avalia.

Oportunidades A BR-386, os investimentos em turismo e a indústria de alimentos são fatores que contribuem para manter as projeções de crescimento populacional do Vale, aponta Sindelar.

“Teutônia, por exemplo, sempre atraiu muitos trabalhadores do norte e noroeste do RS. Nossa localização é estratégica e a BR-386 é importante nesse processo logístico das indústrias”, reitera a economista.

Na área do turismo, os novos roteiros e investimentos, a exemplo de Encantado e Santa Clara do Sul, ampliam o potencial econômico e o interesse pelo Vale do Taquari.

cipalmente os jovens, que saem em busca de oportunidades nos centros maiores”, observa Sindelar.

Segundo ela, localidades com características essencialmente agrícolas têm um grande desafio.

“Ou o produtor rural investe para melhorar o rendimento, ou abandona a propriedade e vai para o meio urbano”, avalia.

Já os municípios com uma economia mais diversificada acabam

atraindo essa população de cidades menores. “Toda essa faixa central do Vale, que vai de Lajeado a Encantado e, de Teutônia a Arroio do Meio, atraem maior interesse das pessoas de fora”, observa a economista.

Emprego e renda Sem uma perspectiva de emprego e renda, Francini Aroldi, 20,

Lajeado – 86 mil (+1,14%) Estrela – 34,6 mil (+0,78%) Teutônia – 34,2 mil (+1,51%) Taquari – 26,9 mil (+0,08%) Encantado – 23 mil (+0,73%) Arroio do Meio – 21,1 mil (+0,73%) Fonte: IBGE – Estimativa de População 2021

mudou-se para Lajeado faz sete meses. “Sério é um bom lugar para morar, mas não tem oportunidades. Fica tudo muito restrito à prefeitura”, conta.

DIVULGAÇÃO

O prefeito Sidnei Moisés de Freitas reconhece a falta de oportunidades para incentivar a permanência dos jovens no município. “Não temos grandes alternativas de renda na cidade e por isso vão embora.”

De acordo com Freitas, reverter esse cenário é difícil. “É um processo demorado. Precisamos reestruturar todo o município de Sério, buscar os atrativos que faltam.” A aposta está na produção integrada de aves e suínos, além de iniciativas no turismo.

Pequenos municípios A estimativa do IBGE mostra que pequenos municípios, em geral com menos de 5 mil habitantes, são os que mais perdem residentes. Sério, por exemplo, passou de 2.281 para 1.889 habitantes, em onze anos.

“Essas cidades enfrentam dificuldades de reter a população, prin-

Proporcionalmente, Fazenda Vilanova segue como a cidade que mais cresce no Vale. Localização e incentivos favorecem para expansão no setor primário e industrial

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A HORA | Fim de semana, 28 e 29 de agosto de 2021

COMÉRCIO AOS DOMINGOS

Tema ganha as ruas e divide opiniões RENATA LOHMANN

Projeto protocolado na câmara gera divergência entre lojistas, clientes e comerciários. Nem dentro das categorias, o tema é consenso.

Garantia das condições de trabalho e concorrência com estabelecimentos às margens da BR-386 são os principais pontos de discordância RAMIRO BRITES ramiro@grupoahora.net.br

BIANCA MALLMANN biancamallmann@grupoahora.net.br

Empresários avaliam a oportunidade de aumentar as vendas, mas ponderam o aumento de gastos para manter a loja aberta

LAJEADO

O

debate sobre a autorização das lojas abrirem aos domingos e feriados é o principal tema do comércio nesta semana. Tanto que o presidente da Comissão de Constituição e Justiça da câmara, vereador Alex Schmit (PP), convidou líderes lojistas e trabalhistas para reunião nesta segunda-feira, 30.

Nas ruas, a discussão gera mais dúvidas do que certezas.

Funcionários defendem o direito de reunir a família com folgas aos domingos, mas vislumbram receber maior comissão nas vendas. Empresários querem a liberdade de escolha, mas têm receio de que a demanda não supra o custo da loja aberta.

De acordo com presidente da entidade representativa dos comerciantes, Sindilojas, Francisco Weimer, o projeto de lei visa a liberdade de escolha para a decisão do lojista.

“A gente defende que quem vai definir é o mercado, a demanda. Não o presidente do sindicato, nem o prefeito”.

Para ele, a abertura das lojas aos domingos não é vantajosa para o comércio de rua longe de datas comerciais. “Domingos normais não têm demanda para abrir”. Por outro lado, Weimer prevê um aumento gradual de vendas aos domingos impulsio-

nado pelo turismo.

A proposta foi protocolada em 20 de agosto na câmara de vereadores. O tema volta a ser discutido na sede do Legislativo nesta semana.

Garantia de direitos O presidente do sindicato dos trabalhadores do comércio, Sindicomerciários, Marco Rockembach, acredita que a organização é fundamental para garantir os direitos dos funcionários. Para ele, o trabalho nos fins de semana gera despesas para os vendedores com filhos.

Com escolas fechadas, é necessária a contratação de alguém para ficar com as crianças. “A lei trabalhista não manda abrir creche, isso é convenção coletiva. Se não tem ônibus, eu faço o que com meu vale-transporte?”, questiona Rockembach.

O Sindilojas rebate o argumento com o exemplo de 6 de dezembro do ano passado. Na ocasião, os ônibus circularam por conta do comércio aberto, mas tiveram apenas oito passageiros.

Concorrência justa A matéria, encaminhada pelo governo municipal, tem o apoio da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), a Associação Comercial e Industrial de Lajeado (ACIL) e do Sindilojas.

Em mensagem anexa à proposta, as entidades reforçam a necessidade de promover a ge-

ração de empregos e o aumento da renda. Elas afirmam que a iniciativa ajusta o regulamento municipal à Lei de Liberdade Econômica, aprovada pelo Congresso Nacional.

Para o Sindilojas, o principal objetivo do projeto é concorrer de forma justa com os estabelecimentos às margens da BR-386, que respondem a normas federais.

Horas extra Um dos principais pontos de discordância diz respeito ao pagamento de horas extras. A Constituição Federal, ao tratar do descanso semanal remunerado, diz que a data deve ser “preferencialmente aos domingos”.

A lei obriga uma folga dentro do intervalo de sete dias de trabalho. Nessa visão, o trabalho aos domingos poderia ser trocado por um dia de descanso sem remuneração extra.

Muitos contratos de trabalho em vigência, porém, já estão acordados com serviços prestados entre segunda e sábado. O trabalho no domingo exigiria um novo acerto, que significaria uma demissão seguida de recontratação.

Para evitar custos adicionais do trâmite burocrático, o pagamento de bonificação aos domingos seria comum entre trabalhadores já contratados. Novos trabalhadores, no entanto, poderiam ser admitidos em lojas com horários mais flexíveis.

ENQUETE

Você é a favor ou contra à proposta que autoriza abertura do comércio aos domingos?

A FAVOR “Para nós, clientes, seria bom, mas para quem trabalha nem tanto, todo mundo precisa descansar. Eu sou a favor porque domingo todo mundo tem folga, muita gente trabalha aos sábados, e não tem tempo para ir às compras.”

MÁRCIA HERMES APOSENTADA, 53 ANOS

CONTRA “Eu acredito que pode haver a liberdade, desde que a liberdade de todas se mantenha. As pessoas querem o comércio aberto ou qualidade no atendimento? Os dois é impossível de ter. Ou vão ter pessoas cansadas, ou mal pagas” TAÍS VIEIRA LOJISTA, 35 ANOS

“A abertura das lojas aos domingos não é obrigatória. Eu sou favorável à liberdade de escolha. A proibição não permite a criação de empregos e o desenvolvimento. Favorece algumas empresas em locais específicos e o comércio informal.”

“Sou contra. Acho que as pessoas que trabalham no comércio já trabalham de segunda a sábado. E domingo é o dia de descanso. Quem trabalha domingo, pega folga durante um dia de semana, mas é mais difícil de ficar com a família e fazer algo diferente.”

NILTON COLOMBO

VANUZA GOMES

LOJISTA, 51 ANOS

VENDEDORA, 26 ANOS

“Eu sou a favor porque nós vemos que muitas pessoas dependem desse trabalho para girar a economia. As pessoas têm uma visão distorcida que as pessoas não vão ter folgas. A lei trabalhista deixa bem claro que tem uma folga na semana.”

DOUGLAS DA SILVA GEÓLOGO, 36 ANOS

“Eu sou contra. O pessoal que trabalha tem que ter descanso no domingo. Sem o descanso, fica mais difícil trabalhar disposto.

Se eu entro numa loja e pego um vendedor bem humorado, eu sou atendido melhor” ORACIL DOS SANTOS INDUSTRIÁRIO, 57 ANOS

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A HORA | Fim de semana, 28 e 29 de agosto de 2021

Apresentado por

RENATA LEAL/DIVULGAÇÃO

Espaço de Formação Rede ICM Há menos de três quadras do Colégio Madre Bárbara, local em meio à natureza transforma o jeito de ensinar

U

m espaço com amplo gramado, árvores frutíferas, flores, horta e animais. Um local convidativo para o aprendizado em meio à natureza. Localizado a menos de três quadras do Colégio Madre Bárbara, o Espaço de Formação Rede ICM proporciona aos alunos da educação infantil até o ensino médio, com focos diferentes dentro de suas formações, vivenciar in loco diversas aptidões possíveis de serem exploradas no meio ambiente.

Ao possibilitar o ensino também em um espaço externo ao colégio a diretora do Colégio Madre Bárbara, Maria Elena Jacques, explica que o intuito é contribuir para o aprendizado dos alunos, mas também de professores e da comunidade escolar. “Aqui oferecemos atividades lúdicas, recreativas, piquenique, além de projetos que incentivam a criatividade e a imaginação”.

Desejado e muito esperado pelas crianças e adolescentes, o espaço ao ar livre é realidade para o Colégio Madre Bárbara desde 2018. Desde então,

o local vem recebendo melhorias e sendo aperfeiçoado para o ensino.

Entre os projetos articulados e que em breve estarão disponíveis aos estudantes, está o minhocário, a pescaria, a compostagem orgânica, os estudos e conceitos sobre plantio, a culinária e a importância das vitaminas para uma alimentação saudável.

Para a assessora Financeira da Rede ICM, irmã Fernanda Minuzzi Bedinotto, o Colégio Madre Bárbara sempre foi comprometido com o futuro. Com foco no desenvolvimento integral da pessoa, atuali-

Aqui oferecemos atividades lúdicas, recreativas, piqueniques, além de projetos que incentivam a criatividade e a imaginação”.

Maria Elena Jacques DIRETORA DO COLÉGIO MADRE BÁRBARA

za continuamente a proposta pedagógica, transformando vidas, tendo o estudante como protagonista de sua história, desenvolvendo não apenas o conhecimento técnico-científico, mas as habilidades socioemocionais tão importantes atualmente. “Temos a certeza que este contato com a terra, com as plantas e animais contribui no desenvolvimento saudável dos estudantes. É um construir coletivo, que faz muita diferença para as crianças”, reforça.

Projeto CMB: Edição Férias Mesmo nas férias de janeiro os alunos podem desfrutar do Espaço de Formação Rede ICM. Com atividades voltadas à diversão, oficinas e desafios, as crianças dos Níveis 4 e 5 da Educação Infantil e do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental, vivenciam novas experiências.

O projeto foi pensado para auxiliar as famílias que precisam trabalhar, mas buscam um espaço seguro, de socialização e recreação para seus filhos. O sucesso da primeira edição fez a direção do Madre Bárbara repensar e dar continuidade ao projeto em 2022.

Quem fica feliz é Naian Wathier de seis anos, que participou da primeira edição, e de acordo com a mãe Daiana Elisa Wathier, participará novamente. “Tivemos uma experiência maravilhosa nas férias de verão. Naian já frequentou por diversas vezes o Espaço de Formação e fica triste quando está programado para ir e chove”, revela.

Para Daiana que tem outro filho matriculado no Colégio Madre Bárbara, mas este na educação infantil, entende a importância de se ter uma estrutura segura e com ampla área verde para as crianças brincarem à vontade e sem preocupação.

Espaço disponível desde 2018

As crianças vivenciam in loco todas as possibilidades que a natureza oferece

Com o intuito de dar continuidade à educação e evangelização de crianças, adolescentes e jovens, o espaço antes ocupado pelos Irmãos Maristas, foi transferido para as Irmãs do Imaculado Coração de Maria, em 2018.

Conforme Maria Elena, por ser o único dos 15 colégios da Rede ICM a estar próximo ao local, o Madre Bárbara de Lajeado tem preferência pela utilização do espaço.

Contudo, isso não impede que outros colégios da Rede possam se reunir para eventos e encontros da Juventude.

Produzido por

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USINAS NO LIMITE

Crise hídrica eleva risco de apagão RENATA LOHMANN

Operador do Sistema Elétrico adverte para incapacidade de atender demanda interna por energia caso reservatórios das hidrelétricas não aumente até o próximo mês

Energia Elétrica (Aneel) aumentou o custo da bandeira vermelha 2 em 52%. O valor foi de R$ 6,24 a R$ 9,49 para cada 100 kwh (quilowatts-hora) consumidos.

Os piores meses Julho e agosto tiveram os menores índices de chuva no centro do pais. A nota do ONS, atualiza as condições de atendimento do sistema interligado até novembro de 2021. O operador traçou dois cenários. No primeiro, chamado de “Caso A", os principais reservatórios da bacia do rio Paraná chegam ao fim do período seco em outubro, com níveis baixos de armazenamento.

A escassez de chuva no centro do país deve prosseguir até novembro.

Caso volte a normalidade, estimase que até abril os reservatórios possam retomar aos níveis normais.

FILIPE FALEIRO filipe@grupoahora.net.br

FELIPE NEITZKE felipeneitzke@grupoahora.net.br

PAÍS

R

elatório do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), divulgado nessa quinta-feira, adverte para a urgência em aumentar a geração de energia sob o risco de apagão a partir de outubro. A revisão foi necessária após observar acumulados de chuva abaixo do previsto.

Pela análise do órgão, os reservatórios das usinas estão com as piores afluências de água em 91 anos. Para evitar apagões, será preciso gerar em média 5,5 gigawatts a mais. O órgão recomendou ao governo o aumento no uso das termelétricas e considera importar energia de países vizinhos.

Conforme dados do operador nacional do sistema, os reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste, que respondem por 70% da geração de energia do país, operam com 22,5% da capacidade de armazenamento.

Para evitar apagões, Operador Nacional adverte para necessidade de aumentar geração

Significa que o consumo de energia tende a ser maior que a oferta.

Por isso, é necessário ampliar a economia de luz e adicionar novas fontes adicionais de energia. Do contrário, a chance de apagão aumenta.

Em transmissão pela internet, o presidente Jair Bolsonaro admitiu o perigo da crise hídrica e fez um apelo à população para que economize energia. “Apaguem um ponto de luz em casa”, disse. Na quarta-feira, 25, o Ministério de Minas e Energia anunciou que premiará consumidores que economizarem luz.

Por outro lado, a bandeira tarifária deve subir a partir de setembro.

Em junho, a Agência Nacional de

Chuva no RS não ajuda sistema

RELEMBRE 6

A HORA | Fim de semana, 7 e 8 de agosto de 2021

GERAÇÃO DE ENERGIA

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A HORA | Fim de semana, 7 e 8 de agosto de 2021

Neste organograma, o mais avançado fica entre Pouso Novo e Coqueiro Baixo (Vale do Leite) deve ter a construção iniciada em outubro deste ano. Critérios técnicos e a relação custo e benefício foram os motivos para a sua priorização entre as demais. A cooperativa prevê cerca de um ano e meio para a conclusão da obra e mais oito meses para viabilizar a construção junto aos órgãos competentes.

Hoje a Certel gera cerca de 20 megawatts, a partir de quatro hidrelétricas: Salto Forqueta, Rastro de Alto, Boa Vista e mais 60% em Cazuza Ferreira. Com as novas cinco projetada, a cooperativa ampliará a geração em mais 25 megawatts.

do”, projeta Deitos.

Na análise dele, há alguns paradigmas que precisam ser quebrados, em especial sobre os impactos ambientais da instalação de pequenas usinas. “Houve um avanço importante nas leis de licenciamento nos últimos dois anos. Mas o tempo que perdemos não se recupera mais.”

Toda a defesa contra a instalação das PCHs, diz Deitos, estão sendo deixadas de lado. “A análise para os projetos se sustentam nos três pilares: ambiental, social e econômico. Destravar esse potencial é fundamental para o nosso estado”, defende.

MATRIZ NACIONAL

Em reportagem especial da edição do dia 7 e 8 de agosto, A Reservatórios baixos, luz Hora mostrou como mais cara e risco de apagão os setores produtivos acompanham a O situação sobre geração de energia.

Em meio a retomada econômica, de maior uso da capacidade industrial, da volta dos serviços e do comércio, a preocupação se sustenta no risco de racionamento e apagão.

Quase 100 projetos na gaveta

Por mais que a Aneel descarte o racionamento de energia no país, os níveis abaixo dos 50% nas hidrelétricas expõem a dependência nacional deste sistema. Como impacto, a conta de luz fica mais cara até o fim do ano.

Situação reascende o debate sobre investimentos em alternativas para geração

A cada megawatt produzido no Estado, mais reforço para o sistema nacional. Se todas as Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), aliadas aos modelos eólico e solar já consolidados, saíssem do papel, o RS alcançaria uma produção de energia acima da maior usina do país, a de Itaipu.

Conforme apuração do Grupo Temático de Energia e Telecomunicações da Fiergs, seria possível gerar 15 megawats no Estado.

“Hoje a Sema (Secretaria Estadual de Meio Ambiente) tem de 80 a 100 projetos em análise. Iniciar as instalações de PCHs seria o maior programa de melhoria da infraestrutura energética do esta-

Em 2001, o país foi obrigado a mudar os hábitos de consumo de energia. Era o último ano do governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. A crise energética estava ligada à falta de planejamento no setor e à ausência de investimentos em geração e distribuição de energia. Somouse a isso o aumento do consumo de energia devido ao crescimento populacional e a elevação do nível produtivo das indústrias.

Naquele ano, 83% da geração de energia vinha das hidrelétricas. Passados 20 anos, a dependência diminuiu para 63%.

“Houve avanços. Nem tudo está perdido. Nosso sistema está mais consistente e temos mais alternativas”, avalia Deitos.

FOTOS: RENATA LOHMANN

FILIPE FALEIRO

filipe@grupoahora.net.br

ESPECIAL

sistema energético nacional é todo interligado. No RS, as hidrelétricas do centro do país, em especial a usina de Itaipu, representam 60% do que é consumido. Com as chuvas muito abaixo da média histórica, os reservatórios estão baixos.

Com isso, foi necessário religar as termelétricas. Com o uso de combustíveis fósseis, a geração fica mais cara. E o valor é repassado ao consumidor, por meio do sistema de bandeiras tarifárias. Tanto que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), confirmou nesta semana a continuidade do patamar 2 da bandeira vermelha.

Significa que a eletricidade produzida no país terá um custo mais elevado. De abril a junho, o consumidor pagava R$ 6,24 a cada 100 quilowatt-hora. Com a bandeira vermelha patamar 2, o valor foi reajustado em 52%, passando para R$ 9,49.

Conforme a agência, as hidrelétricas estão com capacidade reduzida de operações, pois não houve melhoria em termos de chuva.

“Agosto inicia-se com igual pers-

pectiva hidrológica, com os principais reservatórios do SIN (Sistema Interligado Nacional) em níveis baixos para essa época do ano. Essa conjuntura sinaliza horizonte com reduzida capacidade de produção hidrelétrica e necessidade de acionamento máximo dos recursos termelétricos”, justifica a Aneel por meio de nota.

Diante do aumento das atividades produtivas, de maior uso da capacidade industrial, da volta dos serviços e do comércio, a preocupação dos setores econômicos se sustenta no risco de racionamento.

A escassez de chuva no centro do país deve prosseguir até novembro. Caso volte a normalidade, estima-se que até abril os reservatórios possam retomar aos níveis normais. “O momento é preocupante. Há um risco real de racionamento. Isso seria péssimo à economia gaúcha”, avalia o coordenador do Grupo Temático de Energia e Telecomunicações do Conselho de Infraestrutura da Fiergs, Edilson Deitos.

De acordo com ele, é necessário ampliar os investimentos e a agilidade para aprovação dos projetos, em especial no RS. “Houve um erro estratégico com as políticas de usinas a fio d’água. Pois quando há necessidade, não há água reservada.”

Oportunidade para o Vale

O RS NO SISTEMA NACIONAL

Para o presidente da Câmara da Indústria e Comércio da região (CIC-VT), Ivandro Rosa, a crise hídrica no centro do país precisa ser vista como uma chance de usar todo o potencial gaúcho e do Vale do Taquari. “Há tecnologia, projetos e alternativas para geração de energia”, avalia.

Tanto que dentro das políticas em busca de novas formas, ganha espaço o modelo solar, eólico e de biomassa. Quando se olha ao potencial dos recursos hídricos da região, essa oportunidade fica mais latente.

Conforme o presidente da Cooperativa Certel, Erineo Hennemann, a situação atual mostra a dependência da geração pelas usinas térmicas. “Aumentou muito o consumo e não temos folga. É preciso voltar a investir na geração hídrica e renovável. Pelos nossos estudos, temos condições de aumentar a produção.”

Para tanto, afirma, é preciso fazer os projetos “saírem da prateleira e entrarem em operação”.

Neste sentido, a cooperativa projeta construir cinco usinas no Rio Forqueta até 2029. Com este plano, seria possível ampliar em cerca de 125% a capacidade de geração de energia para o Vale do Taquari.

LINHAS DE TRANSMISSÃO

2001

70 mil km de linhas de transmissão

Duas décadas depois do apagão

A matriz energética gaúcha tem 9,4 gigawatts instalados: • 80% de fontes renováveis: • Destes, 49,2% de hidrelétricas; • Eólica representa 19,5%; • Fotovoltaica com 8,2%; • Termelétricas de biomassa, 3,8% Conforme a Sema, há projetos de empresas privadas em trâmite para licenciamento. Ao todo, representam 15 gigawatts de capacidade.

• Hoje são 59 Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs); • 87 Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs); • 17 Usinas Hidrelétricas (UHE); • Destas, 58% estão em operação.

PARTICIPAÇÃO DOS ESTADOS

• A Região Sudeste representa 70% da geração de energia hidrelétrica; • Os três estados do Sul produzem 7%; • Nos últimos anos, o Nordeste cresceu, com participação de 17,8%; • O Norte produz 5,2% da energia;

PARA EVITAR O RACIONAMENTO

Os técnicos do SNI e do Ministério de Minas e Energia descartam neste momento o risco de racionamento. Ainda assim, uma campanha nacional de conscientização foi lançada. Dentro das ações para evitar o racionamento, destacam-se: • Restrições para uso da energia hidráulica; • Aumento da geração térmica; • Compra de energia da Argentina e do Uruguai; • Campanha do uso consciente da água e da energia.

Em 20 anos, investimentos nas linhas de transmissão resultaram em um aumento de 108% no total de redes de energia, aponta governo federal

Em 2001, os apagões foram uma amostra da necessidade de evoluir. Passados 20 anos, o que foi feito até então

2021 145,6 mil km

108%

de aumento em 20 anos

GERAÇÃO DE ENERGIA NO PAÍS

HIDRELÉTRICA TERMELÉTRICA

EÓLICA

NUCLEAR

FONTE: MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA

SOLAR

BIOMASSA

83%

62%

14% 15%

10%

2001 2021

2001 2021

0%

2001 2021

9%

3% 1%

0% 2%

0%

2001 2021

2001 2021

2001 2021

ENTREVISTA

JULIANO SCHIRMBECK • ENGENHEIRO ELÉTRICO E PROFESSOR

“As hidrelétricas são a fonte de menos custo e de mais autonomia”

• A Hora – Os relatórios apontam para condições adversas nos reservatórios das hidrelétricas. Como isso interfere no RS e no Vale do Taquari?

Há risco de racionamento?

Juliano Schirmbeck: Sim, estamos em uma situação adversa. O Centro-Oeste se caracteriza por uma estação seca e uma chuvosa.

Historicamente os meses de junho, julho e agosto são os que menos chove. Já dezembro e janeiro é o inverso. Estamos indo para um período no qual se espera uma recuperação no armazenamento de água.

Uma possibilidade de racionamento depende do andamento do regime de chuvas de agora até dezembro. Porém, a condição climática histórica apresenta um cenário de possibilidade de recuperação.

No momento a situação hídrica do Rio Grande do Sul, não apresenta esse problema, nossas hidrelétricas estão trabalhando em sua capacidade plena.

• Por que o Brasil aposta tanto na geração de energia por meio das hidrelétricas?

Como foi esse processo de estruturação? Quais seus riscos e suas potencialidades?

Schirmbeck: As hidrelétricas são a fonte de menos custo e de mais autonomia. É possível gerenciar o sistema de acordo com a demanda de uso da energia, isso por meio do controle do consumo da água.

Podemos gerar mais energia quando temos maior demanda, isso consumindo mais água do reservatório, quando reduz a demanda de energia, se reduz a geração possibilitando reservar água novamente. A situação hoje não está mais crítica devido aos investimentos feitos após 2001.

• Como fazer para reduzir a dependência do sistema nacional?

Schirmbeck: O estado tem um potencial hidrelétrico com ampla possibilidade de expansão. O Vale do Taquari especi-

ficamente tem alto potencial a partir de PCHs. Mas aqui voltamos a lembrar que o sistema energético do Brasil é interligado, sermos auto sustentáveis não nos deixa livre de riscos de termos variações nos custos (as bandeiras) ou até mesmo de algum racionamento devido a uma crise hídrica em outra região do Brasil.

• Sobre alternativas. Quais as oportunidades e dificuldades da energia eólica e solar para aumentar a produção energética?

Schirmbeck: As alternativas às crises hídricas são as usinas termelétricas, que tem um alto custo. Ainda temos as energias renováveis, solar e eólica. O RS tem potencial a ser explorado nestes modelos.

Porém, nos sistemas eólico e solar não temos gerência em relação a produção de energia, pois ocorre de acordo com a disponibilidade de vento ou sol. Diferente da hidrelétrica que gerenciamos o “guardar” ou “consumir” água.

a

A energia gerada a partir das hidrelétricas gaúchas compõem o Sistema Interligado Nacional (SIN) e inclui o que vem de fora do estado, como, por exemplo, de Itaipú. Assim, na hipótese de esgotamento do setor elétrico no Brasil, mesmo se estiver chovendo demais no território gaúcho, os cortes alcançarão o estado.

Desta forma, mesmo com o acumulado de chuva acima de 100mm registrado nos últimos dias, a precipitação não reflete para mitigar a crise do setor energético.

RS tem recorde de inadimplência entre MEIs em 2021 Sebrae RS alerta empreendedores gaúchos sobre os riscos de inscrição em Dívida Ativa junto à Receita Federal ESTADO

Apesar de registrar um crescimento no número de Microempreendedores Individuais (MEIs) ativos no estado no mês de junho, com 754.961 MEIs, o Rio Grande do Sul bateu recorde de inadimplência no setor. Os dados mais recentes da Receita Federal (RFB) apontam que, em maio deste ano, de cada três microempreendedores, dois estavam inadimplentes, chegando a 62,1% do total.

O número é o mais alto de 2021,

REPRODUÇÃO

à frente dos 58,69% de março e os recentes 56,33% registrados em abril. Do total de ativos, apenas 37,9% estavam adimplentes, ou seja, em dia com os débitos relativos aos tributos federais. Em Lajeado, a inadimplência reduziu ao longo do ano. Em janeiro eram 40,45% de empreendedores inadimplentes, e em junho, 28,98%.

Os dados revelam um risco para os empreendedores, que têm até a próxima terça-feira, 31, para regularizar suas dívidas referentes a impostos na Receita Federal. Aqueles que não tiverem sua situação normalizada até a data terão suas dívidas encaminhadas para inscrição em Dívida Ativa da União a partir do mês de setembro.

O não pagamento impactará todos os MEIs que entregaram a Declaração Anual Simplificada (DASN-Simei) com pendências de Guias de Pagamentos Mensais

(DAS). Empreendedores que não possuem DAS em atraso de pagamento não serão afetados. Da mesma forma, aqueles que realizaram acordo de parcelamento dos DAS pendentes e este parcelamento encontra-se ativo ou quitado também não irão sofrer nenhum efeito.

De acordo com a especialista do MEI no Sebrae RS, Giulia Mattos, o pagamento das contribuições mensais garante ao MEI uma série de benefícios: possibilidade de emissão de notas fiscais, permanência no regime simplificado de tributação e acesso à auxílios previdenciários. Realizar o parcelamento ou a quitação dos débitos garante esses direitos e evita que o empreendedor tenha transtornos com a Dívida Ativa.

As pendências podem ser quitadas ou renegociadas na página do Portal do Empreendedor ou no portal do Simples Nacional.

MEIs devem regularizar dívidas até dia 31 de agosto Empreendedores inadimplentes poderão sofrer as seguintes penalizações: • Perder a qualidade de segurado no INSS e, com isso, deixar de usufruir dos benefícios previdenciários; • Ter seu CNPJ cancelado (conforme a Resolução CGSIM 36/2016); • Ser excluído dos regimes Simples Nacional e Simei pela Receita Federal, Estados e Municípios (conforme art. 17, inciso V da LC 123/06); • Ter dificuldade na obtenção de financiamentos e empréstimos.

A HORA | Fim de semana, 28 e 29 de agosto de 2021

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A FESTA DOS 14

A HORA | Fim de semana, 28 e 29 de agosto de 2021

O Festival da Mentira de Nova Bréscia surgiu como uma brincadeira entre amigos. Mas o evento se tornou sucesso e projetou o município em nível nacional. Depois de seis anos sem apresentações, a final da 18ª edição ocorre neste sábado, 28, com transmissão online BIBIANA FALEIRO bibianafaleiro@grupoahora.net.br

RENATA LOHMANN renata@grupoahora.net.br

LINHA DO TEMPO

NOVA BRÉSCIA

5º Festival da Mentira - 1986

uma sexta-feira à noite, os amigos Gilberto Laste, o Catraca, Ângelo Mezacasa e Celto Dalla Vecchia jogavam conversa fora no Clube Tiradentes, em Nova Bréscia. Era noite de churrasqueada e, em meio a uma brincadeira, surgiu a ideia de criar um evento turístico e cultural no município. Na segunda-feira seguinte, foram a Porto Alegre para comunicar a imprensa e, assim, divulgaram a primeira edição do Festival da Mentira, marcada para o dia 22 de maio de 1982.

“Lá nós fomos surpreendidos. O pessoal da RBS queria copiar a nossa ideia, de tão bonita que foi”, conta Celto, de 74 anos. Naquele ano, todo o festival foi organizado em uma semana, com mais de 10 inscritos.

A comunidade lotou o clube para ver os participantes, que tinham 5 minutos para contar a mentira. O regulamento foi escrito na hora do evento, e ao final daquela edição, a competição teve um empate. José Calvi e Aquilino Scartezini eram os finalistas.

“O público então decidiu o vencedor por palmas. Calvi acabou levando o prêmio”, conta Celto. Para ele, uma boa mentira tem que ser original, contada de forma criativa, em português, e sem fatos verídicos.

Nos anos seguintes, a fase classificatória do festival era feita durante o dia de sábado e, à noite, era esperado um grande baile, muitas vezes com shows. Entre os artistas que se apresentaram estão Teodoro e Sampaio, Os Serranos e Gilberto e Gilmar.

No domingo, era a disputa dos finalistas.

Entre os prêmios aos vencedores, já foram entregues carros e motocicletas. “A ideia era promover a cidade e fazer festa. Nos damos bem nesse aspecto. É uma coisa que ficou na história”, destaca Celto. O evento promoveu a cidade à Capital da Mentira.

Vencedor: Osmar Ghisleni, de Boqueirão do Leão Mentira: “Nova Bréscia anuncia a Reforma do Cruzeiro para o Cruzado” • Foi sorteada uma passagem de ida e volta com estadia de quatro dias para o Rio de Janeiro.

• Festival teve como atração voo de ultraleve sobre o centro da cidade.

N

Esperança para o retorno Em geral, os festivais eram feitos no Clube Tiradentes. Mas houve ocasiões em que os mentirosos se apresentavam na praça da cidade, onde era montado uma espécie de tenda coberta por uma lona.

Em alguns anos, o festival chegou a ter mais de 60 inscritos. “Os jurados tinham que começar de manhã. Algumas eram fracas, não tinham fundamento. Nós ficávamos o dia todo ouvindo mentiras”, conta Ângelo, de 78 anos, outro fundador do festival.

Com o tempo, o evento passou a ser organizado de dois em dois anos, até que perdeu força no município. O último festival ocorreu em 2015. “Estamos conversando para tal-

Comissão julgadora do primeiro festival, em 1982

1º Festival da Mentira - 1982 Vencedor: José Calvi, de Encantado Mentira: “A fazenda do meu pai” • Primeira edição teve 20 candidatos e público de 400 pessoas • Primeiro lugar estava empatado pela contagem de votos do júri entre José Calvi Aquilino Scartezini, de Nova Bréscia. O desempate se deu pelas palmas da plateia.

6º Festival da Mentira - 1987 Vencedor: Osmar Ghisleni, de Boqueirão do Leão Mentira:“Novo Plano Bresser: o plano de Nova Bréscia”

7º Festival da Mentira - 1989 Vencedor: José Calvi, de Encantado Mentira: “O sapo bresciense halterofilista”

10º Festival - 1996

2º Festival da Mentira - 1983

Vencedor: Osmar Ghisleni, de Boqueirão do Leão Mentira: “Carta ao povo de Nova Bréscia”

Vencedor: Dr. José Maria de Araújo Pires, de Porto Alegre.

Mentira: “Máquina de escrever” • Festival ganhou o slogan “Povo de verdade brinca com a mentira”.

• Foi criada a logomarca do evento, baseada na mentira vencedora do ano anterior

11º Festival - 2000 Vencedor: Vladimir de Almeida, de Vera Cruz Mentira: “Aviário gigante”, criada por Paulo Jacobsen

12º Festival - 2002

3º Festival da Mentira - 1984 Vencedor: Valdir Antônio Bertozzi, natural de Nova Bréscia Mentira: “Cachimbo das diretas” • Com 36 candidatos, o público superou duas mil pessoas.

4º Festival da Mentira - 1985 Vencedor: Tito Simonágio e Valmor Marrasca, de Garibaldi Mentira: “Diálogo entre dois amigos” • Além do festival, ocorreram atrações paralelas, como feiras e exposições.

vez fazer o evento junto com outros festivais, como o do churrasqueiro ou do gaiteiro, para atrair mais pessoas ao município. Queremos que volte a ser como era no início”, destaca Ângelo. O professor aposentado garante que o evento vale a pena, e conta com mentiras “cabeludas”, divertidas de escutar.

Entre as curiosidades do festival, estão a participação de Paulo Sant’Ana como apresentador da 7º edição e a visita de Renato Borghetti

Paulo Sant’Ana foi o apresentador do 7º Festival, em 1989

Vencedor: Osmar Ghisleni, de Boqueirão do Leão Mentira: “Homenagem a Nova Bréscia”

8º Festival - 1991 Vencedor: Ivano Casagrande, de Porto Alegre Mentira: “A caçada”

9º Festival - 1994 Vencedor: Ivano Casagrande Mentira: “Nas asas dos marrecões”

José Calvi em sua segunda vitória, em 1989

que foi ao município para assistir o 3º evento.

18ª edição

Homenagem ao fundador Os amigos Ângelo e Celto contam que Catraca foi o grande incentivador do festival.

Ele morreu em 1988, em um acidente de carro. Naquele ano, não teve evento, mas a tradição permaneceu no ano seguinte, também para manter viva a memória do fundador.

Depois de seis anos, o festival volta ao palco do Clube Tiradentes, para a sua 18ª edição. Ao todo, dez participantes foram selecionados para a fase final, que ocorre neste sábado, 28, a partir das 18h. O evento conta com público reduzido e será transmitido pelo canal do festival no Youtube, promovido pela prefeitura, pelo clube e pelas empresas La Estancia Produções e LK Lives.

MENTIROSOS

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A HORA | Fim de semana, 28 e 29 de agosto de 2021

IMAGEM AÉREA RS/REPRODUÇÃO

CONFIRA OS FINALISTAS DO 18º FESTIVAL DA MENTIRA • Claudete Angeli de Souza “As mentiras de Tonho” • Gentil da Costa (Pirilampo) “Genética” • Ildo José Paris “O Minhocão do Nono” • Isabella Alves Laste “Missão à Marte” • José Calvi “Meu Cachorro Alquimista”

• José Rafael Benício “Peixes Diabéticos” • Lwiggi Sartori Dall Orsoletta “A cobra Gigante” • Robert Delazeri “Il Porchetto del Nonno Giacinto” • Sérgio Eliseu Lorenzon “O retorno do Churrasqueiro” • Tiago Segabinazzi “O Peso da Mentira”

ENTREVISTA

“Eu sempre procurei colocar a cidade de Nova Bréscia em evidência” OSMAR GHISLENI • PENTACAMPEÃO DO FESTIVAL DA MENTIRA

13º Festival - 2004

15º Festival - 2009

Vencedor: Osmar Ghisleni, de Boqueirão do Leão Mentira: “Três grandes descobertas em Nova Bréscia em 2003”

Vencedor: Edgar Maróstica Contou sua mentira em um dialeto italiano

14º Festival - 2006 Vencedor: Sérgio Lorenzon Mentira: “Revelação de um churrasqueiro” • Foi o maior festival realizado até então com o Dia do Campo, Encontro de Gaiteiros, shows, bailes, feira industrial e comercial e exposição de carros antigos.

16º Festival - 2011 60 candidatos Vencedor: Luciano Conte

17º Festival - 2015 Participaram do concurso 30 candidatos.

Vencedor: Zurba Fagundes, de Porto Alegre Mentira: “Salvação da Lavoura”

• O que inspirou a criação das suas mentiras?

Osmar: As minhas primeiras mentiras eram baseadas sempre em um fato. A mentira tinha uma regra que o contador tinha cinco minutos, não podia ultrapassar para não perder pontos, e além disso tinha que ser inédita, não podia ser uma piada conhecida,

Aquilino Scartezini, finalista da primeira edição, em 1982

A premiação para os 10 melhores mentirosos variam entre R$ 300 e R$ 5 mil. As histórias são avaliadas pela originalidade, conteúdo, criatividade, interpretação e tempo de apresentação.

Na avaliação Entre os jurados desta edição, estão Celto e Ângelo, ao lado da professora da Univates Kári

• A Hora: Como você começou a participar do festival?

Osmar Ghisleni: Eu acompanhava pelo jornal os primeiros festivais, e aí me deu vontade de participar, de inventar uma história. A primeira vez que eu me inscrevi, me classifiquei entre os 15 finalistas, e a primeira vez que venci foi em 86. Gostava de participar porque era uma coisa inédita, tinha um acompanhamento muito grande da mídia, era muito concorrido, com vários participantes.

Forneck, que participa pela segunda vez como avaliadora do festival, e mais dois convidados.

“Uma mentira não deixa de ser uma história, mas é uma história não verdadeira. E uma boa mentira, no meu entender, precisa em alguma medida mobilizar as nossas emoções, aquele engajamento que a gente vai ter com uma boa história”, ressalta Kári.

A professora conta que na seleção deste ano, as mentiras que aproveitaram o cenário

atual e local tiveram destaque. “Quando a mentira tem uma conexão com a realidade, a gente se deixa levar pela história”, acredita.

Para Kári, a cultura da contação de histórias pode ser desenvolvida pela literatura, música, cinema. “O nosso cérebro pensa e se organiza em narrativas, mesmo quando a história não é ficcional. Nossa percepção de mundo é sequencial. Quem são os personagens? O quê está acontecendo? Quando?

precisava ser original. Eu levei em consideração a questão política que tinha na época, aqueles problemas todos que existiam com a troca de moeda, de Cruzados para Cruzados Novos. Eu sempre procurei colocar a cidade de Nova Bréscia em evidência nas mentiras. Um ano eu contei que Nova Bréscia ia sediar as Olimpíadas, fiz uma camiseta com o slogan “Nem Rio nem Grécia, Olimpíadas é em Nova Bréscia”.

• Como se preparava para as apresentações?

Osmar: Eu escrevia a mentira e treinava em casa. Minha preocupação maior era não passar dos cinco minutos de apresentação, então eu praticava cronometrando o tempo. Eu também fazia adereços para as apresentações: fui pilchado de gaúcho, de caipira, de colono, tinha de tudo. Eu ficava tranquilo, não ficava nervoso.

Essas são algumas questões que uma narrativa tenta responder. É como a gente se constitui como ser humano”, afirma.

A professora ainda destaca a importância do festival para o município e região. “É uma cultura que leva Nova Bréscia para o mundo.

A mentira que é contada em Nova Bréscia é uma história, é folclórica. São histórias para povoar nosso imaginário. É isso que é tão bonito desse festival”, completa.

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A HORA | Fim de semana, 28 e 29 de agosto de 2021

Vereadores promovem campanha em incentivo à doação de órgãos EUNICE PINTO/DIVULGAÇÃO

Setembro Verde é destinado à divulgação e conscientização sobre o tema. Programação inicia na próxima terçafeira, 31, em Lajeado

DIVULGAÇÃO

BIBIANA FALEIRO bibianafaleiro@grupoahora.net.br

LAJEADO

O

s vereadores Lorival Silveira, Deoli Gräff e Paula Thomas participaram, nesta sexta-feira, 27, do programa Frente e Verso, da Rádio A Hora 102.9, para divulgar uma série de atividades alusivas ao Setembro Verde, mês de conscientização sobre a doação de órgãos.

De acordo com os parlamentares, a campanha busca, em especial, divulgar informações sobre a doação de órgãos, para desmistificar o assunto e mostrar que os transplantes salvam vidas.

Silveira é um exemplo da impor-

Negativa familiar é o principal desafio para aumentar as doações no Brasil

tância da campanha, O vereador passou por um transplante de coração em 2019. “Eu devo minha vida à família que teve o nobre gesto de doar o coração da filha. Acabei criando um vínculo com eles, sou muito grato”, ressalta.

Na programação do Setembro Verde, a abertura está marcada para o dia 31, próxima terça-feira, com a homenagem aos médicos do HBB

que fizeram o primeiro transplante de órgãos do hospital ou que fazem parte do serviço na instituição.

O evento inicia às 19h30, no plenário da câmara, com a presença de autoridades, entidades representativas, profissionais da saúde e os homenageados, o urologista Ernany Bender Júnior, e as nefrologistas Rosane Jost Gravina e Nara Pimentel.

Vereadores estiveram na Rádio A Hora 102.9 para apresentar programação

O primeiro transplante do HBB Rosana trabalhava em Estrela quando abriu o primeiro serviço de nefrologia do Vale do Taquari.

Quando passou a atuar em Lajeado, tinha o sonho de oferecer transplantes de rins aos pacientes.

Trabalhando no Hospital Bruno Born (HBB), na época, conseguiu o credenciamento para a instituição em 1998. Dois anos depois, ao lado do urologista Ernany Bender e do cirurgião vascular Gibran Ahmad, a equipe montada pela médica fez o primeiro transplante de rins no município.

“Era uma menina de 13 anos que recebeu a doação do pai”, conta Rosana. Depois disso, outros pacientes do serviço de hemodiálise do hospital também passaram pelo procedimento.

De acordo com a profissional, os pacientes aptos a receber o transplante são cadastrados em uma fila e podem esperar cerca de dois a três anos para encontrar um órgão compatível. Por vezes, a espera pode ser menor, em especial quando há um doador vivo. Os transplantes mais comuns são os de rins e córneas.

Como ser um doador A negativa familiar é um dos principais motivos para que um órgão não seja doado no Brasil.

Segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), 43% das famílias recusaram a doação de órgãos de seus parentes após a morte encefálica comprovada.

De acordo com Rosana, esse cenário já passa por mudanças, à medida em que há mais esclarecimento sobre o tema. “É sempre importante que as pessoas digam para as famílias que querem ser doadoras. Hoje em dia o pessoal já está mais esclarecido e já informa a doação antes de

MÉDICOS HOMENAGEADOS • Urologista Ernany Bender Júnior • Nefrologista Rosane Jost Gravina • Nefrologista Nara Pimentel

AÇÕES PARA O SETEMBRO VERDE • 22/09, das 10h às 15h Distribuição de material informativo

• Instalação de faixas da

Campanha Setembro Verde nos principais acessos à cidade.

• 25/09, às 9h Caminhada Verde com

saída da Casa de Cultura, seguindo pela Rua Júlio de Castilhos até o Posto Faleiro.

• Apresentações de artistas locais que apoiam o movimento, Maiara Cristina e Rogerinho, idealizadores do Projeto Som das Cores.

• Palestra Conscientização

sobre a importância da doação de órgãos – detalhes a definir.

perguntarmos”, destaca a nefrologista. Quando um órgão é doado no hospital, ele é enviado à Porto Alegre, para a Central de Transplantes.

A profissional ainda destaca a importância da Campanha pelo Setembro Verde movimentada no município. “A doação é um ato solidário de se colocar no lugar do outro e pensar que poderia ser um familiar nosso precisando daquele órgão”, afirma.

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A HORA | Fim de semana, 28 e 29 de agosto de 2021

BC impõe limites no Pix Por medida de segurança, transferências à noite serão limitadas em R$ 1 mil DIVULGAÇÃO

Alterações limitam transferências

PAÍS

O

aumento de casos de sequestros relâmpago e de roubos relacionados ao Pix fez o Banco Central (BC) incluir medidas de segurança no sistema instantâneo de pagamentos. As alterações divulgadas nessa sexta-feira, 27, também afetam outras modalidades de pagamento eletrônico, como a Transferência Eletrônica Disponível (TED), cartões de débito e transferências entre contas de um mesmo banco.

Na mudança mais importante, o limite de transferências entre pessoas físicas, inclusive microempreendedores individuais (MEI), cairá para R$ 1 mil entre 20h e 6h. O novo limite vale tanto para o Pix como para a liquidação de TEDs, para cartões de débito e para transferências intrabancárias.

Em outra mudança, o BC decidiu impedir o aumento instantâneo de limites de transações com meios de pagamento por meios eletrônicos. Agora, as instituições terão prazo mínimo de 24 horas e máximo de 48 horas para efetivarem o pedido do correntista se feito por canal digital.

AH

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A HORA | Fim de semana, 28 e 29 de agosto de 2021

AH

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A HORA | Fim de semana, 28 e 29 de agosto de 2021

OBITUÁRIO

23/09 - 22/10 23/10 - 21/11

VIRGEM: Você terá muita facilidade para aprender e deve investir nos estudos para se aperfeiçoar no que faz; busque cursos, palestras e orientações.

22/11 - 21/12

LEÃO: Seu empenho pode até render uma grana a mais para o bolso se você trabalha por comissão e decidiu aumentar a sua produtividade.

SAGITÁRIO: No fim da tarde, convém ter cuidado com desentendimentos, principalmente envolvendo pessoas mais velhas.

22/12 - 19/01

CÂNCER: Estimule a troca de ideias, pois boas conversas podem render ideias incríveis e boas soluções para os desafios do dia a dia.

ESCORPIÃO: A sintonia com os amigos está fortalecida e uma amizade mais especial pode se transformar em romance.

CAPRICÓRNIO: Você vai encarar o dia com bom humor.

Terá a sensação de que tudo ficou mais fácil e nenhum desafio é grande demais.

20/01 - 18/02

GÊMEOS: Se você está em busca de emprego e ainda não achou nenhuma oportunidade, solte a sua imaginação a partir do que você já sabe.

LIBRA: Há chance de receber um dinheiro com o qual já nem contava mais e isso deve trazer um bom alívio para suas preocupações.

AQUÁRIO: Ótimo astral para quem planeja mudar de casa ou fazer mudanças que deixem seu lar mais bonito, confortável e aconchegante.

19/02 - 20/03

21/03 a 19/04 20/04 - 20/05 21/05 - 20/06

• WhatsApp: (51) 92487689 • Fone: 3710 4200 • E-mail: centraldejornalismo@grupoahora.net.br

TOURO: A Lua em Touro renova sua autoconfiança, ao mesmo tempo em que destaca todos os pontos fortes do seu signo.

21/06 - 22/07

Para informar falecimentos:

ÁRIES: Com o Sol brilhando forte na sua Casa 6, você terá energia, disposição e disciplina de sobra para correr atrás das oportunidades

23/07 - 22/08

SIBILA CAROLINA SCHNEIDER GERHARD, 92, faleceu na sexta-feira, 27. O sepultamento será neste sábado, 28, às 10h30min, no Cemitério Católico de Bom Fim, em Cruzeiro do Sul. ELIZETE ANA BENEDUZI, 68, faleceu na sexta-feira, 27. O sepultamento foi no Cemitério Católico de Palmas, em Encantado.

ERNO WILSMANN, 93, faleceu na sexta-feira, 27. O sepultamento foi no Cemitério Evangélico de Linha Geralda Alta, em Estrela.

23/08 - 22/09

HORÓSCOPO

PEIXES: Os astros indicam um ótimo dia para formalizar acordos e contratos. É sempre bom ter cuidado com as letrinhas miúdas.

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

www.coquetel.com.br Lei que protege os maiores de 60 anos Ação dolosa para danificar instalações Rede anônima de internet (sigla) O ofídio, quanto à base de locomoção Feitio do barbeador descartável

Instruído sem ajuda de mestres

Cruzadas

Alimento Campeão da Libertavegetal dores em 2013 (fut.) rico em Gás essencial à cálcio combustão (símbolo)

© Revistas COQUETEL

Albert Einstein, físico alemão

Ao (?): a esmo Acessório do gamão

Alvo de processo de deportação nos EUA Instrumentos colecionados por Lulu Santos

Empresa de TV a cabo Inglês (abrev.)

Esquadrão da FAB

Pinta redonda Sonda injetável

Alugar (?) pensar: de jeito nenhum!

Letra a que se apõe til no espanhol Célebre guerreiro espanhol do séc. XI

"Tudo", em "onipotência"

"(?) Salad", sucesso do Black Sabbath

Finalidade da prorrogação, no futebol Sufixo de "febril" Apelido de "Edgar"

Reduzi (o preço de roupa) (fig.)

Efeito introduzido no Cinema em 1926 Elemento implícito em piadas adultas Local de filmagens A linha que forma um ângulo de 90º com a vertical (Geom.)

Defeito em um programa (Inform.)

Produz ruído durante o sono

60

www.coquetel.com.br /

© Revistas COQUETEL

Solução

Solução Defeito em um programa (Inform.)

Sufixo de "febril" Apelido de "Edgar"

"(?) Salad", sucesso do Black Sabbath

Associação de normas técnicas (sigla)

Formato do palito Ensina; instrui

Letra a que se apõe til no espanhol

R A N T E I L E G A L

I M I G R A N T E I L E G A L

Inglês (abrev.)

Esquadrão da FAB

E T E D A T A R R A P A T S E E D A D B U O N C N T A

Empresa de TV a cabo

A T D I O C O E M L I C N I E D I R Z O

A G E E U I N E T E D A T A R R A P A T S E E D A D B U O N C N T A

Albert Einstein, físico alemão

C T O L N I E S M A U B A E T R I

A O T L D E A T D I O C O E M L I C N I E D I R Z O

T A U T O D S O I D O S H O

A B O R P O C T O L N I E S M A U B A E T R I

Alvo de processo de deportação nos EUA Instrumentos colecionados por Lulu Santos

E S T A T A U T O D S O I D O S H O

© Revistas COQUETEL

Somei Eros Ramazzotti, cantor

3/bug — eda — net —

ADAS DIRETAS

Associação de normas técnicas (sigla)

3/bug — eda — net — poá — rat — set — tor. 5/el cid. 9/dubiedade.

BANCO

Afecção tratada na limpeza de pele

Formato do palito Ensina; instrui

60

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A HORA ESPORTES | Fim de semana, 28 e 29 de agosto de 2021

DIVISÃO DE ACESSO

ALVIAZUL PERMANECE INVICTO E NA LIDERANÇA RENATA MEDINA/ECI

Equipe foi até Santa Maria e ficou no 2 a 2 com o Internacional.

Na segunda-feira, o desafio é em casa, contra o Guarany

CLASSIFICAÇÃO

GRUPO A

EQUIPE Veranópolis Glória Cruzeiro Brasil de Farroupilha União Frederiquense Igrejinha Tupi Passo Fundo

CAETANO PRETTO caetano@grupoahora.net.br

O

Lajeadense continua invicto e na liderança do Grupo B da Divisão de Acesso. Depois de três vitórias consecutivas, o time foi até Santa Maria na sexta-feira e empatou com o Internacional em 2 a 2. Agora, encara o Guarany, terceiro colocado, na segunda-feira.

O duelo contra o Inter no Estádio Presidente Vargas era um dos mais temidos da fase de grupos.

No entanto, o Alviazul soube driblar as adversidades e volta para Lajeado com um bom resultado.

Principalmente devido aos problemas extra campo, uma vez que cinco membros da comissão técnica estão afastados por testarem positivo para a covid-19.

Fora de casa, o clube esteve duas vezes na frente do placar.

Aos 12 minutos, Ariel fez o seu quarto gol na competição após

DIVISÃO DE ACESSO V 3 2 1 1 1 1 1 0

E 1 1 3 2 2 1 0 2

D GM GS 0 7 3 1 7 4 0 9 5 1 6 6 1 5 5 2 2 5 3 3 8 2 2 5

SG

PG V 10 3 10 3 8 2 6 2 5 1 3 1 3 1 0 0

E 1 1 2 0 2 0 0 0

D GM GS 0 7 3 0 5 1 0 5 3 2 6 4 1 4 4 3 4 7 3 2 5 4 2 8

SG

PG 10 7 6 5 5 4 3 2

4 3 4 0 0 -3 -5 -3

GRUPO B EQUIPE Lajeadense Avenida Guarany São Paulo Internacional Guarani Bagé São Gabriel

Depois de vencer Bagé, Guarani e São Gabriel, Lajeadense ficou no 2 a 2 com o Inter no Presidente Vargas

boa jogada de Ramon. Os donos da casa empataram aos 20 minutos, com Jeferson Prill em jogada de escanteio.

Logo após o empate, Wendel fez um gol digno de Prêmio Puskás. O atacante cobrou falta de muito longe e acertou o ângulo do goleiro Nicolas. Já no final do primeiro tempo, Kayron empatou novamente. O mesmo jogador teve a chance de dar a vitória para

o Inter, mas cobrou um pênalti no travessão na segunda etapa. O empate em 2 a 2 deixou o clube de Lajeado mais uma vez na liderança, com 10 pontos.

CONFRONTO DIRETO EM LAJEADO Passado o temido confronto contra o Inter em Santa Maria, o

Alviazul tem sequência em Lajeado contra adversários diretos pela liderança. Na segunda-feira, enfrenta o Guarany, às 15h. Depois, recebe o Avenida, na sexta-feira, 03. As duas equipes se enfrentaram na última rodada e ficaram no empate. O time de Santa Cruz do Sul possui os mesmos 10 pontos do Lajeadense, enquanto que a equipe de Bagé está em terceiro, com 8 pontos.

4 4 2 2 0 -3 -3 -6

RESULTADOS - 3ª RODADA Brasil de Farroupilha 2 x 2 Cruzeiro Tupi 1 x 2 União Frederiquense Igrejinha 1 x 1 Veranópolis Glória 3 x 1 Passo Fundo São Gabriel 1 x 4 São Paulo Guarani 1 x 2 Bagé Inter-SM 2 x 2 Lajeadense Guarany 1 x 1 Avenida 5ª RODADA 15h 15h

SÁBADO Cruzeiro União Frederiquense

x x

Igrejinha Brasil de Farroupilha

15h

DOMINGO Bagé

x

São Gabriel

15h 15h 15h 15h

SEGUNDA-FEIRA Veranópolis x Passo Fundo x São Paulo x Lajeadense x

Glória Tupi Inter-SM Guarany

11h

TERÇA-FEIRA Avenida x

Guarani

ABERTO DE FUTEBOL 7

TARDE DECISIVA EM CAPITÃO DIVULGAÇÃO

Finais estão agendadas para domingo, a partir das 13h EZEQUIEL NEITZKE ezequiel@grupoahora.net.br

Saragossa disputa o título da categoria veterano. Adversário é o São José

A primeira edição do Aberto de Futebol 7 de Capitão conhece os campeões das categorias livre e veterano neste domingo. As partidas ocorrem no campo localizado na praça municipal e iniciam às 13h.

Os primeiros confrontos são pela disputa do terceiro lugar. Contra Ordem e Bar da Ivete jogam pelo livre. No veterano o confronto é entre CFM e Unidos do Copo.

A primeira final é entre Saragossa e São José, pela categoria veterano. Já no titular a disputa do título é entre Os Parceiros e Los Amigos.

JOGOS 13h45min – Contra Ordem x Bar da Ivete (livre) 14h45min – CFM x Unidos do Copo (veterano) 15h30min – Saragossa x São José (veterano) 16h30min – Os Parceiros x Los Amigos (livre)

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A HORA ESPORTES | Fim de semana, 28 e 29 de agosto de 2021

GRÊMIO

LUCAS UEBEL

CHANCE DE DEIXAR A ZONA DE REBAIXAMENTO GRÊMIO

CORINTHIANS

Técnico: Felipão

Cássio Du Queiroz (Fagner) João Victor Gil Fábio Santos Gabriel Gustavo Mosquito Giuliano Roni Renato Augusto (Adson) Jô Técnico: Sylvinho

Gabriel Chapecó Vanderson Rodrigues (Geromel) Kannemann Rafinha Thiago Santos Lucas Silva Ferreira (Campaz) Villasanti Alisson Borja

INTERNACIONAL

COLORADO MIRA A LIBERTADORES ESTÁDIO ANTÔNIO ACCIOLY – DOMINGO, 18H15MIN

ATLÉTICO-GO

Fernando Miguel Arnaldo Wanderson Éder Arthur Henrique Gabriel Baralhas Willian Maranhão João Paulo André Luís Janderson Zé Roberto

Técnico: Eduardo Barroca Após estrear com gol diante do Santos, Gabriel Mercado deve permanecer na lateral-direita

a entrada de Heitor. Saravia continua afastado por lesão.

Na décima colocação, o Inter pode chegar até o sexto lugar em

caso de vitória. Se perder, pode cair para 14º.

RETROSPECTO RUIM EM CASA Apesar da boa campanha no Bra-

CLASSIFICAÇÃO

ESCALAÇÕES

INTERNACIONAL Daniel Gabriel Mercado Bruno Méndez Víctor Cuesta Moisés Dourado Johnny Edenilson Taison Patrick Yuri Alberto

Técnico: Diego Aguirre

sileirão, onde é o sétimo colocado, com 24 pontos, o Atlético-GO tem um retrospecto negativo em casa.

A última vitória como mandante ocorreu em 23 de junho, contra o Fluminense. Desde então, foram cinco partidas no seu estádio, com três derrotas e dois empates.

LIBERTADORES

Invicto há quatro jogos no Campeonato Brasileiro, o Internacional tenta se aproximar de vez das primeiras colocações neste final de semana. O desafio da vez é contra o Atlético-GO, fora de casa. O jogo ocorre no Estádio Antônio Accioly, domingo às 18h15min.

A sequência do Colorado é positiva no Brasileirão. São duas vitórias e dois empates nas últimas rodadas, o que fez o time do técnico Diego Aguirre voltar a sonhar com as primeiras colocações. Com a semana cheia para treinar, o uruguaio precisa decidir quem será o substituto de Rodrigo Lindoso, suspenso.

Caso queira permanecer com dois volantes, Johnny será titular.

No entanto, há a possibilidade da entrada de um meio-campista mais ofensivo. Neste caso, Maurício e Boschilia entram na briga. A outra dúvida é na lateral-direita. O técnico precisa decidir entre a permanência de Gabriel Mercado ou

BRASILEIRÃO

SUL-AMERICANA

O principal desfalque para a partida é Douglas Costa, que deixou o campo ainda no primeiro tempo contra o Flamengo.

Com lesão muscular confirma-

Assim como o Tricolor, o Timão também ganhou dois jogos consecutivos. A boa fase fez a equipe dar um salto na tabela de classificação e hoje ocupar o sexto lugar. O técnico Sylvinho não deve contar com o lateral-direito Fagner nem com o atacante Adson. Os novos reforços, Giuliano e Renato Augusto, devem estar em campo.

ESCALAÇÕES

ARENA – SÁBADO, 21H

J

V

E D GM GS SG

EQUIPE

PG

Atlético-MG

38 17 12 2 3 26 12 14

Palmeiras

32 17 10 2 5 27 19 8

Fortaleza

32 17 9 5 3 27 16 11

Bragantino

31 17 8 7 2 28 18 10

Flamengo Corinthians Atlético-GO

28 15 9 1 5 28 16 12 24 17 6 6 5 16 15 1 24 17 6 6 5 15 17 -2

Ceará

24 17 5 9 3 19 17 2

Athletico

23 16 7 2 7 22 19 3

Internacional 22 17 5

REBAIXAMENTO

NOVIDADES NA ESCALAÇÃO

TIMÃO EMBALADO

Últimas três vitórias do Grêmio vieram com gols do colombiano Borja

7 5 22 22

0

Santos

22 17 5 7 5 19 19 0

São Paulo

21 17 5 6 6 14 19 -5

Juventude Cuiabá Bahia

20 16 5 5 6 13 18 -5 20 17 4 8 5 17 18 -1 18 17 5 3 9 20 28 -8

Fluminense

18 16 4 6 6 13 18 -5 4 8 12 17 -5

Grêmio

16 16 4

Sport

15 17 3 6 8

América

15 17 3 6 8 13 22 -9

Chapecoense

6

18ª RODADA SÁBADO

O

Grêmio depende apenas de si para, pela primeira vez neste Campeonato Brasileiro, terminar uma rodada fora da zona de rebaixamento. Neste sábado, enfrenta o Corinthians, na Arena. Se vencer a partida, respirará aliviado e deixará o Z4.

A possibilidade se dá pelo fato dos dois primeiros times fora da

da, ele provavelmente dará a posição para Ferreira. Outra possibilidade é a entrada do recém chegado Campaz. Outra dúvida se dá na defesa. Geromel está apto a retornar, mas pode iniciar no banco de reservas. A provável zaga será formada por Rodrigues e Kannemann.

DOMINGO

CAETANO PRETTO caetano@grupoahora.net.br

zona de degola se enfrentarem na rodada: Bahia e Fluminense.

O Grêmio é 17º colocado, com 16 pontos. Os tricolores, baiano e carioca, possuem 18 pontos.

A missão para a equipe de Luiz Felipe Scolari é deixar de lado a atuação e goleada para o Flamengo na Copa do Brasil e focar no recente desempenho do Brasileirão, onde venceu as duas últimas partidas. Do outro lado, o Corinthians também vive boa fase e não perde há três jogos.

SEG.

Tricolor encara o Corinthians e precisa da vitória para sair do Z4 pela primeira vez neste Brasileirão

17h 19h 21h 21h

17 0 Sport Santos Grêmio Palmeiras

8

14 -6

6 11 14 29 -15 x x x x

Chapecoense Flamengo Corinthians Athletico

11h

América x Ceará

16h

Juventude x São Paulo

18h15min

Atlético-GO x Internacional

20h30min

Bragantino x Atlético-MG

19h 21h30min

Fluminense x Bahia Fortaleza x Cuiabá

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A HORA ESPORTES | Fim de semana, 28 e 29 de agosto de 2021

FUTSAL

ULISSES CASTRO/ACBF

DUELO DE SEIS PONTOS

DE FUTSAL CHAVE A

EZEQUIEL NEITZKE

D

epois de perder para a ACBF, em Carlos Barbosa, a Alaf tem novo compromisso longe de Lajeado. Neste sábado, a partir das 18h, o time enfrenta o Guarany, em Espumoso, em partida que vale o encaminhamento às oitavas de final entre os quatro melhores.

Hoje, a diferença entre os times na tabela de classificação é de cinco pontos. Faltando cinco rodadas para o fim da fase classificatória, a Alaf pode abrir oito pontos de vantagem.

Para o jogo, o técnico Edmilson Corrêa, o “Bella”, tem o retorno do ala Kaká, que cumpriu suspensão. Quem pode fazer a estreia é o goleiro Nei Jung. Regularizado nessa seARQUIVO A HORA

CLASSIFICAÇÃO

EQUIPE

PG

J

V

SG

Atlântico Lagoa EC PFF Horizontina AVF AEU AFUCS Sercesa AMF Sase

25 24 22 20 17 16 10 9 9 6

9 12 9 11 12 12 11 12 12 10

8 8 7 6 5 5 3 2 2 2

28 8 27 6 3 0 -15 -22 -9 -26

CHAVE B EQUIPE

PG

J

V

SG

Guarani F.C Assoeva ACBF Alaf Guarany Ser Itaqui Cometa Ser Canoense Santa Cruz Futsal

23 22 20 20 15 13 9 8 3

10 9 10 11 10 10 11 11 12

7 7 6 6 4 4 2 2 1

17 20 10 4 13 -1 -10 -16 -37

SÁBADO

Alaf enfrenta o Guarany fora de casa, em Espumoso, neste sábado, a partir das 18h ezequiel@jornalahora.inf.br

GAUCHÃO

18h

Guarany x Alaf

19h

Atlântico x PFF

19h

AEU x Lagoa EC

20h

Cometa x Santa Cruz Futsal

20h 20h

Depois de derrota, Alaf busca a recuperação em casa pelo Gauchão Feminino

mana, já fica a disposição do treinador.

ESTREIA EM CASA Depois de estrear no Gauchão Feminino, a Alaf faz o primeiro

jogo em Lajeado. A partida está agendada para o Complexo Esportivo da Univates, às 20h. O adversário é o AFC Casablanca, de Bom Princípio.

O Grupo A Hora transmite o jogo no Facebook e também no

AVF x Horizontina Sercesa x Sase

20h

Ser Itaqui x Assoeva

20h

Guarani x ACBF

Youtube do A Hora Esportes.

A partir das 19h45min inicia o Concentração.

A partir das 20h inicia a transmissão com Luciano Silva na narração e Rodrigo Vedoy nas reportagens.

FUTEBOL 7

EVENTOS ESPORTIVOS SÃO RETOMADOS EM TEUTÔNIA EZEQUIEL NEITZKE ezequiel@jornalahora.inf.br

Os confrontos ocorrem na sede campestre da Associação da Languiru

Aos poucos os eventos esportivos estão sendo retomados no Vale do Taquari. Em Teutônia, a Administração Municipal promove o Campeonato Municipal de Futebol 7 – Taça 40 Anos Sicredi Ouro Branco. A rodada inaugural está prevista para domingo, a partir da 15h.

Neste ano, os 12 times foram divididos em duas chaves de seis.

Os quatro primeiros colocados se classificam para as quartas de final.

Os confrontos serão sempre em domingos e ocorrem na sede campestre da Associação da Languiru, no Bairro Languiru.

Neste primeiro momento, não haverá presença de público. Apenas poderão entrar na sede os times e pessoas convidadas pela comissão organizadora e patrocinadores. Não haverá cobrança de ingresso.

Grupo A: Fluminense, Canabarrense, Boa Vista, Ouro Verde, União e Atlético Gaúcho Grupo B: Atlético Gaúcho, Ribeirense, Alto Taquari, Juventude, Canabarrense e Saidera Primeira rodada - Campo A 15h – Fluminense x Canabarrense 16h – Boa Vista x Ouro Verde 17h – União da Germana x Atlético Gaúcho Campo B 15h – Atlético Gaúcho x Ribeirense 16h – Alto Taquari x Juventude 17h – Canabarrense x Saidera

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MINIFUTEBOL

ÚLTIMAS VAGAS PARA A PRIMEIRA DIVISÃO FOTOS: EZEQUIEL NEITZKE

Clube Tiro e Caça promove neste sábado a rodada decisiva da fase qualificatória da Copa CTC

CAMPO 1

O

Coroas Mirim/Lyall x Coroas Mirim/Betiolo

13h30min

CAMPO 2

EZEQUIEL NEITZKE

13h30min

EPTG x Supérfluos

14h45min

Dínamo x Aliança 47 Anos

14h45min

Capitão América x Four

16h

16h

100 Pressão x Lesionados B

Coroas Mirim D x Borussia

EPTG está invicto na Copa CTC. Time tem duelo importante com o Supérfluos neste sábado

2ª DIVISÃO

1ª DIVISÃO

SETE DE SETEMBRO 12h15min Só Pela Ceva

x Tabajara

13h30min Pânico

x Cataluña

14h40min Renegados

x Lendas do Movimento

15h50min Debilitados

x Tocafogo

17h

x Smoke

Contra Ordem

18h10min Coringa A

x Real Madruga

12h15min Kanxeiros

x Coringa B

13h30min Dinamite

x Meketrefe

14h40min Meia Boca Jr

x Brothers

15h50min Afusi

x Kitufo

17h

x Arranca Toco

JéDuCa

18h10min Copeiros

x Saragossa

Firma, de Denis Lindner, é o grande destaque da segunda divisão da Copa Soges

SETE

Com 100% de aproveitamento, o Tabajara busca manter a invencibilidade contra o Só Pela Ceva, às 12h15min. Outro jogo interessante na primeira divisão fica por conta do duelo entre Renegados e Lendas do Movimento. Ambos os times ainda não perderam nessa segunda fase.

Na segundona, quem busca a terceira vitória seguida são Saragossa e Kitufo. Eles enfrentam Copeiros e Afusi, respectivamente.

2ª DIV. – CAMPO 2

1ª DIV. – CAMPO 1

SOGES

SOGES A Soges promove neste sábado a quarta rodada da segunda fase. As partidas iniciam as 12h15min e as equipes buscam seguir na liderança e na briga pelo título da Série Ouro.

Pela primeira divisão os destaques ficam para os confrontos do Diretoria, Sem Bronca e Xtotz United. Todos estão com 100% de aproveitamento. E se vencerem na rodada ficam muito próximo da classificação à próxima fase.

Na segundona o destaque fica para o Firma. O time venceu os dois jogos que disputou e nesta rodada encara o Só Resenha que vem de um empate contra o Fúria em 3 a 3.

FUTEBOL CLUBE TIRO E CAÇA – QUALIFICATÓRIA

ezequiel@grupoahora.net.br

Clube Tiro e Caça promove neste sábado, a partir das 13h30min, a última rodada da fase qualificatória da Copa CTC/Construtora Diamond de Minifutebol.

Após isso, os times jogarão nas divisões.

Oitavo colocado com média 2 de pontuação, o Coroas Mirim/ Betiolo necessita vencer o coirmão Coroas Mirim/Lyall caso queira ficar na primeira divisão.

Outro time que precisa da vitória para disputar a elite é o 100 Pressão. A equipe encara o Lesionados B. Outro destaque da rodada fica para o duelo entre EPTG e Supérfluos. Ambos os times estão com 100% de aproveitamento.

AGENDA DO

12h30min Brocadores

x Saidera

13h40min Limitados

x Xtotz United

14h50min Demonhos Jr

x Super 10

16h

x Super 10 Original

Diretoria

17h10min Tô Com Sede

x Sem Bronca FTA

18h20min Nárnia

x Sokanelinhas

12h30min Manguaça

x Fúria

13h40min Firma

x Só Resenha

14h50min SPC

x Cevaria

16h

Os Kururus NC

x Interditados

17h10min Velha Guarda

x Meia Boca Jr

18h20min Estrelas do Futuro

x Dinos

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CAETANO PRETTO

EC AMERICANO/COROAS

RAIO CAI DUAS VEZES NO MESMO LUGAR?

N Em seminário na Ajula, João Derly contou experiências da vida de atleta e dividiu o tatame com os alunos

ARTES MARCIAIS

o sábado passado os Cinquentões do EC Americano Coras voltaram a campo.

Um jogo de muito gols e muito equilibrado terminou com vitória do Azul por 4 a 3 em cima do Grená.

Régis, Inácio, Airton Batata e Polaco marcaram os gols do time

Azul. Já Dinho, Flávio e Polaquinho descontaram para o Grená.

Os destaques desse embate foram Galo e Airton pelo lado Azul.

Já no Grená, os melhores foram Polaquinho e Flávio.

Neste sábado, o campo do EC Americano Coroas terá apenas jogo dos Cinquentões, a partir das 14h.

NO TATAME COM UM CAMPEÃO MUNDIAL

João Derly participou de seminário com os alunos da Associação de Judô Lajeado CAETANO PRETTO caetano@grupoahora.net.br

U

ma das maiores referências em judô do Brasil, o bicampeão mundial João Derly esteve em Lajeado na quinta-feira, 26, para um seminário com os alunos da Associação de Judô Lajeado. Na ocasião, falou de suas vivências no esporte e dividiu o tatame com dezenas de crianças.

O convite foi feito pelo sensei da Ajula, Nelson Sánchez, e integra o programa “Agenda Esportiva do João”, uma série de seminários sobre judô, jiu-jitsu e as artes marciais.

O objetivo do projeto é difundir o esporte pelo estado e também mostrar que é possível sair de um tatame gaúcho e ganhar o mundo. Em Lajeado, todas as vagas foram preenchidas.

O sensei Sánchez considera o encontro excepcional para os alunos.

“Gostaram muito de, além de conhecer de perto a história do João, poder fazer uma luta com ele e com outros senseis. O que é algo fora da nossa rotina”, comenta.

O seminário foi acompanhado também por diversos pais e interessados em judô. “Fico muito feliz em poder oportunizar novas formas de ensino e qualificação”, complementa Sánchez.

ENTREVISTA

“Por mais simples que seja o tatame, a gente consegue criar grandes atletas” JOÃO DERLY • BICAMPEÃO MUNDIAL DE JUDÔ • Judoca esteve nesta semana em Lajeado para um seminário com os alunos da Associação de Judô Lajeado.

• A Hora: Tens uma ligação especial com Lajeado?

João Derly: É uma cidade que tenho um carinho muito especial. Tenho muitas amizades aqui. Quando deputado, enviei muitos recursos. Agora tenho a felicidade em voltar para cá para matar a saudade do tatame e também mostrar para estas crianças alguns golpes que me consagraram.

• Que mensagem você deixa para quem busca a vida no esporte?

Derly: Eu tive minha carreira abreviada pelas lesões. Isso é importante destacar. A vida de um atleta é curta dentro do esporte. Vale a pena a gente focar e se dedicar. Renunciar coisas da nossa vida para alcançar o nosso objetivo.

• Consegue separar o João esportista e o político?

Derly: Não tem como. O que me aproximou da política foi o esporte. Na época, em 2011, eu

tinha convite da Confederação Brasileira de Judô para participar da comissão técnica. Tinha também contrato para comentar os Jogos Olímpicos de 2012. Fiz essa opção justamente pela falta de representação dentro do cenário político.

Mesmo com o ônus da política, onde no momento que tu escolhe um partido tem automaticamente pessoas que te odeiam. Não é fácil lidar, mas é um ambiente extremamente importante.

• Como é passar os ensinamentos para as crianças?

Derly: Faço isso desde a época de atleta. Visitava os dojôs e os tatames pelo Brasil passando um pouco da minha vivência no esporte. As pessoas conseguem ver que alguém simples e normal pode conquistar grandes feitos na sua vida.

Basta se dedicar e trabalhar para isso. Por mais simples que seja o tatame, a gente consegue criar grandes atletas. Esse é o grande legado do esporte.

Flávio e Polaquinho destaques do Grená

Galo e Airton destaques do Azul

CURIOSIDADE

Dizem que o raio não cai duas vezes no mesmo lugar.

Não foi o que aconteceu no time Cinquentão do EC Americano Coroas. Segundo informações históricas do time, no dia 1º de agosto de 2015, Nilton Gemelli marcou o seu primeiro gol na vitória por 6 a 1 do time Vermelho em cima do Azul. Para a surpresa do time e do próprio jogador, no dia 26 de novembro de 2016, quase um ano e meio depois, Gemelli voltou a marcar um gol. Agora na vitória do time Azul por 4 a 2 em cima do Time Vermelho.

E aí o raio cai ou não cai?

FICHA TÉCNICA AZUL 4 X 3 GRENÁ

AZUL: Galo, Polaco, Ferreira,

Sergio, Henrique, Gerevini, Valmor, Eliseu, Inácio, Batata, Régis, Belmonte, Airton, Baldo, Xuxa, Jorge e Otto.

GRENÁ: Valmir, Ari, Dário, Pingo, Ezequiel, Wilson, Felipe, Itu, Seco, Polaquinho, Mário, Félix Flávio e Schossler.

GOLS: Régis, Inácio, Airton Batata e Polaco marcaram os gols do time Azul Dinho, Flávio e Polaquinho descontaram para o Grená

BOM SÁBADO A TODOS, SE BEBER NÃO DIRIJA

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A HORA | Fim de semana, 28 e 29 de agosto de 2021

LUCAS REDECKER Deputado Federal PSDB/RS

FERNANDO RÖHSIG

ARTIGO

O parlamento e seus interesses

A

Câmara dos Deputados colocou em pauta, recentemente, dois assuntos que são extremamente sensíveis à população brasileira e que você já deve ter ouvido falar muito nos noticiários. Um deles é o chamado “distritão”, cuja proposta foi rejeitada, felizmente. O outro é a volta das coligações partidárias nas eleições proporcionais para vereadores, deputados estaduais e federais. Esta PEC foi aprovada e agora vai ao Senado. A verdade é que ambos temas, os quais votei contra, representam uma perda significativa de credibilidade para o parlamento, que com isso pretende apenas salvar a própria pele, na contramão dos interesses da nação e da boa política.

“O distritão e a volta das coligações na proporcional representam a deslegitimação dos partidos políticos, da ideologia própria, da representatividade e da pluralidade” Estamos tratando aqui da falta de oportunidade para pessoas que querem entrar na política, pois os partidos pouco priorizarão os líderes regionais, de segmentos e jovens que não foram testados anteriormente pelas urnas. Dessa forma, estarão optando pela fama pessoal, e não pelo talento necessariamente. O distritão implicaria eleger somente políticos mais votados,

vetando a proporcionalidade nas legendas e estimulando candidaturas individuais, digamos assim.

E a possível volta da formação das coligações permite a união de agremiações em um bloco único, favorecendo as “siglas de aluguel”, que não defendem uma ideologia específica e sim um jogo de interesses, cuja articulação política é sustentada apenas na base do “toma lá, dá cá”, de caráter meramente eleitoreiro. Isso faz com que o eleitor corra o risco de votar em um deputado e ajudar a eleger outro, de uma sigla com ideologia diferente.

Muitos parlamentares estão, quem sabe, querendo salvar a própria pele para que, assim, sejam escolhidos pelos partidos políticos que representam. Ou seja, na prática, essas propostas favorecem a reeleição ou candidaturas que sejam menos ideológicas, mas que tenham mais visibilidade adquirida anteriormente, como no caso de artistas ou pessoas famosas.

Desta forma, não teremos a condição da estruturação política de um candidato que esteja atuando forte nas bases, trabalhando legitimamente na articulação, escutando as comunidades, os municípios, para que possa representar e lutar por aquela região em seu mandato.

O distritão e a volta das coligações na proporcional representam a deslegitimação dos partidos políticos, da ideologia própria, da representatividade e da pluralidade. É um retrocesso imenso para a política brasileira e um exemplo de incompetência para o parlamento, que – mais uma vez – quer mudar todo regramento político às vésperas das eleições para beneficiar e perpetuar nomes.

Não ao distritão. Não à volta das coligações na proporcional. Precisamos de um regime eleitoral que avance e não de um que retroceda.

Conselheiro de Administração (CCI/IBGC)

ARTIGO

“Noholders” – você já ouviu falar neles?

Q

uando uma empresa nasce, ela é criada para atender os objetivos de seu dono ou dos sócios. São pessoas que decidem oferecer um produto ou serviço para os clientes e querem que o negócio dê certo porque dependem disso para viver. Na medida em que a empresa cresce, outras pessoas passam a ser importantes: os clientes, os fornecedores, os funcionários, os concorrentes.

Neste momento, a opinião destes grupos passa a ser relevante, e às vezes é preciso o sócio abrir mão de lucro para dar desconto ao cliente ou pagar mais caro por um insumo. Quem está fora deste ecossistema pouco interessa à empresa. Ou pouco interessava, porque a covid-19 mudou esta realidade. Agora, os noholders precisam de atenção.

Em setembro de 2020, em plena pandemia do coronavírus, o engenheiro e conselheiro de administração Marco Antonio de Barros Penteado cunhou o termo “noholders” para identificar um contingente antes quase invisível: designa as pessoas sem posses, com empregos de salário mais baixo, precários, informais, pequenos biscateiros e prestadores de serviço que “vendem o almoço para pagar a janta”, mas que são imprescindíveis para manter a roda girando. E por que o especialista traz o termo?

Para dar um nome – e assim gerar visibilidade entre a alta administração das empresas - ao grupo mais afetado pela crise sanitária e que passou a depender de auxílio público e da solidariedade alheia para sustentar a si e suas famílias.

Os chamados “shareholders” (proprietários ou sócios) e “stakeholders” (partes inte-

ressadas no negócio, como os fornecedores) precisam colocar os “noholders” na pauta de suas organizações. Não se pode pensar em desenvolvimento sem focar na redução das desigualdades sociais. Para este grupo, há uma certeza: precisará de muita atenção e ajuda! Empresas e empresários devem se questionar insistentemente se é possível despertar e promover, por meio da governança corporativa, algum nível de estabilidade social para esses diversos segmentos da economia.

“Noholders são a água invisível do aquário e que a governança precisa trazer à tona nas suas discussões.

E isso não é apenas ética nos negócios. É questão humanitária” As primeiras análises mostram que a pobreza aumentou no mundo com a pandemia, ou seja, os “noholders” não estão sendo atendidos. Então, caberá, sim, às organizações empresariais mais esta missão: a de criar estruturas e programas para atender as demandas de trabalho e renda para esses trabalhadores.

No livro “O Poder do Hábito -

Por que fazemos o que fazemos na vida e nos negócios”, o autor Charles Duhigg fala sobre como as pessoas se habituam de tal forma a determinadas situações que nem se dão conta do ambiente em que estão. Como peixes nadando em um aquário que não percebem a água ao redor. A água são os hábitos, as escolhas e decisões impensadas que tomamos todos os dias e que, eventualmente, precisam receber um novo olhar para que se tornem perceptíveis de novo.

Os “noholders” são a água invisível do aquário e que a governança precisa trazer à tona nas suas discussões. E isso não é apenas ética nos negócios. É questão humanitária.

Há quem entenda que este papel deve ser exclusivamente do Estado. Do ponto de vista empresarial, sabemos que os limites do Estado já estão esgotados e essa situação passa a exigir priorização em outras estruturas organizacionais.

Como esta conta de alguma maneira será, de qualquer forma, suportada pela sociedade, o ideal é iniciar a jornada de atendimento às demandas dos “noholders” o quanto antes.

Talvez seja preciso renunciar a algumas vantagens individuais.

Não se trata de buscar saber “qual será o desconto no imposto se eu ajudar uma instituição”, mas sim de buscar uma atuação com base em propósitos mais humanos e sociais. Numa ação conjunta, do todo, de todos e de cada um. E empresas com propósitos focados no desenvolvimento humano e social fazem todos sair ganhando.

Teremos disposição para trabalhar nisso juntos?

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A HORA | Fim de semana, 28 e 29 de agosto de 2021

ELISABETE BARRETO MÜLLER

Professora universitária e delegada aposentada

ARDÊMIO HEINECK ARTIGO

O que são cidades inteligentes?

N

essa semana, aconteceu o CRIE Smarties Cities na Univates. Foi um evento maravilhoso que levou a comunidade a refletir sobre o conceito de cidades inteligentes. Como sempre, a nossa Universidade nos convida a fazer um mundo melhor.

As falas que mais me impactaram foram as que demonstraram que a sustentabilidade e a solidariedade são a base de uma cidade inteligente.

“O que (...) estamos fazendo para proteger a teia da vida com responsabilidade para que as futuras gerações tenham futuro, para que nós tenhamos futuro?”

A palestra de abertura foi da jornalista Sônia Bridi, que abordou o último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas e apontou várias consequências do aquecimento global. Ela comentou que as cidades serão mais resilientes se forem menos selva de pedra e mais parques, mais árvores, mais sombra.

Ressaltou que todos os aspectos da administração de uma cidade precisam levar em conta as mudanças climáticas ao tomar qualquer atitude, desde a construção de uma escola até escoamento das águas da chuva. Sônia também disse que cidades inteligentes são as que encontram soluções para manter qualidade de vida diante de um

mundo cada vez mais quente.

Ficou muito claro que não há tempo a perder! Precisamos agir já!

Como gostaria que aquelas pessoas que acham que a preocupação ambiental é “mimimi”, que mudanças climáticas são balela e que desdenham dos dados científicos sobre os desmatamentos e as queimadas, tivessem ouvido as falas de profissionais tão qualificados que aqui vieram compartilhar informações.

A nossa Constituição Federal diz em seu artigo 225 que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida. O que os governos fazem para isso? O que cada um de nós faz?

Eu participo de uma ONG ecologista chamada Ecobé (vida longa em Tupi-Guarani). Desde a sua fundação, no ano de 2000, a entidade defende o que foi dito nas palestras e está em Conselhos do Meio Ambiente para debater e solucionar problemas. A ONG denuncia danos/crimes ambientais e solicita providências.

Já estivemos em audiências públicas que debateram o plano diretor de cidades da região. Manifestamos inconformidade com a destruição da natureza para criação desenfreada de loteamentos. Plantamos árvores, denunciamos o corte delas. Tentamos sensibilizar a sociedade, mas, como outros que lutam efetivamente pelo meio ambiente, somos poucos e nem sempre somos ouvidos.

Diante disso tudo, questiono: se as árvores são cada vez mais escassas e a selva de pedra aumenta, podemos chamar as nossas cidades de inteligentes?

O que, de forma individual e coletiva, estamos fazendo para proteger a teia da vida com responsabilidade para que as futuras gerações tenham futuro, para que nós tenhamos futuro?

ardemio@bewnet.com.br

G

ARTIGO

A nossa Canaã

ênesis, o primeiro livro da Bíblia, é uma boa leitura, inclusive para os agnósticos ateístas. Traça – a par da ação divina na criação de todas as coisas, inclusive do homem e da mulher – uma ideia histórica e geográfica da origem e do desenho do mundo contemporâneo.

Seu capítulo 12 valida esta assertiva. Trata da aliança de Deus com Abraão, dando-lhe a posse sobre Canaã, a “terra prometida” e garantindo que dele faria numerosa descendência, “incontável como o pó da terra”.

O que estimula minha imaginação é a descrição da extensão de Canaã, para abrigar numerosa população, que poderia se bastar desta maravilhosa região. Minha linha imaginativa complementa a ideia da maravilha que deveria ser Canaã, na passagem do Capítulo 6 de Deuteronômio – que trata da fuga de Israel do Egito – na promessa de que voltariam a Canaã, a “terra que mana leite e mel”. Esta, a citação angular para mim. Uma região extensa que mana leite e mel – quer dizer, fartura - ideal para abrigar uma população e sua descendência.

“As autoridades que não conhecem nossa Região querem nos visitar, incrédulos por existir uma Canaã brasileira, aqui, junto ao Rio Taquari e seus afluentes” Há uns 17 anos vi, pela primeira vez, foto do Vale do Taquari feita a partir do Morro Gaúcho, em Arroio do Meio. Lá embaixo o rio Taquari serpeava uma vasta região de várzeas, quadriculadas por diferentes culturas agropecuárias, entremeadas por núcleos urbanos. Fui até o

ponto em que a foto fora feita, ficando maravilhado: possivelmente tal qual Abraão o fizera, olhei para o Norte, para o Sul, o Leste e o Oeste e, tudo aquilo, onde o olhar alcançasse, era o Vale do Taquari, nossa Canaã.

Imaginei qual força dirigiu nossos ancestrais Rio Grande adentro, a partir do Rio dos Sinos, em São Leopoldo, meados do Século XIX, apontando a proa das embarcações para estas paragens.

De como, posteriormente, a mesma força direcionou pessoas de diversas outras raças para cá, formando e miscigenando etnias, até formar uma nova: o “povo do Vale do Taquari”. Por certo repetiu-se aqui o fenômeno de seis mil anos atrás – com Abraão e Moisés – fazendo-nos, também, herdeiros de uma terra onde mana leite e mel.

Há duas semanas, em reunião de trabalho no Gabinete do Chefe da Casa Civil do Estado, onde, por duas hora e meia, desde o início da noite, tentamos trazer o Projeto do Governo do Estado, das concessões de rodovias, o mais próximo possível das nossas necessidades, foi muito bom ouvir, do Deputado Federal articulador do encontro, ao abri-lo, dizer: “Secretário, esta a comitiva do Vale do Taquari, a região que resolve seus problemas por si, sem demandar gratuitamente o Poder Público”. E assim vem sendo por gerações.

Há três meses, comitiva regional buscou em Brasília solução para um problema grave: o custo dos insumos para as agroindústrias integradoras de frango e suínos. Tal qual outras, lideradas por Prefeitos, concretizando diferentes projetos. Nesta semana, comitiva daqui rumou para lá, buscando apoio para projetos estruturantes, beneficiando todas as microrregiões do Vale, numa visão uníssona, olhando os próximos trinta anos, valendo-se dos valores construídos por milhares de anônimos que nos antecederam, aqui viveram e morreram. Turismo, logística, capacitação de mão obra – principalmente dos jovens novéis no mercado de trabalho – foram os principais temas tratados pela comitiva, com excelentes perspectivas.

As autoridades que não conhecem nossa Região querem nos visitar, incrédulos por existir uma Canaã brasileira, aqui, junto ao Rio Taquari e seus afluentes.

Maravilhoso isto, para nós e nossa descendência que também será “numerosa como o pó da terra”, tal qual a promessa a Abraão. Desde que continuemos provendo, numa visão de futuro, uníssona, infinita e visionária, o progresso e o bem-estar constantes e para todos.

Fim de semana,

28 e 29 de agosto de 2021

MÍN: 13º MÁX: 23º

Sol com algumas nuvens. Não chove.