Lajeado convive com uma realidade insustentável: menos de 1% dos efluentes domésticos são coletados e passam por tratamento. Isso não é apenas um problema contratual ou jurídico. É uma emergência ambiental, sanitária e social.
O impasse sobre a renovação do contrato entre o município e a Corsan/ Aegea ganha novos contornos com a possibilidade de contratar um estudo técnico. A iniciativa partiu do Fórum das Entidades, que cobra mais dados e planejamento antes de qualquer definição. A prefeita Gláucia Schumacher acolheu a ideia, mas aguarda parecer jurídico para seguir com a contratação.
A proposta é a chance de, finalmen-
Esgoto não tratado é invisível apenas aos olhos.
Seu impacto, porém, se sente no solo, na água e na saúde das famílias.
te, discutir o futuro do saneamento em Lajeado com base em diagnósticos, evidências e metas factíveis. O estudo técnico sugerido poderá detalhar os gargalos da atual operação e apresentar alternativas jurídicas, operacionais e econômicas para atingir a universalização do serviço, como exige o Marco Legal do Saneamento até 2033.
A mobilização do Fórum das Entidades e o posicionamento firme da sociedade civil mostram que o tema ultrapassa os muros do poder público. Esgoto não tratado é invisível apenas aos olhos. Seu impacto, porém, se sente no solo, na água e na saúde das famílias.
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“Ver o brilho nos olhos das crianças é o maior prêmio dessa tradição”
JulioSchwambach,69, natural e morador da comunidade de Arroio doOuro,emEstrela, promovehámaisde12 anosumatradiçãoque resgataamagiadaPáscoa. Comapoiodaesposa, RosaneSchwambach,64, transformaopátiodecasa empontodeencontropara dezenasdecrianças,que buscam ninhos escondidos entreárvores,enfeitese corredores naturais.Tudo começoudeformasimples, com lhosevizinhose,hoje, reúnemaisde50crianças daregião.Oobjetivoé mantervivaalembrançada infância e oferecer às novas geraçõesachancedesentir o encanto da data
Daniély Schwambach* daniely@grupoahora.net.br * Estagiária sob supervisão de Mateus Souza
O que inspirou essa ação?
Quando eu era criança, vivenciávamos a tradição de procurar os ninhos de Páscoa, e isso deixou uma marca muito forte na minha infância. A alegria que isso trazia era imensa, e eu senti que precisava passar essa experiência adiante. A ideia de continuar com esse costume é para que as crianças de hoje sintam o mesmo encanto que nós sentimos. A Páscoa, ao contrário do Natal, tem algo mágico e único, e a caça ao ninho faz parte dessa magia. É algo que ficou gravado nas nossas memórias, e agora, ao promover essa tradição, queremos manter viva essa lembrança e compartilhar com as novas gerações.
De que forma o movimento começou?
A princípio, era algo pequeno, iniciado com os filhos e alguns vizinhos, mas com o tempo, o boca a boca fez com que a tradição se espalhasse, e a cada ano aumentava o número de participantes. Comecei a chamar os colegas do trabalho, e a coisa foi crescendo. Hoje, a tradição reúne mais de 50 crianças, o que demonstra o quanto as pessoas gostam e compartilham dessa ideia. Ver o brilho nos olhos delas ao encontrarem os ninhos, por mais simples que sejam, é algo que não tem preço. Isso nos dá uma energia renovada, motivação e uma imensa alegria, pois sabemos que estamos perpetuando algo que faz bem, tanto para quem participa, quanto para quem organiza.
Como funciona o processo de organização para esse evento?
Rosane sempre foi uma grande parceira nessa iniciativa. Ela gosta muito de crianças e sempre apoiou essa ideia. No início, era mais simples, fazíamos os pacotinhos um a um, mas com o aumento de crianças, acabamos comprando os ovos prontos. Mesmo assim, ela ajuda em todos os detalhes: organiza,
entra em contato com as pessoas, esconde os ninhos e também recepciona os visitantes. Um mês antes, começamos a preparar os enfeites, guardar o que conseguimos de um ano pro outro e, quando sobra um tempinho, tentamos inovar com novos enfeites ou detalhes para deixar tudo ainda mais encantador. O importante é que tudo aconteça com muito carinho e dedicação, para que a magia da Páscoa se faça presente.
Qual o significado de abrir a casa para esse evento?
Sempre gostei de receber as pessoas, de conversar e reunir amigos. Para mim, é uma grande satisfação poder abrir a porta de casa para esses momentos. A maioria das pessoas que participa são amigos ou conhecidos de outros, e essa troca de pessoas vai criando uma rede de amizade. Alguns nem são conhecidos de fato, mas acabam se tornando parte dessa grande família que é a nossa comunidade. É gratificante ver que, por meio dessa tradição, conseguimos unir pessoas e criar laços de amizade e confiança, fortalecendo o espírito comunitário e o carinho entre todos. A casa se torna, então, não apenas um lugar de encontro, mas um espaço de troca, aprendizado e de pura alegria.
Filiado à
Rosane e Julio transformam o pátio de casa em cenário encantado para crianças da comunidade
DANIÉLY SCHWAMBACH
Estado promete mais de
R$ 1,5 bi à logística
regional
OVale do Taquari tem tudo para revolucionar a logística rodoviária nos próximos anos. Além da rara oportunidade de aplicarmos um modelo sustentável e justo de pedágios nas rodovias que já são pedagiadas – com contrato e obras bem acordadas –, a região também precisa celebrar um aporte inédito de recursos do governo estadual na nossa antiga e defasada malha viária. Vamos a matemática. No projeto de concessão do Bloco 2, o Estado promete aportar R$ 1,3 bilhão em obras de resiliência nas rodovias. Ou seja, criar mecanismos para que as mudanças climáticas não ameacem o fluxo de veículos em
tempos mais severos. Além disso, o governo estadual já anunciou R$ 50 milhões para recuperar e pavimentar trechos da ERS-129, entre Estrela, Colinas e Roca Sales, e outros R$ 200 milhões para remodelar toda a ERS-332, entre Encantado e Soledade. Tudo isso precisa sair do papel, eu sei. Mas se o governo estadual de fato cumprir as audaciosas promessas, e se o processo de concessão andar de acordo com os desejos dos nossos líderes regionais, o Vale do Taquari será em breve uma das regiões mais competitivas do país. Desde que o Estado cumpra as promessas, reforço. Algo que as gestões anteriores deixaram a desejar...
O MP, os custos e a PPP da iluminação pública
O governo de Lajeado vai contar com suporte do BRDE para remontar o audacioso projeto de parceria público-privada para o serviço de iluminação pública. É a chamada “PPP da Iluminação Inteligente”. O primeiro edital passou por olhar minucioso do Tribunal de Contas do RS e, ao fim, a licitação restou deserta. Ou seja, não houve interessados naquele primeiro modelo proposto à concorrência. Desta vez, a intenção é garantir um modelo mais atraente para grandes
investidores. Paralelo a isso, o Ministério Público abriu um procedimento administrativo para analisar o atual modelo, onde o munícipe paga determinada taxa anual e o governo realiza os serviços de ampliação e manutenção da rede pública. E o objetivo do MP é “analisar a qualidade do serviço de Iluminação Pública e a sua proporção com os valores arrecadados”. Uma análise que pode apontar erros na gestão municipal, e ao mesmo tempo garantir bons subsídios para a aguardada PPP.
rodrigomartini@grupoahora.net.br
RODRIGO MARTINI
“Se as empresas quiserem ir embora, que vão”
A frase é de uma vereadora do PSDB de Teutônia e precisa ecoar em todos os cantos do Vale do Taquari. Contrária aos pedágios, a parlamentar faz um alerta necessário a todos que, assim como ela e outros representantes do PP, PT, União Brasil e até mesmo do Partido Novo, não vislumbram na concessão das rodovias ao setor privado a saída para os históricos gargalos logísticos da região. É um alerta para quem acredita em melhorias com nossas estradas sob gerência única do Estado. E o alerta é claro: sem uma boa concessão (e as obras de duplicação e afins)m muitas empresas podem ir embora. E levam junto os empregos, nossa renda, a qualidade de vida, o desenvolvimento...
Leite no PSD.
E o que será do PSDB?
Principal nome do PSDB no Estado (e quiçá em boa parte do país), Eduardo Leite deve confirmar as especulações que perduram desde 2022 e assinar filiação no PSD. Com isso, fica a dúvida: qual será o destino de outros tantos tucanos que, assim como o governador do RS, precisam buscar novos ares em função do iminente fim da tradicional sigla. No Vale do Taquari, por exemplo, são 34 vereadores, três vice-prefeitos e um prefeito filiados ao PSDB. Sobre o prefeito de Encantado, Jonas Calvi, muitos apostam em uma mudança para o MDB. Mas há outras siglas de olho no gestor. Sobre as especulações, ele apenas diz que ainda há muito tempo para decidir o futuro partidário. Outros tucanos também avaliam cenários longe do PSDB. E muitos observam com carinho o União Brasil.
TIRO
- Nas redes sociais, circulou uma mensagem sobre a suposta nomeação do Pastor José Alves para a função de Diretor Administrativo e Financeiro da Empresa Pública de Logística Estrela, a Elog. Mas a Diretora Presidente da Elog, Elaine Strehl, garante que a notícia é falsa e, por ora, o referido cargo permanece vago. Há quem aposte em surpresas. Aguardemos!
- A CIC/VT promove no dia 25 de abril o Fórum de Competitividade em Lajeado. O evento ocorre no auditório da Unimed VTRP, no São Cristóvão, a partir das 8h30min, e vai reunir empresários, gestores públicos e referências do ecossistema empreendedor para “diálogos inspiradores, networking de alto nível e planejamento conjunto para um futuro mais competitivo e sustentável”.
- A mesma CIC/VT, em parceria com o governo de Doutor Ricardo, inaugura nova ponte na em Linha Sangão, muito atingida pelas recentes tragédias climáticas. O evento ocorre dia dois de maio
- Em Lajeado, a prefeita Gláucia Schumacher (PP) sancionou a lei que denomina de “Dr. Hélio Miguel Schauren” a nova pista de caminhada na orla do Rio Taquari, junto ao Parque Ney Arruda.
Nosso peregrino visitou o centenário moinho Dallé, em Vila Borghetto, no interior de Anta Gorda.
Dobradinha para Caumo?
Vereador mais votado em Encantado, Daniel Passaia (União Brasil) afirmou em entrevista que a sigla terá candidato a deputado estadual em 2026. Ele
é um dos cotados, inclusive. Ou seja, e se de fato concorrer a deputado federal, Marcelo Caumo (União Brasil) terá dobradinha regional no UB.
vinibilhar@grupoahora.net.br
VINI BILHAR
Boulevard Encantado celebra Páscoa para a família
OBoulevard Encantado realiza, de hoje a domingo, uma programação especial de Páscoa com atividades gratuitas voltadas ao público infantil e atrações culturais para toda a família. O evento inclui oficinas criativas, teatro, mágica e música ao vivo.
Hoje, das 12h30 às 16h30, haverá caça ao ninho e pintura facial. Os restaurantes do espaço oferecem pratos com peixe e frutos do mar. À noite, o cantor Elisandro Tatu se apresenta às 19h. No sábado, 19, o DJ Augusto Graziola abre o dia ao meio-dia. Às 15h30, o mágico Bruno Mariotti faz show interativo, seguido por
oficina de decoração de biscoitos. Shows do Festival Sul Universal ocupam o fim do dia. No domingo (20), o destaque é o teatro “Aventuras do Coelho”, às 15h. Oficinas infantis e o show de Rodrigo Jeager acontecem às 17h. A programação se encerra às 19h30 com tributo aos Bee Gees da banda Three Gees.
Innovation Club discute parcerias
entre universidades e empresas
A próxima edição do Innovation Club será realizada na quarta-feira, 23, às 8h30, no Tecnovates, em Lajeado. Promovido pelo Pro_Move Lajeado, com apoio da Acil, o evento é voltado à promoção do empreendedorismo e inovação no interior do Estado.
A programação de abril contará com palestra do jurista Roberto Kussler, doutorando em Direito Empresarial pela Albert-Ludwigs-
-Universität, na Alemanha. O tema abordado será os desafios e as oportunidades nas parcerias entre universidades e empresas, com foco no desenvolvimento tecnológico. Kussler pesquisa temas como transferência de tecnologia, recuperação judicial e direito societário. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo Sympla ou no Instagram do Pro_Move Lajeado (@promove. lajeado).
FRASE DO DIA
Há poucos dias, nas carnes bovinas, o governo chinês deixou de habilitar 395 plantas. Alguém vai precisar fornecer essa carne, que era fornecida pelos norte-americanos. O Brasil se apresenta com muita vontade e capacidade, e tenho certeza que vamos saber ocupar esse espaço e ser um grande fornecedor”
• Diesel - A Petrobras anunciou corte de 0,12% no preço do diesel, que passa a R$ 3,43 por litro nas refinarias a partir desta sexta (18). A queda segue o recuo das cotações internacionais do petróleo. O repasse estimado ao consumidor final é de R$ 0,10 por litro.
• Mercosul - O aumento das tensões comerciais com os EUA impulsiona a União Europeia a buscar novas parcerias, fortalecendo o apoio ao acordo com o Mercosul. A França, tradicionalmente resistente, está sob crescente pressão diante da instabilidade que ameaça o comércio transatlântico, estimado em US$ 1,8 trilhão.
Páscoa: fé, re exão e gratidão
A Páscoa é a data mais significativa para os cristãos, marcada pela fé e pelo simbolismo da renovação. É também um momento de reflexão sobre o personagem que dividiu a história entre “antes e depois Dele”. Mais que celebração, é oportunidade para valorizar conquistas diárias e re-
conhecer a importância de quem caminha ao nosso lado. Que esse período fortaleça laços familiares, comunitários e humanos. Estar “perto” ganha novo sentido quando se compartilha gratidão, saúde e esperança. Uma feliz e abençoada Páscoa!
CARLOS FÁVARO MINISTRO DA AGRICULTURA.
DIVULGAÇÃO
ORAÇÃO, JEJUM E PERDÃO
A jornada espiritual que prepara os cristãos à Páscoa
Do perdão à renovação, fiéis do Vale transformam os 40 dias da Quaresma em um tempo de reflexão e esperança
Bibiana Faleiro bibianafaleiro@grupoahora.net.br
Na casa de Rosimari Giovanella, 59, a fé é vivida por gerações. Com oração, jejum e perdão, a família vive os 40 dias que antecedem a Páscoa como um momento de reflexão e preparo para a ressurreição. “É um momento de se arrepender das coisas erradas e de pedir perdão”. Para ela, o período é também de conversão e renovação espiritual.
A tradição da Quaresma no catolicismo une moradores da região. O domingo é o ponto alto, marca a Ressurreição de Cristo. No Vale, igrejas preparam missas para celebrar a fé e a renovação da vida.
“O período da Quaresma sempre foi respeitado aqui em casa. Isso já vem dos tempos dos nossos avós, dos pais, e agora a
gente passa para os nossos filhos e nossa neta. Isso representa para nós a nossa fé e o que cremos”, afirma Rosimari.
A lajeadense, integrante da Paróquia São Cristóvão, conta ter iniciado o período de preparação na Quarta-feira de Cinzas, com jejum pela manhã e, ao meio-dia, refeição sem carne. À noite, a família costuma participar da missa das bênçãos das cinzas. Depois, no decorrer dos 40 dias, participam das novenas com outras famílias.
Os encontros são semanais e, ao fim, os presentes também costumam se confessar. Os fiéis ainda vão à missa de Domingo de Ramos, uma semana antes da Páscoa, e participam das celebrações da Semana Santa, com a celebração do Lava Pés, na Quinta-feira Santa, e jejum na Sexta-feira Santa. “No sábado de Aleluia também é dia de ir à missa para celebrar a ressurreição do nosso Senhor Jesus Cristo”.
Caminho até o Cristo
Para marcar essa Semana Santa no Vale, o Cristo Protetor de Encantado também recebe nesta sexta-feira, 18, a 4ª edição da tradicional “Caminhada Penitencial” e “Via Sacra”, um evento de fé e reflexão que reúne fiéis em direção ao monumento.
rios que retratam cada passo da história. “As pessoas incorporam realmente os seus personagens, e conforme as pessoas vão passando pelas estações, os atores têm que ficar estáticos, como se fosse um quadro”, comenta.
Nesta Sexta-feira Santa, o Complexo Cristo Protetor de Encantado estará aberto normalmente para visitação, das 9h às 17h, sem fechar ao meio-dia.
O Cristo Protetor de Encantado recebe nesta sexta-feira, 18, a 4ª edição da tradicional “Caminhada Penitencial” e “Via Sacra”, com saída em frente à igreja
MISSAS NA REGIÃO
• PARÓQUIA SANTO INÁCIO DE LOYOLALAJEADO
SEXTAFEIRA 18/04 15h - Celebração da Paixão; 18h30min - Procissão Luminosa, com saída da Gruta do Engenho; 19h - Encenação da Paixão e Morte
O período da quaresma sempre foi respeitado aqui em casa. Isso já vem dos tempos dos nossos avós, dos pais, e agora a gente passa para os nossos lhos e nossa neta. Isso representa para nós a nossa fé e o que cremos.”
A caminhada tem início às 5h30min, com ponto de partida em frente ao painel do Imigrante da Igreja São Pedro, localizada no centro da cidade. Os participantes percorrem um trajeto de 9 km até complexo.
O momento é organizado pela Paróquia São Pedro, a Juventude Scalabriniana (Juves) e o Cursilhinho de Encantado.
Durante a caminhada, os fiéis também presenciam a Via Sacra. Com meditação em 14 estações, os participantes acompanham os últimos momentos da vida de Jesus Cristo, desde sua condenação até sua sepultura.
Coordenadora do evento, Leine Werner destaca a organização antes da celebração, com cada comunidade da paróquia responsável por uma estação da Via Sacra. A paradas contam com voluntá-
SEXTAFEIRA 18/04 - 15h - Celebração da Paixão de Cristo
SÁBADO 19/04 - 19h - Missa de Páscoa DOMINGO 20/04 - 8h - Missa de Páscoa
PARÓQUIA SÃO CRISTÓVÃO - LAJEADO
SEXTAFEIRA 18/04 - 15h - Celebração da Paixão do Senhor
SÁBADO 19/04 - 19h - Missa da Vigília Pascal DOMINGO 20/04 - 8h - Missa da Ressurreição do Senhor
• IGREJA DE CRISTO - COMUNIDADE EVANGÉLICA DE LAJEADO
SEXTAFEIRA 18/04 - 15h - Celebração da Paixão do Senhor
SÁBADO 19/04 - 19h - Vigília Pascal
DOMINGO 20/04 - 20h - Missa de Páscoa
• PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO - ARROIO DO MEIO
SEXTAFEIRA 18/04 - 15h - Celebração da Paixão e Morte de Jesus
SÁBADO 19/04 - 19h - procissão luminosa com saída em frente ao hospital, seguida de missa
DOMINGO 20/04 - 8h30min - Missa de Páscoa
ROSIMARI GIOVANELLA,
ENTREVISTA
DOM ITACIR BRASSIANI • bispo da Diocese de Santa Cruz do Sul
“A
Quaresma é um tempo de exercício ao caminho de vida de Jesus Cristo”
A Hora – O que significa a Páscoa?
Dom Itacir Brassiani – A Páscoa cristã é a antecipação e a coroação das mais altas e profundas esperanças humanas. Ela recorda a autodoação de Jesus de Nazaré, que sendo injustamente condenado, não pediu anistia, mas foi fiel até à morte na sua identificação com as legítimas causas humanas. Para os que reconhecem e seguem os passos de Jesus Cristo, significa que nossas causas são maiores e mais importantes que nossa vida individual. Isso significa que a Justiça, assim como a bondade e a beleza, são imortais. E isso é muito mais que a ressurreição que esperamos após a morte. Nos capacita a dar a vida por amor.
– O que significa a Quaresma?
Brassiani – Lembrando os quarenta dias de “retiro” de Jesus no deserto, antes de iniciar sua missão pública. É um tempo de exercício disciplinado e convergente no caminho de vida vivido e proposto por Jesus Cristo. A esse exercício, chamamos “conversão”, pois se trata de verter ou vergar nossos pensamentos, atitudes, projetos e ações para aquilo que é essencial e definitivo. No Brasil, uma tradição católica que vem se consolidando a mais de seis décadas, oferece um “mapa de viagem” que nos ajuda a viver esse período como uma campanha pela fraternidade sem fronteiras. Neste ano, a Igreja católica nos interpela e estimula a desenvolver uma ecologia integral (humana, social,
espiritual e ambiental), cuidando, protegendo e defendendo a “casa comum” como um bem que pertence à humanidade, um bem ao qual as futuras gerações também têm direito.
– Que tipo de ações as pessoas costumam fazer?
Brassiani – Na história bimilenar, o cristianismo visualizou este exercício de conversão, simplificação e convergência em três práticas: o jejum, que traduz o valor inalienável e a fecundidade da redução de necessidades; a esmola, que se expressa em muitas práticas da partilha e da solidariedade; e a oração. Como se percebe, aquilo que chamamos penitência não está relacionado apenas à correção de possíveis abusos ou práticas ambíguas, mas à abertura e ao percurso de um caminho positivo de cuidado e potencialização da vida.
MATHEUS GIOVANELLA LASTE
SAFRA PREJUDICADA
Estiagem compromete qualidade do grão de soja
Período final de colheita aponta para uma quebra de até 50% na produção regional
Acolheita da soja se encaminha para as últimas semanas na maioria das regiões. A produção gaúcha deve cair em média 25,7% em comparação a safra passada segundo a Conab, enquanto em algumas propriedades as perdas acabam sendo duas vezes maiores. A escassez de chuva e as altas temperaturas causaram danos no período de reprodutivo das lavouras.
Comumente o plantio ocorre
entre novembro e dezembro, necessitando de regularidade nas precipitações para o bom desenvolvimento das plantas nos meses subsequentes. No entanto, justamente no começo do
ano, o cenário foi desfavorável. Houve estiagem e calor extremo. “Em muitas áreas essa condição coincidiu com o início do período reprodutivo”, aponta o engenheiro agrônomo Alano Tonin, do
escritório regional da Emater. No Vale do Taquari, os impactos foram mais significativos nas regiões baixas. Visualmente o crescimento vegetativo aparentava uma produtividade praticamente normal. Mas a surpresa ocorreu quando as máquinas entraram na lavoura. “Quando a colheita começou verificou-se a perda, seja por falta de grãos nas vagens ou por grãos menores.”
Esta foi a condição nas lavouras de Astor Schwarzer, 58, que semeou 53 hectares nas cidades de Estrela e Teutônia. Até ontem ele havia encerrado a colheita em 70% das áreas cultivadas. A produtividade média ficou em 25 sacas por hectare, 15 abaixo do necessário para cobrir os custos de produção. A quebra passou de 50% em relação ao ano passado, quando Schwarzer conseguiu colher toda a produção antes de iniciarem as chuvas que culminaram em enchentes na região.
Resultado varia entre localidades
Segundo com o engenheiro da Emater, têm-se percebido muita variação na produtividade de acordo com a região. “Conforme o ciclo das cultivares e a época em que foi cultivado. Tivemos lavouras com colheitas praticamente normais e em outras perdas maiores, onde choveu menos.”
Nas áreas cultivadas por Everton Siebeneichler, 33, em Santa Clara do Sul e Cruzeiro do Sul as proporções de colheita variaram.
Tem que cuidar para não entrar no ciclo de querer sempre salvar uma safra com outra.
O mercado vai ofertar crédito, mas não podemos esquecer que temos uma indústria a céu aberto e estão sujeitos a imprevistos”
Ao todo são 120 hectares. “A pior média que fizemos foi de 33 sacas, mas chegamos a colher 62 em outros pontos.”
A média final da safra deve chegar a 48 sacas por hectare. Ele colheu cerca de 70% da produção e acredita que deve concluir o serviço dentro de 20 dias, pois ainda aguarda o amadurecimento de algumas áreas que plantou na chamada safrinha.
Momento instável
Análise do atual cenário indica período de desafios e incertezas para o agronegócio no ciclo 2025/26. Com taxa básica de juros em 14,25% e previsão de elevação para 15,25% até o fim do ano, a tomada de crédito deve ser criteriosa, conforme orienta o presidente do STR de Lajeado, Lauro Baum. Ele destaca que foram três anos consecutivos de perdas na agricultura em virtude de condições climáticas, o que pode gerar “uma bola de neve” para o produtor caso não se tenha uma análise sobre o grau de risco. “Tem que cuidar para não entrar no ciclo de querer sempre salvar uma safra com outra. O mercado vai ofertar crédito, mas não podemos esquecer que temos uma indústria a céu aberto e estão sujeitos a imprevistos.”
VALE DO TAQUARI
Siebeneichler espera colher entre 33 a 68 sacas de soja por hectare
ESTEVÃO HEISLER
Estevão Heisler estevao@grupoahora.net.br
LAURO BAUM, PRESIDENTE DO STR LAJEADO
Desenvolvimento da Soja em condições climáticas normais
Soja subdesenvolvida devido a estiagem
ARQUIVO PESSOAL
Conclusão de obras no trecho de Lajeado fica para novembro
Elevada de acesso ao Montanha e viaduto na entrada de Conventos estão em andamento e serão entregues no fim do segundo semestre.
Já as intervenções da terceira faixa devem ser concluídas nos próximos meses
LAJEADO
Depois de liberar em definitivo o fluxo de veículos na ponte sobre o Rio Taquari, na BR-386, a CCR ViaSul agora concentra esforços na recuperação total da travessia e na conclusão de obras importantes previstas no contrato de concessão. Entre elas, as intervenções relacionadas
a duplicação e também à terceira faixa entre Lajeado e Estrela.
A duplicação entre Lajeado e Marques de Souza, iniciadas em julho de 2021, deve se estender até o fim do ano. A concessionária projeta concluir a elevada no acesso ao bairro Montanha – a mais complexa do pacote – apenas em novembro. Com isso, o prazo anterior de entregar a obra completa no começo do segundo semestre não deve ser cumprido.
A construção da passagem superior teve início ainda em 2022, sendo uma das primeiras intervenções no trecho urbano de Lajeado. No entanto, entraves burocráticos – como a troca de empresa terceirizada responsável à obra – e condições climáticas adversas impactaram no andamento dos trabalhos.
“Diante dos desafios anteriores com a empresa contratada inicialmente e, subsequentemente, de intercorrências climáticas que impactaram a integridade do aterro, verificou-se a necessidade de refazer uma parcela significativa
da obra”, explicou o diretor-presidente da CCR ViaSul, Fernando Henrique de Marchi.
Também deve ficar pronto só na reta final do ano o viaduto novo de acesso ao bairro Conventos, cuja construção teve início no fim do ano passado. O dispositivo ficará nas imediações do antigo posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF), demolido para permitir o avanço da duplicação.
Estruturas importantes
Além da elevada no Montanha, a CCR também atua na finalização de duas outras estruturas importantes para a mobilidade na região, e que fazem parte do pacote de intervenções da terceira faixa, entre Lajeado e Estrela. A ponte seca sobre a Bento Rosa e a ponte sobre o Rio Taquari devem estar totalmente concluídas até agosto.
Outra etapa importante da obra é a ampliação do viaduto sobre a avenida Alberto Pasqualini, em Lajeado. Nesta semana, foram retiradas as estruturas de apoio utilizadas na concretagem das vigas. Com isso, as quatro faixas da via passam a ser novamente liberadas ao fluxo. Agora, a concessionária concentra esforços na conclusão da parte superior, com encaixe da cabeceira da estrutura à rodovia, pavimentação e sinalização.
Construção no Montanha teve início em 2022, mas ainda está longe do m
Mateus Souza mateus@grupoahora.net.br
GABRIEL SANTOS
SANEAMENTO BÁSICO
Governo avalia contratar estudo sobre água e esgoto
Fórum das Entidades solicita mais base antes da prefeita Gláucia Schumacher decidir se assina ou não aditivo com a Corsan/Aegea
Caso o estudo seja contratado, governo estima decidir sobre assinatura ou não do aditivo até o m do ano
filipe@grupoahora.net.br
LAJEADO
Apossibilidade de contratar uma empresa para fazer o diagnóstico sobre o sistema de abastecimento de água e as necessidades em termos de tratamento do esgoto para Lajeado passa pelo crivo da procuradoria jurídica.
É o que afirma a prefeita Gláucia Schumacher. Em 10 de abril, o Fórum das Entidades apresentou a sugestão do estudo durante reunião com o Executivo. “Entendemos o pedido e, para nós, quanto mais informações, melhor para decidir”, destaca a gestora. Em um primeiro momento, a estimativa era solucionar o impasse sobre um novo contrato com a Corsan/Aegea até a metade do ano. “Ainda não temos a posição jurídica para validar a contratação do estudo. Mas, caso haja a contratação, a assinatura ou não do novo acordo para água e esgoto será até o fim do ano”, afirma Gláucia. Para os integrantes do fórum, o estudo técnico com o status atual dos serviços pode garantir mais informações sobre o que os bairros da cidade precisam. Neste sentido, o grupo sugeriu um especialista para esse trabalho.
Conforme o vice-presidente de Relações Institucionais da Associação Comercial e Industrial de
Lajeado (Acil), Eduardo Brancher Gravina, o objetivo é contribuir para que o governo possa decidir de maneira assertiva.
O estudo tem como método identificar áreas críticas e alternativas técnicas e operacionais para execução dos projetos de saneamento básico. Também demonstrar o impacto econômico-financeiro, ambiental e jurídico para uma avaliação precisa do atual serviço.
Termos propostos
A companhia e o município negociaram os termos para atender os parâmetros do marco regulatório até 2030. O ponto fraco está no tratamento do esgoto. Para cumprir a meta, seriam três sistemas diferentes, um formato pioneiro no país: o absoluto (coleta em rede específica até a estação de tratamento), misto (toda rede pluvial é tratada como se fosse esgoto) e fossa séptica (a Corsan assumiria a limpeza anual nas residências sem coleta). A ideia é garantir esses modelos até atingir a exigência nacional para depois estabelecer em toda a cidade o modelo absoluto.
O investimento estimado alcança R$ 290 milhões. Durante audiência pública em novembro, o diretor Regional de Operações da Corsan, Rodrigo Lacerda, afirmou que a extensão do contrato até 2062 é necessária para que os recursos sejam amortizados ao longo
O QUE ESTÁ EM JOGO?
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
No contrato atual, a Corsan/ Aegea atende 70% do município. São mais de 66 mil pessoas. O município corresponde a outros 20%. Os 10% restantes são divididos em três sociedades de água (Floresta e duas no São Bento), além dos chamados “particulares”.
As sociedades e particulares se mostram contrários a essa mudança. Inclusive ameaçam buscar a Justiça para continuarem com o direito de abastecer as comunidades.
TRATAMENTO DO ESGOTO
O contrato atual tem como uma das metas a ampliação dos serviços de coleta e tratamento dos efluentes domésticos. Porém, sem um objetivo claro. Considerado como um dos principais problemas da cidade, o tratamento hoje não chega a 1% das residências.
A Corsan/Aegea propõem atender 90% até 2028
TARIFA
O Fórum das Entidades pontua que a tarifa da Corsan/Aegea é uma das mais altas do RS. A taxa fixa é de R$ 26. E o consumo de cada metro cúbico de água se aproxima dos R$ 14. O temor é que haja uma escalada no preço a partir da necessidade de investimentos. A Corsan/Aegea afirma que não há previsão de aumento da tarifa fora do estabelecido na tabulação anual da Agência Estadual dos Serviços Públicos Delegados (Agergs).
DEBATE JURÍDICO
Lajeado tem contrato em vigor até 2032. Para fazer uma licitação, precisaria entrar com um processo para ruptura do convênio ou esperar o prazo terminar. Conforme análise jurídica, é possível fazer o aditivo sem licitação, pois modificam-se os termos. Hoje o convênio é de programa. Com a empresa Aegea na gestão da Corsan, passa-se para concessão pública por mais 30 anos.
do tempo, evitando o aumento de tarifas para a população.
Resistência
O Fórum das Entidades rechaça aditivo e defende a licitação. Para integrantes do conselho, a população de Lajeado e o poder público teriam mais benefícios com abertura de concorrência para serviços de água e esgoto.
Pelo diagnóstico do grupo, nos moldes atuais, as tarifas, o tempo de contrato e a outorga (retorno aos cofres públicos pela exploração dos serviços básicos) seriam inferiores caso o governo optasse por uma concorrência pública.
Contrato atual é precário, diz MP
Após o leilão da Corsan, em dezembro de 2022, e o início da gestão da nova acionária, a Aegea, em abril de 2023, os contratos com os municípios precisaram ser adaptados, conta o promotor de Justiça, João Pedro Togni. Com isso, o modelo atual está defasado em relação a lei, por isso estão em curso os aditivos. No Vale do Taquari, dos 38 municípios, 14 assinaram a prorrogação. Na próxima sexta-feira, 25 de abril, está agendada uma reunião entre Ministério Público e governo de Lajeado.
Filipe Faleiro
DIVULGAÇÃO\ACIL
Programa Educame é lançado em escolas de Venâncio Aires
Instituição de ensino
Odila Rosa Scherer recebeu autoridades municipais e a Caravana Educame
Odila Rosa Scherer foi o local escolhido para o lançamento do Programa Educame, uma parceria entre o Grupo A Hora e a administração municipal de Venâncio Aires. O prefeito Jarbas da Rosa, o secretário de Educação, Émerson Eloi
Henrique, o titular da Segurança Pública e Defesa Civil, Luciano Teixeira, e a equipe diretiva participaram da solenidade. O
A Hora esteve representado pelo líder de Projetos Especias, Rafael Simonis, e pelo idealizador do programa, Gilberto Soares. A solenidade ocorreu na quarta-feira, 16, no ginásio da escola, com a presença de 250. Em seguida, o personagem “Por Que” conduziu a peça teatral “Educa-me, por quê?”
Conforme o prefeito Jarbas da Rosa, a escola Odila foi escolhida para o lançamento do Educame no município porque a instituição foi severamente atingida pela enchente do ano passado. “A água chegou à marca de 1,7m.” Para o prefeito, as questões ambientais devem ser trabalhadas de forma contínua, especialmente com os estudantes, visando prepará-los para o futuro. “Talvez a gente não consiga eliminar as enchentes, mas saberemos preservar e cuidar do meio ambiente.” Além disso, o conhecimento de sala de aula é levado para família. “Vocês, estudantes, são peça fundamental neste processo.”
Secretário de Educação, Émerson Eloi Henrique observa que o programa Educame é importante tanto para os professores quanto às crianças. Por isso, os livros e as cartilhas serão distribuidos em todas escolas das redes municipal e estadual. “Cada biblioteca terá o material à disposição.”
Apoio da Defesa Civil
O tirular da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Civil, Luciano Teixeira, conta que a aquisição do material didático foi viabilizada pela Defesa Civil. “É
ção, as turmas de 5º e 6º anos participara da oficina “Repórter Ambiental Mirim”. Depois da capacidataão, a intenção é que os alunos enviem notícias sobre temas ambientais para publicação no suplemento impresso do Educame.
Próxima parada
A segunda caravana em Venâncio Aires ocorrerá em junho e contemplará Escola Municipal de Ensino Fundamental Coronel Thomaz Pereira, na Linha Taquari Mirim. O local foi escohido porque, embora não tenha sido atingido pela enchente, a escola abrigou muitas famílias de Mariante desabrigadas, comenta o secretário Henrique.
Ineditismo e transformação
um projeto de educação ambiental importante para os professores, alunos e pais.” A educação é uma das frentes para minimizar os impactos das cheias. Outras ações, como desassoreamento do Arroio Castelhano e da Sanga Cambará, estão sendo executadas no município.
O idealizador do Educame, Gilberto Soares, agradeceu a receptividade de Venâncio Aires e pediu uma salva de palmas aos professores, agentes fundamentais no processo de formação. Segundo ele, o programa foi criado para que se compreenda melhor os acontecimentos. “Quem será que está errado? Nós ou o rio Taquari e o arroio Castelhano?” Soares frisou que o mundo muda pelas perguntas que são feitas, referindo-se ao personagem “Por Que”, da peça teatral “Educa-me, por quê?, apresentada na sequência da solenidade de lançamento do programa.
Caravana
Os 250 alunos do turno da manhã do colégio Odila Scherer se encantaram e interagiram com o personagem. Com roupas coloridas e violão nos braços, agitou a criançada. Mostrou de forma lúdica as tantas utilizações da água. Explicou como ocorrem as enchentes e destacou a necessidade de cuidar do meio ambiente.
Logo depois da apresenta-
De acordo com o líder de Projetos Especiais do Grupo A Hora, Rafael Simonis, o Educame é um programa inédito que vem transformando a forma como a educação ambiental é abordada nas escolas. “O entusiasmo, a energia e o engajamento dos estudantes e professores mostram o quanto é fundamental trabalharmos esse tema desde cedo. Levar essa proposta às instituições de ensino da região é uma forma de contribuir para a formação de uma nova geração mais consciente e comprometida com o meio ambiente.” Simonis ressalta que a Caravana é apenas uma das frentes do programa. “O Educame também conta com um podcast e um caderno mensal, além de um concurso que vai premiar os melhores projetos dos alunos e as escolas com maior participação, totalizando R$ 25 mil em prêmios”. Ao todo são 26 caravanas, que estão levando não apenas conhecimento, mas inspiração e troca de experiências a milhares de estudantes da região.
Placa
A diretora Marcia Hickmann recebeu uma placa do personagem “Por Que”concedendo à escola o título de “Embaixada do Meio Ambiente”. Logo depois da apresentação teatral, as autoridade fixaram a placa ne entrada da da instituição. A diretora lembra que em 10 de maio de 2024, a escola não pode celebrar o aniversário de 43 anos, porque as aulas tinha sido suspensas por conta da enchente. “Não tínhamos alunos, a escola estava vazia.” Este ano, o ânimo será outro e haverá motivos para comemorar os 44 anos.
ESCOLA FICA NO BAIRRO UNIÃO E FOI ATINGIDA PELA ENCHENTE DE 2024
LUCIANE ESCHBERGER FERREIRA
SEMANA SANTA E TIRADENTES
Feriado altera horário de funcionamento dos serviços na região
Bancos, escolas, prefeitura e postos de saúde estarão fechados de 18 a 21 de abril. Supermercados, hospitais e coleta de lixo devem funcionar normalmente ou com horário especial
As coletas de lixo orgânico e seletiva seguem com o cronograma normal de recolhimento em toda a cidade. Já os serviços da Prefeitura, como o Centro Administrativo e secretarias, estarão fechadas para atendimento ao público. As atividades retomam na terça-feira, 22. No calendário escolar, todas as escolas municipais e Projetos
s feriados de Sextafeira Santa, Páscoa e Tiradentes alteram o horário de atendimento de diversos serviços na região, entre os dias 18 e 21 de abril. Em Lajeado, os postos de saúde estarão fechados e em caso de necessidade de atendimento médico, os moradores devem se dirigir até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Os hospitais atendem normalmente em todo o Vale do Taquari.
Vida não terão aula nos dias 18 e 21 de abril. O comércio local também permanecerá fechado nos mesmos dias, porém, no sábado, a maioria das lojas do centro ficará aberta até às 17h. Bancos não abrem para atendimento ao público na SextaFeira da Paixão e Tiradentes. Da mesma forma, as compensações bancárias, incluindo a TED, também não serão efetivadas. O PIX, que funciona 24 horas todos os dias, incluindo feriados, poderá ser feito normalmente.
HORÁRIO DE ATENDIMENTO DOS MERCADOS IMEC LOJAS CENTRO, MONTANHA, SÃO CRISTÓVÃO E FLORESTAL
Sexta-feira 18/04 - 7h30min às 21h
Sábado 19/04 - 7h30min às 21h
Domingo 20/04 - FECHADO
Segunda-feira 21/04 - 7h30min às 21h
DESCO
Sexta-feira 18/04 - 8h às 20h –
Lajeado
Sábado 19/04 - 8h às 20h – Lajeado
LOJA PRAIA
Sexta-feira 18/04 - 8h às 20h30min
Sábado 19/04 - 8h às 20h30min
Domingo 20/04 - FECHADO
Segunda-feira 21/04 - 8h às 13h / 16h às 20h30min
PASSARELA SUPERMERCADO
SHOPPING LAJEADO
Sexta-feira 18/04 - 8h às 20h
Sábado 19/04 - 8 às 22h
Domingo 20/04 - FECHADO
Segunda-feira 21/04 - 8h às 20h
Para celebrar a força feminina
A Convenção As Gurias Semijoias reuniu representantes de todo o Vale do Taquari e de outras regiões do Rio Grande do Sul. O encontro ocorreu no sábado, 12, na Villa Bosco, em Lajeado, celebrando o empreendedorismo e o elo entre as mulheres. O evento incluiu palestra
com a consultora de moda Patrícia Herrmann, com a advogada Cândida Arend, com o consultor empresarial Ismael Bianchetti, e com a médica Maria Goretti. O momento ainda contou com o lançamento de um aplicativo para otimizar o trabalho das representantes.
Saúde e telas em debate
"Nossa Saúde depois das telas" foi o tema do “Fala, Aí! Unimed” dessa terça-feira, 15. O evento gratuito, promovido pela Unimed VTRP, busca conectar especialistas com clientes e comunidade. O evento ocorreu no Auditório da Unimed, em Lajeado. Os convidados foram os médicos Alex Terra - especialista em Psiquiatria e graduando em Filosofia, e Gabriela Pedó, especialista em Clínica Médica e em Neurociências, Educação e Desenvolvimento Infantil. O evento também terá edição especial em Santa Cruz do Sul, no dia 29 de abril.
Lisi Costa Leila Franz Bibiana Faleiro
Carine Prestes e Lisiani Fuhr
Daiana Wathier e Ana Cristina Kunzler
Gabriela Crsestani Pedó, Diana Di Domenico e Alex Terra
Tamara Stromm Vieira e Samara de Castro Pavanatto vieram de Teutônia para prestigiar o evento
EZEQUIEL NEITZKE
ezequiel@grupoahora.net.br
PRIMEIRA POLÊMICA
Atemporada 2025 do Regional Aslivata promete começar com polêmica. Em entrevista à Rádio A Hora, o presidente da competição, Vianei Hammes, antecipou que as diretrizes do campeonato serão definidas em reuniões previstas para a segunda quinzena de maio. Uma das mudanças que mais deve gerar discussão é a possível volta da antiga regra que proíbe a participação de atletas que assinaram súmula como profissional no ano vigente. No ano passado, o regulamento permitia que jogadores profissionais que atuaram apenas no primeiro semestre jogassem o certame amador no segundo. Agora, a ideia é retomar a regra original, vetando qualquer atleta com registro profissional no ano. A proposta preocupa clubes que já montaram seus elencos com nomes como Flávio Torres e Gustavo Sapeka. A indefinição gera incerteza e promete acirrar os bastidores antes mesmo da bola rolar.
NOVOS TALENTOS
O campeonato municipal de Nova Bréscia se encerrou no domingo passado. O que me chamou a atenção foi que na categoria aspirante os clubes eram obrigados a colocar jogadores com 15 anos ou menos em campo. O Imigrante jogou com os garotos Kauã dos Passos e Guilherme Schena, ambos de 12 anos. - coluna 1
OLHEM PARA OS ATLETAS LOCAIS
Temos vários campeonatos locais em andamento. Fiz um levantamento de quem são os artilheiros em cada categoria. Alguns casos como João Moura, Josué Almeida e Maicon Amorim, já estão acertados com clubes para o Regional Aslivata. Outros nomes, menos badalados dessa lista sequer foram procurados. Ou seja, vamos olhar mais para nosso Vale. Se os times de outras regiões vem buscar atletas aqui, qual o motivo de não inscrevermos os jogadores que fazem acontecer nos nossos municipais?
ROCA SALES
Titulares - João Moura (Botafogo)
Aspirantes - Alisson Carvalho (Copalto)
CANUDOS DO VALE:
Rodrigo Trombini (22 de Outubro)
NOVA BRÉSCIA
Aspirante: Paulo Delazeri (Atlético Caçadorense)
Titular: Cleiton Valer (Atlético Caçadorense)
IMIGRANTE:
Samuel Senna (Riograndense)
ARROIO DO MEIO
Aspirante: Pedro Heck (União) e Everton Kunzler (Rui Barbosa)
Titular: Josué Almeida (Rui Barbosa)
ESTRELA:
Maicon Amorim (Alto da Bronze) e Cristiano das Dores (Atlético Estrelense)
BOM RETIRO DO SUL: Allan Viana (Bom Retiro do Sul)
LAJEADO
Aspirante: Alisson de Oliveira (Brasil)
Titular: Isaque da Silva (Projeto Guarani) e Jordan Dutra (São José)
ENCANTADO: Ricardo Broncca (Cruzeiro)
COPA SERRANA
Aspirante: Eduardo Weber (São Luiz), William Mallmann (AERT), Leonardo Kronbauer (Santo Antônio) e Evandro Tomasi (Deodoro)
Titular: Maicon Amorim (São Luiz)
TAQUARI
Aspirante: Denilson (São José)
Titular: Bruno Costa (Juventude), Pipe (Taquariense) e Leozinho (São José)
BOQUEIRÃO DO LEÃO
Aspirante: Eder (São Roque)
Titular: João Moura (Esportivo)
PROGRESSO:
Joceir (Achados e Perdidos)
FUTEBOL AMADOR
FIM DE SEMANA DE POUCOS JOGOS NO VALE
Rodada será de definições em Boqueirão do Leão, Progresso e Putinga
Zique Neitzke ezequiel@grupoahora.net.br
Oferiadão de Páscoa será de pouco futebol no Vale do Taquari. O destaque fica para as últimas partidas da fase classificatória em Boqueirão do Leão,
Progresso e Putinga. Em Progresso, os jogos ocorrem no sábado e são pela categoria veterano. A última rodada da fase classificatória vai definir os confrontos semifinais. O primeiro a entrar em campo é o Flamengo Cabeceira de Tocas. O time necessita
Em Putinga, jogos são válidos pela última rodada da fase classi catória do força A
vencer o Amizade e ainda torcer para que haja um derrotado no confronto entre São João e Achados e Perdidos, caso o contrário, o time estará eliminado. No domingo, em Putinga, ocorre a última rodada da força A. Os classificados para semifinal já estão definidos, o que está em jogo são apenas as colocações. Tamandaré e Xarqueada disputam o primeiro lugar geral. Já em Boqueirão do Leão, Grêmio 5 de Junho e Esportivo disputam a última partida na fase classificatória. Ambas as equipes já estão classificadas para as semifinais. O Esportivo lidera e não perde mais a primeira colocação, já o 5 de Junho busca o êxito para terminar na segunda colocação. No aspirante, o 5 de Junho necessita vencer, qualquer outro resultado faz com que o clube seja eliminado.
SÁBADO
Progresso – veterano
Flamengo Cabeceira de Tocas x Amizade Morro Azul
São João x Achados e Perdidos
DOMINGO
Putinga
Tamandaré A x Rui Barbosa A Xarqueada A x Juventude A Boqueirão do Leão 5 de Junho x Esportivo
DIVULGAÇÃO
GRENAL 447 CLÁSSICO VOLTA A TER UM TÉCNICO INTERINO
Partida é a quarta entre os rivais em 2025. Até aqui foram dois empates e uma vitória do Inter
No quarto encontro entre os rivais no ano, Grêmio será comandado por James Freitas. Inter tem retorno de titulares importantes
Caetano Pretto caetano@jornalahora.inf.br
Oquarto encontro entre Grêmio e Internacional em 2025 promete ser o mais surpreendente pela mudança de rumo tricolor três dias antes do confronto. O GreNal 447 será disputado na Arena, neste sábado, às 21h. A Rádio A Hora prepara cobertura especial.
Gustavo Quinteros não resistiu a derrota vexatória por 4 a 1 para o Mirassol e foi demitido ainda na quarta-feira. Sem tempo hábil para anunciar um novo treinador, o Grêmio tem em Mano Menezes o nome favorito para ser o próximo comandante, mas terá James Freitas como técnico interino na partida.
Embora raro, um técnico interino em grenais não é novidade.
Na história recente do clássico houveram outras três ocasiões. A mais lembrada é de 2015, com o GreNal dos 5 a 0 e o comando interino de Odair Hellmann no Inter.
Outras duas ocorreram em 2012. Primeiro com o Roger Machado, no Grêmio. E depois com Osmar Loss, no Inter. Nas ocasiões, Roger conseguiu uma vitória, enquanto que Loss empatou em 0 a 0 na despedida do Olímpico. Com uma vitória, um empate e uma derrota para os interinos, a história mostra que não há muita lógica e tudo pode acontecer em um clássico.
MUDANÇAS NO GRÊMIO
A demissão de Gustavo Quinteros promete balançar também o elenco. James Freitas deve ser o responsável por comandar o Grêmio. Atualmente, ele é o auxiliar técnico permanente da equipe. O nome pode não ser comum para o torcedor gremista, mas James tem parte da sua carreira vinculada ao Tricolor. Primeiro, nas categorias de base e depois como auxiliar técnico de Roger Machado e de Renato Portaluppi.
CLASSIFICAÇÃO
Dentro de campo, a tendência é que o interino mantenha algumas ideias e a base da escalação de Quinteros, com possíveis trocas pontuais. Uma novidade é o retorno de Cristian Olivera, ausente nos dois últimos jogos.
O provável Grêmio tem: Tiago Volpi; João Pedro, Jemerson, Wagner Leonardo e Lucas Esteves; Camilo, Villasanti e Cristaldo; Amuzu, Kike Olivera e Braithwaite.
2012
PRIMEIRO GRENAL DE ROGER
O primeiro GreNal de Roger Machado como técnico de forma interina ocorreu em fevereiro de 2012, sucedendo Caio Júnior, demitido após apenas oito jogos. No Estádio Beira-Rio, o Grêmio venceu por 2 a 1 o adversário comandado por Dorival Júnior. Léo Gago abriu o placar. Leandro Damião empatou, e Kleber Gladiador marcou o gol da vitória tricolor. Um detalhe é que Roger comandou o Grêmio em outros dois grenais sem ser o técnico efetivo. Como auxiliar técnico, ele esteve a beira do campo em clássicos de 2011 e 2013.
2012
GRENAL DA DESPEDIDA DO OLÍMPICO
Coube a Osmar Loss ser o último técnico colorado a enfrentar o Grêmio no Estádio Olímpico, substituindo Fernandão. No dia 2 de dezembro de 2012, ele comandou o Inter no empate em 0 a 0 diante do Tricolor comandado por Vanderlei Luxemburgo, válido pela última partida do Brasileirão. O empate, além de frustrar a festa tricolor na despedida do icônico estádio, tirou o time da vaga direta para a fase de grupos da Libertadores
RETORNOS NO INTER
O Colorado também teve um choque de realidade no meio de semana ao perder o primeiro jogo no ano após 17 partidas de invencibilidade. Superado o primeiro revés, o Inter tenta manter a hegemonia recente nos clássicos, onde não perde para o rival desde maio de 2023. São sete jogos, com cinco vitórias e dois empates. Para o confronto, o técnico Roger Machado tem três retornos. Os zagueiros Victor Gabriel e Juninho, e o atacante Wesley.
INTERINOS NO GRENAL INTERINOS NO GRENAL
do ano seguinte. O jogo foi marcado ainda por um desentendimento entre o técnico interino do Inter e o zagueiro Saimon, do Grêmio.
2015
GRENAL DO 5 A 0
O jogo mais lembrado quando o assunto é técnico interino em clássico Gre-Nal. Em agosto daquele ano, o Inter recém eliminado da semifinal da Copa Libertadores para o Tigres decide demitir o técnico Diego Aguirre e criar um “fato novo” para o clássico que seria disputado na Arena três dias depois. Contra o Grêmio de Roger Machado, o Colorado comandado por Odair Hellmann sofreu uma das goleadas mais vexatórias da história do clássico. Luan, em duas oportunidades, Giuliano, Fernandinho, e Revér, contra, marcaram os gols.
O provável Inter tem: Anthoni; Aguirre, Rogel (Victor Gabriel), Vitão e Bernabei; Fernando e Bruno Henrique; Vitinho, Alan Patrick e Wesley; Valencia.
COBERTURA DO A HORA
A Rádio A Hora prepara cobertura especial com o Concentração abrindo às 19h direto da Arena. A Jornada Esportiva abre às 21h10min. Após o jogo, as entrevistas, análises e repercussão da partida seguem no Prorrogação.
RICARDO DUARTE/DIVULGAÇÃO
Sexta-feira
UMAS & OUTRAS
CARLOS MARTINI Administrador
Pra frente é que se anda
Foram 11 meses, ou 344 dias, conforme a referência, e a travessia sobre o Rio Forqueta na RS-130 está restabelecida. Até com maiores e melhores dimensões do que a anterior.
A obra deu muito pano pra manga, até em função de cronogramas iniciais otimistas demais para uma obra dessa envergadura, nevrálgica e absolutamente prioritária.
Mas, não vejo como negar agora os devidos méritos e conceder elo-
Não sei vocês, mas eu achei muito interessante o estudo inicial apresentado em primeira mão nesta semana para a estruturação de um futuro anel rodoviário aqui pelas bandas do Taquari.
É um dos principais “corações” logísticos do RS e uma iniciativa dessa envergadura precisa levar na devida consideração não só o tráfego local, mas todas as conexões com a malha viária estadual, com ramificações nacionais e até internacionais.
Sem falar no aproveitamento de infraestruturas já existentes e as em fase de implantação, topografia e geologia mais adequadas, relativamente distantes de conglomerados urbanos consolidados, e por aí a fora.
Já especulei em coluna anterior que a opção apresentada poderia ser a mais viável, considerando-se as RSs 130, 453, 129, 287, um “braço” de conexão com a Rota do Sol, a BR-386 via Transantarita, e um outro braço futuro, a ser implantado na rodovia federal “a cavaleiro” da atual travessia, já imaginado desde a década de 70, quando da implantação do chamado entroncamento hidro-rodo-ferroviário.
Sujeito a levar chumbo, mas deixo meu pitaco: pro meu gosto e salvo melhor juízo (técnico!), está no rumo certo.
Como diz o meu Cumpádi Belarmino: a bola foi colocada no centro do campo e não é quadrada, é redondinha e tem fundamento.
gios pela rápida recuperação dessa importante travessia, fundamental para a região e também para a logística estadual.
Muitas conversas e críticas foram solenemente por água abaixo...
DE PARABRISAS E RETROVISORES
Ser profeta do passado é posição muito cômoda, aí incluídas certas críticas aos sistemas disponíveis de mobilidade urbana, de drenagem pluvial, saneamento, redes de abastecimento de energia e água, comunicações, meio ambiente, ainda mais em educação, saúde, desenvolvimento econômico, e por aí a fora.
Os olhos do presente às vezes precisam ser lembrados do muito que foi feito no passado pra chegar onde estamos.
Será que quando foi implantada a então Estrada da Produção (BR-386) alguém reclamou que demorou uns meses ou anos a mais que o inicialmente previsto?
A transmissão oficial do comando no Sicredi Integração é digna de registro: méritos e respeito pra quem conduziu o bastão e prá os que estão assumindo.
A instituição é maior e certamente contará com o apoio de todos seus integrantes, independente de eventuais circunstâncias. Laços estreitados e reforçados com fidalguia, gostei de ver.
A nona botou uma placa na porta do bolicho: - Vendemos Fiado!
O nôno pragmático escreveu embaixo: - Somente para pessoas com mais de 90 anos, acompanhadas pelos avós.
MARCOS FRANK ARTIGO
Médico Neurocirurgião
Será que aprendemos a lição?
Esse texto foi escrito pouco tempo depois da grande enchente de maio de 2024. Naquela ocasião, dei voz ao rio na esperança de que os humanos o ouvissem e refletissem. Passado quase um ano da grande destruição, a pergunta que me faço agora que reconstruímos quase tudo é, será que aprendemos a lição?
“O
lá, eu sou o Rio Taquari, esse mesmo que banha tantas cidades e, às vezes, se modifica tanto. Sei que muitos de vocês ainda estão chateados comigo, mas permitam que eu me explique. Estou aqui desde o tempo em que não havia um nome para mim, eu simplesmente era. Acontece que como muitos de vocês eu também sou de ciclos, ora me encho, ora me esvazio. Sou assim, quer vocês queiram ou não, quer vocês entendam ou não.
Os primeiros humanos que apareceram nas minhas margens vocês chamam ainda hoje de índios, muitos de vocês sabem que essa nomenclatura é um terrível erro geográfico e histórico, mas quem sou eu para julgar. De toda forma, foram eles que primeiro me batizaram. Como tudo no país onde vivo, também as origens do meu nome são polêmicas. Há quem diga que o nome que ganhei dos “índios” foi Tibiquary (rio do barranco fundo) por causa dos barrancos das minhas margens e depois por redução virei taquary. Há quem defenda que o nome tacuara (devido as taquareiras das minhas margens) foi juntado a letra Y que significava rio. Assim virei taquary e mais tarde taquari.
Muitos desses índios que me batizaram foram reduzidos a nada: alguns deles se chamavam de ibiaiaras e habitavam minha margem esquerda, na minha foz viviam os patos e nas terras mais altas onde eu nasci viviam os carijós que falavam Guarani devido a contatos e migrações anteriores. Por isso foi fácil para os espanhóis quando aqui chegaram se comunicar com esses povos. Eles já conheciam a língua de suas invasões no Paraguai e usaram esse fator para fomentar guerras e rivalidades entre os habitantes das minhas margens. Só depois chegariam os portugueses, mudou a língua, mas a política de extermínio e ocupação seguiu a mesma.
Assisti a tudo calado, e foi assim que vi em 1635 o padre Ximenes e o padre Suarez explorarem minhas margens e descobrirem os povos que aqui viviam. Também vi os jesuítas serem expulsos e depois chegar um povo bruto chamado genericamente de “bandeirantes”.
Não achando ouro, prata ou diamantes, estes se contentaram em fazer escravos. Isso bem antes de eu avistar o primeiro negro. A primeira das povoações desse povo foi feita nas proximidades do que hoje vocês chamam de Santa Teresa. Só mais tarde chegaram os açorianos. Primeiro eles se assentaram em Santo Amaro, próximo à onde deságuo nas margens do Rio Jacuí e depois em Triunfo. Só um século depois, mais a oeste, surgiria a cidade com meu nome. Depois viriam ainda alemães e italianos.
Lembrem que nasço nos campos de cima da serra, próximo a Cambará do Sul, a 1.200 m do nível do mar com nome de rio das Antas e desemboco no Jacuí com apenas 30 m do nível do mar. Por isso posso crescer e acelerar terrivelmente quando chove forte na serra. Foi por isso que arrasei Muçum e Roca Sales recentemente. Posso ainda provocar nas minhas partes baixas grandes enchentes quando o rio Forqueta e seus afluentes enchem demais. Dessa forma peço que me perdoem pela destruição, mas não esqueçam que estou aqui muito antes de vocês e não tenho como mudar coisas da natureza que não dependem de mim, como as chuvas. Por isso que imploro mais uma vez: sejam racionais e evitem construir nas minhas áreas de inundação. Só assim poderemos conviver em paz.”
por Raica Franz Weiss
A Comenda do Moinho era um dos mais tradicionais eventos do Clube Sete de Setembro de Lajeado. Há 20 anos, a edição de 2005 era comandada por cinco casais e o tema era Uma Noite no
Copacabana Palace. O hotel, construído nos anos 1920 por Otávio Guinle, é um dos símbolos do Rio de Janeiro e do Brasil.
Para celebrar a brasilidade, a caipirinha fazia parte do
cardápio da noite, assim como o samba seria o ritmo da pista de dança. Por conta da homenagem, o Copacabana Palace presenteava o evento com um pacote de dois dias no hotel carioca para sortear entre os
Durante dois dias, a Secretaria de Saúde do Estado percorreu os municípios do Vale do Taquari para uma vacinação em massa contra a meningite meningocócica. Um total de 134,7 mil pessoas foram imunizadas.
Lajeado recebeu o maior número de doses, 49,2 mil, divididas
entre a sede e os distritos. Estrela ficou na sequência, com 26,4 mil imunizados e Encantado teve 16,3 mil. Em Arroio do Meio, em torno de 15 mil pessoas foram vacinadas, 8 mil em Muçum, 7,7 mil em Bom Retiro do Sul, 7,3 mil em Roca Sales e 4,8 mil em Cruzeiro do Sul.
Uma noite no Copacabana Palace
presentes na noite. Os comendadores daquele ano eram: Célia e Neri Paz, Paula e Adriano Bottezini, Magali e Ricardo Neutzling, Janice e Rogério Müller, e Vanessa e Sandro Duarte.
Mais de cem mil vacinados no Vale
Sexta-feira é Sábado é Domingo é
- Sexta-feira Santa
- Dia de Monteiro Lobato
- Dia Nacional do Livro Infantil
- Dia Mundial do Radioamador
- Dia Internacional dos Monumentos e Sítios
- Dia do Amigo
Santo do dia: Santo Apolônio
- Dia do Exército Brasileiro
- Sábado de Aleluia
- Dia dos Povos Indígenas
Santo do dia: Santo Expedito
- Páscoa
- Dia do Diplomata
- Dia do Disco
Santo do dia: Santa Inês de Montepulciano
Janice e Rogério Müller
Magali e Ricardo Neutzling
Paula e Adriano Bottezini
Célia e Neri Paz
Vanessa e Sandro Duarte A vacinação no Posto de Saúde do Centro de Lajeado, na rua Júlio May
HENRIQUE PEDERSINI
Jornalista
Argumentos que não convencem!
Otraquejo de jornalista nos capacita para diferenciar a justificativa plausível de quando a verdadeira explicação é ocultada. É sobre os projetos habitacionais voltados aos desabrigados pelas enchentes.
Que o trâmite está lento quase ninguém discorda. A diferença são os motivos.
Um dos fatores seria a troca de governos municipais em meio a criação dos projetos a serem
protocolados. Os prefeitos locais não entendem assim. O contato mais frequente dos líderes do Vale é o prestativo Maneco Hassen. O ex-prefeito de Taquari e representante do governo federal no RS não “foge da briga”. Participa dos processos e abre vários caminhos.
A burocracia na liberação das áreas suheridas pelos municípios trava nos requisitos da Caixa Econômica Federal e no Ministério da Habitação. Temos inúmeros anúncios, alguns até repetidos. O
que não se vê é tijolo e cimento no volume esperado para devolver dignidade para quem perdeu seu abrigo nas enchentes, inclusive a de 2023.
Nenhum dos argumentos convence o suficiente para explicar a demora na construção das casas. Seja a falta de agilidade pelos setores responsáveis dos municípios, a burocracia nos trâmites bancários ou nos departamentos do governo federal, precisamos resolver e logo!
Alerta de polêmica em Lajeado!
De todos os projetos protocolados na câmara de Lajeado nos últimos meses, o mais polêmico deles inicia sua tramitação na próxima terça-feira na reunião das comissões permanentes. É quando teremos as primeiras manifestações oficiais dos demais 14 vereadores sobre o polêmico assunto das cotas raciais em concursos públicos organizados pelo município.
O tema é sensível e não acredito que seja esgotado em poucas sessões. É possível até que as sessões em
que o projeto estiver em pauta sejam marcadas por plenário cheio e manifestações.
A autora é a professora Rosane Cardoso (PT), que garante a legalidade do projeto no aspecto jurídico.
A articulação política é outra etapa e acredito que seja necessário reverter o posicionamento, por hora de bastidores, de alguns dos vereadores.
Nas redes sociais o tema rendeu, com comentários pertinentes e outros mais raivosos. De qualquer forma, é mais uma polêmica no Legislativo de Lajeado.
Rapidinho...
- Andrea Haetinger retorna ao quadro de servidores da administração pública de Lajeado. A advogada ligada ao PSDB integra a Secretaria Municipal da Cultura, Esporte, Lazer e Turismo no cargo de Cooperadora de Departamento. Andrea tem experiência na organização de eventos como a Semana Farroupilha e demais programações atreladas à secretaria.
ROGÉRIO WINK
Empreendedor e comunicador, apresentador do programa “O Meu Negócio”, da
Depósito não vende
Recentemente, em uma visita como cliente a um grande estabelecimento varejista de autoatendimento, tive a oportunidade de conversar com o gestor sobre um dos maiores desafios do setor: a integração eficiente da cadeia logística. O processo que envolve a análise de estoque, negociação com fornecedores, armazenamento no depósito e reposição na loja, isso tudo precisa funcionar como um relógio suíço para garantir que os produtos estejam disponíveis no momento certo e na quantidade adequada para o consumidor.
Durante nossa conversa, ele utilizou uma expressão que resume bem essa dinâmica: “depósito não vende”. Em outras palavras, a mercadoria precisa sair do estoque e chegar à prateleira para que a venda aconteça. Não basta comprar os produtos certos; é essencial garantir uma reposição rápida e eficiente para atender o cliente no momento exato em que ele busca pelo item.
Caso contrário, a experiência do consumidor é comprometida, podendo resultar na perda da venda para a concorrência.
O consumidor atual está cada vez mais exigente e impaciente, e um dos fatores críticos para sua satisfação é o tempo. Ele deseja encontrar o que procura sem dificuldades ou espera. Isso impõe um desafio constante ao varejo, especialmente para empresas de grande volume, que lidam com milhares de itens e precisam de um fluxo operacional impecável. A gestão logística vai muito além da armazenagem; envolve planejamento, tecnologia, pessoas capacitadas e um layout bem estruturado para otimizar o deslocamento das mercadorias.
A pandemia deixou ainda mais evidente como a logística é um dos principais diferenciais.”
A pandemia deixou ainda mais evidente como a logística é um dos principais diferenciais para o sucesso de um negócio. Empresas que conseguiram manter um abastecimento eficiente se destacaram e conquistaram a fidelidade dos clientes. No Brasil, esse desafio é ainda maior, devido às dificuldades de infraestrutura, distâncias continentais e escassez de mão de obra qualificada. Dessa forma, quem conseguir dominar essa engrenagem e garantir um fluxo ágil e eficiente se diferenciará no mercado. As novas tecnologias disponíveis estão se tornando um apoio ultra necessário mas sem pessoas disponíveis e preparadas não roda.
Por outro lado, empresas que não se atentam a essa dinâmica acabam enfrentando grandes problemas. Mercadorias paradas em estoques, atrasos na reposição e prateleiras vazias resultam em perdas financeiras e insatisfação dos clientes. A vantagem competitiva, portanto, está em transformar a logística em um ponto forte.
Felizmente, o gestor com quem conversei compreende bem essa necessidade e investe constantemente em melhorias para garantir um atendimento de excelência. Ele sabe que varejo é serviço, e um serviço de qualidade começa pela disponibilidade dos produtos. Afinal, de nada adianta um depósito cheio se os produtos não chegarem às mãos do consumidor no momento certo. Realmente, o depósito, por si só, não vende.
HENRIQUE PEDERSINI
Sexta-feira e Fim de semana, 18, 19 e 20 abril 2025
Fechamento da edição: 18h
MÍN: 16º | MÁX: 30º O tempo na sexta-feira fica firme na maior parte do dia e o sol aparece no Vale.
Para além do
diagnóstico
Marcado pela cor azul, o mês de abril traz à tona a necessidade de informação sobre o autismo, para transformar a empatia em respeito e inclusão
4 e 5
Informação, inclusão e inovação
Abril é o mês da conscientização sobre o autismo, um momento simbólico que nos convida, mais uma vez, a refletir sobre como a sociedade compreende e acolhe as pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Mas essa conversa não pode, e nem deve, se limitar ao calendário. Falar sobre autismo é necessário o ano todo, nos consultórios, nas escolas, no trabalho, nos meios de comunicação e, sobretudo, nas políticas públicas.
O Brasil já tem mais de 2 milhões de pessoas com TEA, segundo estimativas.
Ainda assim, a desinformação sobre o espectro é uma das maiores barreiras à inclusão. Muitos ainda acreditam em estereótipos ou têm dificuldade de reconhecer que o autismo é um espectro amplo e diverso, que inclui desde pessoas com alta demanda de apoio até aquelas que são autônomas e ativas em todas as esferas sociais. No campo da saúde e da educação, a tecnologia vem se consolidando como uma aliada poderosa. Aplicativos de comunicação alternativa, plataformas adaptadas de ensino e sistemas de diagnóstico mais precisos estão ajudando a personalizar o atendimento, respeitando as necessidades de cada indivíduo com TEA.
Mas não há avanço tecnológico que compense a falta de empatia e preparo social. Inclusão real não acontece apenas com rampas de acesso e leis, mas com escuta ativa, representatividade e respeito às singularidades. Falar sobre o autismo é uma responsabilidade coletiva. Boa leitura!
Fé e arte para aproveitar o feriadão de Páscoa
Encontro de escoteiros
Lajeado será palco do maior encontro de crianças escoteiras do país. Entre os dias 18 e 21 de abril, no feriado estendido de Páscoa, o município recebe a quarta edição do Acantonamento Geral de Alcateias Amigas do RS (Agaars). Organizado pelos Escoteiros do Brasil –RS, o maior acantonamento para alcateias será celebrado com o tema “O mundo mágico de Harry Potter”. As mais de 750 crianças entre 6,5 e 11 anos participantes irão interagir com a fantasia criada para o evento e confraternizar, vivenciando diferentes experiências. O Ramo Lobinho, como é chamado dentro do escotismo o que contempla essa faixa etária, concentrará suas atividades no Parque do Imigrante.
Não há avanço tecnológico que compense a falta de empatia e preparo social”
EXPEDIENTE
Textos: Bibiana Faleiro
Muçum - A tradicional Paixão de Cristo de Muçum tem contagem regressiva para a apresentação em 18 de abril, às 19h30min, na Praça da Matriz. Após um hiato em 2024, devido às enchentes que afetaram a região, os ensaios foram intensifi cados e reúnem cerca de 70 atores voluntários. Este ano, a grande novidade é a introdução de uma músicatema inédita, intitulada “A Esperança em Muçum”. Com letra escrita pelo diretor do espetáculo, Ranieri Zilio Moriggi, e melodia criada com o auxílio de
Páscoa Encantada em Colinas
A programação da Páscoa Encantada do município segue nesta sexta-feira, 18, e sábado, 19, com caça ao ninho, oficina de contação de histórias e apresentações teatrais. Essa é considerada a principal atração do calendário anual de eventos da cidade e possui uma agenda com caça ao ninho, contação de história, shows e oficinas, tanto na Praça dos Pássaros, quanto na Praça Zoo Vegetal.
Inteligência Artifi cial, a canção aborda a fé, a superação e a resiliência da comunidade após as enchentes.
Arroio do Meio - Ainda, ocorre na sexta-feira, 18, às 19h, a 28ª edição da Paixão de Cristo em Forqueta, Arroio do Meio, no Cenário da Lagoa.
T eutônia - Já no sábado, 19, será feita a Encenação da Paixão de Cristo na Linha Germano, em Teutônia, a partir das 19h30min.
Diagramação: Lautenir Azevedo Junior Coordenação e edição: Felipe Neitzke
Paixão de Cristo
OBESIDADE X METABOLISMO
Além das calorias
Mais do que um desequilíbrio calórico, a obesidade é uma doença crônica, multifatorial e progressiva, que exige abordagem médica individualizada e contínua
Em uma sociedade que ainda associa o peso corporal à força de vontade, especialistas reforçam: a obesidade é uma doença crônica, complexa e multifatorial. Trata-se de uma condição de origem biológica, influenciada por fatores genéticos, hormonais, comportamentais e ambientais. E, nesse contexto, obesidade e metabolismo convivem em complexidade. Para a endocrinologista Ramona Fernandes Reckziegel, o diagnóstico da obesidade não deve ser encarado como um julgamento moral, mas como um alerta para o risco aumentado de complicações a partir da condição. Entre eles, doenças cardiovasculares,
diabetes tipo 2, apneia do sono, infertilidade e até mesmo câncer.
Segundo dados da Diretriz Brasileira de Obesidade 2024, mais de 55% da população brasileira vive com excesso de peso. O número de pessoas com obesidade triplicou nas últimas quatro décadas, transformando-se em um dos maiores desafios de saúde pública atual.
Ramona destaca que, ao contrário do que se imagina, a explicação para esse cenário vai muito além do sedentarismo ou de hábitos alimentares inadequados. O metabolismo, conjunto de reações químicas que sustentam a vida, costuma ser citado como o “vilão” por quem
enfrenta dificuldades para perder peso. Mas ele é apenas uma parte de um sistema regulatório mais amplo. Segundo a profissional, a taxa metabólica de repouso, que representa a energia gasta para manter as funções vitais em descanso, é modulada por fatores como idade, composição corporal, sexo, hormônios,
Ramona Fernandes Reckziegel endocrinologista Pessoas com obesidade não têm, necessariamente, metabolismo lento.”
qualidade do sono e até o histórico de dietas restritivas. Ela também desmistifica: “pessoas com obesidade não têm, necessariamente, metabolismo lento”. Em muitos casos, explica, o gasto energético é até elevado, pelo esforço do corpo para manter a massa corporal aumentada. No entanto, ao iniciar um processo
de emagrecimento, o corpo aciona mecanismos de proteção, que dificultam a manutenção da perda de peso. “É como se o organismo tentasse economizar energia, reduzindo o metabolismo basal, aumentando a fome e diminuindo a saciedade”. Reeducação alimentar, prática de atividade física, preservação da massa muscular, sono de qualidade e manejo do estresse são estratégias para tratar a condição.
Conhecer para incluir
Abril Azul reforça a importância da informação para combater o preconceito, garantir diagnósticos precoces e promover a autonomia de pessoas com o transtorno
Logo que acorda, Maira Gisele Nonnemacher, 38, vai checar os filhos. Ajuda a se vestirem, e prepara os pequenos para a escola antes de começar o dia. A lajeadense descobriu o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) de Arthur Miguel Stein, 8, e João Miguel Stein, 7, quando os dois ainda eram bebês e, desde então, lida com os desafios e as conquistas diárias dos pequenos.
A empresária já tinha duas filhas, Bruna Gisele Bastos, 17, e Rafaela Gisele Stein, 11. Assim que Arthur nasceu, Maira percebeu que o desenvolvimento do
pequeno era diferente das meninas. Com fala tardia e alguns comportamentos como irritação, ela foi procurar ajuda.
“Os médicos falavam que o menino se desenvolveria mais tarde. Mas eu sempre ficava com a dúvida. Quando ele fez um ano, ainda não falava, só algumas palavrinhas e daí comecei a ir atrás”.
Em seguida, nasceu João Miguel. E os dois meninos começaram a apresentar comportamentos semelhantes. Foram diferentes exames até o diagnóstico. Segundo Maira, na época, as pessoas tinham receio de falar sobre o autismo.
Quando recebeu o
A gente busca trazer informação para as pessoas terem mais conhecimento e, com isso, a gente almeja ter mais respeito”
Fernanda Gabriel, neuropediatra
diagnóstico, ela conta ter sido prática e procurou entender o que precisava fazer em seguida. O primeiro passo foram as terapias. Mas ela também aprendeu que o estímulo deve vir de casa.
Acolhimento
Maira entende a inclusão muito mais como empatia pelas famílias de crianças autistas. Ela afirma nem sempre ser o ideal colocar um
pequeno com o transtorno em uma escola regular. Por isso, destaca o trabalho da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), local onde os dois filhos frequentam, como um espaço próprio para o desenvolvimento deles. Ela também acredita que pessoas com autismo devam ser estimuladas à autonomia e não tratadas como crianças para a vida toda. “O preconceito começa em casa. A partir do momento que tu tratar o teu filho igual, tu vai ver o quanto ele vai evoluir. Tu tem que pôr limite, tem que ensinar o que é certo e o que é errado e, acima de tudo, não ter preconceito”.
Para os pais, ela ainda sugere terapias e união. “A criança autista sem o pai e sem a mãe, fica perdida. Então, se os dois não estiverem vivendo em harmonia, a criança não vai evoluir”. Nesse processo, destaca o apoio do companheiro Lennon Ismael da Rosa, 35.
Os desafios são diários.
Maira cria dois filhos com autismo e descreve os desafios diários de quem convive com o diagnóstico
Mas o amor dela pelos pequenos faz com que ela também priorize a sua saúde para poder cuidar dos dois. O maior desejo de Maira é vê-los crescer felizes e com autonomia.
Consciência
Marcado pela cor azul, o mês de abril serve para trazer consciência sobre o
Exemplo aos mais novos
No tatame, Eduardo Friedrich, 40, ensina mais do que os movimentos do jiu jitsu. Ele também ensina sobre empatia e inclusão. Diagnosticado com autismo e Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) já adulto, o arroiomeense aprende a lidar com a condição e ensina outras famílias a fazerem o mesmo, incluindo o filho, que também apresenta a neuro divergência.
Ele conta que não iniciou no esporte pelo autismo, mas o jiu jitsu o auxiliou nesse processo de autoconhecimento e é por isso que se dedica, hoje, a ser professor. “Entre as características do autismo, está a baixa autoestima, a falta de coragem, a falta de confiança. O jiu jitsu mudou a minha vida”, afirma. Friedrich começou a se destacar no esporte, com o primeiro lugar em
campeonatos, e as medalhas significaram confiança e impulso para ele. Hoje, o profissional também organiza um dos maiores campeonatos gaúchos. O professor percebe, hoje, uma sociedade mais adequada às diferenças. “Eu vejo que daqui a 10 anos, a sociedade vai ter mais padrões estabelecidos na saúde, para as pessoas saberem lidar com o autismo”.
Eduardo já atuava com crianças autistas antes do diagnóstico
autismo. E, neste ano, o tema é “informação gera empatia, e empatia gera respeito”. A neuropediatra Fernanda Gabriel reforça a longa caminhada de inclusão necessária sobre o assunto e destaca os desafios de quem convive com o transtorno. “É uma batalha diária. A gente busca trazer informação para as pessoas terem mais conhecimento e, com isso, a gente almeja ter mais respeito”.
A profissional destaca o maior número de diagnósticos nos últimos anos e afirma que essa realidade está relacionada ao maior acesso às características do transtorno, além de modificações desse processo.
Segundo Fernanda, o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, chamado DSM, auxilia nessa identificação, já que não existem exames específicos
para detectar essa condição dos pacientes. “O autismo não é uma doença, é um comportamento, e daí temos esse manual que nos orienta sobre os critérios para essa identificação”. A profissional ainda observa uma mudança importante nesse documento, que facilita o diagnóstico. “Antes era transtorno global do desenvolvimento. Para enquadrar o autismo nesse diagnóstico era muito mais difícil. Hoje, a gente tem o espectro, que mostra variabilidade, que mostra que cada ser é único, individual e que vamos ter diferenças”. A evolução também veio nos consultórios. Conforme comenta Fernanda, há 10 anos, não se falava no transtorno. Essa realidade também mostra adultos com diagnósticos tardios.
Aponte a câmera para o QR Code e confira o programa Saúde em Dia
Equilíbrio
O autismo possui tratamentos, que incluem uma equipe multidisciplinar, a fim de fornecer os principais estímulos ou necessidades de cada paciente. Fernanda alerta para a importância da intervenção precoce para o desenvolvimento das crianças, mas também reforça o cuidado para que a infância não seja perdida nesse processo. “Ter esse meio termo entre uma agenda cheia de terapias e o tempo para ser criança”. O psicopedagogo Ezequiel Marques Junior reforça que,
Saiba mais
Autismo não é doença: o autismo é um transtorno relacionado a um atraso no desenvolvimento do indivíduo. Por se tratar de uma condição e não uma enfermidade, desde a década de 90 não se usa mais o termo “autista”, mas sim “pessoa com autismo” ou “pessoa com transtorno de espectro autista”.
O Transtorno não tem características específicas: possui diferentes graus e se manifesta de diversas maneiras.
A interação social ajuda na melhoria dos sintomas: algumas pesquisas já comprovam que o meio ambiente contribui bastante para o desenvolvimento da criança com autismo.
Na maioria dos casos, os sintomas se atenuam com a idade: pessoas com autismo conseguem desenvolver mecanismos de adaptação, fazendo com que os sintomas sejam atenuados.
logo após o diagnóstico, a preocupação dos pais é sobre o nível de desenvolvimento da criança. Ele destaca diferentes níveis de suporte necessários a um paciente com autismo e reforça sempre a possibilidade de evolução e certa autonomia. “A criança vai precisar de mais ou menos estímulo, dependendo do nível de funcionalidade, para conseguir ler, escrever, por exemplo”. O profissional afirma que as terapias são importantes nesse caminho.
Espaço qualificado
Desde o ano passado, a Apae de Lajeado tem um espaço ainda mais qualificado e preparado para os diagnósticos de pessoas com autismo, entre outros transtornos. Chamado de clínica de saúde “Espaço A”, o serviço conta com equipe de neuropsicólogos,
neuropsicopedagoga e psicopedagoga, para as avaliações cognitivas. Entre os profissionais, está a neuropsicóloga Camila Mendes Vieira da Silva. “A gente acolhe muitas famílias que vem com a hipótese desse diagnóstico, além de outros transtornos do desenvolvimento. A gente visualiza hoje uma demanda maior, pela facilidade de ter acesso ao entendimento do que é o autismo, e do diagnóstico”. No espaço, é traçado um perfil cognitivo e desenvolvidas estratégias de acordo com a demanda. A profissional afirma que os sintomas podem variar de um bebê para outro, e a presença de um ou mais deles não significa automaticamente que a criança tenha autismo. Camila percebe que com bom acolhimento e escuta sensível é possível fazer um bom acolhimento das famílias.
Camila Mendes Vieira da Silva, neuropsicóloga Ezequiel Marques Junior, psicopedagogo
Vale se consolida como
referência em saúde no estado
Diante da responsabilidade, também surgem os desafios, como mão de obra, tecnologia e qualidade de vida aos profissionais
Com uma estrutura hospitalar em constante evolução, formação acadêmica de excelência e um forte espírito comunitário, o Vale do Taquari se destaca como
uma referência em saúde no Rio Grande do Sul. A região, que antes importava mão de obra qualificada, hoje forma seus próprios profissionais, e investe em tecnologia de ponta para garantir
atendimento de qualidade.
O cenário atual, no entanto, impõe desafios: manter os talentos na região, adaptarse às novas exigências das gerações e acompanhar a evolução tecnológica. Em meio a esse contexto, a união entre hospitais, universidades, escolas técnicas e municípios tem se mostrado um caminho promissor.
O Hospital Bruno Born (HBB), de Lajeado, é um dos protagonistas dessa transformação e se consolida também como uma das instituições de saúde mais qualificadas do país. Pelo quinto ano consecutivo, a casa de saúde figura na lista dos melhores hospitais do mundo, ocupando a 60ª posição no Brasil e a 8ª no RS.
“Isso não acontece por acaso. Foi fruto de planejamento, investimento e, principalmente, da decisão de formar nossa própria mão de obra”, destaca o diretor do hospital, Marcos Frank.
“Mesmo antes da medicina na Univates, já sabíamos que sem profissionais formados aqui, não teríamos como avançar”, completa.
Hoje, além de residências médicas e multiprofissionais, o hospital já colhe frutos da parceria com a Univates. “Temos médicos formados aqui que atuam no nosso hospital. Deixamos de ser importadores para sermos
Mesmo antes da medicina na Univates, já sabíamos que sem profissionais formados aqui, não teríamos como avançar.”
Marcos Frank, diretor do HBB
formadores de talentos.”
Diretor administrativo da Univates e vice-presidente da Fuvates, Júnior Roberto Willig destaca que a força está na cultura de cooperação. “Ninguém caminha sozinho. Essa mentalidade vem do nosso histórico de cooperativismo, das redes que se formaram entre universidade, hospitais, municípios e escolas”, afirma. A formação em saúde tem crescido na Univates, especialmente após o início do curso de Medicina, em 2014. “Hoje temos 635 estudantes de medicina. Em 2024, formamos 78 médicos. Muitos permanecem na
Ninguém caminha sozinho. Essa mentalidade vem do nosso histórico de cooperativismo.”
Júnior Roberto Willig, vice-presidente da Fuvates
região, integrando a rede de saúde pública e privada.”
Formação técnica
Com essa mesma necessidade por formação, desde 2015, o Colégio Evangélico Alberto Torres (Ceat) voltou a investir em cursos com foco na área da saúde. A coordenadora do curso Técnico em Enfermagem, Patrícia Miotto, destaca que a iniciativa nasceu de uma escuta atenta às demandas regionais.
“Percebemos junto ao HBB, que havia uma carência de técnicos de enfermagem na região. A formação local não supria a demanda. Assim nasceu a parceria entre o Ceat e o HBB, que oferece bolsas de estudo e facilita o acesso ao curso para quem já atua no hospital”, conta. O curso técnico se destaca por ser mais rápido que uma graduação e ter alto índice de empregabilidade. “Nossos alunos já saem praticamente empregados. Muitos têm vaga garantida antes mesmo da formatura, seja no HBB, em clínicas, postos de saúde ou laboratórios”, ressalta Patrícia. Ela ainda reforça que a conexão com o mercado de trabalho é fortalecida com estágios e vivências práticas desde o início do curso.
DIVULGAÇÃO
Juliette Carvalho, nutricionista
Aproveitamento integral dos alimentos: um caminho sustentável e nutritivo
Oaproveitamento integral dos alimentos é uma prática que alia consciência ambiental, economia doméstica e saúde. Consiste em utilizar todas as partes comestíveis dos alimentos — como cascas, talos, sementes e folhas — que muitas vezes são descartadas sem necessidade. Além de reduzir signifi cativamente
o desperdício, essa abordagem promove uma alimentação mais rica em nutrientes e contribui para a sustentabilidade do planeta. De acordo com a nutricionista Juliette Carvalho, do ponto de vista nutricional, partes como cascas de frutas e talos de vegetais são ricas em fi bras, vitaminas, minerais e compostos antioxidantes. A casca da banana, por
exemplo, pode ser utilizada em bolos e farofas, e é uma fonte de potássio e fi bras. Já os talos da couve e da beterraba podem enriquecer sopas, caldos e refogados, aumentando o valor nutritivo das preparações.
Adotar o aproveitamento integral é também uma forma de economia, já que se extrai o máximo de benefício dos alimentos comprados. “Com criatividade e informação, é possível transformar sobras e partes normalmente descartadas em pratos saborosos, nutritivos e sustentáveis”, destaca Juliete.
A profi ssional afi rma que aproveitar os alimentos de forma integral é um ato simples, mas poderoso. “É uma escolha que impacta positivamente a saúde, o meio ambiente e o bolso, e que contribui para um futuro mais equilibrado e responsável”.
RECEITA
Antepasto de berinjela de panela
- 1 cebola picada
- 3 dentes de alho picados
- 1 pimentão vermelho picado em cubos
- 1 pimentão amarelo picado em cubos
- 3 berinjelas médias (com casca) picadas
- 1/3 xícara de chá de azeitonas picadas
- 1/2 xícara de chá de uvas passas brancas
- 1 colher de sopa de orégano
- 1 colher de chá de sal
- Folhas de manjericão e tomilho
- Pimenta-do-reino a gosto
- 3 colheres de sopa de vinagre branco
- 1/2 xícara de chá de azeite de oliva
Modo de preparo:
Cozinhe a batata em cubos com sal e deixe esfriar fora da água. Cozinhe o peixe em um pouco de água com uma pitada de sal. Desfie o peixe, tirando os espinhos. Refogue a cebola no azeite, coloque o peixe desfiado e o cheiro verde. Amasse as batatas (como se fosse fazer um purê) coloque o peixe e a pimenta, junte o ovo e misture bem. Com uma colher, faça bolinha e asse no forno.
365 VEZES NO VALE
365vezesnovaledotaquari@gmail.com
FÁBIO KUHN
Encontro de Carros
Antigos e Paixão de Cristo movimentam Muçum
Ofim de semana será agitado em Muçum. A Princesa das Pontes organiza dois eventos que prometem atrair milhares de pessoas. Para sexta-feira, dia 18, está programada a tradicional Paixão de Cristo. Com participação de 70 atores voluntários, o evento inicia às 19h30min na Praça da Matriz. A grande novidade desse ano é a introdução da música-tema intitulada “A Esperança de
Muçum”.
A encenação foi reformulada em 2025 com episódios inéditos dos milagres e calvário de Jesus. A ideia é proporcionar uma experiência ainda mais impactante e profunda indo além da crucificação e ressurreição de Cristo. O evento é gratuito, sendo recomendado ao público se agasalhar bem e levar cadeiras.
Tem organização da Associação Muçunense de Arte (Ama) e apoio do governo municipal.
Páscoa no Boulevard Encantado
O Boulevard Encantado está decorado para a Páscoa. No Jardim dos Coelhos, a magia ganha vida. O ambiente está aberto à visitação de quarta a domingo com entrada gratuita. O complexo turístico conta ainda com ampla programação cultural e o cinas voltadas ao público infantil.
Sexta-feira, 18 de abril
• 12h30 às 16h30 – Caça ao ninho e pintura facial
• Durante o dia – Gastronomia especial com peixe e frutos do mar
• 19h00 – Show com Elisandro Tatu
Sábado, 19 de abril
• 12h00 – DJ Augusto Graziola
• 15h30 – Espetáculo de mágica com Bruno Mariotti (com participação do coelho mascote)
• 16h00 – O cina de decoração de biscoitos
• A partir das 16h30 – Festival Sul Universal, com:
- Uiliam Michelon Quarteto
- Adriano de Los Santos & Trio Maurício Marques
- Felipe Alvares
- Valdir Verona
Domingo, 20 de abril
• 15h00 – Espetáculo teatral “Aventuras do Coelho”
• 17h00 – O cinas infantis:
- Mini telas em aquarela
- Coelho na colher
- Coelho saltitante
• 17h00 – Show com Rodrigo Jeager
• 19h30 – Show com a banda Three Gees (tributo aos Bee Gees)
Encontro de Carros Antigos
Para o domingo, a partir das 8h30min, os apaixonados por nostalgia automotiva são convidados a participar do 7ª Encontro de Carros Antigos de Muçum. Sem custo de entrada, ocorre nas imediações da Praça da Matriz.
Conforme os organizadores, estimativa é que duas mil pessoas circulem pelo local durante o dia. Até o momento, já está confirmada a participação de veículos de 40 cidades, sendo que a expectativa é contar com cerca de 300 automóveis antigos expostos. O custo para expor é de R$ 40,00 com direito a recebeu um kit do evento.
A estrutura do evento conta com praça de alimentação, food truck, kombi do chope e ervateira no local. Para as crianças, haverá brinquedos infláveis, minifusca, além do parque infantil localizado junto à praça. Para completar a programação, duas bandas sobem ao palco com música ao vivo na tarde.
Cerca de 70 atores voluntários participam da encenação. Foto foi feita após o ensaio do último domingo
Organização aguarda cerca de duas mil pessoas para o evento
Jardim dos Coelhos é atrativo para quem visitar o Boulevard Encantado
