A Hora – 29/07/2025

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TARIFA TRUMP

ANÁLISE, CURADORIA E OPINIÃO DE VALOR

Terça-feira, 29 julho 2025 | Ano 23 - Nº

Contratos suspensos e apreensão

Sexta-feira, 1º de Agosto. Na semana em que marca a cobrança adicional americada a compras de produtos brasileiros, o governo tenta negociar, com a presença do chan-

celer Mauro Vieria, em Washington. Na região, de janeiro a junho, exportações aos EUA somaram US$ 119,1 milhões, que representa 15,6% do total.

Taxa de 50% é dada como certa pelas empresas PÁGINAS | 6 e 7

OPINIÃO | HENRIQUE PEDERSINI

Decreto tenta regrar ambulantes

Prefeita Gláucia Schumacher revisa norma para vendas nas ruas e amplia restrições.

OPINIÃO | LUCIANA FERREIRA

Preservação com a conta no vermelho

Consumo de água, alimentos, energia e biodiversidade em um ano supera a capacidade de produção no planeta.

EXEMPLO DE FÉ Procissão reúne 1,5 mil veículos

Mesmo com chuva, homenagem a São Cristóvão em Lajeado foi motivo de festa entre os fiéis. Na paróquia dedicada ao Santo, almoço festivo teve lotação máxima.

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de 2,9 mil candidatos fizeram a prova na Univates. Empresa divulgou ontem gabaritos provisó-

rios. Expectativa da administração municipal é que primeiras nomeações ocorram no fim do ano. CERTAME EM LAJEADO

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JÉSSICA R. MALLMANN
LUCIANO NAGEL/DIVULGAÇÃO

A iminente elevação das tarifas sobre produtos brasileiros nos Estados Unidos, com efetivação prevista para sexta-feira, representa um ponto de inflexão na economia. A ausência de avanço nas negociações gera um cenário de apreensão. A alíquota, que pode superar 60% em alguns itens, inviabiliza muitos negócios. Na região, o impacto recai sobre setores como gordura animal, farelo para alimentação, tabaco e artefatos de ferro, aço, doces e móveis. Nos negócios, empresas e compradores buscam alternativas para absorver o custo extra, considerando reduzir o preço de venda, dividir os encargos ou, em casos extremos, cancelar contratos.

De janeiro a junho, o Vale do Taquari exportou mais de US$ 763 milhões, com um saldo comercial positivo de US$ 673,4 milhões.

De janeiro a junho, o Vale do Taquari exportou mais de US$ 763 milhões, com um saldo comercial positivo de US$ 673,4 milhões. Desse total, US$ 119,1 milhões, ou 15,6%, foram direcionados aos Estados Unidos. Municípios como Cruzeiro do Sul, Venâncio Aires e Imigrante lideram as vendas para o mercado americano.

Em nível macroeconômico, a imposição das tarifas dos EUA ao Brasil inserese em um contexto de incertezas globais, com reflexos diretos na balança comercial do país e do Rio Grande do Sul. Para além das razões, o cenário exige união e pragmatismo. A iminente tarifação impõe um desafio substancial, afetando diretamente empregos e cadeias produtivas. É fundamental reaproximar o diálogo e formas de mitigar os impactos.

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Diretor Executivo: Adair Weiss

Diretor Editorial e de Produtos: Fernando Weiss

“Estamos animados com nosso momento e ansiosos por lançar novas músicas”

OlajeadenseJoãoPedro Fell, 29, divide a rotina entreaarquiteturaea música.Vocalista da banda Junipero,elefalasobre omomentodogrupo,o lançamentodoprimeiro singleautoraleoque esperadofuturonamúsica.

Como e quando surgiu a Junipero?

A Junipero começou a tomar forma em 2018, a partir de encontros de alguns de nossos integrantes para tocar músicas que gostávamos, principalmente de artistas da década de 80 e 90, como Queen, The Cure, David Bowie e The Smiths. Aos poucos fomos incorporando mais músicos e começamos a tocar em bares e festas. Estamos com nossa formação atual desde 2021. Fazem parte da banda eu, Leonardo Sulzbach, Rodrigo Johann, João Antônio Sulzbach e Pablo Henicka.

Como vocês definem a banda?

De início definimos nossa estética sonora a partir dos sons do nosso repertório de shows, com uma forte presença do Pop Rock dos anos 80. A nossa fase autoral já traz outra cara, onde trouxemos outras influências para as nossas músicas e buscamos um som mais moderno. Na nossa apresentação ao vivo a energia, a entrega, a presença nunca vai faltar, mas não podemos dizer exatamente para qual direção nossa música autoral vai seguir nos projetos futuros, e nem planejamos definir isso.

No mês passado vocês lançaram o primeiro single: “Your Destination”.

Por que escolheram esta música para ser a primeira autoral?

Tivemos inicialmente quatro músicas que estavam em estágio inicial e que começamos a tocar nos nossos ensaios. A Your Destination foi a primeira música que parece ter se encaixado de forma natural, ficamos satisfeitos muito rápido com a forma como ela foi concebida, e por ser uma música com uma energia positiva, a gente optou por utilizar ela como a primeira amostra do nosso som. Até aqui tem sido incrível, ficamos muito felizes com a recepção positiva que ela está tendo, o que nos deixa ainda mais ansiosos pelos próximos lançamentos.

Quando virão os próximos lançamentos?

Temos um single com data de lançamento a ser divulgada em breve. Além disso, estamos no processo de produção do nosso EP que deve sair até o final do ano. Todos os lançamentos estarão disponíveis nas plataformas de streaming.

Como tem sido a rotina de shows?

Esse ano o nosso foco mudou, optamos por diminuir um pouco a rotina de shows

para focar na produção de nossas músicas autorais, apesar de não parar 100% de tocar ao vivo. Inclusive temos tocado algumas músicas autorais nos shows, e isso tem sido muito proveitoso para gente sentir o que o público sente, o que podemos fazer diferente, o que funciona em termos de arranjo, e levamos tudo isso em conta na hora de produzir as músicas. Após o lançamento do nosso EP nosso plano é cair um pouco mais na estrada, buscar mais locais para tocar, divulgar mesmo o trabalho. Por hora, o foco é no estúdio.

O que vocês esperam para o futuro da Junipero?

Estamos animados com nosso momento e ansiosos por lançar novas músicas. Sentimos que estamos chegando em uma estética musical que está agradando bastante todos os integrantes da banda. Temos um EP que pretendemos lançar ainda este ano. Além disso, temos uma série de músicas novas em processo de composição musical, que serão lançadas posteriormente. No geral, tem sido incrível poder trabalhar no nosso próprio som, e a gente espera que de alguma forma as pessoas possam se identificar com as músicas, e que possam curtir com a gente esse caminho.

Filiado à
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Vale do Taquari - Lajeado - RS
Caetano Pretto caetano@grupoahora.net.br

CONCURSO PÚBLICO

Município projeta nomeações a partir de novembro

Certame teve pouco mais de 4 mil inscritos e 2,9 mil presentes. Na prova para os cargos de nível superior, abstenção oficial foi de 26,48%. Para determinadas funções, haverá etapa de títulos

LAJEADO

Passado o momento mais importante do concurso público, o governo municipal se concentra agora na próxima etapa do processo seletivo, com os prazos para homologação dos resultados oficiais. A expectativa da administração de Lajeado é de que as primeiras nomeações ocorram no fim de novembro.

A aplicação do certame, durante a manhã e tarde de domingo, 27,

Tivemos situações pontuais, mas nada que tenha comprometido o andamento do concurso”

na Univates, mobilizou candidatos em busca de cargos em áreas diversas, nos níveis superior, médio e técnico. As provas foram organizadas pela Fundatec. Ao todo, pouco mais de 4 mil pessoas se inscreveram, a maior parte oriundas da região e de cidades como Porto Alegre e Caxias do Sul. Segundo a secretária de Administração de Lajeado, Patrícia Haenssgen, as provas transcorreram dentro da normalidade, apesar da coincidência com eventos como a 57ª Festa de São Cristóvão, que mobilizou caminhoneiros e motoristas. “Para evitar ruídos, conseguimos com a organização deles a mudança do trajeto da carreata”, comenta.

Conforme Patrícia, um número pequeno de candidatos enfrentou dificuldades para acessar os prédios e as salas dentro do horário. “Tivemos situações pontuais, mas nada que tenha comprometido o andamento do concurso”, destaca.

Gabaritos

A maior preocupação foi com a abertura dos portões no turno da manhã, em meio à chuva forte.

Dos 4,1 mil inscritos, pouco mais de 2,9 mil compareceram aos locais de prova. Foram 1.078 ausências no certame. A taxa de abstenção oficial, divulgada na tarde de ontem pelo município, foi de 26,48%.

Os gabaritos preliminares foram divulgados ontem, no site da Fundatec e no Diário Oficial do município. Já a homologação final dos resultados varia conforme o tipo de cargo. Para funções que não necessitam de segunda etapa, será no dia 10 de setembro. Já os cargos de professor, com prova de títulos previstas, terão a homologação em 15 de outubro. Por fim, o resultado do cargo de procurador, que também teve uma prova dissertativa, será conhecido em 28 de novembro. “A partir de 29 de novembro já poderemos chamar candidatos para nomeação”, frisa Patrícia.

Mateus Souza mateus@grupoahora.net.br
PATRÍCIA HAENSSGEN
SECRETÁRIA DE ADMINISTRAÇÃO
Provas foram aplicadas na Univates para quase 3 mil candidatos presentes
JESSICA MALLMANN

Lajeado regulamenta (e limita) o comércio ambulante

Efoi via decreto publicado pela prefeita Gláucia Schumacher no início desta semana. A decisão envolve várias ruas da área central e proíbe, por exemplo, ocupação superior a um terço das calçadas. O horário estabelecido para a prática é das 8h30min até 19h, com dois ambulantes no máximo por quarteirão.

Proibido também o comércio de alimentos, mercadorias e serviços, trailers ou similares estacionados na Rua Santos Filho, no trecho compreendido entre a Avenida Benjamin Constant e a Rua Padre Theodoro Amstadt, incluindo as áreas reservadas para estacionamento e de uso público dentro do Parque Professor Theobaldo Dick. Em dias de eventos no Parque do Imigrante, Parque Histórico, Claudião e no Centro Esportivo,será exigida distância de 300m.

Regulamentar o comércio ambulante é o mesmo que proteger quem trabalha dentro das normas. Circular pelas ruas do centro e ver os lojistas “disputando” com quem não possui a mesma carga tributária e exigências sanitárias não vai ao encontro da característica do município. Ser empreendedor é uma coisa, estar irregular é outra conversa. A pergunta de milhões é: será fiscalizado?

HENRIQUE PEDERSINI

henrique@grupoahora.net.br (interino)

Ruas em que o comércio ambulante será proibido

- Júlio de Castilhos, Bento Gonçalves , Avenida Senador Alberto Pasqualini, da Avenida Benjamin Constant até a Rua Fábio Brito de Azambuja , Avenida Benjamin Constant, desde a Rua Silva Jardim até o viaduto da ERS 130, Capitão Leopoldo Heineck , Avenida Décio Martins Costa, Marechal Deodoro, entre as Ruas Bento Gonçalves e Júlio de Castilhos, Borges de Medeiros , Coronel Júlio May, entre a João Abott e Avenida Décio Martins Costa, Francisco Oscar Karnal, entre a Benjamin Constant e Bento Gonçalves, João Batista de Mello, entre a Benjamin Constant e Décio Martins Costa, Rodolfo Germano Hexsel , Santos Filho, João Pessoa , Carlos Von Kozeritz, entre a Benjamin Constant e Júlio de Castilho s, Ítalo Reali, Osvaldo Aranha e Silva Jardim.

Pautas quentes na Assembleia

Quando acabar o recesso e os deputados retomarem os debates na Assembleia Legislativa em 5 de agosto, o clima deve esquentar com o pacote de projetos encaminhados pelo governador Eduardo Leite, com a criação da secretaria da Mulher e outros. O plenário deve aprovar ainda a criação da CPI das con-

cessionárias de energia elétrica, sobre o serviço da RGE e CEEE. Há também o movimento contrário ao modelo de concessão de rodovias proposto pelo estado em relação a região norte e Vale do Taquari. Somado a tudo isso, o clima eleitoral se intensifica e o aliado de hoje pode ser o concorrente de amanhã.

TIRO

- O sindicato dos professores de Lajeado está na expectativa pela minuta do novo plano de carreira. A reclamação é que não foram atendidos os pedidos da categoria ou discussões sobre temas como reajuste e licença-prêmio. O assunto é antigo e tenso nos bastidores.

- Nesta terça-feira, o secretário estadual de Desenvolvimento Rural, Vilson Covatti, estará em Arroio do Meio para evento que marca entrega de sementes em âmbito estadual. A iniciativa abrange 457 cidades e um investimento de R$ 93 milhões.

- A Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano chefiada por Marcelo Caumo formaliza convênio com a empresa responsável pela construção de parques-esponjas em Cruzeiro do Sul e Muçum. A assinatura será nesta terça-feira em Porto Alegre. Na próxima semana, ocorrem visitas técnicas nas duas cidades do Vale

- No evento que confirmou a aliança entre PL e Novo no RS para as eleições de 2026, foi reforçada a pré-candidatura do secretário de Meio Ambiente de Lajeado, Luiz Benoit (PL), para deputado estadual. O evento ocorreu em Agudo.

- O presidente da Câmara de Encantado, Cris Costa (PSDB), assumiu a coordenação regional do projeto Legislativo na Escola da União dos Vereadores do Brasil (UVB), que leva educação legislativa às escolas. Projeto que integra 16 estados, alcançou mais de 50 mil alunos da rede pública de ensino. Costa também confirma ser précandidato a deputado estadual em 2026.

- A Amturvales prepara um levantamento para mapear estabelecimentos das áreas de gastronomia e hospedagens. A ideia é atualizar as informações após o crescimento recente de ambos os setores.

Após “boom” de vendas, avicultura projeta recuo

Aumento no comércio entre Brasil e EUA ocorreu após surto de influenza aviária no país norteamericano. Tarifaço gera preocupação ao setor

Adisparada nas exportações de ovos para os Estados Unidos, que cresceram 230% no último semestre, acendeu um alerta entre os produtores brasileiros. A partir desta sexta-feira, 1°, entra em vigor a nova alíquota de 50% imposta pelo governo norte-americano a produtos do Brasil.

“Estávamos com as exportações a todo vapor, e isso gerava um equilíbrio saudável. Se houver entraves, parte dessa produção pode voltar ao mercado interno, provocando um desequilíbrio entre oferta e consumo”, alerta o presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), José Eduardo dos Santos. O aumento no comércio entre

os dois países aconteceu após um surto de influenza aviária nos Estados Unidos, que resultou na morte de cerca de 35 milhões de aves apenas no primeiro semestre deste ano. Com isso, o preço do ovo disparou: “O que custava US$

0,52 chegou a US$ 10 a dúzia”, relembra Santos.

Segundo ele, o Brasil não depende exclusivamente do mercado norte-americano e tem ampliado suas exportações para outros continentes. Ainda assim, existe

A partir desta sextafeira, 1°, entra em vigor a nova alíquota de 50% imposta pelo governo norte-americano a produtos do Brasil

a expectativa de que, mesmo com a tarifa, exportar para os EUA continue sendo viável.

“Tudo vai depender de como o mercado americano reage — se eles conseguirão outros fornecedores com a mesma qualidade, ou se irão valorizar o produto brasileiro. Estamos atentos às possibilidades de negociação e torcendo para que se criem taxas específicas para determinados produtos ou fornecedores. Isso pode garantir nossa presença mesmo com o novo cenário”, conclui.

Paulo Cardoso paulocardoso@grupoahora.net.br
ARQUIVO

RELAÇÃO BRASIL X EUA

Tarifa de 50% começa na sexta-feira

Cruzeiro do Sul, Imigrante e Venâncio Aires lideram vendas da região aos EUA. Setor produtivo não acredita em reversão de cenário até 1º de agosto. De janeiro a junho, Vale exportou mais de US$ 763,5 milhões, deste total, 15,6% para o país do presidente Donald Trump

VALE DO TAQUARI

Atensão entre Brasil e EUA perdura ao longo de julho e tende a se tornar realidade na sexta-feira. Desde o anúncio do presidente Donald Trump, de uma taxação de mais 50% sobre todos os produtos brasileiros comprados pelos Estados Unidos, a negociação para reverter essa cobrança não avançou.

“Parece não ter volta. Vamos terminar a semana com essa tarifa. E, vale dizer, não é 50%. São os 5% de base, mais 10% que foi estipulado sobre os metais, somado a esse novo percentual. Então, teremos alguns itens com 65% de sobrepreço. Isso inviabiliza muitos negócios”, analisa o diretor da Four Importação e Exportação, Marco Aurélio Isse. Entre cidades

do Vale do Taquari até a divisa com Rio Pardo (Venâncio Aires), os mais atingidos serão o setor de gordura animal, farelo para alimentação, tabaco e artefatos de ferro, aço, doces e móveis.

“O que tem se falado nos negócios com os clientes é: reduzir o preço de venda, dividir o custo ou cancelar contratos. Assim teria-se uma margem para absorver essas vendas. Mas é algo que tem de ser visto setor a setor”, destaca Isse. Com experiência em negócios internacionais, em especial na venda de ovos, destaca que metade dos compradores nos EUA suspenderam as compras.

“Mantivemos alguns contratos, pois há muita demanda. Mas essa é uma exceção. Por mais que tenha uma tarifa de 50%, ainda é um bom negócio”, compara. No entanto, itens como o café, ou o suco de laranja, a tendência é que os compradores busquem mercados mais baratos. “O que pode acontecer, por exemplo: a Colômbia

é uma grande produtora de café. Vender toda a safra e comprar do Brasil por um preço menor.”

De janeiro a junho, o Vale do Taquari exportou mais de US$ 763 milhões (importou US$ 90 milhões. Saldo positivo de US$ 673,4 milhões). Entre os 38 municípios, o total vendido aos EUA no semestre foi de US$ 119,1 milhões (15,6%).

País e RS

As tarifas dos EUA ao Brasil se inserem em um contexto macroeconômico de incertezas e de desafios, com interferência sobre a balança comercial do país e do Estado, analisa o professor de Relações Internacionais da Univates, Mateus Dalmáz.

“Veremos as tarifas começarem. A estratégia americana é cobrar esses percentuais para depois negociar pontualmente alguma redução. Acredito que por setor, dependendo da própria pressão

interna nos Estados Unidos.”

Em nível nacional, os dados do primeiro semestre de 2025 indicam uma dependência de mercados-chave, o que expõe vulnerabilidades a medidas protecionistas como a que se aproxima.

O Brasil registrou exportações totais de US$ 165,9 bilhões (ante US$ 135,8 bilhões de importações, um saldo comercial positivo de US$ 30,1 bilhões). Os principais parceiros são a China (comprou US$ 7 bilhões, o que corresponde a 28,7%). Em segundo lugar, aparecem os EUA, com

Total do Vale aos Estados Unidos é de US$ 119,1 milhões, cerca de 15,6% das exportações gerais

O que tem se falado nos negócios com os clientes é: reduzir o preço de venda, dividir o custo ou cancelar contratos. Assim teria-se uma margem para absorver essas vendas.

MARCO AURÉLIO ISSE

DIRETOR DA FOUR IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO

US$ 20 bilhões (12,1% das vendas externas) do país. A Argentina completa o pódio, com US$ 9,1 bilhões (5,5% das exportações). Nestes termos, o RS é o 7º no ranking das exportações (US$ 9,3 bilhões, significa 5,8% do total nacional). Os produtos que mais se destacam são o tabaco (11,6%), o farelo de soja (6,8%) e a carne de frango (6,2%).

“Confronto quando tinha de negociar”, diz exportador

O empresário Marco Antônio Isse acredita que o Brasil falhou na condução da crise. Para ele, a estratégia do Brasil de confrontar o governo americano, em vez de

Filipe Faleiro filipe@grupoahora.net.br
JO FOLHA

A estratégia americana é cobrar esses percentuais para depois negociar pontualmente alguma redução.

Acredito que por setor, dependendo da própria pressão interna nos Estados Unidos.”

MATEUS DALMÁZ

PROFESSOR DE RELAÇÕES

INTERNACIONAIS DA UNIVATES

buscar o diálogo, está cobrando um preço alto para o setor exportador. “O que deveria ter feito? No dia seguinte, marcar uma reunião entre os presidentes e os embaixadores”, avalia.

Segundo ele, a leitura simplificada da atitude americana de impor tarifas a vários países como um “recado para chamar para conversar” foi mal interpretada pelo governo brasileiro. “Não há nada oficialmente na legislação sobre as tarifas. Então, tínhamos em nível de país buscar a comu-

nicação e não fizemos”, sentencia. O empresário é categórico: “os EUA não recuarão enquanto não houver uma mudança de postura por parte do Brasil”. Para Isse, a diplomacia brasileira errou ao misturar a questão econômica com aspectos político-ideológicos. “O Brasil é maior que a política, é maior que a ideologia.”

Isse alerta: os EUA estão usando todo o seu poder para reafirmar sua posição de liderança, especialmente sobre o maior país da América Latina. “Essa tarifa pode ser o início de algo pior. De uma pressão externa. Já há nos EUA pessoas dizendo que o presidente Trump vai mandar o embaixador brasileiro embora. Temo o isolamento do Brasil. Se isso acontecer, vamos quebrar.”

“Não houve negativa para o diálogo”, avalia professor

Para o professor Dalmáz, as negociações entre Brasil e Estados Unidos devem se aprofundar em um nível mais elevado ainda nesta semana, com a presença do chanceler Mauro Vieira em Washington.

Na avaliação dele, a tática dos EUA é impor as taxas para, em

Ponto e contraponto

Mateus Dalmáz (professor de Relações Internacionais da Univates) e Marco Antônio Isse (empresário do setor de exportação) partem de premissas diferentes para interpretar a crise Brasil e EUA. Confira os pontos:

1) Condução do governo brasileiro

2) Consequências

Marco Aurélio Isse (Setor Exportador)

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Em Imigrante, a Metalúrgica Hassmann corresponde às exportações de artefatos de ferro e metal para os Estados Unidos. Em seis meses, vendas para outros países somaram US$ 5,7 milhões. quase 63% para o país do presidente Trump

um segundo momento, abrir as portas para negociações. “Não acredito em um acordo geral para todos os produtos com uma porcentagem única. As negociações serão setoriais, e a tarifação poderá ser diferente dependendo do ramo”, pontua.

O governo brasileiro, por sua vez, avalia Dalmáz, deve manter a narrativa de que busca o diálogo e que a imposição das tarifas é uma decisão norte-americana. “Por parte do Brasil, não houve negativa para diálogo. Quem travou o diálogo foram os EUA”.

Uma das principais razões para essa postura americana, segundo o professor, é o conteúdo político-ideológico que permeia o anúncio das tarifas, o que impede uma negociação exclusiva sobre comércio. “O Brasil se põe à disposição para falar de comércio, não da questão política e do julgamento do ex-presidente. E o americano coloca esses dois aspectos”, conclui Dalmáz.

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“O governo atuou errado, levou o lado político e não o econômico. Não sentamos com ninguém, nós atacamos eles. Em vez de tentar recuar, fomos para o confronto. Agora vamos pagar o preço. Faltou entendimento diplomático e negociação. Esquecer o discurso político e as diferenças ideológicas.”

“Essa tarifa pode ser o início de algo pior. De uma pressão externa. Já há nos EUA pessoas dizendo que o presidente Trump vai mandar o embaixador brasileiro embora. Temo o isolamento do Brasil. Se isso acontecer, vamos quebrar.”

Mateus Dalmáz (Relações Internacionais)

“Discordo desta premissa [de que o Brasil teve uma postura ideológica radical]. Em nenhum momento na história, o Brasil adotou política externa contrária aos EUA. São 200 anos enquanto nações aliadas. O Brasil se põe à disposição para falar de comércio, não da questão política e do julgamento do expresidente. E o americano coloca esses dois aspectos.”

“Não acredito no escalonamento da crise. O Brasil usou multilateralismo, buscou apoio em foros multilaterais da Organização Mundial do Comércio. Um boicote de outros países ao Brasil acho impossível. O Brasil tem muito mais a nidade com a OMC do que a política do Trump.”

Exportações do Vale para os

EUA

O total do Vale aos Estados Unidos é de US$ 119,1 milhões, cerca de 15,6% das exportações gerais (US$ 763,5 milhões). Con ra os cinco municípios que lideram a venda aos EUA:

Cruzeiro do Sul: US$ 68,4 milhões (82% do total de US$ 83,4 milhões) Venâncio Aires: US$ 35,9 milhões (7,3% do total de US$ 489,6 milhões)

Lajeado: US$ 6,5 milhões (9,4% do total de US$ 69,5 milhões)

Guaporé: US$ 4 milhões (23,9% do total de US$ 16,8 milhões)

Imigrante: US$ 3,6 milhões (62,9% do total US$ 5,7 milhões)

vinibilhar@grupoahora.net.br

Governança que brota da terra

No Vale do Taquari, onde a economia pulsa entre serras e vales de 36 municípios, a governança corporativa ainda engatinha entre as micro e pequenas empresas familiares, que são a espinha dorsal da região. Segundo o Sebrae, 93% delas faturam até R$ 500 mil ao ano, com estruturas enxutas de até cinco funcionários, muitas operando há mais de uma década. Esse tecido empresarial não se construiu ao acaso. É herança viva da colonização alemã, italiana e açoriana, que plantou raízes profundas no século XIX, formando

comunidades autônomas e economicamente autossuficientes.

Nos anos 1990 e 2000, o surgimento de arranjos produtivos locais (APLs), especialmente na agroindústria familiar, reorganizou o protagonismo regional. Nos últimos anos, coube à Univates e lideranças regionais o papel de orquestrar e propor uma estruturação formal da governança.

O retrato do Censo Agropecuário reforça a centralidade desse modelo: 93,9% dos estabelecimentos do APL são familiares, responsáveis por até 90% da produção.

Mas a tradição, por si só, não garante futuro. É hora de escalar

práticas de gestão como conselhos consultivos, planejamento sucessório e transparência, sem abrir mão dos vínculos que moldam o território.

A profissionalização, quando adaptada à realidade local, deixa de ser luxo para se tornar alicerce. Ela atrai investimento, reduz riscos e garante continuidade entre gerações — algo vital numa economia que se ancora tanto na terra quanto na confiança. Governança, aqui, não é importar um modelo de fora. É criar, com os pés no chão e olhos no horizonte, uma forma de gestão que honre o passado e prepare o amanhã.

Ecovale leva tecnologia e sustentabilidade à Construsul

A Ecovale Acabamentos encerrou sua participação na Construsul RS 2025, realizada de 22 a 25 de julho na FIERGS, com destaque em visibilidade, engajamento e reconhecimento técnico. A empresa apresentou sua linha em Super WPC (Wood Plastic Composite), tecnologia que alia fibras de madeira e polímeros de alta resistência, voltada a ambientes com umidade, sol e ação de cupins.

No Stand 162, pavilhão 1, arquitetos, engenheiros, lojistas e construtores puderam conhecer produtos como brises, decks, lambris, ripados e acabamentos

internos laqueados. A participação reforçou a posição da Ecovale como referência nacional em madeira sintética de alta performance.

“A Construsul é um evento estratégico. O interesse técnico comprova que o mercado busca soluções sustentáveis”, disse o diretor João Eggers. Com produção nacional e foco em inovação, a Ecovale amplia presença no setor oferecendo alternativas duráveis à madeira natural. A empresa agradeceu aos visitantes e reforçou seu compromisso com qualidade e responsabilidade ambiental.

Dívida - A dívida pública federal registrou alta de 2,77% em junho na comparação com maio, totalizando R$ 7,88 trilhões, conforme dados divulgados pelo Tesouro Nacional nesta segunda-feira (28). A dívida pública mobiliária federal interna (DPMFi) somou R$ 7,58 trilhões, um avanço de 2,99% no período. Já a dívida pública federal externa (DPFe) caiu 2,28%, alcançando R$ 302,1 bilhões.

Redução - O Boletim Focus reduziu, pela nona semana consecutiva, a projeção para a inflação de 2025. A estimativa para o IPCA passou de 5,10% para 5,09%. Apesar do ajuste marginal, analistas seguem atentos ao comportamento do índice, sobretudo após o IPCA-15 de julho ter vindo ligeiramente acima do esperado.

Cristo Protetor amplia experiência turística com mirante no coração

Serviço terá controle de acesso, ingresso extra e equipe dedicada para garantir segurança e experiência dos visitantes

Matheus Giovanella Laste matheus@grupoahora.net.br

ENCANTADO

Os visitantes do Complexo do Cristo Protetor de Encantado poderão acessar a partir de hoje, 29, pela primeira vez, o mirante localizado no coração da estátua. O novo atrativo, acessado por um elevador panorâmico, oferece uma vista privilegiada da região a 33 metros de altura. A operação do novo serviço foi precedida por treinamentos específicos. Ontem, 28, a equipe do Complexo recebeu engenheiros da empresa responsável pela instalação do elevador para alinhar todos os protocolos. Ao todo, dez profissionais atuarão diretamente no atendimento aos visitantes que optarem por acessar o mirante. Esse acesso será feito mediante a compra de um bilhete adicional, no valor de R$ 50, vendido exclusivamente na loja oficial do complexo. O funcionamento

será diário, das 9h às 17h, com capacidade limitada e protocolos rígidos de segurança e organização. Estima-se que entre 250 e 300 pessoas poderão utilizar o elevador por dia, considerando o limite de até 60 viagens diárias e cinco a seis passageiros por subida, conforme o peso total. No pedestal da estátua, de onde parte o elevador, monitores treinados estarão à disposição para orientar os visitantes. Já dentro do mirante, um bombeiro civil acompanhará o fluxo para garantir a segurança. A permanência no local será de cinco minutos por grupo, em um ambiente climatizado.

Segundo Vanessa Goldoni, diretora de logística do Complexo, todo o funcionamento foi definido com base em planejamento técnico detalhado, considerando fatores como segurança, custo e logística. “Vamos colocar em prática o que foi estruturado e, ao mesmo tempo, acompanhar de perto para avaliar se o formato está adequado. Qualquer necessidade de ajuste será feita”, afirma. Após a inauguração do elevador, a Associação Amigos de Cristo de Encantado (AACE) já projeta a construção de um Memorial do Cristo Protetor e de um auditório no espaço abaixo da escadaria que leva até o monumento.

Após a inauguração do elevador, a Associação Amigos de Cristo de Encantado (AACE) já projeta a construção de um Memorial do Cristo Protetor

Para visitar o Cristo Protetor

Visitantes de 13 a 59 anos: R$ 40

Idosos (60+): R$ 20

Crianças até 7 anos: isento

Crianças de 8 a 12 anos: R$ 20

Moradores de Encantado com comprovante de residência (Cartão SUS com selo municipal): R$ 20

Ingresso adicional para acesso ao mirante: R$ 50

A partir dos 60 anos: R$ 25

Crianças de 8 a 12 anos: R$ 25

Crianças até 7 anos: isento

Pessoa com de ciência: R$ 25

FOTOS: LUCIANO NAGEL/DIVULGAÇÃO

A gente tem muito a agradecer por todas as bênçãos que temos durante o ano. [A procissão] é uma forma de agradecer e valorizar uma profissão que move a produção no Brasil”

Andreia Rabaiolli andreiarabaiolli@grupoahora.net.br

Raica Franz Weiss raica@grupoahora.net.br

Apreparação para o desfile dos motoristas começou antes mesmo do sol nascer. A concentração teve início ainda na noite de sábado, 26, quando os primeiros caminhões estacionaram ao redor da Praça Lyall, no bairro São Cristóvão, em Lajeado. Famílias aguardavam desde cedo para participar da bênção e acompanhar a procissão, que se estendeu até o meio-dia de domingo, 27. O tradicional evento é organizado pela Paróquia São Cristóvão há décadas e iniciou com uma missa na Igreja. Inicialmente, a ideia era fazer a missa ao ar livre, na Praça, mas o tempo chuvoso não colaborou. Depois do momento religioso, os motoristas seguiram pelas principais ruas da cidade com buzinaço. O trajeto, que percorreu as avenidas Alberto Pasqualini e Benjamin Constant, terminou no Parque do Imigrante, onde os participantes receberam a bênção em frente ao pórtico do parque. A alteração no trajeto – que no ano passado terminava em frente ao Teatro da Univates – se deu em razão da realização de um concurso público da prefeitura de Lajeado, na Univates, neste domingo também.

HOMENAGEM A SÃO CRISTÓVÃO

Motoristas fazem da procissão um encontro familiar

O tradicional desfile movimentou cerca de 1,5 mil veículos neste domingo, 27. Promovido pela Paróquia São Cristóvão, o trajeto terminou com bênção aos motoristas no Parque do Imigrante

Neste ano, o caminhão que conduziu a imagem de São Cristóvão pelas ruas de Lajeado foi disponibilizado pela empresa Brasdiesel. O veículo é o primeiro da procissão e conduz o trajeto. Conforme informações da Paróquia, cerca de 1,5 mil veículos acompanharam o desfile.

Encontro familiar

O tradicional evento é um momento de encontro entre famílias e amigos. O pequeno Murilo, de 6 anos, veio acompanhar o pai, Samuel Gustavo de Andrade, de Lajeado. Ele é caminhoneiro há mais de 20 anos e veio com um grupo de motoristas celebrar a data. É a segunda vez que Murilo participa da procissão. “O nosso caminhão tem dois olhos,

é muito legal”, destaca, apontando para o painel com leds vermelhas. O caminhoneiro Marciano da Silva também transformou o evento em momento de união. Trouxe as duas filhas adolescentes para acompanharem o desfile. Chega-

Não é fácil a vida de caminhoneiro, estamos sempre na estrada, tem muitos riscos. Esses momentos servem para celebrar com a família e os amigos”

ram na noite de sábado ainda. Elas dormiram na boleia do caminhão até o início da procissão. “Elas tão sempre me acompanhando. Não é fácil a vida de caminhoneiro, estamos sempre na estrada, tem muitos riscos. Esses momentos servem para celebrar com a família e os amigos”, comenta.

Tiago Viana saiu de Cruzeiro do Sul com a esposa e chegou às 3h30 da manhã de domingo. Motorista há seis anos, veio pagar uma promessa e trouxe 20 quilos de balas para distribuir às crianças durante o trajeto. “A gente tem muito a agradecer por todas as bênçãos que temos durante o ano. É uma forma de agradecer e valorizar uma profissão que move a produção no Brasil”, afirmou.

Festa dos Motoristas

Após a procissão, a Paróquia São Cristóvão promoveu sua tradicional Festa dos Motoristas, que chegou à 57ª edição. Conforme a organização, mais de 1.380 cartões de almoço foram vendidos. À tarde, brincadeiras e música animaram o público, além da escolha do Rei e da Rainha da Festa.

Marciano trouxe as duas lhas. Família passou a noite no caminhão, aguardando o início do des le

VIANA CAMINHONEIRO DE CRUZEIRO DO SUL
MARCIANO DA SILVA CAMINHONEIRO DE LAJEADO
Murilo veio acompanhar o pai caminhoneiro na procissão
ANDRÉIA RABAIOLLI
ANDRÉIA RABAIOLLI
Trajeto passou pelas ruas centrais de Lajeado e terminou na Av. Alberto Müller, com a bênção
JÉSSICA MALLMANN
JÉSSICA MALLMANN

EXPANSÃO EM 2025

Sicredi Ouro Branco planeja mais duas agências em Minas Gerais

Em quase três anos de atuação no estado, cooperativa soma 10 mil associados

ESTADO

Próxima de consolidar em Minas Gerais a mesma solidez que possui na região Sul, a Sicredi Ouro Branco RS/MG planeja inaugurar mais duas agências no Sudeste ainda neste ano. A expansão reforça a presença da cooperativa no estado, onde já opera em nove municípios e ultrapassa a marca de 10 ml associados em apenas dois anos.

O cooperativa de crédito tem autorização para atuar em 56 cidades mineiras e baseia sua expansão nas decisões do conselho administrativo e nas oportunidades detectadas localmente. “Estamos avançando para uma nova área, que abrange o Vale do Aço e cidades vizinhas. Já estamos presentes em Coronel Fabriciano, Timóteo, Nova Era e Guanhães, regiões onde nossa atuação está se fortalecendo”, afirma o presidente da cooperativa, Neori Ernani Abel.

“Será uma ampliação realizada com total cautela e planejamento, garantindo que nossas estratégias adaptativas se consolidem e gerem resultados sustentáveis”, acrescenta. Com sede em Ipatinga, a cooperativa já administra mais de R$

350 milhões em recursos no estado. “É um projeto que tem dado muito certo, com uma aceitação expressiva da comunidade”, avalia Abel. A atuação em Minas Gerais tem levado em conta as particularidades de cada região. “Ipatinga, por exemplo, não é marcada pelo agronegócio, mas sim por uma economia voltada à mineração, com forte presença da Usiminas, além de hospitais, faculdades e um comércio ativo”, explica.

Já em cidades como Guanhães, o cenário é diferente. “Lá temos um agronegócio mais estruturado, especialmente na produção de leite, com indústrias de laticínios e uma diversificação voltada à prestação de serviços. Ao norte da nossa área de atuação, a agropecuária também é bem desenvolvida. Isso mostra a diversidade econômica da região e as oportunidades que ela oferece”, completa o presidente. A cooperativa oferece mais de 300 produtos e serviços, dos quais mais de 60 são voltados ao setor primário. Embora adapte condições e taxas conforme a realidade local, o portfólio tem se mostrado eficiente e bem aceito pelos mineiros. “Minas tem uma forte cultura cooperativista, o que facilita nosso trabalho e reforça nossa confiança nos próximos passos”, pontua Abel.

Bom Retiro do Sul tem aval da Justiça para compra de prédio escolar

Despacho permite que o imóvel da Escola Isabel Luiza Bittencourt passe ao patrimônio do município e assegura a continuidade do ensino no bairro São Jorge

BOM RETIRO DO SUL

Bom Retiro do Sul recebe autorização judicial para desapropriar e adquirir o prédio da Escola Isabel Luiza Bittencourt.

Questionado sobre a possibilidade de abertura de novas agências no Rio Grande do Sul, o presidente explicou que a expansão está focada exclusivamente em Minas Gerais no momento. “Já estamos presentes nos 21 municípios gaúchos da nossa área de abrangência, com 25 agências em operação. A menos que uma nova necessidade local seja identificada, não há previsão de novas unidades no Sul. A princípio, a oportunidade de crescimento está no sudeste, e vamos executando isso conforme o planejamento do conselho”, finaliza.

NEORI ERNANI

ABEL

PRESIDENTE DA COOPERATIVA

Estamos avançando para uma nova área, que abrange o Vale do Aço e cidades vizinhas.”

O despacho, emitido na segundafeira, 21 de julho de 2025, garante ao município a posse definitiva do imóvel, até então pertencente à Campanha Nacional de Escolas da Comunidade (CNEC). Localizado na Rua General Ernesto Dorneles, nº 225, no bairro São Jorge, o prédio tem área de aproximadamente 2.904 metros quadrados. A escola atende mais de 300 alunos da pré-escola e dos anos iniciais do ensino fundamental da rede municipal de ensino. Em dezembro de 2024, a CNEC comunicou que não renovaria o contrato de locação com o município. Diante disso, a Prefeitura protocolou o pedido de desapropriação com o objetivo de garantir a continuidade do funcionamento da escola. “Essa é uma conquista para toda a comunidade escolar.

A Isabel Luiza Bittencourt é uma referência em Bom Retiro do Sul

e agora passa, de fato, a integrar o patrimônio do município”, afirma o prefeito Celso Pazuch.

Secretaria aponta ganho institucional

A secretária de Educação, Cristiane de Souza, destaca que o despacho judicial traz segurança para o funcionamento da escola. “Essa unidade faz parte da identidade do bairro São Jorge. Com a posse do prédio, o município garante estabilidade para alunos, professores e equipes.” Segundo ela, a permanência no mesmo espaço evita impactos estruturais e pedagógicos para os mais de 300 estudantes matriculados.

A diretora Ana Paula Mattes considera a decisão um alívio após meses de incerteza. “A comunidade escolar passou por um período difícil, sem saber o que aconteceria com a escola. Agora temos segurança para seguir com o nosso trabalho.” A escola encontra-se em recesso escolar, mas permanece com funcionamento administrativo normal, conforme o calendário da rede municipal. Com o despacho judicial, o município dá início aos trâmites legais para efetivar a compra e registrar o imóvel como bem público. A medida assegura a continuidade do ensino no local e consolida a escola como equipamento definitivo da rede municipal de Bom Retiro do Sul.

Paulo Cardoso centraldejornalismo@grupoahora.net.br
Escola atende mais de 300 alunos e é referência no bairro São Jorge
ASCOM/BOM RETIRO DO SUL
Cooperativa de crédito tem autorização para atuar em 56 cidades mineiras, além da microrregião de Teutônia

Sono de qualidade é a base para o crescimento e as relações equilibradas

Especialista alerta para a importância da rotina, do ambiente e da atenção à qualidade das horas de descanso desde os primeiros anos de vida

Jéssica R Mallmann

jessica@grupoahora.net.br

VALE DO TAQUARI

Cuidar do sono das crianças é cuidar também da saúde emocional, do desempenho escolar, das relações familiares e, em um sentido mais amplo, da convivência social. O que acontece nas horas em que a criança dorme pode refletir diretamente no comportamento durante o dia: seja em casa, na escola ou nos espaços públicos. É por isso que o sono de qualidade também pode ser um aliado na construção de uma cultura de paz.

Médica e especialista em medicina do sono, Bruna Butzke destaca que muitas vezes, antes de buscar explicações para irritações, dificuldades de aprendizado ou explosões de raiva, é preciso olhar para a qualidade do sono dos jovens. “Uma criança que não dorme bem tende a ficar mais

agitada, desatenta e impaciente. E o contrário também é verdadeiro: ao ter uma boa noite de sono, ela lida melhor com os desafios do dia a dia e se relaciona com mais equilíbrio”.

Bruna destaca que, embora muitos lares tenham rotinas noturnas ajustadas à vida adulta, crianças não devem seguir o mesmo ritmo dos pais. “Elas precisam dormir cedo e bem. Entre 10 e 13 horas por noite, dependendo da idade. Mas não adianta dormir o tempo necessário se o sono for ruim”, alerta. Sinais como dormir com a boca aberta, roncar, babar no travesseiro ou apresentar olheiras podem indicar algum distúrbio que prejudica a qualidade do sono e merece atenção médica. Outro indício importante é o comportamento durante o dia. “Crianças que respiram pela boca ao longo do dia provavelmente também dormem assim. E isso afeta o sono profundo, aquele que realmente restaura o corpo e o cérebro”, detalha Bruna.

Segundo a médica, o sono de qualidade se constrói com rotina e hábitos. A chamada “higiene do

Qualidade do sono re ete diretamente na rotina das crianças

sono” começa desde a infância e inicia logo após o despertar. Horários regulares para dormir, acordar, fazer as refeições e realizar atividades ajudam a criar um ambiente de segurança e previsibilidade. “Não precisa ser rígido, mas é importante que a criança saiba o que esperar da sua rotina. Isso ajuda até mesmo a regular o próprio organismo”, orienta Bruna.

Outras dicas envolvem a criação de um ambiente propício ao sono: um quarto escuro, silencioso e sem estímulos luminosos. “A luz, especialmente a das telas, atrapalha a produção da melatonina, o hormônio que ajuda o corpo a adormecer. Às vezes uma luzinha acesa ou a televisão ligada já são suficientes para interferir nesse processo”, alerta a médica.

Quando procurar ajuda?

Cada criança é única e suas necessidades mudam com o tempo. A mesma rotina que funciona aos dois anos pode não funcionar aos oito. E mesmo crianças que geralmente dormem bem podem ter noites ruins quando estão doentes ou passando por alguma situação emocional. “Se os pais percebem que a criança não está descansando, mesmo com uma rotina saudável, é importante buscar orientação”.

BRUNA BUTZKE MÉDICA
ENVATO

OBITUÁRIO

TEREZINHA SCHNEIDER, 76, faleceu ontem, 28. O velório ocorre no Memorial Jardim da Montanha - capela "D", em Lajeado. O sepultamento ocorre hoje, 29, às 14h, no Cemitério Municipal de Cruzeiro do Sul.

NELI KIPPER, 70, faleceu ontem, 28. O velório ocorre na Igreja Nossa Senhora de Lourdes, de Conventos, em Lajeado. O sepultamento ocorre hoje, 29, às 15h, no cemitério da mesma comunidade.

IRENE DAS CHAGAS, 68, faleceu ontem, 28. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico do Florestal, em Lajeado.

LOURDES NAIR TESSMANN, 62, faleceu ontem, 28. O sepultamento ocorreu no Cemitério Municipal de Cruzeiro do Sul.

JOVELINO SILVESTRE DA LUZ, 90, faleceu no domingo, 27. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico do Hidráulica, em Lajeado.

IRIA STOLL, 84, faleceu no domingo, 27. O sepultamento ocorreu no Cemitério Evangélico Paz, do bairro Teutônia, em Teutônia.

TRANQUILO MATIAS BERTAN, 83, faleceu no domingo, 27. O sepultamento ocorreu no Cemitério Comunitário de Linha Pinheirinho, em Roca Sales.

VILMAR MARIA SEGABINAZZI, 83, faleceu no domingo, 27. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico de Nova Bréscia.

NELSON DE JESUS, 71, faleceu no domingo, 27. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico da Linha Arroio do Leite, em Pouso Novo.

NORBERTO MADERS, 90, faleceu no domingo, 27. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico de Linha Posses, em Teutônia.

PEDRINHO MAZZARINO, 79, faleceu no domingo, 27. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico de Putinga.

ROMILDO KAYSER, 86, faleceu no domingo, 27. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico de Palmas, em Arroio do Meio.

ANILDA ALTEVOGT, 86, faleceu no domingo, 27. O sepultamento ocorreu no Cemitério Evangélico de Languiru, em Teutônia.

OSMAR CARLOS ALEXANDRE, 59, faleceu no sábado, 26. O sepultamento ocorreu no cemitério da Linha São Luís, em Encantado.

ANTENOR MIGUEL DE LIMA, 84, faleceu no sábado, 26. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico São João Batista, em Arvorezinha.

Cineastas do Vale concorrem ao Festival de Cinema de Gramado

Curtas-metragens estão entre as 18 produções selecionadas para concorrer ao Prêmio Assembleia Legislativa - Mostra Gaúcha de Curtas. Vencedores serão conhecidos no dia 17 de agosto

Jéssica R Mallmann jessica@grupoahora.net.br

Duas produções do Vale do Taquari estão entre os curtas-metragens selecionados para o Prêmio Assembleia LegislativaMostra Gaúcha de Curtas, do 53º Festival de Cinema de Gramado. Entre os 18 projetos indicados, a região é representada com os filmes “Estudos Sobre a Vida em Rede”, dirigido por Tuane Eggers - de Lajeado - e “Gambá”, de Maciel Fischer - de Teutônia. Os vencedores da categoria serão conhecidos no dia 17 de agosto. “É uma alegria enorme estrear o ‘Gambá’ no 53º Festival de Cinema de Gramado - Curtas Gaúchos”, afirma Fischer, que participa pela terceira vez do evento. Em edições anteriores, o cineasta concorreu com os curtas “A vida da Morte” (2011) e “Entre Nós” (2015). “É sempre uma grande satisfação retornar ao festival e é também um reconhecimento do trabalho que vem sendo desenvolvido”.

Para Tuane, esta é a primeira vez que ela concorre ao Prêmio Assembleia Legislativa como diretora de um curta-metragem. “Já participei do Festival de Gramado em outras funções, como diretora de fotografia de outros filmes, mas essa será a primeira vez que conseguirei estar presencialmente no festival com um filme indicado”.

Gambá

A produção de Fischer foi filmada em espaços do Vale do Taquari e Rio Pardo. O cineasta conta que o filme estava programado para rodar em maio de 2024, no entanto, devido às enchentes na região, as gravações foram adiadas, concluindo-as em novembro do ano passado.

“As principais locações estão no interior do município de Teutônia, como foi o caso da Linha Catarina Alta e da Linha Harmonia, onde utilizamos o Sitío das Videiras e a

Guns (?)' Roses, banda Nome artístico do humorista Rafael Chalub

Festa praiana Dígrafo de "carro"

CRUZADAS

Estudo sobre as relações da fala e cérebro

"Carne", em "sarcófago" Elétron (símbolo)

Disfunção erétil Relativa ao marfim

Táxi, em inglês Mineiro(?), dança

Produção de Fischer foi lmada em espaços do Vale do Taquari e Rio Pardo

Senão; de outro modo

Organização (abrev.)

Entre os 18 projetos indicados, a região é representada com dois lmes

Rapper camaronesa

Junta; liga (?) Ryan, atriz

Interposto; entremeado Luiz (?), ilustrador brasileiro

Lagoa da Harmonia. Também gravamos algumas cenas em Venâncio Aires, em Linha Palanque e no Sítio da Figueira Centenária”, conta. O curta “Gambá” reflete uma jornada de amizade e superação. E para trazer naturalidade à trama, Fischer buscou os protagonistas sem vínculo com o cinema ou teatro. “Fizemos alguns testes na Escola Municipal 24 de Maio em dezembro de 2023 e, para a nossa surpresa, 113 alunos se inscreveram no processo de seleção, dentre eles o Vitor e a Manu - que

dão vida às personagens”. O curta-metragem “Estudos sobre a vida em rede” surgiu como parte da pesquisa de doutorado no Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da UFRGS de Tuane. As gravações foram feitas em três diárias, entre 2023 e 2024, nos municípios de Rolante e Maquiné. A trama documenta um olhar poético para as relações de simbiose entre fungos e raízes de plantas, conhecidas como micorrizas, e sua relação com a saúde do solo.

Berne (bras.)

O silvo do apito no trânsito André (?), ex-tenista, natural de Belo Horizonte

Função trigonométrica Confusão 410, em romanos Pecado, em inglês Apelido de "Isadora De modo preguiçoso

Leito balouçante Pronúncia do "M"

ÁRIES: Agir em equipe será a melhor maneira de conseguir o que deseja, Áries, seja no trabalho ou na vida pessoal. 21/03 a 19/04

TOURO: O desejo de fazer só o que tem vontade pode crescer, mas aos poucos as coisas melhoram e você vai ter tempo de nalizar o serviço.

GÊMEOS: No trabalho, explore sua criatividade e faça o possível para manter o foco no que importa.

CÂNCER: Seu lado prático ajuda a encarar esses desa os e ainda vai sobrar pique para cuidar do serviço

LEÃO: Redobre o cuidado para não se distrair com tanta facilidade e con ra duas vezes uma tarefa antes de partir para a próxima, evita problemas.

VIRGEM: O astral melhora aos poucos e você pode organizar o orçamento e até rever alguns compromissos nanceiros que já assumiu.

LIBRA: No trabalho, trace metas mais ambiciosas e con e na sua capacidade para atingir seus objetivos!

ESCORPIÃO: Não deixe a descon ança esfriar o

ce, porque seu ciúme pode fazer hora extra e estremecer os laços com o mozão.

SAGITÁRIO: Seja paciente para lidar com as críticas e veja se você não está exagerando na hora de cobrar os colegas também.

CAPRICÓRNIO: Se tem planos para viajar não deixe nada ao acaso e tenha um plano B para driblar os imprevistos que podem surgir pelo caminho.

AQUÁRIO: AHá sinal de novidades na conquista e pode até se envolver com alguém de outra cidade.

PEIXES: Bom humor e animação ajudam a movimentar a paquera, mas a distância talvez vire um problema.

SEMIFINAIS DA TAÇA BRONZE

COM GOLEADA SOBRE O ANTIQUA

Equipe estrelense aplica 65 a 19 e recebe o Planalto no dia 9 de agosto, em jogo único que vale vaga na decisão

Zique Neitzke ezequiel@grupoahora.net.br

OCentauros Rugby Clube está entre os quatro semifinalistas da Taça Bronze do Gauchão de Rugby. Jogando em casa no último sábado, em campo localizado em frente ao Parque Princesa do

Vale, em Estrela, a equipe protagonizou uma grande atuação e venceu o Antiqua, de Pelotas, por 65 a 19. Com o resultado, garantiu vaga na próxima fase da competição estadual.

Desde os primeiros minutos, o Centauros impôs um ritmo forte e conseguiu abrir vantagem no placar. “Entramos com um ritmo de jogo acelerado no início, impondo nosso jogo e já abrindo vantagem desde o começo. Foi uma partida dura, mas conseguimos o resultado que buscamos”, avaliou o presidente do time, Alexsandro Barbosa, o “Badalado”.

Apesar da campanha na primeira fase ter ficado abaixo das expectati-

vas — a meta era disputar as taças Ouro ou Prata — o time manteve o foco e segue determinado a conquistar o título da Bronze. “Infelizmente não conseguimos os resultados planejados, mas seguimos firmes”, completou Badalado.

A semifinal contra o Planalto será disputada em jogo único no dia 9 de agosto, às 15h, novamente em Estrela. A outra semifinal da competição reúne Serra Gaúcha e Antiqua, e ocorre em 20 de setembro, em Caxias do Sul.

O vencedor de Centauros x Planalto enfrentará quem avançar entre Serra Gaúcha e Antiqua na grande final da Taça Bronze do Gauchão de Rugby 2025.

CRAQUES DO VALE

ATLETA DE FAZENA VILANOVA ASSINA COM O SÃO JOSÉ

O jovem talento de Fazenda Vilanova, Cauã Azevedo, 18, assina o seu primeiro contrato profissional como atleta de futebol. Na semana passada, ele passou a fazer parte do elenco do São José de Porto Alegre ao assinar contrato de três anos. Cauã é centroavante e segue o sonho de ser jogador de futebol desde os 5 anos de idade, quando começou no projeto da escolinha de futsal da Prefeitura de Fazenda Vilanova. Com 7 anos ele inciou suas atividades na base da Juventus de Teutônia. Com 14 anos passou a integrar a equipe sub-15 da Ivo10 de Teutônia, onde destacou-se em várias competições e fez parte de campanhas vencedoras da sua categoria, como nos campeonatos da Copa Serrana e Noligaf. Assessorado pela Ivo10, empresa do jogador profissional Ivo da Rosa, em 2024, o

centroavante vestiu a camisa do Ypiranga de Erechim, jogando na base do clube e tendo grande destaque. Sua característica de atacante objetivo lhe proporcionaram muitos gols na carreira e o elevaram a destaque do time do Norte Gaúcho, nas competições que disputou. O novo desafio iniciado nesta semana no Zeca do Passo D’Areia poderá ser fundamental para projetar o atleta a grandes conquistas na sua carreira. Ao assinar o contrato ao lado dos pais, Cassiano de Azevedo e Alexandra Cardoso, e de Ivo da Rosa, Cauã manifestou sua alegria e gratidão. “Estou diante da realização do meu sonho. Agradeço a Deus e minha família pelo apoio icondicional. Porém mantenho o meu trabalho com seriedade e a consciência de que estou apenas começando”, comentou o atleta.

Jovem atacante assinou contrato de três anos com o São José
DIVULGAÇÃO
A semifinal contra o Planalto será disputada em jogo único no dia 9 de agosto, às 15h, novamente em Estrela
FOTO DO FARIAS

LAJEADENSE A QUATRO JOGOS DO SONHADO ACESSO

Alviazul avança com a oitava colocação e enfrenta o melhor time da primeira fase nas quartas de final. Jogo de ida contra o Aimoré ocorre na quinta-feira, 31, em Lajeado

Caetano Pretto caetano@grupoahora.net.br

Aprimeira fase ficou para trás. O Lajeadense mantém o retrospecto de sempre avançar desde que foi rebaixado e novamente está a quatro jogos do sonhado retorno à elite do futebol gaúcho. Nas quartas de final, enfrentará o Aimoré, melhor time da primei-

Lajeadense e Aimoré se enfrentaram na penúltima rodada da primeira fase, vitória do Índio Capilé por 1 a 0 no Cristo Rei

ra fase. A partida de ida ocorre nesta quinta-feira, 31, na Arena Alviazul.

Nessa segunda-feira, a Federação Gaúcha de Futebol convocou os clubes para uma reunião online. A entidade propôs a mudança nas datas das quartas de final e semifinais. Ao invés dos jogos no meio de semana, como estão previstos, a entidade sugeriu as partidas nos próximos domingos e apenas as finais com um jogo no meio de semana.

Ao mesmo tempo, a FGF aceitou o pedido do Lajeadense para que o jogo ocorre na quinta-feira, e não na quarta, como estava marcado. O pedido se dá pela condição do gramado.

Técnico do Lajeadense, Serginho Almeida falou sobre o confronto das quartas de final após o empate em 0 a 0 com o Real. Ele diz que o Aimoré era o adversário desejado por ele no primeiro mata-mata.

“Jogamos contra eles no Cristo Rei na rodada passada e perdemos por 1 a 0, mas o jogo foi condicio-

Números da primeira fase

Melhor campanha: Aimoré, com 31 pontos

Pior campanha: Real, rebaixado com 3 pontos e nenhuma vitória

Melhor ataque: Passo Fundo, com 20 gols marcados Pior ataque: Real, com 4 gols marcados

Melhor defesa: Aimoré e Bagé, com 5 gols sofridos Pior defesa: Real, com 23 gols sofridos

Goleador: Vinícius (Passo Fundo), com 8 gols

Quartas de final Ida Quarta-feira, 30 15h – Gramadense x Novo Hamburgo 19h – Bagé x Inter-SM 19h30min – Veranópolis x Passo Fundo Quinta-feira, 31 19h30min – Lajeadense x Aimoré

nado por um gol logo cedo. Eu vi atletas deles menosprezando meus jogadores, membros da direção falando que queriam pegar o Lajeadense pois seria um adversário fácil. O campeonato agora é outro, começa tudo do zero, e eu confio nos meus meninos”, disse.

OPORTUNIDADE DE VOLTAR A VENCER E SE AFASTAR DO Z4

Grêmio recupera partida adiada da 14ª rodada e recebe o Fortaleza na noite de hoje na Arena

Sem vencer há cinco partidas, o Grêmio tem na noite de hoje boa oportunidade de reencontrar o caminho das vitórias e se afastar da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Em jogo atrasado da 14ª rodada, o Tricolor recebe o Fortaleza, às 20h30min, na Arena. A partida tem transmissão da Rádio A Hora.

A partida é a única do Brasileirão neste meio de semana reservado para as disputas da Copa do Brasil. Assim, o Grêmio pode somar três valiosos pontos e recuperar um dos jogos atrasados na competição.

CLASSIFICAÇÃO

João Pedro treinou normalmente na manhã de ontem e pode reaparecer no time titular

Depois de mostrar evolução, mas mesmo assim ser derrotado pelo Palmeiras, Mano Menezes deve seguir tateando novas possibilidades na escalação. Balbuena e Carlos Vinícius, reforços recém-anunciados, ainda não têm condição de jogo e são trabalhados para estrear no fim de semana. Igor Serrote foi vendido nessa segundafeira e também sai do time.

CHEGADAS E SAÍDAS

A grande dúvida da equipe recai sobre a presença de Villasanti, fora do jogo em São Paulo por um quadro de gastrointerite. Caso tenha condições, o paraguaio volta ao

time. Do contrário, Alex Santana e Edenilson disputam posição.

O provável Grêmio tem: Tiago Volpi; João Pedro (Gustavo Martins), Kannemann, Wagner Leonardo e Marlon; Dodi, Villasanti (Alex Santana) e Riquelme; Alyson (Pavón), Cristian Olivera e Braithwaite. Na 14ª colocação, com 17 pontos, o Grêmio não consegue ultrapassar ninguém caso vença, mas pode abrir cinco pontos de vantagem para o Z4. Se for derrotado, o time de Porto Alegre será ultrapassado pelo próprio Fortaleza.

O Grêmio acertou a venda do lateral-direito Igor Serrote para o Al Jazira, dos Emirados Árabes. O clube gaúcho permaneceu com 20% dos direitos de mais-valia sobre uma futura negociação. A negociação ocorreu por US$ 5,5 milhões (R$ 30,7 milhões).

O clube gaúcho surpreendeu e anunciou a venda no início da tarde desta segunda-feira. No total, fez 19 partidas com a camisa do Tricolor. O jovem iniciou a temporada no time sub-20 e chegou a jogar uma partida da Copa São Paulo. Foi puxado para o grupo principal e não voltou mais. Dois atletas foram anunciados pelo Grêmio e devem estrear no fim de semana. O atacante Carlos

Vinícius já foi inclusive apresentado em coletiva na manhã de ontem. O zagueiro paraguaio Fabián Balbuena é outro que reforça o time de Mano Menezes.

SAÍDAS NO INTER

O Inter confirmou na tarde dessa segunda-feira a transferência em definitivo de dois atletas do elenco principal. O zagueiro Kaique Rocha e o meia Matheus Dias não seguirão no clube colorado. Com 24 anos, Kaique Rocha retornou ao Inter nesta temporada e foi utilizada apenas uma vez. O zagueiro defenderá o português Casa Pia. Matheus Dias pertencia ao Co-

lorado, mas já estava no Nacional, de Portugal.Ao longo da temporada, disputou 29 jogos, com um gol e uma assistência pelo time português. Agora, ele se transfere em definitivo para o clube. Em nota oficial, o Inter informou sobre as negociações e agradeceu aos atletas pelos serviços prestados. Essas são as primeiras saídas confirmadas para a janela de meio de ano.

Atacante Carlos Vinícius foi apresentado na manhã de ontem e recebeu a camisa 95 do Grêmio

FORTALEZA MUDA TÉCNICO E MELHORA

A vitória sobre o Bragantino na rodada passada encerrou uma sequência de 10 partidas sem vitória do Fortaleza. O técnico português Renato Paiva inicia o seu trabalho bem. São dois jogos sob o seu comando, com uma vitória e um empate. O time cearense ocupa a 18ª colocação, com 14 pontos. O provável time titular tem: Vinícius Silvestre; Tinga, Kuscevic, Gastón Ávila e Diogo Barbosa; Lucas Sasha, Matheus Pereira e Pochettino; Marinho, Deyverson e Breno Lopes.

MERCADO DA BOLA AGITA BASTIDORES DA DUPLA GRENAL

Caetano Pretto caetano@grupoahora.net.br
LUCAS UEBEL

Campestre vencia Copa Vale do Sampaio

Depois de perder o jogo de ida para a final para o Esportivo Santa Clara por 2x0, o time do União Campestre, de Lajeado, conquistava o bicampeonato no jogo de volta. Essa era a segunda vitória da equipe na Copa Vale do Sampaio, que integrava a Série B do Regional Certel. O primeiro gol do jogo de volta foi marcado nos primeiros dez minutos. A partida teve inúmeras brigas e cinco expulsões.

CTG Capitão Ribeiro

conquistava 15 troféus

Mais de 150 pessoas ligadas ao CTG Capitão Ribeiro, de Capitão, participaram do Rodeio Artístico em Soledade. Até o prefeito Jari Hunhoff acompanhou o grupo. A comitiva de Capitão levou 15 troféus para casa, nas categorias declamação, intérprete, chula e invernadas. O CTG recebeu o quinto lugar na Invernada Mirim, o quarto lugar na Invernada Juvenil e o terceiro lugar na Invernada Adulta.

Os premiados eram:

Alex Kuhn – 2º lugar como Intérprete Vocal Pré-Mirim Peão

Cirlei Hochscheidt – 2º lugar na Declamação Adulta Prenda

Dyonathan Fachi – 1º lugar Intérprete Vocal Pré-MIrim Peão

Évelin Sopelsa – 1º lugar na Declamação Mirim Prenda

Jonatas Facchini – 1º lugar na declamação Mirim Peão

Kétlin Hunho – 1º lugar na Declamação Pré-Mirim Prenda e Intérprete

Vocal Pré-MIrim

Luan Castoldi – 2º lugar Declamação Pré-Mirim Peão

Mariana RIzzi – 2º lugar Intérprete Vocal Adulto Prenda

Susimara Ziem – 1º lugar como Intérprete Vocal Juvenil Prenda

Vanessa Ritt – 1º lugar como Intérprete Vocal Mirim Prenda

Codevat recebia R$ 31 mil da Consulta Popular

Depois de um ano de atraso, o governo do estado anunciava o pagamento de R$ 12,7 milhões para a execução das obras e serviços determinados pela Consulta Popular de 2003 e de 2004. Desse total, o Vale do Taquari receberia R$ 731 mil.

Teutônia ficaria com a maior parcela, de R$ 85 mil, que seria investida em equipamentos de informática e ainda R$ 32 mil para a aquisição de uma nova viatura. Encantado receberia R$ 19 mil para obras de reforma da Escola Estadual de Ensino Fundamental Heitor Alexandre Peretti e Travesseiro investiria na Escola Estadual Monsenhor Seger. Outros municípios da região também receberiam recursos, a maioria seria investida em novos equipamentos de informática. A Consulta Popular de 2005 estava marcada para agosto.

GREU de Cruzeiro apresentava nova diretoria

Tinha sido eleita a nova diretoria do Grêmio Recreativo e Esportivo União (GREU) de Cruzeiro do Sul. Como presidente foi escolhido Vicente Menoli Kronbauer, com o vice Bruno Reckziegel. Os outros cargos seriam escolhidos pelo presidente e, na época, os jornais

especulavam que os nomes seriam: Valdir Scheibler como secretário, Wilson Ruschel como tesoureiro, Décio Locatelli para 2º tesoureiro e Elemar Dessoy para a diretoria de copa e patrimônio. Ainda hoje, o salão do GREU existe na rua Santa Maria, em frente à Delegacia de Polícia.

Hoje é
Dia Internacional do Tigre
Santo do dia:
Santa Marta

LUCIANE FERREIRA

Entramos no “cheque especial”

De acordo com a rede WWF, chegamos, na última quintafeira, no Dia da Sobrecarga da Terra. A data marca o momento em que a demanda da humanidade ultrapassa a capacidade do planeta de produzir ou regenerar recursos naturais em 365 dias. Água, alimentos, energia e biodiversidade estão sendo consumidos e usados em ritmo acelerado. Em 2025 será necessário 1,8 planeta Terra para sustentar o estilo de vida da humanidade. Ano passado, era necessário 1,75 planeta e, em 2023, 1,7 planeta.

SbNs

Para equilibrar a balança são necessárias Soluções Baseadas na Natureza (SbN). As SbNs são estratégias que conservam, re-

cuperam e utilizam ecossistemas naturais de forma sustentável. Por consequência, reduzem os impactos da crise climática e de perda de biodiversidade.

Sobre a WWF

Organização não-governamental brasileira e sem fins lucrativos que trabalha para mudar a atual trajetória de degradação ambiental e promover um futuro mais justo e saudável para todos, no qual sociedade e natureza vivam em harmonia. As iniciativas buscam proteger e restaurar a biodiversidade, fortalecer a agricultura familiar e a produção local, além de gerar estudos sobre o impacto do desmatamento e das queimadas. Tem forte atuação no tema clima e energia, defen-

Formação

O curso de Promotoras Legais Populares (PLPs) teve o primeiro encontro com foco na atuação em situações de crise climática na região. A formação é promovida pela ThemisGênero, Justiça e Direitos Humanos, em parceria com a Uniivates e Fetag-RS. O objetivo do curso é qualificar lideranças comunitárias para o enfrentamento de desastres e emergências, considerando as características regionais. O curso tem duração de quatro meses, e as mulheres participarão de atividades presenciais e online sobre mudanças climáticas, empoderamento legal, racismo ambiental, violência de gênero e serviços públicos e redes de apoio.

dendo e criando soluções para um futuro de segurança climática.

Dia sem impostos

O Dia da Sobrecarga da Terra lembra outro desafio brasileiro: o Dia Livre de Impostos. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), o brasileiro precisou trabalhar 149 dias, ou seja, até o dia 29 de maio, só para pagar impostos em 2025. Se a carga tributária que recai sobre empresas e cidadãos pudesse ser investida em pesquisa, tecnologias e ações em favor do meio ambiente, talvez o Dia da Sobrecarga da Terra ficasse mais para o fim do segundo semestre. Pode parecer utopia, mas não percamos as esperanças.

Cases ESG

O Núcleo ESG da Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil) promove encontro aberto no dai 12 de agosto, às 19h, na sede da entidade. Na programação, a apresentação do case da BRF “Transparência e Sustentabilidade: o consumo de água como pilar de ESG”, e da empresa Girando Sol, com o tema “Inventário de GEE e GHG Protocol – caminhos para gestão e transparência das emissões. Os pilares ambiental, social e governança (ESG) mostra o quanto um negócio busca maneiras de minimizar os seus impactos no meio ambiente e a intenção de construir um mundo mais justo e responsável a partir de melhores processos de administração.

ARTIGO

ROGÉRIO WINK

Empreendedor e comunicador, apresentador do programa “O Meu Negócio”, da Rádio A Hora 102.9

Narrativas não bastam

No mundo dos negócios, por mais que tentem nos convencer do contrário, o que sustenta as relações não são discursos inflamados. O que move as engrenagens do comércio global são variáveis mais sólidas — como contratos bem firmados, sistemas confiáveis e, sobretudo, relações de confiança. Essa lógica vale para empresas, mas também para países. Quando um contrato é rompido ou a confiança é quebrada — seja por decisões de lideranças instáveis ou por ações unilaterais de um sistema — os impactos são profundos. A quebra de confiança gera retração de investimentos, incertezas econômicas e até isolamento internacional. Nenhuma narrativa, por mais bem construída que seja, é capaz de resolver esse tipo de dano estrutural. A política, claro, é parte do jogo. Mas ela sozinha não segura o tabuleiro. Um país pode construir a melhor retórica possível sobre soberania, justiça ou autodeterminação — mas, se não garantir estabilidade institucional, previsibilidade jurídica e inserção econômica confiável, dificilmente será levado a sério no cenário global. Basta olhar ao redor. O mundo vive, sim, uma tensão: será que estamos diante de uma nova ordem mundial ou apenas de mais um realinhamento político entre potências? Não tenho essa resposta. Mas sei de uma coisa: os instrumentos que regulam os negócios globais não estão nas mãos do Brasil — estão mais ao norte. Quando a confiança entre nações é rompida, os efeitos são técnicos, duros e mensuráveis — bem diferentes do mundo das palavras e das narrativas. Produtos de países vistos como instáveis passam a enfrentar sobretaxas comerciais, barreiras tarifárias, restrições de entrada e exigências exageradas. Isso encarece exportações, reduz competitividade e impacta diretamente a indústria, o agronegócio e o emprego. Além disso, bancos, empresas ou governos podem ser impedidos de captar recursos, receber investimentos ou operar em moedas fortes. Linhas de crédito são suspensas, investimentos travam, agências de risco rebaixam a nota do país. O capital — que é tímido por natureza — vai embora. E, talvez o golpe mais duro, uma exclusão do sistema SWIFT, que não é apenas uma rede de mensagens entre bancos, mas a espinha dorsal das transações internacionais. Sem ele, um país simplesmente não consegue pagar nem receber com eficiência. O comércio trava. O país passa a operar de forma improvisada, cara, arriscada e, muitas vezes, marginalizada. Isso não é teoria. Aconteceu recentemente com alguns países. As consequências foram devastadoras: moedas desvalorizadas, reservas evaporadas, e a confiança internacional, destruída. Imaginar que simples narrativas resolverão conflitos ou reposicionarão nações inteiras no tabuleiro global é um erro de leitura. Países que seguem esse caminho correm o risco de se auto isolar — e, no mundo interconectado de hoje, isso me parece uma escolha extremamente arriscada. Torço para que os líderes envolvidos nas tensões atuais — e aqui falo de todas as partes — tenham a maturidade necessária para ajustar as relações, e não as romper.

O que move as engrenagens do comércio global são variáveis mais sólidas — como contratos bem rmados, sistemas con áveis e, sobretudo, relações de con ança”

Terça-feira, 29 julho 2025

Fechamento da edição: 18h

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