A Hora - 11.09.2021

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A HORA | Fim de semana, 11 e 12 de setembro de 2021 | Ano 19 - Nº 2927 | Fechamento da edição: 19h

25 ANOS DA MORTE DE GEISEL

Presidente ou ditador?

De 1974 a 1979, Ernesto Geisel governou o Brasil no regime militar. Com raízes em Estrela, foi o chefe da nação com maior proximidade ao Vale na história do país. Entre críticas e elogios, seu mandato deixou marcas na região.

Páginas 14, 15 e 16

Avulso

R$ 3,50 (dia útil) R$ 6,90 (fim de semana)

EMANCIPAÇÕES COMPROMETIDAS

Decisão no STF ameaça quatro cidades do Vale Suprema Corte considera inconstitucionais leis estaduais que emanciparam municípios a partir de 1996 Em julgamento nesta semana, STF acatou a ação ajuizada pela Procuradoria-Geral da República, de 2012, que contesta leis estaduais que regulamentam 29 municípios gaúchos.

Decisão pode impactar quatro cidades da região. Canudos do Vale, Forquetinha, Coqueiro Baixo e Westfália foram emancipados com base na legislação questionada.

Página 10 e 11

Escassez de energia força adaptação de indústrias

RENATA LOHMANN

CRISE ENERGÉTICA OPINIÃO FERNANDO WEISS

Não estamos em 1964 Se com as instituições democráticas está ruim, pior sem elas.

OPINIÃO RODRIGO MARTINI

100 anos de O Paladino Grupo A Hora presta homenagem ao centenário da empresa de Estrela.

Com os menores níveis nos reservatórios, país entra em estágio crítico. Conforme análise de especialistas, sistema energético não terá capacidade para atender demanda. Reduzir a dependência das hidrelétricas e incentivar fontes limpas é o caminho para garantir o abastecimento no futuro Páginas 6 e 7

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ABRE ASPAS

“Quanto mais você faz, melhor você fica”

Natural de Canoas, Marcelo Giba,38, atuou em vários clubes de futsal do Brasil e do mundo.

Formado em espanhol, está terminando a graduação em Educação Física, trabalha como professor da Escolinha Rui Barbosa, em Arroio do Meio.

EZEQUIEL NEITZKE ezequiel@grupoahora.net.br

Quanto tempo você trabalha como treinador?

Tive meu primeiro contato com escolinhas em 2016 desde então sempre tive algum contato, mas agora em janeiro de 2021comecei a trabalhar realmente com os meninos na Escola de Base Rui Barbosa junto com o Nestor e o Júlio.

Como o esporte pode ajudar a termos uma sociedade melhor?

Primeiro motivo da escolha foi tornar um pouco mais divertido e disciplinado o mundo de cada criança, e claro tentar passar para eles um pouco do meu aprendizado em 22 anos de profissional dentro da modalidade. Acredito que o futuro passa muito pelo o esporte, não só como profissão mas sim como cidadãos.

Nesse trabalho com as crianças, como é contribuir para a formação do indivíduo? É muito prazeroso ver a felicidade

no rosto de cada criança, evolução diária de cada um em todos os aspectos e momentos em família que o esporte proporciona.

Qual o momento em que sentiu mais orgulho? E o contrário, já teve alguma decepção?

Orgulho sinto diariamente, pois não são resultados que importam para esses meninos e sim a emoção, motivação e felicidade de cada um. Tendo passar tudo que vivi e vivo ainda dentro da modalidade sabendo que temos muitos altos e baixos, mas que o problema não é a derrota e as quedas, mas sim como reagimos a elas.

Quais são as principais diferenças de quando você começou para a da juventude de hoje?

Há uma grande diferença de quando comecei para a juventude de agora, pois hoje tudo é mais corrido, todo mundo tenta encontrar tempo pra viver e ainda cuidar e educar seus filhos, mas tenho a certeza que todo esforço vale a pena pra proporcionar pros nossos filhos a participação em esportes ,

Contatos eletrônicos: Diretor Executivo: Adair Weiss Diretor de Mercado e Estratégia: Fernando Weiss Diretor de Marketing e Inovação: Sandro Lucas Editor-chefe da Central de Jornalismo: Alexandre Miorim Fundado em 1º de julho de 2002 Vale do Taquari - Lajeado - RS

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Av. Benjamin Constant, 1034, Centro, Lajeado/RS

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EDITORIAL

Apagão iminente EZEQUIEL NEITZKE

incentivá-los e aproveitar juntos cada minuto com eles.

Nesse período de pandemia, como trabalhar o psicológico das crianças para que elas sigam se exercitando com cuidado?

Vivemos um momento de pandemia e todo cuidado é necessário, tentar sempre manter as crianças cientes do que tem que ser feito para proteger cada um e seus familiares mas também mostrar o quanto é importante a frequência deles na atividade para que sigam sempre saudáveis Como passar os ensinamentos que aprendeu como jogador para essas crianças que querem seguir os mesmos passos que você?

Primeiro ensinamento sempre foi estudar e acreditar que tudo na nossa vida passa pela repetição. Quanto mais você faz, melhor você fica. Temos que estar sempre dispostos a aprender, independente da idade que temos. Cada dia se aprende algo novo e o que você faz com isso que se torna o diferencial para seguir em qualquer área e fase da vida.

Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores.

Impressão Zero Hora Gráfica

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A

crise hídrica no país ganha proporções preocupantes e aciona alerta no setor energético brasileiro. Governo federal pede a redução de consumo por parte da população e anuncia incentivos para indústrias que conseguirem poupar.

Vinte anos após o último apagão em escala nacional, a iminência de um novo episódio de falta de energia é real. Do apagão de 2001 até agora, o país avançou na geração. Aumentou em 108% as linhas de transmissão e adotou projetos alternativos, com produção por meio do sistema eólico, solar e de biomassa.

Ainda assim, nem todo o potencial ainda foi explorado e, mais uma vez, a sociedade se vê diante do risco de racionamento. Algumas barreiras, por vezes ideológicas, criaram entraves para a instalação de hidrelétricas. O modelo que usa a força da água para produzir energia é a fortaleza do sistema nacional, mas não pode estar sozinha.

Eletricidade é insumo básico à vida moderna, à economia e ao bem-estar. Planejar o futuro e garantir o necessário para atender as demandas da sociedade deve constar entre as áreas prioritárias a qualquer governo.”

No ano do apagão, as hidrelétricas representavam 82% de toda energia gerada no país. Hoje, esse percentual está em 62%. O país avançou, criou alternativas.

Ainda assim, está no uso dessa força da natureza a forma mais sustentável e autônoma para garantir o atendimento das necessidades, seja para o avanço da produção de riquezas ou para o consumo das famílias. Diferente da energia eólica e solar, que dependem de recursos impossíveis de se armazenar.

Neste contexto, entre as brigas ambientais e a instalação de novos projetos hidrelétricos, é preciso encontrar um meio termo. O controle do impacto na natureza deve ser acompanhado por regras claras e por diagnósticos efetivos dos riscos.

O apagão nos próximos meses parece inevitável. O país precisa se debruçar agora sobre um planejamento eficiente de médio e longo prazo acerca de sua política energética. Eletricidade é insumo básico à vida moderna, à economia e ao bem-estar. Planejar o futuro e garantir o necessário para atender as demandas da sociedade deve constar entre as áreas prioritárias a qualquer governo.

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FERNANDO WEISS Sugestões, críticas, contrapontos: fernandoweissahora@gmail.com

Não tem milagre e nem milagreiro No fim de semana passado corriam pelas redes sociais convocações para a mobilização de 7 de setembro. Prometia-se mudar o país. Uma espécie de movimento capaz de derrubar ministros do STF e por aí afora.

Agora, quatro dias depois do feriado de terça-feira, toda aquela mágica anunciada foi para o ar.

Nem haveria de ser diferente.

Um modelo democrático não se desfaz da noite para o dia. Já não vivemos, ainda bem, em 64.

O STF é cheio de problemas e podridões. O Executivo não é diferente. E o Congresso também.

Nesse tripé que sustenta nossa democracia não tem santo. Mas também não tem somente diabos.

Ainda somos jovens no quesito democracia. O feriado de 7 de setembro nos ensinou,entre outras coisas, duas lições básicas: 1º - Não existe milagre nem milagreiro. Quem foi atrás das bravatas do presidente Jair Bolsonaro e acreditou que ele teria força para exigir troca de ministro percebeu que as coisas não são bem assim. E nem devem ser. Bolsonaro é presidente da República e, como tal, deve se submeter à legislação vigente, sem passar por cima dela. Quando ele, e qualquer presidente, ensaia sair desse formato, o resultado é o que se viu na noite de quinta-feira, quando Bolsonaro recuou, mudou discurso e tratou de baixar a tensão institucional entre os poderes. Se com as instituições estabelecidas está ruim, pior sem elas e sem o respeito mútuo entre as mesmas.

2º - Não sejamos ingênuos. A

LAJEADO E O PAPELÃO DO ANO

Os vereadores, com bafo na nuca de representantes do Sindicato dos Comerciários, adiaram a decisão acerca do projeto que tira a proibição do comércio lajeadense de abrir aos domingos e feriados. Com os olhos em 2024, me arrisco a dizer que a tendência é os vereadores reprovarem a matéria. Lajeado tem a capacidade de transformar uma questão simples – isso mesmo, simples – em algo complexo e polêmico. Pergunto: alguém se lembra como foi nas outras cidades quando decidiram PERMITIR o comércio aos domingos? E outra: alguém conhece uma cidade aqui na região que abre

o comércio aos domingos, mesmo que a lei os permita?

Por tudo isso, os vereadores e o Sindicato dos Comerciários estão promovendo um grande papelão, que nada condiz com o tamanho e o desenvolvimento da cidade. Me aproprio de um dito popular que cai na medida para resumir os desdobramentos acerca do projeto em debate – “parece tosa de porco: muito grito para pouca lã”.

E digo mais. Se reprovar o projeto agora, voltaremos com o mesmo assunto no próximo ano. Ou em 2023, 24 ou 25. O que muitos não querem aceitar, é que estamos num caminho sem volta.

Capricho Jurídico e o Retrocesso

melhor forma para mudar o que está ruim é trabalhar. Desconfiar das promessas mágicas. Evitar que caiamos em armadilhas ideológicas. E nos informar de forma adequada. “A dúvida como método”, já ensinava o filósofo René Descartes. Não adianta tomar por verdade aquilo que queremos acreditar. É preciso atentar para

as segundas intenções (e elas sempre existem) acerca dos temas, duvidar das fórmulas mágicas e não se deixar levar pela ingenuidade. Enquanto a sociedade permitir ser massa de manobra, seremos manobrados, seja por Lula, por Bolsonaro, por Moraes, ou por quem formos eleger. Já podemos deixar de acreditar em Papai Noel.

Pois o Supremo Tribunal Federal declara inconstitucionais as leis que deram origem à criação de 30 municípios no Rio Grande do Sul. Quatro do Vale do Taquari: Canudos do Vale, Forquetinha, Coqueiro Baixo e Westfália.

Ainda que não seja a primeira vez que o assunto vem a público, é a primeira vez que a decisão parte do STF. E tem uma boa base de fundamentação.

Mesmo assim, falar em demover a emancipação dessas cidades é ignorar a realidade. Westfália, bem lembramos, figura entre as cidades brasileiras com melhor renda per capita do país, sem falar na qualidade de vida. Não é diferente

nas outras três cidades do Vale citadas na decisão. Simples: se as leis que promulgaram a emancipação desses municípios são inconstitucionais, que os ministros do STF e demais instâncias judiciais tratem de tornar constitucionais.

O que não dá é abrir um debate acerca dessas cidades perderem a independência e a autonomia.

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RODRIGO MARTINI Sugestões, críticas, contrapontos: rodrigomartini@jornalahora.inf.br

Fraqueza?

A narrativa inicial para a carta de Jair Bolsonaro e Michel Temer não surpreende e, para variar, atende aos anseios dos adoradores de corruptos. A conclusão é uma só: Bolsonaro demonstra fraqueza.

O raciocínio é simplista, parece mera torcida, ignora uma série de fatos e desconsidera o desconhecimento acerca dos bastidores. Eu sei pouco, é claro. Mas eu sei que se há um cão raivoso mordendo a todos na rua, de nada adianta falar com o cachorro. Afinal, ele é irracional. Para que eu consiga transitar tranquilamente no bairro, e fazer o que quero, livremente, eu vou falar com o dono do cachorro. No caso, o experiente (e prudente) dono parece que veio correndo.

Cidade “inteligente”

O

Grupo A Hora realizou uma homenagem aos 100 anos da empresa “O Paladino”. O negócio funcionou como um jornal impresso entre 1921 e 1941, no mesmo local onde hoje se encontra a sede do jornal Nova Geração, em Estrela. No início, o periódico da família Schwertner tinha uma tiragem de 400 exemplares. No fim, chegou a 5 mil.

Após o fechamento do jornal, o negócio persistiu com uma Livraria e Papelaria, que segue em funcionamento.

A família Schwertner foi homenageada na sexta-feira com uma placa em alusão ao histórico jornal, e que foi instalada no centro da redação do jornal Nova Geração (foto).

O coquetel reuniu ex-funcionários, agentes políticos e admiradores. No encontro, o diretor do Grupo A Hora, Adair Weiss, anunciou a produção de um documentário sobre a comunicação no Vale do Taquari, e também a produção de um anuário do NG, que levará o nome de “O Paladino”.

Outro momento sublime do coquetel foi a apresentação de duas cervejas artesanais

Os 100 anos de “O Paladino”

estilo belga, de grande complexidade, fortes, e de características marcantes. Tal qual “O Paladino”.

As 100 garrafas foram produzidas em homenagem à centenária empresa, e foram produzidas

Luz e água Pouco a pouco e a Secretaria de Meio Ambiente de Lajeado vai autorizando um verdadeiro genocídio ambiental no centro comercial do Vale do Taquari, contribuindo em nada para os critérios mínimos de uma “smart city”. O setor da Prefeitura de Lajeado parece despreocupado com a qualidade de vida dos clientes e demais transeuntes que cruzam diariamente nas principais ruas do centro lajeadense, em especial na Av. Benjamin Constant, na Rua Júlio de Castilhos, e, mais recentemente, na Rua Bento Gonçalves (foto). Aliás, não é apenas o setor de Meio Ambiente que está despreocupado com o deserto que está “brotando” na área central. Infelizmente.

Governador em Estrela

O prefeito de Estrela, Elmar Schneider (PTB), convidou o governador Eduardo Leite (PSDB) para prestigiar a 7ª Multifeira que inicia em outubro. O convite pessoal foi realizado nesta semana, durante encontro entre eles e o vice-governador Ranolfo Vieira Júnior (PTB), durante a Expointer.

pelo Mestre Cervejeiro, Douglas Sulzbach, um dos proprietários do pub O Gato da Praça, empreendimento vizinho ao histórico prédio e que também assina a justa homenagem.

O assunto já chegou à Câmara de Lajeado. Pescadores solicitam refletores para iluminação abaixo da ponte da BR-386 sobre o Rio Taquari, no espaço próximo à Marina do Vale.

E a Covid?

No fim da tarde de ontem, o Hospital Bruno Born (HBB), a principal referência de saúde no Vale do Taquari, registrava apenas sete pacientes internados com covid-19, e outros três com suspeita da doença.

Entre os 10 pacientes, três estavam na UTI.

Plano Diretor Um ano após a novela que resultou na aprovação do Plano Diretor de Lajeado, o Executivo encaminha projeto para alterar alguns pontos do documento. Entre as mudanças propostas, a inclusão de um representante do Cartório de Registro de Imóveis e de mais um membro da Secretaria do Planejamento (Seplan) no Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano.

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CRISE HÍDRICA

Risco de apagão ameaça retomada econômica e força adaptação Sistema Interligado de Energia opera com reservatórios em 20% e perspectiva aponta para racionamento de luz entre outubro e novembro. Aneel eleva preço da conta até fim de abril. Caso seca continue no centro do país, instabilidade energética pode perdurar por todo 2022. Mesmo com investimento em sistemas alternativos, empresas se preparam para alterar rotinas FILIPE FALEIRO filipe@jornalahora.inf.br

PAÍS

O

que era uma ameaça se aproxima de acontecer. A perspectiva de desligamentos programados de energia elétrica e de apagões aponta para os meses de outubro, novembro e dezembro.

Com o menor nível nos reservatórios das hidrelétricas em 91 anos, a geração de energia se encaminha para o colapso.

Diante dessa condição, indústrias do Vale reorganizam metas e o funcionamento da produção para os próximos meses. Na metalúrgica Hassmann, a energia elétrica é insumo básico. A planta industrial, localizada em Imigrante é uma das maiores do país. Sozinha representa mais consumo do que toda a cidade.

A autorização para uso de tamanha carga parte de contrato no mercado livre. Significa que a empresa compra fora da distribuição às residências e comércios. O diretor da indústria, Carlos Hassmann, se antecipa: “Está bem claro que teremos de reduzir. Estamos sendo empurrados para isso.”

Falta agora, diz, saber o quanto reduzirá. “Estamos na expectativa. No aguardo da informação por parte da distribuidora.” Em curto prazo, não há alternativa para escapar dos racionamentos.

Conforme o empresário, como o desligamento será na ponta, nas usinas para as linhas de transmissão, tanto os setores produtivos quanto o próprio cidadão terão de se adaptar.

O horário de maior consumo no país é das 13h às 16h. Reduzir o

uso de energia neste horário é uma das estratégias defendidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Na metalúrgica, para fabricar as peças de metal é necessário abastecer o forno. “O maior consumo é no tratamento térmico. Se ficarmos

sem eletricidade em meio aos turnos, perdemos, no mínimo, seis horas de trabalho.”

Frente a tal condição, já há perspectiva para desligamento de alguma linha de produção. “Seremos compelidos a economizar.” A ociosidade dos equi-

O RS no sistema nacional

Participação dos estados

A matriz energética gaúcha tem 9,4 gigawatts instalados:

80%

A Região Sudeste representa 70% da geração de energia hidrelétrica

Destes, 49,2% de hidrelétricas

Os três estados do Sul produzem 7%

Eólica representa 19,5% Fotovoltaica com 8,2%

Nos últimos anos, o Nordeste cresceu, com participação de 17,8%

Termelétricas de biomassa, 3,8%

O Norte produz 5,2% da energia

de fontes renováveis

pamentos eleva o custo fixo da empresa, interfere sobre o cumprimento dos pedidos. “Para o mercado é muito ruim. Como reflexo teremos perdas em toda a economia. Cai o PIB, com reflexo sobre a arrecadação pública, menos renda à população e risco de aumento do desemprego”, alerta Hassmann.

Incentivo para novas fontes

Diretor da indústria de sorvetes Sorvebom, Martin Eckert, realça que o principal risco para algum apagão ou racionamento está no armazenamento dos produtos.

“As linhas de produção conseguimos adaptar. O risco é faltar luz para manter o sorvete.”

Da mesma forma que a metalúrgica de Imigrante, a empresa de Lajeado também compra energia no mercado. “Ainda não sabemos se termos desligamentos. Ainda assim, já nos programamos para alugar geradores.”

Na avaliação dele, algumas decisões políticas podem ajudar na solução dos problemas energéticos. Além de investimentos em novas fontes, a instalação de mais hidrelétricas pelo país, estaria políticas públicas de incentivo para investimentos em sistemas alternativos, em especial o solar. “Fizemos um orçamento para a nossa empresa. Teríamos 25 anos para ter o retorno.”

dústrias do RS (Fiergs) realça a necessidade do setor público destravar os projetos de empreendimentos para geração de energia.

Conforme apuração do Grupo Temático de Energia e Telecomunicações da Fiergs, seria possível gerar 15 megawats no Estado a partir da instalação de pequenas usinas hidrelétricas, junto com o melhor aproveitamento das fontes alternativas, em especial a solar e a eólica.

De acordo com o diretor da comissão, Edilson Deitos, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente tem cerca de 100 projetos em análise. Para ele, é preciso supe-

Solução em médio e longo prazo

A interferência sobre os setores produtivos acontece em um momento de recuperação. Por esse motivo, a Federação das In-

Uso de condicionadores de ar elevam

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Fábrica de roupas de Estrela instalou painéis fotovoltaicos. Investimento reduziu o consumo entre 60 e 70%. Ainda assim, isso não garante autonomia para funcionar caso houver apagões

Metalúrgica de Imigrante aguarda informações sobre racionamento de energia. Caso aconteçam desligamentos, será preciso desligar algumas linhas de produção

rar discussões ideológicas.

“Tivemos avanços importantes sobre as leis de licenciamento. Os projetos estipulam três pilares: o ambiental, social e econômico. Caso haja alguma irregularidade, o empreendedor será responsabilizado.”

As ações para ampliar a geração de energia no RS reduziria a dependência da fonte hídrica, acredita. De acordo com ele, uma vez que o recurso água vem se tornando, ano após ano, cada vez mais limitado, é preciso rever o uso do sistema de energia baseado no fio d’água.

Nos três estados do sul, a geração de energia é das hidrelétricas

(63%), térmica (15%), eólica (10%). Os 12% que faltam se dividem entre o fornecimento vindo do centro do país ou importada da Argentina e do Uruguai.

Hoje o RS importa 30% da energia que consome. Caso as pequenas hidrelétricas que estão no papel estivessem operando, o estado não precisaria recorrer as fontes externas. “Passaríamos a ser exportadores de energia”, afirma Deitos.

Luz mais cara e campanha Conforme o Operador Nacional do Sistema (ONS), significa que o país não terá capacida-

de de atender a necessidade de energia. Dois movimentos foram adotados para reduzir essa chance. O primeiro da Agência Nacional de Energia Elétrica, com a criação tarifa. A chamada bandeira de escassez hídrica.

A taxa extra será de R$ 14,20 para cada 100 kilowatt-hora (KWh) consumidos. Entrou em vigor dia 1º de setembro e permanece vigente até abril do ano que vem. Esse novo patamar representa um aumento de R$ 4,71 na conta. É cerca de 50% mais na comparação com a bandeira vermelha patamar 2, até então o maior patamar, no valor R$ 9,49 por 100 kWh. O outro movimento parte do governo federal. O programa dará incentivos para os clientes residenciais e de pequenos comércios a partir da redução do consumo. A ideia é garantir um desconto nas contas de luz para quem que tiverem diminuição de 10% até 20% no uso da energia.

Ainda assim, as estimativas apontam que não será possível adiar o inevitável. “Dependemos do fim da seca no centro do país.

Se trata da maior crise hídrica em 91 anos. Podemos afirmar: teremos racionamento”, diz Deitos.

Em caso de a falta de chuva continuar, há risco de escassez energética no país ao longo de todo o próximo ano.

Uso de fontes renováveis

consumo. Com crise hídrica, governo estuda o retorno do horário de verão

Na análise do engenheiro eletricista Alex Mottin, como a infraestrutura energética da nação tem grande dependência das hidrelétricas, é preciso ampliar o leque de possibilidades. “Para evitar e reduzir riscos de apagões,

é preciso investir em mais fontes de energia.”

Em meio a isso, as melhores opções são pelos modelos sustentáveis, com baixo impacto poluente. Quanto mais limpa, melhor”, afirma. De acordo com Mottin, o modelo central de geração no país tem aspectos positivos e negativos. Por um lado, o uso da água produz muita energia com baixo preço. Além disso, também é um modelo limpo.

Por outro lado, é preciso prever áreas de inundação, o que interfere na fauna e na flora. Junto com a questão ambiental, há ainda o risco de baixa geração quando há falta de água.

Dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) apontam para o crescimento na instalação de sistemas de geração de energia a partir do sol no RS. Dos 785 MW de capacidade instalada, mais de 39% são em residências. No comércio representa 33,9% e no meio rural, alcança 15,4%. Hoje, a geração de energia pelo sol no Rio Grande do Sul é a terceira maior do país.

Opção sustentável não está imune aos cortes

Na indústria de vestuário Rola Moça, foram instalados 697 painéis fotovoltaicos. Com a energia do sol, reduziu de 60% a 70% a conta da energia, diz o diretor Alexandre Dullius. O investimento foi inspirado na experiência de empresas da Europa.

Apesar da preocupação em se tornar uma organização sustentável, toda a energia gerada é transferida para o sistema nacional. “Se tiver apagão, vamos ser desligados também. Não podemos gerar automaticamente só para a indústria”, relata.

Caso o racionamento interfira sobre as linhas de produção, resta o uso de geradores a base de diesel. “Vai na contramão das nossas atitudes. Temos como meta sermos uma empresa limpa, preocupada com a sustentabilidade e com a natureza. Usar o gerador é muito poluente. Mas não teremos como fugir disso.”

Saiba mais:

O sistema energético nacional é interligado. No RS, as hidrelétricas do centro do país, em especial a usina de Itaipu, representam 60% da geração energética; Os reservatórios estão abaixo dos 22%.

Menor nível em mais de 90 anos; A escassez de chuva no centro do país deve prosseguir até novembro. Caso volte a normalidade, estima-se que até abril os reservatórios possam chegar a pelo menos 50% da capacidade;

Projetos em análise

Conforme a Sema, há projetos de empresas privadas em trâmite para licenciamento. Ao todo, representam 15 gigawatts de capacidade.

Hoje são 59 Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs); 87 Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs); e 17 Usinas Hidrelétricas (UHE); Destas, 58% estão em operação.

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SEGURANÇA PÚBLICA

Assassinato de mulheres aumenta 27% no RS FILIPE FALEIRO

Em oito meses, Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP) contabiliza 72 feminicídios. No mesmo período de 2020, haviam sido 57. Maior parte dos crimes acontece dentro de casa. Órgãos de proteção anunciam programas para tentar reduzir violência

PELO VALE Intensificar ações de prevenção à violência doméstica e incentivar as denúncias em casos suspeitos são medidas para diminuir assassinato de mulheres, acredita Estado

Tabulação considera o período de janeiro até agosto, com base nas ocorrências em 38 cidades do Vale do Taquari.

ASSASSINATOS 2021: 31 vítimas 2020: 29 vítimas

Queda de 6,4%

FURTOS

2021: 1.280 2020: 1.349

Alta de 5,3%

FILIPE FALEIRO filipe@grupoahora.net.br

FURTO DE VEÍCULOS 2021: 115 2020: 141

ESTADO

O

s crimes de feminicídio aumentaram. É o que mostra relatório da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP). Em agosto de 2020 foram quatro vítimas, menor número da série histórica, no mesmo mês deste ano, foram 13 casos.

A análise interfere sobre o acumulado de todo o 2021. Em oito meses, foram 72 assassinatos de mulheres. De janeiro a agosto do ano passado, haviam sido 57 do ano passado, uma elevação de 27%.

Os indicadores criminais foram apresentados pelo governo do Estado na manhã de ontem.

Como forma de prevenir novos casos de feminicídios, a SSP promete intensificar ações repressivas contra agressores, além de implantar programas de prevenção.

No trabalho para frear o aumento desse crime, as forças de segurança têm ampliado os canais

Queda de 18,4% de comunicação e acolhimento do público feminino, além de intensificar atividades preventivas e a repressão contra os agressores.

No início de agosto, com a participação das 23 Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher (DEAMs), a Polícia Civil deflagrou a Operação Margaridas, que cumpriu uma centena de mandados de busca e apreensão e de prisão em mais de 150 cidades de todas as regiões do RS. Pela análise do Estado, os números mostram a importância de parentes, amigos, vizinhos, colegas de trabalho e de escola, ou até mesmo desconhecidos, manterem o alerta e avisarem as autoridades em sinal de violência.

Quanto mais cedo for levado às autoridades o conhecimento sobre possíveis abusos, maiores são as chances de auxiliar as mulheres

vítimas a romperem com o ciclo de violência antes que ele termine em um feminicídio, afirma o vice-governador e secretário de Segurança, Ranolfo Vieira Junior.

Queda nos demais crimes

O RS completou dez meses seguidos de redução de crimes. Entre elas, os homicídios. No acumulado de janeiro a agosto, houve 1.043 vítimas (retração de 17,6% ante o mesmo período de 2020).

Os dados, que fazem parte dos indicadores criminais divulgados nessa sexta-feira. Para o governo, revelam o impacto da política de foco territorial implantada pelo RS Seguro, com esforço especial para o combate ao crime nos 23 municípios que concentravam os maiores indicadores criminais na última década.

Entre esses municípios está Lajeado. A redução na maior cidade da região é registrada desde 2018. Naquele ano foi instituído o Gabinete de Gestão Integrada (GGI). A organização é composta por integrantes das forças de segurança, Ministério Público, Defensoria Pública, sociedade civil organizada e administração municipal.

A partir das reuniões, são avaliados os locais das ocorrências, buscado dados específicos sobre horários, dia da semana e características dos crimes. Com a troca de informações, são criados planos de atuação intensiva sobre esse mapeamento. “Fazemos um levantamento mês a mês para estabelecer medidas com base nas evidências”, afirma o secretário de Segurança Pública de Lajeado, Paulo Locatelli.

ROUBO 2021: 165 2020: 201

Queda de 17,9% ROUBO DE VEÍCULOS 2021: 32 2020: 35

Queda de 8,5%

ESTELIONATOS 2021: 1.542 2020: 869

Alta de 77,4%

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CANUDOS DO VALE

COQUEIRO BAIXO

INSEGURANÇA JURÍDICA

Decisão do Supremo ameaça municípios criados após 1996 Processo da PGR contesta leis estaduais e municípios podem voltar à condição de distrito FELIPE NEITZKE felipeneitzke@grupoahora.net.br

VALE DO TAQUARI

O

entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre ação ajuizada há nove anos contra o processo de emancipação de Pinto Bandeira, que era distrito de Bento Gonçalves, pode impactar quatro municípios do Vale do Taquari.

Movido pela Procuradoria-Geral da República (PGR), a ação contesta leis estaduais que regulamentam a criação de municípios a partir de 1996. Dentre as cidades criadas no período estão: Canudos do Vale, Coqueiro Baixo, Forquetinha e Westfália.

Conforme a minuta do relator, ministro Luís Roberto Barroso, a legislação estadual não está em conformidade com a Constituição, que passou a exigir uma lei complementar federal e a divulgação prévia dos estudos de viabilidade municipal, apresentados e publicados na forma da lei.

No voto, o ministro julgou procedente o pedido da PGR e a inconstitucionalidade da lei complementar n° 13.587/2010, que dispõe sobre a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de municípios do RS. Além disso, também descarta a legalidade das leis complementares n° 10.790/1996, 9.089/1990 e 9.070/1990.

Nota da Famurs

Os municípios ainda não foram notificados oficialmente e não há previsão de como seria o processo de desemancipação. Diante do impasse jurídico, a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), emitiu nessa sexta-feira, 10, uma nota sobre o tema.

Conforme a entidade, a decisão do STF na Ação Direta de Incons-

titucionalidade (ADI) 4711 não impacta municípios emancipados antes de 2006. “De acordo com a Emenda Constitucional 57/2008, são plenamente válidas e convalidadas pelo referido artigo 96 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Federal”, diz a nota.

Ainda de acordo com a Famurs, em 2008, o Congresso Nacional ampliou o regime de transição

previsto na EC 15/1996 e aprovou a referida emenda, pela qual se convalidou os atos de criação, fusão, incorporação e desmembramento de municípios em todo o país, desde que, tenha sido publicada até 31 de dezembro de 2016.

A Procuradoria-Geral do Estado (PGE) informou estar analisando a eventual interposição de recurso e a abrangência dos efeitos jurídicos da decisão do

Processos de emancipação

STF. Os municípios do Vale, que podem ter a anulação do processo de emancipação buscam mais informações e mobilizam políticos, líderes, e as procuradorias jurídicas.

Mobilização regional

Sem entrar no mérito da decisão do STF, o presidente do Conselho de Desenvolvimento do Vale do Taquari (Codevat), Luciano Moresco, reforça a importância da mobilização regional a fim de encontrar alternativas.

“Esses municípios estão consolidados, não podemos nem cogitar um retrocesso”, avalia.

No seu entendimento, é preciso buscar uma solução legislativa.

“Ficaria difícil até mesmo aos municípios-mãe, seria algo inconsequente”, pontua Moresco.

O presidente do Codevat alerta para a necessidade de monitorar as próximas etapas e os prazos do Supremo a partir da publicação da decisão.

“As emancipações cumpriram com o trâmite legislativo” A avaliação do advogado Fábio Gisch é que não há inconstitucionalidade na emancipação dos municípios gaúchos. “Os processos foram seguidos, teve

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A HORA | Fim de semana, 11 e 12 de setembro de 2021 FOTOS DIVULGAÇÃO

FORQUETINHA

WESTFÁLIA

STF aponta inconstitucionalidade em leis estaduais sobre os processos de emancipação

a aprovação popular e o embasamento legal através de lei estadual. O STF fez apenas uma análise técnica e não foi observado toda a estrutura de vivência destas cidades”, comenta.

A interpretação de Gisch, especialista em direito público, é que houve sim falhas em algumas formalidades na época, mas não há como retroceder e cancelar esses municípios. “A própria CNM e outras entidades vão defender a manutenção destas cidades com suas próprias estruturas administrativas. Teve lei estadual va-

lidando as emancipações e isso tudo passou pelos deputados”, observa Gisch.

Qualidade de vida Com população estimada em 3.046 habitantes, Westfália desmembrou-se de Teutônia em 1996. Hoje o município lidera no ranking do Valor Adicionado Bruto da Agropecuária (VAB 2018). Conforme o prefeito Joacir Antônio Docena, o orçamento deste ano está estimado em R$ 28 milhões.

“Temos uma estrutura exemplar

em educação, saúde e incentivos para o desenvolvimento econômico. Como município, conseguimos atender de forma mais eficiente a comunidade”, cita Docena. Diz ser inaceitável o entendimento do STF em anular a legislação sobre os processos de emancipação.

Ainda de acordo com Docena, se os municípios gaúchos emancipados após 1996 retornarem à condição de distrito todo o estado será impactado. “Deixarão de vir ao RS

cerca de R$ 300 milhões, que é o valor aproximado dos repasses federais. Acredito no engajamento de todos para reverter esse cenário de insegurança”, comenta o prefeito de Westfália.

Cenário preocupante

O vice-prefeito de Canudos do Vale, Maico Berghahn, classifica como preocupante a decisão do STF, pois pode também impactar outros municípios emancipados em 1992. “Ainda não temos aces-

so aos dados do processo, mas já acionamos juristas para assessorar.

Chama a atenção que o Supremo cita leis de 1990 e isso pode anular outras emancipações”, observa.

Berghahn reitera que a comunidade precisa ter consciência que retornar à condição de distrito além de ser um retrocesso, interfere no modo de vida das pessoas.

“Hoje nossa população tem um atendimento qualificado nos diversos setores da administração.

Sem uma sede, fica muito difícil atender as reivindicações da população”, observa.

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Eleita a corte da cidade do Cristo RENATA LOHMANN

A rainha e as duas princesas de Encantado foram escolhidas nesta semana. Láira, Eduarda e Josinara representam o município pelos próximos dois anos.

Agora, elas são as responsáveis por divulgar os atrativos da cidade que ganha projeção nacional com a obra do Cristo Protetor BIANCA MALLMANN

Josinara, Láira e Eduarda são as integrantes da nova corte de Encantado, coroada na noite de quinta-feira, 9

biancamallmann@grupoahora.net.br

ENCANTADO

E

ncantado conheceu a sua corte de soberanas na noite dessa quintafeira, 9. A rainha Láira Giovanella e as princesas Eduarda Dahm e Josinara Bostel representam o município durante os próximos dois anos.

Uma das principais tarefas das três representantes é divulgar os melhores atrativos da cidade, como em eventos e nas atrações turísticas. Além disso, elas fazem parte de projetos sociais que envolvem a comunidade.

“Queremos mostrar todas as belezas de Encantado. E isso vai

além do Cristo Protetor. Queremos representar o nosso povo trabalhador. Queremos representar o trabalho, a união e a fé da comunidade”, diz a rainha Láira.

Emoção A escolha da 10ª corte do município ocorreu em live transmitida pelas redes sociais da prefeitura.

As candidatas participaram de um desfile individual e coletivo.

Durante o evento, elas compartilhavam entre si, os sentimentos de nervosismo e emoção.

“Foi uma mistura de sentimentos. Vontade de chorar e de abraçar todo mundo. Vimos como nos apegamos às outras meninas, o

quanto aprendemos uma com a outra. Na hora em que coloquei a coroa na cabeça, só consegui dizer obrigada, por todos os momentos que passei no concurso”, diz a princesa Eduarda.

A outra princesa, Josiane, lembra que foram cerca de dois meses de preparação para a grande final.

“Quando pisei no palco e vi minha família ali, mesmo que em número reduzido, sabia que muitas outras pessoas também estavam torcendo em casa”, diz.

As etapas até a final Até a live da final do evento, as 14 candidatas passaram por outras provas. Elas foram avaliadas

Atividades da semana farroupilha de Estrela começam na segunda DIVULGAÇÃO

ESTRELA

As atividades tradicionalistas em Estrela começam na próxima segunda-feira, 13, quando inicia a Semana Farroupilha do município. Até o dia 20 de setembro, a comunidade vai poder prestigiar uma programação diversificada.

No local, um piquete está sendo construído para ficar à disposição dos visitantes, dos tradicionalistas e sediar as atrações gastronômicas e culturais.

Estas, poderão ser acompanhadas de forma online e ao vivo pelas redes sociais do governo municipal.

A abertura oficial ocorre com a chegada da Chama Crioula na sessão da Câmara de Vereadores. Já a programação cultural inicia na terça-feira, 14.

Entre as atrações, shows e apresentações de artistas locais e estaduais, além de artistas de renome nacional, como Os Fagundes e Tchê Garotos.

A entrada para as atividades será gratuita e também serão transmitidas pelas redes sociais do mu-

Desfile Farroupilha ocorre a partir das 9h do feriado de 20 de setembro

nicípio. No local, será limitada a presença de no máximo 1,2 mil pessoas, sendo 400 sentadas para os shows (por ordem de chegada) e as demais em circulação pelo parque.

Atrações diversas Oficinas culturais e de dança, concursos, teatro e outras atrações

como encontro de gaiteiros e o desfile farroupilha, agendado para ocorrer a partir das 9h do feriado do dia 20, também estão na agenda.

Uma especial programação gastronômica campeira também está no conjunto de atrações, com pratos que incluem carreteiro, feijoada, vaca atolada, costelão e entrevero.

em diversos quesitos. Além da beleza, conhecimentos sobre o município e desenvoltura. Todas

as etapas foram transmitidas ao vivo pelas redes sociais.

Na primeira etapa, elas tiveram a oportunidade de se apresentar ao público. Cada uma delas respondeu a três perguntas sobre como veem o município no futuro, além de por que se inscreveram no concurso e qual o papel de soberana no tempo de reinado. Os jurados avaliaram a comunicação e a desenvoltura das candidatas.

Já a segunda etapa foi para apresentarem um vídeo de até cinco minutos em que mostram três pontos turísticos de Encantado. Por fim, elas participaram de uma prova cultural oral sobre o município.

Além disso, elas desfilaram de carro pelas ruas centrais da cidade e fizeram uma prova escrita.

Em todo o processo, foram 15 avaliadores envolvidos no concurso, que atuam nas áreas relacionadas às provas.

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25 ANOS DA MO ARQUIVO A HORA

Via Láctea, em Teutônia, foi construída após pedido de Geisel ao governador da época

ARQUIVO A HORA

Complexo portuário de Estrela saiu do papel na segunda metade dos anos 70

Presidente para uns, ditador para outros Quarto presidente do regime militar, Geisel teve forte ligação com o Vale MATEUS SOUZA mateus@grupoahora.net.br

ESPECIAL

E

ntre os 38 presidentes do Brasil desde a proclamação da República, um deles teve laços fortes com o Vale do Taquari. Ernesto Beckmann Geisel esteve à frente do país entre 1974 e 1979. Foi o 29º chefe do Executivo nacional e o quarto do regime militar (1964-1985). Neste domingo, 12, sua morte completa 25 anos.

Filho de imigrantes alemães e caçula de cinco irmãos, Geisel nasceu em Bento Gonçalves, mas foi batizado em uma igreja no interior de Westfália. Passou parte da infância em Estrela. Casou-se com uma estrelense, Lucy, prima de primeiro grau. Décadas depois, já como presidente, Geisel teve um olhar especial ao município.

Foi em seu mandato que ocorreu a construção do complexo do Porto de Estrela. Deixou sua marca também em outros municípios. Parti-

cipou das negociações que resultaram na construção da ERS-128, conhecida como Via Láctea, entre Teutônia e Fazenda Vilanova. Em seu mandato, as obras da Barragem Eclusa, em Bom Retiro do Sul, foram finalizadas, em 1976. Por fim, viabilizou a construção do Viaduto V13, o maior da América Latina, localizado em Vespasiano Correa.

Após a vida política, Geisel residiu no Rio de Janeiro até o fim de sua vida. Um câncer generalizado, em 1996, causou sua morte. Foi sepultado no Cemitério de São João Batista, mas seus restos mortais e de Lucy foram levados para Porto Alegre, em 2003.

por sinal, está ligada diretamente à construção do Porto de Estrela, segundo o historiador e pesquisa-

dor Airton Engster dos Santos.

O complexo, inaugurado em 1977, era considerado estratégico

pelo então presidente. Na época, o país ainda sentia os efeitos da crise petrolífera de 1973, ocasião em que o preço do barril de petróleo subiu de 3 para 12 dólares.

“O Brasil tinha uma dívida externa impagável e o Geisel tinha ciência disso. Precisavam de um produto para vender a esses caras. Então passou a exportar farelo de soja para pagar parte do petróleo. Nossas indústrias tinham capacidade de produzir 3,6 mil toneladas de soja por dia. Era algo muito maior do que as pessoas pensam”, comenta.

Somada às outras obras, a construção do Porto causou um “boom” econômico em Estrela.

A população, entre 1970 e 1980, cresceu em quase 9 mil pessoas, segundo o Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“A cidade não tinha mão de obra suficiente para atender a demanda. Então, veio muita gente de fora. Nunca tivemos DIVULGAÇÃO

O interesse por trás do Porto Antes de comandar o país, Geisel foi presidente da Petrobras durante o governo de Emílio Garrastazu Médici. Seu interesse pela área da extração petrolífera,

Geisel em visita à Languiru. Na ocasião, pediu ao governador Sinval Guazelli que viabilizasse obra da Via Láctea

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ORTE DE GEISEL ARQUIVO A HORA

V-13, um dos principais atrativos turísticos do Vale, foi construído entre 1975 e 1978

um crescimento populacional tão grande como nessa época”, recorda Engster, que emenda.

“Estrela poderia ter aproveitado mais este período”.

Ausente na inauguração Geisel não esteve na inauguração do Porto de Estrela. Na noite anterior à solenidade, o sogro, Augusto Frederico Markus, faleceu. “Enquanto o vice-presidente Adalberto Pereira dos Santos inaugurava a obra, Geisel enterrava o sogro no cemitério.

Isso é uma tradição dos alemães”, afirma Engster.

Anos depois, a esposa de Geisel, Lucy, esteve na inauguração da avenida Augusto Frederico Markus, uma homenagem ao pai, que foi intendente de Estrela em três oportunidades. A via está situada no bairro das Indústrias, próxima ao Porto.

Contexto econômico A construção do Porto – e de outros modais de transporte no país – deram a Geisel a alcunha de “desenvolvimentista”. O 2º Plano Nacional de Desenvolvimento (PND) foi, inclusive, alvo de críticas de apoiadores do regime militar, como lembra o economista Rafael Spengler.

“Houve uma espécie de manifesto do empresariado, de que a iniciativa privada queria investir, mas o governo não deixava. Fazia tudo. Várias estatais foram criadas nessa época”, explica Spengler, que analisou a política econômica de Geisel em sua dissertação de mestrado pela

Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Geisel recebeu o país logo após o chamado “Milagre Econômico”, período de crescimentos expressivos do Produto Interno Bruto (PIB). Porém, o choque do petróleo mudava o cenário. “Na época a Petrobras não tinha tantas bacias de petróleo quanto agora.

Ele reforçou o investimento para procurar petróleo no país”, salienta.

O 2º PND, conforme Spengler, foi implantado em meio a um período de institucionalização do regime militar, preparando o terreno para a redemocratização que ocorreria uma década depois. Também tinha o objetivo de frear o crescimento dos movimentos oposicionistas e, ainda, arrefecer a chamada “linha dura”, cujos principais líderes militares rejeitavam a abertura política.

“Só que esses investimentos maciços ocorridos em seu governo elevaram muito a dívida do país. Em 1979, com o segundo choque do petróleo, houve uma elevação das taxas de juros internacionais. E a dívida, que já era grande, ficou ainda maior e insustentável”, pontua Spengler.

DIVULGAÇÃO

Construção da Barragem Eclusa, em Bom Retiro do Sul, foi concluída em 1977

“Nas eleições municipais de 1976, a família de Geisel indicou Nilo Fensterseifer para a disputa. Era um período de muita tensão política em Estrela”, recorda. Apesar do apoio presidencial, o candidato arenista foi derrotado por Hélio Musskopf, do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), apoiado pelo então prefeito Gabriel Mallmann.

Musskopf iniciou a trajetória política em Bom Retiro do Sul, onde nasceu, como vereador.

Estava em Estrela há apenas quatro anos, a convite de Mallmann. Foi secretário de Planejamento e se tornou o sucessor no Executivo por acaso. O então candidato a prefeito pelo MDB,

Odilo Afonso Thomé, sofreu um derrame às vésperas da convenção partidária, e viria a falecer dias depois.

Embora oposicionista à ditadura, tinha um perfil moderado e buscava sempre o entendimento. “Eu tinha um vasto relacionamento com as pessoas como empresário do ramo de bebidas, e as vezes tinha dificuldade de saber quem era MDB e quem era do Arena.

Levei alguns xingões do Gabriel por atender arenistas”, brinca Musskopf, hoje com 82 anos.

Quanto a Geisel, Musskopf disse que esteve com o presidente em duas oportunidades. Uma delas, em visita às obras do Porto. “Foram conversas cordiais e

respeitosas”, lembra.

Infância no Vale A ligação de Geisel com Estrela começou através de seu pai, Wilhelm August, imigrante alemão que chegou ao município em 1883. Ernesto foi o único dos filhos que não nasceu em Estrela. Na época, a família residia na Serra. Mesmo assim, o batizado ocorreu na Igreja de Linha Frank, interior de Westfália.

A família viveu em Novo Paraíso durante parte da infância de Geisel. Ele chegou a estudar no Colégio Martin Luther, antes de trocar o interior pela capital.

Com 14 anos, ingressou no Colégio Militar de Porto Alegre, onde deu início à sua trajetória no militarismo.

MATEUS SOUZA

Embates políticos Filiado à Aliança Renovadora Nacional (Arena), partido que dava sustentação ao regime, Geisel também teve influência na política municipal.

Engster lembra que a primeira audiência em Brasília, enquanto presidente, foi com um grupo de líderes da sigla em Estrela.

Musskopf foi prefeito de Estrela durante mandato de Geisel, num período de tensão política no município

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Trajetória política e militar de Ernesto Geisel 1964 Após o golpe de 1964, foi nomeado chefe da Casa Militar pelo presidente Humberto Castelo Branco. Posteriormente, seria ministro do Superior Tribunal Militar;

1967 Com a eleição do marechal Costa e Silva para a presidência, Geisel sai do primeiro escalão. Ele integrava um grupo de militares castelistas que se opunha à candidatura dele;

1968 É publicado o Ato Institucional Número Cinco (AI-5), que resultou no fechamento do Congresso Nacional, cassação do mandato de políticos opositores, censura da imprensa, aumento da repressão e uso da tortura como instrumento de Estado;

1969 No governo de Emílio Médici, Geisel volta a ganhar espaço e toma posse na presidência da Petrobras.

Seu irmão, o estrelense Orlando Geisel assume o Ministério do Exército;

1974 Ganha o apoio de Médici e é lançado candidato à presidência pelo Arena. Vence Ulysses Guimarães, do MDB, na eleição indireta. Em seu mandato, inicia o processo de abertura política no país, de forma “lenta, gradual e segura”;

1975 Inicia a construção do Porto de Estrela, obra que teve participação decisiva de Geisel. No mesmo ano, ocorre a morte do jornalista Wladmir Herzog, um dos crimes mais lembrados do período do regime militar;

1977 Inaugura o Porto de Estrela. Por conta da morte do sogro, Geisel não vai à solenidade.

1978 Cumprindo promessa de abertura, Geisel extingue o AI-5 e abre caminho para a anistia política, que seria assinada no governo de João Figueiredo. No mesmo ano, é inaugurado o Viaduto V-13, em Vespasiano Correa, obra iniciada e concluída em seu governo.

1979 Deixa a presidência. Manteve influência sobre o exército ao longo da década seguinte, mas retirou-se da vida pública. Sua última atuação em cargo foi na presidência da Norquisa, empresa ligada ao setor petroquímico.

CRITICAS A BOLSONARO E ÀS ELEIÇÕES DIRETAS Em um livro publicado pela Fundação Getúlio Vargas sobre sua trajetória, Ernesto Geisel fez críticas ao hoje presidente Jair Bolsonaro. Em uma fala sobre a pouca presença de militares na política à época, o ex-mandatário descreve o então deputado federal como um “mau militar”.

“ (…) Tenho impressão de que, à medida que o país se desenvolve, essa interferência vai diminuindo. Presentemente, o que há de militares no Congresso? Não contemos o Bolsonaro, porque o Bolsonaro é um caso completamente fora do normal, inclusive um mau militar (…)”.

Embora tenha iniciado a abertura política, Geisel sempre se manteve contrário às eleições diretas no país, como relatado no mesmo livro.

“O que deram as eleições diretas no Brasil? Collor e Itamar! (…) A eleição poderia ser feita pelo Congresso Nacional ou por um Colégio Eleitoral. Podia ser o Congresso com mais representantes das assembleias do estados. Eu faria dois turnos”.

ENTREVISTA MATEUS DALMAZ • HISTORIADOR E PROFESSOR

“Geisel sustentou o governo com medidas que, ora abrandavam, ora fortaleciam a ditadura” • Dalmaz analisa o contexto político que envolveu Ernesto Geisel durante o regime militar. Entre uma das ações de seu governo, esteve a revogação do AI-5. Apesar de sua relevância para a região, diz que não se pode ignorar a violência do Estado contra a sociedade civil durante seu mandato.

• A Hora: Ernesto Geisel foi o quarto presidente durante o regime militar. Em qual contexto ele assumiu a presidência?

Mateus Dalmaz: Geisel pertencia à ala “linha dura” das forças armadas, isto é, à parcela autoritária dos militares que decidiu estender a ditadura durante o governo Castelo Branco. A linha dura havia imprimido um tom altamente repressivo, especialmente com o AI-2 e com o AI-5 (que suspendeu direitos individuais e garantiu poderes extraordinários ao Estado). Médici fez uso do AI-5 para sufocar a guerrilha anti-ditadura e, aliado a uma campanha ufanista construiu a imagem de um governo autoritário, repressivo, violento e nacionalista. O legado de Médici para o sucessor também tem a ver números altos de inflação, déficit público e dívida externa, e uma tendência de queda do PIB. O governo Geisel tomou a decisão de que deveria promover uma abertura política do regime antes que forças de oposição se organizassem e se fortalecessem. A conjuntura do final da década de 1970, portanto, era a

de desgaste do regime militar.

para se sustentar no poder.

• Foi durante seu governo que se iniciou a chamada “abertura lenta, gradual e segura” da política nacional.

Contudo, a repressão seguia. Como Geisel tratava opositores ao regime? Era conivente com mortes e perseguições?

Dalmaz: A abertura foi concebida por parte do governo Geisel. A “linha dura” dos militares, que dava suporte ao presidente, era resistente a um processo de abertura. Por isso, Geisel tentou sustentar o governo com medidas que ora “abrandavam” a ditadura (como a revogação do AI-5, em 1978), ora fortaleciam a ditadura (como o “pacote de abrir”, de 1977, que criou a figura do “senador biônico”).

A violência do Estado contra a sociedade civil continuou, como a morte de Vladmir Herzog, em 1975, de Manuel Fiel Filho, em 1976, e atentados contra a ABI (Associação Brasileira de Imprensa), em 1976. O governo Geisel foi conivente com a repressão, pois não apenas era integrante da “linha dura”, como também dependia dela

• Na região, há um certo “saudosismo” de parte da população, sobretudo no governo Geisel, por sua ligação com Estrela. Isso ocorre por que as pessoas não tinham conhecimento dos crimes cometidos no regime ou a perseguição a opositores ficava restrita aos grandes centros?

Dalmaz: Em parte, o saudosismo é resultante do fato de Geisel ser gaúcho e de ter ligação com a cidade de Estrela. Porém, em grande medida o saudosismo é fruto de um desconhecimento por parte sociedade civil, durante os anos da ditadura, sobre o aparelho repressivo do Estado e sobre os números alarmantes da economia, algo que a censura tratava de encobrir. O saudosismo também é derivado da memória curta da população, que ou por desconhecimento da história, ou por não se interessar por política, ou por ambos, aceita facilmente narrativas irresponsáveis sobre o passado.

Simpatizantes atuais tentam “abrandar” a repressão da ditadura militar e não mencionam a escalada inflacionária e o déficit público causados pelo regime.

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OBITUÁRIO

Ministro da Justiça (2019) O excesso de álcool para o fígado

(?) Cid, herói da Espanha medieval

Arrebatamento repentino Também, na internet (?) geográficas: são dadas pela latitude e longitude

Observação (abrev.)

Atua na preservação das tartarugas marinhas no Brasil

23/09 - 22/10 23/10 - 21/11

Desonesta; ilegítima

(?) de segurança: auxilia o usuário que esqueceu Terra natal a senha (fig.)

Tecla de tradução em TVs

(?)-Flu, clássico do futebol carioca

(?) de ouro, bola do quadribol (Lit.)

Waza-(?), golpe do judô

Monitora ocorrências no tráfego (sigla)

Luciana Mello, cantora paulista

(?) Meireles, professora e poeta brasileira

2/ad. 3/ari — oui. 4/lisa — pomo. 7/espúria. 8/oponível. 16/erva-de-santa-maria.

H N I L N A

Solução

Luciana Mello, cantora paulista

D V E L I S A D A S A N S T E A X O M O L A R R T L I A M A R

Monitora ocorrências no tráfego (sigla)

O E A S P G U R I T A

(?) de ouro, bola do quadribol (Lit.)

Solução EC

Tecla de tradução em TVs

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© Revistas COQUETEL P

Tempero de curas Convencer; induzir

69

www.coquetel.com.br /

C

Desonesta; ilegítima

Tempero de curas Convencer; induzir

Anaïs Nin, escritora francesa feminista

C

Anaïs Nin, escritora francesa feminista

(?) Kudrow, a Phoebe de "Friends"

E O R O U V E I A L D V E L I S A D A S A N S T E A X O M O L A R R T L I A M A R

(?) Kudrow, a Phoebe de "Friends"

22/11 - 21/12

Sujeito a rejeição Raio (símbolo)

E

(?) Santana, cantor de "Rebolation"

(?) Santana, cantor de "Rebolation"

S G I O M N O U D I C R H P O N I O M L D E N A A D R O O E P A S L A P A N G U R I R C EC I T O T A

"(?) Secas", obra de Graciliano Ramos

"(?) Secas", obra de Graciliano Ramos

E R O E J L Ã O B O R I N T A F T R A B S J E

Na hora (?): no momento preciso

Na hora (?): no momento preciso

Planta usada como vermífugo

E S T R E I T O D E B O S F O

Escuta (a música) "Internet", em IE

Aparar (os galhos de uma planta)

RO

Planta usada como vermífugo

Escuta (a música) "Internet", em IE

P

© Revistas COQUETEL

"Universidade", em UFRJ

2/ad. 3/ari — oui. 4/lisa — pomo.

Transtorno de ansiedade que causa intenso medo da morte Acessório essencial Sim, em francês a excursionistas

Transtorno de ansiedade que causa intenso medo da morte Acessório essencial Sim, em francês a excursionistas

(?) hoc: para esta finalidade (latim)

Região produtora de soja (BR) "Orquestra", em OSB Sufocar; esganar

© Revistas COQUETEL

Acessório da moda francesa

Lady (?): a Princesa de Gales

ADAS DIRETAS

22/12 - 19/01

Cruzadas

Canal Fogo de Ponto (?), que liga artifício tema de a Europa usado manuais à Ásia como arma eróticos

(?)-commerce: a compra e venda online

BANCO

PEIXES: Por mais que esteja a fim de sair por aí e dar uma arejada na cabeça, leve em conta os riscos antes de marcar um passeio.

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

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• WhatsApp: (51) 92487689 • Fone: 3710 4200 • E-mail: centraldejornalismo@grupoahora.net.br

20/01 - 18/02

VIRGEM: Embora seu signo tenha fama de ser mais sério, no trabalho você vai dar um show em reunião, apresentação ou contato com clientes.

AQUÁRIO: A diversão pode ficar em segundo plano e talvez até adie os planos para se divertir nos momentos de lazer - só não vale exagerar, tá?

19/02 - 20/03

21/03 a 19/04 20/04 - 20/05 21/05 - 20/06

21/06 - 22/07 23/07 - 22/08

LEÃO: Embora boa parte da sua atenção se concentre na família, dá para cuidar do trabalho se você fizer um esforço para separar as coisas.

CAPRICÓRNIO: Tem compromisso? Nesse caso, o companheirismo e o carinho devem marcar os momentos com o mozão.

R P O O M D E A D R O P L A A N R I C T O

Para informar falecimentos:

CÂNCER: Pode até pintar uma briga com o mozão, mas nada que não possa ser superado rapidinho se os dois se empenharem, viu?

SAGITÁRIO: Ficar no seu canto pode ser a medida mais acertada se quiser trabalhar sem problemas.

L Ã O B O R I N T A F T R A B S J E

NELSON SCHMITZ, 44, faleceu na sexta-feira, 10. O sepultamento foi no Cemitério Municipal de Roca Sales.

GÊMEOS: A preocupação com a saúde também cresce e os cuidados com o corpo serão bem-vindos.

ESCORPIÃO: A Lua se muda para o seu signo, avisando que você vai mostrar muita disposição para cuidar dos seus interesses.

E I T C O D C E B O E S F O

CELSO EUGÊNIO SCHUMANN, 74, faleceu na sexta-feira, 10. O sepultamento foi no Cemitério São Pedro, em Encantado.

TOURO: No trabalho, seus relacionamentos profissionais contam com as melhores energias astrais para iniciar um projeto em equipe.

LIBRA: Se já encontrou sua cara-metade, falta de grana ou excesso de ciúme podem abalar a harmonia com o mozão.

RO

NAYR THEREZINHA BARTH, 89, faleceu na sexta-feira, 10. O sepultamento foi no Cemitério Católico de Estrela.

ÁRIES: Mudanças em casa podem ser uma boa: que tal se livrar de objetos velhos que ficavam encostados ocupando espaço?

P

ALÁCIA ADELMA FIEGENBAUM, 82, faleceu na sexta-feira, 10. O sepultamento foi no Cemitério Evangélico de São Jacó, em Teutônia.

23/08 - 22/09

HORÓSCOPO

AH

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A HORA | Fim de semana, 11 e 12 de setembro de 2021

AH

19

20

A HORA ESPORTES | Fim de semana, 11 e 12 de setembro de 2021

BRASILEIRÃO

LUCAS UEBEL

UM TURNO PARA ESCAPAR DO Z4

COLORADO BUSCA MELHOR SEQUÊNCIA DA TEMPORADA

O Internacional terá um pouco mais de tempo para se preparar à partida que abre o segundo turno, contra o Sport. O Colorado só entra em campo na segunda-feira, em jogo na Ilha do Retiro, às 20h.

O confronto contra um adversário incômodo nos últimos anos é a chance do clube chegar na melhor sequência invicta nesta temporada.

O empate em 0 a 0 com o Atlético-GO no último confronto, no fim de agosto, fez o Colorado chegar ao quinto jogo sem ser derrotado.

No período, o time venceu duas partidas e empatou outras três. O time já atingiu a mesma série sem derrotas outras duas vezes na atual temporada, ambas ao longo da passagem de Miguel Ángel Ramírez.

Para tentar superar a marca do antecessor três meses depois, Aguirre encontrou uma formatação em que o grupo se sente con-

Richard Fabinho Messias Luiz Otávio Bruno Pacheco Fernando Sobral William Oliveira Rick Vina Lima Cléber Técnico: Tiago Nunes

Técnico: Felipão

NA SEGUNDA-FEIRA

RICARDO DUARTE

CEARÁ

Em sequência invicta de cinco jogos, Aguirre persegue a melhor marca do ano

fortável e conta com o tempo de trabalho como aliado.

O uruguaio terá um total de 15 dias de intervalo entre o empate com o Atlético-GO e o duelo com a equipe pernambucana. A partida é em Recife, local onde a equipe colorada não vem tendo um bom retrospecto. Nas últimas cinco vezes em que visitou o Sport, O Inter conquistou apenas uma vitória.

DÚVIDAS NO MEIO-CAMPO Sem Taison, lesionado, e Rodrigo Dourado, suspenso, Aguirre precisará fazer mudanças no time. São três jogadores que disputam as duas

BRASILEIRÃO CLASSIFICAÇÃO

LIBERTADORES

O time cearense aproveitou as duas semanas sem jogos e fez uma troca no seu comando técnico. Guto Ferreira deixou a equipe e deu lugar para Tiago Nunes. A partida deste domingo marca o reencontro do treinador com o Grêmio. Ele começou o Brasileirão em Porto Alegre.

GRÊMIO

Gabriel Chapecó Vanderson (Rafinha) Pedro Geromel Kannemann Guilherme Guedes Thiago Santos Villasanti Campaz Alisson Ferreira Borja

V

D GM GS SG

EQUIPE

PG J

Atlético-MG

39 18 12 3 3 27 13 14

E

Palmeiras

35 18 11 2 5 29 20 9

Fortaleza

33 19 9 6 4 29 20 9

Bragantino

32 18 8 8 2 29 19 10

Flamengo Corinthians Fluminense

31 16 10 1 5 32 16 16 28 19 7 7 5 18 16 2 25 19 6 7 6 18 20 -2

Atlético-GO 25 18 6 7 5 15 17 -2

SUL-AMERICANA

REENCONTRO COM TIAGO NUNES

ESCALAÇÕES

ARENA - DOMINGO, 11H

Athletico

24 18 7 3 8 23 21 2

Ceará

24 18 5 9 4 19 19 0

Cuiabá

24 19 5 9 5 19 19 0

Internacional 23 18 5

REBAIXAMENTO

ocupa hoje a 19ª colocação, com 16 pontos. São cinco pontos de diferença para o primeiro adversário fora do Z4.

8

5

22 22

0

Juventude Santos São Paulo

23 19 5 8 6 16 21 -5 22 19 5 7 7 20 25 -5 22 18 5 7 6 15 20 -5

Bahia

21 19 6 3 10 24 32 -8

América

18 18 4 6 8 15 22 -7

Sport

17 19 3 8 8

8

Grêmio

16 17 4

4

12 18 -6

Chapecoense

7 19 0

7 12 15 31 -16

20ª RODADA

9

14 -6

SÁBADO

O

Grêmio abre o segundo turno do Campeonato Brasileiro com a missão de fugir do rebaixamento para a Série B. Mesmo com duas partidas a menos que a maioria dos adversários, o Tricolor não pensa em outra coisa a não ser a luta contra o Z4. O primeiro dos 21 desafios restantes é contra o Ceará, neste domingo, às 11h, na Arena.

Colombiano Campaz deve ser titular no meio-campo contra o Ceará

16h 17h 19h 21h

América Juventude Bragantino Santos

x x x x

Athletico Cuiabá Chapecoense Bahia

DOMINGO

CAETANO PRETTO caetano@grupoahora.net.br

A última partida da equipe ocorreu no dia 28 de agosto, derrota por 1 a 0 para o Corinthians, na Arena. O técnico Luiz Felipe Scolari, portanto, teve duas semanas para trabalhar a equipe que encarar o Vozão nesta rodada. Em geral, as notícias são boas.

Pela primeira vez em muito tempo o time deve ter a dupla de zaga formada por Pedro Geromel e Walter Kannemann. O tempo serviu também para Felipão preparar os reforços que recém chegaram, principalmente o colombiano Campaz, que deve ser titular na partida. A única baixa confirmada é a de Douglas Costa, que segue em recuperação de lesão.

Olhando para a tabela, o tempo parado foi ruim. Isso porquê os adversários diretos na luta contra o rebaixamento jogaram e venceram. Com isso, o Tricolor

11h 16h 16h 18h15min 20h30min

Grêmio Fortaleza Palmeiras Atlético-GO Fluminense

x x x x x

Ceará Atlético-MG Flamengo Corinthians São Paulo

SEG

Na 19ª colocação do Campeonato Brasileiro, Grêmio encara o Ceará na primeira partida do segundo turno

20h

Sport x Internacional

posições: Johnny, Maurício e Boschilia. A partida pode marcar ainda a estreia de Gustavo Maia.

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DIA ESPECIAL

FOTOS: DIVULGAÇÃO

RODADA DUPLA EM LAJEADO

EQUIPE ACBF Assoeva Guarani F.C Alaf Guarany Cometa Ser Itaqui Ser Canoense Santa Cruz Futsal

PG J 26 12 26 11 23 12 21 12 19 12 15 13 13 12 9 12 3 14

V 11 10 8 8 6 5 3 2 3 2

SG 47 11 11 26 3 -6 -28 -10 -28 -26

V 8 8 7 6 5 4 4 2 1

SG 26 22 10 4 16 4 -6 -16 -60

casa) e Ser Itaqui (fora).

TIME FEMININO Vice-líder com seis pontos, a Alaf fecha o primeiro turno contra a AFSJI, de São José de Inhacorá. Uma vitória pode encaminhar a classificação às quartas de final. Uma vez que só o lanterna de cada chave é eliminado.

INGRESSOS Pela primeira vez depois de quase dois anos a Alaf terá o apoio do torcedor no ginásio.

GRUPO A

EQUIPE Celemaster ACBF AFSJI Casablanca

PG 9 7 6 3

J 3 3 3 3

EQUIPE Malgi FTA Alaf Cruzeiro Futsal

PG 4 3 3 0

J 3 3 3 3

V 3 2 2 1

SG 22 19 8 -9

Faltando quatro rodadas para o fim da fase classificatória, Alaf está muito perto de alcançar o objetivo que é terminar entre os quatro primeiros

GRUPO B V SG 1 1 1 -3 1 -17 0 -21 Masculino

AGENDA

SÁBADO

J 12 14 13 11 14 14 14 14 12 14

GRUPO B CLASSIFICADOS

O

domingo entrará para a história da Alaf. Pela primeira vez o time jogará em Lajeado com as categorias feminino e masculino. Os jogos ocorrem no Complexo Esportivo da Univates, às 16h e 20h, respectivamente, e com a presença de público.

No masculino, a partida contra o Guarani, de Frederico Westphalen, é tida como a mais importante nesta fase. O objetivo da Alaf é terminar a fase classificatória entre os quatro primeiros. Hoje a diferença entre os times é de dois pontos.

Para o confronto o técnico Edmilson Corrêa, o “Bella”, não contará com o goleiro Jean, lesionado. O restante do elenco está a disposição. No primeiro turno, em Frederico Westphalen, o Guarani venceu por 5 a 0.

Após esse compromisso, a Alaf disputará mais três partidas na fase classificatória: Santa Cruz Futsal e Ser Canoense (em

PG 34 30 26 25 20 16 11 10 9 9

17h 18h30min 18h40min 20h 20h 20h 20h 20h

AEU Guarany Ser Canoense Afucs AMF Sercesa AVF Ser Itaqui

x x x x x x x x

DOM

ezequiel@grupoahora.net.br

GRUPO A

EQUIPE Atlântico Lagoa EC Horizontina APFF AVF AEU AFUCS AMF Sase Sercesa

FEMININO

20h

Alaf

x Guarani

PFF Santa Cruz Cometa Horizontina Sase Atlântico Lagoa EC ACBF

Feminino DOMINGO SÁB

EZEQUIEL NEITZKE

GAUCHÃO DE FUTSAL

MASCULINO

CLASSIFICADOS

Times feminino e masculino jogam no Complexo da Univates neste domingo, com a presença do torcedor

20h

Cruzeiro

x Celemaster

15h 16h 17h

Casablanca Alaf FTA

x Malgi Futsal x AFSJI x ACBF

Os ingressos estão à venda de forma antecipada na DMF Esportes, Cascão Esportes, Loja Lado Avesso, Comercial São Cristóvão e Bruxellas Esportes.

O ingresso feminino custa R$ 10, enquanto que o masculino R$ 15.

A direção informa que não haverá venda de ingressos na bilheteria e que será necessário apresentação da carteira de vacinação para acessar o ginásio.

CAMISA COMEMORATIVA A Alaf anunciou nessa sexta-feira a camisa comemorativa ao aniversário de 15 anos da associação. A vestimenta chega estampando no peito o mapa de Lajeado.

Alaf lançou camisa comemorativa aos 15 anos

TRANSMISSÃO O Grupo A Hora transmite os dois jogos de domingo. O feminino será transmitido no Youtube do A Hora Esportes e no Facebook do Grupo A Hora. Já o masculino será no dial da Rádio A Hora 102,9.

FUTEBOL AMADOR

DUELO DOS LÍDERES EM MATO LEITÃO JOTA 30 EVENTOS ESPORTIVOS

União e Duvidosa estão com 100% de aproveitamento na A Liga

União, de Mato Leitão, é um dos destaques na categoria titular

EZEQUIEL NEITZKE

ezequiel@grupoahora.net.br

A A Liga promove neste domingo a terceira rodada. O destaque fica para o jogo em Mato Leitão entre União e Duvidosa. O confronto inicia às 14h na categoria aspirante e 16h na categoria titular.

Ambos os times dividem a liderança no titular com seis pontos e quem vencer pode encaminhar a classificação à fase eliminatória. Além do

União e do Duvidosa, que também busca manter o 100% de aproveitamento neste início de campeonato são Santo Antônio e São Luiz, ambos jogam fora de casa. O primeiro enfrenta a Assespe em Linha Grão Para, enquanto que o São Luiz pega o Avante, em Linha Andréas.

No aspirante o destaque fica para o jogo entre Assespe e São Antônio, ambos os times dividem a liderança da categoria.

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LAJEADENSE

FOTOS: VINICIUS HUBER

TORCEDOR MATA A SAUDADE DO ESTÁDIO

Alviazul volta a estar acompanhado do público após um ano e meio

Torcedor voltou à Arena Alviazul após um ano e meio longe do estádio

CAETANO PRETTO caetano@grupoahora.net.br

A

torcida do Lajeadense pôde reencontrar o seu querido Alviazul na última quinta-feira, 09, após um ano e meio longe do estádio. O resultado, empate em 1 a 1 com o São Paulo, foi o de menos. O que prevaleceu foi o apoio do torcedor na noite em que matou a saudade da Arena.

A última partida com a presença de público em Lajeado havia sido no dia 11 de março de 2020. Vitória por 2 a 1 sobre o São Gabriel. Agora, o Lajeadense conseguiu buscar o empate após sair atrás no confronto contra o time de Rio Grande. Wendel foi o encarregado pelo gol que fez a torcida soltar o grito que prendeu por um ano e meio.

O momento foi especial para Cezar Neves. Torcedor acostumado a estar presente no estádio, cresceu indo aos jogos com o pai. Agora, pela primeira vez levou a filha Martina.

EZEQUIEL NEITZKE

Cerca de 600 torcedores compareceram ao estádio na quinta-feira Wendel marcou o gol do empate na partida contra o São Paulo

“É uma alegria muito grande, sempre gostei de ver o jogo no estádio. Acompanhava com o meu pai quando criança e agora tenho a felicidade de trazer a minha filha”, diz.

Outro fiel torcedor é Carlos Alberto de Mari. Ele diz estar feliz em poder voltar a frequentar os estádios, tanto

profissionais quanto amadores. “Estávamos com saudade, gostamos muito de futebol profissional e amador e queremos estar juntos. Algumas semanas atrás acompanhei a decisão do Municipal de Arroio do Meio, agora mato a vontade de ver o Lajeadense em campo. É uma paixão que está na alma do torcedor”, comenta.

Já para Murilo Corbellini,

a força da torcida pode ser o ponto determinante para o retorno do Lajeadense à elite do futebol gaúcho. “É um trabalho bem feito e que, com o público, tem tudo para dar certo. É algo que ajuda nos cofres do clube e também na comunidade. Hoje vimos um bom público aqui. Com o povo junto no estádio o time tem tudo para conseguir o objetivo.”

PRÓXIMO DESAFIO Passados os dois confrontos contra o São Paulo, em que conquistou uma vitória e um empate, o Lajeadense se prepara para um duelo difícil: o Avenida, em Santa Cruz do Sul. A partida ocorre na próxima quarta-feira, 15. Já a próxima partida em casa está marcada para o dia 26, contra o Inter-SM.

FUTEBOL 7 DE MARQUES DE SOUZA

SEGUNDA RODADA SERÁ EM LINHA ATALHO EZEQUIEL NEITZKE ezequiel@grupoahora.net.br

Teteu, do Juventude, é uma das atrações da competição de Marques de Souza

A segunda rodada do Campeonato Municipal de Futebol 7 será disputado neste domingo, na sede do Nova Aliança, em Linha Atalho.

Os jogos iniciam às 14h30min e não há cobrança de ingressos.

Depois de perder na estreia, o

Brasil busca a recuperação diante do Independente. Para o compromisso, o técnico Brizola segue sem os atletas que atuam no municipal de campo de Travesseiro.

O segundo duelo coloca frente a frente equipes que venceram na

estreia. O Juventude, do técnico Maninho, aposta no entrosamento da dupla Teteu e Biel. Já o Guarani vem embalado depois de vencer o Brasil na estreia. A rodada encerra com o confronto entre Nova Aliança e Bragantino.

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CORRIDAS DE RUA

ARQUIVO A HORA

DUAS PROVAS NESTE FIM DE SEMANA

Corrida das Flores, em Santa Clara do Sul, e Trilhas do Morro Gaúcho, em Arroio do Meio, são as atrações do fim de semana

D

uas provas de corridas devem atrair mil corredores ao Vale do Taquari neste fim de semana.

No sábado, o Morro Gaúcho, tradicional ponto turístico de Arroio do Meio, recebe etapa do Circuito Trilhas e Montanhas. Já no domingo, Santa Clara do Sul promove a Corrida das Flores.

A prova de Santa Clara do Sul receberá 500 atletas, que correrão nas categorias infantil e adulto nas modalidades de corrida e caminhada.

As largadas ocorrem a partir das 9h no Parque, com as categorias infantis para corrida de 400, 800 e 1,2

mil metros. Na sequência, iniciam as largadas das mais de 40 categorias adultas, incluindo corrida e caminhada de 5 e 10 quilômetros. Para participar, os inscritos devem entregar 1 quilo de alimento não perecível na retirada do kit.

Os participantes que concluírem o trajeto receberão medalhas de participação e troféus para os cinco primeiros colocados de cada percurso e naipe de corrida. O evento seguirá os protocolos de prevenção à covid-19, com disponibilização de álcool gel e uso de máscaras.

Além do evento esportivo, o município está preparado para receber

as famílias com a Feira do Produtor e do Artesanato e Agroindústrias Familiares instaladas no Parque Multiesportivo Odilo Klein, com exposição e comercialização de alimentos frescos, lanches e bebidas à base de produtos naturais. Outras praças, parques e espaços verdes também estarão disponíveis para visitação e contemplação da comunidade.

CIRCUITO TRILHAS E MONTANHAS

Aos poucos as provas presenciais de corrida de rua retornam ao Vale

O Circuito Trilhas e Montanhas chega à Arroio do Meio neste sába-

do. As largadas serão escalonadas a partir das 7h30min. Os partici-

pantes percorrerão as trilhas do Morro Gaúcho.

PROJETO SOCIAL

“NOSSO CAMPINHO” É INAUGURADO EM LAJEADO DIVULGAÇÃO

utilizado”, relata.

Durante o dia, os voluntários estarão recolhendo alimentos não perecíveis para uma instituição que cuida de crianças em Lajeado.

EZEQUIEL NEITZKE ezequiel@jornalahora.inf.br

Idealizado por um grupo de amigos e com apoio da administração municipal de Lajeado, a área de lazer da Cohab Moinhos foi reestruturada. Neste sábado, a partir das 13h30min, ocorre a inauguração oficial.

Segundo Cândido dos Santos, um dos voluntários do projeto conta que um um grupo de amigos que se criou no bairro, reestruturou um espaço de terra batida com a ajuda da administração municipal. Hoje o projeto conta com campo sintético e escolinha de futebol três vezes por semana, de forma gratuita. Além disso, outros esportes

A INAUGURAÇÃO

Projeto social terá várias atrações na inauguração, neste sábado, a partir das 13h30min

utilizam o espaço, bem como um projeto cultural chamado “A

Hora do Conto”, onde professores dão aulas as crianças. “Um

local que estava abandonado, sem uso, hoje está sendo muito

Às 13h30min ocorre a abertura oficial com jogos entre os alunos do projeto social. Logo após seguem com jogos entre Amigos da Cohab, autoridades e convidados, e jogos da comunidade. Após os jogos haverá música ao vivo com artistas do bairro e confraternização.

Santos relata que o quiosque instalado junto ao espaço levará o nome de Paulo Caussi, uma homenagem para um amigo já falecido.

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MUNICIPAL DE TRAVESSEIRO

VALE VAGA NA SEMIFINAL

Rodada de domingo apontará os cruzamentos da próxima fase EZEQUIEL NEITZKE ezequiel@grupoahor.net.br

O

Campeonato Municipal de Travesseiro conhece neste domingo os classificados para a semifinal. Os jogos iniciam às 14h.

Já classificado, o CE Travesseirense enfrenta o União São João, em São João. Os donos da casa necessitam da vitória para se classificar. Se perderem torcem por tropeço de Ser Juventude ou Ser Cultural. O Ser Juventude, por sua vez, faz confronto diteto com o SC Cairu. Quem vencer se garante na semifinal.

Os donos da casa não podem

EZEQUIEL NEITZKE

perder, pois se isso acontecer, dependem de uma derrota do Ser Cultural para se classificar.

Representante de Picada Felipe Essig, o Ser Cultural encerra a fase classificatória contra o EC Juventude, em casa. Uma vitória classifica o time, derrota ou empate pode fazer com que a equipe seja eliminada.

A classificação tem o Travesseirense na liderança com 13 pontos. A tabela segue com SC Cairu e União São João (8 pontos), Ser Juventude e Ser Cultural (7), EC Juventude (4) e Guarani (1).

Quatro times brigam pelas últimas três vagas para fase semifinal

FUTEBOL 7

COMPETIÇÃO RETORNA EM TEUTÔNIA

Fluminense busca a primeira vitória em jogo contra o Boa Vista EZEQUIEL NEITZKE ezequiel@grupoahor.net.br

O Municipal de Futebol 7 de Teutônia – Copa 40 anos Sicredi Ouro Branco retorna neste domingo com os jogos da terceira rodada. Os confrontos iniciam às 15h e ocorrem na sede da Associação Languiru, no Bairro Languiru.

No campo A jogam Ouro Verde

PIVI WELTER/DIVULGAÇÃO

x União Germana, Canabarrense/ Força Jovem x Atlético Gaúcho/ Gurizedo e Meninedo, e, Fluminense x Boa Vista. Já no campo B os confrontos são entre Juventude x Canabarrense/Mussamba, Ribeirense x Saidera e Atlético Gaúcho/Celtic x Alto Taquari.

Fluminense busca a primeira vitória na competição de Teutônia

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EC AMERICANO/COROAS

EZEQUIEL NEITZKE

Azul. Já no lado Grená, Valmor e Seco se destacaram.

No sábado que passou, o time Azul ganhou jogando com Valmir, Félix, Dário, Pingo, Ari, João, Régis, Inácio, Flávio, Batata, Polaquinho, Ezequiel, Belmonte, Henrique e Wikert.

Já o Grená jogou com Galo, Gemelli, Jorge, Celso, Mário, Wilson, Airton, Sérgio, Dinho, Seco, Valmor, Xuxa, Elito, Ito, Eliseu, Reni e Schosler.

Xtotz United é o grande destaque desta temporada nos clubes sociais

AGENDA DO

FUTEBOL CLUBE TIRO E CAÇA - 2ª RODADA 12h15min

04/02/1978: Os Coroas enfrentaram a Associação Atlética Me-

talúrgica Bronze e venceram por 4 a 0, gols de Gerevini e Gerson Ely, ambos duas vezes.

Na ocasião o time entrou em campo com Sérgio, Irio, Ildo, Figueroa, Lauro, João Haugg, Schossler, Gerson Ely, Favaretto, Gerevini, Joarez.

Também jogaram: Marquetto, Jarbas, Kolling, Aristides e Brenner.

19/03/1978: A equipe jogou em casa contra o Juventude, de En-

cantado, para decidir o título da Copa Arizona Região Alto Taquari.

Após empate em 0 a 0 no tempo normal, a equipe do Coroas perdeu nos pênaltis por 6 a 5. O time que entrou em campo foi Sérgio, João Haugg, Ildo, Figueroa, Irio, Schneidinha, Schossler, Gerson Ely, Kolling, Serafini, Juarez, Jarbas e Marquetto.

22/04/1978: A equipe enfrentou a equipe dos Professores de Lajeado

e venceu por 2 a 1. Schossler e Jarbas marcaram os gols. Pedrinho Althaus, Marquetto, Ildo, Figueroa, Favaretto, Schneidinha, Jarbas, Schlosser, Tarcíso, Gerevini e Joarez foi a formação do Coroas nessa partida.

JOGOS HISTÓRICOS DO CINQUENTÃO 21/03/2015: Azul venceu o Grená por 2 a 1. Os gols do jogo foram marcados por Carson, Baldo e Reni.

28/03/2015: Azul venceu o Grená por 3 a 2. Os gols foram marcados por Dinho, Volnei, Osório, Rildo e Dário.

BOM SÁBADO A TODOS, SE BEBER NÃO DIRIJA

E

nquanto que o Clube Tiro e Caça promove a segunda rodada da Copa CTC/Construtora Diamond de Minifutebol neste sábado, as competições da Soges e do Sete de Setembro estão caminhando para as definições das equipes que disputarão os títulos das séries Ouro e Prata.

Invictos na segunda fase, Xtotz United e Sem Bronca se enfrentam às 17h10min. Ambos os times dividem a liderança com 12 pontos e quem vencer praticamente se classifica para Série Ouro. Outro destaque da primeira divisão da Soges fica por conta do clássico entre os Super

Borussia x Supérfluos

16h

Los Charruas x Aliança

17h15min

Coroas Mirim/Lyall x Pampero

12h15min

Capitão América x Borussia

13h30min 14h45min

Limitados FA x Peladeiros Coroas Mirim/Betiolo x 100 Pressão

16h

Resenha FC x Exxtraclasse

17h15min

Lesionados B x La Cantera

12h15min

Maragatos x Dínamo

13h30min

Four x ADL Old School

14h45min 16h

Descontrole x Ser Sodabeb Aliança 47 anos x Coroas Mirim D Canhão x Pampero

SETE DE SETEMBRO - 6ª RODADA

SETE Depois de perder a invencibilidade na Copa Sete/C2B/CBM de Minifutebol, o Saragossa enfrenta outro time que ainda não perdeu na segunda divisão.

A partir das 18h10min encara o JéDuCa. Já na primeira divisão, o destaque fica para o Tocafogo que vem de duas goleadas seguidas. Na rodada, enfrenta o Coringa, às 12h15min.

CTC A segunda rodada da competição colocará frente a frente equipes que venceram na rodada inaugural. O destaque fica para terceira divisão onde o Descontrole encara o Ser Sodabeb, às 14h45min.

1ª DIVISÃO

JOGOS HISTÓRICOS DO COROAS

Bitterflex x EPTG

14h45min

x Coringa

12h15min Tocafogo

2ª DIVISÃO

EZEQUIEL NEITZKE ezequiel@grupoahora.net.br

Lesionados x Donos da Bola

13h30min

17h15min

13h30min Lendas do Movimento x Só Pela Ceva 14h40min Renegados

x Pânico

15h50min Tabajara

x Smoke

17h

x Debilitados

Cataluña

18h10min Real Madruga

x Contra Ordem

12h15min Kitufo

x Copeiros

13h30min Brothers

x Kanxeiros

14h40min Meia Boca

x Dinamite

15h50min Coringa

x Arranca Toco

17h

x Afusi

Meketrefe

18h10min Saragossa

x JéDuCa

SOGES

1ª DIVISÃO

Pelo lado Grená, quem se destacou foi Secco e Valmor

10 FC e Original.

Já na segunda divisão, Firma e SPC fazem o clássico da cidade de Bom Retiro do Sul. A partida está programada para às 12h30min e vale a liderança da competição.

12h30min Demonhos Jr

x Nárnia

13h40min Diretoria

x Saidera

14h50min Brocadores

x Limitados

16h

Tô Com Sede

x Sokanelinhas

17h10min Sem Bronca

x Xtotz United

18h20min Super 10 Original x Super 10

2ª DIVISÃO

Dário e Henrique foram os destaques do time Azul

Invictos, Xtotz United e Sem Bronca disputam a ponta na primeira divisão da Soges

3ª DIVISÃO

2ª DIVISÃO

m mais uma partida eletrizante do Cinquentões do EC Americano Coroas, o time Azul venceu o Grená por 5 a 4.

Os gols do time Azul foi marcado por Batata, em duas oportunidades, Polaquinho, Flávio e Inácio. Já Dinho e Seco marcaram os gols do time Grená.

Os destaques do jogo foram Dário e Henrique pelo lado

LIDERANÇA EM XEQUE

1ª DIVISÃO

E

AZUL VENCE POR 5 A 3

MINIFUTEBOL

12h30min SPC

x Firma

13h40min Os Kururus NC

x Manguaça

14h50min Velha Guarda

x Fúria

16h

x Só Resenha

Estrelas do Futuro

17h10min Tsunami

x Cevaria

18h20min Dinos

x Interditados

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A HORA | Fim de semana, 11 e 12 de setembro de 2021

JONAS RÜCKERT

Diretor do Colégio Teutônia

EDSON BRUM

ARTIGO

Produzir é sempre criar algo novo?

A

ideia de que criativo e produtivo estão apenas para quem faz o novo me coloca em ponto de discordância. Daniela Arrais, jornalista, escreve sobre o assunto que me faz compartilhar a afirmativa acima, bem como a que segue: “tendemos a não nos apercebermos da manutenção e do cuidado como elementos igualmente produtivos.” E, por quê?

“Desaprendemos a descansar, sequestrados pelos acontecimentos que se apresentam na palma de nossas mãos…”

Múltiplas crises concomitantes têm sido a perspectiva mais atual da complexidade que está sendo viver. Não quero falar de

Secretário de Desenvolvimento Econômico do RS

pandemia, nem de preços, como também não dos protestos, das paralisações e de tudo mais que acontece. Descaso? Não é. Todos assuntos relevantes. No entanto, fomos perdendo algumas habilidades, vivendo quase que ininterruptamente os likes, misturando desabafos com consumos frenéticos de memes para lidar com toda nossa frustração. Desaprendemos a descansar, sequestrados pelos acontecimentos que se apresentam na palma de nossas mãos, em telas touch’s, com narrativas efervescentes de emoção, a exemplo do que acontece nesse momento no país, com chamadas anunciando “vai faltar comida, a gasolina está acabando, fora Bolsonaro, fora STF...”

Temos nos descuidado dos nossos, de nós, das nossas coisas e de importantes circunstâncias do nosso entorno social porque estamos cansados e, por consequência, impossibilitados de reflexões lúcidas. Alguém nos disse que só é produtivo quem cria. Essa verdade não é absoluta. Não nos damos conta de que a sustentabilidade das coisas e, portanto, das criações está na manutenção, a exemplo da falta de mão de obra qualificada, realidade presente no Vale hoje.

Não cuidamos das nossas escolas! Da educação! Quantas eram e quantas são, por exemplo, as instituições escolares com formação técnica de nível médio no Vale?

A manutenção destas iniciativas certamente teria sido produtiva. E, para além, com cuidado e manutenção teriam se reinventado, dentro de uma perspectiva criativa sustentável.

Fica o alerta: num Vale com grandes e exitosas iniciativas, inovar é importante. Contudo, manter e cuidar é condição de longevidade.

N

ARTIGO

Um novo Rio Grande do Sul

esta semana, completei seis meses no comando da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado com a certeza de estar diante de um novo Rio Grande do Sul. De janeiro a julho de 2021, registramos saldo positivo de 94.173 novos empreendimentos.

Em relação às contratações com carteira assinada, no acumulado do ano são 107.563 novos empregos formais.

“Ao invés de ficar reclamando, gastamos nossas energias trabalhando em busca de soluções”

Ao mesmo tempo, garantimos mais de R$ 533 milhões em investimentos por meio da Sedec, que irão gerar 1.244 novas vagas diretas. Mais de 90 outros projetos de instalações ou ampliações de empreendimentos estão em avaliação via Fundopem. Temos confirmados ainda para o Estado R$ 1,7 bilhões da JBS, R$ 2,75 bilhões da CMPC e R$ 352 milhões da BRF. A retomada econômica é realida-

de e consolida o meu compromisso de aumentar a competitividade das nossas empresas e do Estado para atrair investimentos. Ao invés de ficar reclamando, gastamos nossas energias trabalhando em busca de soluções.

Modernizamos e desburocratizamos legislações de fomento à economia, como o Fundopem, que sofreu redução de mais de um terço no tempo para início da fruição do benefício; o Fundopem Express, criado para pequenas e médias empresas, sem exigência de garantias; e o Programa Estadual de Desenvolvimento Industrial (Proedi), estendido para atividades correlatas às indústrias (logística, serviços e armazenamento).

Da mesma forma, foram criadas e sancionadas leis que incentivam setores importantes para o desenvolvimento, como a Pró-Etanol, o Marco Legal do Gás, a Lei da Inovação, a Nova Tributação do Aço e o Decreto do E-Commerce. Trabalhamos ainda pela implantação e ampliação do Auxílio Emergencial Gaúcho e para atender os anseios do agronegócio, propulsor da nossa economia, com o adiamento da cobrança de ICMS do milho importado de países do Mercosul e a isenção de ICMS das operações internas de farelo de arroz, trigo e soja, destinadas à ração animal.

Fizemos mais: extinguimos o Diferencial de Alíquota (Difal), o chamado “imposto de fronteira”, um pleito histórico que lutamos intensamente; prorrogamos por 180 dias as taxas para abertura de empresas; disponibilizamos novas linhas de crédito do BRDE e Badesul; e criamos o RS Garanti e o Programa de Capacitação de Agentes Municipais de Desenvolvimento.

Vivemos um momento diferente e precisamos seguir na mesma direção.

Queremos incentivar as prefeituras a implementarem o programa Juro Zero. Juntos, faremos nossa economia crescer cada vez mais.

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A HORA | Fim de semana, 11 e 12 de setembro de 2021

CARLOS CYRNE Professor da Univates

ARDÊMIO HEINECK

Brasil, que país é este?

L

á no distante mês de novembro de 2019 escrevi para esta coluna tratando do país do futuro. A partir da letra da música da banda Camisa de Vênus, questionava se o Brasil seria realmente este país. Considerando as manifestações do último dia Sete de Setembro, a dúvida permanece.

Revisitando o texto lembrei de outras músi-

“Embora todos digamos que empreendemos nossas ações em prol da democracia, me parece que essa está seriamente ameaçada. O desrespeito impera na verborragia dos nossos líderes” cas: Brasil do Cazuza; Que país é este do Legião Urbana; Livre do Biquíni Cavadão e outras. Pensando no nosso país me parece que ainda temos “sujeira pra todo lado, ninguém respeita a Constituição; mas todos acreditam no futuro da nação”. Embora todos digamos que empreendemos nossas ações em prol da democracia, me parece que essa está

ardemio@bewnet.com.br

ARTIGO

seriamente ameaçada. O desrespeito impera na verborragia dos nossos “líderes”. “Brasil mostra a tua cara; quero ver quem paga pra gente ficar assim”.

Quem paga nós sabemos: a sociedade, principalmente os integrantes das classes menos favorecidas que ainda acreditam que “a Justiça tarda mas não falha? Que se eu não for um bom menino, Deus vai castigar” e, neste contexto, simplesmente abaixa a cabeça e trabalha (quando não está desempregado, é claro) e está convencida a “pagar sem ver, toda essa droga, que já vem malhada, antes d’eu nascer”. Então “Brasil! Qual é o teu negócio?”

Tratar dos interesses, por vezes espúrios de alguns indivíduos ou buscar um nível de desenvolvimento que permita mitigar as desigualdades homéricas que presenciamos dentro dos diferentes espaços do nosso vasto território?

“Mas o Brasil vai ficar rico, vamos faturar um milhão, quando vendermos todas as almas dos nossos índios num leilão”. É nisto que acreditamos? Quando teremos a condição de saber que país é este?

O que faremos para “falar em verdades tão veladas, em mentiras descaradas”, quando poderemos ser Livres “pra pensar e pra poder dizer”, pois me parece que o motivo da comemoração ainda não se concretizou: não somos independentes, no entanto “o que nós precisamos” é ir “pra rua mostrar, o desejo de mudar, vou usar a minha voz que não sabia mais gritar” ... “temos tanto pra sonhar, pra viver, entre nós não há mais tempo pra se perder”.

Independência? Brasil, que país é este?

A

ARTIGO

O que é isto, Presidente?

dmiro as festas cívicas de outros países no dia da sua Independência.

Exemplifico com o 14 Julliet – na França – e o 4thJuly – nos Estados Unidos. Por aqui, algo parecido nos tempos dos desfiles estudantis. Contudo, com o passar das décadas, nossos “sete de setembro” se restringiram a desfiles militares nas capitais.

Pois neste ano confirmou-se a expectativa. Milhões de brasileiros vestiram verde e amarelo em casa e, outro tanto, foi às ruas, com faixas e cartazes, festejando a data. Mesmo que segmentos sectários da mídia tentassem tirar o brilho das manifestações, classificando-as de “antidemocráticas”, uma definição ridícula e hilária, como se a grande massa popular nas ruas, verdadeira expressão da democracia, denotasse algo totalitário, ditatorial.

Foram porque viram no grito de “Independência ou Morte” de D. Pedro I, ao livrar-nos do jugo de Portugal, uma analogia – e por isto a escolha da data – na nova libertação que o Brasil precisa: do avanço preocupante do totalitarismo (sob a batuta de um STF faccioso, de uma parcela da mídia tendenciosa e inverossímil, e de um Congresso Nacional com minoria dos parlamentares comprometidos com a Nação, predominando os apenas alinhados com interesses particulares).

As multidões festejavam porque lhes aparecera um líder, um comandante, que, por sua postura firme e decidida, levaria a Nação a romper o silêncio sobre as exceções frequentes no cumprimento da Constituição, sobre a desconfiança no processo eleitoral, e outras atitudes, com

as quais, claramente, visavam retornar ao poder a esquerda perigosa. Não a esquerda raiz, da ideologia de inclusão social que contribui com o desenvolvimento e bem-estar nacionais.

Pois Bolsonaro, nos seus discursos de Brasília e de São Paulo, correspondeu.

Indignado, denunciou o que tinha que ser

“Recuo estratégico?

Penso que não.

Mais pareceu alguém despreparado para a missão.

Para mim, tornou-se um ex Mito.” denunciado, mostrou saber o caminho a ser trilhado e confirmou ser o grande líder, necessário para um momento destes.

Momento histórico, de apoio popular. O Presidente personificara D. Pedro I, trazendo-nos um novo “Grito de Independência”. Já não de “ou morte” porque a Constituição lhe dava mecanismos legais para libertar-nos dos jugos, gradativamente, a nós impostos.

Veio o “the day after”, quando tudo deveria ser implementa-

do. E nada aconteceu. Veio o segundo dia, dia 09, quando, aos poucos, aconteceu o impensado.

O Presidente desautorizou o movimento dos caminhoneiros (há dias parados, aríetes fiéis) e, à tarde, capitulou da pior forma.

Encolhido, deixou o protagonismo para Temer, matreiro, amigo da JBS, opositor sucessor de Dilma e que conseguiu, quando Presidente, que a Câmara impedisse que fosse investigado pelo STF. E que nomeara o Ministro autor das decisões vistas como indevidas por Bolsonaro e brasileiros. E, por pior, na Nota distribuída, o Presidente deixou implícito pedido de desculpas àquele Ministro, cujas decisões afrontara.

Sua infantaria e cavalaria ganharam a guerra dia sete e avalizaram a construção do novo Brasil. Mas o Comandante, inexplicavelmente reuniu-se com o lado vencido e capitulou, numa contenda já ganha. Negociou o quê? Liberou o caminho para a esquerda chinesa/venezuelana em 2022?

No final de tudo, “a montanha pariu apenas um rato”, expressão utilizada para expressar que, após muita expectativa e ameaça, ocorre apenas algo insignificante.

Ah, mas a bolsa subiu, o dólar caiu, o mercado estabilizou, dirão muitos. Ora, não se baseiem em indicadores tão voláteis que têm um sobe e desce frenético.

Cuidem. Tal qual em Cuba, Venezuela, Coreia do Norte e outros – talvez um dia nem existam mais.

Recuo estratégico? Penso que não. Mais pareceu alguém despreparado para a missão. Para mim, tornou-se um ex Mito.

Fim de semana,

11 e 12 de setembro de 2021

MÍN: 14º MÁX: 19º

Dia de sol com algumas nuvens e névoa ao amanhecer. Noite com poucas nuvens.

THIAGO MAURIQUE

Irmãos Heineck contam a história dos

30 anos de Docile Empresa liderada pelos irmãos Ricardo, Fernando e Alexandre Heineck, a Docile Alimentos carrega a história de uma família que se dedica à fabricação de doces desde 1936. Filhos de Nestor Heineck e netos de Natalício Heineck, que estão entre os pioneiros da fabricação de

balas na região, eles iniciaram a empresa no dia 1º de setembro de 1991 com uma operação de distribuição de xarope de glicose. Hoje, a Docile produz mais de 2,6 milhões de quilos de guloseimas por mês, atende todo o mercado brasileiro e exporta para mais de 50 países.