13ª Edição

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O Pilão

N.º 13 | Novembro 2015 | Distribuição Gratuita Jornal do Núcleo de Estudantes de Farmácia da Associação Académica de Coimbra - NEF/AAC

Regina Dias

Um exemplo de polivalência

Perfil do Professor Doutora Lígia Couto Congresso Nacional dos Farmacêuticos

Um olhar inovador sobre a imagem médica Professor Doutor Antero Abrunhosa

Projeto desLIGA

O Suplemento

A progeria em Investigação Professora Doutora Cláudia Cavadas

O Espaço Pedagógico

IX Congresso Científico do NEF/AAC

Cancro: da prevenção à terapêutica


FICHATÉCNICA Jornal O Pilão Propriedade e Edição

Núcleo de Estudantes de Farmácia da Associação Académica de Coimbra (NEF/AAC) Faculdade de Farmácia Universidade de Coimbra Pólo das Ciências da Saúde Azinhaga de Santa Comba 3000-548 Coimbra www.nefaac.pt www.facebook.com/nefaacoimbra geral@nefaac.pt jornal@nefaac.pt

Direção Luís Cruz

Direção Editorial

Stéphanie Pais e Rita Alves

Grafismo e Paginação Stéphanie Pais

Redação

Águeda Alves, Ana Dinis, Cristiana Pinheiro, Daniel Rolo, David Ramos, Diana Marques, Fábio Ferreira, Inês Ferreira, Joana Fiteiro, Leonor Bruçó, Margarida Viola, Patrícia Costa, Rafaela Silva, Rita Alves e Stéphanie Pais

Colaboraram nesta edição Mariana Laranjeiro

Tiragem

300 exemplares Distribuição gratuita

Apoio Instituicional

Ordem dos Farmacêuticos, Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra

Patrocinadores

EDITORIAL Caros Leitores, Eis que vos apresentamos a 13ª edição deste que é o nosso, mas principalmente, o vosso jornal. É por e para vocês que nos esforçamos e que movemos montanhas para conseguirmos que, a vós, cheguem as notícias mais atuais e as entrevistas de maior interesse. É com um enorme sentimento de concretização e vitória que colocamos ao vosso dispor mais um documento repleto da informação que consideramos de maior utilidade e importância nesta caminhada que é a vida académica. Não deixando de agradecer à equipa que nos acompanha que, a cada dia, dá um pouco mais de si para a realização deste jornal. É com a sua motivação, empenho e dedicação que somos capazes de estar ao nível dos nossos leitores e que conseguimos manter o sublime patamar alcançado pelo NEF/AAC. A entrevista a Regina Dias dá início a esta edição, mostrando que a polivalência pode marcar pontos a nosso favor em qualquer situação. Seguindo-se a rúbrica O Perfil do Professor, onde vos é apresentada a Professora Doutora Lígia Couto. Além disso, para que se possam manter a par de todas as novidades, numa perspetiva mais científica, fazemos-vos chegar uma investigação liderada pela Professora Doutora Cláudia Cavadas que se prende com o potencial do neuropeptídeo Y no tratamento da progeria. Os congressos marcam a nossa profissão, quer para que nos possamos manter atualizados dos demais assuntos que nos rodeiam, quer para alargarmos os nossos conhecimentos académicos. Desta forma, é-vos apresentada uma suma do que foram os mais recentes congressos da área, nomeadamente o Congresso Nacional dos Farmacêuticos, da responsabilidade da Ordem dos Farmacêuticos e o IX Congresso Científico do NEF/AAC, organizado pelo Pelouro da Formação. No que respeita a este último é, ainda, dado a conhecer um dos oradores do mesmo, com uma entrevista ao Professor Doutor Antero Abrunhosa. Nesta edição é colocada ao vosso dispor informação que se prende com uma das questões que cada vez mais tem atraído os nossos estudantes, o voluntariado, com o projeto des.LIGA da Liga Portuguesa Contra o Cancro. Apresentamos-vos também um projeto de caris social: Existir para ninguém desistir! A FFUC é representada por três grupos musicais: FFUCoral, Phartuna e Imperial TAFFUC. Nos quais existe uma paixão em comum que fomos tentar desvendar. Por fim, mas não menos importante, damos continuidade ao Suplemento e às rúbricas: Em Coimbra e Espaço Pedagógico. O Phartoon que vos é presenteado no final desta edição é fruto de um concurso realizado pelo NEF/ AAC na FFUC, que tenta assim implementar a ideia de que o jornal O Pilão está ao alcance de todos e não só de alguns. Votos de uma boa leitura,

Plural - Cooperativa Farmacêutica, CRL ANF - Associação Nacional das Farmácias Edição redigida segundo o novo acordo ortográfico

Stéphanie Pais e Rita Alves - Coordenadoras do pelouro Jornal O Pilão

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O Pilão | nº 13 | Novembro 2015


ÍNDICE Entrevistas 4-5 Regina Dias, Um exemplo de polivalência 8-9 Prof. Doutora Cláudia Cavadas, A progeria em investigação 14-15 Prof. Doutor Antero Abrunhosa, Um olhar inovador sobre a imagem médica

Perfil do Professor 6 Prof. Doutora Lígia Couto

Entidades/Associações Em Coimbra 20 Uma noite por Coimbra

7 Congresso Nacional da OF’15 10-13 IX Congresso Científico do NEF/AAC 19 Jornadas das Saídas Profissionais 21 Projeto des.LIGA 22 «Existir para ninguém desistir!»

Grupos Musicais 16-18 Uma paixão comum

Espaço Pedagógico 23 Serviços Académicos vs Serviço de Alunos

Sabias que o NEF/AAC faz 29 anos no mês de novembro ?!

Núcleo de Estudantes de Farmácia da Associação Académica de Coimbra

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Um exemplo de polivalência

Regina Dias

Regina Dias foi aluna de Ciências Farmacêuticas da Universidade de Coimbra durante o ano letivo 2010/2015, tendo finalizado o seu percurso académico este presente ano. Durante estes 5 anos fez parte do Núcleo de Estudantes de Farmácia da Associação Académica de Coimbra (NEF/AAC) e da Associação Portuguesa de Estudantes de Farmácia (APEF) para além de ter tido outras atividades extracurriculares. por Cristiana Pinheiro e Diana Marques

Como atual membro do executivo da APEF, podes descrever como foi a tua experiência a trabalhar numa associação a nível nacional? Trabalhar numa equipa a nível nacional é uma experiência completamente distinta de participar em organizações a nível local, como é o NEF/AAC. A primeira grande diferença, a nível de atuação, é o âmbito de atividade. Passamos da realidade de organizar atividades para os alunos de uma Faculdade para a de direcionar os eventos e missão para toda a comunidade estudantil do MICF de Norte a Sul do país! E essa é também uma das vertentes mais gratificantes: conhecer e contactar com realidades do ensino de Farmácia que ultrapassam as barreiras da Faculdade e se estendem a cerca de 5000 estudantes e poder contribuir para a defesa dos seus interesses. Apesar do contacto menos próximo entre as pessoas e que, muitas vezes, só é possível através das novas tecnologias, comparando com o que acontece com o NEF/AAC, esta tem sido uma experiência muito enriquecedora e é gratificante poder trabalhar numa equipa tão heterogénea e proativa. Durante o teu percurso sempre tentaste conjugar as tuas atividades com a faculdade. Consideras que sempre foi fácil gerir o teu tempo, tendo em conta as múltiplas tarefas que tinhas em mãos? Costumam dizer, em gíria popular, que “quem corre por gosto não cansa” e foi mesmo isso que pude experienciar. Facto é que, durante o 1º ano de estudos na FFUC apenas estava envolvida nos Bombeiros enquanto atividade extracurricular, e os resultados melhoraram significativamente quando me envolvi no associativismo académico e noutras atividades que, a meu ver, me motivaram a gerir melhor o tempo disponível para o estudo. Não foi fácil gerir esse o tempo para me dedicar a todas as funções, mas, com a experiência, fui aprendendo a conciliar e sobretudo a priorizar as tarefas.

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«A formação académica aliada a todas as experiências complementares que formam o nosso background são a chave que nos distingue enquanto futuros profissionais.»

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«Quando me envolvi no associativismo académico e noutras atividades consegui gerir melhor o tempo disponível para o estudo.»

Do teu ponto de vista, achas importante, para a formação de um jovem, tanto em termos pessoais como profissionais, a participação em atividades extracurriculares? Como é que achas que isso se reflete na personalidade e forma de enfrentar os problemas do quotidiano? Sem dúvida alguma que as atividades extracurriculares são essenciais para o crescimento pessoal e profissional durante toda a nossa formação. Não me refiro apenas a atividades associativas mas também culturais, desportivas e recreativas pois tudo isso são contributos essenciais para a nossa definição enquanto futuros profissionais de saúde. Competências como o trabalho em equipa, a capacidade de liderança, gestão de tempo e comunicação são desenvolvidas com este tipo de atividades e aprende-se a discutir, debater e partilhar

ideias, aprendizagens que não vêm nos livros e só a experiência nos consegue moldar nesse sentido. Não só no nosso futuro profissional, mas também no nosso dia a dia, aprendemos e crescemos na forma como lidamos com as pessoas, situações e como encaramos os desafios. Que conselhos dás aos alunos, futuros farmacêuticos? O melhor conselho que posso dar aos estudantes do MICF é que se envolvam e façam mais do que simplesmente estudar a matéria para os exames. A formação académica aliada a todas as experiências complementares que formam o nosso background são a chave que nos distingue enquanto futuros profissionais. Sejam interventivos e aproveitem da melhor forma estes intensos anos de formação académica que serão decisivos para o vosso futuro.

Núcleo de Estudantes de Farmácia da Associação Académica de Coimbra

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P

erfil do rofessor

Prof. Doutora Lígia Couto

Nome completo: Lígia Maria Ribeiro Pires Salgueiro da Silva Couto Naturalidade: Portuguesa Breve resumo do percurso académico: Licenciada em Ciências Farmacêuticas em 1986. Doutorada em Farmácia em 1995. Prestou provas para obtenção do título de Agregado em 1999. Docente da FFUC desde 1986, sendo Professora Catedrática desde 2008. Atividades profissionais e área de investigação: Professora universitária e investigadora na área das plantas medicinais e metabolitos, com mais enfoque nas plantas aromáticas e óleos essenciais. O que mais gosta no trabalho do seu dia a dia? Sempre gostei de fazer muitas coisas diferentes, aceitar desafios e trabalhar em equipa. A rotina não existe na vida de um docente universitário. Lidar com os alunos universitários é também um grande privilégio. Só lamento já não ter a mesma capacidade de trabalho que tinha há uns anos atrás, em que conseguia ter um dia repleto de aulas teóricas e laboratoriais e não me sentir cansada! Sente-se realizada a nível profissional? Sinto-me realizada a nível profissional, mas temo pelo futuro, pois cada vez há menos dinheiro para as universidades e para a investigação e, por essa razão, não podemos aceitar todos os alunos que nos procuram para fazer investigação no nosso grupo. O reduzido número de bolsas de investigação (doutoramento e pos-doc) e projetos financiados atribuídos nos últimos tempos tem-nos feito “perder” alguns excelentes alunos, por não arranjarmos condições financeiras para os manter no nosso grupo de investigação. Isso para mim é uma enorme preocupação.

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por Fábio Ferreira

Mudaria alguma coisa no seu percurso académico? Gostaria de ter realizado mais estágios em instituições internacionais quando era mais jovem. Incentivo todos os jovens a aproveitarem intercâmbios internacionais pois são uma mais-valia para a nossa formação pessoal e profissional. Quais são os seus hobbies? Sempre que posso aproveito todos os tempos livres para viajar, seja dentro do país ou no estrangeiro. Conheço muitos países nos vários continentes. As diferenças culturais atraem-me. Viajar para mim é a melhor maneira de relaxar e descontrair. As últimas viagens que fiz este ano (verão) foram ao Camboja, Vietnam e Peru. Todas elas foram inesquecíveis! Quais os livros mais marcantes da sua vida? Na minha juventude marcou-me o livro “Meu pé de Laranja Lima” de José Mauro de Vasconcelos, sobretudo pela intensidade dos sentimentos. Há muitos livros que me fascinaram, como por exemplo, “Cem anos de solidão” de Gabriel García Márquez, “O Perfume” de Patrick Süskind, “A Casa dos Espíritos” de Isabel Allende, “A Sombra do Vento” de Carlos Ruiz Zafón e muitos outros. Quais são os seus estilos musicais preferidos? Gosto de muitos estilos musicais. Para descontrair gosto de ouvir jazz e no dia a dia ouço música comercial, sobretudo, com os meus filhos. Quais são os seus filmes preferidos? Já vi muitos filmes que gostei muito e seria difícil enumerar todos. Posso citar, a título de exemplo, “O Padrinho”, “A Vida é Bela”, “Voando sobre um Ninho de Cucos”. Gostaria muito de dispor de mais tempo para ver mui-

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tos outros filmes que ainda não tive oportunidade de ver. Qual a viagem dos seus sonhos? Felizmente já tive o privilégio de ter feito muitas viagens de sonho. Quando era mais jovem fiz a volta ao mundo e adorei. Agora gostaria de repetir com a minha família, mas passando mais tempo na Austrália. Precisava de dispor de mais tempo para fazer grandes viagens de sonho! Qual o maior sonho da sua vida (a nível pessoal ou profissional)? Neste momento sinto-me completamente realizada a nível pessoal e profissional, por isso o meu maior sonho é poder acompanhar e assistir à realização pessoal e profissional dos meus filhos, que são a minha maior prioridade. Se pudesse entrevistar alguém, quem escolheria (figura do presente ou do passado)? Por exemplo, gostaria de entrevistar o Hitler para tentar descortinar a mente de uma pessoa que personifica o “mal”, a antítese dos valores que deve ter qualquer ser humano. Se tivesse o poder para alterar algo no mundo, o que alteraria? Há muitas coisas que todos nós gostaríamos de alterar no mundo. Neste momento daria prioridade a tudo o que pudesse conduzir à PAZ. Que conselho dá aos jovens do nosso país? Confiar nas suas potencialidades, trabalharem e lutarem para alcançar os seus sonhos. Serem positivos, dinâmicos, honestos e acreditarem num futuro melhor. A juventude não deve ser desperdiçada; quando somos jovens devemos fazer TUDO para sermos felizes e dar-mos felicidades aos outros!


CONGRESSO NACIONAL DOS FARMACÊUTICOS 2015 Nos passados dias 29, 30 e 31 de outubro, decorreu no Centro de Congressos de Lisboa, o Congresso Nacional dos Farmacêuticos 2015, onde o mote principal era “MAIS SAÚDE: o nosso compromisso de sempre”. por Rafaela Silva No dia 29, teve lugar o Simpósio pré-Congresso. Este simpósio permitiu a reflexão sobre o tema Presente e Futuro da Profissão Farmacêutica na Europa, contando com a presença de diversos nomes nacionais e internacionais como palestrantes. Foi constituído por quatro painéis, abordando diferentes áreas de intervenção do farmacêutico: indústria farmacêutica, análises clínicas, farmácia comunitária e farmácia hospitalar que deram conta da situação atual da profissão, mas também quais as perspetivas futuras face à atualidade. O primeiro dia de Congresso propriamente dito, decorreu no dia 30 de outubro e teve início com a realização de sessões paralelas acerca das inúmeras áreas de intervenção farmacêutica, desde a farmácia comunitária, aos assuntos regulamentares, passando ainda pelo marketing e farmácia militar. A segunda parte deste primeiro dia teve como primeira sessão, uma conferência “Sobre a Ética do Medicamento – Uma Reflexão” proferida pelo Coordenador da Cátedra UNESCO em Bioética, Instituto de Bioética da Universidade Católica Portuguesa, Walter Osswald. De seguida, deu-se início ao Painel I – Concretizando o Nosso Compromisso, cujos oradores representantes da Ordem dos Farmacêuticos, Exigo, In-

stituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz, FIP – Federação Internacional Farmacêutica e Bluepharma. A terminar este primeiro dia, decorreu a Sessão Solene de Abertura que contou com a presença do Exmo. Sr. Ministro da Saúde e ainda com o Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, Dr. Carlos Maurício Barbosa. De realçar que no decorrer desta sessão solene, foi entregue o Prémio de Investigação Científica Professora Doutora Maria Odette Santos-Ferreira com o Alto Patrocínio de Sua Excelência o Presidente da República que galardoou o Professor Doutor Francisco Batel-Marques, docente da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra pelo trabalho apresentado, The role of cumulative meta-analysis in medicines post-marketing risk assesment and benefits/risk evaluation. Finalmente, foi inaugurada a exposição “Geração Saudável – Os Farmacêuticos na Promoção e Educação para a Saúde”, sucedendo-se o lançamento do livro “Administração de Vacinas e Medicamentos Injetáveis por Farmacêuticos – Uma Abordagem Prática”, uma edição da Ordem dos Farmacêuticos. No sábado, 31 de outubro, iniciou-se o Painel II – O Farmacêutico Face aos Desafios da Sociedade que visou a reflexão sobre o papel preponderante

que o farmacêutico, enquanto profissional de saúde, assume perante a promoção da saúde e a prevenção da doença no que toca, por exemplo, ao envelhecimento dos portugueses, um projeto desenvolvido pelo Professor Doutor João Malva e do seu grupo de trabalho (Ageing@Coimbra). Findas as apresentações, prosseguiu-se para o Painel III – Competências Farmacêuticas, que contou com a presença de uma representante da Pharmaceutical Society of Ireland, Roisin Cunniffe, que apresentou o Quadro de Competências Base para os Farmacêuticos. Seguidamente, foi apresentado pela Dra. Andreia Bruno, Ordem dos Farmacêuticos, o Modelo de Competências Farmacêuticas da Ordem dos Farmacêuticos. Para terminar esta jornada, da parte da tarde ocorreu uma mesa redonda, que contou com representantes dos diferentes partidos políticos a fim de discutirem a temática Nova Legislatura: Que Políticas Para a Saúde?. O congresso terminou com a apresentação das conclusões da campanha “Uso do Medicamento – Somos Todos Responsáveis” e uma conferência acerca da Reforma Estrutural do SNS e Políticas na Área Farmacêutica. Por último, foram ainda entregues as Medalhas de Ouro e de Honra da Ordem dos Farmacêuticos.

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A Progeria em Investigação Prof. Doutora Cláudia Cavadas A equipa de investigação que coordena no CNC - Centro de Neurociências e Biologia Celular da UC conseguiu o financiamento de duas instituições americanas, a Fundação Americana de Progeria e a organização Carly Cares, para estudar o potencial do neuropeptídeo Y (NPY) no tratamento da progeria. Fomos conhecer o trabalho da Prof. Doutora Cláudia Cavadas, bem como os traços gerais da sua experiência em investigação. por Inês Ferreira e Margarida Viola

A Prof. Doutora Cláudia Cavadas lidera a equipa de investigação de Neuroendocrinologia e Envelhecimento do Centro de Neurociências e Biologia Celular da UC. Como surgiu o interesse pelo estudo da progeria no seio do seu grupo? O interesse surgiu pelos modelos animais que os investigadores que estudam a progeria desenvolveram – no sentido em que os murganhos são um modelo de envelhecimento rápido. Assim, em vez de esperarmos dois, três anos para que o animal envelheça naturalmente, recorremos à progeria como modelo de envelhecimento acelerado. Deste modo, o foco principal da investigação era, na altura, o estudo do envelhecimento – a ideia por trás disto era que se conseguíssemos atrasá-lo, iríamos com certeza atrasar as doenças que tipicamente aparecem com o ele. Como foi descoberto o potencial terapêutico do neuropeptídeo Y sobre esta doença? Qual o mecanismo pelo qual este modifica o curso da mesma? Eu já trabalho com o NPY desde o início do meu doutoramento e quando se ganha conhecimento sobre um determinado assunto, é depois fácil aplicá-lo a outro tema. A certa altura interessei-me pela questão “como é que a restrição calórica aumenta a longevidade em vários modelos animais e diminui alguns biomarcadores de envelhecimento nas pessoas?”.

Um dos mecanismos verificados quando se diminui a quantidade de calorias ingeridas é o aumento dos níveis de NPY no hipotálamo. Outro mecanismo que já estava a ser estudado na altura sobre a restrição calórica era a autofagia , isto é, o mecanismo pelo qual as células recorrem aos seus nutrientes internos para obtenção de energia. Assim, a grande questão que se punha era “Será que o NPY aumenta a autofagia?” Isto porque sabemos que a autofagia, estando envolvida no processo de reciclagem das células, encontra-se diminuída em doenças neurodegenerativas e no envelhecimento e, desta forma, o seu aumento seria um dos pontos-chave para o retardamento do envelhecimento. O NPY tem muitos efeitos, mas o que mostrámos foi que eventualmente vai aumentar a autofagia nos vários tecidos do organismo em que os recetores de NPY estão expressos, como já tínhamos demonstrado em neurónios do hipotálamo. Temos também outros resultados que obtivemos mais tarde, usando fibroblastos de doentes, nos quais mostrámos que há diminuição dos danos do DNA. Contudo, a autofagia foi a nossa grande proposta e o mecanismo no qual apostámos, embora ainda não saibamos se existem outros além deste.

O que é a progeria? A progeria ou síndrome de Hutchinson - Gilford é uma condição genética, rara e fatal caracterizada por um envelhecimento acelerado em crianças. Esta afeta aproximadamente 1 em cada 4 – 8 milhões de recém-nascidos e estima-se que que haja cerca de 200 – 250 crianças a viver com Progeria no Mundo a cada momento. Afeta ambos os sexos e todas a raças de igual modo. A maioria das crianças com Progeria começa a revelar várias características da doença no primeiro ano de vida. Estas incluem insucesso no crescimento, perda de gordura e de pelo corporais, pele com aspeto envelhecido e rigidez das articulações. À medida que o tempo avança, as crianças sofrem de osteoporose, aterosclerose generalizada, doença cardíaca e acidentes vasculares cerebrais. As crianças com Progeria acabam por falecer com uma idade média aos 14 anos. Fonte: http://progeria-facts.weebly.com/about.html

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Em termos futuros, qual o impacto que o estudo que está a ser desenvolvido pela sua equipa pode ter no tratamento da progeria? Neste momento, temos apenas ensaios em células e em animais, ou seja, não sei se algum dia a utilização periférica do NPY que propomos será um tratamento. No entanto, nesta tentativa de descoberta, poderemos certamente encontrar outros mecanismos que o NPY vai ativar e que não estavam descritos na doença – podemos até vir a descobrir outros caminhos que não o do NPY. A progeria é uma doença genética que afeta as crianças que têm a mutação no gene LMNA, com a consequente produção da proteína progerina, que torna os núcleos das células instáveis e que propicia o envelhecimento prematuro. Contudo, serão as crianças as únicas a poder beneficiar da descoberta de uma terapêutica eficaz para a doença? Para uma doença tão rara como esta, é muito difícil conseguir financiamento. Contudo, há diversos grupos de investigação a estudar a progeria, por se tratar de uma doença em que as crianças sofrem um envelhecimento precoce e muito semelhante ao envelhecimento natural. Assim, voltando um pouco ao objetivo inicial, talvez o estudo da progeria nos venha a permitir descobrir mecanismos relevantes para o envelhecimento natural.

A sua experiência em Investigação Qual o projeto de investigação mais estimulante em que já esteve envolvida? Que aspetos o tornaram memorável? Na verdade, não consigo pensar no projeto mais estimulante – acho que todos os projetos têm momentos altos. Estes picos podem acontecer quando um artigo é aprovado, bem como quando há atribuição de um financiamento. Acontece ainda quando há reconhecimentos, como por exemplo, a atribuição de prémios relevantes em Ciência. Em síntese, há momentos estimulantes em todos os projetos, e são estes que muitas vezes nos fazem querer continuar, dado que em Investigação tudo é um pouco incerto e nem sempre obtemos os resultados que esperamos. Liderar um grupo de investigação multidisciplinar implica o estabelecimento de uma estratégia de trabalho e de uma forte dinâmica entre os membros. Quais os aspetos que considera fulcrais para a obtenção de bons resultados? Dentro de um grupo de investigação é essencial haver um ambiente de entreajuda. É necessário muito trabalho não só no laboratório, como também na gestão de pessoas. O mais importante é que as pessoas se sintam felizes naquilo que estão a fazer. Além disso, é importante estar-se num ambiente rico com outros grupos de investigação ao lado, proporcionando um ambiente estimulante, assim como é necessário financiamento.

«Na investigação só se consegue manter quem gostar. Essencialmente, é importante estar-se atento ao que está a acontecer, arriscar e experimentar. » Como se consegue obter reconhecimento e visibilidade perante as entidades financiadoras de projetos de investigação? O fundamental é ter publicações anteriores que demonstrem que somos capazes. Não tem que ser forçosamente no projeto em questão, mas publicações na área que garantam que o projeto tem as pessoas certas para o concretizar, inclusive colaborações internacionais e/ou noutras áreas que mostrem que a equipa é sólida. Por outro lado, ao apresentarmos resultados preliminares que demostrem que a hipótese que estamos a colocar é válida, a probabilidade de o projeto poder vir a ser financiado é maior, dado que há mais garantias de que este possa chegar ao fim. A área da investigação é indubitavelmente uma saída profissional possível para os estudantes da nossa Faculdade. Tendo por base a experiência que detém, quais os conselhos que pode oferecer? Na investigação só se consegue manter quem gostar. Essencialmente, é importante estar-se atento ao que está a acontecer, arriscar e experimentar. A vantagem dos cursos da FFUC é que permitem a escolha entre várias áreas onde se quer fazer investigação. Neste momento, o doutoramento é uma ferramenta não só no trabalho como no quotidiano, pois com ele se adquire uma dinâmica de investigador, isto é, uma postura de busca do “porquê”. Por esta razão, penso que passar por uma experiência em investigação é sempre útil para todos os alunos.

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O IX Congresso Científico do NEF/AAC tev vídeo de Stromae - Quand c’est? - alu

PAINEL I Moderadores: Prof. Doutor Amílcar Falcão e Prof. Doutora Isabel Vitória Figueiredo A primeira oradora, Doutora Joana Bastos, estatística do Registo Oncológico Regional, abordou a epidemiologia e estatística do cancro, referindo que só em 2012 surgiram 14 milhões de novos casos, sendo já a principal causa de morte no mundo, no qual o sexo masculino é o mais vulnerável. De seguida, o Professor Doutor Américo Figueiredo, chefe de serviço de dermatologia do C.H.U.C., falou acerca da prevenção primária do cancro da pele. Durante a sua intervenção, foi referido que indivíduos ruivos ou louros têm uma maior probabilidade de terem cancro da pele devido ao tipo de melanina que possuem, a feomelanina, potenciadora da formação de radicais livres quando irradiada. O terceiro orador, Doutor Fernando Costa, falou da prevenção primária do cancro do colo do útero, sublinhando que o mesmo é originado por alguns vírus da família do papiloma vírus humano, alertando para a necessidade da vacinação antes do início da atividade sexual, assim como um comportamento sexual responsável. Após o coffee-break, o cancro da mama e respetivos fatores de risco e abordagens terapêuticas foram liderados pela Doutora Leonor Pinto, realçando que a menopausa tardia (>55), a nuliparidade e a gravidez tardia como alguns dos fatores de risco. O último orador, Doutor Alfredo José Fânzeres da Mota (CHUC), deu ênfase à realização do exame do colorretal - principal método de deteção de um tumor na próstata - salientando a importância de o mesmo ser realizado por indivíduos com 50 anos de idade, pois a doença se desenvolve maioritariamente por volta desta idade.

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ve início com a apresentação de um clipe de usivo à temática do congresso, o cancro. por Ana Dinis e Daniel Rolo

PAINEL II Moderadores: Prof. Doutor João José Sousa; Profª Doutora Carla Vitorino e Profª Doutora Ana Cristina Rama. O 2º Painel do congresso do NEF/AAC iniciou-se com o discurso do Doutor Luís Elvas, gastrenterologista do IPOCFG, sendo a sua palestra marcada pela apresentação de um vídeo que retratava a realização de uma colonoscopia – método de rastreio mais utilizado dada a sua elevada eficiência e baixo custo – onde foram apresentadas várias situações consoante a gravidade e agravamento da doença e respetivo tratamento. De seguida, pelo Prof. Doutor Pedro Barata foi esclarecida a importância dos medicamentos biossimilares em oncologia. Estes são bastante idênticos aos fármacos originais apresentando um custo muito mais baixo, sendo que esta ligeira diferença não acarreta consequências no tratamento para o doente. A terceira moderadora, Mestre Cristina Miranda Silva, debruçou o seu discurso sobre a taxa de infertilidade associada às doenças oncológicas. Após o coffee-break, a Doutora Cláudia Santos do Infarmed deu a conhecer, através da apresentação de alguns gráficos, quais os antineoplásicos mais utilizados nas terapêuticas bem como as suas vantagens. O papel do farmacêutico na área hospitalar foi também abordado pela Drª Angelina Esteves Martins. Foi enaltecida a importância destes profissionais na preparação de citoestáticos, na supervisão da preparação da terapêutica e ainda a sua participação em ensaios clínicos. Para finalizar o primeiro dia deste congresso, a Mestre Ana Elisabete Ferreira deu a conhecer aos participantes os aspetos jurídicos mais importantes de investigação clínica em Oncologia.

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«Devemos tratar doentes e

PAINEL III Moderadores: Prof. Doutora Ana Bela Sarmento O penúltimo painel deste congresso teve início com a Doutora Mécia Fonseca que se pronunciou acerca da avaliação farmacoeconómica em oncologia, referindo que as análises de decisão mais frequentes são as análises de custo-efetividade e a de custo-utilidade, de modo a promover decisões racionais e eficientes, garantindo a sustentabilidade do SNS. Sobre o tema da imuno-oncologia, subiu ao palanque a Doutora Cláudia Silva, dando ênfase à terapia fotodinâmica com uma molécula made in Coimbra, o Redaporfin. Esta terapia estimula o sistema imunitário do doente, limitando o processo de metastização do tumor. De seguida, a Doutora Susana Santos centrou o seu discurso no tema “Gestão de Risco Partilhada”. Após um pequeno debate, atuação da Phartuna e coffee break, foi a altura de realizar o Speed Dating. Este consiste numa forma fácil e rápida de esclarecimento de dúvidas feito diretamente entre o moderador e o participante. Com um limite de tempo, há oportunidade de falar sobre os vários temas, nomeadamente sobre os quais incide o trabalho que desenvolvem. Desta forma, é facultado um certo dinamismo e proximidade entre as duas partes que não é possível durante as palestras em geral.

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não análises»

Prof. Doutor Alfredo Mota

PAINEL IV Moderadores: Prof. Doutora Paula Cristina Luxo O quarto e último painel do IX Congresso Científico do NEF/AAC iniciou com a intervenção da Professora Doutora Paula Capelo que se pronunciou acerca do tratamento da dor oncológica. A dor, quinto sinal vital poderá ser silenciado com uso de opiáceos, nomeadamente o Tramadol. De seguida, o Doutor Antero Abrunhosa elucidou os presentes sobre o uso da tomografia de emissão de positrões (PET) no doente com cancro. Durante a sua intervenção, foi abordado o tema dos radiofármacos, nomeadamente a fluorodesoxiglucose, que neste momento é o radiofármaco mais utilizado no diagnóstico em oncologia. Com o tema “Comunicação com o doente oncológico”, a Doutora Sónia Silva enalteceu o facto de a simples tentativa de tranquilizar do doente, relativizando a sua doença antes de ter sido feita a adequada avaliação da mesma, poder aumentar a ansiedade do doente, sendo o mais correto por parte do profissional dizer a verdade, de forma estruturada e faseada. A encerrar o painel, o Doutor João Pedro Gomes elucidou o auditório acerca da nutrição em oncologia, referindo que 30% dos cancros nos países desenvolvidos estão relacionados com a dieta, desaconselhando a exposição a aflotoxinas alimentares. Entre outros conselhos, o orador sublinhou que a ingestão de vitamina D leva à expressão de genes supressores tumorais. Por fim, a atuação do FFUCoral encerrou este IX Congresso, seguindo-se um pequeno discurso do Pelouro da Formação do NEF/AAC e o Porto de Honra.

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Um olhar inovador sobre a imagem médica Professor Doutor Antero Abrunhosa Doutorado em Ciências Biomédicas, diretor de produção e responsável pelo laboratório de radioquímica do Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde da Universidade de Coimbra (ICNAS), Antero Abrunhosa, investigador do ICNAS e também do Instituto de Imagem Biomédica e Ciências da Vida (IBILI), apresenta, nesta entrevista, uma súmula daquilo que foi e é o seu percurso no âmbito da Tomografia de Emissão de Positrões (PET) e a relação da mesma com a oncologia. Foi face à relevância da sua investigação no que respeita a esta temática, que foi convidado a intervir no IX Congresso Científico NEF/AAC, onde se pronunciou numa brilhante, cativante e enriquecedora palestra integrada no quarto painel do mesmo. por Joana Fiteiro e Rita Alves

De que modo a temática da oncologia entrou na sua vida profissional? Sou um investigador da Universidade de Coimbra especializado na área dos biomarcadores para imagem médica. Enquanto, em outras áreas da medicina, como a cardiologia e as neurociências, existem outras ferramentas mais simples que nos dão informação suficiente para o diagnóstico, na área da oncologia as técnicas de imagem molecular ou, se quiserem, de imagem funcional como a PET, têm uma importância fundamental. Por este motivo, no ICNAS, a oncologia tem um papel predominante ao ponto de cerca de 2/3 dos exames

da (TC ou TAC), entre outras, a PET tem a vantagem de ser mais sensível, apesar de, por outro lado, não ter a resolução espacial e o detalhe anatómico destas outras técnicas. As doenças são multifatoriais e, por isso, as técnicas imagiológicas também têm de o ser. Enquanto a TC e a IRM nos dão a anatomia, a PET dá a fisiologia, pelo que o que é importante é a conjugação de várias técnicas. Assim, cada vez mais os equipamentos são híbridos, como é o caso dos do nosso centro que tem um equipamento PET-TC, que faz PET e TC, bem como equipamento complementar avançado de IRM.

teção ser feita numa fase muito precoce, quando ainda há mais possibilidades de tratamento e, por isso, de sobrevivência. No final do mês de outubro, o ICNAS e a Ion Beam Applications (IBA) submeteram um pedido de patente internacional para um novo processo de produção de Gálio-68, um isótopo fundamental no diagnóstico de cancro. Como se desenrolou todo o processo até à submissão do pedido de patente? O ICNAS estabeleceu um protocolo com esta empresa belga, líder mundial no fabrico de ciclotrões e, no âmbito desta parceria, foi desenvolvido um novo método de produção deste isótopo que

«Estamos a trabalhar para fazer de Coimbra e da UC, a referência no que diz respeito à imagem médica em Portugal. » PET realizados no nosso centro serem na área da oncologia. No meu trabalho a oncologia surgiu, assim, como um tema fundamental de especialização. Como é que a tomografia de emissão com positrões (PET) pode ser aplicada à área da oncologia e quais as suas vantagens relativamente a outros métodos? A PET dá informação funcional sobre os tecidos tumorais, que é fundamental para a caracterização do tumor, o seu estadiamento e o seguimento da terapêutica. A informação que dá, por exemplo, a fluorodesoxiglicose (FDG), está diretamente relacionada com o estado metabólico do tumor e a sua malignidade. É, assim, um fator de diagnóstico e também de prognóstico. Em relação à Imagiologia de Ressonância Magnética (IRM) e à Tomografia Computadoriza-

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Para além da FDG, que outras moléculas são produzidas no ICNAS? Neste momento produzimos cerca de 18 moléculas diferentes que são específicas para cada tipo de cancro. Por exemplo, para tumores da próstata temos o Gálio68-PSMA, com interesse em tumores do sistema nervoso central existe a Carbono-11-Metionina e para tumores neuroendócrinos temos o Gálio-68-DOTA-NOC que é um análogo da somatostatina. Também temos interesse no cancro da mama, para o qual se utiliza a FDG, em que a inovação não está tanto na molécula utilizada, mas mais na questão instrumental, nomeadamente numa câmara PET com uma maior resolução (de 1,2 mm contra os habituais 5-6 mm de um PET convencional) em fase clínica de testes aqui no ICNAS. O objetivo aqui é a deO Pilão | nº 13 | Novembro 2015

apresenta como vantagens o custo, muito mais baixo, o rendimento, já que produzimos uma maior quantidade de isótopo, e, também, uma menor produção de resíduos, o que é benéfico do ponto de vista ambiental. Face a este desenvolvimento, a IBA e a UC submeteram um pedido de patente internacional em nome dos 3 investigadores envolvidos: eu próprio, Antero Abrunhosa, o Prof. Francisco Alves e um aluno de doutoramento, Vítor Alves. Trata-se de um pedido de patente, que é avaliado durante 1 a 2 anos e, em caso de aprovação, a patente é concedida, algo que seria muito importante para a área de diagnóstico e investigação no cancro. Os resultados até agora obtidos têm-no motivado para continuar com o desenvolvimento de radiofármacos na área da oncologia?


Muito! Começamos com a ideia de colmatar uma falha portuguesa que se prende com a ausência de produção nacional destes compostos, os radiofármacos, nomeadamente no setor público. Neste momento, o nosso objetivo é não só a autonomia e a comercialização nacional, mas, mais que isso, a exportação. Exportar não só moléculas já produzidas noutros países e que nós também produzimos, mas principalmente moléculas inovadoras que não são produzidas noutros pontos do globo, constituindo, assim, uma excelente oportunidade de comercialização para fora de Portugal, nomeadamente para a nossa vizinha, Espanha. Isto porque é necessário ter em conta que o decaimento radioativo destes compostos é rápido e quanto mais célere e eficiente for o seu transporte, em melhores condições chegará o produto ao seu destino. Seguindo esta linha de pensamento deve olhar-se para a Península Ibérica como um todo, observando-se, então, que existem cidades espanholas mais próximas de Portugal que de Madrid (onde também são produzidos radiofármacos), como é o caso de Salamanca, pelo que o transporte destes compostos, é mais rápido.

Para além da produção de radiofármacos para o diagnóstico PET em oncologia, o ICNAS tem também permitido a atuação noutras áreas como a cardiologia ou a neurologia. Que avanços ou projetos têm agora em mãos nestas áreas? Para além da oncologia, o ICNAS, centra o seu trabalho em duas outras áreas que considera de extrema importância: a cardiologia e as neurociências. No que respeita à cardiologia preocupamo-nos com o estudo da viabilidade do miocárdio e placa aterosclerótica vulnerável. Já no que se refere à neurologia incidimos principalmente na Doença de Alzheimer, Doença de Parkinson e, mais recentemente, na Doença de Huntington, sendo que nesta área temos uma forte colaboração com o Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC), com o qual temos diversos projetos em curso. Fruto desta parceria, dois projetos coordenados pela Dra. Ana Cristina Rego do CNC, envolvendo radiofármacos produzidos no ICNAS, foram galardoados com dois prémios, o “Prémio Santa Casa Mantero Belard”, há dois anos e, mais recentemente, o “Prémio FLAD Life Science 2020”. Que perspetivas tem, neste momento, para um futuro próximo ou, se se adequar

melhor, para um futuro mais longínquo? Estamos a trabalhar para fazer de Coimbra e da UC, a referência no que diz respeito à imagem médica em Portugal. Somos também uma unidade de produção farmacêutica que está atenta a possibilidades que se abrem tanto aqui como em no país vizinho. Atualmente fazemos investigação, realizamos exames a doentes (PET, TC, IRM, entre outros) e produzimos radiofármacos para os hospitais nacionais com o intuito de tornar Portugal cada vez mais autónomo no que respeita a estas moléculas. O ICNAS, sendo uma unidade de investigação, tem de se munir dos meios necessários para que seja autossustentável e autónomo e, para tal, temos de recorrer a projetos inovadores, nacionais e internacionais, que nos permitam o financiamento de que precisamos para dar continuidade à investigação científica. Assim, respondendo mais concretamente à questão: as perspetivas são, por um lado, continuar com o desenvolvimento de radiofármacos como meio de diagnóstico e, por outro, enveredar também pela vertente dos radiofármacos de terapêutica uma área na qual Portugal ainda é, por enquanto, totalmente dependente do exterior.

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Uma paixão comum A FFUC tem três grupos musicais, todos eles com as suas particulares. Por isso, o jornal O Pilão apresenta-te um pouco das vivências de cada um. Inspira-te, desafia-te e atreve-te a levar o nome da FFUC mais longe fazendo parte de uma destas famílias. por David Ramos

«Uma nova vida está prestes a começar… Ao chegar à FFUC não conhecia nada nem ninguém, mas sem saber como ou porquê estava a assistir ao ensaio da Phartuna onde me senti logo integrado e tentado a ficar, “primeiro estranha-se mas depois entranha-se” e foi esse o sentimento. Agora que já sou caloiro de tuna recomendo vivamente a todos os interessados a juntarem-se a esta grandiosa “pharmília” pois não há melhor forma de viver o verdadeiro espírito académico e tradições coimbrãs do que fazer parte deste grupo e como diz a música “Entrei para a phartuna e então começou a farra”. Espero assim, passar os melhores anos da minha vida junto desta “pharmília” académica. E para a Phartuna não vai nada,nada,nada? TUDO…..!» João Matos, 2ºano - Phartuna

«No FFUCoral há uma dinâmica única desde o convívio mais divertido e integro, a uma exigência moderada mas que nos impulsiona a melhorar as nossas técnicas de canto e respiração. Para iniciante nesta atividade, senti-me logo em casa, fui muito bem recebida com muita simpatia, hospitalidade, talento e com um grande espirito de entreajuda. Estas qualidades são difíceis de encontrar todas juntas, por isso é que o FFUCoral é um coro especial que toda a gente devia experimentar.» Marta Sequeira, 2ºano - FFUCoral

«Tendo iniciado há um ano atrás o meu percurso na Imperial TAFFUC, nunca pensei em estar já tão elucidado sobre o que é uma tuna. Claro que isto não quererá dizer que tenho em mim todo o conhecimento e experiência de uma tuna. Esta começou por ser apenas uma experiência nova, mas que rapidamente se tornou numa responsabilidade. Desta forma, foi-se criando uma espécie de “bichinho” que me trouxe a vontade de pertencer à Imperial TAFFUC e fazer parte de grandes momentos em palco. Hoje olho para trás e vejo aquilo que cresci com a tuna e todas as amizades que criei, tornando o meu percurso académico ainda mais enriquecido.»

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João Almeida, 2º ano - Imperial TAFFUC

O Pilão | nº 13 | Novembro 2015


«Desde pequena que tenho uma grande paixão pela música. Sempre estive ligada a ela e quando vim estudar para a Universidade de Coimbra, não pretendia, de maneira alguma, deixar algo que me era tão importante para trás. Felizmente, tive a grande sorte e oportunidade de conhecer o grupo musical mais recente da FFUC, o FFUCoral. Quando entrei para este grupo era ainda caloira. Após isto, a minha vida académica mudou na medida em que pude desfrutar não só pela diversidade de músicas que nos é oferecida e cantada por todos nós como também a oportunidade de fazer novas amizades que vão sendo cada vez maiores de ensaio para ensaio, tornando-nos, assim, numa família. É importante salientar ainda que o FFUCoral realiza atuações em várias localidades do país, sempre acompanhadas com muita diversão, flashmobs pelas ruas de Coimbra entre outras atividades as quais são de grande interesse. Ao longo do tempo pude verificar que este grupo musical tem evoluído bastante e que me orgulho em ser um membro deste. Por isso, se gostas de música, se quiseres viver todas estas experiências ótimas e sentir aquilo que senti, és sempre bem-vindo uma vez que esta família recebe de braços abertos novas vozes que queiram fazer parte desta.» Ana Isabel Santos, 2ºano - FFUCoral

«Entrei para a Phartuna - Tuna de Farmácia de Coimbra, há sensivelmente 5 anos. Hoje, olhando e relembrando o percurso pelo qual caminhei, não podia, de forma, alguma estar mais orgulhosa de tal decisão. Conheci pessoas incríveis e inevitavelmente fiz grandes amizades que em muito me marcaram. Mas não só; adquirimos ideais de um grupo que luta por uma causa comum, a constante evolução da tuna. Essa batalha conjunta faz-nos crescer, desenvolve capacidades de trabalho em equipa, mas mais importante ainda, dá-nos memórias, bons momentos que só quem os viveu entenderá, sorrisos que só quem sorriu compreenderá. Procura o desafio, supera-te e recheia o teu percurso académica com o melhor que Coimbra te pode oferecer!» Diana Jordão, 5ºano - Phartuna

«A tuna não é apenas um grupo de carácter musical, é um grupo de amigos unidos para criar algo único. Ainda vai breve o meu percurso e já sinto que o ganho já rendeu muito mais do que aquilo que investi. Nem todos os dias são fáceis, nem sempre tudo corre como planeado, mas a tuna está sempre lá, a tuna nunca desiste e a tuna cresce como também nós crescemos. A partir do momento em que trabalhamos juntos por aquilo que acreditamos, todos os momentos valem a pena e todos são guardados como lições que levamos pela vida fora. A tuna vai ser sempre mais do que pessoas, e a nossa Imperial TAFFUC, será sempre aquela que nos receberá de braços abertos, ficando sempre um pouco de nós próprios para a posteridade.» Luís Braga, 3º ano - Imperial TAFFUC

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«Faz hoje cerca de dois anos e um mês que pela primeira vez subi a palco com a Phartuna – Tuna de Farmácia de Coimbra, naquela que era a minha primeira Festa das Latas. Depois de dois anos em tuna, posso afirmar que esta foi definitivamente das experiências mais marcantes que tive no meu percurso académico, não só pela experiência musical, mas por ser uma aventura constante! Sinto-me tão ou mais motivado desde o dia em que entrei, pela música e espírito de tuna, experiências por Portugal fora, em festivais, retiros e atuações, mas principalmente pelas amizades que começaram em tuna, mas que permanecem, e certamente mudaram a minha vida...E para a PHARTUNA não vai nada nada nada...TUDO!» Kevin Leandro, 3ºano - Phartuna

«O nosso coro é um grupo diferente. Sabem, como quando chegam à realidade académica prestes a iniciar uma jornada de 5 anos sem conhecerem nada nem ninguém em que tudo é o desconhecido. Quando começou para mim, não estava nessa situação. Já tinha amigos, atividades, trabalhos, exames. Mas faltava alguma coisa, de certa forma. É claro que existiam outras oportunidades, mas nenhuma me captava. Apenas uma, gerada do zero, um projeto que ia precisar de luta, de garra e de iniciativa. Um caminho audacioso, mas que nada custa quando estamos rodeados de amigos. E por este caminho continuamos, cada vez maiores com um empenho crescente em nos divertirmos a fazer algo que gostamos. Porque somos livres de ser e de cantar. A nossa tradição e legado é o FFUCoral, um grupo de amigos que canta, escolhendo e fazendo as nossas próprias músicas, unindo as nossas vozes num som maior. Representamos a nossa faculdade, estamos lá nos momentos importantes, mas acima de tudo estamos todos juntos a fazer algo que gostamos.» Lúcia Mamede, 4ºano - FFUCoral

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Jornadas das Saídas Profissionais No passado mês de outubro realizaram-se as “Jornadas das Saídas Profissionais” promovidas pelo Pelouro dos Estágios e Saídas Profissionais do NEF/AAC. O principal objetivo da atividade foi aproximar os estudantes da FFUC às diferentes realidades do mercado de trabalho dando-lhes a oportunidade de contactarem com profissionais das diferentes áreas de forma informal e interativa. por Pelouro dos Estágios e Saídas Profissionais

Estas que foram as primeiras Jornadas das Saídas Profissionais decorreram nos dias 7, 12 e 19 de outubro e contaram com um total de 7 oradores de campos muito distintos como o Dr. Nuno Vilaça Marques – Farmacêutico Hospitalar nos CHUC na área de Oncologia, a Dra. Isabel Martins – Farmacêutica na Farmácia Moderna (Arganil), a Dra. Liliana Teles - Pharmilab, o Dr. Luís Silva - Responsável pelos Recursos Humanos da Bluepharma, o Dr. Paulo Fonseca – Diretor Geral da Plural, a Dra. Filipa Ribeiro - Assessora da Direção da ANF e a Dra. Lúcia Santos - Secretária Técnica da Secção Regional de Coimbra da Ordem dos Farmacêuticos. Decidimos realizar esta atividade para dar a conhecer as várias áreas profissionais e organizá-la de forma a incluir o maior número de saídas profissionais possíveis, abrangendo até áreas que não fossem tão conhecidas pelos primeiros anos do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas. Conseguimos atingir o objetivo e assim marcar estas jornadas como um ponto positivo no nosso plano. Apesar de uns dias terem tido mais afluência do que outros, as sessões estiveram sempre bastante completas e os estudantes demonstraram interesse genuíno pela atividade o que foi notório, não só pela elevada adesão mas também pelas questões finais e pelas intervenções feitas. Assim concluímos que foi uma excelente iniciativa e agradecemos a todos os que contribuíram para que esta atividade fosse realizada, desde oradores e entidades presentes, à equipa dos Estágios e Saídas Profissionais e ainda a todos os estudantes que decidiram participar.

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Uma noite por Coimbra O jornal O Pilão desafia-te a explorares alguns dos pontos enigmáticos da vida académica dos estudantes de Coimbra. Aqui ficam algumas sugestões do que poderás encontrar pelo caminho. por Margarida Viola

Troika – conhece o Sr. Oliveira e prova aquilo que melhor tem para te dar.

Couraça – desfruta da vista sob o rio Mondego

no final da tarde e aproveita para conviveres ao redor do famoso “alguidar”.

Bigorna – ao desceres pela rua da tua antiga faculdade, Rua do Norte, vais encontrar o Bigorna. Atreve-te a entrar para o Hall of Fame!

Moelas – Já conheces o Sr. Pessoa? Irás encontrá-lo à porta deste bar, onde podes comer uma sandes de moelas acompanhada de uma bela sangria.

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Projeto des.LIGA

Educação para a saúde em meio universitário No cumprimento da sua missão, a Liga Portuguesa contra o Cancro (LPCC) assume-se como a entidade de referência nacional no apoio ao doente oncológico e família, na promoção da saúde, na prevenção do cancro e no estímulo à formação e investigação em oncologia. Por Equipa do Projeto des.LIGA da LPCC.NRC

O reconhecimento de que as doenças oncológicas constituem a segunda principal causa de morte em Portugal, e a tomada de consciência de que todos e cada um podem contribuir para reduzir o (seu) risco de cancro, tornam premente o desenvolvimento de ações de educação para a saúde. Nesse sentido, desde 2011, o Núcleo Regional do Centro da LPCC tem vindo a desenvolver o projeto des.LIGA. Esta iniciativa é promovida e coordenada pela LPCC, tendo resultado de uma parceria com a Associação Académica de Coimbra e o Instituto Universitário Justiça e Paz. Os seus principais objetivos passam por promover a adoção de comportamentos de saúde, atuar ao nível da prevenção primária e promoção da prevenção secundária do cancro e potenciar a formação em oncologia junto da comunidade estudantil.

No âmbito do projeto des.LIGA e em colaboração com o Núcleo de Estudantes de Farmácia da Associação Académica de Coimbra, de modo a envolver a comunidade estudantil desta Faculdade, a LPCC associa-se ao jornal O Pilão, visando abordar algumas temáticas referentes ao cancro e à sua prevenção. Inicia-se esta colaboração, com uma referência ao tabagismo. A relevância atribuída a este tema justifica-se na medida em que se sabe que o consumo de tabaco é responsável por 30% de todos os casos de cancro, 90% dos cancros do pulmão, 25% das doenças do aparelho circulatório e 80% dos casos de bronquite crónica. O consumo de tabaco é, assim, a principal causa de morte evitável, morrendo, anualmente, cerca de 6 milhões de pessoas em todo o mundo devido ao consumo ou exposição ao fumo de tabaco. Prevê-se que em 2030 mais de 8 milhões de pessoas morrerão por doenças diretamente relacionadas com o tabaco. O consumo de tabaco é ainda considerado como um importante fator de risco para outros tipos de cancro. Descobre alguns destes tipos de cancro, no desafio que podes encontrar n’O Suplemento O Pilão.

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EXISTIR PARA NINGUÉM DESISTIR! por Águeda Alves

O fundo solidário tem como finalidade apoiar estudantes do Ensino Superior com dificuldades económicas, de forma a diminuir o abandono escolar. Tentando fornecer os alicerces financeiros necessários para vários estudantes conseguirem manter a sua situação académica, este projeto valoriza a especificidade de cada caso e procura encontrar um apoio específico e satisfatório para cada estudante. Um dos valores defendidos por este projeto é a defesa da pessoa humana (na sua dignidade, liberdade e transcendência) e promoção do bem comum na justiça e na solidariedade, no âmbito dos valores cristãos e da Doutrina Social da Igreja. Para além disso, incide no Conhecimento atual da realidade do Ensino Superior em vista a uma adequada resposta social. Este projeto foi desenvolvido em parceria com diversas entidades da cidade de Coimbra, sob a coordenação do Justiça e Paz: UC; IEFP; Cáritas Diocesana de Coimbra; Instituto Universitário Justiça e Paz (IUJP); IPC; ESEnfC e Centro de Acolhimento João Paulo II (CAJPII).

Iniciativas desenvolvidas Campanha “Eu tenho um bom fundo” Feira do livro a €1 Noite de fados

como? s e b a s o orar e nã b a l o c s e Quer cono para a

Contactos

fs.justicaepaz@gmail.com Telefone:: 910 233 333

Morada

Instituto Universitário Justiça e Paz Couraça de Lisboa, 30 3000-434 Coimbra

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t contribu m z Fundo u a r P a i e v n a e ç sti •Podes tituto Ju 264365 53; s n I a i r ta bancá 046 0221 00600 s atividades :0 rsa Solidário ticipar nas dive rio; par o solidá o. d n •Podes u f o l do projet pe s s á a h d c a a z r i c os organ t-shirt ou a r a r p •Com

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espaço

Pedagógico por Pelouro da Pedagogia

Serviços Académicos vs Serviço de Alunos Mas afinal o que são?

Apesar de os Serviços Académicos e de Alunos funcionarem ambos na Unidade Central, têm horário, localização e tratam de assuntos diferentes. Assim, e para que possas tratar de todas as questões académicas sem teres qualquer dúvida deixamos aqui o mapa da Unidade Central:

Serviços Académicos (Unidade de Atendimento):Recebe, valida e regista os requerimentos e documentos, emite certidões, diplomas através do sistema informático. Existem apenas 5 locais de atendimento, sendo o do pólo III comum com Medicina, funcionando às segundas e quintas das 9:30h-12:00h e 13:00h17:00h

Serviço de Alunos da FFUC: Também conhecido como Bedel, trata de assuntos pedagógicos, como inscrição a exames de época especial e qualquer outros problemas relacionados com os exames, horários e cartões de estudante. Este serviço é apenas para alunos da Faculdade de Farmácia pois cada faculdade tem o seu próprio “Bedel”. Funciona todos os dias das 10h às 16h30.

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por Mariana Laranjeiro

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