26ª Edição - O Pilão

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VIAGEM PEDAGÓGICA Por Pelouro da Pedagogia e Pelouro das Relações Internacionais Sempre te imaginaste numa experiência de Erasmus mas tens dúvidas sobre o funcionamento Pedagógico do curso nos outros países? Então não te preocupes! Os pelouros da Pedagogia e das Relações Internacionais do NEF/AAC trazem até ti três testemunhos que te podem ser úteis e ajudar na tua decisão. Embarca nesta Viagem Pedagógica e fica a conhecer as maiores diferenças sentidas pelos teus colegas no que respeita ao ensino na FFUC em relação ao vivenciado noutras Universidades onde podes ingressar pelo Programa Erasmus. Aproveita estes testemunhos para expandir os teus horizontes e para entender a realidade do Ensino Farmacêutico vivido além-fronteiras.

Mariana Cupido

Universidade onde realizou Erasmus: Bolonha

Carga horária semanal das aulas teóricas: 20:00:00

Carga horária semanal das aulas práticas: 00:00:00

Pedagogia: Como funcionavam as aulas teóricas? Mariana: As aulas teóricas tinham maior duração do que em Portugal: em vez dos habituais 45 minutos, eram aulas de 2 ou até 3 horas, isto duas ou três vezes por semana para cada Unidade Curricular. P: Como funcionavam as aulas práticas? M: Apenas tive aulas práticas a uma das quatro Unidades Curriculares que estava a realizar, aulas estas que em vez de serem distribuídas pelo semestre eram concentradas numa semana do final do semestre. Para além disto, o tipo de aulas era diferente, uma vez que cada aluno tinha uma banca de laboratório e realizava o trabalho laboratorial sozinho, em vez de ser em grupos, como é habitual em Portugal. P: Como funcionavam as avaliações? M: A maioria das avaliações era feita por exame oral, apenas numa Unidade Curricular tivemos exame escrito. P:Quais as principais diferenças no método de ensino / material de apoio? M: Em Itália, existem menos Unidades Curriculares por semestre, havendo assim um maior número de horas de aulas correspondente a cada cadeira, o que lhes permite aprofundar mais os conteúdos. Porém, o que lá é uma Unidade Curricular, aqui são várias. Por exemplo, Microbiologia em Bolonha, engloba conteúdos da “Microbiologia”, “Parasitologia”, “Bacteriologia” e “Virologia”. Ou seja, apesar de 22

aprofundarem mais, acho que aqui acabamos por ter um conhecimento mais alargado dos temas, por termos um maior número de Unidades Curriculares. P: Na tua opinião, quais as vantagens e desvantagens em comparação com o ensino em Coimbra ou em Portugal? M: A meu ver, a forma como é lecionada a componente laboratorial é uma desvantagem, pois as aulas ao serem distribuídas ao longo do semestre permitem uma melhor consolidação de conhecimentos e, para além disso, permitem uma mais fácil articulação entre a matéria teórica e prática. No que toca à componente teórica, também acho mais benéfico o método Português, uma vez que é mais fácil manter a concentração e captar toda a informação que nos é transmitida em quarenta e cinco minutos do que em duas ou três horas. Já em relação ao método de avaliação, atrevo-me a dizer que o método italiano talvez seja mais benéfico, mas acho que depende um pouco da própria Unidade Curricular, porque acho impensável uma avaliação oral a Matemática, mas por exemplo à cadeira de Organização e Gestão Farmacêutica talvez fosse benéfico; digo isto porque acho que para ter uma boa performance numa avaliação oral é necessário ter um entendimento geral, estruturado e bem consolidado dos conteúdos, enquanto que, por vezes, em avaliações escritas limitamo-nos a decorar conceitos sem perceber toda a envolvência que estes têm por detrás.


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