“Ecos de Liberdade” foi o tema escolhido para assinalar os 50 anos do 25 de abril, no âmbito do Projeto Cultural de Escola (PCE), para o ano letivo 23/24.
As turmas do 8º ano B, C e D foram desafiadas a participar nas atividades com o projeto “Não Podias” e nesse contexto desenvolveram diversas iniciativas que apresentaram à comunidade escolar no dia 24/04.
Tudo começou com a visualização do filme “A Hora da Liberdade,” da autoria de Emídio Rangel. A partir daí, várias disciplinas se envolveram. Em Português preparámos e realizámos entrevistas sobre o 25 de abril, selecionámos pessoas que viveram naquela época e recolhemos as suas experiências. Já em Geografia, pesquisamos sobre a (i) emigração nos períodos: antes, durante e após o 25 de abril, e com os vários documentos (imagens, gráficos, noticias, testemunhos), produzimos cartazes que fizeram parte de uma exposição.
Na disciplina de Expressão Plástica e com o objetivo de representar simbolicamente os três momentos (antes, durante e após o 25 de abril) numa performance final, construímos um fato e uma máscara com base nas ideias que foram sugeridas por nós.
Elegemos para o “antes” um fato preto, ao qual foram adicionadas duas cruzes vermelhas, uma na frente e outra nas costas. A máscara foi pintada de preto com lágrimas vermelhas, à volta dos olhos, e uma mão da mesma cor à frente da boca. Esta imagem pretendia sugerir um padrão, em que todos eram iguais. As cruzes simbolizavam as proibições, a mão a ausência da liberdade e as lágrimas, o grande sofrimento. A escolha das cores não foi aleatória, tendo sido importante que houvesse um contraste entre o vermelho e o preto de modo a mostrar que o que se passava para fora do país contrastava com a realidade deste. Para o momento “durante” foi escolhido um fato branco com uma pintura de camuflagem a aludir os militares. Pintámos com tinta spray vermelha, o número 25 e construímos cravos, permitindo a associação com a revolução pacífica. Na máscara, utilizamos o mesmo padrão de camuflado, inspirando-nos no Careto (personagem tradicional do Carnaval português, e que simboliza a passagem do inverno para a primavera). Foram, ainda, colocados “uns cornos e lábios vermelhos” para sugerir um sorriso trocista. Este figurino pretendia transmitir os sentimentos e as experiências vividas durante a revolução: a esperança e a vontade por lutar. A turma que trabalhou o momento “após” teve o maior desafio, pois tinham a liberdade de fazer o que qui-
Será livre aquele que não faz nada?
Será o silêncio liberdade de expressão?
Será livre aquele que não passa da entrada, e que faz da casa uma prisão?
Será livre uma vida limitada, ou é esta libertada quando o corpo cai ao chão?
Ritinha Lima, 10.º F
sessem e puderam decidir como expressar o conceito de liberdade. Daí resultaram fatos e máscaras únicas, muito coloridas, com diversos elementos associados à liberdade, à alegria, ao amor, à empatia e à paz.
Por último, na disciplina de Educação Física, foi preparada pelos alunos uma coreografia referente a cada um dos momentos (antes, durante e após o 25 de abril), que foi apresentada, numa performance coletiva.
De acordo com as opiniões expressas pelos alunos envolvidos, este projeto significou:
• a valorização do trabalho coletivo, a união entre colegas e o enriquecimento das relações entre turmas, dado que foi necessária muita coordenação, esforço e dedicação;
• melhor compreensão do tema, dos sentimentos de infelicidade pela falta de liberdade, opressão, proibições e censura. Consciência de que se não houvesse revolução, provavelmente, não se poderiam fazer e dizer muitas coisas que hoje fazemos e dizemos;
• uma forma de homenagem por aquilo que hoje temos como garantido, pois às vezes esquecemos que já houve um tempo em que não tivemos. Foi interessante interagir com as pessoas que forneceram os testemunhos e perceber o sentimento de união do povo por um acontecimento com mais de 50 anos, permitindo assim aproximar gerações diferentes, amigos e famílias;
• uma experiência inovadora e divertida que nos permitiu ser criativos, e experimentar diferentes materiais no trabalho plástico;
• na apresentação da performance, em público, foi importante para os alunos superar o nervosismo e, no final, desfrutar da alegria e da satisfação por terem conseguido apresentar o produto do seu trabalho, com grande impacto e reconhecimento no agrupamento.
Prof.ª Paula Cunha e Margarida Martins, 8.º D
Liberdade
Eu ansiei
Desejei
Tanto quis
Tanto embirrei
E quando finalmente a tive
Só chorei, mãe, só chorei
“
Poesia em Forma de Abril!”
Esta Performance poética, teve lugar no auditório da ESAS e foi protagonizada pelos alunos do 11.º F e da Escola Profissional de Economia Social, sob a coordenação do escritor João Pedro Mésseder e da atriz Catarina Luís.
Pcolaboração da Cidadania e Desenvolvimento e o Projeto Cultural de Escola do Agrupamento de Escolas Aurélia de Sousa, esta iniciativa, apelidada “Poesia em Forma de Abril!”, exacerba não só a arte do bem versejar, como, objetivamente, a notoriedade de um povo insurreto que nunca se apresentara como submisso.
De facto, fomos desafiados a imergir neste programa e a, como todos aqueles que escutaram, deixar o nosso contributo para a perpetuação de Abril… Quando nos foi apresentado este esplêndido projeto, não tínhamos ideia do enriquecedor percurso que trilharíamos. Neste caminho, contamos com a ajuda – soberba, diga-se – do professor e poeta João Pedro Mésseder, pseudónimo de José António Gomes. Assim, pudemos interpretar, com solidez, todos estes poemas e reconhecer neles a qualidade de apelos, brados e revoltas de uma nação já gasta das amarras fascistas. Compreender todas estas composições poéticas é, em certa medida, fazer jus ao poder intervencionista da poesia e à sua múltipla mestria…
Há que referenciar, ainda, para a edificação deste trabalho, a participação da atriz Catarina Luís, que nos auxiliou a preparar a declamação de todos estes poemas, numa vertente cénica e expressiva.
Na verdade, complementando o que, previamente, se ha-
reverberação da mensagem transmitida…. Convictamente, com este projeto, adquirimos diversas competências tanto na compreensão literária, como na expressão oral, que iremos utilizar ao longo do nosso caminho como estudantes, e, mais tarde, na vida profissional.
Foi nesta linha condutora que, tivemos o privilégio de ouvir poemas da autoria de: Fernando Pessoa, Sidónio Muralha, José Afonso, Eugénio de Andrade, Luísa Ducla Soares, José Saramago, João Pedro Mésseder, Chico Buarque, Cátia Mazari Oliveira e Sophia de Mello Breyner Andresen Restou-nos agradecer a todos, com destaque para José António Gomes, Catarina Luís e Maria João, pela entrega demonstrada ao longo dos últimos meses. Do mesmo modo, ressaltamos a sempre disponível e carinhosa professora Rosário Semblano, bem como todos os restantes professores que, unissonamente, atuaram na concretização deste projeto.
Vivamos com a certeza de que, efetivamente, somos almas incumbidas de preservar o legado que nos foi deixado. É urgente, pois, perenizar a Liberdade! 25 de Abril: SEMPRE!
António Pedro Moreira, 11.º F
A liberdade vive em mim
Averdade é que, para mim, o 25 de abril é só mais um dia, como todos os outros. Quer dizer, sei que a esta data devo a minha liberdade e sei muito bem o que isso significa; mas como nunca o senti na pele, pouco ou nada isso acrescenta ao não saber.
Quando eu nasci, o 25 de abril já era uma memória e, tal como qualquer memória, não obstante os esforços feitos para a recordar, perde nitidez e esbate-se perante o momento, ao longo do tempo (por alguns só lembrada quando dá jeito). Ainda por cima, é, para mim, uma memória que nem tenho, memória de outros que o viveram por mim e tentaram transmiti-lo o melhor que as suas capacidades lhes permitiam.
Deixa a desejar, algo tão distante como o céu é da água; tocam-se no horizonte, mas ao horizonte ninguém chega. No entanto, tal como a brisa é suficiente para transportar a maresia desse lugar longínquo e inalcançável, através dos gritos perpetuados desde 74 até hoje chegam-me os ecos da liberdade.
Sou livre de ser quem sou e de não o ser, caso me apeteça mudar: a mudança é livre e a liberdade é mudança. Sou livre de fugir (e, talvez por isso mesmo, escolho não o fazer). Sou livre de arriscar. Ou de ficar confortavelmente no meu canto. Sou livre de cantar e gritar e dançar. E sou livre de ficar calada (nunca fico, mas, se quisesse, poderia). Sou livre de falar. E de escolher. E de não escolher, de marinar na minha indecisão como tantas vezes acontece, sem drásticas consequências.
Ao 25 de Abril, devo a minha liberdade. E, por isso mesmo, devo-lhes mais umas quantas coisas. Devo-lhe a promessa de que nunca deixarei morrer este cravo que, mal plantado, foi depositado nas minhas mãos. Nas nossas mãos, de povo cansado de atirar pedras e arcar com pedregulhos, a quem é permitida uma pausa para germinar a pura felicidade gratuita.
Comecei este texto a dizer que o 25 de abril era só mais um
dia como todos os outros. Menti. Menti, porque tenho a liberdade de mentir. E é mentira, porque me contaram a verdade. A verdade sobre os tanques, sobre os cravos, sobre o antes e o depois. Mas essa verdade só torna o 25 de abril diferente do 24 quando, além da verdade das emoções sentidas, me conseguem transmitir a sentida emoção verdadeira. Geralmente através da verdade mais pura de todas: a arte. Eu já li os livros de História, mas são os de poesia que me induzem sentimentos que não são meus, mas devem ter encontrado um lugar para se extraviar, quando libertados. Eu ouço o Grândola Vila Morena e as histórias de voz embargada e é nessas alturas que eu sei, de verdade.
Que a liberdade liberta e livra (Deus me livre se alguém me a tira!). A liberdade é raiva descomprimida e lágrimas que caem porque são livres de fazer, apenas agora. Agora que a dor da ditadura (a dura dita cuja) é um fardo que já não é preciso carregar escondido pela calada da noite, com os calos das mãos.
É nestas alturas que vejo a liberdade, com os olhos de ver, e nela se foca o meu olhar (já que sou livre de olhar) e finalmente vejo a liberdade aos meus olhos e não pelos óculos dos outros.
E digo olhos, mas é só por dizer, porque sou livre de o dizer. Na verdade, a liberdade vive nas minhas mãos, pernas, coração e garganta. A liberdade vive em mim, no ar, no som, nos outros e em lado nenhum. A liberdade é nómada. A liberdade é um grito que sai.
Vive na minha garganta e em mim, mas é livre para sair, quando bem lhe apetecer (não é daquelas coisas que ficam entaladas, como um pedaço qualquer de comida ou uma verdade difícil de engolir). É livre para sair quando bem lhe apetecer, porque eu não posso prender a liberdade. Isso, sim; é a única coisa que não sou livre de fazer.
Sara Morais, 10.º F
Durante a ditadura em Portugal, todas as formas de expressão, desde jornais a peças de teatro, livros, filmes ou músicas, passavam pela comissão de
Na aurora em que a esperança enlouqueceu, emergimos da noite e do silêncio, quebrei o breu. Tantos partiram sem ver o dia despertar, entre ricos sem vergonha, pobres sem lugar.
Sem tanques nas ruas, o povo vai atrás, na luta pela justiça, na busca da paz. Entre o povo que te acalma, há quem te quer prender, na lama em que alguns te querem ver.
Liberdade, liberdade, tem cuidado a andar, que há quem queira te matar, te silenciar. Esperar tantos anos torna tudo mais urgente, era por ti, por todos nós, que lutávamos presente.
Há quem pense que o céu também tem preço, mas o corpo curva sob o peso, sem apreço. Neste 25 de Abril, recordamos com fervor, que a luta pela liberdade nunca perde o seu valor.
Márcia Neves, 10.º F
Mural da Liberdade 7.º B, C e D
Foi numa madrugada que tudo começou O povo sem nada entender, os soldados a correr, os tanques a trabalhar.
Foi numa madrugada que tudo começou As armas prontas a disparar, Grândola começa a tocar a revolução está a começar.
Foi assim que tudo começou e foi assim que tudo acabou a democracia é instaurada.
O povo é quem mais ordena Dentro de ti, ó cidade Grândola Vila Morena.
Leandro Andrade , 10.º F
O que podem as palavras
Maria Isabel Barreno, por Sara Farnesi
NMaria Velho da Costa, por Júlia Jesus
Maria Teresa Horta por Helena Pereira
“Mulher na democracia não é biombo de sala”
Zeca
Afonso
- Teresa Torga
a década de 70, na obra Novas Cartas Portuguesas, as “Três Marias”, como ficaram então conhecidas as escritoras Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa, utilizaram a literatura para denunciar os problemas políticos e sociais de Portugal, assim como a condição de subalternidade em que viviam as mulheres de então.
Os alunos das turmas G e F do 11.º ano partiram da obra referenciada e das biografias das suas autoras para celebrar Abril
Uma primeira atividade foi apresentada à comunidade escolar, pela turma F, no dia 8 de março, na biblioteca da escola, associando esta efeméride à comemoração do dia
Internacional da Mulher, através das biografias e de um estudo realizado sobre o significado da obra Novas Cartas Portuguesas.
Num outro espaço da escola, os alunos da turma G realizaram uma instalação composta por 50 cravos que definem um percurso de liberdade e abraçam outras atividades realizadas por alunos de quatro anos letivos anteriores, em diferentes contextos - todos eles de Liberdade.
Esta instalação também integrou desenhos e biografias das “Três Marias”, bem como, uma gravação de música de intervenção e um texto de alunas do 11.º F.
Carmo Pires, Prof.ª de História de Arte
Poema coletivo
Poema (colagem) criado pelos alunos de Literatura Portuguesa do 10.º F, que inclui versos de poetas portugueses consagrados:
Saem tanques para a rua sai o povo logo atrás esta é a madrugada que eu esperava Entre o povo que te aclama, há gente que por ti chama para arrastar-te na lama em que outros irão prender-te
Liberdade, liberdade, tem cuidado que te matam
Era por ti que todos nós lutávamos esperar tantos anos torna tudo mais urgente o céu também tem preço há quem pense o corpo curva ao peso de uma alma que não sente esses ricos sem vergonha esses pobres sem futuro
Liberdade, liberdade, tem cuidado que te matam
Tantos morreram sem ver o dia do despertar onde a esperança enlouqueceu
Sobre a Liberdade
A liberdade é uma arte de inspiração onde nós somos livres e onde percebemos que nós somos únicos
Humanos que lutamos pelos nossos direitos falamos o que estamos a pensar sem importar o julgamento dos outros
Sem a liberdade ficaríamos perdidos numa tristeza profunda
A liberdade é única e faz-nos sorrir em dias mais tristes
A liberdade dá-nos a força com que enfrentamos impossíveis
A liberdade dá-nos fé e esperança dá-nos luz e um mundo melhor
A liberdade nos torna livres. Mas será que estamos livres? Será que existe liberdade ou será que chegaremos a sentir o que realmente nos torna livres?
Evelyn Brito, 10.º F
Maria Leonor Oliveira, 10.º F
“ Foi uma alegria!
No âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de abril, os alunos de 8ºano realizaram entrevistas a pessoas que viveram esse grande momento da nossa história e o resultado foi partilhado por todos. Seguem-se alguns excertos desses relatos e das opiniões emotivas em que o antes, o durante e o depois de abril, se cruzam pelas memórias dos mais velhos.
Preso político durante 11 meses, em 1973
Com que idade percebeu que vivia numa ditadura?
Ainda criança, quando vi a minha avó a chorar com o regresso a casa do meu tio que tinha estado 6 meses preso na cadeia da Pide, em Caxias. Fiquei a saber que outro tio meu tinha já morrido, nessa prisão, anos antes. (…)
O Álvaro também foi preso. Que idade tinha, o que estava a fazer quando foi preso e quem o prendeu?
Fui preso em 25 de junho de 1973, com 23 anos. Era desertor do exército e estava contra a guerra colonial. Vivia clandestinamente na margem sul do Tejo para organizar os jovens trabalhadores comunistas. Fui preso pela PIDE que era a polícia política da ditadura e que torturava e matava os opositores ao governo.
Como era viver na prisão?
Na prisão, estive 11 dias e 11 noites sujeito à tortura do sono. O intuito era enfraquecer-me e fazer com que denunciasse os meus camaradas. Nem o meu nome disse. Não denunciei nenhum camarada. Fiquei 11 meses preso.
Como viveu o 25 de abril de 1974? Que emoções sentiu?
Surpresa. Na prisão sabíamos das movimentações do Movimento das Forças Armadas (MFA), mas os presos só foram libertados no dia 27 de abril de 1974. Senti uma grande satisfação ao ver milhares de pessoas, em Caxias, a aguardar a nossa libertação. Chorei de alegria quando beijei a minha mãe e a minha irmã.
Qual foi, para si, a conquista mais valiosa do 25 de abril?
A liberdade!
Acha que os jovens de hoje percebem a importância do 25 de abril e lhe atribuem o devido valor?
Acho que os jovens hoje desconhecem a história da ditadura, do 25 de Abril e quanto custou a conquista da liberdade e o reconhecimento devido aos capitães de Abril que, arriscando a vida, devolveram a verdadeira vida ao povo português.
Miguel Feyo, 8.º C
Na sua opinião, de que forma as políticas económicas durante o Estado Novo influenciaram a sociedade portuguesa?
A emigração foi o resultado das políticas miserabilistas. As pessoas ganhavam muito pouco, havia miséria, havia fome, principalmente nas aldeias, nos campos. As pessoas emigravam com todos os riscos envolvidos: se tinham dinheiro empatavam o dinheiro todo para conseguir sair daqui para fora, se não tinham dinheiro passavam “a salto”, que era assim que se chamava. Passavam, ilegalmente, as fronteiras para lá, como agora passa para cá a imigração. Isso era uma consequência das políticas económicas que não garantiam a proteção do homem comum. Eram a proteção de meia dúzia de ricaços que tinham opaís na mão comoainda hoje se vê. Falando ainda da falta de liberdade, antes do 25 de abril, por exemplo, as mulheres não podiam sair do país sem autorização do marido; uma professora não podia ficar efetiva num liceu masculino, mesmo que tivesse a melhor nota. Foi o meu caso, eu tive a nota mais alta do país, quando fiz o estágio para ingressar na docência e, apesar disso, não pude ir para o liceu que queria, porque as mulheres não podiam ficar efetivas nos liceus masculinos.
Inês Sarabanda, 8.º D
Exposição de trabalhos sobre a emigração, antes do 25 de abril - 8ºano - Geografia
O 25 de abril nunca aconteceu
Na tarde do passado dia 24 de abril, algumas turmas da escola foram assistir a uma peça de teatro intitulada «O 25 de abril nunca aconteceu», no âmbito do PCE (Plano Cultural de Escola).
Esta peça representava um cenário como se o 25 de abril de 1974 nunca tivesse acontecido, ou seja, não havia liberdade de expressão, ainda existia a PIDE, alguns produtos não existiam em Portugal, as mulheres tinham o papel de “donas de casa”... Toda esta situação, teve, contudo, momentos muito cómicos que o público adorou.
Foi notório que os alunos conseguiram aprender muito sobre esta época, pois passaram a conhecer melhor a realidade antes da revolução do 25 de abril de 1974. Além disso, acho que foi uma oportunidade única que a escola proporcionou aos alunos para aprender de uma forma diferente e divertida.
Em suma, foi um momento extraordinário, pois a peça teve muito humor e foi bem representada.
Guilherme Hermenegildo, 7.º C
O espetáculo esteve em cena no Teatro Carlos Alberto, no Porto. A peça foi levada a palco pela companhia portuense Palmilha Dentada.
Teatro Nacional S.João
Texto e encenação de Ricardo Alves
25 a meus olhos…
25 de abril a meus olhos foi mais que uma revolução. Foi a revolução pacífica. Foi a revolução do povo. Foi a revolução que nos deu a liberdade: liberdade de expressão, liberdade de viajar, liberdade de reunir, liberdade de adoecer… E foi essa liberdade que nos fez lutar pelos nossos direitos: direito a estudar, direito a ter assistência médica, direito à reforma… Muitos lutaram pelo nosso futuro, agora é altura de aproveitarmos as oportunidades que nos foram dadas pelos nossos antepassados.
Guilherme Hermenegildo, 7.º C
Maria, 11.º G
“O desafiador”
Na sequência do Projeto Cultural de Escola para o ano letivo 23/24“Ecos da Liberdade”, surgiu a oportunidade de conhecer o Dr. Alberto Martins, figura sui generis que interviera, objetivamente, na instauração da Mudança em Portugal, numa época em que, como tão bem definira Pessoa, tudo parecia «Nevoeiro». Imbuído da nostalgia própria de quem sentira os rugosos e ásperos sulcos do caminho solavanco até à promulgação da Nova Ordem, Alberto Martins, na sua simplicidade, privilegiara-nos com um discurso intimista, que primara pela coloquialidade. De facto, ao partilhar a sua experiência enquanto “desafiador do regime”, o ex-ministro enfatizara a dureza do tempo e a necessidade de, à época, fazer diferente. Deste modo, conjeture-se que, sendo o Presidente da Associação Académica da Universidade de Coimbra, a repressão sentida materializara o mote para, secretamente, segundo diz, unir a juventude portuguesa e cogitar o desabamento da tradição. No decorrer do discurso, por entre a exímia idoneidade de reprodução do passado,
Nobre povo
Que amor tens tu à Pátria?
Que amor tens tu à Nação?
Como podes amar quem te mata?
Como amas quem te tira a lição?
Que amor tens tu ao lápis, à caneta ou à canção?
Como amas um país que não te sustenta, Que não te alimenta, Que não te dá perdão?
e da descrição da sua imiscuição no processo revolucionário português, é de notar a empatia e unidade gerada entre o orador e o auditório.
Na verdade, julgue-se urgente, sobremaneira, aludir ao contributo deste testemunho para a cimentação da compreensão da Liberdade como valor-base de qualquer sociedade Ademais, percecione-se que, efetivamente, houve sempre quem, transgredindo a Ordem, arriscara Saibamos, também nós, à semelhança de figuras como o Dr. Alberto Martins, ser audazes e, mordazmente, perpetuar o que com tanta diligência fora granjeado.
Vale a pena pensar nisto…
António Pedro Moreira, 11.º F
O Dr.º Alberto Martins, com alunos do 12.º G e com as prof.as Paula Cunha, Mª João Cerqueira e Catarina Cachapuz
A liberdade é única
Uma dádiva que nos foi dada Revoluciona pensamentos, sonhos, em sua trajetória sem fim. Liberdade é a luz da esperança, o caminho que nos guia, enfim.
Sofia Andrade. 10.º F
O meu amor é uma coragem que tudo enfrenta, mesmo sendo essa coragem fomentada a pão. A minha pessoa ouve o som do vento, as vozes sussurram-me o perdão. Eu luto pela Pátria, e sei que não luto em vão, pois fazem hoje os 50 anos desde que este mesmo espírito libertou esta Nação!
Fanzine “Resistência no Feminino”
Uma das temáticas abordadas na celebração dos 50 anos do 25 de abril de 1974, na ESAS, foi a importância que as mulheres portuguesas tiveram para os direitos que hoje temos.
AFanzine “Resistência no Feminino”, atividade realizada pelos alunos da turma 12.º G, foi apresentada, na Biblioteca da escola, no dia 7 de março.
Uma fanzine é uma publicação alternativa acerca de um tema específico, sendo composta por elementos artísticos e científicos.
A turma fazia reuniões todas as semanas para partilhar ideias. Esta considerou que trabalhou muito bem em grupo e que o seu espírito de equipa ajudou bastante na realização da fanzine. Os alunos consideraram muito importante a valorização da participação ativa das mulheres na sociedade reconhecendo o valor da liberdade de expressão.
“Não imaginamos a vida sem poder fazer ou interpretar a arte, porque é uma parte significativa das nossas vidas.”, afirmaram.
Na Fanzine “Resistência no Feminino” são abordadas muitas temáticas diferentes sobre as mulheres como: aborto, estereótipos, métodos contracetivos, abusos em relações e desigualdade salarial. A revista em si é preenchida por variadas formas como: textos científicos com base em dados reais, desenhos, textos de opinião, poesia, entre outras.
“Quem olhar para a nossa fanzine com um olhar crítico consegue encontrar muita informação em que talvez nem nós tenhamos reparado, mas que alguém a analisar com cuidado consegue perceber.”
Podemos então concluir que a fanzine é um meio de comunicação “multifacetado”, isto é, é uma forma de abordar temas complexos e variados de uma forma não tão complexa.
Esta fanzine contou, também, com as professoras Catarina Cachapuz, Paula Cunha, Joana Cardoso e Ana Amaro, tendo sido um trabalho de Cidadania e Desenvolvimento.
Adaptado de trabalho apresentado a concurso de jornal “Público” - Vamos fazer um plano.
Madalena Pinto, 8.º C e Margarida Martins, 8.º D
Scarlett e Rafaela na apresentação da Fanzine
Transmitir mensagens através da música
Amúsica é uma arte e como qualquer arte, serve para nos expressarmos. Tanto a letra como a melodia transmitem uma mensagem, opinião ou forma de ver um determinado assunto. Na música pode falar-se de qualquer tema (sentimentos, acontecimentos, sítios, política,…) ou seja, esta abrange vários meios. E se te proibissem de compor uma música sobre o que tu pensas genuinamente sobre alguma coisa? Se te proibissem de ouvir o teu cantor favorito ou aquele com o qual mais te identificas por acharem as suas ideias perigosas? Se tu fosses alguém cuja única maneira de conseguir explicar o que pensas fosse através da música e de repente te dissessem que simplesmente não podes dizer o que pensas? Com toda a certeza, não devia ser nada fácil.
Durante o tempo da Ditadura de Salazar as artes foram altamente censuradas, porque o regime tinha medo que passassem opiniões e informação contra a ditadura. Foi muito “inteligente” da parte deles, porque a verdade é que a música é muito mais poderosa do que muita gente pensa. A música pode-te fazer sentir tristeza, felicidade, frustração. Da mesma forma como também pode mudar a forma como vês o mundo e o ambiente à tua volta. Costuma-se dizer que as músicas que tu mais gostas de ouvir demonstram como tu vês o mundo e as tuas opiniões. Salazar tinha medo, e com razão, que os artistas começassem a perceber o esquema de ditadura que ele criou e o tentassem demonstrar às pessoas e incentiválas a revoltarem-se. Isto foi praticamente o que aconteceu, mas Salazar conseguiu com as suas medidas atrasar e dificultar o processo de libertação.
Os políticos, os compositores, músicos e cantores que eram contra a Ditadura e o demonstraram foram igualmente perseguidos e censurados pelo que diziam e criticavam nas suas letras/ músicas. Alguns destes famosos autores censurados foram Zeca Afonso, Sérgio Godi-
nho, Natália Correia ou Ary dos Santos. Deixo, aqui, escrito os seus depoimentos: «Era uma vez um país/onde entre o mar e a guerra/vivia o mais infeliz/dos povos à beira-terra». As palavras são de José Carlos Ary dos Santos e retratam um país sufocado pela ditadura do Estado Novo Felizmente houve vários cantores que conseguiram passar mensagens contra a ditadura através de letras bem disfarçadas que passavam despercebidas aos censores e foram ouvidas por todos. Graças a este esforço, as pessoas ainda conseguiam sentir esperança e perceber que não estavam sozinhas, que não eram as únicas a ser contra a ditadura. Para além de incentivar a revolução, a música foi muito importante também porque houve duas canções que tiveram um grande e fundamental papel na própria revolução do 25 de Abril: “E Depois do Adeus” de Paulo Carvalho e “Grândola Vila Morena” de Zeca Afonso. Foram as senhas/ códigos para a revolução, sendo, igualmente, das músicas que melhor identificavam a esperança do povo e foram perfeitas para as tropas comunicarem pela rádio sem que ninguém suspeitasse. Como pudemos ver, muita gente sofreu com a ditadura. Fossem políticos, artistas, músicos, donas de casa, alunos, Foi um período muito difícil mas, graças àqueles que nunca desistiram de lutar, hoje vivemos numa democracia. E apesar de o mundo não ser “cor-de-rosa” e de ainda haver muita injustiça, já há esperança. Já nos podemos expressar e viver em liberdade. Já temos uma prova de que se não pararmos de lutar todos juntos por um mundo melhor, podemos chegar mesmo a criá-lo. Ou, pelo menos, há algumas partes do mundo em que asseguramos a segurança e liberdade.
Margarida Martins, 8.º C
Camões, um eco de liberdade
A importância desta data
Na cultura nacional atual, Camões continua a exercer uma influência significativa. A sofisticação da sua obra literária, poética, o seu talento, a mestria na língua portuguesa e as profundas reflexões sobre a história, enaltecem a literatura, a música, o teatro e as artes visuais. São imensos os artistas e músicos que expressaram a sua admiração por Camões.
Sabe-se pouco sobre Camões, mas é ele que nos conta o pouco que sabemos. Um eterno apaixonado, um defensor da livre expressão, um rebelde que não se calava perante injustiças, um amigo leal. Tantas vezes castigado pelas suas sinceras opiniões, foi maltratado pelo poder e no seu fim até esquecido. Queremos resgatar o nosso poeta maior, ler a sua obra com vontade e curiosidade. A ele devemos a consolidação da nossa língua e uma das mais belas e impressionantes obras de literatura alguma vez escritas, Os Lusíadas. Sobre a sua obra
Camões foi extraordinariamente culto para o seu tempo. Em Lisboa estudou Latim, História, Geografia e Literatura; mais tarde Teologia, na Universidade de Coimbra.
A sua obra maior, “Os Lusíadas”, é poema épico, ao estilo renascentista, com as influências clássicas de Petrarca, Homero, Virgílio, entre outros. A sua estrutura contém 10 cantos e 1120 estrofes, foi escrito em 1556 e relata a epopeia portuguesa, sempre com o seu sentido crítico apurado e outros episódios da história de Portugal.
Para além desta grandiosa obra também escreveu peças de teatro e poesia.
Existem 34 exemplares da 1ª edição d’Os Lusíadas, de 1572. Um deles encontra-se no Porto, pertença do Ateneu Comercial do Porto desde 1904. Os restantes encontram-se espalhados por 3 continentes, tal como o
espírito de Camões, em Universidades, Bibliotecas públicas e privadas, museus e coleções.
Ainda no seu tempo, Camões era conhecido e reconhecido fora de Portugal e ainda hoje a sua obra é alvo de estudo em vários continentes.
Este projeto, inserido no Plano Cultural de Escola, pretende celebrar o aniversário dos 500 anos do poeta Luís de Camões.
Camões nasceu em Lisboa, entre 23 e 25 de janeiro de 1524 e morreu a 10 de junho de 1579/80.
Para assinalar esta data, pretendia-se a construção de um mural com composições visuais, poemas e outros trabalhos, mais ou menos espontâneos, como frases sobre Camões. Esta atividade desenvolveu-se em parceria com a disciplina de Português e os professores estagiários, que promoveram um momento de leitura da entrevista entre o escritor Batista Bastos e Camões, com turmas do ensino secundário.
As turmas envolvidas neste projeto, no âmbito da disciplina de Educação Visual, foram o 8º.C e o 9.ºD.
Os alunos do 8.ºC desenvolveram várias composições visuais, em três momentos das aulas de Educação Visual, que pretendem retratar a vida do poeta, as suas viagens e a sua personalidade. Para isso, estudaram e aplicaram técnicas e conceitos artísticos variados como a colagem, o stencil e a técnica mista, na tentativa de atingir um possível retrato psicológico.
Também contribuíram, voluntariamente, para esta exposição/mural, os alunos do 12.º G e um encarregado de educação, com um poema manuscrito e aguarelas.
Joana Cardoso , Prof.ª Educação Visual
Poesia - Camões
A Camões
Não foste o mais dos mais da espécie humana e com a espada não fizeste amigo; fizeram-te passar tanto perigo, mas deste uma lição à gente insana:
Da vida, o amor nem sempre mana; espinhos são abraço de inimigo; de quem tem a vaidade só consigo o canto nunca soa, mas engana.
Este é o meu tributo sem promessa de um dia poder dar algum fruto; A verdade, porém, não quer ter meça:
Poeta não se escreve a ouro ou luto, mas com coração, sem querer, à pressa, calar esquecimento nunca enxuto.
José Fernando Ribeiro, profº de Português
Os (novos) Lusíadas
Nas brumas do tempo, surge a Lusitânia, Destino traçado pelo Fado antigo.
No vasto oceano, a alma soberana Navega com bravura, rumo ao perigo.
Nas ondas bravias, na terra insulana, Na Epopeia eterna tem o seu destino.
Portugal ergue-se com a sua coragem, Forjando um destino de eterna linhagem.
José Guilherme Carvalho, 9.º C
Pelos mares, com novos destinos para desbravar Os navegantes partiram, com bravura e esperança.
Terras distantes e impérios para conquistar, Começando, assim, a rota de mudança.
Em batalhas, muito fizeram para nos deixar
Novas histórias e vitórias na lembrança.
Novas e antigas rotas navegaram
E ao seu destino bravamente chegaram.
Beatriz dos Santos Moura, 9.º C
É esta a alma dos que foram avançando
Lá pelos novos mares dos Lusitanos, Rezando, sofrendo e por ali navegando.
Passam-se dias e passam-se anos,
Sem nunca o sal do mar receando, Em busca de mundos certamente insanos.
Nasce então da bravura a Portugalidade
E esta que é, até hoje, a nossa realidade.
Maria do Carmo Silva, 9.º C
Joana Cardoso, prof.ª de Educação Visual
O AEAS com forte representação Olimpíadas da Língua Portuguesa
No fim de semana de 17 e 19 de maio, as alunas
Sofia Rafael de Sousa Agostinho, do 11.º G, e Sara Isabel Teixeira de Morais, do 10.º F, representaram o nosso Agrupamento na fase final das XI Olimpíadas da Língua Portuguesa, na cidade de Aveiro.
Sofia e Sara apuraram-se para a final, no Escalão B, com classificações de excelência, superando centenas de participantes das escolas de todo o país. Para chegar a esta fase, as duas alunas enfrentaram desafios de interpretação de texto, de análise gramatical e de produção escrita e, na final, as provas exigiram o domínio de competências de oralidade. Apesar de um desempenho de grande nível, não conseguiram alcançar os lugares de pódio, mas são, pelo seu esforço e domínio da língua portuguesa, motivo de grande orgulho para toda a comunidade escolar.
A cidade de Aveiro é, em 2024, Capital Portuguesa da Cultura e acolheu todos participantes nesta fase final das XI Olimpíadas da Língua Portuguesa, proporcionandolhes várias atividades culturais e desportivas, como visitas a museus, passeios de moliceiro e atividades náuticas, que quebraram a intensidade e a exigência das provas e que a Sofia e a Sara muito apreciaram. Foi um fim de semana cheio de emoções e as duas alunas estão de parabéns pelo seu desempenho.
Carmo Oliveira, prof.ª de Português
Acho que sim. Acho que não. Palavras trocadas, olhares assustados, homem sisudo, de sobretudo, vozes caladas.
Acho a liberdade em todo o lado: nas palavras trocadas, olhares determinados, vozes que se erguem, medos que se perdem.
Acho que sim. Acho que não. Quero paz, pão, habitação, saúde, educação. Quero sair à rua de cravo na mão.
Sofia Correia, 10.º F
Farsa de Inês Pereira
Os alunos do 10.º A embarcaram numa experiência pelo mundo do teatro, numa manhã educativa, diferente e cheia de diversão, no âmbito da disciplina de Português.
A jornada iniciou-se às 8h30, com saída da escola rumo ao Teatro Carlos Alberto (TeCA), a pé, que acabou por se revelar um momento agradável de convívio e apreciação das vistas do belo Porto.
Ao chegarem ao teatro, foram recebidos de forma calorosa e tiveram à sua disposição diversas atividades didáticas de representação com uma atriz, Rita Pinheiro. Realizaram-se exercícios cujo objetivo era desenvolver a concentração, a criatividade, a observação e a imitação de características humanas.
Entretanto, chegou o aguardado momento: foram formados grupos de alunos e distribuídas cenas da obra Farsa de Inês Pereira, de Gil Vicente. Os alunos, tiveram, então, a oportunidade de “vestir” as personagens e realizar um pequeno teatro desta obra, entre a turma. Foi uma experiência que lhes permitiu adquirir conhecimentos e uma melhor compreensão da obra Vicentina, sem a obrigatoriedade de estarem fechados numa sala de aula. Acabou por ser uma manhã memorável, fora do comum e “decorada” com o som de muitos risos.
Alexandra Ferreira e Rita Moreira, 10.º A
Porto, 25 de janeiro 2024
Fomos ao cinema Batalha
No dia 9 de Maio o 7.° B foi ao Cinema Batalha com as professoras de TIC e Cidadania (Camila Olim) e de Físico Química (Paula Pinheiro), ver o filme cujo nome é "Onde Fica a Casa do Meu Amigo".
O filme passava-se no Irão e era sobre a amizade entre duas crianças, o menino Ahmed de oito anos e o amigo Mohamed.
O Ahmed queria entregar o caderno ao amigo Mohamed, pois caso ele o não levasse para a escola com os
trabalhos feitos iria ter um castigo severo.
Acontece que foi procurar a casa do amigo, mas não sabia onde ele vivia e não a conseguiu encontrar.
No final do dia, quando Ahmed voltou para casa, fez os trabalhos da escola de ambos e no dia seguinte entregou o caderno ao Mohamed.
O filme foi interessante e falou do valor da amizade e da cultura Iraniana, mostrando aspetos do dia a dia naquele país.
Margarida Figueiredo e Matilde Oliveira, 7.º B
“Contos Horripilantes da História de Portugal: Revoluções Revoltantes”
AProf.ª Catarina Cachapuz começou por nos apresentar o autor do livro, António Nabais e por descrever as histórias contidas no livro como horripilantes.
Após passar a palavra ao autor, este falou-nos sobre a coleção de livros que foi escrita por ele e por Rui Correia e ilustrada por Hélio Falcão. Contou-nos que a coleção tinha cinco volumes, sendo o último deles sobre a ditadura em que Portugal viveu até ao 25 de Abril, bem como sobre os acontecimentos posteriores à revolução, explicando-nos, ainda, que todos os episódios tratados no livro eram verdadeiros.
Esta ideia surgiu pela vontade de escrever histórias que foram presenciadas por pessoas próximas que sofreram com o regime, com a intenção de demonstrar os tempos difíceis por que os portugueses passaram antes da revolução dos cravos.
Durante a apresentação, o professor chamou voluntários para lerem alguns excertos do livro, sendo esses
voluntários Maria Carvalho, Ana Sofia e Matias Bismarck do 9º B e Pedro Ribas do 9.ºC.
Foram diversos os temas tratados nesses excertos, tais como o abuso do poder por parte de Salazar e a questão dos presos políticos. Contou-nos, também, a história de Álvaro Cunhal, presidente do Partido Comunista Português (PCP), que fugiu da prisão de Peniche, falou da censura e das proibições, falou das restrições impostas por Salazar, tais como a proibição da venda de Coca-Cola, do biquíni na praia, do namoro em público, e falou, igualmente, da Guerra Colonial.
Apesar de o tema tratado na sessão ser um tema sensível e sério, o autor abordou o tópico com clareza e descontração.
Maria Ferreira e Maria Carvalho, 9.º B
Na foto as alunas do 9.º B, Maria Ferreira e Maria Carvalho, com o escritor António Nabais que gentilmente segura um exemplar do Jornalesas.
Concurso - "A turma mais criativa" na elaboração do ecocontentor amarelo
1ºPRÉMIO: MENÇÃO HONROSA
Maria Luísa Dias, Leonor
Monteiro e Ana Silva - 12.º F Inês Idório e turma - 8.º D
MENÇÃO HONROSA
Sofia Pinto, Hélia Ferraz, Afonso Lopes, Inês Delgado - 10.º C
A geografia dos lugares
Apropósito da disciplina de Geografia A, as turmas 11.º D, E e F puderam visitar, cumulativamente, o Porto de Leixões e o Percurso Litoral da Boa Nova. Uma vez desenvolvidos, em contexto formal, o tema dos transportes e dos recursos marítimos, este momento erigira, pois, a simbiose entre aprendizagens e cidadania... Com efeito, toda a visita fora pautada por um espírito de cooperação e entreajuda, na qual todos puderam desfrutar de um percurso peculiar. Se, previamente, uma deambulação por Leixões parecia insólito, é de notar que tal se figurou bastante aprazível Neste sentido, o grupo pôde calcorrear, dentro do autocarro, toda a área portuária, ao som da explicitação de uma guia. Foi notório constatar o cosmopolitismo envolvente, a afluência das cargas e a colossalidade dos navios transportadores de carga. Ademais, houve possibilidade de vislumbrar, entre outros, a plataforma multimodal/interface integrante, isto é, o local onde o transhipment (transbordo) de mercadoria para ou-
tros modos e meios de transporte ocorre.
Seguidamente, rumou-se em direção ao percurso litoral da Boa Nova, onde, recebidos por um deleitoso e morno sol, todos tiveram a oportunidade de contemplar o imenso e informe oceano, bem como a vagarosidade do mar, nos seu lentos recuos e ousadas expirações, e a demarcada costa litoral – fauna e flora. Em peregrinação, analisando o detalhe da esbelta natureza – aluda-se às extensas dunas; reentrâncias e saliências – docentes e alunos dirigiram-se para o Miradouro da Boa Nova, ponto culminante de frescura e sóbrias brisas.
Em suma, diga-se, perentoriamente, que este sublime momento viu concretizada a envolvência ativa dos alunos e respetivos professores, em uníssono, na dinâmica geográfica. Além disso, ateste-se esta visita como um ponto de fuga ao quotidiano monótono
António Pedro Moreira, 11.º F
Curiosidades do mundo em que vivemos
Sul-coreanos ficam um ou dois anos mais novos após mudança do sistema de contagem das idades.
Trata-se da mudança do sistema antigo de contagem das idades para o atual. Anteriormente, um bebé completava um ano de idade à nascença e se nascesse em dezembro passaria logo a ter dois anos de idade à meianoite do dia 1 de janeiro. Esta prática, atualmente, foi substituída pela contagem normal do aniversário de uma pessoa com base no dia em que nasceu, fazendo com que os sul-coreanos ficassem 1 ou 2 anos “mais novos”. A origem do método antigo de contagem das idades na Coreia do Sul possui algumas teorias de base. Uma contempla o tempo de gestação, os nove meses que o bebé permanece na barriga da mãe. Outra refere que a cultura asiática não possui a tradição do uso do número zero.
Gonçalo Oliveira, 10.º E, disciplina de Geografia
Dia da Geografia – Equinócio da Primavera
Pelo efeito de magia do início da primavera, o grupo de Geografia decidiu, dia 20 de março, evocar o Equinócio da Primavera, momento do ano em que a renovação é a palavra de ordem.
Nas paisagens do nosso país, as flores desabrocham e ostentam o seu encanto. Então, decidimos montar uma pequena instalação, no átrio da ESAS, onde procuramos recriar esse ambiente de cor e frescura.
Equinócio? Momentos Equinociais?
É bom esclarecer que há dois momentos equinociais ao longo do ano, março e setembro, que coincidem com o instante em que o Sol, durante a sua órbita aparente, cruza o plano do equador celeste. Nesses dias, o dia e a noite têm uma duração de 12 horas em todos os lugares
Muitos dos nossos alunos do básico, trouxeram uma flor e com elas construímos um painel decorativo que ficou no espaço de convívio/bar/cantina e que tem dado cor aos nossos dias.
da Terra.
Dado que Portugal Continental, a RAM (Madeira) e a RAA (Açores) ficam situados em plena Zona Temperada do Norte (ZTN), vivem o início da Primavera entre os dias 20/21 de março.
Todavia, nessa mesma data, na Zona Temperada do Sul (ZTS), verifica-se a passagem para o outono, em oposição ao que acontece connosco no Hemisfério Norte. Por cá, sentimos as temperaturas a subir e os dias a crescer, embora com alguma instabilidade climática, até chegarmos ao verão. Já os habitantes da ZTS assistem à descida gradual da temperatura e ao prolongamento progressivo da noite.
Grupo de Geografia
Este ano, no dia da Geografia, também não faltou, como habitualmente, o Concurso da Rosa dos Ventos que tanto entusiasmo gera entre os mais novos.
Velhas ruas, novo olhar
Quando calcorrear as velhas e conhecidas ruas do Porto se torna numa aventura de descobrimento, abrem-se horizontes novos para a compreensão da cidade. Foi esse o desafio que o 8º. A1 empreendeu em maio: sair da escola, atravessar ruas e praças, observar monumentos e edifícios que acolhem os serviços e espaços de entretenimento.
Símbolo do poder político e organizador da urbe, a câmara do Porto foi a primeira paragem deste pequeno périplo. A partir da fachada deste monumental edifício, os alunos desfrutaram de uma vista privilegiada sobre a Baixa do Porto, com as árvores a mascararem a presença impositiva do betão e dos carros. As obras, ao longe, serviram de anúncio para uma cidade em permanente mudança.
A caminho do Coliseu, ponto de paragem mais alongado desta visita, viram-se lojas e bancos, ruas e praças, teatros e mercados que definem a organização funcional de uma cidade.
Já no Coliseu, a turma teve a oportunidade única de penetrar nos meandros mais recônditos desta paradigmática sala de espetáculos do Porto. Os alunos ouviram histórias surpreendentes da vida dos mais de oitenta anos deste espaço, para além de visitarem bastidores, camarins, subterrâneos e as vertiginosas alturas de onde as cortinas descem.
De alma e estômago refeitos, o regresso à escola foi feito por novas ruas, com um novo olhar.
Prof.ªs Juliana Pereira (Geografia) e Lígia Bernardino (Português)
A Geopolítica energética na Alemanha
A Alemanha é um exemplo a seguir em termos de transição energética
Todos os dias, ouvimos falar da urgência da mudança do paradigma energético e a Alemanha é conhecida pela sua política de transição, pois procura reduzir a dependência de fontes não renováveis, como os combustíveis fósseis e a energia nuclear, em favor de fontes mais sustentáveis, como a solar e a eólica.
Contudo, para prosseguir com o encerramento das últimas três centrais nucleares, equacionou os elevados custos de manutenção e as implicações ambientais, sociais e geopolíticas.
A invasão russa da Ucrânia ainda fez o governo alemão ponderar a decisão, que já havia sido confirmada após o desastre de Fukushima no Japão.
Bruna Loureiro, 10.º D, disciplina de Geografia
O desastre de Fukushima no Japão ocorreu em março de 2011, quando um terramoto seguido por um tsunami atingiu a central nuclear. Os danos resultantes levaram a vazamentos radioativos e evacuações em massa, provocando a reconsideração global das políticas nucleares e um foco renovado em fontes de energia seguras e renováveis. Este acidente natural demonstrou que o nuclear não é uma opção segura, apesar dos avanços da ciência e da tecnologia.
https://encurtador.com.br/hmrIV
Limpar as praias é um comportamento de cidadania NÃO sujar constitui um ato de civismo
Na Escola Aurélia de Sousa, aprende-se que Cidadania e Civismo andam de mão dada. Foi nesse clima favorável ao Desenvolvimento Sustentável que os alunos das turmas de 9º A e D participaram, no passado dia 18 de abril, na limpeza da Praia do Ourigo (Sul) e deram exemplo da sua preocupação com a melhoria da qualidade ambiental.
A limpeza decorreu num ótimo clima de trabalho, com boa organização e melhores resultados no mostrador da balança que pesou os resíduos recolhidos.
Na Praia do Ourigo foram recolhidos plásticos, vidro, beatas de cigarro e materiais indiferenciados, tendo sido utilizados vários sacos plásticos próprios.
Terminada a atividade, voltamos para a escola cansados, mas de coração cheio por compreendermos a importância da nossa ação para quem frequenta a praia e para os ecossistemas marinhos.
Limpeza da praia Ourigo
Recolheram-se 3,8kg de plástico (sobretudo microplásticos), 1kg de vidro fragmentado, 1,5kg de papel, 0,58kg de lixo indiferenciado e 164 beatas.
Muito obrigada a todos pelo ótimo trabalho de cidadania desenvolvido.
Todos agradecemos!
“ Roupas usadas não estão acabadas ”
Decorreu, durante o mês de abril e demaio, a campanha de recolha de ROUPA, SAPATOS E BRINQUEDOS USADOS
Foram colocadas 3 caixas para recolha, no átrio da escola, junto ao placard da ECOESCOLAS.
Vamos dar UMA NOVA VIDA AO QUE JÁ
NÃO USAmos !
Polinizadores na nossa escola Um tesouro a valorizar
Todas as fotografias foram tiradas pelo Rodrigo Dourado, no espaço verde da escola, durante o mês de maio 2024
Descomplicar os ecossistemas” Parque do Covelo
Os Parques Urbanos constituem verdadeiros oásis naturais, nas cidades, com funções paisagísticas favoráveis à Biodiversidade, à Cultura, ao Lazer e à Saúde pública. No sentido de aprofundar conhecimentos sobre o funcionamento dos ecossistemas, no dia 23 de abril a turma
presença de mamíferos, insetos polinizadores e seres vivos presentes num charco, entre outros aspetos de interesse na descoberta de aspetos da dinâmica natural. As aulas de campo em espaços verdes da cidade permitem não só aplicar conhecimentos adquiridos nas aulas de Ciências Naturais mas também valorizar a relação do
Alfândega do Porto. Local enigmático que nos transporta para um contexto de duro trabalho, no passado. Em 16 de maio de 2024, o projeto SEI (Sociedade, Escola e Investigação) ofereceu-nos aqui uma realidade educativa de cooperação entre diferentes níveis de ensino e de aprendizagem, numa comunicação científica partilhada.
Ea magia aconteceu: apoiados pelo i3S e pelas professoras acompanhantes, os nossos alunos do 9.º D assumiram a postura de investigadores com a serenidade que o momento exigia. Tudo se transformou, neste Encontro SEI: os longos corredores transpiraram Ciência e as Bancas das escolas participantes revelaram o esforço da demonstração experimental de situações que preocupam a sociedade. Na Banca da Escola Secundária Aurélia de Sousa, o modelo científico “C. Elegans” assumiu proporções esclarecedoras sobre o efeito do álcool no sistema nervoso. Sendo apenas um pequeno organismo do solo, contém no seu genoma cerca de dois terços dos genes envolvidos em doenças humanas e assume enorme valor para a investigação no âmbito da saúde, abrindo caminho para novos estudos. O trabalho investigativo foi descrito no poster apresentado. O projeto consistiu na avaliação do efeito de etanol a 3% na mobilidade de C. Elegans, tendo sido concluído que o álcool etílico reduz a capacidade de resposta do sistema nervoso destes organismos tal como ocorre no ser humano. Um ponto de partida para novos estudos sendo que os nossos jovens investigadores estão de parabéns pelo trabalho desenvolvido.
Manuela Lopes, prof.ª de Ciências
A horta do nosso contentamento
denador, profº Alexandre Libânio, da equipa de alunos e com o apoio da CMP e do Clube Ciência Viva na Escola
Foto: Assinatura do contrato “Mais hortas”, no Covelo - 25 março A Diretora da AEAS, Dr.ª Margarida Teixeira e os representantes da CMP
Nuno Armindo, Leonor Rocha, Constância Stratan, Maria Magalhães e Rodrigo Ribeiro, 9.º D
Editorial
25 DE ABRIL, SEMPRE!
Hoje, 24 de abril, começo a escrever este Editorial. Pressinto o ambiente tenso que, com todo o secretismo, acompanhava os últimos e decisivos momentos preparatórios do golpe de estado que seria desencadeado, nesta mesma noite, pelo Movimento das Forças Armadas (MFA), precisamente há 50 anos.
Desde 1933 que Portugal vivia em regime ditatorial, sem espaço para eleições livres, com controlo permanente da informação ou expressão de pensamento pela Censura prévia de toda e qualquer publicação, pela detenção sistemática de qualquer dissidente político pela Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE), forçando muitos intelectuais e políticos portugueses a terem de optar pelo exílio. O crime de pensar diferente era punido severamente, e praticava-se a tortura para obter confissões forçadas. Neste tempo, e embora se registassem evoluções positivas nos últimos anos, a mulher tinha um papel secundário na sociedade. Em várias carreiras profissionais, como a magistratura ou a medicina, a presença das mulheres era diminuta; os cargos de chefia nunca lhe eram atribuídos; para se ausentar do país, precisava de ter autorização do pai ou do marido! Outro fator decisivo era a Educação. Se bem que, durante o Estado Novo, se tivesse espalhado escolas primárias por todo o país e tivesse fomentado a escolaridade básica, a verdade é que os níveis de analfabetismo ainda eram muito elevados e o acesso ao ensino secundário ou superior só era possível a uma minoria economicamente favorecida. E o país, pobre e rural, estava exausto com a guerra que mantinha contra as forças independentistas das antigas colónias, incapaz de optar por uma solução política em vez da solução das armas, sendo que este último aspeto foi certamente decisivo para a larga adesão militar ao Movimento das Forças Armadas. Esta guerra também nos colocava em contraciclo com os outros países da Europa, afetando a nossa imagem e integração no espaço europeu. Sabemos, com todo o detalhe, como, a partir de 1973, a revolução foi preparada. A fragilidade do regime e a coesão de todas as forças militares, incluindo figuras da mais alta hierarquia, permitiram que a revolução do 25 de Abril fosse conseguida quase sem uso de armas e apenas em algumas horas. As forças armadas portuguesas puseram fim a mais de 40 anos de ditadura e obscurantismo e devolveram a liberdade ao país, traduzindo a vontade da maioria dos portugueses. Apesar das recomendações contrárias, o povo acorreu às ruas para festejar e aclamar os heroicos militares. Sucederam-se dias de euforia, primeiro com a libertação de dezenas de presos políticos detidos nas prisões dos Fortes de Caxias e de Peniche, depois com os festejos do dia 1 de maio, uma verdadeira explosão de alegria para comemorar o Dia do Trabalhador. Sophia M. B. Andresen traduz este sentimento coletivo num dos mais conhecidos poemas sobre o 25 de abril: “Esta é a madrugada que eu esperava/ O dia inicial inteiro e limpo/ Onde emergimos da noite e do silêncio/ E livres habitamos a substância do tempo”
Aprender a viver em liberdade, reconstruir a sociedade portuguesa, descobrir os caminhos para a implantação de uma verdadeira democracia, foram os desafios, por vezes muito duros, que se seguiram. Os tempos do PREC – Processo Revolucionário em Curso – marcados pelo assalto ao poder pelas forças antidemocráticas da extrema-esquerda, fortes contestações, saneamentos arbitrários, assaltos de propriedades, nacionalizações forçadas, reforma agrária no Alentejo, confrontos e ataques a sedes de partidos, exigiram discernimento para se condenarem os extremismos e trouxeram novos e sérios desafios à sociedade civil, aos políticos e aos militares de Abril. Entre muitas vicissitudes e à beira de uma guerra civil, ainda se deu início à descolonização de Angola, Moçambique, Guiné, Cabo Verde e S. Tomé e Príncipe, que culminou com os tratados de reconhecimento da independência destas colónias africanas portuguesas. O país só verá assegurado o início da consolidação da democracia com o movimento de 25 de novembro de 1975, movimento que restaurou a ordem e pôs fim ao PREC, criando condições para a aprovação da atual Constituição da República Portuguesa, que entrou em vigor a 25 de abril de 1976. Portugal afirmou-se como país livre, democrático e europeu, numa revolução conduzida com sucesso e considerada única e exemplar na história do século XX. Viver em democracia e em liberdade é exigente. São muitos os caminhos, muitas as derivas. A liberdade é um bem de todos e para todos, supõe a busca do bem comum. Mas um bem frágil, tantos os fatores, internos e externos, em constante mutação! Talvez nunca se atinja em plenitude, mas é uma luz que nos guia, que nos interpela como seres sociais e como pessoas. Como fazer? Não é sem motivo que os regimes autoritários vedam a verdade, censuram, limitam a informação, cultivam a ignorância. “O demagogo diz da verdade a metade/ E o resto joga com habilidade/ Porque pensa que o povo só pensa metade/ Porque pensa que o povo não percebe nem sabe”. Sophia acrescenta “Meia verdade é (…) como só ter direito a metade da vida.” Concluímos facilmente que a Educação é a base de tudo, é da educação que advêm a vitalidade de um país. Quanto mais cultos e educados, mais lúcidos, mais aptos para discernir, para compreender a realidade com conhecimento e sentido crítico. E mais capazes de inovar e construir uma realidade onde a liberdade, a justiça e a igualdade estejam cada vez mais presentes na vida de todos.
Achei muito bem escolhido o título “LIBERTAR” da Agenda Porto, publicada pela CMP para este Abril de 2024. Não um nome, mas um verbo dinâmico, que nos convoca à ação, ação contínua, permanente, intemporal, e que sintetiza todo um programa de uma democracia. Libertar: ontem, hoje e amanhã. A busca incessante da luz contra a escuridão.
Luísa Mascarenhas
Prof.ª Bibliotecária AESAS (aposentada)
Os nossos talentos a concurso - 2ª edição
Vencedora pela 2-ª vez
Sara Sousa - Ensino Secundário
Scarlett Maurer, 12.º G
Joseph Garcês, 10.º D
Foto da entrega de prémios aos vencedores - Representante da Junta de Freguesia do Bonfim/ Pelouro da Educação e Cidadania , (Dr. João Luís Ferreira), Presidente do Conselho Geral (prof.ª Zaida Braga), Paula Cunha (prof.ª Coordenadora do PCE) e os apresentadores : Joana Marçalo e João Leitão, 12.º A
Bianca Kyara, 8.ºE, Margarida Martins, 8.º D e Madalena Pinto, 8.º C
Jean Pierre , 12.º A
Rafaela Sequeira , 8.º D
Vencedoras - Ensino Básico
Maria Ferreira, Maria Isabel Carvalho, Ana Sofia Silva, 9.º B
Ismirela Cassinda, Iara Lima, Yasmin Portocarrero, 7.º C
https://heyzine.com/flip
Pior a emenda que o soneto, quando a mão que salva é de ferro, quando o sussurro abafa o berro, pior a emenda que fazê-lo certo.
Quando o silêncio é própria prisão e isso não preocupa no barulho, a caução cega perante o orgulho. Sem liberdade, não há expressão.
Da falta ou presença pende o valor pois sempre menos dói ao que já tem do que ao que custa o infeliz.
Fica, então, a saber que é melhor manter o cravo de saúde e bem do que ter que plantá-lo de raiz.
Sara Morais, 10.º F
FICHA TÉCNICA
Coordenadoras:
Ana Margarida Sottomayor (prof.ª) e Julieta Viegas (prof.ª)
Revisão
Revisão de textos: Ana Margarida Sottomayor (prof.ª)
Edição, paginação e maquetagem: Julieta Viegas (prof.ª)
Equipa redatorial/outros colaboradores: Alexandre Ferreira, 10.º A; Álvaro Sousa, 8.º D; António Pedro Morais, 11.º F; Beatriz dos Santos Moura, 9.º C; Bruna Oliveira, 10.ºD; Eco-escolas; Equipa Jornalesas; Evelyn Brito, 10.º F; Gonçalo Oliveira, 10.º E; Grupo de Geografia; Guilherme Hermenegildo, 7.º C; Inês Sarabanda, 8º D; José Guilherme Carvalho, 9.ºC; Lara Enes, 8.ºD; Leandro Andrade, 10.ºF; Madalena Pinto, 8.ºC; Márcia Neves, 10.º F; Margarida Figueiredo, 7.º D; Margarida Martins, 8.º D; Maria Carmo Silva, 9.ºC; Maria Carvalho, 9.º B; Maria Ferreira, 9.º B; Maria Leonor Oliveira, 10.º F; Matilde Oliveira, 7.ºD; Miguel Feyo, 8.º C; Projeto Cultural de Escola (PCE); Rita Moreira, 10.º A; Ritinha Lima, 10.º F; Rodrigo Dourado, 10.º D; Sara Morais, 10.º F; Sofia Andrade, 10.ºF; Sofia Correia, 10.º F; Turma F do 10º.ano.
Ana Margarida Sottomayor, prof.ª de Português; Carmo Oliveira, prof.ª de Português; Carmo Pires, prof.ª de História de Arte; Idalina Miranda, prof.ª de Geografia; Isabel Araújo, prof.ª de Português; Joana Cardoso, prof, ª de Educação Visual: José Fernando Ribeiro, prof. º de Português; Juliana Pereira, prof.ª de Geografia; Julieta Viegas, prof.ª de Geografia; Lígia Bernardino, prof.ª de Português; Luísa Mascarenhas, prof.ª de Português/ Bibliotecária aposentada; Manuela Lopes, prof.ª de Ciências; Paula Cunha, prof.ª de Educação Visual e coordenadora do PCE
Desenhos de: Sara Farnesi (11.º G), Júlia Jesus (11.º G) e Helena Pereira (11.º G) e Joana Cardoso (prof.ª)
Financiamento:
Brun’s | Pão Quente; Estrela do Lima | Café Restaurante; Estrela Branca | Pão quente, pastelaria; Glam | Cabeleireiro e Estética; Sapiens | Centro de Estudos; Escola de Condução Costa Cabral e Escola Secundária/3 Aurélia de Sousa.
2,50 €
Na foto , da esquerda para a direita - A Direção do AEAS
Dr. Victor Sarmento (Adjunto) , Dr.ª Maria Fátima Van Zeller (Adjunta) , Dr.ª Margarida Teixeira (Diretora), Dr.ª Beatriz Ribeiro (Subdiretora) e Dr.ª Anabela Martins (Adjunta)
ESCOLA SECUNDÁRIA/3 AURÉLIA DE SOUSA
Rua Aurélia de Sousa - 4000-099 Porto Telf. 225021773 novojornalesas@gmail.com