Jornalesas (nº67) Dezembro 2023

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Sofia

Cinanima

Crónicas

Lavadores Eco-escolas

Sistelo

Painel

Corta-mato Diplomas

Publicação trimestral l dezembro 2023 l número L X V I I (67)


E chegou o dia!

Celebração referente ao ano letivo

Índice

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2 l Jornalesas l dezembro L X V I I

dia da entrega dos diplomas aos alunos de 12ºano é sempre um momento especial de celebração em que festejamos o trabalho, a dedicação e o empenho dos nossos alunos. Afinal todos os sacrifícios valeram a pena, lutar contra o cansaço e até mesmo o desânimo, em certos momentos. Tudo valeu a pena! Este diploma é a prova dos desafios e dos obstáculos superados. Neste dia, todos receberam o diploma de conclusão do secundário, mas houve quem segurasse orgulhoso mais dois diplomas, o de excelência, para as que obtiveram

médias de dezoito, ou superiores e o de mérito, para os que se destacaram em iniciativas várias e/ou representaram o AEAS (Agrupamento de Escolas Aurélia de Sousa) em várias iniciativas de carácter cultural, social ou desportivo. E como não poderia deixar de ser, há o agradecimento a todos os professores e aos encarregados de educação que, durante esta longa jornada de doze anos, trabalharam nos bastidores, apoiando e orientando.

Parabéns a todos! ESAS, dia 29 de Setembro, 2023

Dia do Diploma

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A melhor aluna

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Estatísticas

7

Visita Lavadores

8

Biodiversidade

10

Eco-escolas

11

Corta-mato

12

Sistelo

16

Crónica de domingo

17

Porto de Futuro

18

Cinanima

19

Escrita

21

Livro e música

22

Crónica de Natal

23


Dia do Diploma 12ºano 12.ºA Profº Armando Martins

12.º B - Profº Victor Sarmento 12.º I Profº António Carvalhal

12.ºC Profº Armando Martins

12.ºE

3 I Jornalesas

Prof.ª Mª José Ascensão


Dia do Diploma 12ºano 12.ºF Prof.ª Mª José Ascensão

12.ºG Profº Victor Sarmento

12.ºH Profº José Soares

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A Direção da Escola e a Presidente do Conselho Geral no dia da entrega dos diplomas Dr.ª Anabela Martins (Adjunta) - Dr. Victor Sarmento (Adjunto) - Dr.ª Zaida Braga (Presidente do Conselho Geral) - Dr.ª Margarida Teixeira (Diretora) - Dr.ª Beatriz Ribeiro (Subdiretora) e Dr.ª Fátima Van Zeller ( Adjunta) (da esquerda para a direita)


À conversa com a Sofia A nossa melhor aluna a concluir o secundário (2022/2023), Sofia Monteiro de Melo Cardoso, frequentou a ESAS a partir do 10.º ano e guarda boas recordações dos dias que por cá passou - muita brincadeira, mas também concentração e estudo.

12.º D - A Sofia, 1ª aluna em baixo, da esquerda para a direita, com os colegas de turma

Qual a motivação para escolher o curso de “Engenharia de Gestão Industrial”? Até ao 11º ano não sabia o que seguir. Pensei em medicina, depois professora de educação física… Mas como estava a gostar muito de matemática e física, resolvi que tinha de fazer um curso com estas áreas. Comecei a ver as Engenharias. Até ao final do 12ºano, estava indecisa, se iria escolher Engenharia Mecânica ou Industrial. Aproveitei algumas iniciativas que decorreram aqui na escola até que tive a oportunidade de ir à FEUP (Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto) e obtive informações cruciais sobre os cursos. Acabei por decidir tendo em conta as

saídas profissionais e a elevada empregabilidade (cerca de 98%, logo nos primeiros 6 meses). Apesar de não ser uma escolha tradicional do sexo feminino, este ano o número de alunos e alunas no curso está muito equilibrado. A faculdade é bem mais difícil do que o secundário. Enquanto que na escola secundária, se conseguia perceber a matéria com as explicações do professor e com a ajuda do manual, na Universidade, não é assim. Mandam-nos ler um livro e não há qualquer ajuda, não há manuais nem explicações extra. O que nos vai orientando é conversar com os colegas do ano a seguir. É muito difícil. Tenho estudado na biblioteca da faculdade com um colega que me acompanhou aqui da Aurélia. O ambiente é ótimo. Tudo a estudar. Que saídas profissionais tem o curso? Consultoria, Gestão de Linha de Produção/Logística, Gestão Hospitalar (…)

Que opinião tens sobre a transição para o digital? Eu sinto que com o PC acabo sempre por me distrair, por isso prefiro o caderno à utilização sistemática do computador . Quanto ao ChatGPT … Considero que pode ser uma ajuda preciosa, dependendo da forma como se usa. Se as pessoas fizerem copiar/ colar, não aprendem nada, mas se o utilizarem como auxiliar, pode ser muito útil. Quando fazemos os testes on-line, como na cadeira de Programação, o acesso ao ChatGPT está bloqueado.

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Jornalesas: Que segredos guarda a melhor aluna? Sofia: A concentração é fundamental. Estar atenta nas aulas e ter expectativas pessoais. Eu estipulava os níveis que pretendia atingir. Além disso, nunca stressava muito e levava as coisas com descontração e com calma. No caso de matemática e físico-química, eu tentava fazer todos os exercícios o melhor e o mais rápido que conseguia e pedia mais, enquanto os outros ainda estavam a resolver os primeiros problemas. Claro que acabava por fazer, na aula, o trabalho de casa. Depois, era só descontrair! Quando estudo não sinto necessidade de fazer pausas. Consigo estudar muitas horas. Estudei mesmo muito para os exames. Não tive ajudas extra, a não ser de alguns professores apenas, aqui na escola onde tirei dúvidas antes dos exames. Uns tempos antes, levantava-me muito cedo e estudava quase sempre até ao jantar, sempre seguido.


A melhor aluna em destaque (continuação) E redes sociais? Uso o Twitter, o Instagram e o WhatsApp. Uso muito o Twitter para saber coisas sobre futebol e voleibol, não é tanto para emitir a minha opinião. Gosto muito de desporto, embora, neste momento, não esteja a praticar nada.

veis (risos). Aqui na ESAS tive um grupo de professores exigentes, rigorosos, desafiadores e bastante motivadores que me ajudaram a chegar até aqui. Também fiz parte da Associação de Estudantes (AE).

Atualmente, participas na vida académica/praxes? Estou na praxe e estou a gostar muito. A FEUP é a maior faculdade da Universidade do Porto e por isso decidiu ter uma “semana do caloiro”, independente das outras faculdades. Nessa semana, há festas todos os dias. Eu vou a tudo.

Que escola frequentaste antes de chegar à ESAS? Frequentei a AMCC (Academia de Música de Costa Cabral), do 5º ano ao 9º ano. Gostava de música, mas não o suficiente. Tocava violino e é necessário dedicar muitas horas por dia ao violino. Parei.

Que memória(s) da ESAS te vai/vão acompanhar? Por temperamento sou divertida e comunicativa, mais na escola do que em casa. A minha turma também ajudava. Eramos uns malandros. Tenho vários episódios memorá-

Há quem diga que a música e arte ajudam, concordas? O pessoal associa muito aos níveis de concentração, até há estudos nesse sentido que o referem. Equipa Jornalesas

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A Sofia com a Margarida e a Madalena, as jornalistas do Jornalesas

gaa@ae-aureliadesousa.com


O mundo na nossa Escola

Nacionalidades representadas (11) com apenas 1 aluno: Bélgica, Bulgária, Costa do Marfim, Egipto, Equador, Estónia, EUA, Irlanda, Luxemburgo, México e Perú.

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O número crescente de alunos estrangeiros no nosso agrupamento (AESAS - A. Escolas Aurélia de Sousa) deve ser encarado como um desafio e simultaneamente como uma oportunidade, em termos pedagógicos e culturais. Esta diversidade vai contribuir para que os alunos aprendam a conviver e a trabalhar com pessoas de diferentes países e assim se preparem para o mundo globalizado em que vivemos. A escola deve ser um espaço de inclusão e de oportunidades para todos.


Geossítio de Lavadores

Geodiversidade junto ao estuário do rio Douro

Observando o Cabedelo

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8 l Jornalesas l dezembro L X V I I

s turmas do 7.ºC e 7.ºD fizeram uma visita de estudo ao Geossítio de Lavadores (Vila Nova de Gaia), com início na Reserva ornitológica do estuário do Douro. Desse local, observamos o Cabedelo, estrutura sedimentar que resultou da deposição de areia no estuário do rio Douro no encontro das águas do mar com as águas do rio, onde se observa uma grande diversidade de aves que se alimentam da matéria orgânica trazida pela corrente. O granito de Lavadores é uma rocha magmática com estrutura porfiroide, composta essencialmente pelos minerais quartzo, mica e feldspato (este com cristais maiores), formada a partir do magma

que consolidou no interior da crosta terrestre, a alguns quilómetros de profundidade, tendo-se instalado na zona Centro Ibérica. O arrefecimento do magma, aliado aos movimentos da crosta terrestre, permitiu a sua formação e ascensão. Na paisagem granítica, pudemos observar o típico caos de blocos que se inicia com a formação de diáclases no granito e que evolui pela ação dos agentes erosivos. O Gnaisse - Pedras Amarelas – já na zona de Ossa Morena, é uma rocha metamórfica constituída pelos mesmo minerais que o granito e que, tendo sido submetida (continua)

O Gnaisse - Pedras Amarelas

Granito porfiroide

Caos de blocos


Terraços marinhos a temperaturas e pressões elevadas que originaram recristalização, apresenta aspetos muito particulares. Mais a Sul, subindo uma rua perpendicular ao mar, observamos terraços marinhos que são estruturas sedimentares formadas com detritos de diferentes tamanhos, transportados pelo mar. Numa transgressão marinha, à medida que o mar vai entrando pela terra adentro, ocorre uma sequência normal onde o tamanho do grão diminui da base para o topo. Numa sequência inversa, resultante de uma regressão, sucede o contrário

com aumento do tamanho do grão da base para o topo. Foi uma visita de estudo muito interessante, divertimonos imenso e aprendemos muito sobre a paisagem geológica de Lavadores. Foi uma ótima experiência e nós gostamos bastante. Nicoll Marques; Rita Bessa; Beatriz Fraga e Yasmin Portocarrero (7.ºC) V.N.G. 31 de outubro

Feira de minerais e fósseis

Um marco na divulgação de recursos geológicos A beleza dos recursos minerais e a memória geológica evidenciada pelos fósseis estiveram presentes na Feira realizada na nossa escola, entre 23 e 25 de outubro. comunidade escolar rendeu-se ao entusiasmo contagiante do dinamizador da Feira. Carlos Marques (Mineralia Portugal) foi incansável nas suas explicações sobre Geologia e Paleontologia , simplificando as ideias mais complexas sobre a História da Terra e empolgando-se a relatar as suas mais recentes experiências na descoberta de fósseis: duas vértebras de Saurópode unidas, constituindo uma seccão de coluna vertebral com mais de 40cm... um achado importante já divulgado em artigo científico. Depois, falou da viagem à China, um sem número de peripécias nessa vida de investigação em busca da beleza geológica do Planeta fantástico que todos partilhamos, às vezes com tão poca consciência e responsabilidade... Face ao envolvimento e participação observados na Feira, não restam dúvidas de que este evento de três dias despoletou na comunidade escolar um maior sentido de valorização dos recursos minerais e dos fósseis rumo a um desenvolvimento mais sustentável. Prof.ª de Ciência - Manuela Lopes

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Testemunhos da evolução do milho Galeria da Biodiversidade - Porto

O milho é um cereal que representa hoje 21% da nutrição humana e foi domesticado há nove mil anos a partir do teosinto, uma gramínea.

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s povos indígenas começaram a cultivar e selecionar as plantas que apresentavam características desejáveis, como grãos maiores e mais saborosos e melhor adaptação a diferentes climas. A existência do milho é resultado de um longo processo de seleção natural e domesticação de solos, entre outras. Essa seleção foi feita a partir das sementes das plantas que melhor se desenvolviam. Ao longo dos séculos, os povos indígenas aperfeiçoaram as técnicas de cultivo do milho e desenvolveram diferentes variedades e espécies de acordo com suas necessidades e objetivos. O milho tornou-se um alimento básico na dieta dessas culturas, além de desempenhar um papel importante nas suas práticas religiosas e rituais. O processo de seleção e domesticação dessa espécie vegetal ainda não tinha sido finalizado no México quando as variedades começaram a ser difundidas na América do Sul, onde ocorreu a “moldagem” final do milho na região

sudoeste da Amazónia. Com a chegada dos europeus à América, o milho foi levado para outras partes do mundo, tornando-se um alimento fundamental em diversas culturas, a nível mundial. Através do intercâmbio global de plantas e alimentos, o milho sofreu novas seleções e adaptações, resultando nas variedades e espécies conhecidas hoje. Assim, a existência do milho é fruto da interação entre as comunidades indígenas e a Natureza, por meio de um processo de domesticação e aperfeiçoamento ao longo dos séculos. Na Galeria da Biodiversidade, pudemos observar exemplares dos diferentes estádios de evolução do milho, desde o teosinto, à esquerda da fotografia, até às espigas atuais, à direita da imagem. A visita de estudo realizada pelo 8.ºA decorreu no dia 14 de novembro e foi apoiada pelo Clube Ciência Viva na Escola. Jorge Valbom, 8.ºA

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Desafio matemático - Loyd, Sam. 100 puzzles matemáticos

A balança está em equilíbrio com qualquer uma destas distribuições de objetos

Quantos berlindes precisamos de colocar no prato da direita para que a balança se mantenha em equilíbrio? Ver solução nas páginas deste número do Jornalesas


Galardão eco-escolas para bons compotamentos A bandeira verde ECO-ESCOLAS foi atribuída à Escola Secundária Aurélia de Sousa pelo esforço evidenciado pela comunidade escolar, em 2022/23, no âmbito de atitudes favoráveis ao desenvolvimento sustentável.

Foram concretizadas diversas atividades nesta linha de ação. Os alunos do 9.ºD, Nuno Bonet Armindo e Rodrigo Ribeiro, conquistaram o 2º Prémio no projeto “O ar que eu respiro” com a elaboração de um poster científico e representaram a Escola na receção do Galardão, em cerimónia pública que decorreu em Braga.

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arabéns a todos e, neste ano letivo, contamos com a vossa contribuição para manter tão honrosa conquista. Espera-se uma melhoria na separação dos resíduos sólidos e uma boa gestão da água e da energia, num processo de valorização crescente dos recursos naturais.

Será verdade? Espaço de geonotícias mente intocados pela civilização moderna. O governo indiano teve mesmo de proibir a ilha de ser visitada já que a sua população foi considerada hostil por especialistas. " Devemos respeitar o seu desejo de serem deixados em paz" é a opinião de muitos. Texto adaptado Notícia apresentada por Gonçalo Oliveira, 10.ºE https://encurtador.com.br/oCLOU

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Na Ilha Sentinela do Norte, vive uma tribo isolada, que faz parte do arquipélago indiano de Andaman e Nicobar, no Oceano Índico. Ao certo, ninguém sabe quantos são, podem ir de 40 a 500. Dizem que este povo indígena está em extinção. Os sentineleses são extremamente agressivos, rejeitando qualquer contacto com outras pessoas. Existe a possibilidade de serem canibais (…). Há registos de mortes causadas por flechas que atingem quem se aproxima, daí estarem entre os últimos seres humanos a permanecer pratica-

LXVIL

Sentinela: a ilha onde é proibido por lei entrarem estranhos


X edição do corta-mato do AEAS A 10.ª edição do corta-mato do Agrupamento de Escolas Aurélia de Sousa realizou-se na manhã do dia 15 de novembro. Nele, participaram 380 alunos do agrupamento desde o 4.º até ao 12.º ano. Na sua organização, estiveram, também, envolvidos alunos voluntários do secundário. A atividade foi programada pelo grupo de Educação Física do AEAS e núcleo de estágio da FADEUP da ESAS, com o apoio da Direção do Agrupamento, Câmara Municipal do Porto; Desporto Escolar (DGESTE), dos fornecedores da escola, Constantino Carvalho Pereira Unipessoal, Lda, Sumol + Compal Marcas, S. A., e a colaboração dos professores do 4.º ano das EB1 do AEAS, alunos da ESAS, professores da EBAG, prof. Paulo Moreira - TIC, Escola Do Movimento (clube de atletismo), Jornalesas e A.Gil. Entrevista Juvenis Femininos

Por que razão decidiram participar no corta-mato? Beatriz: Eu gosto muito de desporto e acho que é uma boa maneira de nós passarmos o dia. Leonor: Participei no ano passado. Queria manter a tradição. Eu gosto de festa! Maria Inês: Ainda bem que o jornal é escrito. [risos] Já é tradição, porque participo desde o 4º. ano. Acho que fazia sentido terminar em grande. Estou no 12.º e é sempre bom conhecer pessoas novas e correr com pessoas ao nosso lado. Acho que é um ambiente super engraçado e juntar os alunos da escola faz sentido! Estão felizes com os vossos resultados? Beatriz: Estou, não estava à espera de ter um lugar no pódio. Vim só para me divertir, por isso, é muito bom ter conseguido chegar ao pódio. Leonor: Estou feliz! Cheguei, corri, não sabia onde é que era a meta. [risos].Encontrei um bom caminho! Foi bom! Foi fixe! Maria Inês: Descobriste! [risos] Eu estou contente, porque consegui terminar em grande. Claro que não terminei em 1.º lugar mas tenho de deixar legado, não é? [risos] Para as mais novas! Mas, estou contente por ter terminado em 3.º lugar. Praticam algum desporto? Beatriz: Pratico triatlo na Associação Académica de São Mamede. Leonor: Eu faço ginástica acrobática. Maria Inês: Eu faço basquete.

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Juvenis Masculinos O que é que sentiste quando passaste a meta? Pedro: Estava cansado, mas gostei! Foi bom acabar e ir ao pódio é sempre fixe. Foi divertido! Por que é que participaste? Pedro: Participei porque é o meu último ano na escola e eu queria fazer o corta-mato uma última vez antes de acabar o secundário. Na tua opinião, o corta-mato é uma atividade importante na motivação dos alunos para a prática de desporto? Pedro: O corta-mato é importante porque é uma forma de muita gente conhecer o desporto e entrar no desporto. E praticar atividade física é importante para manter a saúde e é sempre um momento de convívio, onde podemos faltar às aulas e divertirmo-nos.

Juvenis Femininos 1º lugar - Leonor Maria Martins - 11.º A 2º lugar - Beatriz Barreiros Cardoso - 11.º A 3º lugar - Maria Inês Almeida - 12.º D Na foto, entre a Leonor e a Inês, está a Joana Silva

Juvenis Masculinos 1º lugar - Rúben Matias Lopes - 11.ºA 2º lugar - Pedro Pereira - 12.ºE 3º lugar - Rodrigo Neuparth - 11.ºB (não esteve presente no momento da entrega das medalhas)

Na foto, entre o Pedro e o Rúben , está o Fábio Botelho


X edição do corta-mato do AEAS Iniciados Femininos Já tinham participado no corta-mato? Maria Carvalho/ Maria Soares/ Ana Rita: Sim. Maria Carvalho: A minha professora incentivou-me e também queria participar. Maria Soares: Porque gosto de correr. Ana Rita: Ia ser uma experiência nova. Estão felizes com os vossos resultados? Vocês acham que é importante realizar o corta-mato? Maria Carvalho: Sim, pois é uma forma de unir mais as pessoas, porque corremos com pessoas de turmas diferentes. Maria Soares: Eu acho que é importante. Ana Rita: Sim, porque é uma forma de treinarmos e faz bem ao nosso corpo.

Iniciados Masculinos Acham que o corta-mato é uma boa iniciativa? Nuno/ Matias/Edgar: Sim, para as pessoas começarem a praticar mais desporto e para criar uma competitividade amigável entre as pessoas.

Iniciados Femininos 1ºlugar - Maria Carvalho, 9.ºB1 2º lugar - Maria Soares, 8.º B1 3º lugar - Ana Rita Bastos, 8.º B1

Iniciados Masculinos 1ºlugar - Nuno Bonet, 9.º D1 2º lugar - Matias Bismark, 9.ºB1 3º lugar - Edgar Cruz, 9.º B1

Entrevista à professora de Educação Física Catarina Cachapuz Que impacto é que acredita que o corta-mato tem no espírito desportivo e na motivação dos alunos?

Cartaz vencedor do Concurso José Venâncio e José Carvalho, 9ºC (realizado na disciplina de Educação Visual)

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Professora Catarina: O corta-mato parece-me importante por alguns aspetos. É um momento em que os alunos conseguem pôr à prova aquilo que são as suas competências trabalhadas na aula de Educação Física, as suas capacidades, a capacidade de resistência, a capacidade de correr numa prova com todos os colegas do Agrupamento. Desde que a escola Aurélia de Sousa passou a ser Agrupamento de Escolas Aurélia de Sousa (AEAS), logo no primeiro ano, nós fizemos um corta-mato, convidando todos: o corta-mato não é da escola, mas sim do Agrupamento. Houve um ano em que não foi possível realizar por causa do COVID. É este momento em que, realmente, há uma sensação de pertença ao agrupamento e que não vemos em mais nenhuma atividade. Vamos na décima celebração do corta-mato do Agrupamento! A alegria com que os meninos do 1.ºciclo vêm à escola, a alegria da participação deles! São sempre as provas mais engraçadas, mais bonitas de se ver. A alegria com que os colegas da A. Gil também se deslocam à escola sede e participam. E pelo número avultado de participantes é, de facto, um exemplo de promoção de uma atividade interescolas. Faz com que nos sintamos mais unidos. Até pela sua história, por ter sido a primeira, pelo impacto que tem no número de participantes. Estiveram presentes 380 alunos das 5 escolas. Só da escola Augusto Gil vieram 160 alunos. Nas escolas do primeiro ciclo, a participação é mais limitada, mas, mesmo assim, é uma participação substancial .


X edição do corta-mato do AEAS Houve algum aspeto inovador na organização do cortamato deste ano?

alunos. Estiveram cá quatro atletas desse clube a trabalhar connosco, o que torna tudo mais profissional. Ficaram responsáveis pelo aquecimento, agindo para prevenir lesões e foi uma ajuda muito importante. Muito obrigada, professora! O Agrupamento agradece a dedicação e o profissionalismo do Grupo de Educação Física que há dez anos nos presenteia com este megaevento. Repórteres do Jornalesas Catarina Teixeira 12.ºA e Madalena Pinto, 8.ºC

Desafio matemático - R: 9 berlindes— Loyd, Sam. 100 puzzles matemáticos

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Professora Catarina: Tentamos sempre fazer uma avaliação logo a seguir ao corta-mato para tentar perceber o que é que correu mal e o que é que pode ser melhorado para o próximo ano. Para organizar, pedimos a ajuda de alunos e sempre houve aqueles que colaboravam connosco, isto porque somos poucos professores de Educação Física. Este ano, formalizamos mais esta questão, eles não são alunos que vêm colaborar, são mesmo voluntários, que vão receber um documento comprovativo, que trabalharam no corta-mato. Fizemos uma reunião preparatória e atribuímos responsabilidades de organização de equipas. E esta é a parte nova. Foi realmente formalizar para dar mais corpo a esta ideia que nós tínhamos de trabalhar em colaboração com os alunos. Estas são experiências muito significativas para os alunos; participar na organização das coisas, porque percebem melhor como é que tudo funciona. E são competências que vão, seguramente, ser úteis em algum momento das suas vidas. A «máquina» do corta-mato está mais ou menos montada, pela experiência dos 10 anos em que a realizamos. Planeamos contando com as condições meteorológicas adversas, mas é sempre necessário fazer adaptações: porque pode estar a chover e frio (…), como aconteceu este ano. Nesse caso, tivemos de fazer o ponto de concentração no polidesportivo, que não é tão agradável. Mas são contrariedades que estão previstas. Temos planos A, B, C para as situações que surjam. Não sendo uma inovação, reforçamos a parceria com o Clube de atletismo Escola De Movimento, que tem vindo com regularidade à escola, e que, neste corta-mato, ficaram responsáveis por fazer o aquecimento de todos os

Prof.ª Catarina Cachapuz


Toda a corrida é um jogo mental

unca entendi porque lhe chamam “corta-mato”! Afinal, corremos numa das áreas mais urbanas de Portugal, não no meio de uma selva, mas, pronto, cada um com seus termos. Já não participava em nenhum corta-mato desde o sexto ano. No décimo, no entanto, decidi inscrever-me, com algumas amigas. Não tínhamos nada a perder, exceto, talvez, aulas, mas havíamos de ter mais e, por essa e por outras razões, isso não representava uma perda imperdoável. Recebíamos um lanchinho no final e podíamos andar o caminho todo, caso nos apetecesse. Não nos apeteceu, mas não nos apressemos. A história deste dia começa às 8h30m da manhã… 8h33m, para ser honesta; eu chego sempre atrasada. Recebi o meu dorsal, na entrada. Após uma troca rápida de roupa (ninguém quer correr em lama de calças de ganga), fomos para o polidesportivo morrer de frio, porque o aquecimento só começou depois da suposta hora da prova. Mas ninguém se importou: os atrasos fazem parte e acrescentam algo à magia do dia. Quando finalmente aquecemos (não muito, continuava um briol), fomos para a meta e partimos. Vou ser sincera: se me tivessem dito há três meses que me iria voluntariar para correr 2,5 km no meio de lama, chuva e com público, eu teria pedido que me internassem. Mas, contra todas as probabilidades, adorei correr no corta-mato. A chuva, que antes me desagradara, refrescou a corrida e o barulho dos pés a bater ritmicamente no chão, manteve-me animada. Toda a corrida é um jogo mental entre precisar desesperadamente de parar e querer continuar de forma quase tão desesperada. Mas, ao chegar ao fim, a sensação de bem-estar, de alívio e de orgulho, apaga-nos da memória o esforço e o sofrimento (permitamme o dramatismo) e só queremos repetir a experiência tão cansativa, mas tão gratificante. Fiquei em 15º lugar, de 38 pessoas, pouco impressionante, mas também pouco miserável, por isso, fiquei feliz.

O ambiente pelo resto da manhã manteve-se fantástico. Vimos as corridas, levantámos o lanche, faltámos às aulas e aproveitámos o clima de evento escolar. Para o ano, tenciono repetir tudo e aconselho toda a gente a concorrer, nem que seja só para faltar às aulas. Principalmente, se forem de físico-química. Sara Morais, 10ºF

Equipas de voluntárias

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Passadiços de Sistelo

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16 l Jornalesas l dezembro L X V I I

elas 8:30 da manhã partimos em direção à aldeia do Sistelo. Estava uma manhã nublada mas agradável de companheirismo e aventura. Depois de alguns imprevistos e voltas no caminho, acabamos por chegar ao nosso destino. A aldeia estava ensolarada e coberta por habitações rústicas e tradicionais. No fim das pausas para observar os espaços e as casas, tal como as pessoas e os costumes (a tradição de empilhar moedas nas paredes de pedra para dar sorte, por exemplo), deslocamo-nos de novo em direção ao nosso destino principal, os passadiços do Sistelo. À chegada, não tardamos a iniciar o percurso de 12km. Com um Sol brilhante e quente, foi um desafio completar o caminho repleto de pedras, terra e passadiços de madeira. Em convívio, a caminhar, chegamos a uma parte de rio em onde várias pessoas decidiram mergulhar e refrescar-se. Sem delonga, continuamos com o percurso previsto enquanto conversávamos e riamos ansiosos pelo desti-

no final. A parte final foi a mais desafiante, tendo nós que atravessar um caminho complexo e traiçoeiro de pedras e rio. Instalamo-nos depois num espaço à beira-rio enquanto almoçávamos e mergulhávamos, alternadamente. Passadas duas horas a falar e a comer, tivemos de retornar à camioneta, por volta das 16 horas. Conhecemos pontes e mais caminhos repletos de paisagens verdes e cheias de vida, nesse percurso final. Na viagem de volta, todos cansados, mas realizados, experienciamos mais imprevistos como trânsito e um veículo a bloquear o nosso caminho (o qual, nós próprios, tivemos de levantar), mas finalmente chegamos à escola por volta das 20 horas. Leonor Monteiro, 12.º F ESAS, 4 de outubro de 2023


Ansiedade nas noites de domingo crónica

sem uma boa noite de descanso, piorar o nosso dia. É muito mau ter de passar por esta experiência, principalmente quando o domingo não deve ser stressante, mas sim um dia para descansar, recuperar forças e ganhar energia para continuar o que temos de fazer. No entanto, se o dia em que podemos descansar o nosso estado físico e mental for, também, preenchido por stresse, como vamos aguentar a semana? Não é nada fácil! Cada um tem de tentar arranjar estratégias para superar este horror. Toda a gente é diferente, por isso, o que funciona com uns, pode não funcionar com os outros, havendo milhões de maneiras de ultrapassar estes medos. Cabe a cada um de nós encontrá-la, por exemplo: Para não ficarmos ansiosos por causa de tudo o que temos de fazer na segunda-feira, devemos tentar arranjar tempo (sem pressões) para adiantarmos o máximo de coisas e começarmos a semana sem pressões nem contrarrelógios. Para não estarmos a pensar no trabalho, antes do fim de semana começar ou depois de termos terminado as nossa tarefas, é uma boa opção, no final do dia, tirar um momento para refletir sobre o que se passou durante a semana, sobre os aspetos positivos e negativos, desligando, assim, o nosso cérebro dos problemas… É importante ter certos eventos, encontros ou atividades de que gostamos para fazer durante a semana, desta Desenho de Ashley Faria, 11,ºG forma ao domingo podemos ficar contentes e até mesmo entusiasmados por nos irmos reunir com amigos ou fazer outra coisa qualquer, desde que que seja lgumas pessoas, julgando ser as únicas, sentem uma um incentivo para a semana. ansiedade, quase assustadora, quando se começa a aproxi- Organizar um ritual/rotina, ao domingo à noite, que nos mar a noite de domingo. Esta sensação de medo e adrenadistraia de forma a desligar o cérebro do mundo que lina surge pelo que imaginamos que vai acontecer durante nos rodeia. Isto ajuda-nos a sentir que temos sempre a semana, pelas imensas tarefas que temos para fazer, aquele “cantinho” no final da semana onde nos podepelos desafios cansativos e stressantes…. Pode ser muito mos aconchegar a ver uma série com a família ou sodesconfortável ou, pode, até mesmo, ocupar o nosso penzinho, a ler ou a escrever ou outra coisa qualquer dessamento, fazendo-nos ficar maldispostos, pessimistas e de que faça esquecer os problemas. com ainda menos vontade que o novo dia se inicie. Pode, Margarida Martins Carvalho, 8.ºD até mesmo, perturbar-nos o sono e,

Helena Pereira, 11ºG

Sofia Agostinho , 11ºG

Beatriz Afonso, 11ºG

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Porto de Futuro reconhece mérito escolar e ações exemplares dos alunos da cidade

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ais de 80 alunos do ensino básico e secundário das escolas da rede pública e profissionais do concelho do Porto foram, dia 21 de novembro, reconhecidos na 16.ª edição do programa Porto de Futuro. Além da iniciativa Rumo à Excelência, que premeia o mérito escolar, o Município atribuiu, pela primeira vez, os prémios Revelação, distinguindo os alunos que demonstraram capacidades, atitudes e ações exemplares ao longo do ano letivo. Para Fernando Paulo, o vereador da Educação que entregou os prémios, o essencial é que estas distinções "sejam um incentivo para continuarem trilhando o caminho da excelência, enfrentando os desafios com cora-

Sara Morais - 3ºciclo

gem e mantendo a paixão pelo conhecimento numa jornada contínua". A cerimónia, que teve lugar no Coliseu Porto Ageas, contou com a atuação do Balleteatro. Alunos distinguidos do AEAS: • 1ºciclo Básico - Leonor Fontes Nunes • 2º ciclo Básico - Margarida Teixeira Figueiredo • 3º ciclo Básico - Sara Teixeira de Morais • Ensino Secundário - Sofia Monteiro Cardoso Notícia adaptada de https://www.porto.pt/pt/noticia/porto-defuturo-reconhece-merito-escolar-e-acoes-exemplares-dos-alunos -da-cidade

Dr.ª Margarida / Diretora AESAS e Dr. Fernando Paulo/C.M.P.

Sofia Cardoso - Secundário

Cerimónia de entrega dos Prémios de Mérito Escolar 2022/2023

Geonotícias

18 l Jornalesas l dezembro L X V I I

O impensável está a acontecer na China O país mais populoso do planeta enfrenta agora uma crise demográfica, com a força de trabalho a envelhecer, uma economia em desaceleração e o menor crescimento populacional em décadas. A China aplicou rígidos controlos de natalidade, ao abrigo da política "um casal, um filho” e agora apesar de terem abolido a política de filho único em 2016 e passado a permitir até três crianças por casal, os nascimentos continuaram a diminuir. Quem havia de dizer que se chegaria a este ponto? O apelo é para que se implementem medidas ativas de apoio à fertilidade, tais como subsídios, deduções fiscais e melhores seguros de saúde, bem como educação, habitação e ajuda ao emprego para as famílias. O Estado também

deve garantir um número suficiente de creches para as crianças entre dois e três anos. As cidades mais ricas da China já introduziram empréstimos para a habitação, incentivos fiscais, auxílios educacionais e até subsídios para encorajar as mulheres a terem mais filhos. A taxa de natalidade da China caiu, no ano passado, para 7,52 nascimentos por 1.000 pessoas, a menor desde meados do seculo XX. Até Portugal, com uma das taxas de natalidade mais baixas da U.E., consegue ter valores ligeiramente superiores, cerca de 8 nascimentos por cada 1000 habitantes. Já que a nossa situação demográfica é também deveras preocupante, porque não seguirmos o exemplo da política natalista chinesa? Bem precisamos!! Texto adaptado de https://encurtador.com.br/mDEI9 e Daniela Oliveira, 10ºE


Cinanima vai às escolas é uma iniciativa na qual os alunos têm a oportunidade de ver uma seleção de filmes apropriados à sua faixa etária. Os filmes vêm acompanhados de Guiões com propostas de trabalho de acordo com o público a que se destinam. Esta atividade chegou à escola com o Projeto Cultural de Escola (PCE)

Luzes (Lights) Realização: Jitka Nemikinsová Produção: Veronika Kührová; Michal Kráčmer Argumento: Jitka Nemikinsová Música: Maxmilián Hruška Chéquia 0:08:26 | 2023 | Cor l Computador 2D

a minha opinião, a sessão foi uma ótima experiência, pois consegui aprender muito com os filmes e, ao mesmo tempo, divertir-me. Esta atividade superou bastante as minhas expectativas, pois eu esperava que fossem filmes com menos qualidade e que não tivessem qualquer tipo de moral. No entanto, na sua grande maioria, tinham-na. O meu filme preferido do programa foi “Lights”. Esta curta metragem narra a história de uma cidade que tem como habitantes: lâmpadas e seres constituídos por fogo. Certo dia, estes são

forçados, pelas lâmpadas, a transformarem-se nestas. No entanto, um dos seres constituídos por fogo consegue fugir. Este consegue libertar os outros seres de fogo e, assim, consegue salvar a sua espécie. Eu, pessoalmente, gostei deste filme, pois tem uma moral importante nos nossos dias: não se deve obrigar os outros a serem o que não são. Eu recomendo vivamente a visualização de todos os filmes do programa a jovens que gostem de cinema de animação. Guilherme Hermenegildo, 7.ºC

Dia Mundial da Alimentação - 2023

Projeto Cultural de Escola

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Desenho de José Pedro Amorim, 7ºD

N


"Jamais Vu" Realização: Katerina Constantinou; Maria Panayi; Eleftheria Papadopoulou Chipre 0:03:00 | 2023 | Cor l Computador 2D, Ação Real

N

a psicologia, o termo francês "jamais vu" significa nunca visto e é o fenómeno de experienciar uma situação que reconhecemos, de certa forma, mas que independentemente disso não nos é completamente familiar. Esta ocorrência é o oposto do tão conhecido Deja Vu. A curta-metragem ilustra uma hipótese do que seria experienciar este fenómeno permanentemente. A rapariga desenhada nesta história acorda no seu quarto, no entanto, não o reconhece completamente. Parece-me que ela se encontra num estado desassociativo, de desconexão com a realidade. O "jamais vu" pode acontecer a qualquer pessoa em diferentes graus, situações e frequências. Por exemplo, quando escrevemos uma palavra de forma correta e nos parece que está errada. Outro exemplo pode ser entrar na nossa casa de infância, onde nada mudou e, momentaneamente não nos parecer familiar. Existem várias explicações médicas que tentam decifrar a origem deste fenómeno e, embora nenhuma seja confirmada e considerada uma resposta certa, todas apresentam boas hipóteses com fundo de verdade. Uma tese defende que decorre de uma descone

xão temporária entre a nossa perceção e a memória. A fadiga, o stress e o desequilíbrio dos neurotransmissores são outros fatores que podem despertar o "jamais vu". Outra teoria sugere que este acontecimento pode resultar de disrupções nos mecanismos de atenção, ou seja, se não prestarmos completa atenção a algo familiar, o nosso cérebro pode temporariamente processá-lo como nova informação. No caso da menina da curta-metragem, acredito que algo mais profundo tenha despertado este estado de "nunca visto". As suas perceções estão desorientadas e embora ela saiba que está em casa, não a vê como ela realmente é. Parece que ela vive num constante estado de ilusão, mas tem consciência disso. Ela até diz que quando vê a mãe sabe que é ela, mas não a reconhece como antes. Este fenómeno, se esporádico, não é muito preocupante, mas se for algo recorrente pode ser extremamente assustador e distorçor da realidade. Nina Baptista, 12.ºF

O Grande Abraço Realização: Iria Lopez Produção: Wednesday Studio Argumento: Iria Lopez l Música: Tom Drew Reino Unido 0:03:45 | 2023 | Cor l Computador 2D

20 l Jornalesas l dezembro L X V I I

D

iante de um vídeo repleto de cores vibrantes e personagens desenhados de maneira distorcida, somos envolvidos por uma música alegre e contagiante, tornando a curta-metragem chamativa e envolvente. A forma única como as personagens foram desenhadas, escapando dos padrões habituais da anatomia, proporciona uma obra divertida e cativante. A dança desengonçada e os instrumentos musicais tocados de maneira singular adicionam uma camada de euforia, enquanto as cores vibrantes criam um universo peculiar. À medida que o vídeo se desenrola, percebemos uma mensagem subjacente, além da superfície lúdica. As personagens, com as suas formas distorcidas, transmitem uma expressividade única, indo além das convenções tradicionais, como se cada traço carregasse a sua própria história. A música, língua não verbal, conduz-nos à narrativa, como se notas e ritmos fossem um idioma próprio compreendido por todos. A

dança e a maneira como cada personagem toca no seu instrumento revelam uma celebração da diversidade e individualidade, revelando-se uma ode à liberdade de expressão. As cores vibrantes não são apenas estéticas; são quase palpáveis, contribuindo para uma atmosfera mágica. À medida que a curta-metragem se aproxima do desfecho, somos envolvidos pela energia contagiante, transportados para um universo onde a excentricidade é celebrada, e "o grande abraço" se torna-se linguagem universal, fazendo jus ao seu título. Em suma, o vídeo transcende a experiência visual, tornando-se uma jornada emocional e sensorial que celebra a diversidade, deixando uma marca duradoura a lembrar-nos da importância de abraçar a singularidade e encontrar beleza na diversidade que permeia as nossas vidas. Lavínia Castilho, 12ºF


Quanto mede a tua criatividade? Na disciplina de Português, várias atividades estimulam a criatividade e a imagem-fenda é uma delas. Nesta BD, falta a última sequência e a Alexandra produziu um texto que surpreendeu pelo grau de criatividade.

S

Mordillo foundation

Permanecemos naquele abrigo improvisado com condições muito inferiores às que estávamos habituados, até enviarem um avião para transportar os turistas de volta para os seus países. Quando chegámos, emocionámonos. Tínhamos tantas saudades da nossa antiga vida, que tantas vezes nos aborrecera e que demoraria

anos até voltar ao normal, se é que algum dia isso aconteceria. E assim foram os tempos seguintes, com a incerteza da duração da guerra, do seu desenlace e estragos provocados. Alexandra Ferreira, 10.º A

21 l Jornalesas

empre tive uma vida monótona e calma. Vivia numa pacata cidade com a minha mulher, onde nada acontecia, vizinhos com quem nunca falei e um emprego das oito às seis. Resumidamente, mais uma vida entre as doze milhões de Waterland. Eu e a minha mulher, Gertrudes, fazíamos vinte e cinco anos de casados. Para celebrar este marco, decidimos ir numa viagem de uma semana a Grandsville, que em tempos estivera unida com o nosso país. Íamos a meio das nossas tão aguardadas férias, a tomar banhos de sol juntos à água morna do mar, quando fomos intercetados por dois oficiais que envergavam um uniforme com padrão de tropa e, numa língua que não entendíamos, começaram a pegar nos nossos pertences e levaram-nos com eles. Transportaram-nos para uma estação de metro subterrânea, apinhada de gente com comida e cobertores. Estávamos muito confusos, quando um homem de meia-idade veio falar connosco em waterlandês. À nossa semelhança, também estava lá de férias e contou que Grandsville tinha iniciado uma guerra com Waterland, instigada pelo desejo de voltar a unificar os territórios. Durante alguns dias,


As aventuras de Sherlock Holmes

Leitura

A

s aventuras de Sherlock Holmes é um clássico de Arthur Conan Doyle que perdura até aos nossos dias. Esta obra narra a história de dois companheiros, Sherlock Holmes e o seu fiel amigo Watson, que vivem aventuras para resolver os mais enigmáticos mistérios. Sherlock Holmes é um investigador formidável que tem grandes capacidades intelectuais assumindo o papel de protagonista, enquanto Watson é um médico que auxilia Holmes na descoberta de alguns mistérios. No meu entender, este livro é apelativo, pois tem inúmeros mistérios que aparentam ser impossíveis de desvendar. Isto estimula a curiosidade do leitor, captando a sua atenção. Em segundo lugar, tem muitos e curtos contos, o que permite ao leitor escolher quais e quantas histórias pretende ler. Além disso, este livro tem um preço acessível. Em suma, recomendo esta obra a todos os leitores curiosos que gostem de aventuras emocionantes, mistérios enigmáticos e, também, um pouco de crime. Guilhermino Hermenegildo, 7.ºC

Música

22 l Jornalesas l dezembro L X V I I

T

aylor Swift é uma cantora pop norte-americana, mundialmente famosa. Poucos são aqueles que nunca ouviram o seu nome. Nasceu dia 13 de dezembro de 1989. Em 2006, lançou o seu primeiro álbum ao qual atribuiu o seu próprio nome. Entretanto, Taylor Swift lançou outros álbuns, muitos dos quais têm diferentes versões. A cantora tem recebido muitos prémios. O sucesso da cantora tem vindo a aumentar, devido à sua digressão que se iniciou este ano e terminará em 2024. Esta digressão intitulase “The eras tour”, “A digressão das eras”, e estão previstos dois concertos em Portugal. O nome deve-se ao facto de, nestes concertos, Taylor Swift mostrar ao público um pouco de cada um dos seus álbuns (eras). No dia 13 de outubro deste ano, foi lançado nos cinemas um filme que consistia na gravação de um dos concertos que já aconteceram. Apesar de sempre ter gostado muito da música da artista, considero que só ultimamente comecei a acompanhar a sua carreira. Penso que a sua obra apresenta um estilo bastante próprio e genuíno. Quem se identificar com esse estilo, com certeza gostará da sua música. Como o Natal se está a aproximar, recomendo a audição da sua versão de “Last Christmas” (música de Wham!). Madalena Pinto, 8.ºC Imagens:https://shre.ink/TZps


O Espírito do Natal

A

cho que não devo ser a única a ser um bocadinho “obcecada” pelo Natal! Eu sei que há muitas pessoas que não gostam do Natal ou que não lhes faz diferença. Eu respeito-as, mas não as compreendo! Custa-me a entender como é que se pode não gostar do Natal? Eu adoro as tradições do Natal, as músicas, as comidas, as luzes e a árvore de Natal. Para além de tudo isto, o que mais gosto é estar com a minha família. É disso que o Natal se trata, estar com as pessoas que mais amamos no mundo, as pessoas sem as quais o Natal não faria sentido. Por exemplo, eu não conseguiria passar o Natal sem a minha irmã! Ela ajuda-me a preservar as tradições. O estarmos juntas e obrigarmos a minha família toda a usar gorros de Natal já é uma tradição! Ou sem os meus avós, que trazem sempre os melhores miminhos com eles. Ou sem os meus pais, é claro! Se eu não pudesse passar o Natal com um deles, também deixaria de gostar do Natal. Mas é por isso que cada Natal é especial, é por isso que em cada Natal nos juntamos para partilhar uma refeição agradável. Mesmo que seja bacalhau e que não gostemos de bacalhau, pois o que importa não é o que comemos, mas sim com quem é que o fazemos. O Natal serve para estarmos com a nossa família, porque não sabemos quanto tempo nos resta com ela, e quem diz família diz amigos, tios afastados, irmãos emprestados, … Tenho mesmo muita, muita pena das crianças e famílias que no Natal não podem comer uma refeição quentinha, ver um filme, ir ver as luzes da cidade ou ,simplesmente, sentarem-se todos juntos, quentes e confortáveis. O Natal tem tantos significados, dar sem querer receber, estarmos com quem amamos, valorizarmos o que temos, … mas acho que o mais importante, pelo menos para mim, é que o Pai Natal não é uma pessoa, mas sim o espírito desta época. Se refletirmos bem, todos os valores do Natal estão representados no Pai Natal! O carinho, a bondade, o amor, a paz, a tradição e dar sem querer receber. Margarida Martins Carvalho, 8.ºD

23 I Jornalesas

Eco-escolas l Espécies marinhas portuguesas l Painel realizado pelos alunos: Carlinda, Diogo, Fábio, Joana, José e Rafael na disciplina de Educação Visual - profª Joana Cardoso


Editorial Português Língua Não Materna: a igualdade na diferença Corre para o fim o ano de 2023. Estamos em dezembro e Português Língua Não Materna é uma disciplina que tem vindo a crescer. Já não é uma realidade de chegada mensal de alunos. Agora, é semanal. Estava o Agrupamento de Escolas Aurélia de Sousa longe de imaginar que seria «porto de chegada» de tantos jovens estrangeiros. O processo iniciou, com turmas, (uma na Escola Secundária Aurélia de Sousa e outra na Escola Básica Augusto Gil) apenas no ano letivo de 2021/2022, mas não mais parou. Assim, no presente ano letivo – 2023/2024, mais de uma trintena de alunos (iguais aos nacionais, sendo alunos, mas tão diferentes na sua essência) frequenta a disciplina, que é, por assim dizer, uma «paleta de cores» com diversas nacionalidades. Ei-las, de A a V: Argentina, Bangladesh, Colômbia, Costa do Marfim, Cuba, Equador, Estónia, Índia, Marrocos, Nepal, Portugal (com percurso escolar em França), Rússia, Ucrânia, Venezuela e Vietname. Estes alunos frequentam a disciplina de Português Língua Não Materna na turma da Escola Secundária Aurélia de Sousa ou na turma da Escola Básica Augusto Gil e têm as restantes disciplinas nas suas turmas de matrícula. É respeitada a integração progressiva no currículo dos alunos recém-chegados (pela primeira vez em território nacional), dentro do espírito do Despacho n.º 2044/2022. Para quando um «ano zero», só para integração, sem o «peso» de uma classificação? Nas duas turmas de Português Língua Não Materna, os alunos (em número de mais ou menos quinze por turma) têm quatro aulas semanais e coexistem em três níveis de proficiência linguística (A1 e A2 – iniciação – e B1 – intermédio). Para as docentes de Português que ensinam estes jovens e que têm vindo a fazer um trabalho exemplar, é uma tarefa árdua e difícil. É quase uma missão impossível acompanhar de perto todos os alunos. O resultado seria mais risonho se fosse implementado um processo de coadjuvação. No plano do trabalho burocrático, a coordenação da disciplina está sujeita a um desgaste semanal, contabilizado em várias idas à Secretaria para acompanhar a parte processual de cada aluno para saber de onde vem o aluno e o que acompanha o seu P.I.A. (Processo Individual do Aluno), designadamente: • se foi feita a avaliação diagnóstica, formalizada na aplicação de um teste para situar o aluno num nível de proficiência linguística. Quando os alunos vêm de escolas portuguesas, verifica-se, na maioria das vezes, que não há informação de teste realizado, sendo então necessário aplicar um teste quando um aluno já tem vindo a frequentar a disciplina; • Se o aluno tem voucher para levantar o manual numa livraria e se já o levantou. À semelhança do que já aconteceu no ano letivo anterior, os alunos do segundo ciclo e os do décimo ano não têm acesso a voucher para Português Língua Não Materna, tendo o agrupamento vindo a emprestar os manuais da disciplina a esses alunos.

FICHA TÉCNICA Coordenadoras:

Ana Margarida Sottomayor (prof.ª) e Julieta Viegas (prof.ª) Revisão

Revisão de textos: Ana Margarida Sottomayor Revisão Geral/Equipa Jornalesas Paginação e Maquetagem: Julieta Viegas

(profª) Fotos do Dia do diploma: António Carvalhal, profº responsável pelo Clube de Fotografia Equipa redatorial/outros colaboradores:

Alexandra Ferreira, 10.ºA; Ana Margarida Sottomayor, prof.ª de Português; António Carvalhal, prof.º de Desenho; Beatriz Fraga, 7.ºC; Catarina Cachapuz, profª de Educação Física, Catarina Teixeira, 12.ºA; Daniela Oliveira, 10.ºE; Gonçalo Oliveira, 10.ºE; Guilherme Hermenegildo, 7.ºC; Joana Cardoso, profª de Educação Visual; José Fernando Ribeiro, Profº de Português; Julieta Viegas, profª de Geografia; Lavínia Castilho, 12.ºF; Leonor Monteiro, 10.ºF; Lugar da Ciência; Madalena Pinto, 8.ºC; Manuela Lopes, profª Ciências/Biologia; Margarida Martins Carvalho, 8.ºD; Maria do Céu Pereira, prof.ª de Matemática; Nicoll Marques, 7.ºC; Nina Baptista, 12.ºF; Paula Cunha, Prof.ª Coordenadora do PCE; Rita Bessa, 7.ºC; Rita Pacheco, Prof.ª de Educação Física; Sara Morais, 10.ºF; Sofia Monteiro, ex-aluna e Yasmin Portocarrero, 7.ºC. Desenhos de: Ashley Faria, 11.ºG; Bea-

triz Afonso, 11.ºG; Helena Pereira, 11.ºG e Sofia Agostinho, 11.ºG Painel Eco-escolas: Carlinda, 9º.D; Diogo

Silva, 9.ºD; Fábio Botelho, 11.ºH; Joana Silva, 10.ºG; José Pedrosa; 9.ºD e Rafael

“A concentração é fundamental”

A fechar o texto, apenas uma certeza: virão certamente mais alunos. E temos de estar preparados. Sem nunca o estarmos verdadeiramente.

Sofia Monteiro de Melo Cardoso, 12.ºano Curso de Ciências e Tecnologias

José Fernando Ribeiro, Professor de Português

2,00 €

ESCOLA SECUNDÁRIA/3 AURÉLIA DE SOUSA Rua Aurélia de Sousa - 4000-099 Porto Telf. 225021773 novojornalesas@gmail.com

dezembro. 2023 http:// www.issuu.com


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