Contexto

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Ostentação Sertaneja O perfil dos novos sertanejos e como é seu comportamento na noite

Entrevista Roberto Higa: Mussum ipsum cacilds, vidis litro abertis.

Os Reflexos da Copa do Mundo em MS

O que Mato Grosso do Sul vai receber do maior evento esportivo do mundo?


CARTA DA EDITORA

Reitora Profa. Leocádia Aglaé Petry Leme Pró-Reitoria de Graduação Profa. Dra. Luciana Paes de Andrade Pró-Reitoria de Extensão Profa. Dra. Luciana Paes de Andrade Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Gradução Prof. Mestre Ivo Arcângelo Vandrusculo Busato

Revista Com Texto Revista laboratório do curso de Comunicação Social - Hab. em Jornalismo da Universidade Anhanguera-Uniderp Ano II – nº 02 – Junho a dezembro de 2014 Publicação Semestral Coordenador do Curso de Jornalismo Carlos Kuntzel Jornalista Responsável Marcelo Rezende DRT/MS XXXXXX Editora Chefe Josiane Paganini Editor de Fotografia: Paulo Francis e Professor Renan Kubota Editora de Arte: Josiane Paganini Equipe de Reportagem Capa: Ana Letícia Gaúna, Leonardo Barbosa, Lucas Mamédio, Shimene Weber e Stephanie Romcy Comportamento/Sociedade: Anderson Araújo, Anna Gomes, Claudinei Silva, Clayton Neves, Gerciane Alves, Gustavo Henrique, Kamila Alcântara, Kerolyn Araújo, Letícia Oliveira, Lorrayne Kariele, Luana Ayala e Willian Leite Cultura: Carla Xavier, Fernanda Freitas, Floriano Ocampos, Joana Lima e Juliana Oliveira Saúde: Aline Aranda, Elizeu Ribeiro, Késia Soares, Mikael Ortiz e Oscar Martinez Moda/Beleza: Eloah Machado, Josiane Paganini, Raiza Calixto e Mayara Coimbra Tecnologia: Alexandro Barboza, Danielle Valentim, Letícia Daniel e Priscíla Gaúna. Revisão Marcelo Rezende

Obs. As matérias produzidas neste veículo de comunicação foram produzidas pelos acadêmicos de jornalismo e não representam o pensamento da Instituição.

Revista Com Texto Rua Ceará, 333 B. Miguel Couto Campo Grande - MS. CEP 79003-010 Tel: (67) 3348 - 8096 Email: comtexto@uniderp.com.br

Reflexões, esperanças e um projeto Há dez anos era lançada a primeira edição da revista laboratório Com Texto. Planejada e construída pelos alunos de jornalismo da Universidade Anhanguera-Uniderp, a edição marcou uma fase importante do curso de comunicação. Hoje você tem em mãos a segunda edição dessa mesma revista, pensada pelos alunos de 4º e 5º semestre de jornalismo, que se espelham e admiram os egressos do nosso curso – hoje profissionais respeitados – que batizaram essa revista. Muitas coisas mudaram de dez anos para cá, a internet é parte constante de nossas vidas, os smartphones e seus aplicativos estão por todas as partes, a moda mudou e o jeito de fazer e pensar jornalismo também se transformou com o tempo, mas objetivo dessa revista acadêmica permanece o mesmo: ser um espaço aberto para a prática de um jornalismo aprofundado, para fomentar o debate, misturar o jornalismo diário com o literário e claro colocar em prática tudo aquilo que aprendemos em sala de aula. Essa edição que você, caro leitor, pode estar vendo em mãos, na tela do seu computador ou do seu celular, é resultado de um esforço conjunto, de determinação e é principalmente uma conquista dos acadêmicos deste curso. Afinal, foram dez anos sem uma edição publicada, não queremos que isso se repita. Para o nosso retorno, um novo layout, um design mais clean para que o foco esteja nas matérias publicadas, um desejo imenso de produzir conteúdo de qualidade, sem esquecer da ética, do comprometimento e da responsabilidade que temos como futuros jornalistas. Aproveite a leitura!

Josiane Paganini


ÍNDICE

CAPA Os reflexos da Copa do Mundo em MS | 18 E as manifestações? | 20 Álbuns de figurinhas | 22 Se a copa não vem até nós, vamos até ela! | 23

Cultura Fala-se De | 04 Loucos por Vinil | 08 Roteiro Cultural | 50

Saúde Glaucoma | 12 Hipertensão | 14

Comportamento Violência Contra a Mulher | 24 Ostentação Sertaneja | 42 Turismo no Brasil: Sexual | 46

Entrevista Entrevista: Roberto Higa | 26 Perfil: Lutando pela igualdade| 48

Moda A moda é para todos | 34 Brechó, a velha nova mania | 36 Guarda-Roupa | 38

Tecnologia Games On | 30 O uso dos APP | 32


FALA-SE DE LIVROS Por: Joana Lima

“Me apaixonei do mesmo jeito que alguém cai no sono: gradativamente e de repente, de uma hora para outra.” A Culpa é das Estrelas (Jonh Green)

A culpa é das Estrelas, de Jonh Green O livro ‘A Culpa é das estrelas’ conta a história de Hazel e Gus, que se conhecem em um Grupo de Apoio para Crianças com Câncer. Hazel tem um problema pulmonar e 0sobrevive graças a uma droga que detém a metástase em seus pulmões e Gus é um ex-jogador de basquete que perdeu a perna para o osteosarcoma. Os dois logo se aproximam começam a sair juntos e se apaixonam perdidamente, o livro de John Green mostra como uma pessoa pode ajudar a outra a enfrentar problemas difíceis como o câncer. A história dos dois adolescentes é o mais novo sucesso literário a chegar nos cinemas, o livro deixa os leitores emocionados com a história dos jovens e a expectativa é que o filme cause comoção aos que assistirem, ou seja, o livro e o filme são feitos sob medida para emocionar. ‘A Culpa é das estrelas’ é um daqueles livros que todo adolescente romântico (ou não) vai gostar, tem uma narração que te deixa querendo ler o livro até a última página, o autor explora os detalhes da história para que o leitor esteja envolvido com a causa e possa até se identificar com os sentimentos dos personagens.

Porta dos Fundos, de Fábio Porchat, Gabriel Esteves e Gregório Duvivier O livro do Porta dos Fundos tem 37 roteiros dos esquetes na internet do Canal de humor Porta dos Fundos, contém fotos exclusivas e comentários dos autores, trás qual foi a inspiração de cada um dos autores que escrevem os vídeos, de onde vêm as ideias, como eles pensam e que para fazer um vídeo do canal é necessário começar por um texto. O Canal Porta dos Fundos é nacionalmente conhecido por elaborar vídeos engraçados sobre a vida cotidiana das pessoas, assuntos polêmicos. Algumas vezes seus idealizadores Antonio Tabet, Fabio Porchat, Gregório Duvivier, Ian SBF e João Vicente de Castro recebem processos de pessoas que se sentem ofendidas com os assuntos relacionados a eles. Para quem gosta de humor o livro é uma boa opção para saber como os vídeos foram produzidos, em cada capítulo existe o link do vídeo para o leitor acessar. O livro é rico visualmente, pois tem muitas fotos do elenco e dos bastidores da produção. Muitos fãs do Canal Porta dos Fundos aprovam o livro e recomendam.


FALA-SE DE MÚSICA Por: Luana Ayala e Lorrayne Kariele

Jane Jane Em seu álbum, Jane Jane, reúne os melhores nomes do cenário musical sul-mato-grossensense Mato Grosso do Sul é conhecido pelo estado da música sertaneja, mas que esse cenário vem mudando não é novidade. Na noite campo-grandense o rock e o blues já tem seu próprio espaço. Então eis que surge uma jovem com timbre marcante e aveludado, mostrando todo seu potencial atrás de um microfone e um baixo. Jane Jane, guarde esse nome. Em seu primeiro álbum, todo em inglês, a cantora conta com várias participações como Marcelo Rezende (baixista da banda Bêbados Habilidosos) que faz sua participação em “German Boy”, e o Bando do Velho Jack em peso em “Shake your hips”. Com referências como Ramones, Led Zeppelin e Alanis Morrissete, a campo-grandense consegue reunir diversos estilos, como o rock e o rockabilly. Ao ouvir as onze faixas mergulhamos em uma viagem, e podemos perceber as referências latentes já na segunda faixa do CD, “That’s Alright By Me”. Por Jane Jane não ter banda o álbum ainda não tem data de lançamento, mas já soa como mais um respiro do Rock em campão.

ModeHuman Banda Far From Alaska lança cd “ModeHuman” Que a música se reinventa não há dúvidas, a cada dia nascem novas bandas com novos estilos e referências. Dessa vez vem de Natal (RN) a promessa de grande revelação do rock nacional, Far From Alaska. O grupo é formado por Emmily Barreto (vocal), Cris Botarelli (teclados e voz), Edu Filgueira (baixo), Rafael Brasil (guitarra) e Lauro Kirsh (bateria). A banda lançou seu primeiro álbum, “ModeHuman” com 15 faixas, no dia 12 de maio. O som é pra nenhum rockeiro botar defeito, com a própria pegada e estilo a banda deslancha seu primeiro sinngle “Dino vs Dino”. O álbum segue nenhum pouco monotomo com “Politiks” canção que lembra o country, mas não foge do rock progressivo. Bandas como Far From Alaska nos dá a certeza que o Brasil tem muito potencial, e que o rock progressivo também tem sua vez.


FALA-SE DE CINEMA Por: Fernanda Freitas

X-MEN - Dias de Um Futuro Esquecido (Bryan Singer)

Getúlio (João Jardim)

X-MEN Dias de um Futuro Esquecido ou (X-Men: Days of Future Past) é o novo filme dos X-Men, que ganha neste ano, seu quinto longa-metragem baseado nos famosos HQ também conhecidos como histórias em quadrinhos escrita por Chris Claremont nos anos 1980.

‘’Getúlio’’ com certeza foi um dos filmes que mais gerou expectativas em se tratando de um filme brasileiro. O curta mostra a intimidade de Getúlio em seus 19 últimos dias como Presidente do Brasil. Pressionado por uma crise política, acusado de ordenar um atentado contra um jornalista Carlos Lacerda, Getúlio se vê cercado de inimigos políticos, o que leva a cometer suicídio no dia 24 de agosto de 1954. Retrata também o enigmático ‘’atentando’’ contra Carlos Lacerda.

Neste, Wolverine é enviado ao passado para impedir que Mística (Raven Darkholme) seja assassinada pelo doutor Bolívar Trask e que seu DNA seja usado para construir as destruidoras Sentinelas, que num futuro sombrio destrói não só os mutantes, mas também humanos que possuem DNA mutante em segundo ou até terceiro grau. Xavier sempre espera que Erik mude e que possa ver a mutação como uma dádiva que pode ser cuidada e protegida e Erik por sua vez quer mais que o mundo saiba do poder contido que eles possuem e mostrar que o mundo está em suas mãos. Seria injusto contar como o filme termina, então por ora posso dizer apenas que mais um personagem poderosíssimo aparece no final!

De fato isso não é nem uma surpresa, o filme é um retrato do homem que conduziu o país com fortes punhos durante o período da ditadura militar. Civis e militares aliados à imprensa desciam sérias críticas contra o então presidente que recebeu forte pressão para renunciar. Pra você que gosta de histórias sobre o Brasil vale a pena ver este filme e assim como outros que mostram a cara do país num período tenso e cheio de mistérios.


Unifolha Jornal Laboratório On-Line completa onze anos e é considerado porta de entrada para o mercado de trabalho Texto: Anderson Araújo e Willian Leite

O projeto inicial do unifolha online cujo propositor foi o coordenador do curso de jornalismo da Universidade Anhanguera Uniderp professor Jacir Alfonso Zanatta é uma versão on line do jornal impresso a idéia no primeiro momento era de fazer um material acadêmico diferenciado que pudesse acompanhar o desenvolvimento do mercado, quando o jornalismo online estava começando a ganhar espaço na opinião pública.

grande reportagem. O jornalista Julio Mendes 23 anos, foi estagiário do unifolha durante sua formação e hoje só tem a agradecer pelo conhecimento adquirido “foi uma experiência fundamental para o meu crescimento profissional. O tempo em que estive trabalhando no site pude desenvolver melhor o meu texto e aprimorar a criação de conteúdo jornalístico” Disse.

Este projeto foi desenvolvido como extensão dentro de sala de aula na disciplina de editoração e multimídia no ano de 2007 em parceria com a turma n70 do curso de jornalismo. A parte gráfica era desenvolvida pelo então professor Carlos Kuntzel, já o conteúdo disponibilizado no site era supervisionado pelos professores Alexandre Maciel e Thaysa Bueno.

Aluno do 5º semestre Alexandro Barbosa 28 anos, que hoje trabalha como estagiário no site esta satisfeito com oportunidade de ter essa experiência “vejo como um desafio, estar estudando e poder contribuir com material jornalístico. O melhor é que tenho a liberdade de produzir um conteúdo imparcial sob supervisão de profissionais” finaliza.

Com a criação de portais de notícia da maioria dos veículos impressos o curso não Para o professor Carlos Kuntzel atual coordenador do curso de jornalismo o site ficou para trás e acompanhou esta evolução. Esta versão que os leitores podem é uma porta de entrada para que os alunos sejam inseridos de forma natural no acessar hoje já é a segunda desde a criação. mercado de trabalho. De acordo com o coordenador cerca de 90 % dos estagiários que passaram no Unifolha saíram da universidade trabalhando. “esse profissional Nos últimos onze anos muitos alunos do curso de jornalismo que fazem estágio no que tem a experiência no decorrer de sua formação se destaca nos veículos em site conseguem se manter inspirados e desenvolvem um trabalho com supervisão, que trabalha” afirma. onde se aprende desde uma apuração bem feita até o desenvolvimento de uma


CULTURA

Loucos por Vinil Texto: Meriele Oliveira e Floriano Ocampos Fotos: Reprodução

Os discos de vinil ou de doze polegadas surgiram em 1948, substituindo os até então utilizados discos de goma laca de 78 rotações, o que proporcionou a popularização em todo o mundo. Essa foi uma das etapas de modernização das tecnologias de áudio, que surgiram ainda no final do século XIX. Nas últimas duas décadas, mídias digitais como o CD e o DVD tornaram-se populares, pela qualidade de som, capacidade de armazenamento de músicas, durabilidade e facilidade de encontrar aparelhos com essa tecnologia. Mas agora, em pleno século XXI, essa mídia tem voltado a ter lugar de destaque para muita gente, embora nunca tenha sido deixado de lado pelos entusiastas do vinil.


CULTURA “Acho que tenho uns 500 discos, faz tempo que não conto” Rodrigo Garms

Rodrigo Garms, 30 anos, músico paulista que mora em Campo Grande há dez, é um deles. Ele não apenas gosta de vinil, como também de tudo que seja retrô. O primeiro LP foi ganho ainda na infância. “Quando eu era ainda menino, não tinha CD, e acho que o meu primeiro disco foi do Raul Seixas, que ganhei do meu pai, pouco antes de Raul morrer”, responde. No escritório de Rodrigo é possível ver um toca discos de 1939, que vinha em um móvel. Mas a surpresa mesmo vem quando ele abre a porta de um armário e começa a mostrar a coleção de discos que vão desde o Palhaço Carequinha até Rolling Stones, passando por grandes nomes da música nacional, como Almir Sater, Noel Rosa, Nelson Gonçalves, Roberto Carlos, Ângela Maria e internacional, como Ella Fitzgerald, Duke Ellington, Nat “King” Cole e Bruce Springsteen. “Acho que tenho uns 500 discos, faz tempo que não conto”, diz o jovem, ao ser perguntado sobre a quantidade de discos do acervo. Para ele, a qualidade sonora do vinil é muito superior ao CD e ao mp3, bastante populares nos tempos atuais, pois a freqüência é diferente e o som além de tudo, é mais elaborado. O guitarrista também acredita que a volta do vinil acabou por conquistar mais adeptos, que, ao terem a oportunidade de ouvir trabalhos de suas bandas favoritas nesse formato, acabaram também, por se apaixonar. Jarbas Leventi, 58 anos, aposentado, é outro louco por vinil. O primeiro disco comprado aos 10 anos de idade, com o dinheiro da mesada que ele economizou durante algum tempo, foi um compacto duplo dos Beatles, que trazia , entre outras canções, “Yesterday” e “While my Guitar Gently Weeps”. Bem-humorado, ele diz que “a música é uma necessidade real, verdadeira e necessária a todo e qualquer ser vivo neste planeta, pois os animais, sejam bípedes ou quadrúpedes, também gostam de música”. Os LPs que Jarbas coleciona são, na maioria, de bandas de rock, como Uriah Heep, Yes, Genesis, Pink Floyd e Led Zeppelin, mas ele também guarda discos de Frank Sinatra, James Taylor, Milton Nascimento, Light Reflections (que é uma banda brasileira), Rick Wakeman, Tetê Espíndola e o Lírio Selvagem, além de discos infantis, como a Tuma do Balão Mágico, por exemplo. Durante a entrevista, é possível perceber que os discos têm um profundo valor sentimental e despertam lembranças de outras épocas, como por exemplo, quando recebeu uma carta de um de seus melhores amigos, deixando para ele como “herança” todos os vinis que tinha. Esse amigo veio a falecer pouco tempo depois, em um acidente de carro. Outra lembrança é de uma vez em que ele deu de presente de aniversário a uma amiga um disco da banda Uriah Heep. Naquela noite, Jarbas não conseguiu dormir e no dia seguinte, foi à casa da amiga e pediu o “presente” de volta. Os discos que ele recebeu como “herança”, recentemente devolveu à ex-mulher do amigo. “Acredito que ela tenha gostado mais de receber aqueles vinis do que se tivesse ganho uma jóia de ouro. Graças ao vinil, posso recordar momentos muito bonitos e ternos da minha infância no Rio de Janeiro, quando eu, com quatro ou cinco anos de idade, dançava nos braços do meu pai a música “I Cant´t Stop Loving You”, do Ray Charles, até adormecer. Esse fato eu guardo na memória e é só fechar os olhos e sentir toda aquela sensação de paz e muito carinho”, conta.


CULTURA

Dança do Ventre Cultura Árabe na Capital do Pantanal Texto: Carla Xavier Fotos: Carla Xavier e Divulgação

A dança é a mais antiga arte praticada pelo homem, antes mesmo de polir a pedra. A dança árabe surgiu há muitos anos atrás, em celebração a cultos primitivos da Deusa-Mãe Ísis, como uma dança ritual e visando através dos cultos de louvor, o preparo de mulheres para se tornarem mães.


CULTURA

Alguns pesquisadores defendem que ela poderia ter surgido em diversos locais ao Acessórios e história mesmo tempo, tendo sido levada a diversas partes do mundo antigo, pelos mais variados grupos de ciganos. Logo, deixou de ser uma dança de celebração e pas- No Oriente Médio cada Folclore tem sua vestimenta, que varia de cultura para culsou a ser uma dança para alegrar as festas. tura e possui algumas danças teatrais com significados. Estes são os acessórios mais populares da dança do ventre. Com a invasão do Egito pelos muçulmanos, muitas mulheres foram escravizadas. Nisso surgiu a ideia do Harém, onde ficavam as bailarinas preferidas do Sultão, e Véu - O véu é utilizado tradicionalmente nas entradas e, nas músicas clássicas, as mulheres que não se subordinavam eram expulsas, e conhecidas como gawasis, pode ser delicadamente dispensado ao fim da introdução. ou seja, cigana. A professora de dança do ventre, Hana Aysha comenta que muitas mulheres buscam a dança do ventre para superarem problemas como a baixa-es- Dança do Jarro - Acessório utilizado em dança folclórica, também mais popular tima, e muitas vezes até os médicos indicam a dança em caso de depressão, e há no ocidente. É uma representação da vida camponesa egípcia e uma celebração ao uma melhora significativa para esses casos. cotidiano simples das mulheres do campo. Há diferenças da dança em cada país, um exemplo é na Argentina, onde a expressão na dança é muito mais forte, lembra o tango. No Brasil é uma dança mais solta e alegre. Nos Estados Unidos a influencia vem do jazz, já na Rússia a influencia é do balé com movimentos acrobáticos, que lembram a elasticidade das acrobatas de circo. No Líbano é uma dança mais festiva, alegre, e a bailarina dança com foco no público, com movimentos fortes e interação com a platéia. No Egito os movimentos são mais contidos, menores, e é possível notar a diferença das bailarinas de cada país. O dança do ventre faz com a que a mulher sinta-se bem, supere dificuldades, reencontre sua sensualidade, pois com o tempo muitas mulheres se masculinizaram, tendo que sair pra trabalhar, muitas assumindo o papel de serem mãe e pai. Muitas mulheres ganharam seu espaço, mas perderam sua feminilidade e muitas até se sentem depressivas. Além do prazer da dança, há vários benefícios para saúde, tanto fisicamente, quanto psicologicamente.

Bastão - Instrumento folclórico, o bastão é utilizado em danças com o ritmo saidi. Na dança, a bailarina deve mostrar destreza, equilíbrio e ritmo. Candelabro - Dança tradicionalmente egípcia que era executada na procissão da noiva ao som do ritmo zaffe para iluminar o caminho até a nova casa e trazer luz a toda a vida dos recém-casados. Serpente – é uma dança adaptada com fins de espetáculo no ocidente, já que no Egito não se vê esse tipo de dança. Espada – a origem é incerta, uns dizem que as bailarinas equilibravam as espadas que eram vendidas pelos seus pais para mostrar para os compradores, já outros dizem que as mulheres usavam as espadas para mostrar aos homens que no momento da dança elas eram superiores a eles, e é uma dança para palco.

Snujs - Mais que um acessório, os snujs são instrumentos musicais antiqüíssimos, Márcia Ribeiro, aluna de Hana conta que já tinha feito há uns cinco anos atrás, mas a bailarina deve ter conhecimento de ritmo e musicalidade para acompanhar uma parou “voltei por que acho sensual, e faz bem pra auto-estima, quero me profis- música com os snujs. sionalizar” afirma.


SAÚDE

Glaucoma, o inimigo silencioso da visão Texto: Elizeu Ribeiro e Willian Taglialenha Fotos:Reprodução

A maior parte dos portadores de glaucoma só descobrem a doença depois de algum tempo, quando já estão em um estágio avançado do problema e quando procuram por ajuda médica, acaba se tornando tarde demais. O glaucoma é uma doença silenciosa, que parece ser inofensiva, mas é a segunda principal causa de cegueira no mundo, é o que apontam pesquisas A maior parte dos portadores do glaucoma só descobrem a doença depois de realizadas pela organização Mundial da Saúde (OMS). algum tempo, quando já estão em um estágio avançado do problema e quando procuram por ajuda médica, acaba se tornando tarde demais e como explicar Só no Brasil cerca de um milhão de pessoas são portadoras da doença, a qual isso? atinge principalmente o nervo óptico. Muitos são os que ouvem ou já ouviram falar sobre a doença, mas poucos são os que de fato sabem o que é ou procur- É simples, o glaucoma não apresenta sintomas o que contribui diretamente am saber a respeito do assunto. Mas afinal, o que é o glaucoma? para o avanço da enfermidade, foi o que aconteceu com o senhor Damião Zacarias, 38 anos e morador da cidade de Campo Grande-MS. O glaucoma é uma doença que causa danos no nervo óptico, o qual é o principal responsável por enviar sinais que são traduzidos em imagens pelo cérebro Ao realizar uma cirurgia que tinha como finalidade corrigir o problema de mie que são causadas pelo aumento da pressão interna do olho. Quando essa opia, Damião descobriu algo ainda pior, foi diagnosticado com o glaucoma. pressão é muito alta, o nervo óptico é afetado e o cérebro deixa de traduzir “Achei que era uma coisinha boba, uma dor de cabeça que se tomasse reméalguns sinais de forma progressiva, o que acaba causando danos ao campo dio logo resolveria, não sabia que poderia me complicar futuramente”, relatou de visão. Damião.


Há nove anos Damião perdeu a visão por conta da doença, ele explica que em nenhum momento sentiu algo de diferente, mas ficou surpreso quando recebeu a notícia que perderia a visão. “Entrei em desespero, não sabia o que dizer e muito menos o que fazer, aquele foi o pior dia da minha vida”, afirmou ele. Damião Zacarias explica ainda, que no início foi difícil para ele, ter que se adaptar a uma nova rotina, depender das pessoas para levá-lo de um lugar ao outro.

Ao ser diagnosticado com o problema, o paciente passa a fazer o tratamento à base de colírios e em alguns casos, através do procedimento cirúrgico. O uso do colírio ou a intervenção cirúrgica tem como finalidade aumentar o escoamento ou diminuir a produção do humor aquoso para equilibrar a pressão intraocular. O oftalmologista Fernando Vieira explica que a partir dos 40 anos, os exames devem ser regulares. “Quanto mais cedo se descobre o problema, mais eficaz será o tratamento”, explica o Doutor.

“Quase entrei em estado de depressão, a rotina da minha família e das pessoas que estão ao meu redor também mudou, mas graças ao apoio de todos, consegui Além de falar da importância dos exames regulares, o oftalmologista também alervencer e hoje consigo ser como uma pessoa normal” finaliza Damião. ta para os cuidados com a visão, principalmente para pessoas que usam óculos, estar em dia com o exame de visão e caso sinta irritações frequentes, ardências e Qualquer pessoa pode ser vítima do glaucoma, porém, algumas delas apresentam coceiras nos olhos, que o mesmo procure um especialista na área (oftalmologista). um risco maior de adquirir a doença, como por exemplo: pessoas com a pressão “É importante que ao sentir algo de diferente ou qualquer incômodo e irritação nos intraocular elevada, acima dos 40 anos, hipertensos, diabéticos, altos graus de olhos, que a pessoa não procure se automedicar, isso também pode trazer riscos a miopia, afrodescendentes, pessoas com histórico familiar de glaucoma e aqueles visão, como por exemplo, a cegueira”, conclui Fernando. que fazem tratamentos com esteróides. Assim como a hipertensão ocular e o glaucoma são doenças crônicas que ainda não tem cura, porém, a ciência já possui muitos recursos para o tratamento da enfermidade. Alguns medicamentos já são capazes de prevenir e minimizar o avanço da doença.


SAÚDE

Hipertensão Texto: Mikael dos Santos Ortiz e Aline Medeiros Foto: Reprodução

Inimiga silenciosa a hipertenção arterial mata quase 10 milhões de pessoas por ano!


SAÚDE

A hipertensão é uma doença que não escolhe idade, homens ou mulheres e que segundo Organização Mundial da Saúde é responsável pela morte de quase 10 milhões de pessoas no mundo por ano. Conhecida popularmente como “pressão alta” relacionada diretamente com a força que o sangue faz contra as paredes das artérias para circular por todo corpo. Com estreitamento das veias, é necessário que o coração aumente a força para impulsionar o sangue, com isto o coração fica dilatado e acarreta na danificação das artérias. Então listamos algumas recomendações para evitar este mal.

SINTOMAS A hipertensão arterial é uma doença silenciosa, que chega aos poucos e se aloja sem apresentar sintomas em sua etapa inicial. Os sinais aparecem somente em fases muito avançadas ou quando se nota uma mudança brusca na pressão arterial. Em casos mais comuns as pessoas apresentam indícios, que envolvem fortes dores de cabeças trazendo a tontura, também a dor no peito com falta de ar habitual, neste caso, as pessoas já se encontram em estado de alerta. Segundo a Dra. Elaine Richards, Cardiologista Centro de Especialidades Médicas da Universidade Anhanguera Uniderp, “Todas as pessoas devem fazer consulta médica de rotina para detectar alterações precoces, não só em relação a pressão arterial e níveis de gordura elevados no sangue, mas também em relação às outras doenças, como diabetes, geralmente assintomáticas no começo”. TOP 5 1-SAL: deve ser sempre consumido em níveis moderados, por se tratar de um mineral tem papel fundamental ao organismo. Porém, esqueça do saleiro depois que serviu a refeição. Principalmente pessoas com diabetes pelo fato de serem mais sensíveis ao mecanismo da ação do sal. 2- FRUTAS: comer quase todos os dias uma fruta após uma refeição, ou acompanhadas de cereais integrais e laticínios, sempre atento aos teores de gordura. Com isto, estarão comendo menor quantidade de sódio e maior de potássio e magnésio, nutrientes necessários para abaixar a pressão. 3-CIGARRO: os fumantes normalmente correm o risco de cerca de 70% maior de apresentar doenças cardíacas. Por estreitar o calibre das artérias, dificulta a circulação do sangue, alem de causar muitos outros danos ao organismo. 4-ESTRESSE: o sono, cansaço, má alimentação estão mais freqüentes no dia a dia, por conta das preocupações com contas no banco ou o vermelho no cartão de crédito. O lazer e atividade física estão cada vez mais presentes em episódios que ajudam a controlar a pressão e aliviam todo o estresse causado durante o dia. 5-GORDURA: Cuidado com aquele churrasco do final de semana, ou as famosas frituras com altas taxas de gordura, elas não somente aumentam uns quilinhos na balança, como trazem também o colesterol elevado, propenso a levar a um futuro infarto.

SAIBA MAIS: A hipertensão é uma doença crônica e suas futuras complicações podem ser evitadas. Tenha bons hábitos alimentares, pratique exercícios físicos e tire a medida de sua pressão arterial com regularidade para que seu médico possa avaliar e tratar com eficácia.


COMPORTAMENTO

Eleições 2014 Texto: Clayton Neves e Gustavo Henrique

Com as eleições de outubro cada vez mais próximas, candidatos de todo o Brasil se preparam para uma corrida onde o “prêmio” final será um cargo parlamentar que irá se estender até o ano de 2018. Desta vez, personalidades políticas já conhecidas pela grande massa e novos nomes no cenário político disputarão os cargos de deputado estadual, federal, governador e por fim o mais alto posto. A presidência da República.

Em Mato Grosso do Sul os caminhos já foram traçados. PT (Partido dos Trabalhadores), PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro) e PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira) em parceria com partidos, entidades e pessoas aliadas, já começam a protagonizar uma disputa que permitirá ao eleitor analisar propostas, fazer comparações, e ao final, bater o martelo e definir para quem dará seu voto nas eleições de outubro desse ano. Para os componentes do legislativo a tarefa em ano eleitoral é tripla, além da obrigação de lutar pelos interesses da população, divulgar seus trabalhos e propostas a fim de alcançar a reeleição, os deputados têm a missão de auxiliar na campanha do candidato eleito pelo partido para disputar o governo do Estado, bem como seu representante que concorrerá a presidência.

ria da segurança pública estadual e a valorização do Ser Humano. “Pretendo manter tudo aquilo que foi positivo ao longo desses 18 anos de mandato que desenvolvi no Estado, sempre com os olhos voltados para a segurança pública que é prioridade em meu governo, além do pensamento direcionado para a inclusão social que vise salários melhores, empregos, educação, saúde e moradia”, completou. Integrante da sigla que mais se diverge as ideologias do Partido dos Trabalhadores de Cabo Ami, o deputado estadual Eduardo Rocha (PMDB) atualmente conta com o apoio do líder do executivo estadual, André Puccinelli (PMDB). Para Eduardo, uma das maiores propostas dos peemedebistas é que as ações apresentadas e executadas por Puccinelli se estendam por mais quatro anos, através da gestão do candidato Nelson Trad Filho, aposta do PMDB para concorrer ao governo de Mato Grosso do Sul. “Queremos que nosso Estado continue no rumo do desenvolvimento, trabalhamos para ver a continuidade do serviço do governador André Puccinelli através da administração do Nelson Trad. Sabemos que nossos candidatos são preparados e que sem dúvidas levarão infraestrutura para nossos municípios”, relatou.

Esbanjando confiança, o deputado estadual Cabo Almi (PT) revela que aposta suas fichas na vitória do candidato petista ao governo do Estado, Delcídio do Amaral. O deputado que nos últimos sete anos integrou a bancada de oposição a gestão estadual, cita os pontos positivos na fixação de Delcídio como o próximo governador de Mato Grosso do Sul. “Eu acredito muito no Delcídio. Para alcançar sua reeleição, Eduardo aposta na parceria entre os prefeitos e vereadores de todo o Estado e relembra seu principal plano de governo A vitória dele vai significar um recomeço para nosso Estado que há anos que é o enfrentamento as drogas. “Nossa proposta é trabalhar juntamente vive na mesmice. Pra mim que hoje sou oposição, ter um governador ao com as cidades, sempre priorizando a parceria com nossos prefeitos e vermeu lado será algo fundamental e que vai melhorar muito a relação entre eadores, afinal, com municípios bem estruturados o Estado tende a crescer. os poderes e consequentemente acelerar o trajeto que melhorias vindas do Algo que é e também continuará sendo prioridade em nossa gestão será o governo fazem até chegar à população”, disse. enfrentamento contra as drogas, para isso faremos audiências públicas e o possível para combater esse mal”, contou. Sobre suas propostas de governo caso seja reeleito, Almi que também é presidente do grêmio da Polícia Militar, afirma que sua prioridade é a melho- A representante do PSDB na Assembleia Legislativa, deputada estadual Di-


COMPORTAMENTO one Hashioka, lembra do compromisso firmado pelo candidato tucano ao governo, Reinaldo Azambuja, ainda no período em que disputou a prefeitura de Campo Grande. “Nosso candidato sempre teve seriedade e comprometimento com o povo, desde a época em que o Azambuja disputou a prefeitura de Campo Grande, ele sempre primeiramente ouviu as pessoas para só depois traçar seu projeto de governo, pois ele tem a consciência de que fazendo assim o risco de se errar é menor”, ressaltou. Para sua campanha, Dione também pretende priorizar as áreas sociais, em especial a saúde da população. “Meu comprometimento é com a população, faço política para o povo e por isso nosso projeto visa investir nas entidades de saúde e ações sociais que forneçam dignidade humana para as pessoas”, lembrou. Conhecido nome em Mato Grosso do Sul, o vereador Zeca do PT busca alçar novos horizontes, o petista que já foi governador do Estado é um dos candidatos que disputarão o cargo de deputado federal. Para divulgar suas idéias e convencer o eleitor a apoiá-lo, Zeca diz que pretende trabalhar em cima de questões que considera ser fundamentais para que a população e o Estado cresçam em parceria. “Não pretendo ir para Brasília ser somente mais um. Vou construir meu mandato voltado para questões ideológicas, sempre comprometido com os mais pobres. Vou fundamentar meu trabalho em coisas como a reforma agrária, direitos indígenas, reforma política, limitação de mandatos, reforma tributária, regulação da grande mídia e tantas outras questões que precisam ser revistas e melhoradas em nosso país, porém, sempre visando meu compromisso com nosso Estado”, revelou. Imponente e sem meias palavras, o candidato que é conhecido por sempre dizer o que pensa, ainda faz duras críticas ao atual cenário político em Mato Grosso do Sul. “Precisamos urgentemente de uma boa reestruturação no Incra, Funai e Sesai que hoje são órgãos totalmente ineficientes e que não ajudam em nada o povo que tanto precisa deles, pelo contrário, deixa as pessoas abandonadas e sem ter o que fazer. Questões como essas são debates essenciais para a melhoria e desenvolvimento do nosso povo”, relatou.

Em sua análise a cerca de seu candidato ao governo do Estado, Zeca do PT é certeiro. “O Delcídio do Amaral é o melhor candidato. O povo quer mudança, esse governo de arrogância e prepotência que temos hoje já está defasado e cansativo. Sabemos que com o Delcídio a população será mais respeitada”, concluiu. Contrastando com o pensamento de Zeca do PT, o peemedebista Carlos Marum que também é concorrente a uma vaga em Brasília como deputado federal, faz questão de prestar diversos elogios a administração do PMDB a frente do governo de Mato Grosso do Sul. “Nos quase oito anos de mandato do governador André Puccinelli nosso Estado só melhorou, por isso queremos que as melhorias continuem com a eleição do nosso candidato Nelson Trad Filho”, disse o candidato que ainda demonstra estar confiante com a vitória de seu partido. “Sabemos que temos condições reais de alcançar essa vitória. O PMDB está preparado para o embate, certos de que o Nelsinho é o nome mais preparado”, relatou. Marum que por oito anos esteve em Brasília a frente do Fórum Nacional dos Secretários de Habitação, afirma que irá se valer de sua experiência para fazer um mandato qe traga benefícios para a população sul-mato-grossense. “Durante o tempo que estive em Brasília pude adquirir muita experiência, esse será meu facilitador para desenvolver um mandato correto, sempre buscando melhorias para Mato Grosso do Sul”, completou. Tanto em esfera estadual quanto federal, os rumos já foram determinados e começam a ser traçados, agora, em um ano em que milhares de pessoas saíram às ruas para reivindicar melhorias para todo o país, especialmente na administração política, chegou a vez dos brasileiros mostrarem suas vozes e decidirem o futuro político brasileiro. O dia da decisão já está marcado, no dia cinco de outubro elegeremos os nomes que nos representarão pelos próximos quatro anos.


Os Reflexos da Copa do Mundo em MS Texto: Lucas Mamédio e Leonardo Barbosa Fotos: Reprodução

Quando pensamos em Copa, um sentimento nostálgico, de união e patriotismo aflora. Carros, casas e corpos, todos cobertos de verde e amarelo. Nesse contexto e levando em conta as manifestações que varreram o país no 2° semestre de 2013, lembrando que muitos dos cartazes levantados eram contra a realização do campeonato no Brasil, acreditamos que muitas contradições vêm à tona. 64 anos depois da primeira edição realizada em solo canarinho, o Brasil volta a sediar uma Copa do Mundo. Na primeira vez, seis cidades receberam jogos - em 2014, o dobro, 12 sedes. Mesmo com mais chances, Campo Grande não conseguiu seu lugar ao sol, e Cuiabá, capital de Mato Grosso “roubou” nossa vaga. Diante disso, fica uma pergunta. Será que vamos ter reflexos do evento em de Mato Grosso do Sul? Pelo que vamos ver, sim.


CAPA

Reflexos econômicos Um dos itens que mais vão movimentar a economia, não só em Mato Grosso do Sul, mas em todo país, é o aparelho de televisão. Em 2014, os fabricantes calculam produzir entre 18 milhões e 20 milhões de Televisores - 30% a mais do que no ano passado - segundo a Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros). Do total das vendas, 60% devem ocorrer no primeiro semestre, justo com o embalo do Mundial. Na rede de lojas Walmart, o estoque foi reforçado. O Diretor responsável por Campo Grande, Davi Barros, confirma a preparação específica para o período. “Nós reforçamos o estoque [TV] em 30%, além de esperarmos aquecimento nas vendas de outros tipos de eletrodomésticos. Com o craque da Seleção, Neymar Júnior, como garoto-propaganda, a fabricante de televisores Panasonic irá lançar uma linha de TVs especialmente para o período. A companhia se prepara desde o início do ano passado para diluir uma produção maior de TVs com o objetivo de conseguir entregar nas lojas 60% do volume dos produtos do ano ainda no primeiro semestre. Em anos tradicionais, acontece o contrário: 60% do volume de vendas se concentra no segundo semestre, perto do Natal.

sim chamado Emanuel pela sua descendência, cultiva também a cultura portuguesa no bar. “O meu estabelecimento vai abrir para todos os jogos e funcionar em horário especial, abrindo mais cedo”. Empregos serão gerados. “ Por conta da copa, vou ter que contratar cerca de cinco funcionários”. Se a final for Brasil contra Portugal, o proprietário promete fazer uma festa.

Turismo Segundo a Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul, o movimento maior vai ocorrer em cidades específicas do estado, como em Bonito e lugares perto do ecossistema do pantanal, mesmo assim não será grande ciosa. A rede hoteleira de Camp Grande, por exemplo, conta com poucas reservas no período de Copa. Por outro lado, o artesanato vai bem. O Sebrae/MS pretende, por meio de um projeto, levar para seis cidades sedes da Copa do Mundo o artesanato regional de 18 empresas sul-mato-grossenses, selecionadas para comercializar os produtos durante o Mundial. As obras serão expostas em showrooms, a maioria em shopping centers ou, em alguns casos, aeroportos. A ação deve movimentar, no mínimo, R$ 50 mil.

Bares O trabalho dos artistas locais poderá ser encontrado em São Paulo, Brasília, E se ao invés de ficar em casa curtindo jogo pela televisão, o torcedor Porto Alegre, Salvador, Natal e Ceará. Além da Copa do Mundo, o Brasil quiser vibrar e sentir o gostinho de torcer com outras pessoas tomando Original já tem como foco outro grande evento, as Olimpíadas de 2016. uma “gelada”. Emanuel Júlio Graça, proprietário do bar Nova Lisboa em campo Grande, está preparado para esse perfil de torcedor. “Portuga” as-

Segundo uma pesquisa divulgada pelo instituto IPSOS, 83% das pessoas não pretendem ter gastos adicionais no período de Copa do Mundo. 4% não responderam e apenas 13% querem gastar um pouco mais nos dias de jogos. Desse total que vai as compras, 51% vão gastar com roupas e adereços, 28% com comidas e bebidas, e 10% com aparelhos eletrônicos, principalmente TV, como já mostramos.


Manifestaçþes


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Um brado retumbante de revolta contra a Copa do Mundo 2014 Texto: Schimene Weber Fotos: Renan Kubota

Em uma tarde rotineira da primeira semana após as festas de fim de ano, eis que os noticiários parecem relatar somente um assunto, seja lá qual horário for. “Não vai ter Copa!”, é o que diziam as faixas estendidas nas mãos dos milhares de jovens e manifestantes que lotavam as ruas das avenidas de São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro, Campo Grande, Porto Alegre, Fortaleza, Salvador, Cuiabá e demais cidades brasileiras, que agiam juntas, quase que mecanicamente, e ecoavam por todas as fronteiras em um único brado: estamos cansados da roubalheira, da falta de condição, do excesso de gastos injustificáveis... Estamos cansados desse Brasil! Esta era somente uma degustação de um cardápio que, aparentemente, está longe de chegar ao fim. Com a aproximação do início do maior evento futebolístico do Planeta, a Copa do Mundo, o País e todos os continentes acompanham, mutuamente, a revolta estampada nos rostos, camisas e faixas dos brasileiros, que estão descontentes com a priorização de investimentos para o futebol e o “rebaixamento” de repasse das verbas existentes para a melhora das condições consideradas básicas para a qualidade de vida humana: saúde, educação, moradia, direitos realmente cumpridos e deveres devidamente valorizados. De acordo com o sociólogo Gonçalo Santa Cruz de Souza, formado em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e Doutor em História Social pela Universidade de São Paulo, o comportamento incomum da sociedade brasileira tem justificativa. “Vemos claramente que a sociedade está tentando mexer as estruturas sociais, uma vez que as mesmas não se mexem: sindicados não tomam decisões coerentes para seus integrantes, políticos não agem da maneira com que deveriam agir. Estas estruturas, como representantes do povo que deveriam ser, não estão conseguindo auxiliar os seus representados”. Já na contramão dos protestantes, estão aqueles que apoiam a realização do Mundial e levam em conta os aspectos positivos do evento, tais como os investimentos em transporte, infraestrutura, sinalização, acessibilidade, possível geração de empregos, crescimento de setores privados que acabam beneficiando o público em geral e aumento significativo na economia movimentada pelo turismo proposto aos estrangeiros. Para a acadêmica de Medicina Veterinária, Nathália Gomes, de 17 anos, a Copa é um momento muito aguardado em escala mundial e, por isso, trará muitos benefícios para a população. “Além de ser uma grande festa, a Copa revelará inúmeros ganhos... A economia será sacudida e, no fim, todos sairão satisfeitos com o resultado final. Afinal, quem é que não gosta de ver algumas coisas funcionando bem, como deveriam sempre funcionar?”, posicionou-se. Porém, conforme um levantamento realizado com cerca de 200 entrevistados por meio de contato em redes sociais, deste total, somente 17% parece enxergar o “lado bom” do evento. O sociólogo Gonçalo Santa Cruz volta a explicar o porquê, historicamente, um percentual tão baixo de pessoas se mostra a favor da realização da Copa. “A Copa tem o apoio de quem deveria ter. Estamos como uma vitrine para todo o mundo e, portanto, apóia aquele que pensa que deve apoiar, o que não tira o crédito de ninguém, uma vez que, quem é a favor, não se mostra contra a luta social, e sim apóia o futebol. O “Não vai ter Copa!”não quer impedir a realização do mundial, e sim mostrar para o mundo todo que nós já perdemos a Copa a partir do momento em que estamos em um país de estruturas completamente falidas”. Desta forma, considerando os prós e os contras, fica clara a verdadeira reivindicação daqueles que lotam constantemente as ruas com cartazes e enfrentam os policiais que tentam realizar a contenção popular como verdadeiros filhos desta Pátria que não temem a própria morte, e até mesmo daqueles que se dizem a favor do evento pela sua grandeza: uma reforma política em busca de constantes melhorias na qualidade de vida deste povo, para que o Brasil funcione da forma como sempre deve funcionar, proporcionando aos filhos desta Terra todas as condições para que, com evento ou sem evento, todos nós sejamos campeões da única maneira que realmente importa.


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Se em Campo Grande não vai ter Copa: os campo-grandense vão até ela Texto: Stephanie Romcy

Deixemos de lado a frustração de nossa Capital não ser sede durante a Copa Entretanto, ela comprou ingressos para todos os jogos que serão realizados na do Mundo 2014, tem campo-grandense sortudo que conseguiu ingressos Arena Pantanal, em Cuiabá. para a abertura do Mundial! Flamenguista de coração, a blogueira disse que sempre assiste futebol e O enfermeiro Anderson Goldiano, 36, não torce por nenhum time, mas quando quando vai para São Paulo com o marido, acaba tendo que ir ao estádio ver o assunto é Seleção Brasileira a história muda de rumo. Ele, que nunca pisou jogos do Palmeiras. em um estádio antes, teve a sorte de ter sido escolhido logo no primeiro sort- Ela é uma das poucas campo-grandenses que vão à Copa do Mundo e está eio e vai assistir nada mais, nada menos, que a estréia do Brasil, na Arena muito animada. “Estou super confiante e que venha o Hexa”, relatou empolCorinthians, em São Paulo. gada. Apesar de já estar com todos os ingressos em mãos, Raquel ainda não sabe No próximo dia 10, Anderson embarca para a terra da garoa junto com a es- se conseguirá assistir a todos os jogos no estádio. “Pretendo ver pelo menos posa e o filhinho do casal para assistir Brasil e Croácia na quinta-feira (12). A um, mas está complicado arranjar vagas nos hotéis cuiabanos”. família está entusiasmada e confiante com o time que temos. “A animação já tomou conta da casa”, enfatiza. JOGOS - O primeiro confronto na Arena Pantanal será entre Chile e Austrália no dia 13 de junho. Na terça (17) a Rússia enfrenta a Coréia do Sul, já no E quem disse que moda e futebol não combinam?! sábado (21) a partida será entre Nigéria e Bósnia e por último, o Japão pega a seleção colombiana na terça-feira (24). Raquel Araújo, idealizadora do blog Palpite de Luxo que está no ar há três E aí, você também acredita que este ano seremos hexa? anos, até que tentou ir para a abertura e final da Copa, mas não foi sorteada.


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Álbuns de figurinhas: uma tradição que se renova a cada geração Texto: Ana Letícia Gaúna

Colecionar álbum de cromos é um passatempo em que consiste organizar o R$400. álbum com figurinhas compradas ou trocadas. No Brasil, o primeiro álbum de figurinhas específico para coleções surgiu em 1934, e desde então, esse Pensando nisso, Paulo César Barbosa Filho, de 50 anos, já está montando o entretenimento se tornou uma tradição passada de pais para filhos. sexto álbum de figurinhas junto com seu filho de seis anos. “Por ser a copa no Brasil, irão ter negociações e vendas de álbum daqui uns anos”. Um álbum que foi bastante aceito entre os brasileiros foi o da Copa do Mundo, virando febre entre crianças, adolescentes e até mesmo adultos. Com a Diferente de Paulo e seu filho, Arthur Ribas, de 11 anos, ganhou da sua avó grande quantidade de figurinhas repetidas, surgiram os encontros para trocas, o seu primeiro álbum de figurinhas de Copa do Mundo e agora, conta com a com o intuito de facilitar a finalização do álbum e gerar uma interação entre ajuda de seu pai para completá-lo. “Ele fica ansioso para ir aos encontros”, os colecionadores. conta Aldemir Ribas, de 60 anos, pai de Arthur. Ele fala ainda que nos dias de hoje é muito mais fácil completar a coleção, “naquela época era mais difícil, Na Banca Modular, que fica na Rua Antonio Maria Coelho, em Campo Grande, porque não tínhamos dinheiro, então as figurinhas eram trocadas na escola a ideia dos encontros surgiu após um dos proprietários ler uma reportagem em disputas de bafo”. sobre o sucesso dessa experiência em uma banca de Niterói. Ele aderiu à ideia, e há quatro copas, vem realizando essa reunião que a cada quatro anos, Antônio Ricardo de Melo, de 52 anos, também fala sobre a facilidade de troca fica com mais adeptos. atualmente “combinei com meu filho que mora em Fortaleza, que se até o final da copa estiver faltando alguma figurinha, vamos mandar um para o outro”. Neste ano, a banca da Capital entrou no clima da Copa do Mundo no dia 20 de março, quando os álbuns e as figurinhas chegaram ao estabelecimento. A Outra opção para quem não possui tempo livre é o álbum virtual, disponibilizapartir desta data, encontros são realizados todos os sábados de manhã, pro- do como aplicativo para alguns celulares, e também pelo site da FIFA (Federporcionando aos colecionadores momentos de descontração. ação Internacional de Futebol Associado). A atividade é a mesma, porém há a possibilidade de trocar figurinhas com torcedores do mundo inteiro. Em alguns sábados, os encontros reúnem cerca de 150 pessoas. Com essa quantidade de colecionadores o faturamento da banca dobrou. “O diferencial A tradição de colecionar um álbum de figurinhas é uma atividade que pode ser da minha banca são as promoções, isso acaba chamando mais gente”, revela feita com qualquer finalidade, seja para venda ou mesmo como passatempo, um dos proprietários da banca, Honório Fernandes Reis, de 67 anos. não tem restrição de sexo ou faixa etária. O importante é a diversão e a interação com outros colecionadores que esses encontros proporcionam. “A única Além dos lucros gerados à banca é possível que o próprio colecionador ganhe coisa na copa do mundo no Brasil que não mudou foi a troca de figurinhas, dinheiro com o hobby. Na internet, encontra-se álbuns completos de copas isso mobilizou todo mundo”, finalizou Honório, o proprietário da banca. anteriores a venda. Um exemplo é uma coleção da copa de 2006 a venda por


COMPORTAMENTO

Violência contra a Mulher Texto: Anna Gomes Foto: Reprodução

“Primeiro ele xinga, ele grita, ele da um empurrão, para depois partir para uma coisa pior” “No começo ele era carinhoso, me dava bombons diariamente, mas com o passar dos anos, o seu ciúme doentio, fez o meu amor voar para bem longe”. Essa frase é da Zeladora, Joelma Cardoso de 37 anos, que sofreu agressões físicas e psicológicas de seu ex- companheiro por muito tempo, aproximadamente 13 anos.

denunciar. Sem dúvidas, foi a melhor coisa que fiz”, lembra Karina.

A delegada Rosely relata que precisa existir uma “mudança de cultura” e as mulheres precisam sempre procurar a polícia sem medo. “Olhando para trás vejo que avançamos muito, mas o enfrentamento contra a violência é uma busca constante, porque atinge todas as idades, todas as classes sociais, toRelato triste, mas é algo diário na vida de muitas mulheres. Aqui, no país da dos os ramos da sociedade” disse. Copa, estima-se que mesmo com o conhecimento da Lei Maria da Penha (lei nº 11.340/2006), cerca de 700 mil brasileiras ainda continuam sendo alvo de Para Molina, o perfil de um agressor se trata de uma construção cultural. A agressões, conforme apurado por uma pesquisa divulgada pelo Senado. sociedade é construída em cima de paradigmas, e ainda tem a questão de ser uma sociedade patriarcal, machista, onde o homem é considerado o provedor. De acordo com a delegada da Delegacia Especializada da Mulher (DEAM) Antigamente, a mulher não tinha essa grande independência, agora ela está Rosely Molina, em datas comemorativas as ocorrências aumentam muito. Na conquistando o seu espaço e os homens tem que se adaptar a isso. Copa, ela acredita que não será diferente, devido a grande quantidade de bebi- “A frase que mais se fala aqui na Deam é: ‘Se ela não for minha, não vai ser da alcoólica que as pessoas costumam consumir. Mas ela também destaca de mais ninguém’. Envolve o machismo, as coisas que estão incorporadas, que as mulheres estão sendo mais corajosas e as denúncias tem aumentado. porque eles acham que são donos, que vão dispor da maneira que lhe convi“Quando há boletim de ocorrência, há tempo do Estado tomar providências er”, lamenta. necessárias, como medida protetiva e até prisão do autor”, explica. A delegada ainda faz um alerta para as mulheres “A violência é algo crescente Mesmo após sete anos da sanção da Lei Maria da Penha, as mulheres ainda e gradativa. Primeiro ele xinga, ele grita, ele da um empurrão, para depois se sentem inferiores diante de um homem agressivo e violento. É o caso da partir para uma coisa pior. Quando tem o homicídio e a gente vai apurar como secretária Karina Ferreira de 42 anos, que foi casada com um homem ex- era o relacionamento, as pessoas que conhecem o casal, falam do comportremamente violento, com ela e com os três filhos do casal. “Tinha medo dele tamento do agressor. Mas, a mulher, às vezes acredita que o amor dela vai conseguir fazer alguma coisa com os meus garotos, ele me batia e dizia que transformá-lo. Esse é o grande erro, é acreditar que essa pessoa vai mudar”, se eu fizesse a denúncia, me mataria. Mas em uma tarde, ele me agrediu com finaliza Rosely. um cabo de vassoura, na frente dos meus filhos, foi muita humilhação e resolvi

“A frase que mais se fala aqui na Deam é: ‘Se ela não for minha, não vai ser de mais ninguém’. Envolve o machismo, as coisas que estão incorporadas, porque eles acham que são donos, que vão dispor da maneira que lhe convier” Rosely Molina


TV Pantanal prepara profissionais para o mercado há onze anos Texto: Meriele Oliveira Foto: Divulgação

Fundada em 2003, a TV Pantanal fez parte da vida de vários profissionais que hoje são conhecidos em Campo Grande e em outras cidades brasileiras. Os depoimentos são unânimes, tanto dos que por aqui já passaram, quanto dos que aqui estão atualmente. Todos se referem ao período na TV como sendo um período de grande aprendizado. Angélica Sigarini, jornalista responsável pela TV Pantanal, e professora do curso de jornalismo, formada na primeira turma de jornalismo da Universidade Anhanguera Uniderp, também passou por todas essas fases: chegou como estagiária voluntária, depois passou pelo estágio remunerado, foi monitora – inclusive do professor Carlos Kuntzel – que hoje é o coordenador do curso. A professora se sente orgulhosa ao ver o progresso dos ex-estagiários, hoje profissionais que atuam em diversas emissoras país afora. “Você percebe a evolução do aluno desde o dia em que ele entra aqui. Ele faz as primeiras matérias, você percebe o nervosismo, daqui a pouco ele já está mais desenvolvido e vai procurando o espaço dele. Do pessoal que passou por aqui, tem muita gente no mercado”. Jornalista formado em 2010, hoje repórter da TV MS Record, Rodrigo Nascimento é outro exemplo de profissional que também passou pela TV Pantanal e aprendeu desde a postura diante das câmeras até etapa final da montagem de uma reportagem. “A estrutura laboratorial e os monitores da minha época me auxiliaram a entender toda a estrutura de uma redação jornalística. Aos poucos, os profissionais da TV foram me moldando. A prática aliada à teoria me deu um gás no mercado de trabalho, já cheguei ao meu estágio na TV Guanandi sabendo alguma coisa e não um estudante cru, sou muito grato. Foi graças à oportunidade na TV que hoje sou repórter”, afirma o profissional. Para Cleto Kipper, aluno do terceiro semestre, o estágio na emissora tem uma grande importância na evolução, pois permite ao estudante de jornalismo aliar a prática ao aprendizado, o que facilita experimentos, tentativas e possibilita correções e esclarecimentos, além preparar o futuro profissional de jornalismo. O estágio foi fundamental para que ele aprendesse todas as etapas de uma reportagem desde a sugestão de pauta até a edição e também como correr atrás de temas importantes. Os resultados disso ele já começou a colher no ano passado, quando ganhou o primeiro, segundo e terceiro lugares na categoria de Reportagem Jornalística do Festival Universitário de Audiovisual, o FUÁ. Ele afirma ainda que essa passagem pela TV proporciona um bom embasamento para depois seguir na carreira profissional. Embora faça estágio no rádio e na TV e goste de ambos, Kipper afirma que tem preferência pela televisão.


ENTREVISTA

Roberto Higa: Orgulho de não ser mais um Ele podia ter ficado rico, mas escolheu ser feliz Texto: Gerciane Alves Foto: Paulo Francis

Com 66 anos de idade e mais de 40 de profissão Roberto Higa se define realizado. Ele que sempre gostou de ser diferente e sonhou em ser exemplo dentro da profissão, se tornou um dos melhores profissionais da fotografia no Estado. Japonês de estilo próprio, trança no cabelo, barbicha grisalha, câmera debaixo do braço. Lá vai Roberto Higa para mais um dia de trabalho, que para ele é realizado com muito amor e dedicação. Orgulha-se de nunca ter chegado atrasado, mas já avisa que sua praia é o jornalismo factual, evento social não é com ele. Dono de um acervo com mais de 250 mil fotos, Roberto Higa é a memória viva em Mato Grosso do sul e hoje mesmo após um AVC e na luta contra o Alzheimer, o descendente de japonês que é sul-mato-grossense nato contagia a todos com sua alegria por onde passa. Em uma conversa bem descontraída com a Contexto, Roberto Higa contou suas aventuras de quando era adolescente e como essa paixão pela fotografia começou.


ENTREVISTA

Contexto: Higa você é mais que um contador de história, é ilustrador dela e as redes sociais, elas fizeram aquilo que eu precisava do exercício no cérebro, possui em seu acervo mais de 250 mil fotos. Qual o diferencial de suas fotos? eu comecei a relembrar as coisas, fatos e comecei a contar histórias que eu vivi no meu facebook. Eu tenho em função do Alzaimer e do AVC eu tenho claro Higa: Nas minhas fotografias não existe diferencial. O diferencial é que eu sou na memória aquilo que eu passei há 40 anos atrás, eu posso não lembrar da um fotojornalista , eu sou aquele fotógrafo do dia-a-dia. Eu por exemplo não sua fisionomia, posso não lembrar de coisas que nós conversamos há meia trabalho com eventos sociais, eu nunca gostei de trabalhar com aniversário, hora, o que eu tomei no café da manhã, o que eu almocei, mas coisas de 40 casamento, esse tipo de coisa. A minha opção sempre foi ser repórter fotográf- anos atrás eu lembro de tudo como se fosse ontem. ico e fazer fotojornalismo. Esse sempre foi meu objetivo principal. C: Muitos fotógrafos profissionais além de cobrirem fatos também fazem C: Você fotografou grandes autoridades, monumentos e ruas que hoje são trabalhos como cobertura de eventos, casamentos, mas o seu trabalho foi totalmente diferentes e alguns que nem existem e costuma postar essas fotos sempre voltado para as fotos jornalísticas. Por que você não faz esse tipo de em seu facebook. O que você pretende com isso? trabalho? H: O meu problema com o facebook é o seguinte, eu tive um AVC há oito anos atrás, então depois de quinze dias em coma eu fui orientado pelo médico, pelo meu neuro a fazer palavras cruzadas, a usar aquele cubo, fui orientado a fazer conta, a reaprender a tabuada, essas coisas toda. Mas eu não me adaptava, eu nunca gostei. Aí minha filha que veio cuidar das minhas coisas abriu um facebook e eue comecei a postas. Eu tomava mais de 30 remédios por dia, hoje eu tomo 13, 14. Quando me ataca eu chego tomar 15 remédios, mas não chego mais àquela quantidade de remédios que eu tomava. Então eu acho que

H: Eu nunca gostei pelo simples fato de não aguentar bêbado. Bêbado pra mim só eu. Eu só me aguento bêbado não aguento mais ninguém.(risos) E normalmente em eventos assim o sujeito que bebe ele tem a mania de pegar o fotógrafo pelo braço e fazer acompanha-lo, pelo menos na minha época era assim. Hoje todo mundo tem máquina fotográfica, hoje telefone fotografa, com tudo de fotografa então eu não sei como está hoje, mas o meu problema com ventos sociais sempre foram as pessoas bêbadas.


ENTREVISTA C: Você trabalhou em vários jornais e se aventurou em muitos lugares. Você acha que as coisas são mais fáceis para os fotojornalistas hoje? H: Eu acho que a dificuldade existe no momento em que as pessoas saem pra vida, acho que tudo é complicado. Só que tem uma coisa, você tem que ter determinação e vontade de realizar alguma coisa diferente. Eu nunca quis ser igual aqui dentro de Campo Grande ou dentro do meu Estado. Na maneira de pensar, na maneira de vestir, na maneira de se comportar, eu nunca gostei de ser igual. Eu sempre quis ter alguma coisa que me diferenciasse dos outros. C: O tempo passou e muita coisa mudou na área da fotografia neh. Você é da época onde o fotógrafo passava horas numa sala escura par revelar fotos, algumas eram perdidas. Você se adaptou com as novas tecnologias ou sente falta das coisas antigas? H: Não sinto saudade nenhuma, eu acho que as coisas só vieram para melhorar, porque fotógrafo na minha época, quando chegava as seus 50, 55 anos ele era obrigado a se aposentar porque ele mexia com muita química, então isso tudo prejudicava a saúde dele. Normalmente ele chegava aos 55 anos com um grande problema de pulmão, com um grande de visão porque naquela coisa de você ficar dentro de um quarto escuro e sair pro claro isso durante o dia inteiro, acabava com a vista. Aquela coisa de você ficar respirando química dentro de um laboratório fechado normalmente sem ar condicionado, sem exaustor, sem nada, aquilo acabava com o pulmão. Eu mesmo tive uma intoxicação de ácido acético que criou um crosta dentro do meu pulmão, meu pulmão esquerdo tava murchando. Então tudo isso era um problema que hoje não existe mais. C: Com 40 anos dedicados ao registro desta arte além de registrar os principais fatos históricos, políticos e culturais do estado você tem se preocupado em utilizar da fotografia para chamar a atenção do grande público para as mazelas sociais e ambientais de Mato Grosso do Sul. Porque? H: Eu trabalhei com determinados profissionais aqui no Brasil de nomes internacionais que sempre diziam o seguinte, a máquina fotográfica e a maquina de datilografia são coisas que não é pra você só utilizar pra dizer que é jornalista, pra você poder entrar em lugares que se cobra normalmente. Porque jornalista tem a mania de querer mostrar carteirinha e não é só pra isso que nós usamos o nosso equipamento de trabalho, nós usamos também pra denunciar as mazelas, para alertar as pessoas do comprometimento delas social inclusive. Então você vai ver que tenho todo um trabalho voltado para este tipo de coisa. C: Você já fez várias exposições não só aqui em MS, mas em outras cidades do Estado e até do país. O que você procura transmitir com essas exposições? H: Principalmente a minha preocupação com o nosso meio ambiente. Eu acho que o meu compromisso com o meu Estado é isso. Eu não posso parar um agricultor por causa das minhas fotografias ou porque eu quero, mas tem uma coisa, eu vou alertar. Olha o que está acontecendo, olha como era o Estado de Mato Grosso em 1970, olha como está o Estado de Mato Grosso do Sul hoje. C: Existe alguma exposição que tenha marcado mais? H: Não. Eu gostei muito de um projeto que eu desenvolvi nas escolas públicas daqui do município, que eu ia e mostrava Campo Grande como era e como é. Eu acho que meu compromisso com o Estado e a cidade é essa, de tentar mostrar como foi Campo Grande e em que se transformou Campo Grande. C: Você é nascido e criado aqui, constituiu família, mas nunca foi até a país da origem de seu pais. Você não tem vontade de conhecer o Japão? H: Não é só o Japão que eu não tenho vontade de conhecer. Eu não gosto, por exemplo, de passear em praia, eu gosto mesmo é de revirar o centro oeste.(risos) Eu quando tiro férias vou para Cuiabá, fico ali na região norte, porque ali eu conheci tudo quando guri. Eu vou ver o que no Japão? Eu detesto o frio, eu prefiro um calor de 50 graus do que um frio de 25. Pra mim 25, 28 graus já ta frio. Eu sou comedor de mandioca mesmo. (risos)


ENTREVISTA

C: Em novembro de 2013 aconteceu o Festival Internacional de Cinema, o Fest Cine Vídeo América do Sul, aqui em Campo Grande e neste festival onde o campo-grandense teve a oportunidade de assistir o curta “Memórias de luz” que tem você como personagem central. Como foi gravar esse curta metragem? H: Ultimamente as pessoas tem me procurado mais para este tipo de coisa, acho que eu já to com meu prazo de validade chegando ao final. (risos) Esse curta foi mais um, tem várias pessoas fazendo esse tipo de coisa e eu acho legal porque é uma maneira de alguém ter essa minha memória gravada que daqui um dia vai ser utilizada. Eu acho que isso é muito bom, é mais uma contribuição minha para essa cidade que me deu de tudo.

H: Não, eu nunca me arrependi de nada. Eu demoro a fazer, eu fui casar com 24 anos que pra minha época era homem velho, mas quando eu casei, casei pro resto da vida, com todas as encrencas, com todos os altos e baixos, mas eu to aí firme e forte. Já falei pra minha mulher “de você eu não largo”.(risos)Tive minhas encrencas, mas nunca deixei de fazer o que eu quisesse. C: Você passou por alguns problemas de saúde e agora luta contra o Alzheimer, diagnóstico ofuscado pelo sorriso, pela alegria. O que te ajuda a superar tudo isso é amor à profissão?

H: Eu acho o seguinte, o cara que é infeliz ou ele casou com a mulher errada ou escolheu a profissão errada. Quem casa com a mulher certa e escolhe a profissão certa não pode ser infeliz, não C: Como jornalista experiente, como você avalia a importância tem jeito. Eu faço o que eu gosto e sempre fiz o que eu gosto e das redes sociais para o jornalismo de hoje? casei com a mulher certa, então um abraço pro gaiteiro. (risos) H: Eu acho que as redes sociais vieram para transformar. Hoje em dia a notícia tem que ser muito bem elaborada e muito bem desenvolvida porque o factual, em função das redes sócias, ficou pra eu noticiar, pra você noticiar, pra fulano noticiar. Hoje em dia cada um está fazendo seu jornal. Então o profissional da área tem que se preocupar em fazer a coisa mais elaborada, mas o que eu tenho visto deve ser em função desta coisa ainda ser nova, o profissional da mídia seja impressa ou da internet, ainda não se tocou pra isso. Hoje está todo mundo escrevendo, aflorou a veia do escritor na cabeça de todo mundo, então o profissional tem que começar a se preocupar com isso, tem que mostrar o diferencial. Se não vai virar um caminhão de japonês, vai ficar tudo igual. Eu busco o inusitado na fotografia em função disso, porque tem muita gente fotografando e eu tenho que ter alguma coisa que difere.

C: Você com seus 66 anos, se acha uma pessoas realizada tanto pessoalmente, quanto profissionalmente?

H: Eu nunca fui aquele cara necessitado das coisas, eu sou menos ambicioso, minha ambição sempre foi a minha profissão, essa foi a grande ambição da minha vida. Eu podia ter ficado rico como todos os amigos meus que falaram “eu vou ficar rico”, ficaram. Todos eles ficaram muito bem, mas eu também estou muito bem. Eu atingi aquilo que eu queria. Eu tenho 66 anos e sirvo de exemplo para uma pancada de pessoas e eu acho isso legal. Isso era a minha satisfação, não ser só mais um na fila, ou mais um rico ou mais um pobre. E tive sempre na cabeça que um dia eu seria um exemplo naquilo que escolhi dentro da profissão. Eu tenho um trabalho que me dá sustento até hoje, eu tenho projetos dentro desse trabalho que me sustenta em andamento. Não ganhei tanto dinheiro como poderia ter ganhado, mas hoje eu sou tão feliz C: Você sempre foi aventureiro, sempre fez o que quis. Você se como se tivesse ganhado tudo o que eu almejei na vida. O que arrepende de algo que tenha feito ou deixado de fazer? eu tenho hoje é tudo aquilo que eu almejei, nem um pouquinho a mais, nem um pouquinho a menos.


TECNOLOGIA

Game ON


TECNOLOGIA

A tecnologia dos games cada vez mais ousada! Texto: Príscila Gaúna Fotos: Divulgação

Os sistemas eletrônicos mais usados para jogar videogames conhecidos como plataformas, estão em alta na era da tecnologia, e cada vez mais inclusos na vida das pessoas que há algum tempo atrás nem sequer manuseavam um controle desses jogos. O videogame exige raciocínio rápido e um grande conhecimento específico para cada start.

luminosos, que medem, entre outras variáveis, a pressão sanguínea, o ritmo cardíaco, a temperatura, a intensidade e a frequência de respiração.

Assim, se o jogador se entendia porque o jogo é simples demais, o controlador é capaz de detectar essa percepção a partir de uma série de parâmetros medidos através das mãos, fundamentalmente respiração, temperatura corporal e Muito comum em celulares ou computadores de jovens, esses jogos de ha- ritmo cardíaco, transmitindo informação para o videogame, que pode aumentar bilidade geralmente possuem interação com outros jogadores, quase sempre o nível de dificuldade. “desconhecidos”, isso é um exemplo de que o avanço tecnológico chega para quebrar as barreiras entre a população universal. A lógica por trás desta invenção é obter um retrato o mais completo possível do estado nervoso e do humor da pessoa, já que através da medição de sinais Os videogames também podem ser usados através de outras formas de in- vitais externos é possível saber o que está acontecendo naquele momento no teragir e prover informação ao jogador. O uso de sons é explorado em larga cérebro do jogador. escala desde o seu lançamento. Outros tipos de resposta, como dispositivos de vibração, sensores de movimento e reconhecimento de movimento e de voz, Propõe-se também que a invenção possa atuar como medidor de controle também são bastante utilizados nessa tecnologia. para os jogadores mais novos, ou seja, quando alcançarem níveis de excitação não considerados saudáveis enquanto jogam, o próprio controlador poderia Em muitos jogos, principalmente os futuristas, a personagem é capaz de in- lembrá-los que chegou a hora de descansar. crementar suas habilidades de diferentes maneiras, incluindo o uso de equipamentos mecânicos, mutações ou substâncias químicas. Além disso, por ser um sistema de medição não invasivo, vêem-se nele inúmeros aplicativos além do mundo dos videogames, como na prevenção de O Xbox 360 é um exemplo de alta tecnologia que teve a placa traseira retira- acidentes de trânsito. da e foi acrescentado um módulo plástico impresso em 3-D e equipado com sensores, entre eles pequenas placas metálicas, acelerômetros e sensores

DESTAQUES A nova geração de videogames ganhou dois novos integrantes recentemente, o Playstation 4, da Sony e o Xbox One, da Microsoft, estes aparelhos apresentam serviços como transmissão ao vivo de games, aluguel e compra de vídeos pela internet, músicas on-line, conversas por meio de vídeo com amigos e uma segunda tela. Outro principal destaque dos videogames de nova geração é a possibilidade de gravar por um determinado tempo e de transmitir partidas ao vivo de games para amigos dentro da rede do console ou para sites. O resultado de todas essas mudanças é um êxodo entre os interessados, que buscam cada vez mais alternativas para realizarem suas atividades sociais através dos jogos de interação que nos próximos 20 anos se tornarão mais comuns e acessíveis.


TECNOLOGIA

Facilitando a vida Cresce número de aplicativos para celular; Fabricantes acreditam na facilidade de organizar rotina. Investimento é promissor já que cada um tem necessidades de cumprir tarefas diferentes Texto: Alexandro Barboza. Letícia Daniel e Danielle Valentim Fotos: Divulgação

A tecnologia é um bem necessário. Cada dispositivo que surge se torna essencial à medida que vamos utilizando, até que, algum tempo depois, já nos vemos totalmente dependentes dele, chegando até a velha questão: “Como eu conseguia viver sem isso antes?”. A verdade é que gostamos de praticidade, facilidade. E os aparatos da modernidade estão aí para isso: tornar a vida mais fácil. Afinal, você se imagina sem seu celular hoje? Não, né?! Mas aposto que conseguia viver bem sem ele há 10 anos. Tecnologia é isso, algo que não é vital para nossa existência, até que incorporamos em nosso dia a dia. Aplicativos para celular, os famosos ‘Apps’, se tornaram mercado em expansão. Empresas que desenvolvem esse tipo de tecnologia e computadores comemoram a boa fase para os negócios. Com o slongan “Nós fazemos sua ideia dar certo”, a empresa de marketing digital Jera atua em Campo Grande. Criada em 2010, inicialmente como uma brincadeira entre colegas de trabalho que buscavam novos desafios, a Jera já possui hoje cerca de 20 funcionários envolvidos e uma média de 60 aplicativos lançados, cada um, voltado para um tipo de perfil. Seja iPhone, iPad, Android, para Web ou no Facebook, a empresa se especializou em criar apps incríveis para seus clientes. “Nós trabalhamos com desenvolvimento sob-medida, isto é, pessoas e empresas contratam a Jera para desenvolver seus aplicativos. Dentre nossos clientes mais notáveis temos o app do “Reclame Aqui”, “FUTPUB”, Tecnonutri, entre

outros”, descreve Saulo Freitas, um dos fundadores da empresa. Segundo Saulo, apesar de ser um campo em expansão, foi preciso certo tempo para garantir lucros ao projeto. “Como qualquer empresa, nós demoramos um tempo para conseguir tornar a empresa rentável. A entrada de um investidor em 2012 e nosso esforço em melhorar a gestão foram dois pontos muito importantes,” revela. Atualmente existe uma quantidade enorme de novos aplicativos sendo lançados todos os dias e naturalmente a demanda comercial da empresa aumentou bastante com isso, explica Saulo Freitas. “Hoje temos um entendimento muito melhor de quem é o nosso perfil de cliente e tipo de projeto, por isso, cada trabalho é desenvolvido de acordo com as necessidades de cada cliente. Nossos funcionários são divididos em equipes de “desenvolvedores”, “designers”, “equipe de QA” (testes) e “administração”. O processo de criação também se subdivide em três etapas: Conceito; UX/Design e Desenvolvimento. Tudo para garantir a satisfação dos clientes”, enfatiza. A correria do dia a dia faz as pessoas cada vez mais buscarem ajuda nos softwares para as tarefas diárias. Conforme a empresa de marketing digital, já são encontrados apps para quase tudo e isso gera um impacto muito grande na sociedade, especialmente quando se busca mudança de hábitos e organização pessoal. “Hoje temos excelentes opções de apps para dormir melhor, fazer dieta, registrar exercícios, controlar tarefas, sem


TECNOLOGIA Os Apps que você tem que ter!

Candy Crush O Candy Crush Saga foi o jogo-sensação de 2013, não apenas no Brasil, como no mundo inteiro. É um jogo que tem como desafio combinar formatos de doces semelhantes com as suas respectivas cores. Além de proporcionar horas de entretenimento, também exercita o raciocínio. Plataformas: Android – iOS – Facebook Facebook O Facebook é a rede social mais famosa do mundo. Nela os usuários podem compartilhar fotos e vídeos, conversar com amigos, publicar o que estão fazendo, curtir as postagens de outros, jogar, e ainda realizar diversas outras atividades. Plataformas: Android – BlackBerry – iOS – Windows Phone Whatsapp Messenger O Whatsapp Messenger é um mensageiro fundamental para o seu celular. O programa permite enviar gratuitamente mensagens de textos, imagens ou outros arquivos usando a internet, por Wi-Fi, 3G ou 4G, para outros usuários que também tenham o aplicativo instalado no celular. Plataformas: Android – iOS – BlackBerry OS – Windows Phone – Nokia Twitter O Twitter é um dos aplicativos mais populares da atualidade. Nele é possível postar, responder ou retuitar mensagens com até 140 caracteres, que podem ser visualizadas por pessoas de todo o mundo. Também se destaca por ser o pioneiro no uso de “hashtags”. Plataformas: Android – BlackBerry – iOS – Nokia – Windows Phone Google Maps O aplicativo de mapas para smartphones mais usado em todo o mundo. Com o Google Maps, você navega para qualquer lugar do mundo a partir de uma referência. Além disso, você pode criar trajetos para andar de carro pela sua cidade, partindo de um ponto e tendo uma localização como destino. Plataformas: Android – iOS Instagram O Instagram é sucesso absoluto no Brasil, a rede social mais famosa para compartilhar fotos e vídeos. Com esse aplicativo, é possível aplicar filtros em suas imagens e filmagens e depois publicá-las em seu perfil, onde seus amigos podem visualizá-las, curti-las e comentá-las. Plataformas: Android – iOS –Windows Phone contar opções de entretenimento com games, música e vídeo”, comenta. Seja em casa, no trabalho, ou no centro da cidade, os aplicativos permitem que as pessoas resolvam várias tarefas ao mesmo tempo com o uso de tecnologias móveis, como o celular, por exemplo. A facilidade proporcionada pelos aplicativos cria uma relação de dependência entre humanos e a tecnologia. Em 2010, quando os dois empresários pensaram na idéia de criar a Jera, ainda não se falava dos telefones inteligentes e das pranchetas digitais de forma popular. Pode parecer pouco tempo, mas há quatro anos, os equipamentos eram caros e difíceis de serem encontrados. Hoje, com um mercado de 40 milhões de smartphones só no Brasil, os

empresários campo-grandenses produzem os aplicativos e vendem para usuários em São Paulo, Minas Gerais, Estados Unidos, e no restante do mundo. “Começamos criando um aplicativo que calculava se compensava abastecer com álcool ou gasolina a partir da conta proporção entre os dois”, conta Saulo. “Atualmente, a Jera possui uma média de mil downloads diários na Apple Store e Google Play, lojas virtuais de Apple e Android, as duas principais marcas do mercado de telefones e tablets”, conclui. Os empresários garantem que entender os objetivos do projeto é muito importante para o sucesso do seu aplicativo. “É preciso fazer um levantamento das hipóteses que devem ser validadas, depois as testamos, e com isso decidimos os caminhos a seguir no desenvolvimento. Esta é a forma mais rápida e barata de obter os melhores resultados”, finalizam.


A Moda é para todos Texto: Mayara Coimbra Fotos: Divulgação

A moda passou por várias transformações, muitas vezes seguindo as mu- independente de idade, classe, manequim, podemos dizer que a calça jeans danças físicas e principalmente sociais que ocorreram dentro de um de- é a parte mais democrática no quesito vestuário e já nem entra em questão terminado período. Agora no século XXI a moda parece marcada por duas quando o assunto é mudança de estação. máximas: “nada se cria, tudo se copia” e “a moda vai e vem”. Também existem os modelos ‘vai e vem’, peças que são febre nas estações Tudo se remete ao mundo esplendoroso e único das celebridades. Vestidos e depois somem como pó, normalmente tendências que intensificam muideslumbrantes, costureiros famosos, tecidos e aviamentos de ultima ger- to o momento vivido pela sociedade, pelo mundo em geral. Fazendo esta ação. Não nos leva a pensar que desde a pré-história o homem vem crian- ligação entre o que é tendência e os momentos em que vivemos, podemos do sua moda, não somente para proteger o corpo, mas como forma de se perceber a semelhança que existe entre nós seres humanos e as tendências distinguir em vários outros aspectos tais como sociais, religiosos, estéticos, que criamos. místicos ou simplesmente para se diferenciar individualmente. Nós estamos em constante mudança de opinião, de conceito, de corpo e Sabemos que na moda é um entra e sai frenético de estilos. Existem os alma e na moda não é diferente, pois ao contrário do que pensamos, não soclássicos que já passaram da modice para a rotina se tornando peça coringa mos nós que acompanhamos a moda, mas a moda é quem nos acompanha de quase todos os guarda roupas do mundo. A calça jeans se encaixa bem e se desenvolve assim como tudo em nossas vidas: existe o que fica o que nesta descrição. Ela é peça fundamental no dia a dia da maioria das pessoas não fica o que vem e o que vai.


MODA E falando em Moda, o Shopping Campo Grande vem realizando uma tradição de moda que começou no início dos anos 2.000, grandes marcas, modelos, celebridades e estilistas se misturam ao público que frequenta o shopping. Exemplo disso foram às edições do “Semana Shopping de Moda” nos anos de 2005 e 2006 e o “Pernambucanas Faces” que vem sendo realizado há anos no Shopping. Os eventos reúnem grifes famosas que têm suas roupas e acessórios vendidos no shopping e também celebridades como Gianne Albertoni, Cauã Raymond e Guilherme Berenguer, que já desfilaram no Centro Comercial. Outra presença renomada foi a do aclamado estilista Lino Villaventura em 2009. Durante as exposições de 30 anos de sua carreira, o internacionalmente conhecido designer veio ao Shopping para dividir com novos estilistas e amantes da alta costura, a trajetória e experiências de sua carreira.

Em 2012, foi a vez de Costanza Pascolato, empresária, escritora e consultora de moda, vir ao Shopping Campo Grande para um evento da H.Stern. Costanza é reconhecida como uma autoridade em moda no Brasil, de modo que sua presença no Shopping reforça os atributos do mall como centro de novidades e tendências, no coração do estado. No fim de maio e inicio de junho desse ano de 2014 vai ser o mês da moda de Mato Grosso do Sul.

Logo após a realização do Campo Grande Fashion já estão previstos o Miss Mato Grosso do Sul e o Fashion Kids.

200 pessoas sentadas e visibilidade pelos dois pisos do Shopping. O time que irá compor a organização do evento desse ano conta com a participação da produtora executiva do evento, Melissa Tamaciro; na coordenação de beleza e maquiagem ficará Helder Marucci; como stylist, responsável pela produção de moda dos desfiles, será Patrícia Albuquerque; relações públicas do evento, Viviane Feitosa; fotógrafo oficial, Alexis Prapas; além de ninguém mais, ninguém menos, que o talentoso ator Luciano Szafir, que será apresentador oficial do Miss MS, no sábado, dia 31.

Chicletaria, PUC e Lilica & Tigor, o elenco terá os mirins que já são clientes das lojas. “O objetivo maior é proporcionar aos nossos pequenos a oportunidade em participar deste dia como Top Model”, explica a gerente da Lilica & Tigor, Regiane Guttierres.

A estrutura montada na Praça Central do Shopping Campo Grande no ano passado não foi tão grande o quanto eles planejam a infra deste ano que deve ser maior para que possam abrigar todos com ainda mais conforto,este ano terá para os convidados muito mais sofisticação e tecnologia, terá três telões de LED de 4m x 3m serão parte da cenografia da passarela, em um espaço para mais de

A Líder de marketing do Shopping Campo Grande, Sara Elydio, comenta que a ideia de fazer um evento atrás do outro é para facilitar o acesso do público. “Foi um esforço muito grande conseguirmos juntar as datas para realizar todos os eventos em sequência, e ainda bem que conseguimos. Quem ganha é a popuO evento será das 17h às 21h de quarta a sexta-feira, o Miss MS no sábado lação”, avalia. a partir das 19h e o Fashion Kids no domingo das 15h às 18h. Farão parte do elenco mais de 40 modelos contratados para os desfiles de 28 à 30 de maio. Já O Centro Comercial pretende ainda com o evento apresentar a variedade de o concurso Miss Mato Grosso do Sul, desfilam 20 candidatas e tem como jura- produtos que estão em alta no Outono - Inverno de 2014. “No Shopping Campo dos o apresentador de TV José Marques, a relações públicas Cibele Kraemer, o Grande, todo o público tem acesso à informação de moda, além de ter a oporpublicitário Nelson Ávila ente outros . tunidade de conferir as tendências de forma democrática. Queremos o universo fashion mais perto do consumidor”, enfatiza Sara. O Fashion Kids, desfile infantil que terá como destaque as lojas: Hering Kids,


MODA

Brechó, a velha nova mania que veio para ficar Texto: Raiza Calixto Foto: Paulo Francis

Algumas pessoas nascem com o instinto empreendedor, é o caso das irmãs Nathalia Barros e Marina Barros, apesar das duas terem outras profissões elas resolveram montar um brechó, é o Brechó do Balacobaco localizado na Rua 25 de Dezembro, número 1268, ao conversar com uma das sócias, Nathalia Barros nos contou que a idéia de criar o brechó já existia há anos. Mas, não tinham a oportunidade. É que Nathália Barros trabalhava em dois empregos de forma que não tinha como se dedicar à outra atividade. Mas no final do ano passado elas promoveram uma “feirinha” de “desapego”. Na oportunidade, elas viram que o negócio era promissor. Pouco depois, Nathalia saiu de um dos serviços. Como a irmã, Marina Barros, também tinha um tempo vago e compartilhavam do mesmo interesse, decidiram dar inicio ao brechó. Elas sabiam que o mercado de consumo de produtos de moda é formado basicamente, por consumidoras mulheres.

E os produtos eram para elas. Além disso, como a maioria das roupas do brechó é de marcas famosas, de estilistas renomados e, portanto, tiveram um custo elevado, elas acreditam que grande parte das clientes fariam parte das classes sociais “B” e “C”. Na maioria, mulheres jovens, que acompanham as tendências e gostam de se arriscar. As donas do “Balacobaco” desenvolveram a cultura do desapego, aliás, boa parte das roupas oferecidas no brechó eram delas, mas como mulheres, elas confessam que se sentem tentadas a consumir, uma parcela considerável das clientes do Balacobaco também são assim, consumistas confessas, muitas levam as roupas que não usam mais ao brechó, em caráter de consignação, e aproveitam para preencher o lugar vago no armário, com peças novas, portando elas acreditam ter muito em comum com as clientes.


MODA

Nathalia confessa que existiram coisas que ela e a irmã colocaram a venda no brechó, mas resgataram depois, entretanto quando uma cliente leva alguma peça, elas sentem alegria de saber que a peça vai servir para alguém. A proposta do balacobaco é atender a boa parte das necessidades dos clientes portanto, estão trabalhando, com as roupas femininas, novas e usadas, mas oferecem peças infantis, produtos de decoração e masculinos, as sócias também fazem parcerias para oferecer oficinas de dança do ventre para que seduzam ainda mais seus namorados, portanto, o brechó faz mais do que um comercio, é um ponto de encontro, onde é oferecido cultura. O Balacobaco oferece todos os preços, os valores dependem de vários aspectos, a condição do produto, a marca, mas sempre é levado em conta o conceito de que as peças têm que ter bom preço, afinal a idéia é fazer com que o produto gire, então um vestido, por exemplo, da Tufi Duek (marca destinada ao público “A”, que saiu da loja por mais de R$600,00 no brechó pode ser encontrado por R$100,00. Nathalia transitou em diferentes mídias e ela se identifica com TV, aliás, é repórter na TV Assembléia, da Assembléia Legislativa do Estado, mas segundo ela, Mato Grosso do Sul, os profissionais da área não são muito valorizado, paga-se pouco em grande parte das empresas, além disso, as perceptivas de ascensão são poucas (claro que toda regra tem sua exceção) cenário muito diferente do comércio, onde você tem a possibilidade de faturar muito mais. Claro que para ser bem sucedido é preciso se dedicar, mas sem dúvida as perspectivas são mais amplas, Nathalia ama ser jornalista e quer continuar na área, somando a experiência na área com as atividades do brechó do Balacobaco.

Meriele oliveira é universitária e futura jornalista, é uma mulher extremamente elegante, e demonstra em seu estilo toda sua personalidade, uma mulher de princípios e divertida, e adepta aos brechós, ela conta inclusive que um dos atrativos dos brechós são os preços. “Já aconteceu de eu achar em brechó peças por preços que não encontraria em lugar algum peças praticamente novas, Olha, eu tenho dois tubinhos (clássicos!), um branco e outro chumbo, que são lindos. O chumbo é o meu preferido. Paguei R$ 5,00 em cada um.” Meriele ainda ressalta que não tem nada a ver ter preconceito em relação ao segmento dos brechós. “Acho que quando a gente encontra em algum brechó as roupas que quer, que gosta, tem que aproveitar e levar, as pessoas ficam muito naquilo “ah, isso era roupa de gente que morreu, eu não vou usar”.acho que isso é frescura porque lavou, tá novo(risos)”. Já para Zenilda Alves, é uma saída rápida que pode resolver um problema de grana e pode compor o visual que for preciso para a ocasião. “Às vezes surge um evento importante, que não podemos faltar, mas o que falta e o dinheiro, então eu recorro sim a um brechó, porque lá eu sempre encontro tudo o que eu preciso, desde os acessórios, até sapato, e não gasto mais de cem reais, então eu recomendo sim.” Então fica a dia, os brechós oferecem peças em ótimo estado e que passam por uma rigorosa avaliação antes de ir para a venda, então amiga leitora, faltou grana, mas você precisa de um look que tenha um preço pequenininho, porém que seja de arrasar recorra a um brechó, porque você pode ser surpreendida.


GUARDA-ROUPA O blazer é uma daquelas peças chaves essências para o guarda-roupa feminino. Apesar do estilo formal, ele não precisa ser careta. O segredo é misturar as composições e deixar para o blazer o trabalho de balancear o look. Confira 5 formas diferentes de usar a abusar do seu.


GUARDA-ROUPA

Ficha técnica Produção de Moda: Luiz Gugliatto Produção Executiva: Josiane Paganini Fotos: Higor Blanco Modelo: Carol Girelli Looks: Bob Store


GASTRONOMIA

Arriba Muchachos!


GASTRONOMIA

Texto: Juliana Aguiar Fotos? Gustavo Henrique

Campo Grande acolheu imigrantes árabes, japoneses, espanhóis, italianos e de muitas outras nacionalidades. Essa imigração deixou um legado delicioso para a capital sul-mato-grossense e cada vez mais, a população tem sido conquistada. Na cidade os restaurantes incorporaram ao cardápio local receitas desenvolvidas com produtos regionais, nacionais e também internacionais. A noite vem crescendo cada vez mais com a inauguração de novos bares e restaurantes, e ultimamente a modalidade que mais cresce é a culinária internacional. A gastronomia em Campo Grande envolve vários sabores. O “Muchachos”, restaurante especializado em comida mexicana é um exemplo do público que está à procura de experimentar novos sabores. Depois de 16 anos vivendo na Inglaterra e trabalhando em uma rede de comida mexicana, Clauber Silva voltou para o Brasil e decidiu abrir um negócio com o que ele mais sabia fazer; comida mexicana, e chamou Odair Rosa Jr para dar início ao negócio que em pouco tempo traria resultados satisfatóros. Juntos, os sócios trouxeram para a cidade o conceito de “Tex-Mex”, culinária mexicana misturada com texana. O cardápio é variado, a comida é bem condimentada e trás diversas opções para que o cliente conheça a culinária mexicana. O prato mais caro do cardápio custa R$ 44,00 e serve até três pessoas. O sabor dos drinks e da comida bem temperada agradam. Logo no primeiro dia de funcionamento, ficamos com a casa lotada e com clientes que ficaram esperando que alguma mesa desocupasse para que pudessem se acomodar. Era nosso primeiro dia e foi surpreendente, sinceramente, não esperávamos tamanho sucesso em tão pouco tempo, disse Odair. O espaço é modesto, mas cada detalhe da decoração é inspirado na cultura mexicana. Além dos quadros e dos enfeites espalhados pelo restaurante, até os garçons trabalham a caráter e, segundo Odair o objetivo é que o cliente se sinta em “um pedacinho do México”. Um dos atrativos do restaurante são os sombreiros, Os gigantes chapéus mexicanos. Não tem jeito, quem vai ao “Muchachos” leva de recordação uma foto com o acessório. O tempero do México agradou tanto aos campo-grandenses que, aos finais de semana, para conseguir uma mesa, muitas vezes requer paciência. “Estamos com certo “probleminha” aos finais de semana, quando o restaurante lota desde a hora em que abre até o fechamento. Assim como no dia da inauguração, clientes continuam esperando que uma mesa desocupe, (risos)”. No dia 5 de maio foi comemorada a independência do México e para celebrar a data o restaurante preparou um drink, que não está no cardápio diário, com as cores da bandeira mexicana. Deste a inauguração em dezembro de 2013 até hoje, os donos do restaurante só tem motivos para comemorar. “Não esperávamos que o campo-grandense aceitasse tão rapidamente nossa proposta. Mas decidimos apostar, porque vimos a necessidade de um restaurante mexicano, na cidade”. É, pelo jeito, o campo-grandense não tem medo de experimentar. É ousado e parece se adaptar bem as novidades. Então: ARRIBA!!!


COMPORTAMENTO

Ostentação Sertaneja


COMPORTAMENTO

Em apenas uma noite, baladeiros chegam a gastar mais de dois salários mínimos em festas Texto: Kamila Alcântara e Kerolyn Araújo Fotos: Deivid Correia

Em uma sociedade onde as pessoas dão valor ao status, reparam em quem vai a festas e esbanjam dinheiro com bebidas e afins, a ostentação é evidente. Mesmo parecendo exagerado, em apenas uma noite, jovens chegam a gastar mais de R$ 2 mil em casas de shows em Campo Grande. Diferente do Rio de Janeiro e São Paulo, na Capital, o “som da ostentação” não é o funk, mas sim o sertanejo universitário. Em meados de 2005, quando as duplas de bailes tradicionais de Campo Grande começaram a perder força, um novo estilo musical, o sertanejo mais “moderno”, começou a ganhar espaço com suas letras irreverentes e fáceis de memorizar. Desde então, a cidade vem se tornando referência neste estilo musical, já que daqui já saíram vários nomes que hoje estão em alta no país inteiro, como Luan Santana, Michel Teló, João Bosco e Vinícios, Maria Cecília e Rodolfo, entre outros. Em Campo Grande, as duas principais casas de shows do estilo sertanejo sempre estão lotadas, mas não é só por pessoas com alto poder aquisitivo e filhos de fazendeiros. Há também aquelas pessoas que procuram esses lugares para se divertir, mas, também, para ser reconhecido nas noites campo-grandenses. De acordo com a psicóloga Isloany Machado, especialista em psicanálise e direitos humanos, a maioria das pessoas são consumistas e necessitam mostrar isso para quem está ao seu redor. “Muita gente vai para a balada, gasta muito dinheiro e chama atenção, só para sair em alguma coluna social no dia seguinte. Todo o dinheiro que ela gastou na noite, retornará em forma de status, em jornais e revistas que poderão ser vistas pela cidade inteira”, explica. Um jovem de 20 anos, que frequenta as baladas das noites campo-grandenses, e que não quis se identificar, relatou que é muito comum encontrar pessoas que vão para festas e gastam mais de mil reais em bebidas, mas também é mais comum ainda aquelas pessoas que passam a noite toda tomando apenas água. “A pessoa só vai ao lugar para mostrar que também pode estar ali, mas na verdade ela quer ser o que não é. Só está ali porque as amigas, que possuem mais dinheiro, também estão” conta. De acordo com o jovem, também existem aquelas pessoas que gastam o salário todo nas festas só para fazer sucesso com o sexo oposto. “Tenho amigo que gasta tudo em apenas uma noite, mas não liga porque, em troca, sai sempre com as mulheres mais bonitas da festa”, finaliza. Essa atitude relatada pelo jovem, também pode ser explicada psicologicamente. “Os homens querem a mulher mais bonita ao seu lado para agregar valor, mostrando que podem ostentar em todos os sentidos. Já para a menina, ela acredita que estar ao lado de alguém importante, que possui poder e bons relacionamentos na sociedade, a tornará importante também. Deixando de lado o discurso feminista atual, essas meninas se sentem confortáveis nessa posição”, explica à psicóloga. Em uma casa noturna da cidade, que funciona nas quartas, sextas e domingos, o valor da entrada custa entre R$ 40, para o setor pista e as mesas, com capacidade para seis pessoas, podem chegar à R$ 3.500 mil.


“As mina pira quando a gente chega na balada” O outro lado da moeda Na cidade do sertanejo universitário, o que não falta são duplas e músicos tentando conquistar seu espaço. Se para um lado sobra dinheiro para esbanjar com camarotes e bebidas caras, do outro, falta para quem está em cima dos palcos animando a noite dos baladeiros de plantão. Músico profissional há seis anos, Juliano Lopes, 26 anos, conta que quase diariamente presencia a ostentação na noite. “Já vi cliente consumindo em torno de R$ 2,5 a três mil em bebidas nas casas mais

badaladas de Campo Grande, sem contar o valor absurdo que pagam para entrar nos camarotes desses eventos”, conta. Ainda segundo ele, quem está no local se divertindo, não imagina as dificuldades e a falta de valorização profissional dos músicos da Capital. “Nenhum músico é valorizado na noite. Quem sai para a balada está em busca de curtição e os donos dos estabelecimentos querem apenas manter o funcionamento. Ninguém se incomoda com quem ganha de R$ 80 à R$ 150 para tocar, muitas vezes, até as cinco horas da manhã”, desabafa.


DO CAMPUS Por: Claudinei Silva

Vale Universidade

Hospital Veterinário

O Programa Vale Universidade (PVU) foi criado pelo Governo do Estado de Mato Grosso do Sul. Seu principal objetivo é garantir aos acadêmicos de baixa renda a oportunidade de concluir o nível superior, vislumbrando a possibilidade de melhor qualidade de vida para si e sua família. Ao longo dos anos, o repasse financeiro evoluiu de 50% para 70% do valor da mensalidade do curso. Atualmente, em parceria com as Universidades de Ensino Superior Privadas, o Programa Vale Universidade garante o custeio da mensalidade, restando apenas ao acadêmico, 10% do valor a ser pago pelo curso escolhido.

O Hospital Veterinário da Universidade Anhanguera Uniderp, tem o objetivo de dar suporte ao curso de Medicina Veterinária. Diversas disciplinas do curso, especificamente as das áreas de clínica médica e cirúrgica, são ministradas no ambiente hospitalar. Na unidade, são aliadas as atividades de ensino, extensão e pesquisa. O Hospital também tem infraestrutura completa e moderna para atendimento com conforto, comodidade e segurança. Localização: Câmpus III, rua Alexandre Heculano, 1400. De segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 18h. Sábado: das 8h às 11h.

Prajur CELIN O Núcleo de Prática Jurídica (PRAJUR) da Universidade Anhanguera-Uniderp é o instrumento para operacionalização da disciplina Prática Jurídica, que se divide em duas vertentes: atendimento ao público e atividades de laboratório. O atendimento ao público é gratuito e trata-se, em parte, de uma assistência judiciária. O PRAJUR atende somente pessoas físicas interessadas em abrir pequenas e microempresas e pessoas físicas carentes. Localização: Campus I, rua Ceará, 333. De segunda a sexta, das 7h30 às 11h30 e das 13 às 17 horas.

O Centro de Línguas (CELIN) da Universidade Anhanguera Uniderp oferece cursos de: Língua Inglesa, Espanhola, Francesa, Italiana e Inglês Teen (para adolescentes). Os cursos de línguas do CELIN são preparados especialmente para atender as necessidades dos alunos que cabem perfeitamente no bolso. Com uma infra-estrutura moderna, excelentes professores e uma localização privilegiada, o CELIN abre as portas de um novo mundo para todos os alunos.

Pronatec/Sisutec

Bolsa de Intercâmbio

O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) foi criado pelo Governo Federal, em 2011, com o objetivo de ampliar a oferta de cursos de educação profissional e tecnológica. O Pronatec envolve um conjunto de iniciativas: expansão da Rede Federal, Programa Brasil Profissionalizado, Rede e-TecBrasil, acordo de gratuidade com os serviços nacionais de aprendizagem, FIES técnico e empresa, e o bolsa-formação. Cursos gratuitos: técnico para quem concluiu o ensino médio, com duração mínima de um ano; técnico para quem está matriculado no ensino médio, com duração mínima de um ano e formação inicial, continuada ou qualificação profissional.

É uma parceria entre a Anhanguera e o Santander Universidades. O projeto concede bolsas para os estudantes realizarem intercâmbio em grandes universidades da América Latina e Europa. As bolsas oferecidas são: ibero-americanas (é para alunos regularmente matriculados nos cursos de graduação presencial e a distância), top Espanha (aprimora a formação acadêmica de estudantes e professores), top China (promove o debate e contribui com a melhoria da qualidade de vida nos ambientes urbanos do futuro) e a fórmula Santander (é para estudantes regularmente matriculados nos cursos de graduação e pós-graduação presenciais e a distância da Anhanguera).

Complexo Policlínico Odontológico o Complexo Policlínico Odontológico da Universidade Anhanguera-Uniderp tem infraestrutura completa para atender a comunidade carente da capital. São 82 consultórios totalmente equipados, distribuídos em duas policlínicas. Cada policlínica contém ainda sala de esterilização, central de produtos odontológicos, sala para lavagem e descontaminação e bico de ar, dois aparelhos de raio-x e box especial para demonstração de procedimentos cirúrgicos e clínicos. Localização: Av. Ricardo Brandão, 900. Segunda a sexta-feira, das 7h às 11h30 e das 13h às 17 horas.

Um pé no futuro O projeto “Um pé no futuro” busca preparar os alunos e promover o acesso à educação. Visa ajudar os alunos e os professores do ensino médio. Para os alunos, o objetivo é prepará-los e incentivá-los a fazer uma faculdade. Quanto aos professores, oferecemos cursos e palestras para se especializarem e se atualizarem. A Anhanguera oferece apoio especial para que os alunos transformem a sua carreira e prepare os alunos para iniciar seu futuro profissional, e vai oferecer um benefício para que os alunos invistam em novos conhecimentos (www.umpenofuturo.com.br).


COMPORTAMENTO

TURISMO NO BRASIL: SEXUAL Texto: Késia Soares e Oscar Martinez

O turismo é um elemento importante para a vida social e econômica de um determinado local, por ser uma atividade socioeconômica que gera a produção de bens e serviços para o homem visando a satisfação de necessidades básicas e secundárias. Essa atividade reflete ainda os desejos dos turistas que pretendem conhecer e desfrutar novos lugares, culturas diferentes, além de descansar longe de suas residências e do trabalho. Mas a sua presença traz conseqüências como, o turismo sexual, as implicações de gênero, dentre outras. Uma dessas alterações é o envolvimento de um grande número de mulheres no comércio sexual.

de Bahia “ ( Na alegria e no charme da mulata toda a meiguice da Bahia), essa ffrase foi acompanhada de uma foto de uma mulata com pose sensual. Esse tipo de propaganda abriu de vez as portas do Brasil para o Turismo Sexual Internacional. O crescimento do turismo sexual traz como conseqüências o tráfico de mulheres e a exploração sexual infantil, que são crimes no Brasil. Este problema no nordeste tem preocupado vários estudiosos que já desenvolveram pesquisas sobre esse tema, principalmente nos estados de Fortaleza e Bahia, onde esta atividade é mais visível. Na política, cartilhas foram elaboradas, ações de políticas públicas também, e seminários são realizados para discutir o assunto, mas mesmo assim, o problema continua crescendo, principalmente nos estados e cidades, onde o turismo é um setor de destaque. O desenvolvimento incontrolado de certas práticas turísticas pode ter efeitos sociais, como notadamente, as novas extensões do turismo sexual.

O turismo Sexual começou com fim da 2ª Guerra Mundial quando houve uma circulação maior de mulheres por todo o mundo para trabalhar como prostitutas, as principais causas dessas circulação foram os problemas econômicos e a falta de emprego para mulheres. Porém foi na década de 70 que que apareceram claramente uma ligação entre o movimento sexual com o Turismo oficial, que tinham como principais destinos as Filipinas, a América Central e a Africa, nessa época no Brasil acontecia a Ditadura Militar que De acordo com a Polícia Federal e o Ministério Público os maiores casos abusavam do esteriótipo que identificava como o país do futebol, samba, acontecem nos estados Bahia, Pernanbuco, Ceará, Rio de Janeiro, São Paucarnaval, praias e mulatas. lo, Santa Catarina, Pará e pincipalmente no Amazonas. Mas o Brasil se consolidou mesmo o turismo sexual no ínicio da década de 80, os “empresários do setor” aproveitaram das propagandas, campanhas públicitarias que enaltecia a beleza natural e exótica das mulheres brasileiras. Ainda na década de 80 a Empresa Bahiana de Turismo (BAHIATURSA) com o apoio da Empresa Brasileira de Tuirismo (EMBRATUR), produziu catálados com frases em frases como “ La Terre du Bonheur” (A Terra da Felicidade) e “L’ allégresse et le charme de la mulátresse, toute la tendresse

O turismo sexual é o principal tema que vem sendo debatido por todo o país, com a aproximação da Copa do Mundo 2014 um dos principais objetivos de sediar a Copa do Mundo foi de disciminar a idéia de que o Brasil é o País da Prostituição e combater também o tráfico e explaração sexual de mulheres e crianças. Como na década de 80, nesse ano fizeram propagandas que induzia ao


COMPORTAMENTO

turismo sexual, dessa vez a Adidas principal patrocinadora da Copa do Mundo 2014 aproveitou to da a publicidade que o copa está dado ao Brasil e lançou camisetas com escritas em ingês “Faremos um gol”, ao lado de uma mulher bem provocativa, a Embratur repudiou i vínculo da imagem do Brasil com o turismo sexual e a Adidas teve que retirar as camisetas de circulação. O caso virou um dos temas mas comentedos, imclusive pela Presidenta Dilma Rousseff que em seu perfil no Twitter afirmaou que o Brasil irá combater o turismo sexual no Brasil durante a Copa do Mundo e que o governo brasileiro aumentará os esforços na prevenção sexual de crianças e adolescentes. A ONG britânica Plan realiza no nordeste uma campanhas nas escolas sobre a prevenção da exploração com trabalhos educativos sobre a sexualidade, o que é exploração, o que é crime. Faz trabalhos junto á rede de turismo: hotéis, táxis e bares em vártias regiões do Nordeste e agências de turísmo no exterior. A atividade turística tem impacto também na saúde das populações de comunidades anfitriãs. A desigualdade social dos turistas co a maior parte da população de áreas turisticas demosntra a vulnerabilidade da população com relação as DSTs/HIV e ao mercado sexual. O governo realiza muitos debates sobre o aumento das infecções por DSTs/HIV/hepatites em decorrência de relações sexuais desprotegidas envolvendo turistas e moradores locais, turistas e profissionais do sexo e turistas entre si; as emergências médicas decorrentes do uso de álcool e outras drogas pelos turistas (acidentes de trânsito, afogamentos, mortes por overdose) e o aumento do consumo dessas substâncias entre os jovens nativos. Muitas propagandas, panfletos, outdor e muitas outras formas de publicação vem sendo feitas para combater ato impensado de não usar preservativos e consumos de drogas.


PERFIL


PERFIL

Lutando pela igualdade Texto: Clayton Neves Fotos: Divulgação

Comprometido com a responsabilidade social e o combate à Homofobia, o presidente do Conselho Estadual da Diversidade e coordenador do Centro Estadual de Referência e Combate a Homofobia, Leonardo Bastos, resolveu inovar. Prezando pelo bem estar e visando proporcionar melhor qualidade de vida para os “excluídos sociais”, Bastos tem realizado juntamente com diversas instituições parceiras uma série de trabalhos de apoio aos detentos LGBT´S (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Transgêneros) que estão reclusos nas agências penitenciárias do Mato Grosso do Sul. “Nosso principal objetivo em realizar essa ação nas penitenciárias é fazer um levantamento das principais demandas da população que vive no sistema prisional no Estado. A partir daí, fazemos um diagnóstico para poder trabalhar em cima das maiores necessidades desse público específico”, disse. De acordo com o presidente, as maiores reivindicações dos internos estão ligadas ao direito de poder expressar sua sexualidade e assumir sua identidade de gênero, fato que faz com que a maioria dos detentos não assuma sua condição sexual dentro das agências de segurança, o que interfere diretamente no trabalho dos colaboradores sociais, pois para receber atendimento é preciso que o interno se declare pertencente ao público LGBT. “Hoje nosso maior problema não se difere muito do que enfrentamos fora as prisões. O mesmo preconceito que os LGBT´s sofrem fora da cadeia, os presos enfrentam e ainda de uma forma mais acirrada. Quem é atendido por nosso projeto relata querer ter a liberdade de usar o nome social, roupas e maquiagens femininas e demonstrar seu afeto. De uma forma geral, o que todos buscam é poder exercer o direito de ser quem realmente é e não ser atacado e sofrer rejeição dos demais internos por conta disso”, contou. Leonardo que também é psicólogo afirma acreditar que a vivência dos detentos fora da prisão tem interferência direta na causa que os levaram a prática de seus delitos. “Todos que estão detidos estão lá por conta da marginalização, a maioria por envolvimento com o tráfico de drogas. Creio que se a sociedade fosse menos preconceituosa e estendesse as mãos para os LGBT´s ao invés de discriminá-los e marginalizá-los, muitos deles não estariam onde estão”, revelou. Embora já trabalhe há quase seis anos com este público, para Leonardo o sentimento de dever cumprido e de responsabilidade social é sempre inovador, além de garantir o ânimo e empenho para continuar na área. Emocionado, o militante relata que seu maior ganho é proporcionar uma melhor qualidade de vida e dignidade ao Ser Humano. “É gratificante poder de alguma forma levar informação e vida para dentro das prisões. Gestos simples que fazemos tem um grande significado para quem está lá dentro e é isso que nos deixa feliz, sem dúvida é nossa maior recompensa. A partir do momento que existirem menos olhares cheios de preconceito o mundo será bem melhor para todos”, completou. A proposta de acompanhamento nas penitenciárias do Estado já acontece desde o ano de 2011, porém, sua intensificação se deu a partir do ano passado. Segundo dados apresentados pelo presidente do Conselho da Diversidade cerca de 30% das reclusas dos presídios femininos e apenas 5% dos internos dos presídios masculinos são atendidos pelo projeto, que leva até os detentos palestras, filmes, acompanhamento psicológico, serviços de prevenção e atrações culturais.


ROTEIRO CULTURAL

Texto: Carla Xavier Fotos: Paulo Francis e Reprodução

Nem só de Música Sertaneja vive a cultura sul mato-grossense! Além de vários cantores sertanejos famosos como Michel Teló, Luan Santana, Munhoz e Mariano terem saído do estado, temos nossa própria arte rica em identidade cultural. Quem vem visitar a cidade não pode ir embora sem antes conhecer alguns dos pontos turísticos que a “Cidade Morena” tem para oferecer. Além de bares, pubs e boates, há diversas opções culturais para quem deseja conhecer nossos costumes, música e gastronomia.


ROTEIRO CULTURAL

Feira Central A Feira Central da Cidade, mais conhecida como “Feirona” é tradição. Fundada por meio decreto, em quatro de maio de 1925, pelo então intendente municipal Arnaldo Estevão de Figueiredo. A Feira que já funcionou em vários lugares e se encontra hoje em um local próprio com espaço amplo na Esplanada Ferroviária. Possui locais para alimentação, artesanato, brinquedos, doces caseiros, eletrônicos, hortifruti, jóias e bijuterias, perfumes, roupas, livros e revistas. E é lá que acontecem vários eventos tradicionais na Capital como a “Festa do Peixe”, “Festival do Sobá”.

Casa do Artesão Atualmente conhecida como Casa do Artesão, este espaço tem como objetivo principal desenvolver serviços públicos que auxiliem e fomentam as atividades artesanais no Estado. Foi construída em 1923 para ser residência e comércio. Em 1924 foi transformada na 1ª agência do Banco do Brasil do Estado. Começou a funcionar como a Casa do Artesão no dia 1º de Setembro de 1975, com exposições e comercialização de artesanatos regionais. Tornou-se Patrimônio Histórico Estadual em 1994, e atrai turistas até hoje

Morada dos Baís Conhecida antigamente por Pensão Pimentel, a Morada dos Baís é um centro cultural brasileiro localizado no centro da cidade. Dispõe de setores de informação e exposições mantidos contendo três galerias de arte além do Museu Lídia Baís, que reúne os objetos pessoais da família. No seu interior existe um quarto que pertenceu à artista plástica onde se encontram algumas de suas obras em telas, painéis e objetos. É um espaço onde ocorrem exposições temporárias e permanentes.

Centro Cultural José Octávio Guizzo O Centro Cultural é o primeiro espaço físico exclusivamente destinado à cultura em Mato Grosso do Sul. Ele abriga diferentes salas e galerias com nomes de personalidades relacionadas à cultura como Teatro Aracy Balabanian, Sala Rubens Corrêa, Sala Conceição Ferreira, Galerias Wega Nery e Ignez Corrêa da Costa. O local já abrigou espetáculos com os mais renomados artistas regionais e nacionais como recente Festival do Teatro Brasileiro, cursos e oficinas englobando a diversidade cultural com exposições e mostras de filmes.



CRÔNICA Por: Schimene Weber Foto: Renan Kubota

O que mudou, de lá pra cá? Desde o início do ano tem sido um grande falatório no qual multidões brasileiras discutem, em lados opostos, dois tópicos sobre o mesmo assunto: “Não vai ter Copa”e “Vai ter Copa, sim!”. Revolucionários de Esquerda contra os Conservadores da Direita, aquela velha história que já travou inúmeras batalhas pelo Brasil inteiro, e inclusive fora dele. Deveríamos olhar um pouco para o passado, quando houve a escolha do Brasil como País Sede da Copa do Mundo de 2014... Eu me lembro, foi uma festa só! Os mesmos que tentam fazer revolução nas redes sociais e nas ruas nacionais são aqueles que batiam no peito e urravam aos quatro ventos, com um grave tom de prepotência: “Nós fomos os escolhidos!”... E então, o que mudou de lá pra cá? Acompanhamos, em meados de junho de 2013, as famosas manifestações que tiveram início por conta da passagem de ônibus (ainda que alguns erguessem placas não meio das avenidas com dizeres do tipo “Não é pelos R$0,20”). Depois da primeira multidão nas ruas, observados o Brasil inteiro protestando, quebrando ônibus, pichando muros, levantando cartazes, queimando bandeiras, discutindo nas salas de aula, gritando com megafones: “Fora, corruptos!” e, até mesmo aqueles cartazes com dizeres do Hino Nacional, como “Verás que um filho teu não foge à luta!”... Ok. Antecipemos mais um pouco o “filme da vida” para chegarmos ao ponto principal da discussão estabelecida. Vai ter ou não vai ter Copa? Vejo, claramente, que ânimos estão exaltados demais e que, por isso, o caos no País-Tropical-Abençoado-Por-Deus-E-Bonito-Por-Natureza-QueBeleza! está instalado. Analisemos as reivindicações: o povo quer melhoria na qualidade de vida; quer hospitais, colégios e mais segurança; quer salários dignos, transportes dignos, políticos dignos; o povo quer o fim da roubalheira no Palácio da Alvorada e quer, também, investimentos em coisas que realmente valem à pena (coisas, estas, que não são estádios de futebol)... Mas, esperem um pouco. Que diabos tudo isso tem a ver com o futebol nosso de cada domingo (e quarta, também)? Respondo queridos leitores: absolutamente nada. O grande problema desse nosso Brasil está em confundir as coisas. Confundem até mesmo a tal “Democracia”, que o Código Eleitoral insiste em dizer que vivemos e acompanhamos há, no mínimo, 40 e poucos anos. Por isso, confundem o espetáculo futebolístico com toda essa camarilha de ladrões que assaltam os cofres públicos todos os dias, e teimam em tentar ver uma relação plausível entre os dois assuntos, mesmo que não haja nenhuma. Pois veja bem: você, ser pensante, que tem em suas mãos a nossa revista, acha mesmo que o Governo Federal iria investir os bilhões gastos nos estádios em educação, saúde, segurança, salário, moradia, qualidade de vida (que não seja a deles), transportes e etc? Não. E simplesmente porque não é do interesse dos nossos políticos melhorar a vida do povo que acorda todos os dias às 5h da manhã para encarar um ônibus lotado e receber, no fim do mês, míseros R$ 724. Já vimos esse mesmo enredo passar na nossa vida um milhão de vezes e, ainda assim, criamos em nosso inconsciente uma realidade paralela em que os “Leões da Democracia” são honestos e investiriam tim-tim por tim-tim nas coisas que nós, meros mortais brasileiros, julgamos importantes. Já dizia o ilustre jornalista Carlos Nascimento: “Nós já fomos mais inteligentes”. E fomos, mesmo. De que adianta chorar pelo leite que já está derramado? De nada. Quando eu estava no Ensino Médio, tinha uma professora que dava aulas de Geografia e sempre dizia, mudando um pouco o ditado popular que eu, em sua versão original, particularmente acho sem sentido algum: “Se conselho fosse ruim, não o dava para vocês!”. Pois bem, quero #DeixarUmaDica para quem teve a paciência de ler essa crônica até o final sem me julgar como burguesa/alienada/massa de manobra: outubro está aí e, com ele, a verdadeira maneira de se protestar. Se você quer, de verdade, enxergar alguma mudança efetiva no Brasil, pense bem antes de digitar dois ou três números em troca de alguns centavos extras ou benefícios dados por terceiros. Pense bem no que você realmente queria ao dizer “Não vai ter Copa!”. Pense bem no que os nossos antepassados que tanto lutaram pela melhoria do Brasil fariam em uma hora como essa. Pense bem e aja bem, antes que seja tarde demais, como está sendo dessa vez. A partir de agora façamos, então, um trato: promoveremos ao mundo e a nós mesmos uma festa linda, com tudo aquilo que o bom brasileiro tem de melhor e sabe fazer. Mostremos a todos os gringos e a todos os países existentes mundo a fora que somos civilizados, inteligentes e esperançosos. Façamos com que todos vejam o que há de melhor por aqui... E mudemos a parte ruim, com a qual convivemos diariamente, alguns meses depois, de forma inteligente e não violenta – e, realmente efetiva. Que o mundo veja que nós somos gigantes pela nossa própria natureza! Seja no futebol ou na real razão pela qual não fugimos à nossa luta.


Foto: Paulo Francis




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