Revista Jardim Zoológico | Janeiro 2019

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CA M PA N H A

Vamos devolver o canto das aves às florestas Nos fins de semana de agosto e setembro de 2018, o Jardim Zoológico desafiou os seus visitantes para workshops inéditos, no âmbito da campanha de conservação Silent Forest , lançada pela EAZA (Associação Europeia de Zoos e Aquários). No Jardim Zoológico a campanha intitulada "Quebra o silêncio, pelas aves de canto" tem como objetivo chamar a atenção, em particular, para as aves de canto do Sudeste Asiático, que correm o risco de desaparecer dada a sua captura excessiva. Segundo dados das Nações Unidas e da Interpol, o tráfico de animais selvagens é o 4.º negócio ilegal mais lucrativo do mundo, e as aves são o seu principal alvo de transação. As aves de canto têm sofrido não só de captura excessiva para o comércio de aves exóticas, mas também para a participação em competições de canto, para a utilização na medicina tradicional e até como alimento.

A nível mundial, a Indonésia é o local com maior número de espécies endémicas e cerca de 850 espécies diferentes de aves, reconhecida como um hotspot de biodiversidade, sendo o habitat natural de um grande número de espécies de aves ameaçadas de extinção. O Jardim Zoológico juntou-se a esta campanha e propôs aos seus visitantes “voarem” por diversas atividades educativas. Através de workshops aprenderam a construir binóculos em material reciclado, a fazer origamis, observaram aves e ainda conheceram a sua anatomia e algumas das suas características, através de um programa em 3D. Com estas e outras surpresas, os visitantes puderam saber mais sobre aves e, certamente, ganharam ainda mais respeito pela Natureza.

NASCIM ENTO

TEMOS UM NOVO PANDA-VERMELHO NO JARDIM ZOOLÓGICO A “Arca-de-Noé” lisboeta não para de crescer. Depois do pequeno Órix-de-cimitarra, e das recentes crias de Macaco-de-brazza e Macaco-capuchinho-de-peito-amarelo, o Jardim Zoológico viu nascer a 11 de junho uma nova cria: um Panda-vermelho (Ailurus fulgens). Esta espécie está classificada como “Em Peri-

go”, pela UICN (União Internacional para a Conservação da Natureza). A reprodução do Panda-vermelho é bastante complexa e, por isso, deve ser bem celebrada. Os machos e as fêmeas encontram-se apenas para acasalar num espaço de tempo limitado e compreendido entre janeiro a março.

A fêmea só está recetiva uma vez por ano, durante um curto período de 12 a 36 horas, em que a ovulação é induzida pela cópula. Quatro a cinco meses depois, nasce 1 a 4 crias, que crescem sob a

inteira responsabilidade da sua progenitora. Não perca a oportunidade de con hecer o e xót ico Panda-vermelho.

O M U N D O E M O C I O N A N T E D A N AT U R E Z A

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