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Exercício para Reflexão
Pense em alguns dilemas éticos da sua vida profissional. Como resolveu o dilema? Deu prioridade às condições empresariais, às condições éticas, ou a ambas?
Agora, como responde a um tal dilema numa dada situação? É difícil de dizer antes de ser realmente confrontado com o dilema na vida real. Caso se sinta muito virtuoso porque sabe que faria sempre a escolha ética nessas situações, queira fazer a si mesmo as perguntas na caixa 2.
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Caixa 2: Já alguma vez…
• mentiu à sua mãe? aos seus empregados? às Finanças?
• mentiu para não ferir os sentimentos de alguém?
• mentiu para se libertar de um negócio ou de um compromisso social?
• fez uma dedução questionável no seu imposto sobre o rendimento?
• falsificou números num relatório para que os resultados parecessem melhores?
• tomou um dia de baixa por doença quando não estava doente?
• mentiu a um cliente («enviámos a sua encomenda ontem») ou a um credor («o cheque está no correio»)?
• fez um corte no controlo de qualidade?
• culpou outra pessoa por algo pelo qual sabia que era parcialmente responsável?
• usou qualquer uma destas frases: «Toda a gente o faz», «É o menor de dois males», «É apenas uma pequena mentira branca», «Não faz mal a ninguém», «Quem vai saber?»
• exerceu uma pressão inadequada sobre os outros? (5)
Temos agora uma noção da natureza e implicações dos dilemas éticos nas PME. Mas será que vale realmente a pena pensar na ética no seu negócio? Afinal de contas, poderiam ser precisos recursos para construir ou melhorar uma cultura ética no local de trabalho e inventar e implementar novos procedimentos de trabalho alinhados com um conjunto de princípios éticos. Reconhece provavelmente a importância das boas relações e de confiança com os clientes, empregados, fornecedores e a comunidade. Mas esta não é a única razão para investir numa cultura ética no local de trabalho e definir valores éticos explícitos para o seu negócio.
Benefícios de uma conduta ética
Todos conhecemos a imagem familiar de uma carrinha de um construtor local ou fornecedor de peças para automóveis com a qual deparamos com frequência suficiente para reconhecer o nome e o logótipo da empresa na lateral. Para este negócio, é bastante importante que as pessoas se lembrem do seu nome e do seu logótipo e por vezes até do seu número de telefone. Mas é ainda mais importante que tipo de emoções o nome e o logótipo criam porque as emoções formam a reputação pública e a marca da empresa. De facto, todos os recursos gastos em relações públicas são desperdiçados - se não diretamente contraproducentes - quando a perceção da marca ou a reputação da empresa é negativa. É impossível criar uma marca forte apenas por ser vista muitas vezes. Para criar uma boa reputação, não é suficiente que as pessoas reparem na sua carrinha. Devem também começar a sorrir.
Para o conseguir, o seu negócio precisa de uma reputação de liderança ética. O apelo para que os negócios atuem de forma ética é ouvido por numerosos sectores. O Instituto CIMA (6) aconselha cada PME a elaborar um código de ética ou princípio orientador semelhante para dar apoio aos empregados sobre a forma como se espera que estes conduzam os seus negócios. Com base na investigação e experiência, o Instituto CIMA criou uma lista abrangente de benefícios de conduta ética empresarial para a PME (ver Figura 2 abaixo).
Seguir um caminho ético deve fundamentar-se numa convicção interior dos proprietários e/ou gestores e dos líderes intrínsecos. Se os procedimentos éticos forem orientados unicamente para obter uma vantagem de mercado, são instrumentais e não podem ser chamados de éticos.
Este material de aprendizagem fornecerá um conjunto de princípios conceptuais sobre como começar ou como melhorar a conduta ética no seu negócio.
Quatro
Princípios Concecionais para o Negócio Ético 2