ALUNA: ISABELA DIAS
ORIENTADORA: ANA LÚCIA VIEIRA - SUPERVISORA: ANDRÉA SAMPAIO
EAU / UFF Centro de
Oncológico e Hematológico Garcia Dias - CT0HG T C C2 0 2 1 . 2 01
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
Tratamento
Agradeço primeiramente à Deus, que é minha fortaleza e esperança.
A minha família, que é meu porto seguro e está sempre ao meu lado, nas alegrias e nas adversidades da vida. Agradeço todo apoio que me deram do início ao fim desta graduação.
Aos meus amigos, pois estenderam a mão em todos os momentos que precisei. Agradeço por todas as risadas e também as lágrimas que compartilhamos juntos.
A minha orientadora, professora Ana Lúcia, que me guiou confiantemente durante todo o processo e não deixou de acreditar no potencial do meu trabalho.
Ao meu avô Adilson Garcia Dias, que me ensinou o que é ser alguém íntegro, forte e inspirador.
A minha avó Maria da Penha, luz da minha vida, que me ensinou a nunca desistir dos meus sonhos e a ver o lado bonito da vida todos os dias.
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03 Sumário T C C2 0 2 1 . 2 04 Introdução Justificativa 07 Motivação e Objetivos 10 Metodologia 11 Conceito - Humanização e Atendimento 12 Referências 19 16 Localização Análise do Entorno 25 Programação Físico-funcional 31 O Projeto 40 Perspectivas 58 Bibliografia 06
Introdução
MOTIVAÇÃO E SINOPSE
Durante minha trajetória de vida, me deparei com numerosos acontecimentos pessoais nos quais houveram necessidade de atendimento emergencial hospitalar, tanto individual quanto de familiares e amigos. Em todos estes casos, duas questões sempre foram muito pertinentes para mim: A falta de qualidade do espaço destinado ao paciente e ao acompanhante, e a necessidade frequente de translado para exames específicos em outras unidades de saúde.
E então, quando um grave caso de doença oncológica ocorreu na família, nos deparamos com inúmeros obstáculos em busca de diagnóstico e tratamento. Não haviam hospitais em São Gonçalo equipados para um ciclo completo de cuidados necessários ao paciente, causando assim exaustivos deslocamentos à cidade do Rio de Janeiro.
No ano de 2021, estagiei em um escritório de arquitetura no qual obtive contato com projetos clínicos e hospitalares nas cidades de Niterói e do Rio de Janeiro. Essa experiência me proporcionou uma nova perspectiva sobre esses espaços, mostrando que podem (e devem) ir muito além de apenas normas técnicas e sanitárias. Esta experiência me mostrou que o papel da arquitetura vai muito além de simples reprodução de forma e função, mas um exercício de empatia com o próximo e consideração de suas necessidades espaciais, visuais e emocionais. Após esses acontecimentos, percebi que há uma enorme carência na cidade de São Gonçalo por centros integrados e especializados em saúde. Podemos até considerar que na cidade há dois grandes polos de estabelecimentos desse tipo (Centro e Alcântara), mas a falta de integração e especialização entre estas instalações acaba por ser um obstáculo para pacientes que precisam de tratamentos prolongados e complexos, como na oncologia e hematologia, por exemplo.
T C C2 0 2 1 . 2
04
Em busca de um tratamento mais humano.
Cada vez que um paciente comparece ao tratamento, sua condição física é diferente e sua perspectiva sobre sua saúde também. A humanização desses processos, desde a concepção do ambiente até o atendimento, visa proporcionar ao paciente condições mais agradáveis e favoráveis para seu tratamento e uma potencial recuperação.
COMO O ESPAÇO PODE IMPACTAR
POSITIVAMENTE NO TRATAMENTO DOS PACIENTES?
A humanização na saúde implica uma mudança na gestão dos sistemas de saúde e oferecimento dos seus serviços e espaços. Essa mudança altera o modo como pacientes e trabalhadores da área da saúde interagem entre eles e com o seu entorno. A humanização na área da saúde tem como um dos seus principais objetivos fornecer um melhor atendimento dos beneficiários e melhores condições para os seus trabalhadores, adaptando o espaço e o sistema geral às suas necessidades.
O QUE PODE SER FEITO PARA QUE
ESSES ESPAÇOS SEJAM MAIS
HUMANITÁRIOS E SENSÍVEIS?
Humanizar a saúde também significa que as mentalidades dos indivíduos vão sofrer transformações positivas. Espaços que permitam um melhor convívio e que proporcionem boas experiências pessoais e interpessoais tendem a causar esse impacto positivo sobre seus usuários, e é nesse papel que a arquitetura deve atuar.
05
T C C2 0 2 1 . 2
Justificativa
OBJETIVOS
Propõe-se então um centro clínico de tratamento oncológico e hematológico no centro da cidade de São Gonçalo, uma instalação que oferece serviços hospitalares em regime ambulatorial e hospital-dia.
A proposta visa criar uma edificação que compreenda todos os espaços necessários para assistência dos pacientes oncológicos e hematológicos, dando suporte desde o diagnóstico até a finalização do tratamento.
Conjuntamente, o projeto tem a intenção de proporcionar espaços com conforto, segurança, tranquilidade e bem-estar a todos os usuários, sejam eles pacientes, acompanhantes ou funcionários.
Neste caderno, apresento as informações, pesquisas e estudos que sucederam para a elaboração desse projeto, bem como as resoluções e decisões técnicas que geraram sua forma final.
06
T C C2 0 2 1 . 2
Proposta
REALIZAÇÃO DE CONSULTAS
Facilitar o acesso a consultas de rotina e consultas especializadas para prevenção e diagnóstico do câncer, doenças hematológicas e também outras enfermidades correlacionadas.
HUMANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS
Criar um ambiente em que possam ser amenizados os efeitos negativos e invasivos dos tratamentos, para que sejam realizados de forma mais receptiva e humanizada. Espaços confortáveis que causem bons estímulos aos pacientes, tanto fisicamente quanto psicologicamente.
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
Oferecer um espaço em que possam ser feitos os exames necessários a um completo diagnóstico da doença. Onde os serviços mais modernos sejam disponibilizados dentro do mesmo local, evitando assim o deslocamento do paciente para outras clínicas e hospitais, como é comumente feito.
CONEXÃO E BEM-ESTAR
Promover um local em que as pessoas possam se sentir mais conectadas entre si e com seu entorno, usufruindo de um espaço que proporcione bem-estar físico e mental à todos. Jardins internos e amplos espaços de convívio que possam incentivar a conexão entre os usuários e a natureza.
07
T C C2 0 2 1 . 2
Atribuições
PRESTAÇÃO DE ATENDIMENTO ELETIVO DE PROMOÇÃO E ASSISTÊNCIA À SAÚDE EM REGIME AMBULATORIAL E DE HOSPITALDIA.*
Atenção à saúde incluindo atividades de promoção, prevenção, vigilância à saúde da comunidade e atendimento a pacientes externos de forma programada e continuada;
PRESTAÇÃO DE ATENDIMENTO DE APOIO AO DIAGNÓSTICO E TERAPIA.*
Atendimento a pacientes internos e externos em ações de apoio direto ao reconhecimento e recuperação do estado da saúde (contato direto);
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*ANVISA Resolução – RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002. (I) T C C2 0 2 1 . 2
Programa de Usos
Consultas
SETORES INCLUÍDOS
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Hematologia Clinica e Laboratorial Oncologia Pediátrica Quimioterapia e Radioterapia T C C2 0 2 1 . 2 Hemoterapia
e Diagnósticos Exames Laboratoriais e de Imagem
Metodologia ETAPAS
PARA ALCANÇAR O OBJETIVO
REFERENCIAL TEÓRICO
Delimitação do tema, investigação, estruturação, definição do conceito do projeto.
ESCOLHA DO TERRENO E DIAGNÓSTICO
Escolha do terreno.
DESENVOLVIMENTO DO PROJETO E REPRESENTAÇÃO
Estudos sobre normas técnicas de ambientes hospitalares, leitura e pesquisa de artigos científicos, livros e projetos referenciais sobre o tema. Busca de referenciais arquitetônicos sobre modelos de projetos hospitalares humanizados.
Elaboração do programa de necessidades .
Análise e contextualização do entorno, como: estudos de clima, ventilação, fluxos, uso e ocupação do solo, entre outros.
Levantamento de dados gerais, como legislação urbana do município, e estabelecimento das diretrizes construtivas para elaboração estratégias de condicionamento térmico.
Produção de estudos de volume, iluminação e ventilação.
Desenvolvimento do partido, ambientação, representação gráfica. concepção de anteprojeto arquitetônico.
Implantação, forma e setorização; Acessos e fluxos, sistema estrutura e cobertura; Aplicação de componentes de iluminação natural e layouts internos.
Produção de desenhos técnicos e imagens, diagramação do caderno e da prancha súmula, apresentação.
10
O termo deriva-se de “humano”, que por sua vez vem do Latim humanus, que está relacionado com homo, que quer dizer “homem” e humus, que significa “terra”. O significado de Humanização descreve o ato ou efeito de humanizar, isto é, de tornar humano ou mesmo mais humano, de modo a ser mais benévolo ou afável. A humanização do ambiente implica na criação de condições favoráveis à prática da sensibilidade e da solidariedade humana.
Este projeto tem como conceito a humanização do ambiente hospitalar. O desenvolvimento de um ambiente que possa propiciar aos que estão em seu momento de maior vulnerabilidade um lugar acolhedor, inspirador e tranquilo para sua recuperação. Aos que estão apenas acompanhando, um lugar de comodidade e serenidade. E aos que estão realizando suas atividades profissionais, um lugar de organização e positividade.
hu·ma·ni·zar
11 I N T E N Ç Ã O D O P R O J E T O A R Q U I T E T Ô N I C O
Projetos arquitetônicos que foram referências na aplicação do conceito e consequente elaboração do partido deste trabalho.
Abordam conceitos como arquitetura biofílica, neuroarquitetura e amplas resoluções em questões de conforto ambiental.
Projetos de Referência
R E F E R Ê N C I A S P R O J E T U A I S
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A Equipe COWI A/S, Vilhelm Lauritzen Architects, Mikkelsen Architects, e STED Landscape é responsável por projetar o Centro de Diabetes de Copenhague, o Steno Diabetes Center Copenhagen. A previsão de conclusão do projeto de 18.000m² é para o ano de 2021. Seu conceito se baseia na criação de uma conexão dos pacientes com a natureza, o Centro entrelaça o interior e o exterior, a fim de estimular e acolher tanto os pacientes quanto seus acompanhantes e visitantes. As áreas comuns e de tratamento situam-se no pavimento térreo do centro, rodeando seis pátios e intercaladas por uma série de áreas de espera, salas silenciosas, espaços de biblioteca etc.
D I N A M A R C A
S T E N O D I A B E T E S C E N T E R C O P E N H A G E 13
O Hospital
Bendigo oferece instalações de saúde de em uma área de 130.000m² As referências à história e ecologia local e regional ajudaram a oferecer benefícios sociais, ambientais e culturais com um forte senso de lugar para todos os seus usuários. O projeto foi derivado de um amplo envolvimento com várias partes interessadas, incluindo funcionários do hospital, grupos da comunidade local e governo. O projeto considera o edifício e a paisagem como um todo integrado, e sua forma construída se estende e emoldura o cenário do jardim, enquanto a paisagem é desenhada internamente para criar santuários internos de tranquilidade.
B E N D I G O H O S P I T A L / O C U L U S B E N D I G OA U S T R A L I A 14
O arquiteto carioca Lelé dedicou sua vida ao estudo, projeto e desenvolvimento de técnicas construtivas préfabricadas que pudessem servir a sociedade de maneira mais barata, rápida e inteligente. Em seus projetos, dominava as questões de conforto térmico, desafiando questões sistemáticas de construção hospitalares, quando propôs que os ambientes deveriam ser o mais naturais possíveis. Montou em 1992 o Centro de Tecnologia da Rede Sarah (CTRS), onde desenvolveu e executou diversos edifícios públicos - os mais famosos, Hospitais da Rede Sarah. Estes hospitais são notáveis exemplares de humanização hospitalar, com seus grandes solários e jardins, espaços a ema estrutural inovador.
H O S P I T A I S D A R E D E S A R A H K U B I T S C H E K J O Ã O F I L G U E I R A S L I M A / B R A S I L 15
L o c a l i z a ç ã o 15 Rua Dr. Nilo Peçanha, 117 - Centro, São Gonçalo - RJ, 24445-360. São Gonçalo / RJ RiodeJaneiro/Brasil L O C A L I Z A Ç Ã O D O T E R R E N O 16
17 77 ,23 m 48,16m 83,60m 83,00m ÁREA 5.203 m² O T e
o
Á R E A T O T A L 5 . 2 0 3 M ²
r r e n
Rua Dr. Nilo Peçanha, 117 - Centro, São Gonçalo - RJ, 24445-360.
E n t o r n o 18 E N T O R N O I M E D I A T O D O
E
T
R R E N O
FACHADA PRINCIPAL - RUA DR NILO PEÇANHA ESQUINA COM A TRAVESSA MANOELBRAGA
FACHADA AVENIDA PRESIDENTE KENNEDY FACHADA AVENIDA PRESIDENTE KENNEDY
Entorno
ANÁLISE E CONSIDERAÇÕES
O terreno localiza-se no bairro Centro, e seu entorno caracteriza-se majoritariamente por edificações de uso comercial e residencial. Os pés direitos dos edifícios são em sua média baixoscerca de 2 a 5 pavimentos. Também há forte presença de edificações de uso de saúde no eixo da Rua Dr Nilo Peçanha.
A área escolhida possui no total 5.203m² e fica entre duas vias arteriais. Há edifícios de uso significativo nas proximidades, são eles: Shopping Partage (1), Mercado Extra
(2) Clube Mauá (3) e o SESI (4).
MAPA DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
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02 03 04 01
ÁREA5.203m²
LEGENDA
SAÚDE INSTITUCIONAL COMERCIAL RESIDENCIAL SERVIÇOS
N
Legislação
PLANO DIRETOR DE SÃO GONÇALO
SEÇÃO VII - ZONA CENTRAL
Art. 60 – A Zona Central tem como parâmetros urbanísticos:
I – taxa de permeabilidade mínima de dez por cento;
II – coeficiente de aproveitamento máximo de dois inteiros e cinco décimos;
III – coeficiente de aproveitamento mínimo de dois décimos;
IV – taxa de ocupação de sessenta por cento;
V – gabarito máximo de quatro pavimentos.
Art. 58 – A Zona Central caracteriza-se pela predominância de usos mistos, admitindo-se a instalação de indústrias não incômodas e/ou comércio com área construída mínima de duzentos metros quadrados.
Art. 59 – Para efeito de parcelamento exigem-se, na Zona Central, lotes com área mínima de duzentos e quarenta metros quadrados e testada mínima de dez metros.
§1º – A taxa de ocupação para o primeiro pavimento será aumentada para oitenta por cento, quando destinado integralmente para o uso comercial e/ou estacionamento de veículos, mantendo-se a taxa de ocupação de sessenta por cento para os demais.
§2º – Não serão exigidos afastamentos laterais no primeiro pavimento, quando este se destinar para uso comercial e/ou estacionamento de veículos.
20 T C C2 0 2 1 . 2
Contextualização Climática
CIDADE DE SÃO GONÇALO / RJ
O clima do Município de São Gonçalo é dos tipos tropical e subtropical, com chuvas de verão e inverno e relativamente seco.
Em São Gonçalo, o verão é curto, quente, opressivo, com precipitação e de céu quase encoberto; o inverno é longo, agradável, úmido e de céu quase sem nuvens. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 18 °C a 32 °C e raramente é inferior a 16 °C ou superior a 35 °C. Na maior parte do ano, o clima está majoritariamente na faixa de classificação como "opressivo" e "abafado".
A direção média horária predominante do vento em São Gonçalo varia durante o ano. O vento mais frequente vem da direção leste na maioria dos meses (cerca de 9,9 do total) e do norte entre maio e agosto.
21
Condições Meterorológicas por Mês
Direção do vento em São Gonçalo
Velocidade média do vento
Dados Climáticos
Na maior parte do ano, o clima está na faixa de classificação como "opressivo e abafado". A temperatura média horária varia entre quente e morno, e a velocidade média do vento é cerca de 11,4km/h.
Níveis de conforto em umidade
Temperatura média horária
22
C I D A D E D E S Ã O G O N Ç A L O / R J
Ventilação
ESTUDO NA ESCALA MAC
Através dos dados meteorológicos podemos observar que os ventos predominantes vêm da direção leste e, com menor frequência, da direção norte. O entorno não possui grandes barreiras para a chegada do vento até o edifício, nem a níveis de relevo nem a nível de edificações mais altas.
Sendo assim, ficou observado que a melhor fachada para captação da ventilação natural para dentro do edifício seria a fachada sudeste, com saída desses ventos para a fachada noroeste através de aberturas permanentes.
23 T C C2 0 2 1 . 2
Rua Dr. Nilo Peçanha, 117 - Centro, São Gonçalo - RJ, 24445-360.
N
ZONA BIOCLIMÁTICA 5
Diretrizes Construtivas
ABERTURAS
ABERTURAS MÉDIAS
VEDAÇÕES
EXTERNAS
SOMBREAR
ABERTURAS
SOMBREAMENTO C
F
Adoção de paredes internas pesadas para manter o interior da edificação aquecido
(inverno)
Melhorar as sensações térmicas através da desumidificação dos ambientes (renovação do ar).
PAREDES: LEVE REFLETORA
COBERTURA: LEVE
ISOLADORA
I E J
Ventilação cruzada obtida através da circulação de ar pelos ambientes da edificação.
(verão)
São Gonçalo encontra-se na zona bioclimática 5, portanto, possui em suas diretrizes construtivas a utilização de aberturas médias e sombreamento destas aberturas, paredes leves e refletoras, e coberturas leves e isoladas termicamente. Como estratégias bioclimáticas, temse a renovação do ar através da ventilação dos ambientes e melhora da sensação térmica através da desumidificação,. Recomenda-se então ventilação cruzada no verão e vedações internas pesadas no inverno.
R A T É G I A S D E
O T É R M I C O 24
E S T
C O N D I C I O N A M E N T
ÁREAS COMUNS EXAMES CONSULTAS
RECEPÇÃO
PROGRAMAÇÃO FÍSICO-FUNCIONAL
CAFÉ
TRIAGEM CONSULTÓRIOS
RECEPÇÃO BANHEIROS
LABORATÓRIO (PACIENTES)
SALA DE COLETA HEMATOLÓGICA
CLASSIFICAÇÃO DE AMOSTRAS
BANHEIROS JARDIM
AUDITÓRIO
TERRAÇO VERDE
SALA DE CURATIVOS
MAMOGRAFIA
LABORATÓRIO GERAL
ÁRAS DE APOIO
COLETA DE SANGUE
PACIENTES
FARMÁCIA
DISPENSÃO DE MEDICAMENTOS ORAIS
RADIOLOGIA
LABORATORIAL
TOMOGRAFIA
RESSONÂNCIA
LABORATÓRIO (DOADORES)
GUARDA-VOLUMES
ACESSO 2º PAVIMENTO
SALA DE APLICAÇÃO DE MEDICAMENTOS
BANHEIROS
SALA DE PREPARO DO PACIENTE
PREPARO DE CONTRASTE
RECUPERAÇÃO DE EXAMES
CLASSIFICAÇÃO DE AMOSTRAS
SALA DE DISTRIBUIÇÃO/ COMPATIBILIDADE
ESTOCAGEM HEMOCOMPONENTES
25 S A L A S E S E T O R E S I N C L U Í D O S
PROGRAMAÇÃO FÍSICO-FUNCIONAL
TRATAMENTO ALA PEDIÁTRICA HEMOTERAPIA SERVIÇOS
OFICINA DO MOVIMENTO
RECEPÇÃO
SALA DE INFUSÃO QUIMIOTERÁPICA (02) CONSULTÓRIOS
SALAS RADIOTERAPIA
BANHEIRO
SALAS DE EMERGÊNCIA
SALAS DE PSICOTERAPIA
SALA DE PSICOTERAPIA
SALA DE INFUSÃO PEDIÁTRICA
ESPERA DOADORES
TRIAGEM DOADOR
CONSULTÓRIO DOADOR
SALA DE COLETA DE SANGUE
SALA DE RECUPERAÇÃO
DOADOR LANCHONETE
BANHEIROS
ESPERA PACIENTES
SALA DE TRANSFUSÃO
VESTIÁRIO FUNCIONÁRIOS LIMPEZA
VESTIÁRIO FUNCIONÁRIOS SAÚDE COPA FUNCIONÁRIOS
ÁREA DE CONVÍVIO FUNCIONÁRIOS
DML EXPURGO
ALMOXARIFADO
26
S A L A S E S E T O R E S I N C L U Í D O S
DEPÓSITO DE CADEIRA
DE RODAS
Este programa físico-funcional foi elaborado tendo por base a norma
ANVISA RCD 50.
Essa norma dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde.
RAMPA
SAÍDAS DE EMERGÊNCIA
FINANCEIRO
PROGRAMAÇÃO FÍSICO-FUNCIONAL ADMINISTRAÇÃO OUTROS SALA ADMINISTRATIVA
SALA DA DIRETORIA
PORTARIA ESTACIONAMENTO
SALA DE REUNIÕES VESTIARIOS LIXO ORGÂNICO LIXO INFECTANTE
LIXEIRA EXTERNA BICICLETÁRIO
27 S A L A S E S E T O R E S I N C L U Í D O S
T C C2 0 2 1 . 2
F l u x o g r a m a 28
29 ESTUDO DE IMPLANTAÇÃO 01 ESTUDO DE IMPLANTAÇÃO - CROQUI ESTUDO DE IMPLANTAÇÃ 02 E S T U D O S D E I M P L A N T A Ç Ã O
E s t u d o s
PERSPECTIVA ISOMÉTRICA - FACHADA SUDOESTE E SUDESTE
VISTA SUPERIOR
PERSPECTIVA ISOMÉTRICA - FACHADA NORDESTE
30
N E S T U D O S D E V O L U M E T R I A
Proposta
O projeto proposto dispõe de um formato poligonal, e suas fachadas seguem os contornos do terreno. A partir de sua estrutura modulada de vigas e pilares, os pavimentos compõem-se por conjuntos de blocos separados por setorização.
O átrio central é o norteador da forma do projeto, pois é ele quem promove as áreas de convívio internas e conexão entre as alas do térreo. Além disso, proporciona bem-estar aos pacientes sem tirar a privacidade necessária ao ambiente hospitalar. As esquadrias de vidro funcionam como um tipo de pano quase invisível, trazendo uma visibilidade e permeabilidade ao edifício.
Os átrios laterais têm um papel importante na composição geral, pois são responsáveis pela ventilação, iluminação naturais e promovem conforto térmico ao edifício.
vista Frontal -- Proposta
O projeto possui cerca de 2.780m² de área, somando os dois pavimentos construídos. E ocupa cerca de 28% da área total do terreno.
31
A N T E P R O J E T O T C C2 0 2 1 . 2
Proposta
A estrutura modulada em 5mx5m permitiu a criação de blocos de salas independentes e facilitou os encaixes estruturais entre os pavimentos e também a cobertura.
O pé direito de cada pavimento possui 3,5m nas áreas comuns e externas, com a estrutura aparente. Os pés direitos internos possuem 2,80m, com adição de forro, para trazer mais comodidade aos pacientes e limpeza aos procedimentos.
Perspectiva Isométrica Esquemática Implantação
2º PAVIMENTO
1º PAVIMENTO
COBERTURA TERRENO
Perspectiva Explodida Esquemática
32
Zoneamento
O edifício possui dois andares, três entradas principais e uma entrada de serviço.
Na entrada principal do primeiro pavimento (fachada sudeste), temos acesso às zonas de consultas, medicação imediata e laboratoriais.
Os setores de diagnóstico e terapia se situam próximos a entrada secundária, que fica a noroeste do terreno. Já o setor de oncologia infantil se situa na entrada terciária, na fachada nordeste.
No segundo pavimento estão situados os setores de tratamento mais invasivos e de doação de sangue.
33 LEGENDA
ÁREA CLÍNICA FARMÁCIA LABORATÓRIO CIRCULAÇÃO EXAMES ALA INFANTIL TRATAMENTO ALIMENTAÇÃO SERVIÇOS BANHEIROS ADMINISTRAÇÃO
Zoneamento
ÁREA CLÍNICA
FARMÁCIA LABORATÓRIO
CIRCULAÇÃO
EXAMES
ALA INFANTIL
VISTA SUPERIOR ESQUEMÁTICA TÉRREO
VISTA SUPERIOR ESQUEMÁTICA 2º PAVIMENTO
TRATAMENTO
ALIMENTAÇÃO
SERVIÇOS
BANHEIROS ADMINISTRAÇÃO
BANHEIROS
34
LEGENDA
Ventilação
ESTUDO NA ESCALA MICRO
Após os estudos sobre a ventilação na escala macro associadas às estratégias de condicionamento térmico indicadas para a zona bioclimática 05. foram elaboradas estratégias de aberturas para ventilação dentro da edificação,
A fachada sudeste será responsável pela maior captação do vento através das aberturas permanentes (cobogós), abertura de grandes vãos e uso de básculas em boa parte da fachada.
A fachada noroeste possui aberturas estratégicas para saída desta ventilação no formato "cruzado", proporcionando uma boa circulação de ar no ambiente,
O átrio central funcionará como ferramenta para esquematização da ventilação chaminé em todo o edifício.
35 T C C2 0 2 1 . 2
Fluxos
Os fluxos foram pensados a partir das necessidades de cada tipo de paciente, sendo estes fluxos direcionados e posicionados de acordo com as etapas de cada parte do tratamento.
Na entrada principal do térreo (entrada sudeste) temos acesso ao setor de consultas, medicação imediata e coleta de sangue para pacientes. Desta mesma recepção principal, temos acesso ao café, pois é a área mais movimentada deste pavimento.
O acesso ao setor de oncologia infantil é separado dos demais, e fica à nordeste. Deste setor temos acesso ao café e à ala de exames rapidamente.
Na entrada noroeste encontramos a recepção secundária Desta recepção temos fácil acesso ao setor de diagnóstico por imagem e algumas salas de tratamentos específicos. Esta entrada é mais reservada pois os serviços são oferecidos com hora marcada, portanto, com o fluxo mais controlado. A entrada de serviço fica a sudoeste. Por ser uma fachada de pouco fluxo e fácil acesso pela rua principal, os funcionários tem um acesso mais discreto ao edifício, assim como a saída de materiais.
36 T C C2 0 2 1 . 2
Planta Baixa 1º Pavimento
Fluxos
No pavimento superior encontramos o terraço, que possui acesso rápido pela rampa externa ou pelo eixo de circulação vertical à direita. Através deste mesmo eixo de circulação, doadores têm acesso direto ao setor de triagem e doação de sangue, contando com área de espera e lanchonete no mesmo sentido do fluxo.
Neste pavimento estão distribuídos os setores relacionados à tratamentos contínuos, como a radiologia, quimioterapia e sala de transfusão.
Estas duas últimas contam com um espaço amplo e reservado dos demais setores, com vistas para o jardim e rua principal, respectivamente. Suas áreas de espera também possuem vistas para o exterior.
37 T C C2 0 2 1 . 2
Planta Baixa 2º Pavimento
CONCRETO
Além de ser o principal material de toda a estrutura base do projeto, ele está presente nos acabamentos das fachadas externas. É um material de fácil acesso e durabilidade. É um elemento que também transmite aspecto de força, estabilidade, segurança
Materialidade
METAL
VIDRO
MANTA VINÍLICA
Utilizado nas estruturas em gradil dos muros verdes, guarda-corpos, acabamentos para as esquadrias e outros detalhes. O material possui grande leveza, é de fácil limpeza. Transmite modernidade e elegância para os ambientes.
O material foi utilizado para alcançar transparência e luz em todo o projeto. Traz a sensação de leveza, permeabilidade e sensação de ampliação dos ambientes. Foi empregado em larga escala no átrio principal, proporcionando visibilidade para o jardim.
Está presente no piso de quase todo o projeto. Este material é de fácil acesso, manutenção e ótima esterilização, sendo ideal para aplicação nos ambientes hospitalares. Possui infinitas estampas, incluindo a cor amadeirada escolhida para este projeto.
M
T E R I A I S U
L
D O S
A
T I
I Z A
38
EXTERNA E ÁREAS COMUNS
Jardins Verticais
Gradil em padrão
Mobiliário com Cores
Piso Amadeirado
Revestimentos
Texturizados
Vegetação
mentos em Padrão
adrado: Sensação de metria e Unidade.
o de cores quentes e tons adeirados para os bientes transmitindo nchego e conforto.
ndes esquadrias de vidro moldura de metal branca a entrada da luz nas hadas mais amenas.
Cobogó
Brises Metálicos
vestimentos texturizados e oridos nas áreas comuns é, espera, terraço e epções).
T C C2 0 2 1 . 2 Linguagem 39
PERSPECTIVAS T C C2 0 2 1 . 2 40
PLANTAS CORTES E FACHADAS
41 VISTA SUPERIOR
e r s p e c t i v a s
E
42 T C C2 0 2 1 . 2
P
S T U D O S D E F A C H A D A
FACHADA NORDESTE
FACHADA SUDOESTE
FACHADA SUDESTE
FACHADA NOROESTE
P e r s p e c t i v a s
43
V O A L
ENTRADA PRINCIPAL
ENTRADA PRINCIPAL
FACHADA SUDESTE
FACHADA SUDESTE
P e r s p e c t i v a s
44
V O A L
FACHADA NORDESTE
ENTRADA SETOR INFANTIL - FACHADA NORDESTE
ENTRADA SETOR INFANTIL - FACHADA NORDESTE
FACHADA NORDESTE
P e r s p e c t i v a s
ENTRADA SECUNDÁRIA - FACHADA NOROESTE
ENTRADA SECUNDÁRIA - FACHADA NOROESTE
ENTRADA SECUNDÁRIA - FACHADA NOROESTE
ENTRADA SECUNDÁRIA - FACHADA NOROESTE
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V O A L
P e r s p e c t i v a s
TERRAÇO VERDE TERRAÇO VERDE
FACHADA NOROESTE - ENTRADA EMERGÊNCIA E SERVIÇOS
FACHADA NOROESTE - ENTRADA EMERGÊNCIA E SERVIÇOS
46
V O A L
P e r s p e c t i v a s
PERSPECTIVA RECEPÇÃO - ENTRADA PRINCIPAL
PERSPECTIVA RECEPÇÃO - ENTRADA PRINCIPAL
PERSPECTIVA RECEPÇÃO - ENTRADA PRINCIPAL
PERSPECTIVA RECEPÇÃO - ENTRADA PRINCIPAL
I M A G E N S I N T E R N A S
47
P e r s p e c t i v a s
PERSPECTIVA JARDIM INTERNO ÁTRIO CENTRAL E LANCHONETE
PERSPECTIVA CORREDOR SALAS DE EXAMES
48
I
LANCHONETE
M A G E N S I N T E R N A S PERSPECTIVA MEZANINO E LANCHONETE TÉRREO
TÉRREO
P e r s p e c t i v a s
49 P E R S P E C T I V AF A C H A D A S U D E S T E E F A C H A D A S U D O E S T E R E
N D E R S
P e r s p e c t i v a s
50 P E R S P E C T I V AF A C H A D A S U D O E S T E P E R S P E C T I V AF A C H A D A S U D E S T E R E N D E R S
P e r s p e c t i v a s
51 P E R S P E C T I V AF A C H A D A N O R D E S T E P E R S P E C T I V AF A C H A D A N O R O E S T E R E N D E R S
Cálculos e Dados
GERADORES DE ENERGIA:
Utilização de dois geradores de energia de alta potência
CÁLCULO DA RAMPA:
Inclinação utilizada de 4%
(ABNT NBR 9050)
1250 kVA cada gerador = 2.500kVA totais
Vão a ser vencido de 3.62m de altura 90.00m
PRODUÇÃO DE RESÍDUOS:
Orgânico e Rejeitos
2.628L / 11 contentores de 240L Reciclável seco
1.970L / 09 contentores de 240L
52
Cálculos e Dados
RESERVATÓRIO SUPERIOR:
RESERVATÓRIO DE ÁGUA: 53
25L POR PESSOA (LITROS/DIA) Média de usuários: 200 pacientes 95 funcionários 10.000L 185.000L Utilização de 3/5 da capacidade
superior 120.000L ÁREA AMBULATORIAL LANCHONETE + RESTAURANTE 165.000L Cálculo p/ 3 dias de reserva
total no reservatório
10.000L
RESERVATÓRIO INFERIOR: 13 unidades de
Utilização de 2/5 da capacidade total no reservatório superior + 40% da reserva de incêndio 72.000L 08 unidades de 10.000L
Cálculos e Dados
54
EXTERNAS:
AR CONDICIONADO - SISTEMA VRF:
UNIDADES
BTU 1.727.000 BTU UN. TOTAL 30.000 23.000 9.000 12.000 34 13 36 07 20.000 299.000 324.000 84.000 Cada unidade externa atende a cerca de 211.000 BTU
EXTERNOS T
2 1 . 2
9 CONDENSADORES
C C2 0
Detalhe Rampa
55
T C C2 0 2 1 . 2
ALAMY, Susana. 2017. Depressão no ambiente hospitalar: do paciente ao profissional de saúde. Disponível em < https://www.psicologia.pt/artigos/ver opiniao.php?depressao-noambiente hospitalar-do-paciente-ao-profissional-de-saude&codigo=AOP0449 >
Acesso em: 03 de dezembro de 2019.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050: Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro, 2004.
ARAÚJO, Luiz Alberto David.
Maggie’s Architecture and Landscape Brief, Maggies Centres. 2015. Disponível em: <maggies_architecturalbrief_2015.pdf (maggies-staging.s3.amazonaws.com
Bibliografia
Maggie’s - Everyone’s home of cancer care. Our story > Who was Maggie? < https://www.maggies.org/about-us/how-maggies-works/our-story/ > Acesso em: 03 de dezembro de 2019.
ANVISA, Resolução – RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002. (I) Dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde.
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Norma da ABNT NBR 9050, onde se estabelecem Normas Brasileiras de acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos,
Bibliografia
Ministério da Saúde. RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. Diário Oficial da República Federativa do Brasil.
Ministério da Saúde. RDC nº 220, de 21 de setembro de 2004. Dispõe sobre o Regulamento Técnico de Funcionamento para os Serviços de Terapia Antineoplásica. Diário Oficial da República Federativa do Brasil.
Ministério da Saúde. RDC nº 306, de 7 de dezembro de 2004. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.
Diário Oficial da República Federativa do Brasil.
Ministério do Trabalho e Emprego. NR 24 – Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 1993.
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Links
Bibliografia
https://pt.weatherspark.com/y/31119/Clima-característico-em-São-Gonçalo-doAmarante-Brasil-durante-o-ano
https://worldlandscapearchitect.com/bendigo-hospital-bendigo-australia-oculus/ https://www.archdaily.com.br/br/01-36653/classicos-da-arquitetura-hospitalsarah-kubitschek-salvador-joao-filgueiras-lima-lele
https://www.archdaily.com.br/br/806467/centro-de-diabetes-em-copenhagueconecta-os-pacientes-a-natureza
https://www.archdaily.com.br/br/601650/a-historia-dos-centros-maggie-como-17arquitetos-se-uniram-para-combater-o-cancer.
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PLANTAS TÉCNICAS
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO EAU / UFF ANEXOS T C C2 0 2 1 . 2 59