INFORME ABIMDE - MARÇO 2014

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Avanços no setor de treinamento simulado

m pouco mais de um ano de atuação, o Comitê de Simulação e Treinamento da ABIMDE (CSTA) comemora as diversas conquistas obtidas junto ao mercado e às Forças Armadas, criando uma base para o fomento e para o avanço do setor. Além de contar com mais de 30 empresas associadas, entre elas os principais players do setor de simulação e treinamento em defesa e segurança, o CSTA tem contribuído para o fortalecimento e a definição de novas estratégias de atuação nesse segmento. “Hoje as Forças Armadas já sabem quais empresas podem fornecer produtos e serviços na área de treinamento e simulação, e também já adotam requerimentos padronizados para a solicitação de tais demandas, o que permite

por Karen Gobbato

alinhar as expectativas quanto ao melhor atendimento”, comenta o coordenador do CSTA, Auro Azeredo. Segundo ele, com esse reconhecimento interno as empresas nacionais têm buscado cada vez mais se adequarem às exigências para se tornarem Empresas Estratégicas de Defesa (EED). Além disso, esse movimento de valorização do mercado local evidencia a qualidade das empresas nacionais e assim o seu fortalecimento, o que tem resultado na aproximação com companhias estrangeiras que buscam firmar parcerias locais para ingressarem no mercado brasileiro de defesa, com a transferência de tecnologia. “Cerca de sete empresas já estão perfiladas nesse contexto e estudando parcerias com grandes players mundiais”, revela Azeredo.

PROJETOS Nesse contexto, o CTSA tem, desde o ano passado, participado do desenvolvimento do Workshop de Treinamento Militar (WSTM) que, a partir de 2014, passa a ter duas versões: uma comercial e outra técnica. A comercial passa a ocorrer na Mostra BID Brasil e possibilitará às empresas participantes do evento a exposição de seus lançamentos e produtos, criando novas oportunidades de negócios. Já a técnica será um evento itinerante realizado em cada Força Armada. Neste ano, espera-se que o encontro seja realizado em uma das dependências da FAB, com ênfase nas atividades da Força Aérea. O calendário já prevê para o próximo ano que o WSTM técnico seja realizado nas dependências da Marinha e, em 2016, nas dependências do Exército.

Auro Azeredo, coordenador do CSTA

Divulgação

Entre os projetos em implantação pelo CSTA estão a criação de Centros de Simulação de Operações de Defesa (CSOD), entidades que passarão pela validação do Ministério da Defesa, atendendo as necessidades das Forças Armadas na criação de planejamento e capacitação. Um CSOD permitirá que sejam criados ambientes virtuais com a simulação de ambientes de guerra, integrando diversos agentes, propiciando o exercício de comando, controle, comunicação, computação, inteligência, monitoramento e reconhecimento, entre outros. Isso tudo com o emprego da mais moderna tecnologia de simulação existente e capaz de atender todas as Forças Armadas, além do emprego civil. “Será possível treinar todos os envolvidos em um ambiente virtual de planejamento de defesa em um teatro de operações sintético”, explica Azeredo. De acordo com ele, esse projeto ambicioso pode ser viabilizado por meio de Parcerias Público Privadas (PPP). “Ainda estamos estudando qual o melhor regime para sua viabilização. As perspectivas são promissoras, dado o interesse de empresas estrangeiras líderes em simulação militar desejarem investir no mercado de defesa brasileiro em parceria com as nacionais”. O CTSA tem atuado junto ao governo federal para apresentar a importância de tal projeto, e trabalhado na formação dessa nova realidade tecnológica por meio da capacitação das empresas nacionais.


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