INFORME ABIMDE AGOSTO 2014

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INFORME Setembro, 2014 - Edição 05

Revista Oficial da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança

BID BRASIL

Evento chega à terceira edição, se consolida como um dos principais do setor de defesa e segurança no País e mostra que a indústria brasileira está pronta para atender demandas nacionais e internacionais

PARCERIA

TRAJETÓRIA

VERDE AMARELAS

General-de-Divisão Aderico Visconde Pardi Mattioli, do DECTI, faz reflexões do pós END e perspectivas futuras da BID

ABIMDE completa 29 anos de luta pela indústria de defesa no Brasil

Brigadeiro José Augusto Crepaldi Affonso, da COPAC, apresenta os projetos estratégicos da FAB


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SEJA UM ASSOCIADO

(11) 3170-1860

Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança

Sindicato Nacional das Indústrias de Materiais de Defesa

Avenida Paulista, nº 460, 17º andar, cj B Bela Vista, São Paulo, SP | CEP 01310-000


INFORME Ano 01 – Número 04

EXPEDIENTE CONSELHO DIRETOR DA ABIMDE Presidente Sami Youssef Hassuani 1o Vice-Presidente Carlos Frederico Q. de Aguiar Vice-Presidente Executivo Carlos Afonso Pierantoni Gambôa Vice-Presidentes Antonio Marcos Moraes Barros Celso Eduardo Fernandez Costa Eduardo Hermida Moretti Marcelio Carmo de Castro Pereira André Amaro da Silveira Diretores Wilson José Romão Gustavo Ramos José Carlos Cardoso Jorge Ramos de Oliveira Júnior Celso José Tiago Diretora Administrativa Heloísa Helena dos Santos Diretor Técnico Armando Lemos CONSELHO EDITORIAL Jornalista Responsável e Diretora de Redação Valéria Rossi | MTB: 0280207 Editora Claudia Pereira | MTB: 29.849 Diretora de Arte Luciana Ferraz Repórter Especial Karen Gobbatto Editora de Fotografia Carla Dias Revisora Juliana Hampel Assistente Administrativa Cássia Ruivo INFORME ABIMDE é uma publicação da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE) Avenida Paulista, 460, 17o andar, conjunto B, Bela Vista, CEP 01310-000 Tel./Fax: (11) 3170-1860 Escritório Brasília:(61) 8183-0034 Lourenço Drummond Lemos Produção Editorial Rossi Comunicação Correspondência Rua Carlos Sampaio, 157, Mezanino, Bela Vista, São Paulo, SP | CEP 01333-021 Tel.: (11) 3262-0884 informeabimde@rossicomunicacao.com.br Foto capa: Reprodução Gráfica HR – (11) 3349-6444

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ÍNDICE 04 | EDITORIAL Exportar para crescer 05 | VERDE AMARELAS Brigadeiro-do-Ar José Augusto Crepaldi Affonso fala da COPAC e sua missão de congregar e gerenciar os projetos estratégicos da FAB 10 | TRAJETÓRIA ABIMDE chega aos 29 anos como a principal entidade representativa do setor de defesa e segurança no País 16 | POR DENTRO DA ABIMDE Entidade apresenta novidades em sua equipe, site e comitês 17 | SISGAAZ IACIT assina contrato com a Marinha do Brasil para testar radar “Over the Horizon” (Além do Horizonte) 18 | INDÚSTRIA Emgepron e seu sistema de controle de armas estabilizado para embarcações – CORCED 20 | ELETRÔNICA Imbel desenvolve Transceptor Portátil Pessoal TPP 1400 com inédita tecnologia de transmissão do som por condução óssea 21 | ASTROS 2020 Avibras entrega primeiro lote de viaturas ao Exército 22 | PARCERIA General-de-Divisão Aderico Visconde Pardi Mattioli, diretor do DECTI, conta como a implantação da END tem contribuído para os avanços do setor 25 | ARTIGO Luciano Cardim, da Motorola Solutions, fala sobre banda larga para comunicações de missão crítica

31 | MERCADO RF COM integra quase todos os principais projetos estratégicos do governo brasileiro 32 | TECNOLOGIA NACIONAL Radar Secundário S200R, desenvolvido pela Bradar, entra em produção em 2015 e poderá ser integrado a sistemas de controle de tráfego aéreo 33 | MODERNIZAÇÃO Novo sistema do Navio-Escola “Brasil”, da Marinha Brasileira, desenvolvido pela SKM, já está em operação 34 | MERCADO INTERNACIONAL Consultorias AMANI e RC trabalham no Projeto Exportar para Crescer com o objetivo de auxiliar empresas de material de defesa a ampliar seus negócios no exterior 35 | EED Novas companhias são certificadas pelo governo como Empresas Estratégicas de Defesa 36 | TÚNEL DO TEMPO A história de sucesso dos quase 90 anos da CBC 39 | PONTO DE VISTA Conhecimento: intangível essencial e estratégico para o País 41 | ROTEIRO BID BRASIL Perfil das empresas Associadas presentes na edição 2014 do evento

INFORME Setembro, 2014 - Edição 05

Revista Oficial da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança

26 | NOTAS Novidades dos comitês da ABIMDE: Comciber, CSTA e VNT 28 | ENTREVISTA Novo comandante da DIRMAB, Major Brigadeiro-do-Ar Carlos de Almeida Baptista Junior, fala como empresas brasileiras podem concorrer com as internacionais 30 | SEGURANÇA BCA Ballistic Protection se consolida no segmento de blindagem de helicópteros

BID BRASIL

Evento chega à terceira edição, se consolida como um dos principais do setor de defesa e segurança no País e mostra que a indústria brasileira está pronta para atender demandas nacionais e internacionais

PARCERIA

TRAJETÓRIA

VERDE AMARELAS

General-de-Divisão Aderico Visconde Pardi Mattioli, do DECTI, faz reflexões do pós END e perspectivas futuras da BID

ABIMDE completa 29 anos de luta pela indústria de defesa no Brasil

Brigadeiro José Augusto Crepaldi Affonso, da COPAC, apresenta os projetos estratégicos da FAB

40 | CAPA Inovações da indústria brasileira de defesa são apresentadas na 3ª Mostra BID Brasil


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EDITORIAL

Exportar significa reduzir riscos nos negócios e evitar instabilidade. Além disso, a empresa não fica condicionada ao ritmo de crescimento da economia nacional e às mudanças na política econômica. A exportação abre a possibilidade de planejamento a longo prazo, garante maior segurança na tomada de decisões e amplia o número de clientes. Conquistar mercados externos também permite melhoria no fluxo de caixa e maximização do capital de giro, já que há possibilidade de recebimento de pagamento antecipado das receitas de exportação. Possibilita ainda o incremento da competitividade com aperfeiçoamento dos métodos de produção e de controle de qualidade.

Exportar para crescer

Para a empresa crescer e exportar é necessário que tenha acesso à tecnologia, reserva de capacidade produtiva, equipe multidisciplinar e acesso a crédito. A competição no mercado internacional é suficientemente intensa para eliminar as empresas que não apresentam formas de financiamento adequadas para sua atuação. A ausência de financiamento pode impedir a exportação, a despeito de a empresa deter toda qualificação técnica para a execução da venda externa. Nesse contexto, é importante buscar dois tipos de crédito às exportações, sendo o primeiro para inovação e o segundo para viabilizar os contratos (capital de giro, instrumentos de financiamento, garantias e seguro de crédito).

Divulgação

Vencemos vários desafios, mas ainda temos muito trabalho pela frente. O cenário é positivo, porém precisamos ampliar ainda mais o mercado de oportunidades para continuar gerando valor de forma contínua.

Sami Youssef Hassuani Presidente da ABIMDE


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PÁGINAS VERDE AMARELAS

A

COPAC (Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate) nasceu em 1981 para acompanhar e gerenciar o programa binacional (Brasil e Itália), o AM-X, que alavancou a indústria aeroespacial brasileira para a produção conjunta do caça A-1, atualmente em operação nas Forças Aéreas Brasileira e Italiana. Com o passar do tempo, a comissão foi assumindo outras missões e, hoje, é responsável pelo gerenciamento de mais de 20 projetos de aquisição, desenvolvimento e modernização de sistemas de defesa para a Força Aérea Brasileira (FAB). Segundo o Brigadeiro-do-Ar José Augusto Crepaldi Affonso, presidente da COPAC, a comissão é um grande escritório de aquisição no sentido mais amplo da palavra, não apenas relacionado ao ato de comprar algo, mas sim à obtenção e incorporação de capacidades estratégicas, o que se traduz na aquisição de sistemas de defesa complexos. Ele ressalta que, hoje, estão sob a responsabilidade da COPAC projetos como FX-2, P-3, H-XBR, KC-390, KC-X2, modernização das aeronaves A-1, F-5 e E-99, desenvolvimento de mísseis ar-ar em parceria com a África do Sul (A-Darter), entre outros. Em entrevista ao INFORME ABIMDE, o Brigadeiro Crepaldi fala sobre as outras tarefas, desafios e expectativas dessa comissão que congrega e gerencia os grandes projetos estratégicos da Força Aérea Brasileira. INFORME ABIMDE – Há quanto tempo o senhor está à frente da COPAC? Brigadeiro-do-Ar José Augusto Crepaldi Affonso – Assumi a Presidência da Comissão Co-

COPAC E SUA MISSÃO DE CONGREGAR E GERENCIAR OS PROJETOS ESTRATÉGICOS DA FAB

por Valéria Rossi

ordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC) em abril de 2013. IA – Como funciona a Comissão? Brigadeiro Crepaldi – A COPAC nasceu em 1981 para acompanhar e gerenciar o programa AM-X – programa binacional com a Itália, que tanto alavancou a indústria aeroespacial brasileira – para a produção conjunta do caça A-1, atualmente em operação nas Forças Aéreas Brasileira e Italiana. Hoje, a COPAC teve sua atuação bastante ampliada, sendo responsável pelo gerenciamento de mais de 20 projetos de aquisição, desenvolvimento e modernização de sistemas de defesa para a Força Aérea Brasileira (FAB). A COPAC está localizada em Brasília e está funcionalmente subordinada ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA). Somos um grande escritório de aquisição no sentido mais amplo da palavra, não apenas relacionado ao ato de comprar algo, mas sim à obtenção e incorporação de capacidades estratégicas, o que se traduz na aquisição de sistemas de defesa complexos. A COPAC exerce uma mescla de atividades englobando processos de seleção de sistemas complexos, negociação e gestão de contratos e acordos de compensação e gerenciamento de grandes projetos, para falar das mais evidentes. Estas atividades são norteadas por uma diretriz do Comando da Aeronáutica (COMAER), a DCA 400-6, que orienta a gestão de todo o ciclo de vida dos sistemas e materiais da Aeronáutica. É importante lembrar que as aeronaves operadas pela FAB têm expectativa de voar cerca de 30 anos, às vezes mais. Isso significa que o processo de obtenção das capacidades dese-

jadas deve levar em conta não apenas o custo de aquisição, mas também os aspectos relacionados à maturidade tecnológica, capacidade industrial, suporte à operação, obsolescência, entre outros. Em função da natureza de suas atividades, a COPAC atua matricialmente, relacionando-se com todos os órgãos da FAB sob a coordenação do EMAER (Estado-Maior da Aeronáutica). É o EMAER que define os requisitos dos diversos sistemas de defesa a serem adquiridos ou modernizados pela entidade. Portanto, é a esse órgão que a COPAC se reporta no que diz respeito ao gerenciamento dos diversos projetos sob sua responsabilidade, sempre sob a liderança do Comandante da Aeronáutica. IA – A COPAC tem um papel importante nos programas estratégicos da FAB, como isso funciona? Brigadeiro Crepaldi – Os diversos programas estratégicos da FAB visam dotar a Força de novas capacidades fundamentais para que cumpra sua missão constitucional, que é, de forma sintética, a garantia da soberania do espaço aéreo brasileiro. Vários desses projetos envolvem a aquisição, desenvolvimento ou modernização de sistemas de defesa. É natural, portanto, que muitos projetos estratégicos estejam a cargo da COPAC. Hoje, estão sob a nossa responsabilidade os Projetos FX-2, P-3, H-XBR, KC-390, KC-X2, de modernização das aeronaves A-1, F-5 e E-99, de desenvolvimento de mísseis ar-ar em parceria com a África do Sul (A-Darter), além de outros projetos estratégicos já planejados e ainda não iniciados que, certamente, terão nossa participação. Todos estão sendo conduzidos


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pela COPAC de acordo com as diretrizes superiores citadas anteriormente, sempre coordenados pelo Estado-Maior da Aeronáutica.

Johnson Barros

IA – Como a COPAC se relaciona com a indústria nacional? Nossa indústria consegue atender todas as necessidades das Forças? Brigadeiro Crepaldi – A Força Aérea Brasileira, desde suas origens, teve grande influência no desenvolvimento de tecnologia

nacional. O Marechal Montenegro (Marechal-do-Ar Casimiro Montenegro Filho), quando fundou o ITA e o CTA, na década de 1950, já tinha em mente a busca de capacitação do País na área aeroespacial, começando com o forte estímulo à formação de recursos humanos de alto nível e à criação de institutos de pesquisa que fomentassem esse desenvolvimento. Foi no Instituto de Pesquisas e Desenvolvimento (IPD), um dos institutos do CTA, que nasceu o projeto Bandeirante, concebido e conduzido por militares e civis da FAB e que foi a semente da criação da Embraer. Graças à persistência dos sucessores do Marechal Montenegro, hoje o Brasil possui um setor industrial aeroespacial respeitado mundialmente. Podemos citar muitas empresas, como a Embraer, a Avibras, a Mectron, a Helibrás, bem como os diversos fornecedores de bens e serviços que colaboram decisivamente para a consolidação da indústria nacional. Mas, respondendo de forma completa à sua pergunta, ainda não é possível suprir todas as necessidades da FAB apenas com produtos nacionais. O alto nível de investimento necessário para dominar algumas tecnologias torna esse objetivo muito difícil de ser alcançado no curto prazo. Citando apenas um exemplo, não há como termos, hoje, aeronaves dotadas de turbinas nacionais. Entretanto, sempre que possível, a FAB busca associar as inevitáveis aquisições internacionais a acordos de offset que permitam trazer para o Brasil

parte da tecnologia relacionada aos sistemas mais avançados. E, com isso, dar oportunidade às indústrias nacionais de absorverem tecnologia e se modernizarem, criando negócios sustentáveis e, assim, gerando e mantendo empregos e renda no País. IA – Como o senhor avalia a capacidade de desenvolvimento, inovação e entrega da indústria nacional? Brigadeiro Crepaldi – Sem dúvida temos visto progressos impressionantes nas últimas décadas, mas ainda há muito a fazer. Hoje, temos uma indústria aeronáutica de ponta, capaz de colocar seus produtos em operação nos cinco continentes do globo. O maior exemplo é, sem dúvida, a Embraer, cuja aviação comercial é sucesso mundial e que tem aumentado também seu portfólio de produtos de defesa. É sempre bom destacar que o sucesso da Embraer no setor comercial tem forte relação com os projetos de defesa que o governo brasileiro incentivou ao longo da história da empresa. As tecnologias e processos desenvolvidos nos projetos militares permitiram à companhia dar saltos de qualidade, aumentando sua competitividade e, consequentemente, sua participação no mercado mundial. É o que se pretende fazer mais uma vez com o Projeto KC-390, o maior e mais complexo avião já desenvolvido no Brasil, que deverá colocar nossa indústria aeronáutica num patamar ainda mais alto no cenário global. O grande desafio é prosseguir no adensamento da cadeia produtiva, fortalecendo os fornecedores locais da Embraer e, se possível, permitindo que eles também tenham condições de competir no mercado internacional. IA – Qual o caminho que o senhor sugere para que as empresas brasileiras consigam vender mais o seu produto dentro do País? Brigadeiro Crepaldi – Indústrias


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de defesa são, no mundo inteiro, extremamente dependentes dos programas governamentais. Por essa razão, penso que devemos considerar dois aspectos. O primeiro diz respeito ao esforço que tem sido feito para dar ao Brasil uma estrutura de defesa apropriada com suas dimensões territoriais e crescente importância política e econômica. Isto é um grande desafio num País que não tem problemas com seus vizinhos nem perspectiva de qualquer conflito bélico em seu horizonte. Mas a defesa de um país não pode ser considerada importante apenas em tempo de guerra. Ao contrário, é importante fortalecer nossa capacidade de defesa em tempos de paz para que, em função dos efeitos dissuasórios, esta paz seja efetiva e longa. Isto se traduz na necessidade de investimentos governamentais consistentes, para que se atinja e para que se mantenha a capacidade de defesa condizente com a relevância do Brasil. O segundo aspecto está relacionado a uma visão de sobrevivência das empresas no longo prazo, nos casos em que os projetos governamentais sofram restrições orçamentárias. É importante que as companhias se capacitem para competir no mercado internacional e, assim, diminuírem um pouco sua dependência do governo brasileiro. Isso também deve ser feito por meio do domínio das chamadas tecnologias duais, com aplicações civis e militares, que ampliam as possibilidades de mercado. Obviamente são passos que devem ser dados em conjunto com governo e empresas, com incentivos e estímulos devidamente discutidos com a sociedade, demonstrando a importância do fortalecimento da indústria de defesa, grande impulsionadora do desenvolvimento científico e tecnológico de qualquer país do mundo. IA – Como o senhor avalia a escolha do Gripen? Existem ainda algumas críticas que

dizem que o Gripen é uma aeronave em desenvolvimento. Brigadeiro Crepaldi – O processo de seleção do Projeto F-X2 considerou em seu escopo o ciclo de vida da aeronave, apreciando desde a necessidade operacional, a confrontação desta com os requisitos estabelecidos, o seu emprego, a avaliação operacional, a sua oportuna modernização ou revitalização até a sua desativação, bem como riscos e o fomento da indústria nacional. Vale ressaltar que profissionais especializados apreciaram as áreas técnico-operacional, logística, industrial, comercial, riscos e contra-partidas (offset) de forma independente, evitando qualquer composição de resultado. A aeronave Gripen NG apresentou a melhor avaliação, conforme relatório técnico emitido pela COPAC, em janeiro de 2010, sendo este um instrumento de assessoramento ao governo brasileiro. A decisão, divulgada em dezembro de 2013 pelo governo nacional, ratifica o posicionamento técnico, político e econômico demandado pelo projeto. O Gripen NG, por ser uma aeronave em desenvolvimento, apresenta duas faces que foram devidamente consideradas: o risco e a oportunidade. O risco se traduz nas dificuldades normais no desenvolvimento de um projeto estratégico e complexo, apesar do conhecimento comprovado da empresa SAAB no mercado aeronáutico, inclusive nas versões A/B/C/D da própria aeronave Gripen. Porém, ressalta-se a oportunidade da indústria nacional de adquirir conhecimento e, principalmente, de aplicá-lo na fabricação da aeronave Gripen NG. IA – O que o senhor destacaria no Gripen em relação aos demais concorrentes que estiveram no processo de seleção? Brigadeiro Crepaldi – Todas as ofertantes cumpriram as necessidades requeridas nas áreas técnico-operacional, logística, industrial, comercial e contra-

partidas (offset) do certame. No entanto, em consonância com a emissão da Estratégia Nacional de Defesa, vislumbrou-se a oportunidade de aplicar o conceito de transferência de tecnologia e cooperação industrial, especialmente no domínio das tecnologias necessárias para a produção de um caça brasileiro e da manutenção do ciclo de vida no País. Outro fator a ressaltar é o custo de operação da aeronave. Com uma concepção de operação de custo reduzido, o Gripen NG apresenta baixo custo de ciclo de vida para aeronaves de caça de sua categoria. Desta forma, os cenários de desenvolvimento conjunto e de custo de operação reduzido destacaram-se como diferenciais na oferta da SAAB. IA – Como está o projeto KC390? A FAB tem a expectativa de realizar o primeiro voo em outubro deste ano. Podemos esperar isso? Brigadeiro Crepaldi – Sem dúvida este é um projeto que tem alcançado enorme repercussão nacional e internacional. É o maior e mais avançado avião já produzido por nossa indústria aeronáutica. Continuamos trabalhando para termos o voo em 2014, perseguindo a meta planejada de primeiro voo em outubro. Os desafios para manter o cronograma em dia num projeto desta magnitude são enormes, mas a FAB, a Embraer e as demais empresas envolvidas estão em esforço máximo, confiantes de que teremos sucesso. Será uma conquista para todos os brasileiros. IA – A FAB suspendeu, no ano passado, o processo da contratação para o projeto KCX2, isso será retomado em 2014? Brigadeiro Crepaldi – O projeto foi temporariamente suspenso em novembro de 2013 devido às restrições orçamentárias impostas. A COPAC manteve a gerência executiva do projeto ativada e está em condições de dar con-


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tinuidade ao processo de contratação, contudo, até o momento, não existe uma determinação do Estado-Maior da Aeronáutica para que ele seja retomado.

de recursos humanos em pesquisa e desenvolvimento no campo da aviação de asas rotativas.

brevivência da aeronave em ambiente hostil. Visa ainda instalar um reforço estrutural na junção asa-fuselagem, que permitirá IA – Sobre o projeto P-3, o ampliar a vida útil do avião. Com senhor poderia falar como a modernização dos A-1, a FAB IA – A COPAC também está está? E qual a sua importân- vai poder operá-los até 2032. envolvida no projeto H-XBR? cia para vigiar nossas águas Merece especial destaque a proO senhor poderia falar um marítimas? dução nacional, pela empresa pouco sobre ele? Esse proje- Brigadeiro Crepaldi – O projeto AEL Sistemas, de equipamentos to reúne pela primeira vez as P-3BR teve como principal obje- eletroeletrônicos a serem embartrês Forças Armadas, o que to a revitalização e moderniza- cados na aeronave A-1M, sendo isso representa para o País? ção, pela Empresa Airbus D.S, criadas as condições no País para Brigadeiro Crepaldi – O Proje- de nove aeronaves P-3A ORION, o domínio de tecnologias altato H-XBR é um empreendimento que se destinam prioritariamen- mente sofisticadas, de difícil ou de grande vulto do Ministério da te ao cumprimento das missões demorada geração interna. Com Defesa, coordenado e executado Antissubmarino, Patrulha Maríti- o novo sistema aviônico do A-1 pelo COMAER, que tem por ob- ma, Busca e Salvamento (SAR) e modernizado, o piloto terá um jetivo principal fomentar a indús- Controle Aéreo Avançado. grande número de informações tria de asas rotativas no Brasil, Todas as nove aeronaves disponíveis simultaneamente, possibilitando o desenvolvimento já foram entregues à FAB, com que lhe permitirão avaliar melhor completo de um helicóptero na- lotes de entrega que se iniciaram o ambiente situacional. cional a partir de 2020. no ano de 2011, e se encerraram Atualmente, encontra-se Essa visão estratégica de recentemente, em julho de 2014. na linha de produção da Embraer, longo prazo já traz resultados no As novas aeronaves mo- em Gavião Peixoto, um total de curto prazo, possibilitando atuali- dernizadas no escopo do Projeto 22 aeronaves. O primeiro protótipo, monoposzar a frota de asas rotativas das três Forças to, realizou o O Projeto H-XBR é um empreendimento Armadas com helicópprimeiro voo de grande vulto do Ministério da Defesa, teros de médio porte em junho de coordenado e executado pelo COMAER, modernos e adequa2012. O seque tem por objetivo principal fomentar dos ao cenário latinogundo protó-americano. Nesse tipo, biposto, a indústria de asas rotativas no Brasil contexto, serão forrealizou o prinecidos 50 Helicópteros EC-725, P-3BR, equipadas com modernos meiro voo em dezembro de 2013. além de apoio logístico inicial e sensores embarcados e arma- Duas aeronaves de série modertrês treinadores de voo. Para isso, mentos, colocam a Aviação de nizadas já foram entregues ao estão envolvidas na fabricação Patrulha do Brasil entre as mais Comando da Aeronáutica, com desses helicópteros, como sub- bem equipadas dentro do cená- previsão de entrega da terceira contratadas ou beneficiárias da rio mundial, propiciando a devida em agosto de 2014. O projeto F-5BR se divide transferência de tecnologia, um capacitação do cumprimento de suas missões atribuídas, princi- em dois lotes, sendo o primeiro total de 12 empresas nacionais. A fabricação das aerona- palmente no controle e vigilân- deles de 46 aeronaves do acervo ves teve o seu início na França cia de toda nossa área maríti- da própria Força Aérea Brasileie prossegue no Brasil com um ma, com seus recursos naturais ra, e o segundo, um lote de 11 gradativo acréscimo de naciona- associados, bem como prover a aeronaves adquiridas da Jordâlização da produção. Desses he- capacidade SAR na imensa área nia, que passarão pelos mesmos licópteros, 16 serão destinados oceânica de responsabilidade do procedimentos de modernização, à Força Aérea Brasileira, 16 ao Brasil. deixando-as em configurações Exército Brasileiro, 16 à Marinha idênticas às das aeronaves opedo Brasil e dois ao Comando da IA – Quanto à modernização radas pela FAB até o momento. O primeiro lote de 46 aeAeronáutica para atender a Presi- do AMX e do F-5, qual o status ronaves F-5 foi completamente dência da República. dos projetos? Também são beneficia- Brigadeiro Crepaldi – A moder- modernizado e recebido pela FAB. das duas instituições de ensino nização das aeronaves A-1 (an- As aeronaves estão em operação de nível superior, com vistas ao teriormente denominada AMX) desde outubro de 2005, sendo aprofundamento dos estudos vol- visa não só atualizar os sistemas hoje o principal vetor utilizado na tados às tecnologias aplicadas ao originais, como também ampliar defesa aérea do Brasil. A moderprojeto, por meio da capacitação a capacidade operacional e de so- nização dos F-5 da FAB aumen-


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tou a capacidade operacional das aeronaves, que agora incorporam sensores de guerra eletrônica, telas multifuncionais, sistemas modernos de voo por instrumento, capacidades de autodefesa e, principalmente, uma ampliada gama de armamentos utilizados, tornando-a apta a participar dos cenários mais atuais de combate aéreo. O segundo lote encontra-se em processo de modernização, com a previsão de recebimento da primeira aeronave biposto modernizada no próximo mês de outubro, o que permitirá ampliar a capacidade de formação dos pilotos de caça da FAB por ser um tipo de aeronave muito utilizada em treinamentos. Ainda serão entregues mais duas aeronaves bipostos no decorrer do ano de 2015. As demais aeronaves deverão ser incorporadas ao acervo da FAB a partir de 2016.

valor de cerca de R$ 3,1 bilhões em atividades de compensação. IA – Quais as expectativas da COPAC para 2014? E quais os passos futuros? Brigadeiro Crepaldi – O ano de 2014 tem sido muito intenso para a COPAC. Estão em andamento as negociações para a celebração dos contratos relativos ao Projeto FX-2 com a SAAB e com o governo sueco. Foram assinados os contratos de aquisição das novas aeronaves de inspeção em voo, das aeronaves de série para transporte e reabastecimento em voo KC-390 e dos C-295 SAR para busca e salvamento. Também estão em andamento outros projetos importantes, como o desenvolvimento de um veículo aéreo não-tripulado nacional para as três Forças Armadas. Como já mencionamos, temos a expectativa do voo inaugural do KC-390 em 2014, o que será um marco

senvolvimento e produção de sistemas de defesa é dos mais elevados que existem. Em função do volume de recursos envolvidos e dos enormes desafios de obtenção de tecnologias sensíveis, muitas sob claro bloqueio internacional, é evidente que ações isoladas estarão condenadas ao insucesso. Portanto, a ABIMDE contribui decisivamente para que tenhamos um setor industrial de defesa forte e competitivo, apoiando os esforços não apenas da Força Aérea, mas de todas as forças armadas e órgãos de segurança do Brasil. Não haverá país verdadeiramente soberano sem Forças Armadas capazes de proteger os interesses nacionais. E não há, no mundo, Forças Armadas respeitadas que não tenham forte apoio na indústria de defesa de seus países.

IA– O senhor gostaria de acrescentar alguma outra IA – Quais prograquestão? mas de offset esBrigadeiro CreOs desafios para o fortalecimento do tão em andamento paldi – Gostaria setor jamais serão superados se não atualmente? apenas de registrar houver uma coordenação conjunta Brigadeiro Crepaldi que o trabalho reali– Atualmente, a COzado pela COPAC só PAC possui 16 Acordos de Com- importantíssimo. Nossas respon- é possível graças à visão estratépensação Comercial, Industrial sabilidades continuam aumen- gica de nossos antecessores e à e Tecnológica (Offset) em vigor, tando. Enfim, a expectativa é a confiança em nós depositada por totalizando um valor de cerca de de sempre, um ano com muito nossos superiores, bem como à R$ 11 bilhões, relacionados a 12 trabalho e muitas realizações. seriedade dos homens e mulheprojetos distintos (F-5BR, VC-X, res, militares e civis que se deCL-X, P-3BR, H-XBR, AM-X, VANT, IA – Como o senhor avalia a dicam diuturnamente às intensas E-99M, LINK-BR2, KC-390, VU-Y participação da ABIMDE junto atividades que desenvolvemos. e CL-X2), tendo sido o primeiro aos programas da FAB? A COPAC é reconhecida pelos diacordo assinado em 2001, no Brigadeiro Crepaldi – Na minha versos órgãos governamentais e âmbito do Projeto de Moderniza- opinião, a ABIMDE tem um papel indústrias de defesa do mundo ção das Aeronaves F-5 da Aero- fundamental neste cenário das como uma instituição que prima indústrias de defesa no Brasil. Os pela transparência, pelo correto náutica. Para o acompanhamento desafios para o fortalecimento emprego dos recursos públicos e execução de 148 projetos de do setor jamais serão superados e pela busca incessante de socompensação previstos nos 16 se não houver uma coordenação luções para os mais complexos acordos em andamento na CO- conjunta para garantir não ape- desafios que surgem nos procesPAC, mantemos relacionamento nas uma interlocução qualificada sos de aquisição dos sistemas de com diversos países, entre eles a com os órgãos governamentais, defesa para a FAB. E isso é feito França, Espanha, Alemanha, No- mas também para criar um am- sem perder de vista a importânruega, Suécia, Israel e Estados biente propício para troca de ex- cia do fortalecimento da indústria Unidos. periências, estímulo a parcerias, nacional, vocação que faz parte Até o momento, já reco- fomento conjunto ao desenvol- da própria essência da FAB desde nhecemos e certificamos os be- vimento de tecnologias, contato a sua criação. nefícios implementados nas insti- com o meio científico etc. O nível tuições e indústrias brasileiras no de tecnologia exigido para o de-


César Galdino Coordenador de Projetos

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Heloísa Santos Diretora Administrativa

Fotos: Carla Dias e Divulgação

TRAJETÓRIA AUVID DIUOP

Beatriz Viturino Auxiliar Administrativa

Sami Hassuani Presidente

Roseli Quintino Serviços Gerais Betânia Napolitano Recepcionista

ABIMDE: 29 ANOS DE LUTA PELA INDÚSTRIA DE DEFESA E SEGURANÇA por Claudia Pereira e Karen Gobbatto


Lourenço Drummond Relações Institucionais Carlos Afonso Pierantoni Gambôa Vice-presidente Executivo

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Armando Lemos Diretor Técnico

Paulo José de Albuquerque Coordenador de Projetos

Sara Moraes Assistente Financeiro

Equipe administrativa da Associação reunida no evento de aniversário de 2014

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história da ABIMDE começou há quase 30 anos, quando um grupo de empresários da indústria de defesa e segurança uniu-se para pleitear melhores condições, junto ao Governo Federal, para garantir competitividade. Relatos dos protagonistas dessa história destacam os elevados impostos na época como o grande vilão para o não crescimento do setor, o que tornava impossível para a indústria manter uma estrutura para atender ao mercado interno, o que diria competir em condições de igualdade no exterior. No final da década de 1970, início da de 1980, o Brasil ocupava uma posição de destaque no cenário mundial do setor de defesa. Após esse período, a indústria sofreu grande queda e várias

companhias tiveram de encerrar suas atividades. Com essa visão de perenidade e de fortalecimento de um setor que sempre demonstrou potencial para crescimento, nove empresários tomaram a frente dessa missão e fundaram a ABIMDE, que realizou a primeira reunião oficial em 9 de agosto de 1985, na sede da empresa Hydroar Indústria Metalúrgica, pertencente ao engenheiro Domingos Adherbal Olivieri, que se tornou o primeiro presidente da entidade. A Hydroar passou também a ser a sede da ABIMDE a partir daquele momento. A ata da primeira reunião da associação traz a participação das seguintes empresas, com seus respectivos representantes: Hydroar S/A Indústria Metalúrgica (Domingos Adherbal Olivieri), D.F. Vasconcelos (Lênio Ribas Zimmer), Diana Paolucci (Luis Carlos Cunha), BRITANITE – Indústrias Químicas (Allyrio de Jesus Dipp Filho), Siteltra S/A – Sistema de Telecomunicação e Tráfego (Raul Ca-


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sanova Junior), Novatração Artefatos de Borracha (Joseph Roland Ladislav Soucek), Foerster-Imadem – Equipamentos para Controle de Qualidade (Frans de Wilde), Merak Indústria Mecânica (Carlos Picchi), e AME-Amazonas Motocicletas Especiais (Guilherme Hannud Filho). Visando superar as dificuldades, esses empresários resolveram formar uma associação que reunisse os pleitos comuns e apresentasse às autoridades governamentais sugestões de medidas para a retomada do crescimento das indústrias de defesa e segurança, as quais trariam ao País alta tecnologia. Vários acontecimentos mundiais, dentre eles o rearmamento de países da América do Sul, certamente influenciaram os governantes, em meados da década de 1990, a tomarem providências no sentido de evitar o sucateamento total das Forças Armadas (FFAA) do Brasil. “Em paralelo, a sociedade foi aos poucos se conscientizando de que defesa e segurança não são assuntos para serem tratados apenas por militares. Isso motivou os dirigentes da ABIMDE a constituírem uma equipe profissional para administrar a associação”, explica Carlos Afonso Pierantoni Gambôa, Vice-Presidente Executivo da entidade. Em julho de 1997, a administração profissionalizou a equipe administrativa, tornando a ABIMDE mais participante e influente juntos aos três poderes, FFAA e sociedade. Com pouco mais de dez anos de fundação, em 1999, a entidade contava com 25 empresas associadas. Nesse período, os representantes da ABIMDE estavam constantemente na sede do Governo Federal, em Brasília (DF), negociando a redução da carga tributária, segundo o diretor financeiro da Associação na época, Raul Lopes. “A situação era muito preocupante para o setor naquele período. Uma gigante do setor de blindados, como a Engesa, que fabricava para o Exército, declarou falência. Outras empresas também viviam momentos de dificuldade pela falta de uma política governamental que as fortalecesse”, ressalta Lopes. Em 2011, a ABIMDE já contava com 116

associadas, um salto que demonstrava o fortalecimento da entidade e os ganhos que vinham sendo conquistados para o setor da indústria de defesa do País. “A ABIMDE vive, atualmente, o seu melhor momento. A entidade cresce aceleradamente e as indústrias do setor encontram nela a representatividade de que necessitam. Eu credito esse sucesso à gestão do Almirante Pierantoni e a sua equipe altamente capacitada, que tem influenciado o setor de maneira muito positiva”, destaca Lopes. Uma das grandes conquistas para o segmento, a certificação por parte do governo das Empresas Estratégicas de Defesa (EEDs) veio no final de 2013 e foi um trabalho que começou dentro da ABIMDE, em 2006. A medida beneficia as empresas no que se refere ao Regime Especial Tributário para a Indústria de Defesa (Retid), regulamentado em outubro de 2013 e que isenta de tributos as EED. Ainda em 2013, a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Decreto Legislativo 818/13, que contém os textos da Política Nacional de Defesa (PND), da Estratégia Nacional de Defesa (END) e do Livro Branco de Defesa Nacional (LBDN). Todos eles contaram com participação ativa da ABIMDE. A PND é o principal documento de planejamento da defesa do País. Ele estabelece objetivos e diretrizes para o preparo e emprego da capacitação nacional, com o envolvimento dos setores militar e civil, em todas as esferas de poder. Já a END define como fazer o que se determinou na PND. E o LBDN faz uma análise do contexto estratégico do século 21 para fornecer perspectivas de médio e longo prazo, além de destinar-se a subsidiar a elaboração do orçamento e do planejamento plurianual. “Junto com a conscientização da sociedade e a vontade do Ministério da Defesa (MD) em apoiar o setor, houve a edição da Estratégia Nacional de Defesa (END), a edição do LBDN, com capítulo dedicado à Base Industrial de Defesa (BID), escrito por conselheiros da ABIMDE. Conquistas que fomos obtendo no decorrer dos anos”, reforça o Pierantoni. De acordo com o Vice-Presidente Executivo da Associação, a maior conquista da entidade foi a

Passeio de barco com Associados e familiares na Ilha Fiscal (RJ), em 2009


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conscientização das autoridade de que esse segmento industrial precisa ser apoiado porque gera tecnologia para o Brasil. Para o executivo, o setor não corre o risco de entrar em declínio como no passado, mas as dificuldades da indústria também refletem nele. Pierantoni destaca, ainda, a parceria com a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) que, segundo ele, propicia que a entidade e suas Associadas apresentem ao mundo o que é produzido no Brasil. “Sem isso, não teríamos condições de mostrar o potencial do mercado brasileiro de defesa. É preciso exporUma das muitas parcerias internacionais tar e quem tem conseguido isso até hoje são as firmadas pela ABIMDE grandes indústrias, que se encontram em melhores condições. A ABIMDE tem trabalhado muito pelas pequenas e médias empresas. Como ainda não exportam, sofrem mais com os impactos comerciais”, comenta. O executivo evidencia também a criação da Secretaria de Produtos de Defesa (SEPROD) e seus departamentos, que se constituiu em um grande facilitador para incrementar as relações entre a ABIMDE e o MD. “Entretanto, é de fundamental importância que a Associação esteja incrementado bastante seu relacionamento com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), não se esquecendo das diretrizes governamentais que regem as exportações dos produtos de defesa e que são geradas no Ministério das Relações Exteriores (MRE)”, explica. Em seu aniversário de 29 anos, a entidade reuniu empresários do setor, representantes das três Forças Armadas e parlamentares no Círculo Militar de São Paulo. O encontro contou com a palestra “Atualidades e Perspectivas da Base Industrial de Defesa”, ministrada pelos Conselheiros da entidade, Marcílio Boavista, Claudio Moreira e Fernando Ikedo. Chegando em 2014 com um númeJantar oferecido pela entidade em 1987 ro de 225 Associadas, a ABIMDE reforça seu posicionamento dentro do setor de defesa e segurança, atuando como importante interlocutora no relacionamento entre as indústrias e os órgãos governamentais, procurando agilizar e incentivar a comercialização, o desenvolvimento e a qualidade dos produtos brasileiros. “A ABIMDE tem trabalhado fortemente, ano a ano, para potencializar o mercado de defesa no Brasil, bem como a capacidade industrial do setor, apoiando as indústrias que atuam nesse segmento. Uma das ações para as quais a associação tem dado especial atenção refere-se ao poder de exportação das empresas. A entidade está em constante contato com órgãos do governo para encontrar soluções que possam ampliar o poder de exportação dessas companhias, pois isso abre a possibilidade de planejamento a longo prazo, garante maior segurança na tomada de decisões e amplia o número de clientes. Conquistar mercados externos também permite melhoria no fluxo de caixa e maximização do capital de giro”, finaliza o atual presidente da ABIMDE, Sami Youssef Hassuani.

Almoço de aniversário dos 29 anos da Associação


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GALERIA DE PRESIDENTES

Engenheiro Domingos Adherbal Olivieri (in memoriam)

Peíodo: 09/08/1985 a 15/01/2003

Marco em sua gestão: Criação da ABIMDE, que realizou a primeira reunião oficial em 9 de agosto de 1985 com a participação das seguintes empresas Hydroar S/A Indústria Metalúrgica, D.F. Vasconcelos, Diana Paolucci, Britanite – Indústrias Químicas, Siteltra S/A – Sistema de Telecomunicação e Tráfego, Novatração Artefatos de Borracha, Foerster-Imadem – Equipamentos Para Controle de Qualidade, Merak Indústria Mecânica, e Ame-Amazonas Motocicletas Especiais.

Coronel Roberto Guimarães de Carvalho Período: 15/01/2003 a 03/07/2006

Função atual: Diretor da RC Serviço de Consultoria e Assessoria Militar e de Defesa Marco em sua gestão: “O trabalho realizado naquele período, junto com todos os companheiros do Conselho Diretor, constituiu-se no grande objetivo, que foi realmente alcançado, de reconquistar o prestígio e a importância do setor para permitir que as demais ações, visando resolver os problemas que enfrentávamos há longo tempo, pudessem ter melhores condições de serem efetivadas, deixando para os companheiros diretores que fossem nos suceder um panorama bem mais favorável para a consecução das metas do setor”. Sobre a ABIMDE: “Após sua reestruturação, em 2002, passou realmente a se constituir como uma instituição representativa das empresas do setor, empenhando seus esforços para encontrar as soluções para os problemas existentes e procurando criar novas oportunidades para melhorar as suas condições”.

Dr. Jairo Candido

Período: 03/07/2006 a 15/01/2007 Função atual: Diretor-presidente do Grupo Inbra Marco em sua gestão: “Manter a ABIMDE funcionando. Caminhava com bastante dificuldade”. Sobre a ABIMDE: “A associação nunca perdeu a visão de ser uma entidade das indústrias e o seu fortalecimento passa pelo fortalecimento do setor”.


Orlando José Ferreira Neto

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Período: 11/01/2011 a 17/04/2012

Função atual: Vice-Presidente da Camargo Correa Participações – Naval e Offshore Marco em sua gestão: “É difícil falar na minha gestão sem reconhecer que ela foi sempre positivamente influenciada pelas gestões anteriores, e deu continuidade à visão poderosa de que o Brasil e seu empresariado têm condições de prover as soluções, produtos e sistemas de defesa necessários à soberania nacional. No meu entender, a principal conquista da ABIMDE no front externo foi a MP544, a Lei consequente, e o RETID. No front interno, vejo hoje que a ABIMDE, nos anos 2010 e 2011, expandiu com força sua interlocução, e, para que isso fosse alcançado, contamos com as pessoas. A ABIMDE conseguiu reter as excelentes pessoas que já tinha e também trazer mais profissionais gabaritados para suas fileiras. Penso que isto fez toda a diferença para que se obtivesse o sucesso de interlocução que a ABIMDE soube manter. Dentro desse contexto, e sem nenhum receio de estar cometendo uma injustiça, destaco o Almirante Pierantoni, cujo engajamento e inquebrantável vontade foram decisivos para que a ABIMDE tenha conquistado, ao longo dos anos, o tamanho e a relevância que tem hoje”. Sobre a ABIMDE: “Acredito firmemente que a entidade representa a casa onde há a melhor interlocução para o setor de defesa, um local onde todos os agentes do segmento têm espaço garantido para se fazer representar, discutir e propor ideias e ajudar o setor a crescer e se consolidar”.

Carlos Frederico Queiroz de Aguiar Período: 15/01/2007 a 11/01/2011 e 17/04/2012 a 11/01/2013 Função atual: Presidente da Condor Marco em sua gestão: “Entendo que um dos marcos foi a garantia da interlocução qualificada e legítima junto aos três Poderes. Posso citar ainda a junção do tema Segurança Pública à Defesa Nacional, por meio da unicidade de nossa base industrial. E merece destaque também a modernização dos instrumentos internos da Associação – Estatuto e procedimentos legítimos de emissão de declarações – culminando com a estabilização financeira da entidade e a profissionalização de sua gestão, com destaque para a contratação do Vice-Presidente Executivo Almirante Carlos Afonso Pierantoni Gambôa. Acima de tudo, cito a mudança de paradigma dos empresários do setor, que passaram a enxergar na ABIMDE uma entidade de defesa coletiva de seus anseios”. Sobre a ABIMDE: “É a voz qualificada da Base Industrial de Defesa e leva demandas legítimas ao governo, assim como contribuiu de forma construtiva para o fortalecimento da Indústria por meio do constante acompanhamento na formação de políticas públicas, mapeamento do setor, inclusive da cadeia produtiva, estudos e equiparações com modelos de outros países, além de participação ativa em missões oficiais e feiras internacionais do segmento”.

Sami Youssef Hassuani Período: 11/01/2013 – atual

Função atual: Presidente da Avibras Aeroespacial Marco em sua gestão: “A atual gestão tem trabalhado em assuntos importantes como a redução de impostos (Retid), desoneração da folha de pagamento, condições especiais para acesso a financiamentos, melhoria dos instrumentos de apoio a exportação e promoção comercial. Nosso desafio atual é transformar todo o arcabouço legal existente (END, PND, PNID, LBDN, Leis e Decretos aplicáveis) em Normas e Procedimentos dentro de cada Órgão do Poder Executivo. Existe ainda uma grande dificuldade dentro do próprio Poder Executivo na gestão de assuntos multiministeriais. Apesar de lento, é um processo que tem evoluído e que precisa ser perseguido”. Sobre a ABIMDE: “A ABIMDE está consolidada e representa o Setor Industrial de Defesa e Segurança junto aos vários órgãos do Executivo e do Legislativo. Buscamos ajudar no Desenvolvimento Educacional, Tecnológico e Industrial do nosso País, com atendimento às nossas Forças Armadas e de Segurança e no fortalecimento da Soberania”.


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Entidade APRESENTA novidades EM SUA EQUIPE, SITE E COMITÊs

Carla Dias

ovamente, temos a sensação de que em 2014 o tempo passou bem rápido. Manisfestações, Copa do Mundo, conflitos armados, eleições, feiras e seminários povoaram nossos momentos, lado a lado com o trabalho diário e a inabalável vontade de estarmos sempre levando o melhor às nossas Associadas. Recebemos o reforço do Comandante Albuquerque, que nos auxilia basicamente no aprimoramento do Diretório da ABIMDE, atualmente apresentado por Empresa e por Produtos e em três línguas, facilitando sobremaneira a consulta. Além desta tarefa, Albuquerque atua no apoio ao diagnóstico da BID junto com a Universidade Federal Fluminense e aos diversos questionários que nos chegam quase que semanalmente. O Sr. Cesar Galdino substituiu o Sr. Gabriel Bester na ligação entre a ABIMDE e a APEX, e nos auxilia em todos os assuntos referentes às feiras no exterior e no Brasil. É fundamental para o seu trabalho a colaboração das Associadas. Ao manifestar interesse em participar das feiras, a Associação entende que a empresa assume um compromisso com a entidade e que a prestação de contas, quando atrasada ou mal executada, retarda o aporte de capital para eventos futuros. Os Comitês estão bastante ativos na representação dos interesses das Associadas. Conquistamos nosso espaço junto às Agências Reguladoras Anac e Anatel visando certificar as empresas brasileiras para voos comerciais de VANT; estamos participando de diversos seminários nas áreas de simulação e cibernética e

Carlos Afonso Pierantoni Gambôa Vice-Presidente Executivo

ABIMDE

POR DENTRO DA ABIMDE

pretendemos apresentar, na 3ª edição da Mostra BID Brasil, uma solução completa para alimentação operacional. Modernizamos nossa página na internet, criamos uma “Newsletter” para cobrir as notícias de maior destaque, produzimos um novo vídeo institucional e as alterações, aprovadas em nosso Estatuto recentemente, colocam a ABIMDE e o SIMDE mais próximos. Agora, as Declarações de Exclusividade e de Não Similaridade estão disponíveis em nosso site em tempo real. Adicionamos a relação das Empresa de Defesa (ED) e Empresa Estratégica de Defesa (EED) com seus respectivos Produto de Defesa (PRODE) e Produtos Estratégicos de Defesa (PED). Com muita descontração, mas também com bastante profissionalismo, comemoramos o 29º aniversário de nossa ABIMDE. Mais de 100 amigos se reuniram no Círculo Militar de São Paulo, em excelente almoço-palestra, onde pudemos receber informações relevantes sobre os Mercados Interno e Externo, e também sobre Tecnologia/Informação. O conteúdo foi cuidadosamente preparado por nossos Conselheiros. Recebemos, ainda, ilustres visitantes, que dividiram com as Empresas Associadas as alegrias do evento. Enfim, nos preparamos para apoiar cada vez mais as Associadas neste ano em que não foram poucas as dificuldades enfrentadas pelo setor. Temos a convicção de que, unidos, seremos mais fortes em nossas argumentações e melhor atendidos e compreendidos pelas autoridades governamentais e pela sociedade brasileira.


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SISGAAZ

IACIT assina contrato para testar radar de vigilância ALÉM-DO-HORIZONTE com a Marinha por Claudia Pereira

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Ilustração representativa do radar “Over the Horizon” (Além do Horizonte)

“Esta tecnologia para reconhecimento de sinal é inovadora, poucas empresas no mundo a detêm. Fora isso, este sistema é de grande importância para a Estratégia Nacional de Defesa, uma vez que o Brasil possui muitos quilômetros de costa marítima. O Over the Horizon certamente será mais um aliado do País em sua soberania tecnológica”, comenta Luiz Teixeira, presidente da IACIT. A IACIT já vem testando a versão Radar Oceânico para monitoramento da meteorologia marítima. Nesta versão são detectadas direção da corrente marítima, alturas de ondas e outros produtos em evolução. Para esses testes a empresa assinou acordo de parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (FURG). No acordo, previsto para durar um ano e meio (com possibilidade de prorrogação), a MB cederá uma área medindo em torno de 360 mil metros quadrados, situada nos entornos e dependências do Farol de Albardão, localizado na Costa do Albardão, no município de Santa Vitória do Palmar (RS). Nesse processo, a Marinha se utilizará das informações transmitidas pelo “Over the Horizon” e auxiliará em sua validação. “A assinatura deste contrato representa uma evolução para os sistemas de defesa, privilegiando uma empresa 100% Brasileira”, diz Andermisson Claudino da Silva Moura, Capitão de Corveta e Encarregado do Serviço de Sinalização Naútica do Sul.

Reprodução

ABIMDE

IACIT, empresa de são José dos Campos (SP), assinou, recentemente, contrato com a Marinha do Brasil (MB) que tem como objetivo instalar e validar a Plataforma HF que servirá de base para implantação do radar “Over the Horizon” (Além do Horizonte). O equipamento, desenvolvido pela IACIT com o apoio da Finep em parceria técnica com a Elta, é utilizado para vigilância marítima e possui alcance de detecção de até 200 milhas náuticas de distância da costa, ultrapassando a linha de visada direta dos radares convencionais. Desenvolvido com foco no Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (SisGAAz), o radar possui uma formação circular de antenas verticais para recepção e uma antena de transmissão. Cada antena receptora está ligada a um receptor digital de alta sensibilidade e responsável pelo envio de sinais digitalizados à central de processamento. Com isso, o sistema garante uma adequada detecção de alvos e alta diretividade e eficiência na eliminação dos efeitos de interferência e sinais ionosféricos ao sistema. Além disso, possui software com processamento Digital Beam Forming (DBF), que permite a suspensão das diferentes interferências que ocorrem na faixa de frequência HF (High Frequency) como, por exemplo, ruídos gerados pelo homem e interferências de comunicação. Isso possibilita uma melhor detecção e acompanhamento dos alvos.


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INDÚSTRIA

EMGEPRON APOSTA EM TECNOLOGIA NACIONAL

Empresa pública apresenta estação de tiro desenvolvida com tecnologia brasileira

Fotos: Divulgação

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EMGEPRON – Empresa Gerencial de Projetos Navais, companhia pública criada em 1982, vinculada ao Ministério da Defesa (MD) por intermédio do Comando da Marinha do Brasil (MB), tem como finalidades promover a Indústria Militar Naval Brasileira, gerenciar projetos integrantes de programas aprovados pelo Comando da Marinha e executar atividades associadas à obtenção e manutenção de material militar naval. Com intuito de ofertar embarcações militares para exportação com modernos equipamentos e fomentar o segmento naval da Base Industrial de Defesa, a empresa buscou parcerias para o desenvolvimento de sistemas de armas no Brasil. Nesse sentido, celebrou contrato, por meio de processo licitatório, com a companhia ARES, visando a produção de estação de tiro estabilizada, batizada de Sistema de Controle Remoto de Conteira, Elevação e Disparo (CORCED). O equipamento é uma estação de arma giro estabilizada leve, projetada para ser instalada em conveses de embarcações militares, que permite a operação remota de metralhadoras 7,62mm ou 12,7mm. O sistema efetua pontaria e disparo em deslocamento, empregando movimento de conteira e elevação de alta precisão por meio de um console, operado a longa distância, em engajamento de alvos de superfície ou aéreos em baixa altitude. Com o desenvolvimento do equipamento, a EMGEPRON cumpre com o seu compromisso de promover a Indústria Militar Naval Brasileira, envolvendo engenheiros locais


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no desenvolvimento de programas de tecnologia sensível para a aplicação em material de defesa. Essa iniciativa abre perspectivas para a exportação de meios navais para diversos países, com emprego de tecnologia desenvolvida com a participação de brasileiros e de empresas estabelecidas no Brasil. A inclusão do CORCED na linha de produtos da EMGEPRON proporcionará aumento de competitividade no mercado de defesa, já que o sistema poderá ser instalado, sob encomenda, em navios e lanchas a serem exportados pela empresa para países da África, América do Sul e Ásia.

Fazendo história A EMGEPRON atua na gerência de projetos, contratada pela MB, e também na comercialização de produtos e serviços disponibilizados pelo segmento naval da Base Industrial de Defesa, incluindo embarcações militares, reparos navais, sistemas de combate embarcados, munição de artilharia, serviços oceanográficos e apoio logístico, entre outros.

Principais características: • Tipo de metralhadora: BRW M2 12,7mm e FN MAG 7,62mm • Movimento angular: Conteira: 360°, Elevação: - 10° a 45° • Peso total: 170kg, Console: 45kg • Precisão de estabilização: Erro < 1 mrad •Tensão de alimentação: 115 VAC, 24 VDC • Estabilizado em caturro, balanço e conteira


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ELETRÔnica

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IMBEL® INOVA E ENCURTA DISTÂNCIAS com TECNOLOGIA Nacional reduzidos que facilitam o transporte individual pelo operador; possibilidade de emprego de baterias Li-Ion recarregáveis ou de pilhas alcalinas convencionais; chave seletora para 15 redes que pode ser configurada a fim de atender requisitos de comunicação específicos; comunicação de dados e GPS integrado, ideal para rastreamento e serviço de envio e recebimento de mensagens; porta USB para conexão com diversos dispositivos de forma a permitir a gravação de configurações personalizadas, atualizações de softwares, transmissão de dados e controle do equipamento. HISTÓRIA A IMBEL® foi constituída nos termos da Lei nº 6.227, de 14 de julho de 1975, como uma empresa pública dependente, com personalidade jurídica de direito privado, vinculada ao Ministério da Defesa por intermédio do Comando do Exército, com a missão de produzir e comercializar produtos de defesa e segurança para clientes institucionais, especialmente Forças Armadas e Forças Policiais, e clientes privados. A IMBEL® tem sua origem em 1808, por ocasião da criação por D. João VI da Real Fábrica de Pólvora da Lagoa Rodrigo de Freitas, no bairro Jardim Botânico, no Rio de Janeiro (RJ), razão pela qual conquistou a primazia de ser considerada a primeira Empresa Estratégica de Defesa e Segurança do Brasil. Atualmente a empresa tem sua sede instalada em Brasília (DF) e suas unidades de produção localizadas nas cidades de Piquete (SP), Rio de Janeiro (RJ), Magé (RJ), Juiz de Fora (MG) e Itajubá (MG).

Fotos: Divulgação

Indústria de Material Bélico do Brasil (IMBEL®), Empresa Estratégica de Defesa e Segurança desde 1808, desenvolveu o Transceptor Portátil Pessoal TPP 1400 (TPP-1400) com uma inédita tecnologia de transmissão do som por condução óssea, para atender as necessidades de comunicação segura e nacional de pequenos grupos em operações militares, policiais, bombeiros, defesa civil, segurança patrimonial e privada. Projetado e desenvolvido em sua Unidade de Produção, Fábrica de Material de Comunicações e Eletrônica (FMCE/IMBEL®), o TPP-1400 inova por ser dotado de Combinado por Condução Óssea OTF – 2200, que separa completamente os ruídos gerados pelo ambiente de operação dos sons que devem ser transmitidos pelos equipamentos rádio. Esta característica torna-se especialmente importante por manter o operador rádio com as mãos livres e, em situações de ruído intenso, como deslocamento em veículos abertos. É também ideal para execução de operações nas quais a comunicação precisa ser feita por sussurros. Por deixar a região dos lábios, ouvidos e topo da cabeça totalmente livres, torna-se compatível com equipamentos de proteção individual como capacetes, máscaras contra gases, protetores auriculares, balaclavas, entre outros. O TPP-1400 permite a constituição de rede digital sem fio, com comunicações segura na faixa de frequência 350 a 450 MHz, moduladas em GFSK, em canais de RF 25 kHz a 1,2MHz, criptografada de acordo com o protocolo AES 256 bits, garantindo, assim, a segurança e a integridade das informações aos usuários. Entre as características técnicas, o equipamento possui: dimensões e peso


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ASTROS 2020

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Avibras entrega o primeiro lote de viaturas ao Exército

Divulgação

Avibras Indústria Aeroespacial entregou, recentemente, ao EB (Exército Brasileiro) as primeiras nove viaturas do Sistema ASTROS 2020 versão MK-6 do Projeto Estratégico ASTROS 2020. Trata-se de uma evolução para a defesa brasileira, que terá inédita capacidade de dissuasão extrarregional na defesa de seus interesses, além de permitir elevado ganho de conhecimento nas mais diversas áreas da engenharia, promovendo autonomia tecnológica nacional e desenvolvimento para o País. A solenidade de entrega das viaturas foi realizada no 6º Grupo de Lançadores Múltiplos de Foguetes (6º GLMF), em Formosa, Goiás, com a presença do ministro da Defesa, Celso Amorim, do comandante do Exército Brasileiro, Enzo Martins Peri, e do presidente da Avibras, Sami Hassuani, além de outras autoridades civis e militares. O Projeto ASTROS 2020 tem por objetivo equipar a Força Terrestre com um sistema moderno e de elevada tecnologia, que possibilitará o lançamento de toda a família de foguetes ASTROS e do míssil tático de cruzeiro de 300 km, a partir das plataformas da nova viatura Lançadora Múltipla Universal na versão MK-6. O sistema possui meios capazes de prestar apoio de fogo e de longo alcance com elevada precisão e mobilidade. O projeto prevê ainda a implantação do Forte Santa Bárbara, futura sede do Sistema ASTROS em Formosa e a modernização das viaturas do 6º GLMF. O Sistema ASTROS 2020 MK6 é a sexta geração do internacionalmente conhecido Sistema ASTROS. Em sua nova versão, pode lançar foguetes e mísseis em alcances que vão de 9 a 300 quilômetros, com extrema precisão e rapidez. Sua tecnologia utiliza sistemas eletrônicos digitais de última geração, comunicação de alta segurança com salto em frequência e criptogra-

fia montada em viaturas militares blindadas 4X4 e 6X6 com grande mobilidade e capazes de enfrentar qualquer terreno em todos os tipos de clima. O Exército já investiu cerca de R$ 350 milhões no Sistema e prevê ainda investimentos da ordem de R$ 750 milhões, totalizando R$ 1,1 bilhão, conforme Lei de Créditos Especiais de Orçamento da União, que criou o projeto. O término está previsto para 2017. Evolução O Projeto Estratégico ASTROS 2020 está no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) da Defesa por representar importante instrumento de desenvolvimento econômico e social, gerando renda e criando empregos de alto nível. De acordo com o presidente da Avibras Sami Hassuani, o projeto movimenta o “cluster” tecnológico do Vale do Paraíba e contribui com a balança comercial brasileira por meio de exportação de produtos de alto valor agregado.

FORAM ENTREGUES AO EB os seguintes produtos: 6 Viaturas Lançadoras Múltiplas Universais (AV-LMU) 1 Viatura Remuniciadora (AV-RMD) 1 wqwViatura Posto de Comando e Controle (AV-PCC) 1 Viatura Posto Meteorológico (AV-MET)


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PARCERIA

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REFLEXÕES E PERSPECTIVAS DA INDÚSTRIA DE DEFESA NO BRASIL

Carla Dias

m dos “pais” da BID Brasil, que elegantemente divide o crédito com a Apex-Brasil (Agencia Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), a ABIMDE e o Departamento de Produtos de Defesa

por Valéria Rossi

do Ministério da Defesa (Deprod), o General-de-Divisão Aderico Visconde Pardi Mattiolli, faz reflexões, nesta entrevista, os avanços da indústria de defesa brasileira. Diretor do Departamento de Ciência e Tecnologia Industrial (DECTI), do MD, General Mattiolli, conta como a implantação da Estratégia Nacional de Defesa (END) tem contribuído, de maneira expressiva, para os avanços do setor. Segundo ele, novos marcos regulatórios e leis garantem a continuidade de projetos estratégicos, independentemente de quem estará à frente do Governo Federal a partir do próximo ano. “Os projetos estratégicos da área de defesa são irreversíveis”, destaca. O General elenca ainda os diversos projetos e iniciativas que vem sendo implantados no País, o que reflete diretamente no fortalecimento da indústria de defesa nacional. INFORME ABIMDE – Como o senhor avalia os últimos anos pós END para a indústria nacional? General-de-Divisão Aderico Visconde Pardi Mattioli – A Estratégia Nacional de Defesa (END) é um marco histórico para o Brasil. Documento ousado e inovador que alça a defesa à verdadeira estatura geoestratégica do País. A partir de sua publicação, o tema defesa, que outrora estava restrito à esfera militar, assumiu ampla transversalidade, envolvendo todos os segmentos da sociedade brasileira. Em pouco mais de cinco anos, foram aprovados diversos marcos regulatórios essenciais à sua operacionalização. Como exemplo, o Congresso Nacional aprovou, em 2012, a Lei de Fomento à Base da Política Nacional de Defesa e, em 2013, a Política Nacional de Defesa, a Estratégia Nacional de Defesa e o Livro Branco de Defesa Nacional. IA - O que mudou de efetivo nesse período?


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General Mattioli - Efetivamente, mudou a “atitude” da sociedade brasileira para com a temática da defesa, criando um ambiente favorável para a implementação continuada das medidas necessárias à conclusão do processo de transformação preconizado pela END. IA – O que falta, na opinião do senhor, para que a indústria de defesa deslanche de uma vez? General Mattioli - É só questão de tempo para que os resultados comecem a aparecer. Os efeitos dos marcos regulatórios e as peculiaridades da cultura da defesa requerem prazos para que a administração e os agentes públicos se capacitem e passem a adotar novas soluções. Trata-se de uma ousada mudança de paradigmas. Tenho clareza de que a Base Industrial de Defesa brasileira tem um motor possante, mas que, por diversas razões, seu potencial produtivo ainda não conseguiu engrenar pra valer. Talvez o maior obstáculo para as empresas seja a indefinição sobre a demanda de produtos, bem como a incerteza acerca das dotações orçamentárias das Forças. Para as empresas de defesa, em sua grande maioria privadas, é fundamental a continuidade dos aportes de recursos e das encomendas. Em paralelo, as pequenas e médias companhias, face ao alto valor agregado dos produtos de defesa, ainda dependem de mecanismos especiais de financiamentos e de garantias destinados ao desenvolvimento de protótipos e de lotes-piloto, de produção e de exportação. O Ministério da Defesa está atento a todas essas questões e tem se empenhado em equacioná-las. IA – Como estão os projetos estratégicos do governo? General Mattioli - Os Projetos Estratégicos, além da importância para a soberania nacional, são altamente mobilizadores. O sucesso deles está condicionado à disponibilidade orçamentária. Apesar das restrições vigentes, os já iniciados estão apresentando resultados altamente positivos. Fato é que hoje fazem parte da realidade brasileira o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON), o Projeto Guarani, a Defesa Cibernética, o Sistema de Mísseis e Foguetes (ASTROS 2020), Programa Nuclear da Marinha e o Projeto KC-390, entre outros. O Projeto ASTROS 2020, por exemplo, já se apresenta exitoso. Além de manter e ativar as capacitações tecnológicas e produtivas da Empresa Estratégica de Defesa Avibras, permitiu ao Brasil retomar esta emblemática pauta de exportações. Pelos resultados alcançados, é possível que a empresa venha a figurar entre as cem maiores empresas de defesa do mundo, junta-

mente com a próspera Embraer. IA – Como ficam os projetos com a mudança de governo? General Mattioli - Os projetos estratégicos da área de defesa são irreversíveis! Trata-se de uma imposição da própria estatura geoestratégica brasileira. Não há dúvidas de que os projetos de defesa são suprapartidários e infensos às mudanças de governos. Com certeza serão progressivamente implementados e concluídos, sobretudo os estratégicos. A aprovação, por unanimidade, no Congresso Nacional da Lei 12.598, a Lei de Fomento à Base Industrial de Defesa, ratifica essa assertiva. IA – Como o MD pode apoiar a indústria nacional junto aos orçamentos estabelecidos pelo governo para o setor? General Mattioli - A elaboração de propostas orçamentárias não é tarefa fácil. Diversas iniciativas, entretanto, já estão em curso. Entre elas a viabilização do Programa de Articulação e Equipamento de Defesa (PAED). A expectativa é de que os montantes apresentados pelo PAED se adequem às possibilidades futuras de atendimento, em termos de percentuais do PIB, servindo de referência para os posteriores Planos Plurianuais e Propostas Orçamentárias. IA – No que diz respeito à exportação, como o MD pode ajudar a Indústria Nacional a vender mais? General Mattioli - Estão em fase final de elaboração as propostas de Decreto da Política Nacional da Indústria de Defesa (PNID), da Política Nacional de Compensação Tecnológica, Comercial e Industrial (PNAC) e da Política Nacional de Exportação de Produtos de Defesa (PNEPRODE). Essas políticas darão sustentabilidade às diversas ações que estão em curso e em estudo, entre elas: informatização dos processos de exportação, ampliação dos acordos bilaterais de defesa; criação de empresas comerciais exportadoras de produtos de defesa; criação de mecanismos especiais de financiamento e de garantias específicos para desenvolvimento, produção e exportação de produtos de defesa e criação de um banco de créditos de compensação. Como estímulo às exportações, o Ministério da Defesa, juntamente com a Apex-Brasil e a ABIMDE, vem incentivando a participação da BID em feiras de defesa nacionais e internacionais. AI – Como o produto brasileiro é visto no mercado internacional? General Mattioli - A qualidade dos produtos de defesa brasileiros é reconhecida internacionalmente. O Brasil oferece soluções excelentes,


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bastante inovadoras e adequadas aos nossos potenciais clientes. Esta assertiva está baseada nos relatos de diversos adidos militares estrangeiros que se identificam nas nossas demandas e se encantam com a maneira pragmática e eficaz com que cumprimos nossas missões.

General Mattioli - Antiga e promissora, a ABIMDE é a principal interlocutora do governo junto à Base Industrial de Defesa. IA - Em sua opinião, qual a importância da ABIMDE para o setor? General Mattioli - Contando com experiência, tradição, comprometimento e credibilidade, a ABIMDE representa os interesses da Base Industrial de Defesa, não só junto aos órgãos governamentais, como também aos institutos de ciência e tecnologia, aos centros acadêmicos e internacionalmente.

AI – Quanto ao mercado interno, o que pode ser feito para melhorar e estimular o crescimento desse setor? General Mattioli - É uma questão de tempo para que o mercado aqueça. Mas é inegável que alguns ajustes são necessários. Estamos em plena fase de mudança de paradigmas. Embora os IA – Como “pai” da BID Brasil, como o semarcos regulatórios tenham evoluído, os agentes nhor avalia a evolução deste evento, que da administração pública ainda não se sentem chega à sua terceira edição este ano? confortáveis com os processos de aquisição que General Mattioli - De fato muito me orgulho de priorizam os produtos de defesa de acordo com ter participado do movimento que gerou a “Moscritérios de percentual de conteúdo nacional. Há tra BID Brasil”, originariamente apelidada de “Exum sentimento de que o “direcionamento” venha poMatt”. Brincadeiras à parte, se há paternidade, a ser questionado nas auditagens. Aos poucos a deve ser compartilhada entre Apex-Brasil, ABIM“lógica” da defesa será incorporada e validada DE e o Departamento de Produtos de Defesa do nos certames licitatórios. Ministério da Defesa. Por outro lado, bus A evolução está sendo ca-se a redução da surpreendente. A BID A projeção das demandas das Forças em incerteza das deBrasil surgiu em 2011, termos de Produtos e de Sistemas de mandas que tanto quando a APEX e a Defesa é crucial para o direcionamento dos inibe os esforços ABIMDE, visando estiesforços das áreas de desenvolvimento e de do setor produtivo. mular as exportações produção dos nossos ICT e da nossa BID A projeção das deda BID, promoveram mandas das Forças um encontro com os em termos de produtos e de sistemas de defe- adidos estrangeiros, no qual participaram represa é crucial para o direcionamento dos esforços sentantes do Ministério das Relações Exteriores, das áreas de desenvolvimento e de produção dos do Ministério da Defesa e do BNDES. Já em 2012, tivemos a “I Mostra BID Branossos ICT e da nossa BID. Esse aspecto tende a ser equacionado com a publicação dos detalha- sil”. Foi quando o “encontro” tomou forma de mentos das necessidades apontadas pelo PAED. “Mostra”, focada no “conteúdo nacional” dos pro A catalogação, a homologação de produ- dutos de defesa e nas soluções brasileiras refetos de defesa e o credenciamento das empresas rendadas pelas Forças Armadas. Contando com o de defesa estão a todo vapor. Em breve se fa- apoio da Base Aérea de Brasília, participaram 50 rão sentir seus resultados sobre o planejamento, empresas. Em 2013, a II Mostra BID Brasil repetiu o acompanhamento e coordenação dos processos êxito da primeira, com a participação direta de de obtenção de produtos de defesa. 70 empresas, extrapolando as capacitações da IA – Atualmente, qual área dentro da defesa Base Aérea de Brasília. Para 2014, a III Mostra BID Brasil fincaapresenta maior potencial de crescimento? General Mattioli - Todas as áreas de defesa, se no coração da capital do Brasil, no Centro de sem exceção, apresentam cenários promissores. Convenções Ulysses Guimarães. Desta feita, com Prova dessa potencialidade está no alto índice de a participação de 100 empresas expositoras e diadesão ao Inova Aerodefesa, onde foram aprova- versos workshops, destacando-se a participação dos 315 projetos, de 64 empresas, alcançando a especial de comitiva da África do Sul e da ONU, a demanda de R$ 8,4 bi em créditos reembolsáveis. Mostra contará, ainda, com representantes de diversos Ministérios, das Forças e de diversas entidaIA – Como o senhor vê a parceria do MD com des como a ABDI, a Finep, o BNDES e o Inmetro. a ABIMDE?


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BANDA LARGA PARA COMUNICAÇÕES DE MISSÃO CRÍTICA

ARTIGO

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om os grandes eventos que têm acontecido de segurança e defesa em redes privadas de banno País, é momento de refletirmos sobre o da larga móvel com o uso da tecnologia 4G vem que tem sido feito para garantir a seguran- sendo amplamente discutida. O Exército Brasileiça da população e dos milhares de turistas ro vem testando, desde 2012, os benefícios dessa que visitarão o Brasil nos próximos anos. tecnologia por meio de uma rede privada de dados A tecnologia torna-se uma grande aliada na faixa de 700 MHz em Brasília, em complemendas agências de segurança pública, defesa e de- to às redes de radiocomunicação de voz utilizadas mais órgãos públicos no atendimento às deman- em suas operações diárias. Os resultados têm sido das da sociedade. As soluções atuais de comunica- bastante positivos e, este ano, foi feito o anúncio ção de voz em uso operam, majoritariamente, por da extensão do trial para o Rio de Janeiro, para meio de redes privadas que permitem o controle e dar continuidade aos testes em situações reais. gerenciamento da rede com confiabilidade, cober- A premissa básica na concepção de uma tura, capacidade, priorização e recursos de cripto- rede de segurança e defesa é contemplar “os piores grafia avançados requeridos por suas operações. cenários possíveis”, garantindo cobertura permaOs sistemas utilizados nente para que as equipor entidades públicas pes envolvidas no atenoperam no regime de dimento às ocorrências A adoção de medidas para permitir o planejamento e o investimento das serviço limitado privanunca fiquem impossibiagências públicas de segurança e dedo, pois não podem ser litadas de se comunicar. fesa em redes privadas de banda larga atendidas pelas redes É fundamental que as móvel, com o uso da tecnologia 4G, comerciais utilizadas redes sejam capazes de vem sendo amplamente discutida pela sociedade civil. suportar picos repentiOs fatos demonstram nos e inesperados de utique durante eventos lização diferentemente de grande escala, o tráfego de consumidores au- das redes comerciais, que são desenhadas tendo menta desproporcionalmente e sobrecarrega as como foco principal a garantia das comunicações redes comerciais de comunicações, não raramente “na medida do possível”, podendo ser projetadas levando-as ao colapso. com bases estatísticas de sobrecargas de tráfego. A tecnologia de banda larga móvel permite Ressalta-se ainda, que, em várias ocasiões, testeacesso imediato a informações armazenadas em munhamos o uso das redes comerciais por orgabancos de dados remotos, consultas e transmis- nizações criminosas ou sob suspeita de uso para sões de imagem em tempo real, localização dos práticas de atos terroristas. A ampla adoção de uma tecnologia padroniagentes em campo, rastreamento de suspeitos de delitos, recursos de videovigilância e uma varieda- zada internacionalmente, como é caso do 4G LTE de de recursos tecnológicos avançados. Isso resul- na faixa de 700 MHz, é fundamental para o Estado ta em maior eficiência na prestação dos serviços e brasileiro, pois afasta o desenvolvimento de soludiminui significativamente os riscos de incidentes, ções proprietárias, reduz o custo de desenvolvimento, fabricação e de aquisição de equipamentos além de auxiliar na mitigação de ações criminais. A adoção de medidas para permitir o plane- em função do ganho de escala, garante a subsisjamento e o investimento das agências públicas tência dos novos sistemas e assegura a evolução tecnológica das redes de banda larga móvel.

Divulgação

Luciano Cardim é gerente sênior de Relações Governamentais da Motorola Solutions e possui 30 anos de experiência no setor de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). Formado em engenharia elétrica com ênfase em eletrônica e telecomunicações pelo Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), possui ainda especialização em administração de empresas pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e MBA em comércio internacional pela Universidade de São Paulo (USP).


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NOTAS

Setor de criptografia nacional tem importantes conquistas por Claudia Pereira

O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, por intermédio do Departamento de Segurança da Informação e Comunicações, regulamentou, por meio da portaria de número 23, orientações específicas para o uso de recursos criptográficos em Segurança da Informação e Comunicações nos órgãos ou entidades da Administração Pública Federal, direta e indireta. Isso significa que qualquer tipo de conteúdo sigiloso deverá, obrigatoriamente, utilizar-se de criptografia. As empresas que poderão explorar este nicho serão as EEDs (Empresas Estratégicas de Defesa). “O impacto para o mercado de criptografia será muito positivo. Este é o primeiro desdobramento da Lei 12.598”, comenta Roberto Gallo, coordenador do comitê. Outra novidade deste segmento é que o Exército Brasileiro (EB) está trabalhando para estabelecer um sistema para homolo-

gação de produtos da área cibernética. O Comciber foi convidado para representar a indústria neste trabalho e, segundo o coordenador do comitê, o estabelecimento deste sistema trará parâmetros claros sobre o nível de asseguramento dos produtos certificados. “Isso permitirá às Forças Armadas e ao Estado adquirirem material com nível de segurança necessário para suas missões”, explica Gallo.

COMITÊ DE VNT SE REÚNE COM ANATEL E ANAC por Claudia Pereira

No início de agosto, o Comitê de VNT (Veículo Não Tripulado) da ABIMDE esteve reunido com a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e recebeu a notícia de que os VANTs (Veículos Aéreos Não Tripulados) estão autorizados a utilizar rádio frequência livre para comando, controle e transmissão de dados das aeronaves. Isso significa que

basta utilizar equipamentos de rádios homologados pela Anatel que os fabricantes de VANT não precisam pedir autorização da agência para alterar a frequência. Em outra reunião, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) informou ao comitê que está prevista para o final do ano a autorização para voos comerciais de VANT. “Isso abrirá as portas para a explosão do setor e das nossas indústrias. É algo que esperamos há anos para poder consolidar a nossa indústria e aproveitar as oportunidades oferecidas pelo mercado, algo que muitos já fazem ilegalmente”, comenta Antônio Castro, coordenador do comitê.


FSTM integra programação da BID Brasil 2014 por Karen Gobbatto

No mês de agosto, o Comitê de Simulação e Treinamento da ABIMDE (CSTA) colocou em prática um projeto que vinha sendo estudado desde o ano passado para fortalecer ainda mais as empresas da área de simulação e treinamento de defesa e segurança. O comitê é o organizador da edição 2014 do Fórum de Simulação e Treinamento Militar (FSTM), que ocorrerá entre os dias 30/09 e 2/10 no CTA, em São José do Campos (SP), passando a ser integrante também da programação da BID Brasil – que ocorre de 2 a 6 de setembro, em Brasília. Segundo Auro Azeredo, coordenador do CSTA, o FSTM e a BID servem para ampliar as oportunidades de negócios das empresas do setor, garantindo maior aproveitamento dos participantes nos debates e ampliando a troca de experiência entre empresas, parceiros e Forças Armadas. “Além disso, o evento técnico deixa de ser exclusivamente sediado no Exército Brasileiro e passa a integrar o calendário das três Forças. O objetivo dessa ação é trazer a cada edição uma temática com dedicação maior às demandas da Força Armada anfitriã daquela edição, criando um foro mais privilegiado para troca de ideias e soluções técnicas para demandas concretas”, explica o coordenador. O FTSM reúne empresas e empresários do setor de simulação e treinamento do segmento de defesa, representantes das Forças Armadas, pesquisadores e professores. O evento foi organizado de acordo com quatro temas centrais: Necessidades atuais e futuras das Forças Armadas em Simulação e Treinamento; Tecnologias de reconhecida liderança mundial em dispositivos de Simulação e Treinamento (Patrocinadores); Atividades de ICT’s voltadas para Simulação e Treinamento; e Institucional – CSTA, ABIMDE, ANAC e GT-18. De acordo com Azeredo, o Fórum é uma grande oportunidade para reforçar a Instrução Normativa 1.814/2013, que inclui dispositivos de simulação em treinamento em todo aparato militar a ser adquirido no Plano de Articulação e Equipamentos de Defesa (PAED).

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ENTREVISTA

DIRMAB

Apoio na consolidação da indústria nacional

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consolidação da indústria brasileira de defesa para projetos ligados à Aeronáutica passa pela Diretoria de Material Aeronáutico e Bélico (DIRMAB), comandada pelo Major Brigadeiro-do-Ar Carlos de Almeida Baptista Junior. Nessa função desde o último mês de abril, o diretor atendeu a Revista Informe ABIMDE para falar, entre outras questões, sobre a importância da colaboração entre as empresas nacionais para que possam competir com os concorrentes internacionais. “Ainda existe dependência externa quando falamos de produtos com maior conteúdo tecnológico”, destaca Baptista Junior. Além disso, o Major Brigadeiro-do-Ar ressalta as atribuições da DIRMAB no fortalecimento do setor e como projetos inovadores, como o KC-390, podem alçar a indústria nacional a um novo patamar de conhecimento tecnológico. INFORME ABIMDE – Desde quando o senhor está à frente da DIRMAB? Major Brigadeiro-do-Ar Carlos de Almeida Baptista Junior – Fui designado pelo Comandante da Aeronáutica para comandar a Diretoria de Material Aeronáutico e Bélico em abril do ano corrente. IA – Como funciona essa diretoria? Brigadeiro Baptista – A DIRMAB tem como principal missão fornecer o apoio de suprimento e de manutenção de aeronaves, de forma efetiva e econômica, aos usuários dos Sistemas de Material Aeronáutico e de Material Bélico da Força Aérea Brasileira, de forma a garantir o pronto emprego dos meios aeroespaciais nas operações militares, em tempo de paz e de guerra. Todas as ações desta Diretoria e de seus elos subordinados são precipuamente volvidas à manutenção da soberania do espaço aéreo com vistas à defesa do território nacional.

por Valéria Rossi

IA – A DIRMAB tem um papel importante na aquisição de novos materiais bélicos, como isso é feito? Brigadeiro Baptista – Todo processo de aquisição de material é iniciado no Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER), que estabelece as diretrizes para obtenção e utilização dos itens bélicos no âmbito da Força Aérea Brasileira. Os parâmetros do EMAER são complementados por informações fornecidas pelos Órgãos de Direção Setorial do Comando da Aeronáutica, que, em momento oportuno, são processadas pelo corpo técnico da DIRMAB. O resultado deste trabalho norteia a elaboração do Plano de Obtenção de Material Bélico, que passa por uma análise de priorização e de adequação, face aos limites orçamentários estabelecidos pela Lei Orçamentária Anual (LOA). IA – Como a DIRMAB se relaciona com a indústria nacional? Nossa indústria consegue atender todas as necessidades das Forças? Se não, como são feitos os contatos com a indústria estrangeira? No caso de compra fora do País, existe alguma contrapartida para a BID (Base Industrial de Defesa)? Brigadeiro Baptista – A Estratégia Nacional de Defesa (END) estabelece, em um de seus objetivos, o incentivo ao crescimento da base industrial de defesa instalada no País, ampliando o fornecimento de itens bélicos para as Forças Armadas e permitindo a exportação de produtos de defesa. Com este enfoque, a Força Aérea Brasileira continuou a priorizar o fornecedor nacional, quando diante da necessidade de compra de qualquer tipo de material. A título de ilustração, na atualidade, a maior parte do material bélico necessário para as operações militares da FAB é fornecida pela indústria nacional. Todavia, ainda existe dependência externa quando falamos de produtos com maior conteúdo tecnológico, motivo pelo

qual a FAB mantém comissões no exterior encarregadas de conduzir processos licitatórios e de fiscalizar os contratos celebrados com as empresas estrangeiras. Nas aquisições acima de US$ 5 mi (cinco milhões de dólares), são estabelecidos acordos de compensação, chamados de “offset”, nos quais existem contrapartidas para a indústria nacional, com a transferência de tecnologia e, em alguns casos, com a produção do próprio material no País. IA – Como o senhor avalia a capacidade de desenvolvimento, inovação e entrega da indústria nacional e as parcerias desenvolvidas com a Força Aérea? Brigadeiro Baptista – A parceria desenvolvida com as indústrias de defesa tem denotado vantagens aviltantes tanto para o Estado quanto para as próprias colaboradoras, que a cada dia, apesar do enfrentamento de inúmeras dificuldades, têm demonstrado muito empenho para conseguir fazer frente às concorrentes internacionais. A Força Aérea tem buscado estimular a inovação da indústria de defesa do País por meio do Plano Estratégico Militar da Aeronáutica, o chamado PEMAER. Neste plano, existem diversos projetos estratégicos de alta tecnologia do Comando da Aeronáutica, nos quais há o incentivo à participação direta das empresas brasileiras, seja no fornecimento de materiais, seja no recebimento dos benefícios advindos dos contratos de compensação. Desde a recente implantação do PEMAER, no ano de 2010, os resultados têm sido muito animadores, uma vez que estamos vivenciando a modernização paulatina dos nossos meios aéreos, contudo, os melhores frutos são esperados para médio e longo prazos. IA – Qual o caminho que o senhor sugere para que as empresas brasileiras consigam vender mais o seu produto dentro do País? Brigadeiro Baptista – O investimento contínuo na qualidade dos produtos, na capacitação dos recursos humanos e a busca por preços competitivos são fatores que contribuem para uma boa reputação das empresas e que, em decorrência, estimulam a confiança do Estado, já que as leis de mercado, indiscutivelmente, também se aplicam ao


comércio de defesa do País. Para a Força Aérea Brasileira, é fundamental que haja a diversificação e o fortalecimento de seus fornecedores, e que estes estejam atentos aos padrões de qualidade, de inovação e de pronta resposta esperados por nossa instituição. IA – No que diz respeito aos grandes projetos estratégicos do País (como FX-2, KC 390 etc) qual é o papel da DIRMAB? Brigadeiro Baptista – Em síntese, o papel da DIRMAB é o de “Fazer Voar”! Esses dois termos encerram atividades de grande complexidade e de enorme responsabilidade. Para garantir a operação dessas aeronaves com a disponibilidade desejada, a DIRMAB precisa conhecer todas as particularidades do projeto, decifrando as tarefas de manutenção definidas pelo fabricante, entendendo em detalhes os dados de confiabilidade logística de seus sistemas e dimensionando os recursos de materiais e combustíveis requeridos para sua operação. Uma vez dominados esses aspectos, a DIRMAB passa a gerenciar os recursos financeiros e a normatizar as atividades, divulgando-as a todos os elos do Sistema de Material Aeronáutico, tais como os Parques de Material Aeronáutico e os Esquadrões de Suprimento e Manutenção das Bases Aéreas, de modo a poderem ser executadas de maneira efetiva. Completando o ciclo, a DIRMAB promove reuniões de acompanhamento e auditorias periódicas com a finalidade de verificar se o que foi normatizado e distribuído está sendo realizado da maneira esperada.

IA – Quais os próximos desafios da DIRMAB? Brigadeiro Baptista – Entendo que, na atualidade, um dos grandes desafios da Diretoria de Material Aeronáutico e Bélico da Força Aérea Brasileira é o de se aproximar cada vez

mais das indústrias de defesa do País, conscientizando-as de sua importância no contexto nacional, de modo a restar claro que, independentemente do natural espírito de competição existente, a mútua colaboração entre as empresas, com o apoio do Estado, talvez seja a maior arma que elas tenham às mãos, já que os seus maiores concorrentes não estão no território nacional.

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Divulgação FAB

IA - Como a DIRMAB está se preparando para apoiar a entrada em operação do KC-390, em 2016? Brigadeiro Baptista – A DIRMAB tem participado ati-

vamente de todos os eventos relacionados ao desenvolvimento desse projeto, desde a assinatura do contrato com a EMBRAER, em 2009. Uma das atividades é a análise dos materiais e documentos entregues de acordo com o cronograma físico-financeiro, como, por exemplo, os equipamentos, as bancadas de testes, o Plano de Apoio Logístico Integrado, a Lista de Aprovisionamento Inicial, o Plano de Manutenção, dentre outros. Em seguida, é feito um levantamento dos recursos necessários para garantir a operação e a disponibilidade esperadas, conforme o esforço aéreo pretendido para a frota. É também realizada uma análise sobre os impactos para a operação e a manutenção, decorrentes de eventuais restrições orçamentárias, de modo que os demais órgãos sistêmicos do Comando da Aeronáutica possam ser devidamente assessorados quanto às eventuais ações a serem adotadas. Nessa senda, os Parques de Material Aeronáutico têm sido convocados para participar das discussões sobre o projeto com a utilização da metodologia MSG-3, o que permitirá o aperfeiçoamento das tarefas e a consequente redução do suporte logístico requerido para manter e operar a aeronave. Cabe ressaltar que o KC-390 é a primeira aeronave da FAB cujo plano de manutenção está sendo desenvolvido em conjunto entre o fabricante e o operador, o que trará grandes benefícios a todos os envolvidos e ao País.


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SEGURANÇA

BCA se consolida no mercado de blindagem de helicópteros

Divulgação

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os 23 anos, a BCA Ballistic Protection, localizada em São José dos Campos (SP), é uma empresa dual renomada no mercado de blindagem automotiva e que investe constantemente para a expansão dos seus negócios para fora das fronteiras brasileiras, mantendo forte o foco no desenvolvimento de produtos com tecnologia avançada para atender um mercado exigente. Mais recentemente, a partir de 2006, ingressou em uma nova frente: a blindagem de helicópteros. Hoje, a companhia já é fornecedora qualificada e homologada neste segmento aeroespacial e visa expandir esta capacidade também para as montadoras no mercado internacional. Dentre os inúmeros projetos já executados nesta área, está o fornecimento de blindagem para os helicópteros do Batalhão de Aviação do Exército (BAvEx). “As aeronaves que receberam nossa blindagem atuam em ações de apoio à fiscalização e segurança de fronteiras, além de operações especiais em áreas de risco, como nas comunidades cariocas”, explica André Bertin, CCO (Chief Communication Officer) da BCA. Para o BAvEx foi desenvolvida uma solução de blindagem removível, o que garantiu, além de aumento na segurança, mais flexibilidade, já que pode ser instalada em 30 minutos, oferecendo melhor suporte a uma operação dedicada ou melhor autonomia. Com o slogan “Flexibilidade e alta performance para todos os níveis de ameaça”, a BCA possui soluções de blindagem para aviões, helicópteros, embarcações, veículos e até mesmo proteção pessoal, cujo requerimento técnico necessita da combinação de menor peso, espessura e montabilidade. Consolidou-se, em 2013, como Empresa Estratégica de Defesa (EED), promovendo a industrialização, com tecnologia própria, de materiais compostos de proteção balística com foco contínuo nos sistemas de qualidade e aumento de competitividade. “A BCA vem, desde sua fundação, investindo também em pesquisa e no desenvolvimento de produtos feito em material composto para proteção balística. Nos últimos oito anos, temos nos dedicado ao mercado aeroespacial, sempre buscando superar o padrão de exigência dos mercados norte-americano e europeu, referências no mercado de defesa. A empresa se compromete a oferecer produtos mais leves e desempenho superior”, comenta Bertin. Grande parte do sucesso da organização vem do comprometimento com a qualidade. A BCA possui um rigoroso processo de rastreabilidade, na qual controla toda matéria prima recebida para que, dessa forma, sua aplicação atenda as normas exigidas pelo mercado de segurança e de defesa. Todos os seus equipamentos são calibrados e seus processos especiais controlados eletronicamente, garantindo repetibilidade no desempenho dos painéis balísticos. Além disso, 100% dos lotes produzidos são testados em túnel balístico, assegurando a conformidade com os níveis de blindagem.


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DESTAQUES MERCADO

RF COM consolida presença em grandes projetos de defesa do País

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Carla Dias

o ano em que completará 20 anos, a RF COM tem muito a comemorar. É uma das poucas empresas nacionais integrante de quase todos os principais projetos estratégicos do governo brasileiro. Certificada como Empresa Estratégica de Defesa (EED), ela espera crescer mais 20% nos próximos dois anos. Atualmente, conta com cerca de 200 colaboradores. À frente da companhia, Paulo Cesar Ceragioli fala a respeito de seus desafios. “O desafio é grande, pois são dezenas de sistemas diferentes com milhares de componentes e que requerem muitas horas de engenharia e de integração. Mas é extremamente gratificante participar dos principais projetos do Brasil. Sinto-me honrado por poder contribuir com o desenvolvimento de nosso País”. Dentro dos projetos estratégicos do Ministério da Defesa, a RF COM é uma das poucas empresas nacionais que transita na maioria dos programas. No projeto Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras), a RF COM participa desde a fase inicial e é a responsável pelo fornecimento de diversos equipamentos e sistemas, entre eles shelters, unidades móveis de comando e controle, integração de todos os módulos de comunicações táticas móveis e fixas, módulos fixos e móveis de vigilância, módulos fixos e móveis de guerra eletrônica.

Empresa desenvolveu shelter dos Centros de Operações Antiaéreas (COAAe)

por Karen Gobbatto

A empresa também atua em outros projetos do Exército: no “Sistema de Defesa Antiaérea”, fornecendo os Centros de Operações Antiaéreas (COAAe); no “Sistema de Mísseis e Foguetes ASTROS 2020” e no Programa do Batalhão de Operações Especiais com os Centros de Comando e Controle. Para a Força Aérea Brasileira (FAB), a companhia fornece shelters de comunicações com link SATCOM para o Grupo de Comunicações e Controle. Esse sistema possui posicionamento automático da antena de satélite e é montado sobre viaturas militares. Na Marinha, a empresa trabalha, nesta atual fase de propostas, para integrar partes do Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (SISGAAZ). Ela participa com os principais candidatos a “main contractor” para o fornecimento de: Unidades Móveis de Comando e Controle, Shelters Fixos e Móveis para Comunicações e Radar, Estação Solo de VANT e programas de offset. Além disso, também atua fortemente dentro de outros mercados. Hoje, são mais de 700 clientes ativos, incluindo operadoras de celular, fabricantes de estações rádio base, clientes das áreas de rádio difusão de TV e rádio, segurança pública, mineração, exploração de petróleo e indústria aeroespacial. A RF COM já exportou para 7 países, entre eles Chile, Israel, Argentina, Panamá, Cuba, Uruguai e Ilhas Virgens Britânicas. Nosso objetivo é ampliar esse mercado e levar a tecnologia brasileira para todo o mundo”, conclui o executivo. TRAJETÓRIA A RF COM está situada em São José dos Campos, uma região altamente industrializada e um importante centro tecnológico brasileiro. A companhia iniciou suas atividades em 1994, com o impulso da indústria wireless no Brasil, tornando-se uma das primeiras empresas a oferecer todo o suporte e linha de equipamentos necessários para instaladoras de celulares fixos, chegando a líder do segmento.


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O desenvolvimento do sistema foi realizado em um prazo de quatro anos e contou com vários especiaTECNOLOGIA NACIONAL listas de diversas áreas de conhecimento da engenharia: sistemas radares, hardware, software e mecânica. Partiu de um projeto de IFF (Identification Friend or Foe), em parceria com o ITA, e também teve como base o radar SABER M200, desenvolvido para o CTEx (Centro Tecnológico do Exército) e criado para fazer Sistema Radar Secundário S200R, com tecnologia 100% nacional, parte de um sistema de defeentra em produção em 2015 e pode ter aplicações civil e militar sa antiaérea com mísseis de por Claudia Pereira média altura (30 a 40 km de alcance), capaz de operar nos modos de busca, vigilância e diretor de tiro (guiamento de míssil). A integração do S200R ao Cindacta é reBradar, empresa controlada pela Embra- er Defesa & Segurança, está testando em alizada por meio de rede semelhante à internet sua unidade em Campinas (SP) um novo segura, utilizando protocolo Asterix (All Purpose sistema de radar, desenvolvido em par- Structured Eurocontrol Surveillance Information ceria com o Centro Tecnológico do Exér- Exchange), desenvolvido e mantido pela Euroconcito (CTEx) e com o Instituto Tecnológico trol (European ATC Organization). Medindo 8,5 metros de comprimento (ande Aeronáutica (ITA), batizado de Sistema Radar tena), 1,8 metro de altura, base com diâmetro de Secundário S200R. Projetado para conectar-se ao Cindacta dois metros e peso de 650 kg, o radar pode ser (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de montado em quatro dias, destinando-se à instalaTráfego Aéreo), o radar tem o objetivo de “interro- ção fixa no topo de edifícios ou torres construídas gar” os transponders instalados nas aeronaves, que para o controle de tráfego aéreo. Para o presidente da Bradar, Astor Vasques, fornecem informações de identificação e altitude. Os transponders enviam sinais para as tor- a produção deste radar com tecnologia 100% nares de controle de tráfego aéreo. Os tipos mais bá- cional auxiliará o Brasil a ser cada vez mais sobesicos enviam apenas a altitude do avião e um códi- rano no que se refere à defesa de seu território go do voo, com quatro dígitos, mas as estações de e riquezas. “O Brasil possui uma extensa rede de radar são capazes de estabelecer a velocidade do vigilância aérea, além de grande densidade de tráavião e sua direção ao monitorar sucessivas trans- fego aéreo que cresce a uma taxa de 6% ao ano, missões. O S200R permite interrogar aeronaves o que gera imensa demanda por equipamentos dessa natureza. Os radares utilizados atualmente distantes até 200 milhas náuticas (370 km). O equipamento está em fase final de testes, são bastante confiáveis, porém tradicionalmente entra em produção em 2015 e teve investimentos com alto custo de aquisição, implantação e manuprovenientes da própria companhia, do ITA e da tenção. A Bradar identificou um grande nicho de Finep (Financiadora de Estudos e Projetos). mercado, uma vez que estes sistemas são oferecidos apenas por empresas estrangeiras”, conclui o executivo.

Bradar desenvolve radar para atuar no controle de tráfego aéreo

A

Reprodução

Antena

Pedestal Módulo de controle e rádio frequência


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MODERNIZAÇÃO

O

SKM desenvolve sistema de controle e monitoramento para Marinha

Divulgação

novo Sistema de Controle e Monitoramento da Propulsão (SCMP) do Navio-Escola “Brasil” da Marinha Brasileira, já está em operação. E a responsável pelo desenvolvimento e por toda tecnologia do equipamento é a SKM. Empresa 100% de base nacional, certificada pelo Ministério da Defesa como EED (Empresa Estratégica de Defesa), a SKM detém o domínio do ciclo de conhecimento para atuar no delineamento e na produção de sistemas de controle e automação para navios da Marinha. São mais de duas décadas de atuação no setor. A SKM foi contratada pela Marinha para realizar o novo SCMP para o Navio-Escola “Brasil” em 2012. A modernização abrangeu não só o desenvolvimento do software, mas a substituição dos painéis de comando do Centro de Controle de Máquinas (CCM), Passadiço e Praças de Máquinas. Segundo o CEO da SKM, Nicolau Alves Sebastião, o projeto foi customizado de acordo com as necessidades operacionais do navio, buscando garantir a confiabilidade, segurança e eficiência do funcionamento da planta propulsora. Ele explica ainda que o novo SCMP é composto de dois servidores, três estações gráficas de trabalho – sendo duas no CCM e uma no Passadiço –,

por Valéria Rossi

rede de dados Ethernet redundante, unidades de aquisição de dados com alta capacidade de monitoração, Painéis de Controle Local e estações de comando nas asas do Passadiço. Conforme o executivo, a SKM buscou trabalhar com um conceito baseado na utilização de componentes que atendem aos requisitos para um navio de guerra, mas que possuem uma vasta aplicação também na Marinha Mercante e em Offshore. “O padrão adotado também refletiu na redução de custos e prazos de manutenção, dada a utilização de equipamentos de arquitetura aberta”. Para Nicolau, a conclusão com sucesso de mais um projeto para a Marinha ressalta ainda mais a expertise da empresa e a forma de atuar em conjunto com as Forças pelo desenvolvimento do País. DOMÍNIO DO CONHECIMENTO A SKM é a única companhia no Brasil a desenvolver, em conjunto com o Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ), o Período de Manutenção Geral (PMG) e Provas de Cais e Provas de Mar (Comissionamento da Propulsão) dos submarinos Classe Tupi e do submarino Tikuna. A empresa também é detentora, desde de 1994, da tecnologia dos Sistemas de Controle e Monitoramento da Propulsão, Sistema de Monitoração de Máquinas Auxiliares e Sistema de Controle de Avarias – desenvolvidos para as Corvetas Classe Inhaúma e Navio-Tanque Almirante Gastão Motta.

Console do Sistema de Controle e Monitoramento da Propulsão (SCMP)


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MERCADO INTERNACIONAL

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CONSULTORIAS AMANI E RC TRABALHAM NO PROJETO EXPORTAR PARA CRESCER

arantir a sobrevivência, a continuidade e o crescimento de uma empresa de defesa requer diversificar produtos, clientes e atuação no exterior, caminho natural para mantê-la competitiva. A exportação proporciona: • Crescimento e desenvolvimento tecnológico; • Garantia de sobrevivência e longevidade; • Solução para os altos e baixos do mercado interno e redução da dependência do MD e MJ; • Parcerias internacionais, captação de investimentos (de longo prazo), ampliação de mercado – interno e externo – e aproveitamento do pessoal altamente qualificado; • Na atual conjuntura, cobre as dificuldades existentes devido ao direcionamento de recursos financeiros para outros setores em detrimento da área de defesa; Visando ajudar as empresas de material de defesa a ampliar seus negócios no mercado internacional, vem sendo elaborado o projeto Exportar para Crescer, com o objetivo de apresentar oportunidades comerciais no exterior, divulgar as empresas e seus produtos no mercado internacional, promover a sua internacionalização e apoiar a realização de negócios com empresas e governos estrangeiros, contando com incentivos da APEX e apoio institucional do MD, MDIC e MRE. O projeto foca os grandes importadores de material de defesa, sendo proposto iniciar os esforços com vistas à exportação para países do Oriente Médio que: representam, há 30 anos, perto de um quarto das importações mundiais de material de defesa; seus gastos militares são duas a três vezes os da América do Sul; estão empenhados em diversificar seus fornecedores; têm grandes recursos financeiros; investem em longo prazo; têm interesse em parcerias com a indústria brasileira (vide ASPA – Cúpula América do Sul-Países Árabes) e “pressionam” por acordos comerciais, de cooperação científica, tecnológica e em assuntos de Defesa, com o Brasil.

Roberto Guimarães de Carvalho Diretor da RC Serviço de Consultoria e Assessoria Militar e de Defesa

Sugerindo iniciar pela Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, é apresentado um quadro das importações de produtos de defesa e encomendas realizadas por estes países e o projeto proporcionará às Associadas da ABIMDE que o integrarem: 1. Preparo do material promocional: portfólio, vídeos e apresentações técnicas, catálogo geral do Grupo Exportador e revisão das propostas técnico-comerciais e contratos. 2. Capacitação dos executivos, com cursos e palestras abrangendo: Comércio exterior, Introdução à cultura árabe, Técnicas de negociação com os árabes, Logística de exportações, Programa de apoio tecnológico à exportação, Consórcio de exportação e Mecanismos de financiamento de exportações. 3. Apresentação detalhada do país cliente e de seu potencial: − História, geografia, economia, governo, problemas de segurança interna, ameaças externas, terrorismo, Forças Armadas, material disponível, encomendas e necessidades conhecidas; − Compêndio da legislação vigente para importação de produtos de defesa, transferência de tecnologia, offset e joint venture; − Laços políticos com o país alvo e acordos de cooperação em tecnologia e defesa com o Brasil. Em continuação, será realizada a 1ª Missão Comercial. O projeto colocará na mesa de negociação: as integrantes do Exportar para Crescer e representantes das Forças Armadas, alto executivo de empresas de defesa, investidores, bancos e holdings da Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. Para apoio ao projeto, serão negociados, junto à APEX: a obtenção de recursos, inclusão dos clientes potenciais no Projeto Comprador e, posteriormente, a instalação de escritórios nos Emirados e Arábia Saudita. Finalmente, o projeto prevê a realização de uma 2ª Missão Comercial, aproximadamente 8 meses após a primeira, otimizando os investimentos realizados, o preparo e a experiência das empresas e de seus executivos, ampliando o mercado para o Catar, Omã e Kuwait ou Argélia e Marrocos.

Khaled Sarout Diretor da AMANI Consultoria


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Jorge Cardoso/Ministério da Defesa

EED

Cerimônia de entrega dos certificados das primeiras EEDs, em 2013

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ntre abril e junho deste ano, o governo brasileiro, por meio do Ministério da Defesa, anunciou mais 25 companhias contempladas com o título de Empresa Estratégica de Defesa (EED): Andrade Gutierrez Defesa & Segurança (AGDS), Agrale, AMAZUL (Amazônia Azul Tecnologias de Defesa), MAS Kepler, Atmos, Avionics, Bombas Triglau, CBC, Engevix, Equipaer, Kryptus, Módulo, NG Metalúrgica, Novaer Craft, OAS Defesa, Odebrecht Defesa e Tecnologia, Queiroz Galvão Defesa, Radix Engenharia, RF Com, Saipher ATC, Santos Lab, Savis, SKM, Synergy e Visiona. Do montante, 16 são associadas à ABIMDE. Vale lembrar que cada empresa certificada terá benefícios fiscais e tributários que permitirão desonerar a cadeia produtiva entre 13% e 18%, tornando-as mais competitivas nos mercados interno e externo. Além disso, a medida beneficia as empresas no que se refere ao Regime Especial Tributário para a Indústria de Defesa (Retid), regulamentado em outubro e que isenta de tributos as EED. O Retid é um desdobramento da Lei 12.598/2012, que estabelece mecanismos de fomento à Base Industrial de Defesa (BID). Para receber o certificado, a companhia precisa passar por avaliação do Ministério da Defesa. As contempladas devem preencher os se-

Governo certifica mais 25 empresas como estratégicas de defesa por Claudia Pereira

guintes requisitos: ter sede ou unidade industrial no Brasil; ter conhecimento tecnológico próprio; e/ou parceria com instituição do setor. As licitações deverão prever transferência de direito de propriedade intelectual e industrial, continuidade da produção e capacitação tecnológica de terceiros. Também poderão ser restritas à compra de material fabricado no Brasil ou de produtos que utilizem insumos nacionais ou tenham inovação desenvolvida no País. As primeiras EEDs foram anunciadas no final de 2013, em evento que contou com a presença do ministro Celso Amorim. Na ocasião, foram contempladas 26 companhias: AEQ; Akaer; Armtec; Atech; Avibras; Axur; Bradar; Condor; Digitro; Embraer; Fligh Technologies; Emgepron; Grupo Inbra; Iacit; IAS; Imbel; Mectron; Nuclep; Opto Eletrônica; Orbital; Rustcon; Spectra; Taurus; Vertical do Ponto; BCA; e Nitroquímica.


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TÚNEL DO TEMPO

INOVAÇÃO E EMPREENDORISMO MARCAM OS 88 ANOS DA CBC

Fotos: Divulgação

por Karen Gobbatto

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mpresa Estratégica de Defesa, a CBC construiu uma sólida trajetória ao longo das suas mais de oito décadas de existência. A evolução dos seus produtos e de sua marca deve-se ao espírito inovador e empreendedor de sua administração, ao emprego de modernas tecnologias nos processos de desenvolvimento e manufatura, aos constantes investimentos em capital humano, bem como à sua responsabilidade socioambiental. A história da CBC começa em 1926, quando dois imigrantes italianos – os irmãos Costabile e Gianicola Matarazzo – fundaram uma pequena fábrica de munições no bairro do Brás, em São Paulo, visando produzir cartuchos para espingardas e poder exercer seu esporte favorito: a caça. A empresa foi denominada Fábrica Nacional de Cartuchos e Munições (FNCM) e, tendo prosperado rapidamente, já em 1927, foi transferida para Utinga, em Santo André. Em 1932, a FNCM forneceu munição para a Revolução Constitucionalista de São Paulo, produzindo aproximadamente 30.000 cartuchos calibre 7mm por dia. Em 1935, a empresa foi adquirida pelas Remington Arms Company Inc., dos Estados Unidos, e Imperial Chemical Industries (ICI), da Inglaterra, mudando sua razão social para Companhia Brasileira de Cartuchos. Assim, a CBC recebeu aporte técnico e equipamentos que permitiram não só aprimorar sua produção de munições como também ampliá-la. Em 1942, foi adquirido o terreno de 188 hectares em Ribeirão Pires – SP, que passou a ser utilizado como campo de provas de seus produtos. Em 1945, durante a II Guerra Mundial, a CBC forneceu munições para as tropas brasileiras. A partir de 1953, a empresa passou a produzir também munição de fogo circular. No ano de 1969, foi inaugurada em Ribeirão Pires a fábrica de mistura iniciadora para espoletas, então do tipo convencional. Em 1975, foi iniciada a fabricação da mistura à base de estifinato de chumbo e tetrazeno, não corrosivas. Em 1975, a empresa inicia a exportação de munição em calibres 9mm e .50. Em 1979, quando o governo passou a incentivar a nacionalização de empresas estrangeiras, a CBC foi adquirida da Remington e ICI pelos seus então principais executivos em 70% do valor, com a associação da Imbel, que ficou com 30%. Assim, a CBC tornou-se uma empresa 100% brasileira. Em 1980, foram fornecidas para a Marinha Brasileira, as primeiras munições 20mm do tipo AEIT (alto explosivo, incendiário e traçante com auto destruição). No ano de 1983, foram iniciadas as exportações de munição para o mercado norte-americano. Em 1987, foi transferida para Ribeirão Pires toda a fabricação de munições, liberando área na fábrica de Santo André para a expansão da produção de armas, que fora iniciada em 1960 com exportações a partir de 1966. Em 1987 é inaugurada, em Ribeirão Pires, a fábrica de pólvora CBC, considerada até hoje uma das mais modernas do mundo. Em 1989, a atual administração assume o controle da empresa. Sob a nova gestão, a companhia, visando sua solidez e expansão, passou a investir no aprimoramento de seus processos e ampliação do seu portfólio de produtos, com especial atenção a um padrão de qualidade de


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nível internacional e à produtividade, aumentando sua competitividade e permitindo seu crescimento como empresa exportadora. Para sustentar toda a reengenharia realizada pós a nova administração, foi fundamental um grande programa educacional realizado pela CBC com seus colaboradores, baseado em Treinamento, Orientação e Motivação. A presença global da CBC foi iniciada na década de 90, com a criação da Magtech nos Estados Unidos, em Minnesota, distribuidora que atende a todos os estados americanos. Magtech é também a marca de exportação CBC para produtos civis. Em 1992, a CBC transferiu sua administração para a fábrica de Ribeirão Pires e, gradualmente, também sua fabricação de armas, encerrando suas atividades em Santo André. Nesse mesmo ano, foi realizada uma grande mudança na empresa, com a criação de novo logotipo, novas embalagens e lançamento simultâneo de mais de 40 produtos. Nas novas instalações, a empresa integrou e informatizou todos seus sistemas, implantando modernas técnicas como Kan Ban, Just in Time e, mais recentemente, a filosofia Lean (manufatura enxuta), que permitiram que se tornasse uma companhia moderna, dinâmica e competitiva. A autonomia tecnológica demandou da CBC um processo de verticalização de insumos críticos, como pólvoras, misturas iniciadoras, ferramentas etc, que tornaram a empresa autossuficiente e não dependente de fontes externas. Esse conjunto de atributos conferem à CBC grande agilidade e flexibilidade para atender com eficiência e competitividade consumidores civis e Forças Armadas no Brasil e no exterior. Em 1995, a companhia inaugurou sua nova fábrica de munições de fogo central considerada a mais moderna do mundo. Como resultado desses investimentos, em 1998 já exportava para mais de 60 países. Em 1999, com seu grande know-how em balística, a empresa ingressa no mercado de coletes balísticos, desenvolvendo produtos de alta qualidade. A CBC desenvolveu mais recentemente o Colete Multiameaça – que oferece proteção balística e simultaneamente contra objetos perfurantes / pontiagudos, e o também Colete Salva-Vidas Balístico – que, além de oferecer proteção balística, é indicado para uso em situações de exposição em mar, rios e lagos. Em 2000, é inaugurada a planta em Montenegro – RS, que abriga as fábricas de Coletes Balísticos, Armas Longas, Carabinas de Pressão, Cartuchos de Caça e Competição, complementando a linha de munições CBC. Um ponto a destacar é que esta planta no Sul está estruturada para fabricar toda linha de produtos CBC, conferindo à empresa maior autonomia e reforçando ainda mais sua capacidade de mobilização. Nesse mesmo ano, a companhia recebe o Certificado ISO, que atesta e assegura o excelente padrão de qualidade de seus produtos. Em 2003, a exemplo da Magtech EUA, a CBC cria o centro de distribuição Magtech Europa em Hamburgo – Alemanha, localizado estrategicamente na zona portuária da cidade, fortalecendo a distribuição de munição civil e policial para países do continente

europeu e asiático. Ainda no ano de 2003, com a publicação da Lei 10.826, foram incorporadas novas exigências legais à fabricação e comercialização de munições no mercado interno. A Lei previu inclusive a realização de Referendo Popular sobre a venda legal de armas a civis. Nesse contexto, a CBC começa a estudar possibilidades de produtos alternativos para o mercado civil, porém sem desfocar de seu segmento principal de atuação. Assim, a partir de 2005, volta a fabricar carabinas de pressão, com o lançamento no calibre 4,5mm, logo seguido do 5,5mm (2006), dos modelos de alto desempenho com mola Nitro (2010) e do inovador modelo Nitro-Six em calibre 6mm (2012). Hoje, a empresa possui 29 modelos de armas de pressão em seu portfólio, representando um importante negócio. Em 2005, com a aprovação da população no Referendo Popular, ocorre a continuidade da venda legal de armas de fogo a civis no Brasil. No ano de 2006, a CBC aprova a munição 7,62mm para fornecimento às Forças Armadas norte-americanas. Em 2007, o mesmo calibre foi aprovado pela OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e, em 2009, o calibre 9mm Luger também é por ela aprovado. Com o compromisso de buscar a excelência no atendimento aos clientes CBC é inaugurado, em 2007, a CBC Brasil Distribuidora, localizada na Rodovia Anhanguera, em São Paulo. O programa de internacionalização da CBC levou a empresa a adquirir, em 2007, a Maschinenfabrik Elisenhüte Nassau (MEN) na Alemanha e, em 2009, a Sellier & Bellot (S&B) localizada na República Tcheca. Ambas fabricantes detêm reconhecimento mundial. A MEN, com 57 anos de história, tem filosofia de empresa inovadora, sendo sinônimo de confiabilidade em munições. Sua produção é direcionada ao fornecimento de munições militares e policiais para a Alemanha e vários países da Europa. Já a S&B é uma tradicional e importante fabricante de munições do Leste Europeu, que passou pelas duas Guerras Mundiais. Fundada em 1825, possui um amplo portfólio de produto, é fornecedora das Forças Armadas e Policiais em seu país com exportações para vários países. Assim, com estas aquisições, a CBC passou a ser uma conceituada multinacional, formando o Grupo CBC. Em 2010, inicia a locação e concessão de utilização das instalações fabris de iniciadores da Amadeo Rossi em São Leopoldo – RS, ampliando assim sua linha de produtos. Como parte de sua estratégia de expansão, a CBC intensificou seus investimentos na linha de médios calibres. Em 2013, desenvolve a munição 30x173mm para a nova VBTP – Viatura Blindada de Transporte Pessoal “Guarani” do Exército Brasileiro –, que é um grande exemplo da atuação de Pesquisa & Desenvolvimento da CBC. Este produto foi desenvolvido com tecnologia própria da companhia, ou seja, tecnologia sob domínio 100% nacional. Somente nos últimos 15 anos, a CBC investiu mais de US$ 150 milhões em modernização. Em 2014, a CBC torna-se uma Empresa Estratégica de Defesa (EED). Hoje, com mais de 3.600 colaboradores, o Gru-


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po CBC é líder mundial na fabricação de munições para armas curtas e um dos maiores fornecedores de munições militares para os países da OTAN na Europa. Seus produtos estão presentes em mais de 130 países, nos cinco continentes. A CBC atua nos segmentos de defesa, segurança, esporte e lazer. A combinação do mercado institucional (FFAA e Segurança Pública) com mercado civil e as exportações resulta em um equilíbrio dinâmico e eficaz que permitiu o crescimento e viabilidade da companhia ao longo dos anos. Esses três mercados são essenciais para a empresa, pois, juntos, formam um tripé de sustentação, assegurando-lhe competitividade e capacitação tecnológica para investimentos contínuos em pesquisa, desenvolvimento e inovação. Importante destacar que o modelo estratégico CBC atende plenamente aos quesitos firmados na Estratégia Nacional de Defesa (END), seja sob o aspecto do domínio tecnológico, bem como quanto à dualidade das destinações da produção. Com foco em P&D, a CBC emprega o conhecimento adquirido em seus quase 90 anos de história no desenvolvimento e fabricação de produtos,

Unidade produtiva em Santo André – SP, antigas instalações da CBC

nições IR Tracer com traço visível apenas com óculos de visão noturna, as munições 5,56 SAT com performance equivalente ao 7,62 e compatível com o novo Rifle IA2 fabricado pela Imbel, as munições .50 Limited Range com alcance limitado a 50% da munição convencional para fins de treinamento sem prejuízo da precisão e eficiência, e as munições Sniper de alta precisão, entre outras. A empresa continua trabalhando no desenvolvimento de novos produtos, incluindo importantes novidades em médios calibres para as Forças Armadas brasileiras. Com a missão de ser o melhor entre os maiores fabricantes mundiais de munição de pequeno calibre, a CBC é hoje também um importante player mundial em munições de médios calibres. com domínio tecnológico de toda cadeia produtiva, resultando em plena e constante capacidade de mobilização. O portfólio atual da CBC é composto por mais de 300 tipos de munições, abrangendo cartuchos .22, cartuchos de caça, munições para revólveres – incluindo calibres de última geração como os .454 Casull e .500 S&W –, munições para pistolas e submetralhadoras e para fuzis, além das sofisticadas munições para as FFAA, que incluem desde as conhecidas .50 até as 20 e 30mm destinadas aos canhões Vulcan, Oerlikon e Defa utilizadas em aeronaves de combate e embarcações e, também, o moderno calibre 30 x 173mm para a VBTP Guarani. As munições militares CBC possuem variadas configurações de projéteis, em versões pirotécnicas, perfurantes, de precisão, para treinamento / exercício, alto explosivos, com autodestruição, entre outros. Nos lançamentos militares dos últimos anos, destacam-se alguns projetos inovadores da CBC, tais como as mu-

Unidade produtiva em Ribeirão Pires – SP, matriz da CBC


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PONTO DE VISTA

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intangível essencial e estratégico para o País

Carla Dias

ivemos a Era do Conhecimento como elemento central de criação de riqueza, o que torna a Gestão do Conhecimento crucial na estratégia organizacional como disciplina geradora de vantagem competitiva, produtividade e desenvolvimento institucional. A economia mundial nesta era reflete o aumento da participação dos serviços no PIB mundial, com clara correlação entre o estágio de desenvolvimento econômico ou de riqueza de um país e essa participação que, nos países desenvolvidos, está na faixa de 70 a 80%. Merece destaque neste cenário os chamados Serviços Empresariais Intensivos em Conhecimento – SEIC (KIBS – Knowledge-intensive business services): serviços oferecidos às empresas e governos, fortemente apoiados em conhecimento, portadores de futuro, geradores de produtividade e de inovação e que, em algumas especialidades, também permitem aos seus clientes melhorar a eficácia por meio de seus processos decisórios. Existe uma correlação direta entre o percentual de participação dos SEIC no PIB de um país e a sua renda per capita. No Brasil, apesar dos serviços já representarem 68% do PIB, os SEIC representam aproximadamente apenas 3% do PIB, frente aos 9% da França, Holanda e Suécia, 8% da Alemanha e os 10% dos EUA, do Reino Unido e da Bélgica. E esses 3% tem sido pouco percebidos. A mídia dá grande destaque ao nosso agronegócio – por sua visibilidade nas exportações e contribuição para a balança comercial, mas o fato é que ele representa 5% do PIB nacional. Enquanto isso, os 3% dos SEIC no PIB são praticamente ignorados, o que não nos auxilia a enxergar sua importância e investir no seu crescimento.

Tarcísio Takashi Muta, presidente da Fundação Ezute

Conhecimento:

Cabe também uma reflexão sobre a área de defesa e sua base industrial. Ela é fomentadora dos serviços intensivos em conhecimento e também de produtos estratégicos que demandam, para sua especificação e produção, justamente esses serviços. Pela especificidade dos conhecimentos demandados e pela necessidade de continuada inovação em seus produtos, eles são executados pelo próprio corpo técnico da BID – Base Industrial de Defesa. Em razão dessas particularidades, portanto, não são conhecimentos que estarão normalmente disponíveis no mercado. Essa realidade reforça outra importante questão: a não existência de uma política orçamentária para o setor de defesa, o que torna instável a continuidade contratual. Isso constitui um grande fator de desconstrução do setor, com imensas perdas para as empresas e para a força de trabalho especializada e de alto valor agregado, com consequências danosas para o País, e com o agravante de que esse conhecimento costuma ser de uso dual, o que as tornam ainda mais críticas. Trata-se de um cenário que avança contra a BID e acaba favorecendo as empresas estrangeiras de defesa, normalmente poderosas e com estímulos diferenciados pela estratégia de seus governos, que voltam seus esforços para o Brasil, por estratégia e também em função de cíclicas quedas de demandas no hemisfério norte. Somos pouco acostumados ao intangível. Sem negligenciar a importância dos produtos industrializados – já em clara crise de crescimento – para o desenvolvimento social e econômico do País, é fundamental dar continuidade à criação dos caminhos do conhecimento, e viabilizar efetivamente a sua aplicação – utilizando-se inclusive do diferencial comprovado da BID – para a criação de ativos que contribuam para a construção da perenidade e do protagonismo da nação.


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Indústria brasileira de defesa apresenta inovações durante a Terceira BID BRASIL

CAPA

Carla Dias

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ntre os dias 02 e 06 de setembro, o Centro de Convenções Ulysses Guimarães (Setor de Divulgação Cultural (SDC), Ala Sul), em Brasília, receberá a terceira edição da Mostra BID Brasil, focada nos setores de defesa e segurança. O evento é promovido pela Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) em parceria com a ABIMDE (Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança), e conta com apoio do Ministério da Defesa e do Governo do Distrito Federal. Para este ano, a expectativa é de que participem quase 100 empresas que compõem a Base Industrial de Defesa como Embraer, Avibras, Condor, Emgepron, Taurus, Imbel, Iacit, Bradar, CBC, BCA, AEL, JBS, Odebrecht Defesa e Tecnologia, Atech, SKM, Albergo, AMAZUL, Kryptus, Optovac, RustCon, RF COM, Reckwell Collins, entre outras. O evento reunirá as principais soluções e equipamentos tecnológicos produzidos pela indústria de defesa nacional como radares, munições, softwares, VANT (Veículo Aéreo Não Tripulado), veículos blindados, novos processos de produção e preparo de alimentos desidratados desenvolvidos para as Forças Armadas Brasileiras, mas que também são adequados para o uso civil, sistemas de rastreabilidade, comando e controle, entre outros. O objetivo é apresentar a qualidade e a tecnologia presentes nos produtos ao público, incluindo potenciais compradores internacionais e adidos militares de vários países acreditados no Brasil. Delegações de compradores governamentais da França, Angola e África do Sul visitarão a Mostra. Além de conhecer os projetos ligados à defesa nacional, os visitantes poderão verificar como tais tecnologias estão sendo aplicadas no dia a dia da sociedade. “Queremos destacar a tecnologia dual, ou seja, aquela que tem uso tanto militar quanto civil. Afinal, o setor de defesa investe fortemente em tecnologia e acaba sendo ‘ponta de lança’ para o desenvolvimento de outros segmentos”, explica Ricardo Santana, diretor de Negócios da Apex-Brasil. A BID Brasil traz uma série de novidades para este ano, uma delas é a integração do Seminário Nacional de Segurança da Informação e Criptografia, promovido pelo Centro de Defesa Cibernética do Exército (CD Ciber). Em sua quinta edi-

por Claudia Pereira

ção o evento, que reúne profissionais de destacada atuação nos setores acadêmico, público, privado e da base empresarial nacional, tem como objetivo desenvolver uma rede nacional para a discussão e o desenvolvimento de especialistas nos temas relacionados à segurança da informação e criptografia, beneficiando, assim, o desenvolvimento do setor cibernético brasileiro. Considerado o “pai” da BID, o General-de-Divisão Aderico Visconde Pardi Mattioli, Diretor do Departamento de Ciência e Tecnologia Industrial (Decit) do Ministério da Defesa, diz que a evolução do evento está sendo surpreendente. “Muito me orgulho de ter participado do movimento que gerou a Mostra BID Brasil”. A mostra contará também com seminários e palestras relevantes para o setor. Destaque para a palestra sobre como vender para a Organização das Nações Unidas, entidade internacional que compra, por meio de licitação, produtos de vários segmentos para fornecer às suas forças de segurança e de ajuda humanitária em todo o mundo. A apresentação “Doing Business with the United Nations” será proferida por Dmitri Dovgopoly, Diretor da Divisão de Compras da ONU. Também serão realizadas as palestras internacionais: Apresentação da Indústria de Defesa da França, pelo GIFAS – Groupement des industries françaises aéronautiques et spatiales (associação das indústrias francesas do setor aeroespacial) e Brasil - África do Sul: Oportunidades de Parcerias de Desenvolvimento Tecnológico. Além dos temas citados acima, o evento discutirá ainda “A Importância da Catalogação no Contexto da BID”; “O Processo de Catalogação da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte); “A Responsabilidade do CECAFA (Centro de Catalogação das Forças Armadas) no Processo de Credenciamento e Classificação da BID”; “Projetos Estratégicos das Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica)”; “Transferência de tecnologia, nacionalização e offset do PROSUB (Programa de Desenvolvimento de Submarinos)”; entre outros. “Este evento vem confirmar que a Base Industrial de Defesa é capaz de fornecer soluções das mais avançadas e atender tanto ao setor militar quanto ao civil. Os investimentos em novos projetos e novas pesquisas são essenciais para a manutenção desse potencial. A Mostra BID Brasil tem esse objetivo, apresentar o que já é possível encontrar no país”, explica Carlos Afonso Pierantoni Gambôa, Vice-Presidente Executivo da ABIMDE.


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ROTEIRO MOSTRA BID BRASIL 2014 Adventure Tech Empresa focada em fornecer soluções em tecnologias de imersão, interação e projeção para eventos de todos os tipos. Entre os principais produtos estão: Projeção customizada, concha de imersão, mesa multitouch, sistema game, sistema 3D. www.adventuretech.com.br AEL Sistemas Empresa brasileira, situada em Porto Alegre (RS), que desenvolve e produz soluções tecnológicas para as áreas de defesa, espaço, segurança e logística. Entre os principais produtos, destacam-se Aviônicos para plataformas aéreas; Sistemas de Armas para Blindados; Suporte Logístico Contratado; VANT. www.ael.com.br AEQ Com mais de 25 anos no mercado, a empresa atua nas áreas de Defesa, Química e Aeroespacial, englobando todo o processo de produção de Material Explosivo, de Defesa e de Acessórios para utilização Aeroespacial. Entre os principais produtos, destacam-se: Bomba Série MK; SMKB Sistema Guiado; Perclorato de Amônio; Foguetes e Espoletas; Granadas Reutilizáveis. www.aeqaeroespacial.com.br AG Defesa & Segurança A AG Defesa e Segurança foi constituída para participar de projetos de larga escala e grande complexidade, que exigem competência em gestão e logística e capacitação tecnológica. www.agsa.com.br Airship do Brasil A Airship do Brasil Indústria Aeronáutica Ltda é especializada em desenvolver, fabricar, comercializar e operar aeronaves e soluções utilizando tecnologias mais leves que o ar (lighter than air – LTA). Entre os principais produtos destacam-se: Aeróstatos, dirigíveis, balões-guindastes. www.airshipdobrasil.com.br

AKAER Akaer é uma empresa de engenharia, especializada no desenvolvimento de aeroestruturas e gestão de projetos “Turn Key” para os setores aeroespacial e de defesa. A empresa destaca-se por oferecer soluções em engenharia, suporte para treinamento, suporte técnico, suporte para publicação técnica. www.akaer.com.br ALBERGO Para desabrigados e população em geral, que precisa de uma moradia temporária, a Albergo Abrigos Sustentáveis desenvolveu um Módulo Habitacional Unifamiliar que respeita o meio ambiente, possui conforto termoacústico, durabilidade e é de fácil transporte e armazenamento. www.albergo.com.br ALTAVE ALTAVE é uma start-up que atua no setor aeroespacial através do desenvolvimento de veículos mais-leves-que-o-ar, com ênfase na geração de produtos e serviços inovadores, envolvendo múltiplas aplicações, em especial em radiocomunicações, como Altave Vanguarda, Altave Horizonte, Altave Cob e Altave Tuiuti. www.altave.com.br AMAZUL Responsável pelos projetos relacionados ao programa nuclear brasileiro, à construção e manutenção de submarinos da Marinha e fomento da indústria nuclear nacional. www.amazul.mar.mil.br ANACOM Anacom oferece ao mercado brasileiro produtos para desenvolvimento de projetos eletrônicos, com forte atuação em empresas do segmento eletroeletrônico. Dentre as soluções, destacam-se controle & simulação, eletrônica, mecânica, educacional. www.anacom.com.br ARES A ARES se dedica tanto à produção seriada em larga escala de material

de defesa, quanto à engenharia de projeto multidisciplinar envolvendo diversas tecnologias tais como óptica, mecânica fina, eletrônica e software. Dentre os principais produtos, destacam-se: Simulador de periscópio, Ivera, Cabeza Flash Iluminadora, Torpedo Launcher System. www.ares.ind.br ATECH A Atech agrega um corpo técnico com capacidade e experiência comprovadas na entrega de soluções tecnológicas, agregando valor à missão ou negócio dos clientes. A empresa tem participado de programas de absorção tecnológica inseridos em compras governamentais e aplicando os conhecimentos absorvidos em novas soluções no mercado. www.atech.com.br ATRASORB A ATRASORB é a primeira e única fabricante nacional de absorvedores de CO2 que em pouco tempo tornou-se líder no mercado sul-americano e referência mundial. Dentre os principais produtos, destacam-se Cal Sodada; Cal Absorvedora de CO2. www.atrasorb.com.br AVIBRAS A Avibras é uma empresa brasileira de engenharia, pioneira no setor aeroespacial, que vem desenvolvendo e produzindo sistemas e materiais de alta tecnologia, atendendo às necessidades específicas de cada cliente. Dentre os principais produtos, destacam-se: ASTROS II; Falcão – Veículo Aéreo Não Tripulado; Sistema de Defesa Antiaérea; Míssil Tático TM; Veículos Espaciais Suborbitais. www.avibras.com.br AVIONICS Avionics atua no mercado de equipamentos aviônicos, estando apta a desenvolver, instalar e certificar qualquer projeto de aviônico em aviões e helicópteros (civis e militares). Dentre os principais produtos, destacam-se: Equipamentos e sistemas de entretenimento e tele-


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fonia; Avisos Luminosos, Luzes de Corredor e Sistemas de Iluminação LED; Sistemas de Segurança. www.avionics.com.br BCA A BCA desenvolve produtos com tecnologia avançada na área de proteção balística e é líder na fabricação de painéis balísticos para a indústria naval. Dentre os principais produtos destacam-se: Neoflex II; Neoflex III - A; Neoflex III – A – Plus; Neoflex III – A – Multi – Hit; Neotech III – A. www.bcatextil.com.br BLUEPEX A BluePex é uma empresa nacional especializada em soluções para a segurança da informação, oferecendo ampla gama de appliances e serviços, com o objetivo de garantir total controle e segurança de redes empresariais e governamentais. A empresa destaca-se por oferecer soluções em hardware e software e consultoria em segurança. www.bluepex.com BOM SABOR A Bom Sabor é uma empresa que oferece alimentos fracionados em embalagens de alta tecnologia, atendendo a todo mercado de food service. A empresa oferece condimentos, molhos, geleias, biscoitos, lenços e descartáveis, entre outros produtos. www.bomsabor.com.br BRADAR A Bradar atua no desenvolvimento de projetos e produtos de alta tecnologia em radares de defesa, segurança e vigilância, e também em sensoriamento remoto para mapeamento e monitoramento. Entre os radares, os destaques são: SABER-M60, SENTIR-M20, OrbiSAR. www.bradar.com.br BR DEFESA Atua nos segmentos de blindagem naval, aeroespacial e de veículos civis e militares; desenvolvimento de projetos de embarcações, veículos e aeronaves militares; fabricação de vidros

blindados militares especiais; desenvolvimento de projetos e tecnologia para os meios navais, terrestres e aeroespaciais; e no desenvolvimento de sistemas cibernéticos na área de inteligência, comando e controle. www.brdefesa.com BRVANT A BRVANT Soluções Tecnológicas desenvolve e fabrica sistemas de Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT/ Drones), sistemas USV e UGV, software aeronáutico embarcado e simuladores, para clientes civis e militares, além da prestação de serviços em tecnologia de última geração. www.brvant.com.br CBC A CBC é uma empresa voltada para o mercado de armas e munições. A evolução dos seus produtos e da sua marca, deve-se ao compromisso dessa empresa de estar sempre inovando tecnologicamente. Dentre os principais produtos, destacam-se: Arsenal militar, coletes, munição em geral. www.cbc.com.br CECIL A CECIL S/A - Laminação de Metais se destaca em seu segmento pela diversidade e qualidade de seus produtos e serviços. Sua planta em Itapevi abriga os setores de fundição, extrusão, laminação, trefilação e administração. A empresa produz, entre outros, barras, vergalhões e perfis de cobre e latão, arames de cobre e latão, bobinas, chapas, placas e tiras de cobre e latão. www.cecil.com.br CPqD O CPqD é uma instituição independente, focada na inovação com base nas tecnologias da informação e comunicação, tendo como objetivo contribuir para a competitividade do País e para a inclusão digital da sociedade, com a produção de um amplo programa de pesquisa e desenvolvimento, para diversos setores: comunicação e multimídia,

financeiro, industrial, corporativo, administração pública, defesa e segurança. www.cpqd.com.br COLUMBUS A Columbus nasceu com o firme propósito de manter, modernizar e desenvolver novas tecnologias para serem empregadas nos produtos fabricados pela Engesa, oferecendo peças de reposição para seus produtos. www.columbusparts.com.br CONDOR A Condor Tecnologias Não-Letais é líder e pioneira, na América Latina, na fabricação de Equipamentos Não-Letais para controle de distúrbios e Pirotécnicos de alta tecnologia, sinalização militar e salvatagem, ocupando lugar de destaque no ranking mundial. A empresa destaca-se pela produção de Armamentos; Granadas de Impacto; Kits Táticos; Pirotécnicos. www.condornaoletal.com.br DUPONT Por mais de 200 anos, a DuPont trouxe ciência e engenharia de classe mundial para o mercado global por meio de produtos, materiais e serviços inovadores, servindo mercados como agricultura, nutrição, eletrônicos e comunicações, segurança e proteção, casa e construção, transporte e vestuário. www.dupont.com.br E-FLY Pioneira em treinamento eletrônico para aviação desde 2000, a e-Fly atua com destaque no desenvolvimento de projetos de treinamento multimídia de elevado padrão de qualidade e complexidade técnica. www.efly.com.br ELVI COZINHAS PROFISSIONAIS A ELVI é uma empresa 100% brasileira, com sólida posição no mercado de tecnologia em equipamentos para cozinhas profissionais, oferecendo soluções completas para projetos em quaisquer segmentos de Cozinhas Profissionais, Serviços e


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Exposição de Alimentos. www.elvi.com.br EMBRAER DEFESA E SEGURANÇA Projeta, desenvolve, produz e suporta uma ampla gama de soluções para o mercado de defesa e segurança, incluindo aeronaves de treinamento e ataque leve, plataformas de vigilância áerea, aeronaves militares de transporte de carga e de autoridades, modernização de aeronaves, radares, sistemas C4ISR e de monitoramento. www.embraerdefensesystems. com.br EMGEPRON A EMGEPRON, empresa vinculada ao Ministério da Defesa, atua nos projetos desenvolvidos pela Marinha do Brasil (MB), na gerência desses projetos e também na comercialização de produtos e serviços disponibilizados pelo setor naval da indústria de defesa nacional, incluindo embarcações militares (projeto, construção e modernização), reparos navais, sistemas de combate embarcados, munição de artilharia, serviços oceanográficos e apoio logístico, entre outros. www.emgepron.com.br EQUIPAER A Equipaer desenvolve, fabrica e comercializa lançadores de foguetes 70mm e alvo aéreo rebocável para treinamento de tiro aéreo, de diversos modelos e características, sendo um fornecedor assíduo da Força Aérea Brasileira. Empresa Certificada ISO 9001; NBR15100 e RBQA 2110. Produtos certificados pelo DCTA. www.equipaer.com ESPAÇO VIRTUAL A Espaço Virtual tem quase 20 anos de experiência produzindo artes e passeios virtuais para lançamentos imobiliários. www.evirtual.com.br FLY SISTEMAS A Fly é uma consultoria criada para atender as demandas de tecnologia de ponta. A empresa

adquiriu expertise em diferentes ramos como: Seguros e Previdência, Mercado Financeiro, Petróleo e Gás, Jurídico, Vendas de varejo e atacado, e-Commerce, CRM e ERP. Atua no desenvolvimento de sistemas e softwares, entre outros produtos. www.flysistemas.com.br FUNDAÇÃO EZUTE A Fundação Ezute é a nova denominação da Fundação Atech. Nessa nova fase encontra-se preservada a excelência tecnológica e o comprometimento com a entrega e com o País. Concepção e Estruturação de Soluções Inovadoras, de Gestão de Programas, Desenvolvimento de Soluções com Tecnologia Dual, de Sistemas Complexos e de Sistemas de Sistemas, além de Consultoria Especializada, fazem parte das ações desenvolvidas pela Fundação EZUTE, contextualizadas no âmbito do domínio e aplicação de soluções que melhorem a eficiência de entidades públicas ou privadas. www.ezute.org.br FT Sistemas Descrição: A FT Sistemas atua no desenvolvimento de sistemas aeronáuticos em duas áreas principais: Sistemas Aviônicos e Sistemas de Inteligência, Comando e Controle, baseados em Veículos Aéreos Não-Tripulados. Detentora de tecnologias próprias de interesse para o país, passou a ser considerada como uma empresa estratégica para as Forças Armadas Brasileiras. www.flighttech.com.br GAMMA COBRA Gamma Cobra projeta e produz equipamentos para Construção, Indústria, Mineração, Atividades Aeroportuárias, Emergências, Manutenção e Meio Ambiente. A adequação de nossos produtos as necessidades especificas de cada aplicação são a nossa característica mais relevante. www.gammacobra.com.br GEOCONTROL A Geocontrol é uma empresa especializada em criação, desen-

volvimento e produção de tecnologias para gestão das áreas de Segurança Pública, Mobilidade Urbana, Gestão Compartilhada de Cidades, Controle de Frota e Defesa Nacional. www.geocontrol.com.br GLÁGIO DO BRASIL A Glágio do Brasil é especializada na confecção de coletes à prova de balas, nos níveis de proteção IIA, II, IIIA, III e IV. Todos os coletes são produzidos dentro das normas da National Institute of Justice, de acordo com a Lei 0101/03 e 0101/04, e aprovados pelo Campo de Provas da Marambaia do Ministério de Defesa do Brasil – Exército Brasileiro. www.glagio.com.br HARPIA SISTEMAS A Harpia Sistemas foi concebida a partir da estratégia de ampliação do portfólio de produtos e serviços da Embraer Defesa e Segurança. Seus atuais ramos de negócio são: Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARP); Simuladores de Voo; Modernização de Aviônicos; Soluções de Integração de sensores optrônicos. www.harpiasistemas.com.br IACIT A IACIT é uma das principais empresas que dominam a alta tecnologia, e atua como provedora de soluções de vanguarda em tecnologias de comunicação, navegação aérea, vigilância, controle, automação e sensoriamento. Além de líder no segmento de tráfego aéreo, a empresa atua nas áreas de metereologia, tecnologias da informação, automação e controle. www.iacit.com.br IBÉRIA A Ibéria Espadas Militares é especializada na fabricação tanto de espadas militares como artigos maçônicos, medievais e orientais. Com mais de 146 anos de experiência, atualmente, detém 70% do mercado nacional de espadas militares com produção e venda de mais de 3 mil unidades por ano. Instalada na cidade de São Vicente,


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São Paulo, conta com mais de 70 colaboradores envolvidos no processo produtivo. www.iberiaespadas.com.br IBRASAT A Ibrasat Telecomunicações e Indústria é fabricante e integradora de equipamentos, subsistemas hidráulicos, pneumáticos e eletroeletrônicos para unidades móveis de transmissão digital via satélite e desenvolvedores de mecanismos, dispositivos e robôs para automação industrial. www.ibrasat.com.br IMBEL A Imbel é uma empresa vinculada ao Ministério da Defesa por intermédio do Comando do Exército, com a missão de produzir e comercializar produtos de defesa e segurança. Dentre os principais produtos, destacam-se fuzis, pistolas e carabinas; munições de médio e grande calibre; explosivos e acessórios; equipamentos eletrônicos e de comunicações; sistemas de abrigos temporários de campanha e humanitários. www.imbel.gov.br IMER Empresa brasileira pioneira na América do Sul na fabricação de Embalagens Certificadas pela ONU para o Transporte de Produtos Perigosos. A empresa produz embalagens para munições, explosivos e produtos de defesa sob as especificações: ONU/IATG, MIL, OTAN e EB-BR; embalagens para combustíveis, líquidos inflamáveis e corrosivos e materiais biológicos das categorias A e B. www.imer.com.br INBRAFILTRO O Grupo Inbrafiltro tem orientação para promover a melhoria da qualidade de vida. As empresas, divididas em Inbratextil, Inbrafiltro, Inbraglass, Inbrablindados e Inbraaerospace, produzem hoje mais de 100 produtos, disponibilizando ao mercado mais de 400 itens, além de prestar serviços em diversas áreas. www.grupoinbra.com.br

INCOSEG A Inconseg é fabricante de uma linha completa de equipamentos de segurança. A empresa desenvolve os mais variados produtos, atendendo as necessidades dos clientes, para linha balística, linha antitumulto e linha policial. www.incoseg.com.br INDIOS PIROTECNIA Indios é uma empresa pioneira na América Latina no desenvolvimento de projetos na produção e comercialização de produtos pirotécnicos, certificada no Sistema da Gestão de Qualidade ISO 9001:2008. Mantém-se no mercado brasileiro com reconhecida liderança no campo de utilização da salvaguarda da vida humana no mar, conforme Norma Internacional IMO (Organização Internacional Marítima / SOLAS). www.indiospirotecnia.com.br INTELBRAS A Intelbras atua nas áreas de Segurança, Telecom e Redes. A empresa possui um dos maiores centros de pesquisa e desenvolvimento privado da América Latina, além de uma das maiores redes de assistência técnica no mercado brasileiro. www.intelbras.com.br JBS A JBS é líder mundial em processamento de carne bovina, ovina e de aves, além de ter uma forte participação na produção de carne suína. A companhia atua nas áreas de alimentos, couro, biodiesel, colágeno, embalagens metálicas e produtos de limpeza. Presente em 100% dos mercados consumidores, a JBS é a maior exportadora do mundo de proteína animal, vendendo para mais de 150 países. www.jbs.com.br KRYPTUS A Kryptus é uma empresa focada em prover soluções de Segurança da Informação. É voltada, principalmente, para clientes que demandam alto nível de segurança e domínio tecnológico. A Kryptus desenvolve, integra

e implanta uma gama de soluções de hardware, firmware e software, incluindo desde semicondutores até sistemas complexos de gestão de processos com certificação digital. www.kryptus.com MAKO INDÚSTRIA A Mako Cables é uma empresa comprometida em soluções e fabricação de cablagens elétricas, aprimorada por anos de operações e experiência do grupo Archo Solutions no setor de engenharia elétrica. www.makocables.com.br MECTRON A Mectron – Engenharia, Indústria e Comércio S.A. é uma empresa formada pela associação de engenheiros de aeronáutica, eletrônica e mecânica. A empresa dedica-se a projetos de alto teor tecnológico, atuando nas seguintes áreas: automação industrial, médica, aeronáutica, espacial e defesa. www.mectron.com.br MÓDULO A Módulo é especializada em soluções para Governança, Riscos e Compliance. É líder nos segmentos de Segurança da Informação e Gestão de Vulnerabilidades em TI, Gestão de Riscos Operacionais, Gestão de Riscos Corporativos, de Centros Integrados de Operações para Gestão por Indicadores, Cidades Inteligentes e Grandes Eventos. O Módulo Risk Manager auxilia seus clientes a conquistarem a excelência em projetos de Gestão. www.modulo.com.br NIGHTLASER A Nightlaser atua com foco na capacitação dos militares e das agências policiais com state-of-the-art, dispositivos a laser tecnicamente avançados e baseados em pequenos simuladores de armas de treinamento, sistemas de iluminação de luz branca e diodos de laser de qualidade e fontes de alimentação. www.nightlasertech.com


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NOVAER CRAFT Empresa aeroespacial brasileira focada no fornecimento de soluções avançadas de design e engenharia para a indústria da aviação. A NOVAER concentrou seus esforços nos negócios de desenvolvimento e produção de trens de pouso, item de alto valor agregado de aeronaves, cujo know-how detém. www.novaercraft.com.br ODEBRECHT DEFESA E TECNOLOGIA

A Odebrecht Defesa e Tecnologia contribui com o estado brasileiro e as Forças Armadas do Brasil no desafio de assegurar a autonomia tecnológica necessária para garantir a soberania nacional, com a absorção e o desenvolvimento de tecnologias. www.odebrecht.com OMNISYS A Omnisys é uma empresa brasileira que se notabiliza pela sua capacitação no provimento de soluções de elevado conteúdo tecnológico, pesquisando, desenvolvendo, fornecendo equipamentos e provendo serviços para aplicações civis, militares e espaciais. www.omnisys.com.br ONIRIA A Oniria é uma empresa de base tecnológica. As soluções Oniria são baseadas no desenvolvimento de software, eletrônica e hardware de Simuladores Virtuais e soluções baseadas em Gamificação para demandas corporativas de treinamento e engajamento. A Oniria atua em vários setores incluindo: óleo e gás, agricultura, mineração, defesa e segurança entre outros. www.oniria.com.br OPTOVAC A Optovac tem por tradição a concepção e execução de projetos inovadores em óptica e optrônica para aplicações nas indústrias de Defesa, Segurança e Aerospacial. Integrada em 2012 à empresa Sagem (grupo Safran), a Optovac passou a oferecer todo o portfólio tecnológico em optrônica, aviônica, e

eletrônica com soluções estado-da-arte. www.optovac.com.br ORBITAL A Orbital Engenharia trabalha no setor aeroespacial, atuando nas áreas de engenharia de sistemas, desenvolvendo veículos de lançamento, foguetes de sondagem, satélites artificiais, fornecimento de energia, execução de projetos especiais de engenharia e manufatura. A Orbital é a primeira empresa brasileira qualificada para projetar, fabricar, montar, testar e integrar Geradores Solares para aplicações aeroespaciais. www.orbital-eng.com.br PITER PAN A Piter Pan é uma empresa produtora de aviamentos e acessórios. A empresa produz acessórios para bonés, botões, componentes para calçados, cintos e correntes, entre outros produtos. www.piterpan.com.br RC CONSULTORIA A RC proporciona consultoria e assessoria a empresas para negociações de seus produtos e serviços com as Forças Militares e de Segurança. A empresa desenvolve a elaboração de documentação técnica e catalogação NATO; Realização de treinamento de pessoal em operação e manutenção de equipamentos militares; Serviços para liberação de importação e exportação de materiais; Assistência técnica de produtos militares; Elaboração de materiais promocionais das empresas e produtos. www.rcconsultoriamilitar.com.br RF COM Empresa especializada em Unidades Móveis, Componentes de RF e Equipamentos de Teste, para aplicações em Sistemas de Defesa, Televisão e Telecomunicações. A RF COM atua nas áreas de vendas, projeto, fabricação e integração de unidades móveis, suporte, consultoria e manutenção. www.rf.com.br

ROCKWELL COLLINS Rockwell Collins é uma empresa pioneira na concepção, produção e suporte de soluções inovadoras para a indústria aeroespacial e de defesa. A expertise em aviônicos, eletrônica de cabine, comunicações de missão, gestão da informação e simulação e treinamento é reforçada pela rede de serviços e suporte global que abrange 27 países. www.rockwellcollins.com ROHDE & SCHWARZ DO BRASIL A Rohde & Schwarz do Brasil é uma empresa subsidiária de sua matriz alemã (Rohde & Schwarz GmbH & Co. KG), provendo atendimento a todos os estados do Brasil. A empresa líder de mercado projeta seu crescimento sustentado na área de instrumentação eletrônica de medidas de RF, Radiodifusão, Radiocomunicação Civil e Militar e Sistemas de Segurança de Informação. www.rohde-schwarz.com.br RUSTCON A RustCon é uma empresa de consultoria em engenharia voltada para o desenvolvimento de sistemas de TI de alta complexidade. A empresa atua nas áreas de Guerra Eletrônica, Simuladores, SGL e C2. www.rustcon.com.br SYNERGY O Grupo Synergy é um conglomerado nacional que opera em segmentos como aviação, construção naval, exploração de petróleo e gás, agricultura e turismo, no Brasil e em outros países da América Latina. No total, conta com mais de 30 mil colaboradores diretos e indiretos. SKM Por meio do conhecimento tecnológico e experiência em gerenciamento de projetos, a SKM se qualifica para empreendimentos que contenham controle & automação. Destacando-se, a SKM tem atuado nos segmentos naval e de petróleo. www.skmtech.com.br


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SKYDRONES A SkyDrones presta serviço e treina novos operadores de VANTs, tendo clientes nas áreas de construção, imobiliárias, agências de publicidades e indústrias. Dois tipos de plataformas aéreas são desenvolvidos e comercializados pela empresa: a plataforma de asas rotativas ou multirotores; e a plataforma de asa fixa. www.skydrones.com.br SPECTRA A Spectra Tecnologia nasceu com o objetivo de projetar, desenvolver e comercializar Equipamentos de Testes e Projetar Veículos completos ou suas partes e componentes. A Spectra atua nas áreas de fabricação de equipamentos e na prestação de serviços para testes de veículos e componentes. www.spectratecnologia.com.br TAURUS Em seus mais de 60 anos, a inovação sempre foi a marca da Forjas Taurus. Hoje, exporta para mais de 70 países e é uma das três maiores fabricantes mundiais de armas curtas. Atualmente, fabrica revólveres, pistolas, carabinas, armas de pressão e armas policiais, para o mercado interno e internacional. www.taurusarmas.com.br TECHNICAE Os principais projetos da Technicae Projetos e Serviços Automotivos compreendem a desmontagem integral e recuperação de todos os sistemas de um veículo, oferecendo garantia e assistência técnica especializada conforme as necessidades do cliente. A empresa oferece manutenção, revitalização ou modernização de veículos pesados, com foco em viaturas militares sobre rodas ou lagartas. www.technicae.net.br TECNOBIT A Tecnobit é uma Companhia de Engenharia avançada, com conteúdo tecnológico, atuando nos setores de Aeronáutica, Defesa, Espaço, Segurança, Telecomu-

nicações e Transporte. Graças à capacidade de inovação da companhia e à participação em tecnologias-chave nas atividades principais de design, desenvolvimento, fabricação, produção e manutenção de equipamentos e sistemas, tornou-se, atualmente, o principal fornecedor de produtos de autodesenvolvimento para o mercado doméstico. www.tecnobit.com TUFOIL BRASIL A Tufoil Brasil foi criada para difundir no País os produtos da Tufoil USA. Tendo como parceiros grandes distribuidores para venda e divulgação em larga escala dos produtos da empresa como lubrificantes de alta qualidade, graxas e vedações para roscas compatíveis com Oxigênio, no Brasil e na América Latina. www.tufoilbrasil.com.br VEOTEX A Veotex é uma empresa especializada no fornecimento de soluções de monitoramento eletrônico integrado de imagens, vídeoalarme e controle de acesso. Tem como diferencial o desenvolvimento de tecnologia própria, totalmente inovadora: os sistemas utilizam chip de dados de celular, proporcionando grande redução de custos e possibilidades de aplicação, inclusive em lugares remotos e de difícil acesso. Também conta com experiência na implantação de sistemas convencionais de monitoramento. www.veotex.com.br VERTICAL DO PONTO Descrição: No mercado dede 1990, fabricando paraquedas militares pessoais e de carga, materiais esportivos e equipamentos militares, a Vertical do Ponto desenvolve projetos têxteis na área de aeronáutica. Entre os clientes estão Forças Armadas do Brasil (Exército, Marinha, Aeronáutica), Corpo de Bombeiros, IBAMA e Petrobras. www.verticaldoponto.com.br

WEATHERHAVEN DO BRASIL A Weatherhaven do Brasil tem oferecido suporte às Forças Armadas, especialmente Marinha e Aeronáutica, em projetos especiais das forças de paz e nas pesquisas da Antártica. www.weatherhaven.com WELSER ITAGE Atua como representante e distribuidora exclusiva de empresas que oferecem soluções inovadoras e de alta tecnologia aos mercados de defesa e segurança. A empresa se destaca por se associar a outras de reconhecida capacitação no setor, trazendo para o mercado brasileiro o que há de mais moderno no mundo, com foco primordial nas necessidades (atuais e futuras) das Forças Armadas e policiais. www.condornaoletal.com.br XMOBOTS A XMobots é uma empresa especializada no desenvolvimento, fabricação, treinamento, manutenção e operação de sistemas não tripulados, incluindo UAVs (também conhecidos como VANTs), AUVs, ROVs, USVs, UGVs e Estações de Controle Terrestre. www.xmobots.com


SEJA UM ASSOCIADO (11) 3170-1860 Avenida Paulista, nº 460, 17º andar, cj B, Bela Vista, São Paulo, SP | CEP 01310-000 ABIMDE@ABIMDE.org.br www.ABIMDE.org.br

Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança Sindicato Nacional das Indústrias de Materiais de Defesa


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