G.O.A.T

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Edição I 001

JUNHO 2022

G.O.A.T

Sobre os melhores e para os melhores!

BEIRANDO O IMPOSSÍVEL: LEBRON JAMES SERÁ O MAIOR PONTUADOR DA HISTÓRIA! Com 37 anos e 37.062 pontos, até onde LeBron James pode chegar?

2022, O ANO DO HEXA?

Leia sobre as últimas copas do mundo da seleção brasileira e sobre o sonhado Hexa!

PROBLEMAS PSICOLÓGICOS NOS ESPORTES

Leia sobre exemplos de atletas que tiveram algum proplema psicologico durante a carreira.

R$ 9,90


Sumário 1. 4.

PROBLEMAS PSICOLÓGICOS NO ESPORTE O SUCESSO DE “FADINHA DO SKATE”

7. 2022, O ANO DO HEXA? 11. BEIRANDO O IMPOSSÍVEL: LEBRON JAMES SERÁ O MAIOR PONTUADOR DA HISTÓRIA!

13. O BRASIL NA MAIOR LIGA DE BEISEBOL DO MUNDO 17. PILOTOS BRASILEIROS EM ASCENSÃO A FÓRMULA 1 21. PATRICK MAHOMES: O IMPACTO QUE O ATUAL FENÔMENO CAUSA NA NFL

23. NHL: A TRADIÇÃO DE PARTIDAS A CÉU ABERTO 24. ASCENSÃO DOS E-SPORTS 27. NADAL O MAIOR DO TÊNIS? Título Original - G.O.A.T - Sobre os melhores e para os melhores Direção editorial Supervisão editorial Direção de arte Diagramação Produção e edição e texto Preparação e revisão de texto Imagens

Pedro Fialho Caio Sobral Matheus Santos Vinicius Barbosa Rafael Lima João Fraga Ronaldo Jesus

Rua Quatá, 67, 1° andar sala 110, Vila Olímpia, São Paulo, CEP 04546-040 Tel.: +55 11 9966-7788 / +55 11 3855-9584 Goat@revista.com.br * www.goatrevista.com.br



PROBLEMAS PSICOLÓGICOS NO ESPORTE

Foto: Getty Imagens

Estamos acostumados a ver atletas famosos e outras personalidades do entretenimento cercados de luxo e seguidores, como se não pudesse existir alguma coisa, algum fator que os pudesse abater. Porém, quando olhamos mais a fundo e reparamos mais no mundo à nossa volta, sabemos também que muitas vezes dinheiro e fama não são tudo o que é preciso para sermos imbatíveis. Principalmente nos últimos anos, vemos com cada vez mais frequência casos de atletas que interromperam suas carreiras ou abandonaram o esporte devido a problemas psicológicos como por exemplo a ansiedade e a depressão.

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Muitas pessoas pensam em como atletas renomados podem ter depressão ou algum tipo de problema, por pensarem que estes têm a vida perfeita… e isso é um grande engano. Em entrevista, a psicóloga Berenice Romão fala um pouco sobre o tema: “Acredito sim que questões psicológicas podem afetar a todos, mas especificamente no caso dos atletas, são exigidas alta performance e constância nos jogos e, provavelmente, essas questões são desafiadoras.”


No ano de 2021, Gabriel Medina teve de enfrentar diversos problemas com sua família, comitê olímpico, batalha judicial e com sua carreira. Como se tais eventos já não fossem pesados demais, Medina ainda iniciou sua temporada com uma lesão no quadril - vale lembrar que para atletas, lesões são sempre muito preocupantes e desgastantes, inclusive mentalmente - o que fez com que o surfista decidisse não participar do mundial para que pudesse se recompor física e mentalmente.

Muitos outros atletas renomados, considerados ícones em suas respectivas modalidades, já sofreram com problemas psicológicos e fazem questão de abordar o tema. Gigi Buffon, lendário goleiro da Itália e da Juventus, e Michael Phelps, maior nadador de todos os tempos, são dois atletas que admitiram problemas com a depressão e já falaram publicamente a respeito. Buffon descreve a depressão como “um buraco negro na alma” em entrevista, enquanto Phelps ao falar sobre o adiamente da Olimpíadas de Tóquio devido à pandemia, alertou: “Todos cuidem da saúde mental. É algo ainda mais importante agora. É importante garantir que estejamos atentos à nossa saúde mental tanto quanto à nossa saúde física”.

Nos Estados Unidos, é celebrado no mês de maio o mês da conscientização da saúde mental desde 1949. Com isso, alguns atletas de esportes diferentes deram suas opiniões a respeito: Dak Prescott: “Eu acho que ser aberto sobre isso e não guardar esses sentimentos foi uma das melhores coisas para mim... Eu acho que é enorme falar. Eu acho que é enorme obter ajuda. E isso salva vidas.” Giannis Antetokounmpo: “As pessoas que falam com os psiquiatras esportivos, eles nos rotulam de 'soft' (fraco). É por isso que é difícil se abrir”. Simone Biles: “Eu não acho que eles levam em consideração nossa saúde mental porque o que fazemos não é fácil, se fosse todo mundo conseguiria fazer. Mas também, no final do dia, nós não somos apenas atletas ou entretenimento. Nós somos humanos também e temos emoções e sentimentos e coisas que lidamos atrás das cenas que não contamos para vocês.”

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Ainda em entrevista com Berenice Romão “a pressão e expectativa por nunca apresentar falhas pode causar uma angústia interna” e isso fica evidente em diversos relatos de atletas de alta performance. Apesar da maioria dos clubes e delegações possuírem medidas para cuidar da saúde mental dos atletas, os esportes ainda não têm a preparação adequada para fazer o acompanhamento psicológico necessário, sendo que em alguns casos, tal questão não é levada a sério. Notamos isso ao observar que em 16% dos jogadores de futebol foi detectado um “estado de ansiedade generalizado”, assim como a mesma pesquisa demonstrou que o mesmo acontece com 18% das jogadoras de futebol. Outra pesquisa realizada pela Fifpro (sindicato mundial de jogadores) que contou com a participação de 1.600 atletas, indicou que 13% dos jogadores e 22% das jogadoras de futebol apresentaram sintomas compatíveis com o diagnóstico da depressão.

Com isso, podemos frisar que problemas psicológicos são reais e devem ser levados a sério, e o que atletas de todo o mundo vêm fazendo ao se pronunciar e dar voz a esta causa é de extrema relevância. Se até mesmo estrelas mundiais sofreram e buscaram ajuda para que pudessem se reencontrar como indivíduos, não há nada vergonhoso em pessoas comuns aceitarem suas condições e se pronunciarem buscando ajuda. Como Naomi Osaka ressaltou: “tudo bem não estar tudo bem”.

Por: Caio Sobral

3 Foto: Getty Imagens


O SUCESSO DE “FADINHA DO SKATE”

Por: João Vitor de Souza Fraga

A esperança do povo brasileiro nas próximas Olimpíadas se chama Rayssa Leal, a menina de 13 anos que encantou o mundo pelas suas manobras radicais.

Os jogos olímpicos de Tóquio 2020 trouxe aos telespectadores muitas histórias e momentos marcantes, dentre elas, destaco a da skatista Rayssa Leal, conhecida como Fadinha do Skate, a atleta entrou para história dos jogos olímpicos por fazer parte do primeiro pódio do skate street em olimpíadas, mas também por ser a atleta brasileira mais jovem da história a conquistar uma medalha olímpica. Aos 13 anos e 203 dias, a maranhense bateu recordes no torneio, Fadinha superou o recorde de Rosângela Santos, bronze em Pequim 2008 com 17 anos. Além disso, a atleta bateu o recorde de Talita Rodrigues, a mais jovem brasileira a participar dos jogos.

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Realmente as Olimpíadas de Tóquio mudou a vida de fadinha, além da medalha olímpica, Rayssa Leal ainda conquistou o prêmio internacional “Valores Olímpicos”, o vencedor do prêmio recebe R$50 mil para ajudar alguma instituição social, a votação foi aberta para o público no site do Comitê Olímpico Internacional (COI). A atitude que fez com que a jovem atleta ganhasse o prêmio foi por comemorar muito a conquista das companheiras de skate street, principalmente o ouro da japonesa Nishiya Momiji. Embora a atleta ficou conhecida muito antes dos jogos olímpicos de Tóquio 2020, a sua fama começou em 2015, aos 7 anos de idade, quando Tony Hawk, famoso skatista americano, compartilhou um vídeo da Rayssa Leal fazendo uma manobra no skate vestida de fada, após esse episódio a maranhense recebeu esse belo apelido de “fadinha”. A história ficou tão famosa que a menina participou de uma matéria do Esporte Espetacular (Globo) contando sua história com o skate.

Tendo em vista todo esse sucesso de Rayssa Leal, conversamos com o jornalista Fernando Camargo, que narrou diversas medalhas do Brasil nas Olimpíadas na maior cobertura na história da rádio. Como foi narrar as Olimpíadas? A Olimpíada do Rio 2016 foi o maior trabalho profissional em minha carreira. Momento incrível. Sempre gostei muito dos desportos olímpicos. Levar a informação e o debate sobre modalidades que poucos brasileiros comentam é uma grande alegria. Você acredita que a Fadinha vai ser ouro nas próximas Olimpíadas? A Rayssa tem muita chance de conquistar mais medalhas olímpicas. Como você enxerga o Skate no Brasil? É um esporte valorizado? O Skate no Brasil já foi até marginalizado. Hoje tem organização, ótimo nível e muitos praticantes. Por: João Fraga

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Foto: Rayssa Leal- Streat League skatboardin


2022, O ANO DO HEXA?

Como será ano de copa do mundo, nada mais justo que fazer uma comparação com as últimas campanhas de copa do mundo da seleção brasileira, seus adversários diretos, perigos na sua trajetória em busca do sexto título mundial, chaveamento e opinião sobre o possível e tão sonhado hexa.

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Por: Pedro Lacerda Fialho


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esse ano de 2022 teremos o maior evento futebolístico que acontece de quatro em quatro anos, a copa do mundo de futebol, cujo será sediada no Catar entre os dias 21 de Novembro de 2022 a 18 de Dezembro de 2022. Esse período é bem diferente do que geralmente ocorre pois é a época do ano que o clima está mais ameno no país. No último título da seleção brasileira de copa do mundo, em 2002 onde conquistou o pentacampeonato, o Brasil não chegou como a favorita apesar dos seus 4 títulos conquistados até então, pois seu ataque composto por Ronaldo e Rivaldo não estavam 100% fisicamente mas Luiz Felipe Scolari, o Felipão, conseguiu junto aos seus preparadores físicos recuperar a dupla para a competição. O retrospecto da seleção naquela edição foi muito positiva vencendo a copa de maneira invicta, seu grupo foi teoricamente fácil, com os confrontos vencidos dessa maneira: Fase de Grupos: Brasil 2x1 Turquia Brasil 4x0 China Brasil 5x2 Costa Rica. Já no mata-mata os confrontos foram: Oitavas de final: Brasil 2x0 Bélgica Quartas de final: Brasil 2x1 Inglaterra Semifinal: Brasil 1x0 Turquia Final: Brasil 2x0

Naquela ocasião, como já mencionado, o Brasil não chegava como favorita e sempre quebrando os paradigmas impostos sobre a amarelinha, mesmo muito contestada conquistou o pentacampeonato mundial. A partir daquela copa a seleção do canarinho parecia não mais se encontrar e ter retrospecto muito abaixo do que os torcedores brasileiros projetavam para o Hexa, a copa seguinte, do ano de 2006, foi um fiasco, pois um ano antes, em 2015, tínhamos conquistado a copa das confederações em solo alemão diante dos alemães e com um elenco com muito mais craques e mais madura do que a seleção de 2002, mas infelizmente caímos nas nas quartas de finais contra a França. A retrospectiva da copa de 2006 fica assim: Fase de Grupos: Brasil 1x0 Croácia Brasil 2x0 Austrália Brasil 4x1 Japão Já no mata-mata os confrontos foram: Oitavas de final: Brasil 3x0 Gana Quartas de final: Brasil 0x1 França

Aquele ano de 2006 não foi o que a imprensa nacional e mundial, e o povo brasileiro esperava e pode ser considerada uma copa frustrante.

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Indo para a copa de 2010, sediada na África do Sul, novamente não tivemos um bom retrospecto, com a seleção sendo totalmente reescalada com uma nova safra de jogadores e com um nível técnico muito abaixo das outras, podemos até dizer que foi um dos, senão, o pior elenco da história da seleção brasileira. A retrospectiva da copa de 2010 fica assim: Fase de Grupos: Brasil 2x1 Coreia do Norte Brasil 3x1 Costa do Marfim Brasil 0x0 Portugal Já no mata-mata os confrontos foram: Oitavas de final: Brasil 3x0 Chile Quartas de final: Brasil 1x2 Holanda

O retrospecto da copa de 2014 foi o mais deprimente da história da seleção. A copa foi sediada no Brasil, e tivemos a famosa derrota do eterno 7x1 contra a Alemanha, em casa em pleno estádio do Mineirão lotado, um vexame que nem o mais fanático cidadão alemão imaginaria que poderia acontecer.

Nessa edição foi a primeira copa do mundo da maior promessa do futebol brasileiro do século XX até então, Neymar Jr, a seleção vinha bem nos jogos e dando esperança de título, até em um jogo antes do fatídico 7x1, onde Zuniga jogador da seleção colombiana quase deixou Neymar paraplegico em uma entrada desleal no jogador brasileiro, o trando da Copa do mundo e talvez por isso que o pior jogo da seleção brasileira aconteceria na próxima partida. A retrospectiva da copa de 2014 fica assim: Fase de Grupos: Brasil 3x1 Croácia Brasil 0x0 México Brasil 4x1 Camarões Já no mata-mata os confrontos foram: Oitavas de final: Brasil 1(3)x(2)1 Chile (partida decididas nos pênaltis) Quartas de final: Brasil 2x1 Colômbia Semifinais: Brasil 1x7 Alemanha Terceiro lugar: Brasil 0x3 Holanda

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Logo/Foto: FIFA


A copa de 2018 teve como sede a Rússia, o Brasil chega na copa com uma torcida grande presente no país porém aqui no nosso território nacional as coisas começaram a mudar, nada de pinturas nas ruas, a população estava menos esperançosa e criticaram bastante a seleção brasileira e seus jogadores, mesmo antes da copa começar, resultado de anos anteriores frustrantes e uma grande esperança em cima no único jogador diferenciado da nossa seleção, Neymar Jr. Assim a copa se deu início e nossa seleção comandada por Tite estava taticamente e tecnicamente muito bem treinada, óbvio que as críticas continuaram, já que o povo brasileiro queria aquela seleção que se impunha e comandava o jogo como em 94 e 2002, porém grande parte dos brasileiros não aceitam que não existe mais “bobo” no futebol.

O Brasil classificou para a copa do mundo de 2022, sediada no Qatar que tem início no dia 21 de novembro, de maneira invicta e isolada na liderança, coisa que não acontecia desde que as eliminatórias para a copa passaram a serem disputadas por pontos corridos antes do mundial de 98. Isso já nos dá uma percepção de que a seleção vem com grandes chances de título, ainda mais por ser uma seleção com o mesmo sistema de jogo e bem preparada pelo mesmo treinador da última copa, Tite, e com a mesma base dos jogadores. Outro fato interessante é que vem uma nova safra de jogadores que podem nos ajudar a chegar no hexacampeonato mundial, entre eles Vinicius Jr, Rodrygo e Éder Militão, os três jogadores que acabaram de vencer a última edição da Champions League. Por: Pedro Lacerda Fialho

A retrospectiva da copa de 2018 fica assim: Fase de Grupos: Brasil 1x1 Suiça Brasil 2x0 Costa Rica Brasil 2x0 Sérvia Já no mata-mata os confrontos foram: Oitavas de final: Brasil 2x0 México Quartas de final: Brasil 1x2 Bélgica

Agora que já relembramos a trajetória do Brasil desde a última conquista da seleção em copas do mundo, em 2002, podemos tomar como base e adicionar algumas curiosidades para a edição deste ano.

Foto: TNT esports

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Foto: Getty Images

Beirando o impossível: LeBron James será o maior pontuador da história! James já é o maior pontuador da história dos Playoffs com 7.631 pontos, conquistou 4 títulos da NBA (2012 e 2013 pelo Miami Heat, 2016 pelo Cleveland Cavaliers e 2020 pelo Los Angeles Lakers) sendo MVP das finais em todas essas edições. Foi MVP da temporada regular 4 vezes (2009, 2010, 2012 e 2013) e ainda foi eleito All-Star em 18 temporadas, além de outras marcas individuais. Sem sombra de dúvidas é um currículo de se invejar! Em seu 19º ano na liga, o craque ainda busca mais anéis, prêmios individuais e a lendária marca de maior pontuador de todos os tempos, sendo o 2º colocado atrás apenas do lendário Kareem Abdul-Jabbar, que tem 38.387 pontos somados na carreira.

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Com 37 anos e 37.062 pontos, o craque dos Los Angeles Lakers não dá sinais de decadência e nos deixa com a mesma sensação de quando entrou para a NBA: até onde ele pode chegar? Quando tivemos os primeiros vislumbres do jovem LeBron James em 1999 no St. Mary High School grandes expectativas foram criadas, se projetando que o garoto de Akron, Ohio, poderia construir uma grande história na NBA. Mas ele foi além, não só entrou para os livros mas também para as discussões de GOAT do basquete! E mesmo que já tenha construído uma grande história, ele ainda não deve parar por aí!


Alcançar esse recorde detido por Kareem poderia significar um grande argumento para as discussões de maior de todos os tempos, que tem Michael Jordan como favorito para a grande maioria dos fãs de basquete. Entretanto, LeBron ainda tem seus defensores que esperam mais conquistas na reta final de sua carreira, muito por conta do grande desempenho que vem tendo pelos Lakers. Na temporada atual, por exemplo, apesar do fraco desempenho do time que sequer se classificou para os Playoffs, o camisa 6 conseguiu manter uma média de 30,3 pontos, 8,2 rebotes e 6,2 assistências por jogo. Uma marca incrível para um atleta de sua idade. Espera-se que o craque ainda atue por pelo menos mais 2 temporadas, inclusive já tendo admitido a intenção de atuar ao lado de seu filho, Bronny James, que vai poder ser escolhido por alguma equipe da NBA a partir da próxima temporada.

Isso pode significar uma ida de King James para a equipe que draftar o garoto, o que seria incrível, ou uma manobra dos Lakers trazendo Bronny para manterem seu principal jogador. E com um bom esquadrão, LeBron pode voltar a doutrinar no mata-mata e chegar a mais um título na história! A verdade é que LeBron já é um dos GOATs por todas as suas conquistas e recordes. Em um esporte que é tão dinâmico como o basquete, James vem conseguindo manter sua performance no topo desde que chegou como um novato em 2003. E nos dias de hoje, beirando Kareem e o recorde histórico de maior pontuador, o astro faz coisas iguais e até mesmo mais impressionantes do que quando era garoto! Saúdam King James, o Papai LeBron!

Por: Vinicius Barbosa

12 Foto: Getty Images


O BRASIL NA MAIOR LIGA DE BEISEBOL DO MUNDO Foto: Divulgação/MLB

Há exatamente dez anos, Yan Gomes, catcher, se tornou o primeiro brasileiro a jogar pela MLB (Major League Baseball), a maior liga de beisebol do planeta. A entrada de Yan Gomes na MLB abriu espaço para que outros brasileiros também pudessem almejar a tão aclamada liga de beisebol. É notório que o beisebol não é popular no Brasil, com pouca acessibilidade e histórico no esporte, fica distante do que o automobilismo, futebol, basquete e vôlei representam para o país. Nos últimos anos, com o impacto da entrada de brasileiros na MLB e as transmissões noturnas dos canais ESPN (hoje, canais Disney), o esporte conseguiu elevar a popularidade com leve alcance de público no Brasil. Apesar de uma crescente no país, o Brasil ainda é pequeno no cenário e não tem uma liga profissional de beisebol como outros países referência; Coreia do Sul, Estados Unidos, Japão e México. O ponto de partida do Brasil no beisebol internacional só foi acontecer em 1992, quando Jose Pett, na época com 16 anos, foi contratado pelo Toronto Blue Jays e se tornou o primeiro brasileiro a assinar com uma franquia da MLB.

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Mas Pett nunca chegou a atuar pela liga. Jose Pett era um prospecto a ser visto, times como Los Angeles Angels, Atlanta Braves e outros, chegaram a vir para o Brasil observar o talento de perto, mas foi no momento que o brasileiro conheceu o estádio e as instalações do Toronto Blue Jays, campeão da MLB no ano, que Prett ficou deslumbrado e decidido para onde iria. Antes de entrar na MLB, os jovens prospectos precisam disputar e subir gradualmente as ligas de desenvolvimentos até chegar à liga principal. Foi o caso de Pett, que conseguiu superar o processo para chegar até à MLB. Em 1996 foi trocado para o Pittsburgh Pirates, Pett chegou e logo foi incluído no elenco principal dos Pirates, mas precisou passar por uma cirurgia no ombro que o fez ficar de fora por um tempo. Assim começou uma sequência dramática de lesões de Pett que acompanhou o brasileiro até 2002, quando decidiu voltar para casa.

Foto: Logoimagens

Por: Ronaldo Jesus


YAN GOMES

Foto: Divulgação/MLB

Quis o destino que o primeiro brasileiro a jogar pela MLB fosse também escolhido pelo Toronto Blue Jays. Em 2009, Yan Gomes, catcher, foi escolhido pelo Toronto Blue Jays via Draft (sistema de escolhas de jovens de faculdades americanas ou de ligas internacionais). Em maio de 2012, após três anos nas ligas de desenvolvimentos, Yan Gomes foi chamado para o time principal dos Blue Jays. Na segunda partida como titular, o brasileiro rebateu o primeiro home-run na liga. Entre idas e vindas e sem espaço no time principal, em novembro daquele mesmo ano, Yan foi trocado para o Cleveland Indians. Foi no Cleveland Indians (hoje Cleveland Guardians) que Yan conseguiu se estabilizar na liga, com bom aproveitamento no bastão, o brasileiro viveu bons momentos em Cleveland. Em 2014 foi eleito um dos melhores catchers rebatendo a bola, em 2018 se tornou o primeiro brasileiro a jogar o All-Star Game (partida entre os melhores jogadores da temporada, via escolha da torcida)

Envolvido em mais uma troca, Yan Gomes foi para o Washington Nationals em 2018. Foi nos Nationals que Yan viveu o ápice de sua carreira, se tornando o segundo brasileiro a conquistar o título da World Series sendo o catcher titular do jogo 7. Na temporada seguinte após o título, Yan atingiu a marca de 100 home-runs rebatidas na MLB. Após passagem pelo Nationals, Yan figurou pelo Oakland Athletics e atualmente joga pelo Chicago Cubs, aos 35 anos, Yan Gomes ainda não pensa em parar tão cedo.

Foto: ESPN

PAULO ORLANDO Depois de passar pelo beisebol da República Dominaca, onde começou a carreira, em 2015, Paulo Orlando foi descoberto e assinou com o Chicago White Sox. Em 2008, Paulo foi trocado para o Kansas City Royals. Conhecido por sua velocidade e boa defesa, o Outfielder brasileiro lutou pelo seu espaço no time principal, para isso, figurou de 2008 até 2014 nas ligas de desenvolvimento. Por: Ronaldo Jesus

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Na temporada de 2015, o brasileiro finalmente foi chamado para o elenco principal dos Royals. Após anos de batalha até a tão sonhada oportunidade, Paulo foi recompensado pela perseverança e fez parte da temporada iluminada dos Royals, que resultou em título da World Series, o primeiro título de um brasileiro na história da MLB.

Foto: AFP

Após ser dispensado pelos Royals em novembro de 2018, no ano seguinte, Paulo chegou a assinar com o Los Angeles Angels onde jogou apenas pelo time de desenvolvimento. No mesmo ano foi trocado para o Chicago White Sox, mas sem oportunidade de atuar, preferiu trocar de país e atualmente joga na liga mexicana de beisebol.

OUTROS DESTAQUES BRASILEIROS

O brasileiro arremessou em 42 oportunidades, foram três temporadas na MLB; pelo Chicago White Sox 2013/2014 e Miami Marlins em 2015. Atualmente, André Rienzo, aos 33 anos, é mais um brasileiro na liga mexicana.

André Rienzo: Primeiro arremessador brasileiro a iniciar uma partida na MLB, André Rienzo também é o segundo brasileiro a jogar pela liga. Atuando na principal posição do beisebol, como pitcher, o brasileiro é outro exemplo de muita luta pelo espaço. André Rienzo assinou em 2006 com o Chicago White Sox, lá ficou de 2007 até 2013 nas ligas de desenvolvimento até finalmente estrear no montinho ainda em 2013.

Thiago Lyra: Segundo arremessador brasileiro na liga, Thiago ficou de 2010 até 2016 nas ligas de desenvolvidos até conseguir oportunidade em 2017 no elenco principal do Seattle Mariners. No mesmo ano, Thiago foi trocado para o Chicago White Sox, com mais chances de mostrar trabalho, o brasileiro jogou por duas temporadas no White Sox até se transferir em 2019 para o Yomiuri Giants, do Japão, seu atual time.

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Luiz Gohara: Com pouca oportunidade na liga, Luiz Gohara foi mais um arremessador brasileiro a desfilar em solo americano. Foram apenas 14 partidas em duas temporadas pelo Atlanta Braves entre 2017 e 2019. Uma sequência de lesões atrapalhou a carreira do brasileiro, que atualmente está sem contrato profissional. Eric Pardinho: Olhando para o futuro, Eric Pardinho é a grande promessa do Brasil para os próximos anos na MLB. Eric chamou atenção de muitos olheiros quando aos 15 anos foi convocado para a seleção brasileiro em 2016 para disputar um qualificatório. No ano seguinte, em 2017, foi contratado junto ao Toronto Blue Jays. Atualmente, aos 21 anos, Eric Pardinho é considerado um dos principais prospecto dos Blue Jays, ainda disputando as ligas de desenvolvimento, Eric vive a expectativa de ser chamado para o time principal.

Foto: Getty Imagens

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Pilotos Brasileiros em ascensão a Fórmula 1

Por: Matheus Santos

O automobilismo é considerado um esporte elitista. Tendo como base o Kart, é necessário um investimento grande, sobretudo para ser competitivo. Motores, óleos, carcaça: tudo isso tem um custo muito alto. O elitismo é intensificado desde a base, seja quanto a pilotos ou até mesmo engenheiros, pais e investidores. Por isso, no caso do Brasil, que é um país economicamente em alta, a falta de investimento prejudica o futuro do país no esporte. Atualmente, existem muitos jovens talentos brasileiros atuando nos campeonatos espalhados pelo mundo. Mas muitos se encontram na falta de apoio financeiro (os patrocínios), na falta de apoio das mídias globais, pois não há divulgação, e principalmente, a falta de campeonatos de base de alto nível aqui. Isso faz com que esses pilotos tenham que migrar para campeonatos europeus ou norteamericanos.

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Onde de fato, temos um nível mais alto, porém, os custos dos campeonatos são muito maiores, e tornam a necessidade de um apoio financeiro muito maior. Talento existe, mas a falta de patrocínio e suporte, é um entrave e tanto. Muitas equipes renomadas, como Ferrari, Mercedes, Red Bull, Alpine (Divisão esportiva da Renault) e Williams têm programas esportivos para o desenvolvimento de jovens, conhecida como academia de pilotos, que às vezes podem servir de atalho para um atleta iniciante subir de categoria enquanto se desenvolve como piloto. Integrar uma academia de pilotos é muito importante para fornecer uma ajuda de custos ao piloto, que não fica dependente apenas de dinheiro de patrocínios. Mesmo integrando uma academia, não há garantias de permanecer com determinada vaga, porque a qualquer momento o dinheiro do patrocinador vai falar mais alto.


Atualmente, o pilotos brasileiros mais conhecidos que integram uma academia são Caio Collet, integrante da academia de pilotos da Alpine e piloto de F3 pela equipe MP Motorsport e Rafael Câmara, que foi contratado pela academia de pilotos da Ferrari no final do ano de 2021 e fez sua estreia na Fórmula 4 Italiana em 2022. Hoje existem 4 pilotos com chances mais concretas de conseguir uma vaga na Fórmula 1, são eles Pietro e Enzo Fittipaldi, netos do Bicampeão mundial da categoria, Emerson Fittipaldi; Felipe Drugovich e Caio Collet.

acidentado na época, o francês Romain Grosjean. O chefe da equipe Gunther Steiner ficou satisfeito com o trabalho apresentado por Pietro, que hoje aguarda por uma nova oportunidade;ho de texto Enzo Fittipaldi é o irmão mais novo de Pietro, e atualmente é piloto da equipe Charouz Racing System, equipe de Fórmula 2. No seu segundo ano na categoria, Enzo se destaca pela sua habilidade em conseguir ultrapassagens e atualmente ocupa a 10° colocação* no campeonato mundial após conquistar um pódio na última etapa em Ímola, na Itália; Felipe Drugovich é o principal nome brasileiro nas categorias de base e está em seu terceiro ano de Fórmula 2, segundo por sua atual equipe, MP Motorsport. Natural de Maringá, Drugovich é um dos principais destaques da categoria e ocupa a 2° colocação* no campeonato de pilotos. Em 3 anos na categoria, Felipe tem números expressivos, com 4 vitórias e 10 pódios;

Pietro Fittipaldi é aquele que se encontra mais perto desta oportunidade, porque ele já está lá. Hoje em dia, ele é piloto reserva da equipe Haas F1 Team, equipe qual já teve uma oportunidade de mostrar serviço nas duas últimas provas do calendário de 2020, realizadas em Sakhir e Abu Dhabi, quando substituiu o piloto titular que havia se

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Caio Collet é o único piloto brasileiro em uma das duas principais categorias de base, Fórmulas 2 e 3, que é integrante de uma academia de pilotos, a Alpine. Caio está em seu segundo ano na Fórmula 3. Após um regular ano de estreia em 2021, Collet procura se consolidar como um dos grandes nomes da categoria esse ano, mas vem passando por dificuldades e ocupa apenas a 16° colocação*, com apenas 4 pontos.

*Todos os pilotos têm margem de crescimento em seus respectivos campeonatos, pois ainda há etapas a serem disputadas ao longo do ano.

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Patrick Mahomes: O impacto que o atual fenômeno causa na NFL

Por: Matheus Santos

O dia era 27 de abril de 2017. O dia do draft 2017 da NFL. A primeira rodada do recrutamento estava em andamento, quando o Kansas City Chiefs fez uma troca com o Buffalo Bills, saindo da 27° escolha do primeiro round, subindo consideravelmente até alcançar uma escolha do top 10. Nomes como Marshon Lattimore, Tre’Davious White, TJ Watt e a estrela daquele draft, DeShaun Watson ainda estavam disponíveis, porém os Chiefs resolveram puxar o gatilho em uma aposta. Naquele momento Patrick Mahomes começava a escrever seu nome na história da liga.

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Mahomes era um prospecto que passava bem longe das principais estrelas daquele draft. Marcado pelo seu braço extremamente forte e potente mas ao mesmo tempo muito cru. Hoje em dia, 5 anos após aquele recrutamento, Mahomes é uma das principais estrelas da liga, e vem quebrando recorde atrás de recorde. Ao longo de seus 5 anos de carreira ele acumula diversos títulos individuais e coletivos. Aos 26 anos de idade, Patrick Mahomes já venceu 1 Super Bowl, 2 finais de conferência. Também soma em seu currículo 1x MVP (Most valuable player - Jogador mais valioso) da NFL, MVP do Super Bowl, 4x selecionado para o Pro Bowl (Jogo das estrelas), 2x selecionado para o All-Pro, sendo uma vez no primeiro e uma vez no segundo time.


Mais recentemente, o Kansas City Chiefs renovou seu contrato por 10 anos e receberá 500 milhões de dólares ao longo deste contrato. Mesmo sendo tão jovem, Mahomes cria seu legado dentro da liga, fazendo com que os times procurem nos recrutamentos após o seu, jogadores da posição com as mesmas características, que são um braço potente, forte, e uma boa mobilidade para resolver uma jogada com as pernas se for necessário. O Buffalo Bills hoje encontrou Josh Allens, ano passado o San Francisco 49ers selecionaram e esse ano irão apostar em Trey Lance, que são jogadores que desde o futebol americano universitário mostraram características semelhantes. Financeiramente falando, após seu contrato de 500 milhões, outros jogadores já receberam contratos com altas quantias, como o quarterback do Dallas Cowboys, Dak Prescott com seu contrato de 4 anos por 160 milhões, ou o mais novo quarterback do Cleveland Browns, o companheiro de Draft de Mahomes, DeShaun Watson e seu contrato de 230 milhões com duração de 5 anos. Desde o “contrato dos 500”, os quarterbacks pedem cifras cada vez mais altas para renovarem seus contratos e muitas vezes os times se sentem pressionados a pagar, pois sabem que não encontram jogadores de alto nível a cada esquina. Goste dele ou não, é preciso admitir, Patrick Mahomes mudou para sempre a história da NFL, seja por seu talento único dentro de campo e sua capacidade fazer jogadas mirabolantes ou pelo contrato histórico que inflacionou o mercado de quarterbacks da liga.

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NHL: A TRADIÇÃO DE PARTIDAS A CÉU ABERTO Independente do esporte, o estadunidense consegue transformar partidas em verdadeiros espetáculos. Como por exemplo, o intervalo do Superbowl que é uma atração à parte e por muitas vezes a mais esperada pelos telespectadores. Na NHL (National Hockey League), a maior liga de hóquei no gelo do mundo, a ideia de espetáculo é executada de uma forma diferente. No hóquei nogelo as partidas são disputadas em ginásios fechados e, de uma forma atrativa e com referência histórica, leva alguns jogos da temporada para serem disputados em estádio a céu aberto, o tradicional NHL Winter Classic. Realizado desde 2008, o tradicional evento de ano novo da NHL, Winter Classic, acontece sempre ao ar livre em um estádio de futebol americano ou beisebol nos Estados Unidos. Chamado de jogos de outdoor, partidas disputadas a céu aberto começaram como uma forma de homenagear as raízes do hóquei no gelo, esporte que teve início justamente para aproveitar ao máximo o inverno.

torcedores, recorde de público em uma partida da NHL. A última edição do Winter Classic, realizada em Minnesota, conhecido como “Estado do Hockey",recebeu o St. Louis Blues e Minnesota Wild que jogaram para os corajosos mais de 38 mil torcedores, fazia -20 graus Celsius, registrado como a partida mais fria da história da NHL. Além do Winter Classic, Heritage Classic também é disputado sazonalmente, evento jogado exclusivamente por times canadenses, foi o precursor dos jogos a céu aberto, criado em 2003 e até o momento teve apenas cinco jogos realizados; 2003, 2011, 2014, 2016 e 2019. NHL Stadium Series, criado em 2014 e com suas partidas sendo realizadas entre janeiro e fevereiro durante a temporada regular, é mais um evento realizado a céu aberto. Sem qualquer tradição como Winter Classic e Heritage Classic, porém, Stadium Series também é um sucesso de público.

Em apenas duas ocasiões o evento não foi realizado, nas temporadas reduzidas de 2013 por conta do locaute, que foi uma greve trabalhista dos jogadores da Liga, e em 2021 devido a pandemia da Covid-19. A temporada de 2012–2013 seria a estreia de um time canadense no evento sazonal, porém, por conta do locaute teve que adiar para temporada seguinte quando o Toronto Maple Leafs enfrentou o Detroit Red Wings no Michigan Stadium para mais de 105 mil

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Por: Ronaldo Jesus


Ascensão dos e-Sports Rafael Lima

O cenário de e-Sports tem se desenvolvido de maneira exponencial ao longo dos últimos anos. Na última década, milhões de jogadores ingressaram nesse meio e se tornaram parte de um movimento promissor através de diferentes plataformas e jogos, indicando um público amplo e engajado. Com esse crescimento, os esportes eletrônicos vêm se tornando rotina de muitos indivíduos, seja um passatempo, um meio de relaxar após um longo dia de trabalho ou até mesmo como possível carreira profissional. É certo que e-Sports ainda é um tema desconhecido por muitos, da mesma forma que foi bem recepcionado por um grande público, é também alvo de muita resistência e dúvida por se tratar de um campo emergente.

Tendo isso em mente, devemos observar o considerável avanço do cenário de e-Sports, e discutir a maneira como as culturas têm se adaptado a tal modernização e inovação; de igual modo, podemos discutir a possibilidade de expansão das suas fronteiras em meio ao cenário internacional competitivo. Um exemplo de integração dos eSports na cultura internacional é o crescente número de plataformas de streaming e profissionais criadores de conteúdo. No dia 12 de maio de 2022, Gaules (streamer, youtuber, filantropo e ex jogador profissional de CS:GO) realizou um feito histórico no cenário de games nacional pela Twitch (serviço de streaming focado em jogos e competições).

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O streamer conseguiu reunir cerca de 710mil pessoas em sua transmissão da partida entre Imperial x Cloud9 no PGL Major Antwerp 2022 (décimo sétimo Counter-Strike: Global Offensive Major Championship). No contexto, a equipe brasileira Imperial superou a Cloud9 e seguiu viva no torneio. O marco alcançado na transmissão de Gaules quebrou o recorde de espectadores no Brasil para criadores de conteúdo, e alcançou números incrivelmente maiores que a própria companhia organizadora do torneio. Desta forma, Gaules tem se tornado um dos ícones do cenário de eSports internacional, além de ser um grande parceiro da Twitch, onde se concentram os profissionais mais relevantes do mercado de e-Sports e criação de conteúdo do cenário.

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Outro ponto a ser discutido a respeito dos e-Sports, é a sua possível inclusão como categoria nos jogos olímpicos: evento multiesportivo internacional. A questão passou a ser considerada quando em eventos recentes, grandes focos de público foram deslocados. Um exemplo disso foi o mundial de League of Legends de 2020, que reuniu mais de 45 milhões de espectadores simultâneos. Outro exemplo disso são jogos como Fortnite, CS:GO e Overwatch, capazes de atrair milhares e até milhões de pessoas em seus eventos e torneios. Em abril de 2021, o COI (Comitê Olímpico Internacional) criou a iniciativa OVS (Olympic Virtual Series), uma competição de jogos eletrônicos, que ocorreu entre maio e junho de 2021, e foram os primeiros testes da possível nova categoria de e-Sports dos jogos olímpicos.


Apesar de jogos como LOL, CS:GO e Overwatch não estarem presentes, a iniciativa indica que existe grande interesse e prioridade para tal feito em breve. Thomas Bach, presidente do COI chegou a dizer “Queremos promover a não discriminação, a não violência e a paz entre as pessoas. Isso não combina com os videogames, que são sobre violência, explosões e mortes. É preciso traçar um limite claro”. Com isto, Bach apontou ser necessário encontrar um equilíbrio entre a mensagem passada por cada jogo e a mensagem principal dos jogos olímpicos, “a paz, a amizade e o bom relacionamento entre os povos”. Levando isso em consideração, é possível que alguns jogos considerados violentos pelo comitê não cheguem aos jogos, contudo, é visível que os e-Sports estão cada vez mais próximos do sucesso e reconhecimento internacional.

O cenário de e-Sports ainda possui um longo caminho para ser percorrido. Em uma sociedade cada dia mais moderna, a tendência é que os games se tornem parte do dia a dia de muitos, assim atraindo cada vez mais espectadores e apoiadores de um movimento em constante evolução. É certo que os e-Sports já são gigantes, mas, também é certo que seu cenário competitivo pode ser ampliado ainda mais com a sua inserção nos jogos olímpicos, pois assim, passará a ser admirado por muitos e popularizado. Da mesma forma que o surfe e skate romperam com o preconceito, as barreiras dos e-Sports também serão superadas com a exposição da grande mídia nos jogos olímpicos, trazendo a oportunidade de mais pessoas conhecerem o mundo dos jogos eletrônicos.

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Nadal o maior do tênis?

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O espanhol Rafael Nadal já está com certeza consagrado como um dos maiores atletas, não apenas do tênis, como também dos esportes gerais. Porém como em qualquer outro esporte, sempre há discussão sobre quem é o melhor, se é X ou Y. Muitas pessoas até ignoram os dados dos atletas no momento de analisar qual seria o melhor, por conta de terem preferência ou identificação por determinado atleta, mesmo que este esteja em desvantagem nas estatísticas.

Para muitos fãs e atletas do tênis, Roger Federer é considerado o maior do esporte, tendo consigo 111 títulos em sua carreira, dentre eles 20 Grand Slams; enquanto Nadal agrega em seus números 110 títulos na carreira, que agrupam 22 Grand Slams e ainda a marca de 209 semanas como o número 1 do mundo. A comparação entre os dois é constante, contando também com a presença de Novak Djokovic na rivalidade ao posto de maior do tênis.

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Analistas já observaram que em alguns casos, Nadal pode não ser tão técnico quanto outros atletas da modalidade (como Federer por exemplo), porém, o astro compensa este fator com uma extrema mentalidade competitiva, que o permite adequar-se aos pontos superiores de seus adversários e assim superá-los. Além disso, muitos especialistas do esporte observam que Rafael Nadal tem a característica de combinar resistência extrema à uma grande velocidade, fator crucial para manter o nível técnico durante a partida. Nadal acumula na carreira a marca de 1049 vitórias e 210 derrotas. Isso inclusive o coloca em vantagem sobre seu principal rival Federer, pois enquanto o suíço possui 95,2% de vitórias na carreira, Rafael Nadal aparece com 98% de vitórias em sua carreira. Em alguns aspectos específicos da partida, Nadal também leva vantagem sobre seus principais rivais Federer e Djokovic: Percentual de acerto em primeiro saque: Nadal 68% - Federer 62% djokovic 65%; Games vencidos no sacando: Nadal 86% - Federer 89% - 86%; Break points salvos: Nadal 67% Federer 67% - Djokovic 66%; Break points vencidos: Nadal 45% Federer 41% - Djokovic 44%.

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Existem 4 torneios principais englobados na liga master do tênis (Grand Slam): Australian Open, Roland Garros, Wimbledon e US Open. Nadal, também conhecido como “O Touro” é o maior campeão do Roland Garros com 14 títulos e do US Open com 4 títulos. Isso demonstra a força do espanhol diante outros grandes campeões das mesmas competições, que aliás são seus já citados principais rivais: Roger Federer e Novak Djokovic.

Além dos 4 torneios principais do tênis, Nadal possui também algumas outras conquistas em sua carreira, como por exemplo 2 ouros olímpicos. No caso, este marco o coloca em vantagem sobre Federer que conquistou o ouro em 1 oportunidade e Djokovic que ainda não realizou o feito. Porém, O Touro não é o maior campeão olímpico pela modalidade, pois Venus Williams é o dono da posição de tenista que mais possui ouros olímpicos.

De todo modo, podemos cravar que Rafael Nadal, também chamado de Rei do Saibro, já está grifado como um dos maiores e melhores em seu esporte e indiscutivelmente marcou a história do tênis. Seus números impressionantes e estilo de jogo o colocam como maior tenista da história por muitos, apesar de não ser uma opinião generalizada. Como dito anteriormente, muitas pessoas escolhem seus “maiores”, não apenas

através de estatísticas, mas também pela preferência e identificação por parte de seus adeptos. Diversas pessoas enxergam Federer como o maior do tênis, muito por conta do que fez e faz pelo esporte; assim como muitos outros vêem Djokovic como o maior do esporte, com base em suas últimas temporadas… no fim, o nome que possui o título de maior atleta do tênis é decidido por você.

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