Hell Divine Magazine 03

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fãs mais radicais. No geral, mais uma grande obra que deverá elevar o nome da banda a patamares ainda mais altos. Nota: 9 Maicon Leite

variedade vocal e instrumental de cair o queixo. A capa também se destaca, possuindo conexão direta com a arte de “B.A.C.K.”. Nem é preciso comentar faixa por faixa, mas desde já asseguro que a qualidade está garantida em cada segundo deste excitante petardo. Nota: 8.5 Maicon Leite

Before The Dawn “Deathstar Rising“ Nuclear Blast

ARTILLERY “My Blood” Metal Mind É muito bom ver como algumas bandas antigas continuam a criar material de relevância dentro da cena Thrash, que já passou por seus altos e baixos. E foi justamente o Artillery, no final dos anos 90, um dos responsáveis, ainda que indiretamente, pelo tímido retorno das bandas oitentistas. Foi com “B.A.C.K.”, lançado em 1999, que os dinamarqueses fizeram sua primeira volta – ainda em formato trio – com os músicos Flemming Rönsdorf (vocal), Morten Stützer (baixo, guitarra) e Michael Stützer (guitarra), com a bateria sendo executada por Per M. Jensen, do The Haunted. Depois de uma pequena parada, a banda acabou voltando com outra formação, desta vez trazendo um novo vocalista, Søren Nico Adamsen, mais conhecido por ter integrado o Crystal Eyes, fazendo sua estréia no CD/ DVD ao vivo “One Foot in the Grave, The Other One in the Trash”, de 2008. Søren se integrou tão bem com os irmãos Michael e Morten Stützer (guitarras), Peter Thorslund (baixo) e Carsten Nielsen (bateria), que os fãs mais antigos nem sentiram falta das antigas formações. “My Blood” é a continuação perfeita de “When Death Comes”, de 2009, trazendo aqueles riffs matadores em profusão, além de uma cozinha que não deixa buracos. No geral, o disco está bem variado, apostando em faixas rápidas, totalmente Thrash Metal, a exemplo de “Thrasher” – já candidata a clássica, em contraste com “Ain’t Giving In”, mostrando toda a potência da voz de Søren e grandes melodias criadas pelos irmãos Stützer, numa

AS THEY SLEED “Dynasty” Luxor Records VA banda norte-americana nos mostra um Death Metal atualizado, com várias passagens cavaladas e guitarras pesadas e largadas, comuns nas mais novas bandas de Metal que têm surgido desde a última década. Velocidade e técnica são itens normalmente encontrados no último disco da banda, “Dynasty”, os quais já foram vistos no antecessor “Blacken The Sun”. Falemos um pouco do álbum que, em minha opinião, é um belo disco dessa nova tendência musical pesada. Com muito bumbo e guitarras sincronizadas; quase sempre com passagens de blast-beat e com vocal ora urrado e grave, mas com maior freqüência das passagens mais berradas, como vemos em muitas outras. Meu conselho: escute-o e veja se vai concordar comigo, mas o mais tocante e perceptível aqui é a clara influência do The Black Dahlia Murder no som do As They Sleep. Bom disco e belas composições, mas nada fora do comum. Nota: 7 Augusto Hunter

Classificar Before the Dawn corretamente em algum gênero é, definitivamente, uma tarefa um tanto quanto difícil. Eles são, essencialmente, uma banda de Melodic Death Metal com uma quantidade generosa de Gothic Metal e, às vezes, Doom Metal. Com apenas 12 anos de estrada, essa combinação tem sido muito bem-sucedida e agradável. “Deathstar Rising” é outro grande sucesso que esses caras acabaram de lançar, contendo alguns dos seus melhores materiais até agora. Com certeza, é um dos melhores lançamentos do ano. Ao contrário de muitos álbuns de Melodeath lançados recentemente – considerando que Before The Dawn não é exatamente uma banda de Melodeath –, “Deathstar Rising” não é um álbum cansativo e impressiona com o uso de dois vocalistas que são extremamente hábeis em seu oficio. Tuomas Saukkonen tem um gutural extremamente poderoso, enquanto Lars Eikind, que também é baixista, possui um vocal limpo de extrema beleza. O álbum conta com belos riffs que enfatizam a voz de Lars com melodias simples e típicas, porém elegantes e animadas. Assim, o disco deve agradar aos fãs de metal melódico, obrigatoriamente. O grande destaque fica por conta do Internet-Single “Deathstar” que é único, envolvente e composto por belos riffs, que o tornam, de fato, fantástico. Nenhuma canção soa igual, rica diversidade é absolutamente necessária em qualquer álbum, como “Remembrance” e “Judgement”, nas quais o peso está mais retraído perante o vocal limpo e são relativamente mais lentas do que se delimitou em “Death29


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