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Laços de uma grande família
A entrevista a Wolfgang Wallner, Project Leader da S 1000 RR, permitiu ficar a saber algo mais sobre esta desportiva.
Motos - Após estas sessões em pista, fiquei por várias vezes com a dúvida se o que estava a sentir e a conseguir fazer era inteiramente da minha responsabilidade. As minhas referências nesta pista pressupunham outro comportamento em travagem, entrada em curva e em aceleração. Quando é que decidiram evoluí-la a este ponto?
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Wolfgang Wallner – Foi há três anos atrás que decidimos fazê-lo. O nível da versão anterior era já muito alto e tivemos que olhar para todos os detalhes para perceber onde é que se podia melhorar.
Motos - Eu associo sempre a BMW a uma marca conservadora, que se auto limita na expressão do potencial das suas motos, mesmo quando se trata de modelos desportivos. Desta vez fizeram uma espécie de “all in”. Qual foi a maior dificuldade para atingir este equilíbrio de assistência electrónica?
W.W. - Cumprimos um extenso programa de testes para conseguir este equilíbrio e o resultado final foi conseguido por trabalharmos de uma forma muito próxima com todos os departamentos, integrando-os e interligando-os para não interferirem negativamente entre eles. A integração das asas foi particularmente difícil, não basta colocar e já está, têm implicações na geometria e na forma como tudo reage. O controlo de tração foi imensamente melhorado na sua atuação e no modo como interagia com o “drift control”. Foi um desafio constante levantar a fasquia sem comprometer a utilização.
Motos - A ideia do sensor na coluna de direção foi retirado da competição, já existia ou foram pioneiros na sua concepção ?
W.W. - Somos os primeiros a utilizálo, desconheço se alguém já o tinha imaginado, é uma ideia nossa! Foi desenvolvida no nosso departameto dedicado ao chassis.
Motos - O Peter Hickman, a propósito da versão anterior, lamentava o facto do chassis ser demasiado rígido. As alterações introduzidas vão ao encontro de uma maior flexibilidade? Agora já não parece, é estrutural ou também foi ajudado eletronicamente?
W.W. - Foram introduzidas algumas alterações estruturais e lateralmente é menos rígido por forma a ser mais fácil de controlar, sobretudo na entrada em curva. O resultado foi conseguido através de software de simulação, depois foram feitos alguns quadros para que a nossa equipa de testes os validassem, juntamente com os elementos recolhidos pelos sensores. No final considerou-se toda a informação e definiu-se o quadro final.
Motos - Ouvi ontem una números curiosos que ilustram o programa de testes, e a quantificação do progresso registado...
W.W. - Sim, foram feitos cerca de um milhão e meio de quilómetros de testes e a pilha dos pneus utilizados ultrapassa os 291 metros de altura da Torre Olímpica de Munique. Um piloto profissional é mais rápido meio segundo por volta com esta nova S1000RR, e um piloto amador consegue melhorar o seu tempo em dois segundos!
UMA GIGANTESCA FAMÍLIA DE 0’S E 1’S...
A junção e interligação num pequeno espaço de tantas sensibilidades distintas, dispostas a conviver harmoniosamente, fez-me lembrar as ceias de Natal quando correm bem! As funções de torque control, sensor de inclinação de seis eixos, sensor na coluna de direção, sensor de velocidade nas rodas da frente e traseira, têm que se interligar, implicando que o departamento dos motores e do chassis trabalhassem em conjunto. No departamento do chassis uma equipa tratou do controlo de tração e das suspensões e outra ficou com o funcionamento da travagem. Estes ligam-se depois ao do departamento motor para que tudo funcionasse. Os testes foram feitos pela equipa de ensaios interna, recorrendo também a colaboradores de todas as sensibilidades, desde especialistas em estrada até pilotos do campeonato alemão de SBK. Foi um trabalho metódico mas intenso até considerarem que cumpria o pretendido. O número de pessoas envolvidas dependeu também da fase em que estavam
Motor
Cilindrada
Potência
Binário
Versão
Limitada A2
Caixa
Vel. Máxima Quadro
Suspensão
Dianteira
Suspensão Traseira
Travão Dianteiro
Travão Traseiro
Pneu Dianteiro
Pneu Traseiro
Distância entre eixos
Altura do assento
Peso declarado
Depósito
Consumo
Garantia
Importador
PVP
7.950 EUROS
Bicilíndrico em linha, 8v,refrig. líq. 689 cc
73,4 cv às 8.750 rpm
67 Nm às 6.500 rpm
Sim 6 n.d.
Tubular em aço
Forquilha telescópica convencional, 130 mm de curso
Monoamortecedor,130 mm curso
Dois discos de 298 mm, pinças de 4 pistões
Disco de 245 mm, pinça de dois pistões
120/70 ZR17
180/55 ZR17
1.400 mm
805 mm
184 kg (a cheio)
14 litros
4,2l/100 km
3 anos
Yamaha Motor Portugal
7950€
Pontua O
Estética
Prestações
Comportamento
Suspensões
Travões
Consumo
Preço
YAMAHA MT-07

https://www.revistamotos.pt/ yamaha-mt-07-2023-em-video/


Motor bicilíndrico em linha 689 cc e 73,4 cv de potência