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Advanced Shift Assistent
tanto em travagem como em curva. É então que percebemos que estamos a ser levados ao colo. Nas travagens em ângulo a frente mostra-se contida, o Race ABS faz a sua função de forma progressiva e sem oscilações na manete direita. Na versão anterior não adiantava fazer mais ou menos pressão. A travagem estabilizava em determinada desaceleração e daí não mexia, mas agora fiquei sem saber até onde podia ir. E não estava a ser meigo. O funcionamento da caixa as- sistida com o Advanced Shift é rápido, mas aveludado, e nas reduções sentese a contribuição preciosa do travão motor. O momento esperado estava, contudo, reservado para o final. A reta interior é antecedida por uma curva longa que, sendo feita em 2ª velocidade, garante mais emoção à saída. É neste local da pista que a podemos derreter sem contemplações, obtendo em seguida o resultado dos últimos 3 anos de desenvolvimento da equipa de testes. Na entrada começamos por apertar com a 2.ª velocidadecom mais suavidade que a sonhada – mas ainda assim suficiente para ver a luz do controlo de tração a piscar e a frente a oscilar. Trocamos de caixa já com a moto direita, com o punho direito todo rodado, o escape a gritar e o painel em modo discoteca, acelerando de tal forma que se torna um exercício de precisão conseguir trocar de velocidade no momento certo enquanto tentamos procurar a referência para a travagem.
Conclus O
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Para que se perceba a evolução da BMW S1000RR, note-se que chegamos a mais de 270 km/h e, assim que nos agarrarmos à manete direita enquanto fazemos sapateado com o pedal esquerdo como se não houvesse amanhã, o sistema absorve todos os excessos. A traseira saltita ligeiramente e atiramos a frente, sem grandes cerimónias, para a direita apertada que se segue. Acabamos por repetir este momento mais algumas vezes e a sensação foi sempre a mesma. Um cocktail de emoções em que sobressaía a consciência de que estava em cima de algo único, mas, simultaneamente, ao alcance de todos.
