Dicionário biobibliográfico de escritores mineiros

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[Silviano Santiago]

[Eneida Maria de Souza]

Obra imprescindível para estudantes, professores e pesquisadores da literatura de Minas Gerais e do Brasil. Com informações biobibliográficas essenciais, atualiza o leitor sobre escritores mineiros do passado e do presente. Na estante, deve ficar bem à mão! [Reinaldo Martiniano Marques]

Graças à iniciativa e à competência da professora-pesquisadora Constância Lima Duarte, temos aqui a obra que faltava na estante de todos os interessados na literatura produzida por escritores nascidos em Minas Gerais. Mais do que um guia de rápida e fácil consulta, este dicionário é excelente fonte de informações na medida certa e confiáveis sobre nossos autores e suas respectivas obras. [Leticia Malard ]

Constância Lima Duarte é professora doutora de Literatura Brasileira da Faculdade de Letras da UFMG, pesquisadora do CNPq, do Núcleo de Estudos Interdisciplinares da Alteridade (NEIA) e do Acervo de Escritores Mineiros da UFMG. Dentre os livros publicados, estão: Direitos das mulheres e injustiça dos homens, de Nísia Floresta Brasileira Augusta (1989); Nísia Floresta: vida e obra (1995; 2 ed. 2008); Literatura do Rio Grande do Norte, antologia (2001); coleção Mulher & Literatura, composta de seis volumes (coautoria, 2002); Nísia Floresta: a primeira feminista do Brasil (2005); Mulheres em Letras: antologia de escritoras mineiras (Org. 2008); Mulheres de Minas: lutas e conquistas (coautoria, 2008) e Dicionário de escritoras portuguesas (coautoria), entre outros.

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Um dicionário como este, feito pela professora Constância Lima Duarte, surge como ferramenta necessária e imprescindível para nós que estudamos a literatura mineira. [Sergio Peixoto]

Um importante aliado para os que quiserem saber sobre a trajetória de escritores que, ao longo dos séculos, vêm fazendo literatura em Minas. [Carlos Herculano Lopes]

ISBN 978-85-7526-383-9

www.autenticaeditora.com.br 0800 2831322

9 788575 26383 9

O

E s c r it o re s m ine iro s

A extensa produção intelectual de Minas Gerais merecia há tempos um dicionário. A sua oportuna publicação, resultado de pesquisa rigorosa, ocupará lugar privilegiado na estante de leitores e curiosos da cultura mineira.

D i ci o ná r i o b i o b i b l i o g r á f i c o de

Sendo livre, é consciente das limitações. Sendo limitado, é esperançoso. Eis os pontos cardeais moventes e contraditórios do mapa literário onde se assentam as minibiografias expostas no Dicionário biobibliográfico de escritores mineiros, organizado em boa hora pela professora Constância Lima Duarte com a colaboração de toda uma equipe de jovens pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais. Obra inédita e necessária. Indispensável. A inevitável velhice precoce dos dicionários, de que fala Constância nas páginas iniciais, tem de dar meia-volta volver. Trata-se, aqui, da inevitável juventude duma literatura que só na idade madura encontra o generoso abrigo que de há muito reclamava. Última comparação. Minas Gerais se rejuvenesceu no projeto de Brasília e entra adolescente no novo milênio. Melhor prova?

C onstân cia L ima D uarte

[Org.]

Dicionário biobibliográfico de

Escritores mineiros

aparecimento da literatura nas Gerais coincide com as perdas e os ganhos que resultaram da colonização portuguesa nos trópicos. Há algo nos primeiros anos de vida europeia na província que prenuncia a insanidade redentora de Brasília em tempos de modernização periférica da nação. Existia a natureza, que se oferecia ao bandeirante. O prêmio da conquista está enterrado no solo. É descoberto às pressas por estrangeiros – europeus e africanos. Ergue-se a construção humana da província ao ritmo da Europa que, ao transformar a região e seus habitantes ancestrais, de maneira equivocada ou não, neles se transforma. O tempo real é atropelado pela imaginação em polvorosa dos viventes – do administrador luso ao contratador, do contratador ao homem livre na ordem escravocrata, deste ao escravo. Brasília – seus arquitetos, engenheiros e candangos – é metáfora de Ouro Preto. JK não é apenas sigla. É resumo do potencial civilizatório e agregador do mineiro. Não é, pois, por coincidência que, em Minas Gerais, o texto literário e as artes se tornem demonstração de trabalho e de pujança na oficina da vida. Objeto de conhecimento da realidade e instrumento de rebeldia. A esses três valores, que inscrevem originalmente a literatura nas Gerais, se acopla, pela alta qualidade dos seus artistas e pensadores, a desconfiança cosmopolita e em nada autocomplacente que explodirá tardiamente nos versos do poeta de Sentimento do mundo: “Nenhum Brasil existe. E acaso existirão os brasileiros?”. O escritor mineiro oitocentista cultiva seu jardim, como lhe recomendava de Paris o filósofo Voltaire, mas com um olho de cobiça e de escárnio no jardim, na casa e na fortuna (real e simbólica) acumulada pelos vizinhos. O mineiro não conhece fronteira. Sendo ultramarino, quer ser nacional. Sendo colono, quer ser independente.

16/4/2010 14:07:28


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