qualquer coisa por uma V azulada. Argentino radicado no Brasil, onde nasceram suas três filhas, gosta de nadar para fortalecer a coluna. Este livro mostra seu gosto por agregar pessoas de vários lugares em torno da filosofia. Come quase tudo, à exceção de patês e fígado. Publicou diversos livros, muitos, como este ABeCedário, em companhia de amigos e amigas.
Ingrid Müller Xavier é carioca. Prefere viajar por árvores e águas a estar nas cidades, mas, quando nelas, procura suas sorveterias. Acha que o mundo tem gente demais, dispensa
Adoraríamos com este livro provocar outros exercícios ou experiências de escrita-pensamento, talvez “letrários”, “ideários", “numerários”, “temários”, “perguntários”, “exerciários”, “aulários” e, por que não?, muitos outros abecedários de alunos, professores e de qualquer um que for atravessado pela força da escrita e do pensamento. Pela escolha dos termos, estilos e atividades, o ABeCedário de criação filosófica é uma forma de afirmar que podemos desaprender olhares e ver o antes invisível, trazer outros mundos num grão de areia, numa bola de sabão, num ovo… as coisas ganhando outro cabimento, torres sendo tombadas ao darem licença a qualquerquasequando. E assim por diante…
filhos. É musicodependente e gatófila. Teve muito prazer em participar deste livro e com ele aprendeu muitíssimo. Vem ocupando-se de traduções e de promover encontros para conversar e dançar. Anda arrancando os cabelos para terminar o doutorado. Walter e Ingrid: une-os a filosofia e principalmente os sorvetes. Ah! Por causa disso, dos sorvetes, tornaram-se amigos. Por causa da filosofia, pensam juntos.
ISBN 978-85-7526-373-0
www.autenticaeditora.com.br 0800 2831322
9 788575 26373 0
Capa_Abecedário.indd 1
Walter Omar Kohan ∙ Ingrid Müller Xavier (Orgs.)
nadamente pelo Vélez Sarsfield e troca
ABeCedário de criação filosófica
Walter Omar Kohan torce apaixo-
Walter Omar Kohan Ingrid Müller Xavier
(Orgs.)
ABeCedário de criação filosófica
A filosofia diz respeito a olhar de certa maneira o mundo, partindo do que está mais perto da gente. O tratamento que neste livro é dado a cada palavra, na tentativa de ir além do dicionário, responde a essa ideia. Aqui, a criação parte da concretude de uma barba, um índio, uma janela para não deixar dúvidas sobre a proximidade entre a filosofia e o cotidiano. Noções tradicionais da filosofia, como amizade, pensamento ou justiça, também são concretas, embora pareçam abstratas. Nesse sentido, o ABeCedário de criação filosófica é um exercício despretensioso mas também inusitado de pensamento-escrita: é um sinal de que não é necessário negar o mais próximo ou repetir o mesmo ao exercer o pensamento, ao pensar com outros. É também um gesto que expande o mundo da filosofia, tanto para novos personagens filosofantes quanto para temáticas pouco consideradas; desse modo, é um espaço para pensar-se e escrever-se. Por fim, é um exercício de escrita-pensamento, um convite, uma mão dada, um sorriso para outras escritas-pensamentos. Por isso os verbetes incluem exercícios ou atividades para transpor os limites do próprio livro. Também por isso ele é irregular, imperfeito, incompleto. Eis a aposta do ABeCedário de criação filosófica: abrir-nos a uma atenção curiosa com o próximo que nos rodeia, atiçar o desejo de demorarmo-nos nele e recriá-lo em experiências de pensamento-escrita que contribuam para (re)pensar o que somos.
26/10/2009 15:02:06