Revista nutriNews Brasil 3° Trimestre - 2022

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nutrinews.com Edição exclusiva Brasil TABELA DE ADITIVOS ANTI-MICOTOXINAS 2022p.14 O BENEFÍCIO DO USO DE FIBRA NUTRIÇÃONA MULTIESPÉCIESANIMAL 3º TRIMESTRE2022

Segurança.AmploEspecificidade.Inovação.espectro. VETANCOBRASIL T2 DON Fum Ocra Zea Afla DAS NIV ®O DETOXA PLUS é um Aditivo Anti Micotoxinas, que possui compostos ativos específicos para promover a inativação de Zearalenona, Fumonisinas, Ocratoxina e Tricotecenos (NIV/DON/DAS/T2). Além da ação de inativação, possui efeito adsorvente contra Aflatoxinas Tudo em um só produto! A especificidade com amplo espectro!

Concomitantemente, a episódios internos, o mercado agropecuário brasileiro enfrentou um cenário incerto e com baixa confiança de credores, ocasionado pela guerra na Ucrânia. Ao longo do semestre, embora tenha se deparado com alta no preço dos fertilizantes, o setor agrícola se manteve resiliente e registrou crescimento.

SergioMarcosLucianoAndrettaTrevizanSawayaJankRaposodeMedeiros

Fernanda de Kássia Gomes

A crescente demanda por produtos agroindustriais e proteína animal consolidou ao Brasil uma posição de destaque no cenário internacional. A modernização dos setores agrícolas e pecuários ao longo dos últimos 40 anos foi preponderante para alcançar esse patamar.

Preço da RevistaUSDUSDsubscrição:30,00(Brasil)90,00(Internacional)Trimestral

COORDENAÇÃO TÉCNICA

COLABORADORES

O desenvolvimento de ensaios nas condições edafoclimáticas do País e a acessibilidade das informações geradas pelos centros de pesquisas possuem importante papel na ascensão do agronegócio brasileiro. É constante, a busca por estratégias que possibilitem tornar os sistemas produtivos mais eficientes ambiental e economicamente.

André Carreira

ISSN (Revista impressa) 2696-8126

Ines Andretta

De acordo com as previsões para as cadeias globais da pecuária divulgada pela USDA fecharemos este ano, com alta de 17,2% em relação a 2021, no volume de carne bovina exportada. Na carne suína, com o crescimento do rebanho Chinês após a crise com a Peste Suína Africana e, consequente queda na demanda externa pelo país, as exportações de proteína suína brasileira deverão ser menores em 5,3%. No comércio global da proteína de frango, o Brasil permanece líder isoladamente com 34% de participação no mercado mundial.

Gabriela Miotto Galli

A direção da revista não se responsabiliza pelas opiniões dos autores. Todos os direitos reservados. Imagen: Dreamstime

DIREÇÃOnutrisocial@grupoagrinews.comTÉCNICA

Victoria Yasmin Domingues

Camila Leandro Ferreira

REDAÇÃO

Abmael Cardoso

B-17990-2015

No primeiro semestre deste ano de 2022 , o comércio de commodities, especialmente os de grãos, enfrentou problemas com a queda das safras em razão de alterações climáticas. A seca registrada na região Sul do país resultou em colheitas abaixo das estimativas para o período.

Em se falar em eficiência, na produção animal de maneira geral, a nutrição é um dos fatores de maior impacto. O Doutor Raphael Nogueira Bahiense – Universidade Federal de Minas Gerais – aborda os aspectos gerais que mais acometem a criação de peixes em relação à nutrição básica.

Além disso, esta edição traz outras estratégias nutricionais abordadas por pesquisadores de renome, com o objetivo de maximizar e viabilizar o manejo diário nos sistemas de produção suína. Adicionalmente, é trazido pela Doutora Camilla Mariane Menezes Souza uma abordagem sistêmica sobre a influência da fibra na funcionalidade intestinal de cães.

1 nutriNews Brasil 3o Trimestre 2022

ADMINISTRAÇÃO

Inés Navarro

GRATUITA PARA FABRICANTES DE ALIMENTOS, EMPRESAS DE PREMIX E DepósitoNUTRICIONISTASLegalNutrinews

Pedro ThiagoVeigaGildos Santos

Nesta edição, o Doutor Rodrigo Marques -– Montana State University, traz diretrizes sobre o uso de aditivos na produção de animais a pasto. Estratégia passível de utilização para elevar a renda e a produtividade nos sistemas em razão das alterações na microbiota ruminal.

Boa leitura!

Tânia Dayana do Carmo

Ines

+55 (41) 99209-1549

nutribr@grupoagrinews.com www.nutrinews.com

Osmayra Cabrera

Apesar dos desafios contemporâneos nos mercados interno e mundial, a diversidade de produtos exportados aumentou significativamente. Registros do mês de junho mostram que as receitas com exportações do agro brasileiro tiveram alta de 31,2% em relação ao mesmo mês de 2021.

NOAGRONEGÓCIOBRASIL: EMDESAFIOS2022

Victoria Yasmin Domingues

contabilidad@grupoagrinews.com

AGRINEWSEDITOR LLC

José Antonio Ribas Jr. Luciano Trevizan

ISSN (Revista digital) 2696-8134

Equipe nutriNews Brasil.

ANALISTA TÉCNICO

Acreditamos na ciência, na inovação e na integração dos setores de comunicação e as cadeias produtivas do agro no Brasil. Estamos confiantes que apesar dos episódios externos aos setores produtivos, os diferentes nichos do agronegócio brasileiro, serão cada vez mais fortalecidos.

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Bruno Bracco Donateli Muro Cesar Augusto Pospissil Garbossa Diana Carla Fernandes Oliveira

2Doutora em Nutrição e Produção Animal Universidade Federal de Lavras

Efeito do jejum pós-eclosão em pintos de corte04

Relação entre aditivos alimentares e perfil de ácidos graxos na carne de frangos 08

2 Mestrando do Programa de Pós-graduação em Zootecnia - Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais

3Prof. Associado II, Departamento de Zootecnia, Escola de Veterinária - Universidade Federal de Minas Gerais

Efeito do uso de fibras dietéticas na dieta de leitões desmamados 22

Bruno Bracco Donateli Muro1 e Cesar Augusto Pospissil Garbossa1

Os benefícios das fibras para a cinética do parto de fêmeas suínas 18

14 Tabela de aditivos Anti micotoxinas 2022 Edição Brasil 2 nutriNews Brasil 3o Trimestre 2022

Idael Matheus Góes Lopes1, Marcelo Dourado de Lima2, Dalton de Oliveira Fontes3

Michael Noonan DoGlobal Product Manager - Perstorp Group

1Doutor em Produção e Nutrição de Aves Universidade Federal de Lavras

CONTEÚDOS

1Professor do Departamento de Nutrição e Produção Animal, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo.

Alisson Clemente1, Danusa Gebin2

1Doutorando do Programa de Pós-graduação em Zootecnia - Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais

Fazenda PEPE - Angus da GÊ.

Doutor em Zootecnia com linha de pesquisa em nutrição animal, Universidade Federal de Minas Gerais

2834

Peixes: aspectos gerais relacionados à nutrição44

Influência da fibra na funcionalidade intestinal de cães 38

Zootecnista, Doutorando em Ciência AnimalConservação de Forragens – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Rodrigo Marques

Professor - Department of Animal and Range Sciences, Montana State University

nutrinews.com

Entrevista Amarildo Pedro da Silva

Camilla Mariane Menezes Souza Zootecnista, Doutora em Zootecnia com linha de pesquisa em nutrição de animais de companhia, Universidade Federal do Paraná

Raphael Nogueira Bahiense

O uso de aditivos no sistema de produção animal em pastagem

3 nutriNews Brasil 3o Trimestre 2022

Terenos - MS.

Alisson Clemente e Danusa Gebin

4 cortedeFrango nutriNews Brasil 3º Trimestre 2022 | Efeito do jejum pós-eclosão em pintos de corte

Em

condições comerciais, os pintinhos eclodem em diferentes intervalos de tempo, geralmente, a janela de nascimento abrange o período de 24 a 48 h. As aves permanecem no nascedouro até o momento em que a maioria tenha realizado a eclosão, comumente até o dia 21,5 de incubação.

Durante esse período de restrição, as aves são capazes de utilizar os nutrientes presentes no saco vitelínico por até 72 h após a eclosão. Devido a essa capacidade, acreditavase que o jejum por esse período não promoveria danos às aves.

Após a eclosão e secagem de suas plumas, elas são coletadas e submetidas à diversos manejos:

Desde a eclosão até o alojamento na granja, as aves passam por um período de espera que pode chegar até 72 h sem ter acesso a água e a ração.

EFEITO DO JEJUM PÓS-ECLOSÃO EM PINTOS DE CORTE

Transporte.Vacinação,Sexagem,Triagem,Debicagem,

Assim, o pintinho no período póseclosão necessita do suporte nutricional endógeno (saco vitelínico) e exógeno (ração) para a maturação e fortalecimento do seu sistema imune. Caso contrário, as alterações metabólicas causadas pelo jejum aumentam a suscetibilidade a doenças resultando em maior custo final de produção.

Além disso, há diferença na reabsorção do saco vitelínico entre as linhagens. Frangos de corte de crescimento rápido possuem taxa metabólica embrionária mais elevada com capacidade de absorver o saco vitelino mais rapidamente quando comparado com linhagens de crescimento lento ou com linhagens de poedeiras (Gonzales et al., 2008).

À eclosão, os pintinhos apresentam o trato gastrointestinal imaturo. Durante as primeiras 48 h de vida, as reservas do saco vitelínico são responsáveis pela manutenção e desenvolvimento do intestino delgado (Yegani et al., 2008). A expressão de enzimas e a diferenciação celular intestinal aumentam com a presença dos nutrientes provenientes da dieta exógena (Kokal et al., 2013).

5 cortedeFrango nutriNews Brasil 3º Trimestre 2022 | Efeito do jejum pós-eclosão em pintos de corte

suficientes para a sobrevivência das aves não atendendo os requerimentos necessários para manutenção e crescimento, tendo como consequência, o atraso no desenvolvimento e na expressão do seu potencial genético.

Quando os pintinhos são submetidos ao jejum por período superior de 24h, o processo de catabolismo das imunoglobulinas do saco vitelino com o intuito de produzir proteínas para manter sua sobrevivência é iniciado.

Essas imunoglobulinas (IgY) são de origem materna, das quais as aves são dependentes para tornar o seu sistema imunológico maduro o suficiente para produzir suas próprias células de defesa, os linfócitos B (Ulmer-Franco et al., 2012).

Menores concentrações de glicogênio muscular (de Jong et al., 2017), de T3 indicando menor taxa metabólica (Reyns et al., 2002), e de fator de crescimento semelhante à insulina 1 (IGF-1) que está positivamente relacionada ao peso corporal (Wen et al., 2014) também foram observadas quando as aves foram submetidas ao jejum.

Permitindo inferir que esse é o tempo máximo de jejum após a eclosão.

A falta de nutrientes diminui a expressão de mRNA dos genes relacionados com o crescimento muscular (Li et al., 2007). Consequentemente, a capacidade ribossomal e de síntese proteica também é prejudicada. Esse fato foi claramente elucidado por Bigot et al. (2003), que constataram a interação entre os níveis de insulina plasmática após a alimentação e a ativação da enzima S6K1, encarregada da ativação de outros compostos envolvidos na síntese proteica do músculo esquelético.

Essa característica faz com que esse período se torne determinante não só para a viabilidade da fase inicial, mas também para todo o ciclo produtivo das aves. O jejum prolongado atrasa o desenvolvimento instestinal, assim como também afeta o peso de vísceras durante esse período. Dessa forma, os pintinhos tornam-se mais susceptíveis à colonização de agentes patogênicos que alteram a saúde intestinal. Com isso, o desempenho inicial e a viabilidade podem ser afetados negativamente.

Estudos demonstram que os efeitos do jejum sobre o desenvolvimento intestinal podem ser transitórios, entretanto, isso não significa que os efeitos secundários resultantes da deficiência na digestão ou da capacidade de absorção, como o ganho de peso corporal prejudicado, não possam ser duradouros (de Jong et al., 2017).

Entretanto, em frangos de corte é possível observar ganho compensatório

Quando as aves são submetidas ao jejum de até 36h,

A metanálise realizada por de Jong et al. (2017) indicou que o jejum de 48 h após a eclosão afetou negativamente o peso corporal dos frangos de corte, galinhas poedeiras e perus aos 42 dias de idade, período avaliado no estudo, e aumentou a taxa de mortalidade desse período.

6 cortedeFrango nutriNews Brasil 3º Trimestre 2022 | Efeito do jejum pós-eclosão em pintos de corte

36h

Para isso, o fornecimento das dietas pós-eclosão e pré-iniciais devem ser compostas por ingredientes de alta qualidade com granulometria e forma física adequadas e alta digestibilidade de forma a garantir o atendimento das exigências nutricionais.

É importante ressaltar que após a eclosão o pintinho deixa de ter metabolismo energético exclusivamente lipídico (a base de gorduras advindos do saco vitelínico) para ter metabolismo energético glicolítico (pela elevação do consumo de carboidratos, fornecidos via dieta exógena). Assim, a adaptação rápida da ave a esta transição nutricional se torna fundamental para a maximização do desempenho animal.

Em conjunto esses aportes nutricionais promovem a síntese de proteínas e glicogênio nos tecidos, o desenvolvimento de orgãos e tecidos e, finalmente, o crescimento corporal, especialmente, o da primeira semana que se mostra uma fase crucial e que influencia diretamente sobre toda a vida produtiva da ave.

Acredita-se que, durante esse período, o pintinho apresenta respostas fisiológicas para atingir o peso determinado pelo seu potencial genético ao final do ciclo produtivo como a rápida reabsorção do saco vitelínico e o rápido desenvolvimento do comportamento de ingestão de alimentos.

Efeito do jejum pós-eclosão em pintos de corte BAIXAR EM PDF

7 cortedeFrango nutriNews Brasil 3º Trimestre 2022 | Efeito do jejum pós-eclosão em pintos de corte

Como pode ser visto, o jejum pode afetar negativamente o desempenho produtivo, o desenvolvimento intestinal, a taxa de absorção de nutrientes e a resposta imune. Assim, quanto antes se inciar o fornecimento de ração balanceada para o pintinho após a eclosão, mais rápida será a reabsorção do saco vitellinico e melhor será o aproveitamento do seu conteúdo interno.

75% 8 raçõesdeHigiene nutriNews Brasil 3o trimestre 2022 | Quão limpa é a ração de sua granja?

Assim, a formulação das rações recebe muita atenção, para que os requerimentos nutricionais dos animais sejam atendidos por cada uma das dietas para que resultem em níveis ideais de desempenho.

QUÃO LIMPA É A RAÇÃO DE SUA GRANJA? o maior custo de qualquer unidade de produção animal; cerca de das despesas totais são direcionadas para a ração.

Michael Noonan Global Product Manager - Feed Preservation - Perstorp Animal Nutrition

Aração representa

75%

Quando foi a última vez que a ração foi analisada quanto à presença de enterobactérias ou fungos?

9 raçõesdeHigiene nutriNews Brasil 3o trimestre 2022 | Quão limpa é a ração de sua granja?

Mas e quanto à higiene da ração? Existem contaminantes nesta ração?

A ração é rotineiramente analisada para a verificação dos níveis nutricionais de componentes como proteína, fibra, vitaminas, minerais, umidade e gorduras.

Os resultados destas análises permitem que ajustes sejam feitos para estimular o consumo ou reduzir características indesejáveis, como a formação de poeira.

MONITORIA DE HIGIENE DE RAÇÕES

10 raçõesdeHigiene nutriNews Brasil 3o trimestre 2022 | Quão limpa é a ração de sua granja?

Não podemos controlar o que não medimos! Além disso, ignorar problemas de higiene de rações pode ter consequências

CONSEQUÊNCIAS DA CONTAMINAÇÃO DA RAÇÃO

As manifestações físicas da contaminação das rações compreendem condições tais como salmonelose, gastroenterite e muitas outras, que podem ter impacto negativo direto sobre o desempenho em termos de condenação de carcaças, elevação das taxas de mortalidade e aumento de custos veterinários devido ao tratamento de doenças.

Indiretamente, o nível mais elevado de estresse sobre o sistema imunológico do animal resulta em menor disponibilidade de energia para ganho de peso, afetando assim os níveis de desempenho zootécnico.

A margem de segurança para contaminantes em rações de frangos de corte é log 2. Entretanto, as amostras recebidas e testadas estavam neste nível ou acima (Figura 1).

Rações contaminadas constituem um grande problema para os produtores devido ao estresse adicional a que os animais são submetidos. Bactérias existentes na ração podem colonizar porções do trato gastrointestinal, causando problemas de digestibilidade e captação de nutrientes. Fungos produzem micotoxinas, que apresentam uma série de efeitos negativos sobre a saúde e o desempenho animal.

Figura 1. Análise de amostras de ração de frangos de corte para enterobactérias e fungos Meta analysis data EMEA, 2021 - Perstorp Animal Nutrition Meta analysis data EMEA, 2021 - Perstorp Animal Nutrition 101286420 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Ração de frangos de corte no misturador Enterobactérias Fungos Margem de segurança de ração de frangos de corte: log 2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Margem de segurança de ração de leves:poedeiras/matrizesmatrizes/log1 Matriz/Poedeira/Matriz Leve 101286420 Enterobactérias Fungos Para minimizar a contaminação vertical, a margem de segurança em rações para matrizes e poedeiras é inferior a log 1. Entretanto, a análise demonstrou que o problema era ainda pior nestas rações. Em todas as amostras testadas, os resultados estavam muito acima deste nível de margem de segurança (Figura 2). Quando a contaminação é transmitida da ave para os ovos, existe maior probabilidade de contaminação da progênie.  Figura 2. Análise de amostras de rações de matrizes e poedeiras para enterobactérias e fungos 11 raçõesdeHigiene nutriNews Brasil 3o trimestre 2022 | Quão limpa é a ração de sua granja?

Embora os resultados mostrassem menores níveis de contaminação, a peletização não eliminou totalmente todos os contaminantes. Desta forma, as soluções de higiene de rações não podem ser ignoradas para rações peletizadas. Além disso, a peletização é um processo intensivo de alto custo e nem todas as dietas podem ser submetidas a este tipo de processamento.

MELHORA DA HIGIENE DE RAÇÕES

EM PDF 12 raçõesdeHigiene nutriNews Brasil 3o trimestre 2022 | Quão limpa é a ração de sua granja?

Quão limpa é a ração de sua granja?

BAIXAR

Quando se identificam altos níveis de contaminação, determinados produtos podem ser usados para reduzir ou eliminar estes patógenos contaminantes. Dispomos de uma série de produtos para higiene de rações que ajudam a controlar a contaminação bacteriana e fúngica das Entrerações.emcontato com nossa equipe de Nutrição Animal para receber maiores informações.

Um fato interessante foi a observação de menores níveis de contaminação em amostras de ração peletizada em relação a outros tipos de ração, sugerindo que a peletização ajuda a reduzir a contaminação.

ANTI-MICOTOXINASADITIVOS2022EDIÇÃOBRASIL

TABELA DE

CarboVet a T-2eDOMFumo,Zea,Afla,alimentodekg/tonelada3–0,5DesativadoVegetalCarvão

UnikeToxy-Nil®

a adsorçãodecapacidadealtacommodificadasArgilas sepiolita);e1m588(bentonita a leveduradeextratoseinativadaLevedura (Saccharomyces cerevisae) ; a celulares;Antioxidantes a herbais.Compostos kg/t0,5-2,5

micotoxinas,deespectroamplosobreEficácia deatravéscomprovadapolares,nãoepolares testes vitroin e vivoin . nestespresente(1m588)bentonitaA comoEuropeiaUniãonaaprovadaéprodutos micotoxinas.deadsorventeingrediente

; a celulares;Antioxidantes a herbais.Compostos

dasdeletériosefeitosdosanimaisosprotegemquemicotoxinasdeInativadores ação:demecanismosdiferentescincoatédeatravésmicotoxinas ADSORÇÃO:1) seremsemexcretadassejamqueparamicotoxinasSequestrando absorvidas. BIO-INATIVAÇÃO:2) paramicotoxinasdasquímicasestruturasasAlterando excretados.facilmentemaise/outóxicosmenosmetabólitos IMUNE:SISTEMADOREVITALIZAÇÃO3) quenormalimunerespostaaProtegendo micotoxinas.pelassuprimidaé ANTIOXIDANTE:DEFESA4) eficazmanejodoatravéscelularesdanososPrevenindo micotoxinas.pelascausadooxidativoestressedo ORGÃOS:DEPROTEÇÃO5) funcionamentoosuportantoedanosPrevenindo micotoxinas.àssensíveisórgãosdenormal

PlusToxy-Nil® a adsorçãodecapacidadealtacommodificadasArgilas sepiolita);e1m588(bentonita a leveduradeextratoseinativadaLevedura (Saccharomyces cerevisae)

; a celulares.Antioxidantes

kg/t0,5-2,5

kg/t1-3

a adsorçãodecapacidadealtacommodificadasArgilas sepiolita);e1m588(bentonita a leveduradeextratoseinativadaLevedura (Saccharomyces cerevisae)

PlusUnike®

Toxy-Nil® a adsorçãodecapacidadealtacommodificadasArgilas sepiolita);e1m588(bentonita a leveduradeextratoseinativadaLevedura (Saccharomyces cerevisae)

OSOBREESPECÍFICAEFICÁCIACOMPOSIÇÃOPRODUTOEMPRESADOSETIPODEMICOTOXINAINFORMAÇÃOADICIONAL 15 nutriNews Brasil 3º Trimestre 2022 | Tabelas de Aditivos Antimicotoxinas 2022

a ecologicamentedesativado,carvãodebaseàinovadorasoluçãoumaéCarbovet carvalhodocernedoatravésobtido a animalbem-estaroparacontribuieprotegeeficaz,enatural100%Ferramenta a livresradicaiseenterotoxinadeadsorçãonaEficaz a espéciesastodasparaIndicado

A+MYCOSORB®

a leveduradecelularParede a inativadaLevedura a sódioecálciodeAluminossilicato a algadeFarinha vulgarisChlorella

animaispararaçãodetoneladaporkg2a0,5 deanimaiseaquaculturaaves,produção,de estimação Aflatoxinas,comotaismicotoxinasMúltiplas eT2A,OcratoxinaDON,Zearalenona, Fumonisina a registradoadsorçãorápidaeespectroamplodemicotoxinasdeAdosrvente in-vivo,estudos200demaisporecamponocomprovadaeficáciacomMAPA,no nomeadas.científicasrevistasempublicadosex-vivoein-vitro

kg/t0,5-2,5

SelenioconterporehepatoprotetorpotenteumcomoatuaprodutodestesilimarinaA natural.antioxidantecomoatuaesteOrgânico,

conformeanimaisdosraçãoaAdicionar dorecomendaçãoouespecíficasnecessidades técnico.responsável

a leveduradecelularParede a vegetalCarvão a marianocardodeExtrato a Bentonita a selêniodeProteinato

a ativadovegetalCarvão a SelêniodeProteinato a cana-de-açúcardesecaLevedura a leveduradecelularParede a marianocardodeExtrato a Betonita

HPFIX-YES

SelenioconterporehepatoprotetorpotenteumcomoatuaprodutodestesilimarinaA natural.antioxidantecomoatuaesteOrgânico,

a -2,0kg/ton0,5AVES: a SUÍNOS: 1,0kg/ton,Terminação:eCrescimento eReproduçãoInicial,Pré-inicial, 2,0kg/tonLactação: a 1,0-2,0kg/tonMUARES:EEQUINOS a GATOS:ECÃES1,0-3,0kg/ton a CAMARÕESEPEIXES:1,0-2,0kg/ton a 1,0-2,0kg/tonCAPRINOS:EOVINOS a 1,0-2,0kg/tonBOVINOS: Zearalenona,Fumonisina,Aflatoxina, (DON).DesoxinivalenoleT2Ocratoxina,

Distribuidor

MFIX-YES

FIX-YES

a leveduradecelularparededeExtrato a vegetalCarvão a selêniodeProteinato a marianocardodeExtrato a colestiraminaResina

a Bentonita a leveduradecelularParede a ativadovegetalCarvão a selêniodeProteinato a cana-de-açúcardesecaLevedura

SelenioconterporehepatoprotetorpotenteumcomoatuaprodutodestesilimarinaA natural.antioxidantecomoatuaesteOrgânico,

SelenioconterporehepatoprotetorpotenteumcomoatuaprodutodestesilimarinaA natural.antioxidantecomoatuaesteOrgânico,

RFIX-YES

produtosdeTabela ANTI-MICOTOXINAS 2022 2022 OSOBREESPECÍFICAEFICÁCIACOMPOSIÇÃOPRODUTOEMPRESADOSETIPODEMICOTOXINAINFORMAÇÃOADICIONAL 16 nutriNews Brasil 3º Trimestre 2022 | Tabelas de Aditivos Antimicotoxinas 2022

SFIX-YES

natural.antioxidantecomoatuacomponenteesteOrgânico,SelenioconterPor

a vegetalCarvão a selêniodeProteinato a leveduradecelularparededeExtrato a marianocardodeExtrato a cálcioesódiodeAluminosilicato

PlusDetoxa a deLisado cerevisiaeSaccharomyces Ocratoxinas,Zearalenona,sobreAçãoalimentodekg/tonelada1a0,5metabólitosseuseAflatoxinas,Fumonisinas,eTricotecenos

a especificidadeinclusão,baixaanimais,espéciesastodasparaIndicado vitaminas,minerais,sobreadversosefeitossemmicotoxinas,principaisaspara térmica.estabilidadecomesaturávelnãoanticoccidianos,eantimicrobianos

a Bentonita a Alfarroba a açúcardecanadeLevedura a marianocardoExtrato a cálciodePropionato a silíciodeDióxido

ecamponoproduzidastoxinasAdsorve armazenamentoodurante nívelaltoummanteraanimaisosAjuda resistênciade járaçõesemdesempenhooMelhora contaminadas micotoxinasdasnegativosefeitososReduz a aglutinanteExcelente a espectroamplodeAdsorvente a imunológicasupressãodaimpactooReduz a vitaisórgãosdefuncionalidadedaOtimização a toxinasdasimpactooReduz a inclusãoBaixa a rentávelaltamenteproduçãoumaparaContribui

OSOBREESPECÍFICAEFICÁCIACOMPOSIÇÃOPRODUTOEMPRESADOSETIPODEMICOTOXINAINFORMAÇÃOADICIONAL 17 nutriNews Brasil 3º Trimestre 2022 | Tabelas de Aditivos Antimicotoxinas 2022

207TBProSid™

nívelocomvariamrecomendadasdosagensAs 3kgekg0,5entregeralEmcontaminação.de podemdetalhadasInformaçõestonelada.por técnicosserviçosdeequipeacomobtidasser desacosemfornecidoéprodutoOPerstorp.da meses.18porarmazenadoserpodeekg25

diminuição da vitalidade dos leitões ao nascimento

ao aumento na duração do parto

18 nutriNews Brasil 3º Trimestre 2022 | Os benefícios das fibras para a cinética do parto de fêmeas suínas - Parte II Fibras

PARA A CINÉTICA DO PARTO DE FÊMEAS SUÍNAS - PARTE II

Aespécie

Bruno Bracco Donateli Muro¹* e Cesar Augusto Pospissil Garbossa¹

FORNECIMENTO DE ENERGIA

que por sua vez pode resultar em maior ocorrência de natimortos

Este quadro tem sido associado, em parte:

suína, dentre as espécies domésticas, é a que apresenta maior taxa de mortalidade perinatal, que inclui natimortos e mortes nas primeiras semanas de vida. Estima-se que 40% dessa mortalidade ocorra nas primeiras 48 horas após o nascimento (Quesnel et al., 2012), o que representa um problema econômico e de bem-estar (Mota-Rojas et al., 2016).

OS BENEFÍCIOS DAS FIBRAS

¹Laboratório de Pesquisa em Suínos, Departamento de Nutrição e Produção Animal, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo. *bruno.muro@usp.br

Em um estudo recente, Feyera et al. (2018) demonstraram que a quantidade de energia disponível no início do parto é um fator determinante para a duração do parto. Fêmeas suínas que iniciam o parto com concentrações plasmáticas de glicose arterial (artéria uterina) abaixo de 3 mMol têm graves prejuízos na cinética do parto, com aumento na taxa de natimortalidade e precisam de maior assistência ao parto.

19 nutriNews Brasil 3º Trimestre 2022 | Os benefícios das fibras para a cinética do parto de fêmeas suínas - Parte II Fibras

Nesse contexto, a inclusão de fibra nas dietas de transição pode contribuir para o metabolismo energético da fêmea parturiente e, consequentemente, melhorar a cinética do parto.

De forma prática, fêmeas que iniciam o parto dentro de 3 horas após se alimentarem têm menor duração de parto e uma menor necessidade de assistência ao parto, quando comparadas com fêmeas que iniciaram o parto após 6 horas da última alimentação.

A fêmea suína pode depletar seu estoque de energia disponível para a fase expulsiva antes mesmo do início do parto

O aumento da atividade física direcionado para confecção de ninho (6-12 horas antes do parto), associado a intensa produção de colostro e as contrações rítmicas e involuntárias do miométrio e da musculatura abdominal são altamente dependentes de energia e podem resultar na depleção dos estoques de glicogênio e tornar as fêmeas parturientes mais susceptíveis às variações da concentração de glicose plasmática.

Fibras solúveis também estão relacionadas a uma maior captação de energia pós-prandial pelo trato gastrointestinal e a uma estabilização dos níveis de glicemia interprandial, o que é de extrema importância em rebanhos onde não é possível alimentar a porca parturiente mais de duas vezes ao dia.

De forma prática, Feyera et al. (2017) encontrou uma diminuição do número de natimortos e na mortalidade dos leitões devido à baixa vitalidade em porcas alimentadas com uma dieta de transição rica em fibras.

Os AGCC provenientes da fermentação das fibras solúveis podem ser uma importante fonte de energia no periparto, além de auxiliarem na manutenção das reservas de glicose.

Sendo assim, especula-se que os benefícios da fibra estejam relacionados ao metabolismo energético da fêmea antes do parto e, portanto, grandes benefícios no processo de parto podem ser alcançados com uma dieta contendo fontes de fibras no pré-parto associadas a fontes de glicose e triglicerídeos para serem utilizadas como energia prontamente disponível imediatamente antes e/ou durante o parto.

Feyera et al. (2018) propôs que a fêmeas sejam alimentadas oito vezes ao dia de modo a otimizar as características de cinética do parto. No entanto, essas novas diretrizes podem aumentar a possibilidade de ocorrência de constipação da fêmea durante o parto. Por isso, uma formulação de dieta de transição que incorpore ingredientes funcionais que atendam as necessidades da fêmea no periparto se faz necessária.

A constipação é um problema grave que pode atingir cerca de 70% das fêmeas parturientes do rebanho.

Em um passado recente, a restrição alimentar (jejum) da fêmea suína na data prevista do parto era um manejo comumente utilizado para evitar a constipação durante o parto. No entanto, com os resultados de estudos recentes que demonstraram a importância da disponibilidade energética para otimizar a cinética do parto, novas diretrizes para o manejo alimentar da fêmea parturiente têm sido utilizadas.

desconfortodoraumentaaduração do parto aumenta os risco de mastites

Além dos benefícios supracitados da inclusão de fibras para o metabolismo energético da fêmea parturiente, esses ingredientes também podem contribuir de maneira significativa na prevenção de constipação. A constipação causa:

20 nutriNews Brasil 3º Trimestre 2022 | Os benefícios das fibras para a cinética do parto de fêmeas suínas - Parte II Fibras

Ressalta-se, no entanto, que durante a fase expulsiva do parto, o útero utiliza apenas glicose e triglicerídeos como fonte de energia para as intensas contrações.

CONSTIPAÇÃO

AlgumasLigninaCelulose hemiceluloses

Os benefícios das fibras para a cinética do parto de fêmeas suínas - Parte II BAIXAR EM PDF

As necessidades nutricionais da fêmea suína mudam rapidamente durante o período de transição, portanto, dietas específicas podem trazer resultados melhores para esse período.

Aumentem a maciez das fezes, o que, por sua vez, diminui a probabilidade de constipação.

Assim como os efeitos sobre o metabolismo energético, os benefícios na prevenção da constipação dependem das propriedades físico-químicas da fibra.

21 nutriNews Brasil 3º Trimestre 2022 | Os benefícios das fibras para a cinética do parto de fêmeas suínas - Parte II Fibras

As fezes moles podem impedir o bloqueio físico do canal de parto e permitir a rápida passagem dos leitões durante o parto (OLIVIERO et al., 2009). Além disso, as fibras insolúveis aumentam a taxa de passagem no trato gastrointestinal, diminuindo a probabilidade de absorção de endotoxinas bacterianas (lipopolissacarídeos), que podem influenciar as alterações endócrinas associadas ao parto, resultando em inércia uterina (PELTONIEMI et al., 2019).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Se por um lado a inclusão de fibras solúveis e altamente fermentáveis contribui de maneira mais efetiva para o metabolismo energético, as fibras insolúveis podem assumir o protagonismo quando o objetivo é prevenir constipação.

As fibras podem ser uma ferramenta muito importante nessas dietas. No entanto, as fibras pertencem a um grupo de nutrientes com características bastante heterogêneas e com funções distintas de acordo com suas propriedades

A capacidade de reter moléculas de água permite que as fibras insolúveis:

Portanto,físico-químicas.paraseobtermáxima eficiência do uso de fibras nas dietas de transição, com especial atenção para a cinética do parto, é interessante combinar fibras com diferentes propriedades e funções no metabolismo.

3Prof. Associado II, Departamento de Zootecnia, Escola de Veterinária UFMG

Idael Matheus Góes Lopes1, Marcelo Dourado de Lima² e Dalton de Oliveira Fontes3

Na

1Doutorando do Programa de Pós-graduação em Zootecnia - Escola de Veterinária da UFMG.

22 dietéticaFibra nutriNews Brasil 3º Trimestre 2022 | Efeito do uso de fibras na dieta de leitões desmamados

EFEITO DO USO DE FIBRAS DIETÉTICAS NA DIETA DE LEITÕES DESMAMADOS

INTRODUÇÃO

suinocultura, a melhoria no aspecto nutricional é seguida de desafios, sendo alguns associados a doenças entéricas, principalmente na fase pós-desmame dos animais. Tal situação é comumente contornada com o uso de antimicrobianos, porém estes produtos estão passando por processo de retirada do mercado em diversos países. Dessa forma, a pressão pela diminuição do uso de antibióticos promotores de crescimento e inclusão de substitutos têm sido pautadas constantemente (Greese et al., 2017).

2 Mestrando do Programa de Pós-graduação em Zootecnia - Escola de Veterinária da UFMG

Logo, a necessidade de buscar alternativas e incluí-las aos programas alimentares visando redução no uso de antimicrobianos torna-se viável, principalmente na fase pós desmame. As fibras dietéticas vêm sendo estudadas constantemente, pois apresentam potencial para garantir melhorias na saúde intestinal dos animais, apresentando diversas características de modulação da microbiota intestinal, através dos produtos gerados pela fermentação da mesma e consequentemente podendo melhorar o desempenho animal (Jha et al., 2019).

A ineficiência do aproveitamento da fibra alimentar no intestino delgado dos suínos já é conhecida, pois apresentam em sua composição frações indigestíveis para os mesmos, não havendo enzimas capazes de sintetizálas. Essas frações de carboidratos são classificadas de acordo com a sua solubilidade em água, sendo assim consideradas fibras solúveis ou insolúveis, devendo levar em consideração sua fermentabilidade (Shang et al., 2021)

Sendo assim, é possível observar resultados da inclusão de fibras em dietas para suínos no intestino grosso, através da sua fermentação e produção de produtos que favoreçam a saúde intestinal dos leitões. De acordo com exposto, objetivou-se através desta revisão, elencar os principais resultados e ações encontradas relacionadas a inclusão de fibra dietética na dieta de leitões na fase pós desmame.

23 dietéticaFibra nutriNews Brasil 3º Trimestre 2022 | Efeito do uso de fibras na dieta de leitões desmamados

24 dietéticaFibra nutriNews Brasil 3º Trimestre 2022 | Efeito do uso de fibras na dieta de leitões desmamados

A produção de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) também é alvo de estudo quando se trata de leitões no pós-desmame, pois é a fase que mais acomete a estrutura do trato gastrointestinal dos animais, ocorrendo atrofia de vilosidades e hiperplasia das criptas. Logo, há necessidade de proporcionar saúde intestinal visando melhor absorção dos nutrientes.

A etapa do desmame é considerada um fator estressante para os animais. Fatores como mudança na alimentação, formação de uma nova hierarquia social, mudança de ambiente além de desafio sanitário em alguns casos, são os principais responsáveis pela redução no desempenho dos leitões no pós-desmame, além de imaturidade do sistema digestivo e imunológico (Lima et al., 2020)

Mudança na alimentação

INCLUSÃO DE FIBRAS EM DIETAS DE LEITÕES DESMAMADOS

Mudança de ambiente

Hierarquia social

Desafio sanitário Pós-DesmameEstresse

As fibras aliadas ao uso de aditivos vêm sendo usadas para animais no pós-desmame, buscando diminuir uso de antibióticos e garantir maior saúde intestinal dos animais (Van Hees et al., 2020; Van Hees et al., 2019). Com o mesmo intuito de ser utilizada na dieta das fêmeas suínas, o uso de fibras na dieta de leitões desmamados visa modular a microbiota dos animais de forma que consigam expressar seu potencial genético, melhorando o desempenho.

Outra ação benéfica das fibras é a garantia da saúde dos colonócitos, os quais são afetados quando há menor digestibilidade dos ingredientes. Ademais, nutrientes como a proteína chegam até o intestino grosso gerando compostos nocivos aos animais, como as aminas biogênicas e amônia (Gao et al., 2022; Zhang et al., 2020). Neste caso, o uso das fibras promoverá simbiose, pois haverá diminuição da produção destes compostos em função da alteração do fluxo de trânsito da digesta, alterando a taxa de esvaziamento gástrico ou motilidade da mesma (Gao et al., 2019)

25 dietéticaFibra nutriNews Brasil 3º Trimestre 2022 | Efeito do uso de fibras na dieta de leitões desmamados

Ao avaliar o efeito da fibra solúvel, a qual possui uma ação de maior fermentação e maior solubilidade em suas características e insolúvel sobre a população bacteriana do cólon e a atividade da barreira intestinal em leitões desmamados, Chen et al. (2020) verificaram que animais alimentados pela dieta composta por 1% de fibra alimentar solúvel (inulina), apresentaram maior diversidade bacteriana, demonstrando influência da inclusão de fibra na microbiota colônica.

Com isso, mecanismos de atuação específicos tornam-se necessário, pois há uma eficiente atuação na mucosa intestinal dos animais, principalmente auxiliando na função de barreira, além de atuarem no fornecimento de energia para os enterócitos (Van Hess et al., 2020; Greese et al., 2017)

Além disso, os leitões que receberam essa dieta apresentaram maior concentração de AGCC quando comparado a ração controle. Todos os tratamentos que receberam as concentrações de fibra regularam de forma positiva a expressão gênica dos compostos formadores da barreira intestinal.

Resultados como estes demonstram que a influência na função de barreira intestinal melhorada pode ser atribuída à modulação da microbiota intestinal, o que influencia diretamente na composição microbiana do intestino, bem como seus metabólitos influenciam beneficamente no desempenho dos animais. Outros estudos são vistos na Tabela 1.

Farelo de milho, farelo de trigo e Casca de soja Reto

Outros estudos foram realizados para mensurar o efeito da fibra na microbiota dos animais em fase de desmame. Kraller et al. (2015), avaliando dietas para leitões contendo inclusão de farelo de trigo extrusado, incluído a 2% na dieta, observaram redução na incidência de Escherichia coli no cólon dos animais.

Fonte de Fibra Segmento Intestinal Principais Resultados

Produção de butirato ↓ em dietas que de Casca de soja Zhao et al., 2018 Fibra de ervilha Ceco ↑ produção de acetato Luo et al., 2017 Farelo de milho Reto Não houve efeitos Liu et al., 2018

Tabela 1. Efeito do uso de diferentes fontes de fibras na nutrição de leitões desmamados na produção de AGCC. Fonte: Adaptado de Li et al., 2020.

Farelo de Trigo e Polpa de beterraba

26 dietéticaFibra nutriNews Brasil 3º Trimestre 2022 | Efeito do uso de fibras na dieta de leitões desmamados

↑ butirato utilizando Farelo de trigo Molist et al., 2009

Cólon

Heinritz et al. (2016), avaliando a inclusão de farelo de trigo em dietas para leitões, observaram que a colonização no reto dos animais por microrganismos benéficos aumentou com a inclusão da mesma, sendo estes Lactobacillus, Bifidobacterium, Faecalibacterium prausnitzii e a diminuição de Enterobacteriaceae.

Em outra pesquisa, Wu et al. (2018), avaliando o uso de hemicelulose (xilose), observaram aumento das Bifidobacterium no ceco dos animais, demonstrando que as fibras são essenciais para esta fase na produção de suínos. A variabilidade de fontes de fibras estudadas atualmente também pode impactar na colonização dos microrganismos, pois apresentam características de fermentabilidade e solubilidade de acordo com o tipo de fibra, influenciando diretamente nos resultados obtidos.

Autores

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ademais, houve também influência sob a variedade de microrganismos benéficos na microbiota intestinal dos animais que receberam dietas contendo fontes de fibra, assim como os níveis de AGCC (acetato e butirato e AGCC totais) foram maiores nos tratamentos que continham a inclusão de fibra, além de haver aumento dos níveis séricos de IgA, IgG e IgM.

As fibras na fase de desmame apresentam resultados promissores ao se relacionarem com a saúde intestinal dos animais, assim promovendo a busca por fontes de fibras dietéticas que apresentem efeitos benéficos e moduladores da microbiota intestinal. Além disso, é necessário a realização de mais estudos para determinar os tipos e níveis de inclusão das frações de fibra solúveis e insolúveis que consigam mitigar os efeitos da fase pós-desmame dos leitões.

Efeito do uso de fibras dietéticas na dieta de leitões desmamados BAIXAR EM PDF

Em estudo, Shang et al. (2019), evidenciaram que o uso de diferentes fontes de fibras (polpa de beterraba e farelo de trigo), reduziram as interleucinas-6 (IL-6), que possuem relação com a resposta de ativação de células inflamatórias, quando comparado com o tratamento controle.

27 dietéticaFibra nutriNews Brasil 3º Trimestre 2022 | Efeito do uso de fibras na dieta de leitões desmamados

Estudos como os de Shang et al., (2019), demonstram a diversidade de efeitos benéficos os quais as fibras dietéticas podem influenciar, visando a busca por aspectos de saúde intestinal e, consequentemente, melhor desempenho dos animais.

28 Forragem nutriNews Brasil 3º Trimestre 2022 | Entrevista com Amarildo Pedro da Silva

Fazenda PEPE - Angus da GÊ. Terenos - MS.

A área de escape é a gleba onde os animais permanecem quando o rotacionado não é suficiente. No sistema rotacionado utilizamos como planta forrageira o Milheto Valente.

Entrevista com...

Zootecnista - Doutorando em Ciência Animal - Conservação de Forragens pela - UFMS No Brasil, os sistemas de produção de bovinos são baseados principalmente em pastagens por ser a fonte mais econômica. Como é realizado o planejamento forrageiro aqui na propriedade?

Logo após a saída do gado do piquete realizamos a adubação com uma fonte de nitrogênio. Há ainda uma parte do rotacionado que não foi adubada. A diferença entre esta e o pasto adubado é discrepante quando avaliamos a produtividade da forragem.

As áreas compostas por milheto são manejadas na altura de 80 cm para entrada e 30 cm para a saída dos animais. Nessa gleba, temos 60 novilhas de 370 kg sendo manejadas. A ideia é fazer a recria na pastagem com o máximo de ganho de peso e terminá-las em confinamento.

Na propriedade trabalhamos com sistemas rotacionados com módulos adubados e outros não. Os módulos que ainda não receberam adubação são bem manejados e, por isso é possível termos forragem verde e de qualidade. Além do Milheto Valente que compõe os pastos do sistema rotacionado, temos também áreas de pastagem com capim Marandu e capim Piatã.

PEDROAMARILDODASILVA

A área não adubada recebe a mesma quantidade de animais? Você observa diferença entre o pasto adubado e aquele que não foi fertilizado?

Sim, é notável a diferença. Na área de rotacionado adubado a capacidade de suporte de animais é maior, consigo manter mais bovinos na área por tempo superior quando comparado aos pastos não adubados. Na pastagem sem a adubação a capacidade de suporte é relativamente inferior.

Para formação da pastagem fizemos a correção do solo conforme demandou a análise química. Foi utilizado sulfato de amônia e fosfato com adubo orgânico mineral. Em cobertura, entramos com fonte de nitrogênio, sulfato de amônia na dosagem de 180 kg por hectare.

Qual a raça de bovinos foi escolhida para a produção a pasto? Na fazenda é feito o ciclo completo?

29 Forragem nutriNews Brasil 3º Trimestre 2022 | Entrevista com Amarildo Pedro da Silva

Agora para o manejo dos piquetes no rotacionado a gente aduba após a saída do gado.

Para formação das áreas de pasto, qual foi a adubação utilizada?

Na fazenda trabalhamos com animais da raça Angus. A utilização dessa raça no Brasil tem crescido consideravelmente devido a qualidade da carne e sua valorização no mercado.

O custo de aquisição dos animais é maior, mas o valor pago quando vendemos o gado terminado, compensa o investimento feito. Por exemplo, as fêmeas Angus terminadas são comercializadas a preço de machos, o ganho é em média 10% a mais no valor da arroba. Esse bônus cobre o investimento feito durante a compra.

Os animais alcançam a altura de saída mais rápido. Quando isso ocorre, manejamos o gado para a gleba que chamamos de “pulmão “ ou “área de escape” da fazenda.

Para mantermos esta rotina, planejamos no início do ano a compra dos adubos. Observamos que deixar para adquirir próximo ao uso, os custos aumentam muito.

No caso do confinamento, por exemplo, fornecemos também levedura viva especifica para o rúmen a Levucell ® Essa levedura melhora a digestão da fibra por favorecer a proliferação de fungos, de bactérias e de outros micro-organismos ruminais.

Forragem

nutriNews Brasil 3º Trimestre 2022 | Entrevista com Amarildo Pedro da Silva

Não, é só sal mineral aditivado com bactéria. Essa suplementação auxilia no ganho de peso do gado.

Os animais são suplementados. A suplementação utilizada é feita na fazenda por formulação própria de uma consultoria que nos dá assistência. Atualmente, usamos sal mineral aditivado para os animais no rotacionado e, para o gado em terminação além da silagem fornecemos no cocho ração aditivada com levedura e bactéria. O consumo é estimado em 120 g por animal dia.

A bactéria age principalmente impedido a proliferação de microorganismos patogênicos presentes no intestino do animal. A melhora da saúde intestinal favorece a absorção de nutrientes e, consequentemente o desempenho do gado.

Os animais são suplementados?

Além disso, a levedura auxilia no estresse térmico, porque reduz a produção de calor oriundo da dieta.

No período das águas os animais são suplementados?

30

Em relação a produtividade, qual o ganho médio diário tem conseguido?

31 Forragem nutriNews Brasil 3º Trimestre 2022 | Entrevista com Amarildo Pedro da Silva

Em relação aos custos com a alimentação, nos últimos meses assistimos à valoração de commodities como soja e milho. Como vocês têm convivido com essa alta no mercado de grãos?

E os animais estão sendo manejados no milheto e no sistema rotacionado tradicional composto por pastos de capim Piatã, Marandu e Humidícula. Essas pastagens já haviam na propriedade antes da nossa chegada.

No rotacionado de Milheto valente, o ganho de peso médio diário é em torno de 1400g a 1500g por dia. No verão, quando o gado é suplementado com o sal aditivado conseguimos em torno de 800g por dia e no inverno, em torno de 400g por animal dia. No inverno o suplemento é a base de sal mineral aditivado, não utilizamos proteinado.

Este é o nosso segundo ano nesta fazenda. Ainda não foram comercializados animais. Temos gado de recria e os lotes que serão terminados em confinamento. Tendo como base outras propriedades que temos, onde o sistema adotado é o mesmo, prevemos boa margem de lucro tanto dos animais em pastejo, como do gado que é confinado.

A alta no mercado do milho e da soja não afetou o nosso planejamento. Isso porque, a base da alimentação do gado é pastagem, quase não se utiliza ração. O uso de dietas a base de ração é destinado principalmente ao gado confinado.

A ideia é que os animais que chegam com idade em torno de sete a oito meses de idade na fazenda, sejam recriados a pasto e sejam terminados em confinamento. A previsão é que esses animais sejam terminados no cocho com 90 dias de confinamento. Assim, conseguiremos terminá-los precocemente.

Ao invés de ser um sal proteinado com farelos, a gente usa sal com ureia aditivado. Isso porque economicamente é mais viável, o custo é menor quando comparado ao proteinado. Além disso, temos conseguido boa eficiência alimentar.

Qual a previsão de abate dos animais?

A dieta dos animais que serão confinados será a base de casquinha de soja e gérmen de milho mais levedura e bactéria. A silagem será adicionada para complementar a dieta total.

Em relação à fonte de renda da propriedade, no ano passado nós produzimos um pouco de feno da braquiária que já tínhamos e de capim natural (Marandu e Piatã) para vendermos. Este ano está sendo feito silagem para consumo próprio e para a venda.

O milheto é mais rustico em comparação ao milho. No entanto, demanda a utilização de inoculante para a confecção da silagem. Utilizamos bactérias que favorecem a estabilização do pH e melhoram a fermentação.

Uma das maiores vantagens do milheto plantado para a silagem é a janela de colheita que é maior em relação ao milho, ao sorgo e a outros materiais. Este é um ponto positivo do milheto porque na época de colheita é comum ter área que chove bastante.

Para o futuro avaliamos a possibilidade de prestar serviço por meio do “boitel”. Nesse caso, receberíamos animais prontos para a terminação. Isso nos possibilita aumentar a receita da fazenda. Além disso, acredito que será possível comercializar volumoso.

32 Forragem nutriNews Brasil 3º Trimestre 2022 | Entrevista com Amarildo Pedro da Silva

Problemas como quebra de maquinário, falta de funcionário, entre outros fatores, pode prejudicar a colheita. Com a janela de colheita maior, a qualidade da silagem não fica comprometida.

A silagem de milheto você consegue comercializar a um preço mais acessível?

Alguns produtores por falta de planejamento, principalmente, enfrentam durante a seca a falta de volumoso e, têm necessidade de adquirir alimento para suplementar o rebanho.

Esta é uma excelente oportunidade para o comercio de silagem. Acredito que nessa época de seca a silagem será bem valorizada. O ano passado nós tivemos silagem de milho a R$ 1.000,00 a tonelada. Este ano já está mais de mil reais.

Conseguimos reduzir um pouco o preço, mas a silagem de milheto também é bem valorizada. Apesar do custo de produção ser menor, a composição nutricional é semelhante a silagem de milho, por isso recebe valor próximo. Desse modo, quem produz o silo de milheto consegue ter melhor margem de lucro quando comparado a produção de silagem de milho.

Qual o planejamento para a propriedade nos próximos anos?

33 Forragem nutriNews Brasil 3º Trimestre 2022 | Entrevista com Amarildo Pedro da Silva

Um bom exemplo é híbrido que utilizamos aqui na fazenda, o Valente. Esse cultivar tem suportado ser pastejado de 10 a 15 vezes.

O produtor não conhece o cultivo do milheto, conhece o da braquiária, que planta uma vez e depois não planta mais. Porém, quando se conhece um material que é muito mais nutritivo o produtor começa a ter maior aceitação. Aos poucos a utilização do milheto irá disseminar.

Os produtores ainda precisam conhecer o manejo do milheto. Já ouviram falar que é bom, mas quase não fazem uso porque o milheto é uma planta anual, ou seja, acabou o ciclo você tem que plantar de novo.

A chegada de novos híbridos no mercado tem mudado um pouco a o conceito dos produtores a respeito do milheto. Isso porque, os novos cultivares possuem uma janela de colheita e/ou de plantio maior.

Qual a sua opinião em relação a aceitação do milheto pelos produtores?

Entrevista com Amarildo Pedro da Silva BAIXAR EM PDF

Rodrigo Marques Department of Animal and Range Sciences – Montana State University

USO

Ogrande foco da agropecuária de corte tem sido desenvolver alternativas sustentáveis que melhorem o desempenho e saúde animal, sem comprometer qualquer aspecto da saúde humana e/ou o meio ambiente. nutriNews Brasil 3o trimestre 2022 | O uso de aditivos no sistema de produção animal em pastagem Pastagem 34 Brasil3o trimestre 2022 | O uso de aditivos no sistema de produção animal em pastagem

O DE ADITIVOS NO SISTEMA DE PRODUÇÃO ANIMAL EM PASTAGEM

Além dos aspectos positivos na saúde animal e, consequentemente, diminuição da mortalidade em confinamentos, os aditivos alimentares ganharam ainda maiores destaques quando houve a comprovação do aumento da produtividade e rentabilidade dos sistemas de produção de bovinos de corte devido as alterações na microbiota ruminal, nas rotas fermentativas e na digestibilidade e utilização dos nutrientes da dieta.

Controle de doenças intestinais e distúrbios nutricionais.

consumo

de doses erráticas ou até mesmo infrequência do fornecimento dos aditivos, o desempenho animal pode ser prejudicado ou até mesmo acarretar em morte dos animais por intoxicação quando ocorre o consumo exacerbado desses aditivos, especialmente aditivos ionóforos

Melhorar o desempenho; Eficiência alimentar;

Em oondesituaçõesocorre

Além disso, em dietas à base de concentrado, não há grandes dificuldades no fornecimento dos aditivos, como resultado de uma baixa variação no fornecimento e quantidade diária ingerida. Entretanto, o fornecimento de aditivos para animais mantidos em pastagens apresenta maiores dificuldades, pois existe a necessidade de um veículo que seja consumido em doses corretas e frequência adequada por todos os indivíduos (Cappellozza et al., 2019).

Aumento na produção de Reduçãopropionato;da proteólise Diminuiçãoruminal; da produção de Diminuiçãometano; da Subsequenteacetato:propionato;relaçãomelhoria na eficiência energética do animal.

Pastagem 35 nutriNews Brasil 3o trimestre 2022 | O uso de aditivos no sistema de produção animal em pastagem

Aditivos são utilizados como ferramentas nutricionais desde a década de 70, a princípio com intuito de aumentar a saúde gastrointestinal de animais confinados que na maioria das vezes apresentavam um parasita intestinal conhecido como coccidiose

As principais alimentaresfermentativascaracterísticasdosaditivossão:

Apesar de todos esses benefícios citados, sua maior aceitação e utilização continua sendo em dietas com alto teor de concentrado devido à sua eficácia para:

Em sistemas de pastejo, estratégias de suplementação são usualmente adotadas para minimizar a composição nutricional das forragens, no qual nem sempre atendem as exigências nutricionais dos animais. Suplementos de baixo consumo são usualmente mais viáveis e uma alternativa simples para produtores em sistema de pastejo e podem servir como carreadores dos aditivos alimentares (McDowell, 1996; Bretschneider et al., 2008), aumentando a produtividade em sistemas de bovinos de corte alimentados com dietas à base de forragem (Bretschneider et al., 2008; Limede et al., 2021; Soares et al., 2021).

A razão pela qual a adição de narasina no suplemento mineral aumentou o número de visitas e consumo observado por Cappellozza et al. (2019) é desconhecida, no entanto pode ser usado como uma estratégia nutricional para aumentar o consumo de nutrientes que devem ser fornecidos diariamente através da mistura mineral.

Esses resultados indicam que independentemente do tipo de suplemento usado, o consumo diário do suplemento em sistemas de pastejo pelo rebanho não é usualmente observado e a variabilidade animal não é um fator que pode ser manejado através de diferentes suplementos.

Por exemplo, Cappellozza et al. (2019) avaliaram diferentes tipos de suplemento com adição ou não de narasina no número de visitas ao cocho e consumo de suplemento utilizando touros Nelore em sistema de pastejo. Animais consumindo sal-mineral de baixo consumo com adição ou não de narasina, frequentaram apenas 36% e 25% os cochos durante o período de suplementação, respectivamente.

No entanto, quando um suplemento proteico-energético foi ofertado para esses animais o número de visitas ao cocho foi de aproximadamente 83.5%, independente da inclusão do aditivo.

No entanto, seu uso é limitado, dada a redução da ingestão de suplementos (monensina), aumento da variabilidade da ingestão entre os animais ao longo do tempo e mão de obra necessária para sua utilização em sistemas de pastejo. Além disso, a ingestão infrequente de suplementos por animais em pastejo (Cappellozza et al., 2019) pode impactar os efeitos dos aditivos no metabolismo ruminal e no desempenho dos animais (Bretschneider et al., 2008) .

Trânsito da digesta no rúmen e sua regurgitação Trânsito do bolo alimentar após o processo de ruminação, onde irá sofrer a digestão química.

Pastagem 36 nutriNews Brasil 3o trimestre 2022 | O uso de aditivos no sistema de produção animal em pastagem

Outro grande problema enfrentado por produtores de bovinos a pasto é o tamanho da refeição, aumentando a probabilidade de toxicidade do aditivo alimentar em animais em pastejo se o dimensionamento da área de cocho não for apropriado para evitar o consumo excessivo.

Por outro lado, quando esses aditivos são adicionados a um suplemento com maior quantidade de concentrado as respostas no consumo de forragem e desempenho são mais favoráveis.

No entanto, é importante mencionar que vários fatores podem influenciar o resultado dos animais consumindo suplementos com aditivos:

O pastejo;datamanhoáreade

O uso de aditivos no sistema de produção animal em pastagem BAIXAR EM PDF

Quando uma fonte de proteína ou energia foi adicionada no suplemento mineral com aditivo, a variação do consumo entre os animais diminuiu e o ganho de peso aumentou.

A localização do cocho (próximo ou não da fonte de água);

Cada aditivo comercialmente disponível possui uma determinada característica e seu uso deve levar em consideração o animal a ser utilizado, dieta, o tipo e a dose de cada aditivo e a estratégia de manejo utilizada

Além disso, pesquisas anteriores demonstraram que a adição de ionóforos na dieta de animais consumindo alto concentrado (Starnes et al., 1984) ou alta forragem (Spears, 1990) aumentam a absorção ruminal e intestinal de vários minerais, incluindo Mg, K, P, Zn e Cu.

Por exemplo, Fieser et al. (2007) reportou que a adição de monensina no suplemento mineral reduziu o consumo da mistura mineral em 63% no primeiro ano e 55% no segundo ano em animais em sistema de pastejo, com uma variabilidade no consumo de 39%

A dose utilizado.estáaditivodoquesendo

Com as evidências disponíveis na literatura, a adição desses aditivos nas dietas de bovinos de corte ainda proporciona benefícios produtivos e econômicos para a indústria bovina. K CuZn

Pastagem 37 nutriNews Brasil 3o trimestre 2022 | O uso de aditivos no sistema de produção animal em pastagem

Esses trabalhos e outros reportados na literatura sugerem que a adição de ionóforos usados comercialmente em suplementos minerais podem: diminuir o consumo diário do suplemento mineral, aumentar a variação do consumo por animal e diminuir o número de visitas ao cocho, resultando em variação no desempenho em animais em sistemas de pastejo.

disponível;daeQuantidadequalidadeforragem

Aditivos na dieta de bovinos de corte possuem diversas características que podem ajudar o produtor a otimizar seu sistema de produção, alterando a fermentação ruminal em direção a rotas mais eficientes, reduzindo taxas de desordens metabólicas e mitigando a produção de metano.

Mg

Afuncionalidade

Camilla Mariane Menezes Souza

38 intestinalSaúde nutriNews Brasil 3º Trimestre 2022 | Influência da fibra na funcionalidade intestinal de cães

do intestino depende da microbiota intestinal, que é essencial para o metabolismo e absorção de nutrientes e outros compostos consumidos pelos animais. Uma microbiota saudável apresenta alta diversidade de gêneros microbianos em um delicado equilíbrio, permitindo um aumento da capacidade metabólica do intestino.

A dinâmica populacional da microbiota intestinal é alterada de acordo

Zootecnista, doutora em Zootecnia com linha de pesquisa nutrição de animais de companhia

bacterianas; ConsumoHigiene; de prebiótico e probiótico. (Pilla e Suchodolski, 2020).

INFLUÊNCIA DA FIBRA NAINTESTINALFUNCIONALIDADE DE CÃES

DoençasEstresse;Nutrição;Idade;com:infecciosas

39 intestinalSaúde nutriNews Brasil 3º Trimestre 2022 | Influência da fibra na funcionalidade intestinal de cães

Embora não sejam digestíveis, os cães apresentam microrganismos, principalmente no cólon, que fermentam as fibras e produzem metabólitos que podem promover efeitos fisiológicos benéficos, prevenir doenças e gerar energia para as células da mucosa intestinal.

Adicionalmente, a composição de macronutrientes e a adição de alguns ingredientes específicos na dieta podem auxiliar na modulação da microbiota e dos seus metabólitos e assim, produzir benefícios para a saúde geral dos cães.

Grau de fermentabilidade.

É importante ressaltar, que a fermentação da fibra dietética é mais variável do que a digestão dos macronutrientes amido, gordura e proteína, por exemplo. Essa variação é principalmente devido a mudanças nas propriedades físico-químicas da fibra como:

Entre os diversos compostos que atuam como moduladores da microbiota, do sistema imune e da integridade intestinal de cães, destacam-se as fibras

retenção de água;

Fibra dietética é definida como polissacarídeos e substâncias associadas à parede celular das plantas resistentes a ação de enzimas digestivas em mamíferos por apresentarem ligações do tipo β (Van Soest, 1994).

CapacidadeSolubilidade;Viscosidade;Volume;de

FIBRAS EM DIETAS PARA CÃES

De modo geral, a fermentação da fibra é um processo extremamente complexo, afetado por muitos fatores no trato gastrointestinal, incluindo o hospedeiro, sua microbiota e a interação que ocorre entre eles.

Além disso, estudos disponíveis na literatura demonstram que devido as suas propriedades físico-químicas (como solubilidade, viscosidade e capacidade de retenção de água) esses compostos influenciam na formação da consistência das fezes, diluição de energia do alimento, regulação do apetite e saciedade dos cães (Bosch et al., 2009; Sabchuk et al., 2017).

No entanto, com o avanço de pesquisas, o papel e a importância da fibra na nutrição de cães foram repensados, associando resultados positivos da sua utilização com a regulação do trânsito da digesta, manutenção da integridade e funcionalidade do intestino e modulação da microbiota intestinal.

De modo geral, a fermentação da fibra dietética resulta na produção de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC, Figura 1) como acetato, propionato e butirato, juntamente com alguns gases como hidrogênio e dióxido de carbono.

Intestinodelgado

A utilização das fibras em dietas para cães já foi muito questionada pelo desconhecimento da sua funcionalidade nutricional e pela incapacidade de digestão desses compostos por essa espécie.

A suscetibilidade da fibra dietética à fermentação microbiana varia dependendo da acessibilidade da fibra à população microbiana no intestino. Em animais monogástricos, como os cães, o intestino grosso é o local mais importante de fermentação, sendo que a fermentação da fração solúvel da fibra ocorre principalmente no cólon proximal, enquanto a fermentação da fração insolúvel é mantida até a região cólon distal.

40 intestinalSaúde nutriNews Brasil 3º Trimestre 2022 | Influência da fibra na funcionalidade intestinal de cães

Cólon

EFEITO DA FIBRA NO AMBIENTE INTESTINAL

Além disso, o crescimento da mucosa também melhora sua função de barreira, reduzindo a permeabilidade e consequentemente a translocação de microrganismos (NRC, 2006).

Em adição, a absorção de AGCC estimula a reabsorção de água e eletrólitos, estando diretamente ligada com a função osmorreguladora do intestino, gerando efeito sobre a umidade das fezes.

Fibras

Figura 1 – Esquema da fermentação das fibras e produção dos ácidos graxos de cadeia curta (AGCC).

Por outro lado, os ácidos graxos de cadeia ramificada (AGCR) isto é, isobutirato e isovalerato, resultam da degradação de proteínas por bactérias com potencial patogênico. Além dos AGCC, outros metabólitos como lactato, etanol e succinato também são produzidos a partir de fermentação bacteriana da fibra.

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Os AGCC são os principais produtos finais da fermentação bacteriana colônica de amido não absorvido e polissacarídeos nãoamiláceos e os principais ânions orgânicos presentes no conteúdo colônico (Bugaut, 1987).

Após a produção, os AGCC são prontamente absorvidos pelo epitélio intestinal por difusão passiva e usados para favorecer o crescimento bacteriano. Além disso, embora os AGCC sejam principalmente absorvidos e metabolizados pelas células intestinais, estes são também usados como fonte de energia por outros tecidos do organismo: intestino, fígado e músculo.

Em adição, a presença de AGCC estimula a secreção do glucagon like-peptide 2, um hormônio entérico, o qual impulsiona a diferenciação e proliferação celular e a expressão de determinados genes que estão associados ao transporte de nutrientes no íleo, melhorando, portanto, a função digestiva.

Bactérias com potencial não patogênico ↓ pH ↓ AGCR ↓ amônia e aminas ↑ AGCC Vasos linfáticos Para o sangue e Energiatecidos

Esses microrganismos realizam a fermentação microbiana de compostos nitrogenados endógenos e/ou não-digeridos, como amônia, aminas biogênicas, AGCR; favorecendo a formação de substâncias putrefativas, que são responsáveis pelo mau odor das fezes, efeitos indesejáveis pelos tutores dos cães. Muitos destes compostos putrefativos, além de serem odoríferos, exercem efeito adverso à saúde intestinal: como aumento da permeabilidade, disbiose, enterites, entre outros.

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É importante ressaltar, que a extensão da fermentação e o perfil dos AGCC dependem do substrato, enquanto a taxa de fermentação da fibra depende de sua composição e propriedades físico-químicas, grau de lignificação e tamanho de partícula e tempo de trânsito no trato digestivo. Assim, essas características são diretamente dependentes da origem botânica, como também do processamento e tamanho de partícula da fonte fibra.

A fibra também pode influenciar a população e a atividade de bactérias no intestino, afetando as condições para a proliferação da microbiota intestinal (Brito et al., 2021). Adicionalmente, além de fornecer energia aos colonócitos e estimular o crescimento e metabolismo das bactérias não patogênicas, são capazes de reduzir o pH luminal, ou seja, gerar um ambiente desfavorável para o crescimento de bactérias com potencial patogênico, como por exemplo, Clostridium dificile e E. colli

Desse modo, além de uma dieta balanceada e com proteínas de alta digestibilidade, o uso de fibras na dieta, pode contribuir com a redução da formação de compostos putrefativos no cólon de cães.

Alguns gêneros como Faecalibacterium spp., Blautia spp., Turicibacter spp. e Fusobacterium spp. são consideradas bactérias “sentinela” porque são sensíveis a alterações na homeostase intestinal e são reduzidas em cães com doenças gastrointestinais (Alshawaqfeh et al., 2017; Félix et al., 2022). Sendo que, a maioria desses gêneros estão associados à digestão de fibra alimentar e produção de AGCC.

Em conclusão, a presença de fibra dietética na dieta afeta significativamente o ambiente microbiano intestinal, propicia condições de lúmen mais favoráveis, estimulando o crescimento de microrganismos comensais e produção de metabólitos com funções importantes para funcionalidade intestinal. Por outro lado, o efeito da fibra dietética na funcionalidade intestinal depende das propriedades físico-químicas da fibra.

Outro efeito interessante da ingestão de fibras é a possível modulação da motilidade gastrointestinal, uma vez que, os sais biliares secundários e AGCC produzidos pela fermentação bacteriana, estimulam as contrações do músculo liso circular intestinal (Eswaran et al., 2013).

Além disso, o aumento da ingestão de fibra dietética pode promover a saciedade. Foi verificado que dietas com alta inclusão de fibras podem aumentar a saciedade em cães possivelmente por causa da distensão gástrica e liberação de colecistocinina (CCK) (Weber et al., 2007). Assim, a distensão gástrica e intestinal estimula o nervo vago a emitir sinais de saciedade e saciação.

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Doença inflamatória intestinal (DII);

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Ainda, os seus metabólitos possuem efeitos antiinflamatórios na mucosa intestinal. Além disso, foi demonstrado que a ingestão de fibra reduz o risco e os sintomas de muitas patologias metabólicas e inflamatórias:

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diabetes.Obesidade;(Honneffer et al., 2014; Pilla e Suchodolski, 2020).

Doença cardiovascular; Câncer colorretal (CCR);

Além dessa ação, há evidências de que a adição de fibra em altas concentrações podem aumentar a produção de mucina no intestino, que também tem papel imunológico, pois a mucina ajuda a evitar a translocação e aderência de bactérias patogênicas à mucosa intestinal, modulando indiretamente a microbiota intestinal (Saqui-Salces et al., 2017).

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ASPECTOSPEIXES:GERAISRELACIONADOS A NUTRIÇÃO

Raphael Nogueira Bahiense

A alimentação representa grande parte dos custos na produção animal. Isso ocorre principalmente devido à instabilidade e oscilações nos preços dos principais insumos para fabricação das dietas. Para a alimentação de peixes, não é diferente, a dieta possui elevado custo móvel na Asprodução.

No entanto, a exigência por animal varia devido a fatores como espécie, hábitos alimentares e fase de desenvolvimento. peixesdeNutrição

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exigências nutricionais de peixes são semelhantes aos de animais terrestres em relação ao requerimento de nutrientes para a mantença, crescimento, engorda e reprodução.

comerciais.PLANTASANIMAISMENORES O objetivo da produção As exigências

espécie A disposição

das rações oferecidas em sistemas intensivos e superintensivos são importantes para fortalecer a imunidade e, assim auxiliar no combate a patógenos causadores de doenças. Além disso, o equilíbrio de nutrientes na dieta melhora o desempenho zootécnico da Acriação.elaboração

elaboração

dieta A espécie FICTOPLÂNCTONS ZOOPLANCTONS 45 peixesdeNutrição nutriNews Brasil 3er trimestre 2022 | Peixes: aspectos gerais relacionados a nutrição

No geral, os nutrientes necessários para os peixes são obtidos por meio de alimentos naturais que estão disponíveis no ambiente ou pelo fornecimento de dietas nutricionais da de ingredientes para da

de dietas balanceadas para a produção de peixes deve ser baseada em fatores preponderantes como:

A nutrição adequada vai proporcionar aos peixes além de um crescimento satisfatório benefícios à saúde e resistência aos agentes patogênicos, principalmente aos animais submetidos a sistemas intensivos e superintensivos de Ocriação.balanceamento

Foz do Iguaçu - Paraná IFC22 0 2 INTERNATIONAL FISH CONGRESS & FISH EXPO BRASIL Saiba mais negócioswww.ifcbrasil.com.brAmaiorfeiradedaaquiculturabrasileira31deAGOSTOa02deSETEMBRO

Hábito AnatomiaSistemaalimentardecultivoefisiologia do trato digestivo da espécie

Para que se faça o manejo alimentar adequado na produção de peixes é importante se considerar fatores como:

como posicionamento da boca, tipo de dente, constituição do aparelho branquial, desenvolvimento dos cecos pilóricos e segmentação do estômago contribuem na definição da capacidade de captura de alimento, bem como do hábito alimentar de cada espécie.

47 peixesdeNutrição nutriNews Brasil 3er trimestre 2022 | Peixes: aspectos gerais relacionados a nutrição

Em relação as exigências de nutrientes como a proteína, essas são maiores para os peixes, quando comparadas às demais espécies animais. É necessário o fornecimento de ração com altos teores proteicos. Os carboidratos representam o grupo de nutrientes mais controverso na dieta de peixes, pois os animais não expressam deficiências e sintomas carenciais evidentes quando submetidos a dietas isentas desse nutriente. Os níveis de carboidratos na dieta, apresentam variabilidade em seu fornecimento com valores entre 7 e 20%, de acordo com o hábito alimentar de cadaespécie.Particularidades

Condições climáticas da fornecidoinerentesCaracterísticasregiãoaoalimentoaosanimais

Os peixes carnívoros consomem preferencialmente, alimentos de origem animal, incluindo invertebrados e outros peixes. Entretanto, podem se adaptarem ao consumo de ração artificial a partir da fase pós-larval. Esses animais possuem em sua maioria o estômago de tamanho elevado em comparação a outros peixes de hábitos alimentares diferentes.

Coração Fígado Intestino natatóriaBexigaOváriosRim

HÁBITOS ALIMENTARES MAIS COMUNS EM PEIXES

Herbívoros são animais capazes de ingerirem alimentos fibrosos, pois possuem flora bacteriana intestinal abundante. Isso proporciona capacidade de ingestão e digestão de 3 a 4% do seu peso vivo em fibras.

Onívoros são capazes de ingerir dietas a base de diferentes tipos de ingredientes desde ração industrializada, a pequenos invertebrados, plantas, frutos e matéria orgânica em decomposição.

Essas definições dos hábitos alimentares dos peixes refletem sua constituição anatômico-funcional. Por meio das características anatômicas e histológicas do aparelho digestivo podemos inferir sobre a alimentação dos peixes.

CerebroMédula espinal olfativoBulboBrânquias

CONSIDERAÇÕES FINAIS

As espécies carnívoras durante a fase pós-larva necessitam de um treinamento alimentar para consumirem rações. Inicialmente recebem alimento vivo, posteriormente dietas a base de proteína animal (patês). Ao longo dos dias de treinamento nesses patês são incluídas rações comerciais até que se substitua completamente os patês por ração comercial.

A nutrição de peixes ainda enfrenta diversos desafios, principalmente pelo grande número de espécies de interesse.

TAXA DE ARRAÇOAMENTO

Durante as fases de desenvolvimento deve-se considerar a frequência alimentar, ou seja, a quantidade de vezes que o alimento será fornecido. Destaca-se que, fases iniciais demandam maior frequência alimentar devido a maior exigência de nutrientes para crescimento e desenvolvimento. Por outro lado, para animais em fase de reprodução considera-se principalmente o hábito alimentar daquela espécie.

FASE DE DESENVOLVIMENTO FREQUÊNCIA ALIMENTAR

As rações disponíveis no mercado são destinadas a poucas espécies e, portanto, não são capazes de atender todas as demandas.

A taxa de arraçoamento compreende a quantidade de alimento que é fornecido, sendo geralmente calculada em função da porcentagem do peso vivo. Animais jovens, na fase inicial, requerem maior quantidade de alimento em relação ao peso. Nessa fase, o fornecimento da dieta inicia-se tendo como referência 100% do peso vivo do animal.

Em relação as fases de desenvolvimento, os animais possuem particularidades de acordo com a espécie. Na maior parte das espécies de peixes a reprodução ocorre por meio de deposição de ovos. Após a eclosão as larvas possuem um saco vitelino que é rico em nutrientes para completarem o desenvolvimento. Assim, entram na fase pós-larva, onde iniciam o consumo de dietas exógenas de acordo com o hábito alimentar da espécie.

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ESPÉCIES CARNÍVORAS

48 peixesdeNutrição nutriNews Brasil 3er trimestre 2022 | Peixes: aspectos gerais relacionados a nutrição

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