aviNews Brasil 2 TRI 2023

PROTEÇÃO DE PONTA

A

PONTA

COM INOVAÇÃO, TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS E BEM-ESTAR ANIMAL

NOVOS MERCADOS E NOVOS DESAFIOS

O primeiro trimestre de 2023 trouxe para a avicultura brasileira novos mercados. A ABPA confirmou a abertura de novos países que irão adquirir produtos derivados da avicultura, a carne de frango será exportada para a Polinésia Francesa e miúdos de aves para o México. Também houve abertura para ovos férteis e aves de um dia de codornas e perus, que agora podem ser comercializados para o Chile.

A exportação de carne de frango também se manteve em alta, foram abatidas 1,60 bilhão de cabeças no período, um incremento de quase 5% em relação ao período anterior.

E com grande destaque para o estado do Paraná, que é o maior produtor de carne de frango e maior exportador. Segundo dados do Departamento de Economia Rural (Deral), no primeiro trimestre de 2023, o estado foi o responsável por 42,1% do volume das exportações brasileiras do produto.

E o primeiro trimestre também trouxe o primeiro caso confirmado de influenza aviária em terras brasileiras. No Espírito Santo foi confirmado o primeiro caso da doença em aves silvestres, esse é o momento de reforçar o alerta sobre cuidados preventivos, para mantermos fora dos plantéis comerciais. E também estarmos mais atentos a divulgação de notícias falsas para não descredibilizarmos a produção séria que é realizada dentro das granjas brasileiras.

Mas voltando a falar de coisa boa… Todo esse sucesso da avicultura é derivado de uma conta composta por genética + manejo + nutrição, e nessa edição destacamos um desses pilares. A capa dessa edição não poderia ser mais simbólica, no nosso especial NUTRIÇÃO DE POEDEIRAS E FRANGOS DE CORTE, trazemos a nutrição como uma das engrenagens para que essa “máquina” chamada avicultura continue surpreendendo, e nos artigos participantes conteúdos abordando as tecnologias nutricionais para o melhor desempenho das aves.

Na nossa segunda entrevista com o produtor, diversas informações sobre como a tecnologia está impactando a produção de frangos de corte, quem nos deu detalhes sobre como os aviários estão se modernizando foram as meninas da Vida de Granja, a Luciana Dalmagro e a Paola Buzollo! Elas que já sabem faz muito tempo, que a tecnologia é uma importante engrenagem para o sucesso!

Mas não só isso a revista traz os conteúdos mais atualizados também sobre qualidade de ovos e incubação, onde conheceremos algumas alternativas para a proteção externa dos ovos e sobre incubação, alternativas sustentáveis para os resíduos da eclosão dos pintos.

Boa leitura!

EDITOR

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Revista Trimestral

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06

A metionina na dieta das aves e seu papel na prevenção antioxidante do organismo – Parte II

Considerando usar aditivos fitogênicos? Esses são os principais aspectos para avaliar

12

Fatores que afetam o conforto e a viabilidade dos pintinhos, desde o nascedouro até o alojamento – parte I

Equipe

18

Por que a geração precoce da imunidade (onset of immunity) é tão importante para as vacinas vetorizadas?

Eduardo Muniz

Gerente de Serviços Técnicos e Pesquisa Aplicada - AVES

Resíduo de incubatório, o que acontece depois da eclosão? 24

Jumara Coelho Ticiano Mestranda em Zootecnia, USP

44

A importância de uma poedeira produtiva em tempos de influenza aviária

Diogo T. Ito Nutricionista Global Poedeiras - Hendrix Genetics

Proteção de ponta a ponta com inovação, tecnologia, desenvolvimento de pessoas e bem-estar animal

Equipe técnica MSD

Evonik defende conceito inovador de saúde intestinal 50

técnica Aviagen

Tainara Ciuffi E. Dornelas DSc. Produção animal

Equipe técnica Cargill Aditivos

aviNews Brasil, sua revista sustentável do agro!

A sustentabilidade está no alimento que você consome, na roupa que você veste e até nas informações que você lê!

Nossas revistas utilizam tintas offset convencional de alto brilho, composta por 70% de soja e livre de óleos minerais! Além disso, o nosso papel possuí o selo FSC, certificação que garante a rastreabilidade dos produtos desde a floresta até o produto final, assegurando a produção de forma social, econômica e ecologicamente correta.

Princípios de biosseguridade na avicultura com ênfase no controle de síndrome entérica - um novo olhar

Profa. Dra. Masaio Mizuno Ishizuka

Profa. Titular Sênior de Epidemiologia da FMVZ-USP

A importância da redução da carga de salmonela na indústria avícola

Luiz Eduardo Takano, Alceu Kazuo Hirata, Carlos Dalle Mole Equipe técnica Biológicos - Vetanco

Diferentes metodologias de tratamento da casca de ovos: Impactos sobre a qualidade física e microbiológica de ovos comerciais

Alicia Dal Santo, Vanessa Forcellini, Ana Paula Gonzatti, Lucas Zanella, Gustavo S. Hoepfner, Eduarda da Silva, Milena P. Marin, Bruna B. Caus, Fernanda

Enterite necrótica em frangos de corte - Parte I

M.V. M.Sc. Dino Garcez1 e M.V. Letícia Tonoli Braga2

1Consultor técnico/ DGbioss

2Technical Sales Manager Poultry Expert /DSM Produtos Nutricionais S/A

Cálcio e fósforo: um equilíbrio necessário em dietas de frangos de corte - Parte II

Vitor Hugo Brandalize Especialista Mundial em Nutrição e Serviços Técnicos da Cobb-Vantress

Avicultura de corte na visão do produtor: importância das inovações tecnológicas para o sucesso

Luciana Dalmagro

Produtora Rural, Empreendedora e Entusiasta de projetos de Sustentabilidade

Direção Técnica aviNews Brasil

José Antonio Ribas Junior Engenheiro Agrônomo e Diretor Corporativo de Agropecuária na Seara Alimentos

A METIONINA NA DIETA

DAS AVES E SEU PAPEL NA PREVENÇÃO ANTIOXIDANTE DO ORGANISMO - PARTE II

Tainara Ciuffi E. Dornelas Doutora em produção animal

Na última edição da revista aviNews pode-se entender mais sobre a necessidade e o que faz a metionina ser tão importante na dieta das aves. Relembrando sua importância:

Promove a mobilização de lipídios para fornecer energia para o crescimento e deposição de proteínas, regulando o metabolismo de nutriente.

Aumenta a capacidade antioxidante e a imunidade.

Participar da síntese proteica.

Também é precursora da cistina, então, desde que a suplementação de metionina esteja adequada a sua suplementação se faz desnecessária.

Também é utilizada na formação da pele e penas, o que explica a alta exigência desses aminoácidos pelas aves.

Agora abordaremos o seu papel no metabolismo antioxidante do organismo.

METIONINA NO SISTEMA ANTIOXIDANTE

O controle do estresse, que pode ser decorrente do manejo, nutrição, tecnologia e elementos ambientais, bem como do estresse interno, é um dos problemas inevitáveis na produção avícola.

Diversos podem ser os agentes estressores como:

Temperatura - calor ou frio;

Umidade;

Densidade de alojamento;

Imunização;

Transporte.

A maioria desses estressores pode induzir respostas de estresse agudo e reduzir ainda mais o desempenho da produção, saúde e bem-estar, qualidade e quantidade de produtos cárneos na população de frangos.

Alguns estressores podem aumentar sua suscetibilidade a doenças, resultando em baixos ganhos diários e taxas de conversão alimentar. Uma fonte típica de estresse é a geração excessiva de radicais livres, que causa estresse oxidativo no nível molecular.

Resíduos de metionina podem ser usados como antioxidantes endógenos para aliviar lesões causadas pelo excesso dessas espécies reativas.

Da mesma forma, a metionina na dieta pode regular positivamente a expressão do mRNA das proteínas do choque térmico no intestino para proteger os danos à mucosa intestinal em frangos de corte devido ao estresse térmico. Portanto, a metionina dietética pode aliviar as reações adversas causadas pelo estresse de alta temperatura.

A metionina, é um precursor de succinil-CoA, homocisteína, cisteína, creatina e carnitina. Ela é precursora para a metilação celular e a síntese de cisteína, e pode assim diminuir a necessidade do requerimento de cisteína dietética.

Ela pode atuar no contra o estresse oxidativo sendo precursora de antioxidantes ou com a incorporação de resíduos em proteínas.

As espécies reativas de oxigênio (ROS) são produzidas por uma variedade de eventos fisiológicos e não fisiológicos, incluindo a reação de Fenton, respiração celular, disfunções mitocondriais, patologias, fagócitos, neutrófilos e estresse.

A metionina desempenha um papel essencial no sistema imunológico através de seus metabólitos. Ela influencia diretamente o funcionamento do sistema imunológico pois seu catabolismo pode levar a um aumento na produção de glutationa, taurina e outros metabólitos. A metionina também é facilmente utilizada pelos hepatócitos para a síntese direta de glutationa.

Dentre as substâncias enzimáticas, a superóxido dismutase (SOD) é a enzima responsável por catalisar a dismutação do ânion superóxido (O2-) em espécies menos reativas como o peróxido de hidrogênio (H2O2). A formação do ânion superóxido envolve o oxigênio com dois elétrons desemparelhados que se ligam a outra molécula compartilhadora de elétron:

A dismutação é o processo pelo qual esse radical óxido ao receber íons hidrogênio, resultará no composto de peróxido de hidrogênio, e esse composto será reduzido pelas enzimas catalase (CAT) e glutationa peroxidase (GPx):

O radical livre possui um elétron desemparelhado

O antioxidante é o responsável pela doação desse elétron

Os antioxidantes mais comuns e estudados em diferentes tecidos de aves quanto as suplementações de metionina incluem:

Capacidade antioxidante total (TAC);

Superóxido dismutase (SOD);

Catalase (CAT);

Glutationa peroxidase (GPX);

Glutationa (GSH).

Assim, essas enzimas atuam como a primeira linha de defesa antioxidante do organismo, auxiliando no controle da produção de radicais livres. O resultado final da ação dessas enzimas serão moléculas inócuas como oxigênio e água.

O2 + e- O22O2- + 2H+ H2O2

2H2O2 + CAT 2H2O + O2

Figura 1. Mecanismo de ação antioxidante/radical livre.

A metionina protege contra o estresse oxidativo de duas maneiras: primeiro, produzindo indiretamente antioxidantes (precursores de cisteína e glutationa) e, segundo, por resíduos de Met em proteínas (Figura 2). A última rota é durante o reparo, onde vários produtos ROS atacam os resíduos de Met nas proteínas para formar sulfóxido de Met, produzindo células eliminando as espécies reativas.

Met sulfóxido redutases (MSRs) são enzimas que reduzem as espécies reativas de oxigênio em todos os organismos, desde bactérias até mamíferos (ROS). Isso é realizado pela oxidação de oito resíduos Met por molécula de proteína, mantendo a integridade enzimática da proteína individual.

Agentes estressores

A tioredoxina (TRx) prepara a enzima para outro ciclo catalítico reduzindo o MSR oxidado. O NADPH também é um eliminador de espécies reativas de nitrogênio e oxigênio.

O potencial antioxidante através desta via é influenciado pelo estresse térmico e suplementação de metionina, onde os genes TRxR1 e MsrA foram altamente expressos em frangos de corte sob estresse térmico e suplementados com DL-HMTBA.

A metionina continua sendo um nutriente de essencial presença no organismo das aves, e por mais que estudos sejam realizados, sempre haverá um novo e relevante papel sobre ela para ser elucidado.

Estresse térmico Enzimas antioxidantes

Doença Ambiente

Quebra de cadeia

Metionina

Remoção de células dani cadas

Reparação celular

Figura 2. Visão geral do efeito dos estressores, da função do sistema antioxidante e das influências da Met no sistema/status antioxidante das aves. Adaptado de Lugata, 2022.

A metionina na dieta das aves e seu papel na prevenção antioxidante do organismo - Parte II

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Nova geração de aviários Zucami

AVIÁRIO VISION para GALINHAS POEDEIRAS

AVIÁRIO GREEN WAY para GALINHAS POEDEIRAS

AVIÁRIO GREEN START para CRIA-RECRIA

FATORES QUE AFETAM

O CONFORTO

E A VIABILIDADE DOS

PINTINHOS, DESDE O NASCEDOURO ATÉ O ALOJAMENTO

– PARTE I

Introdução

Ao contrário das espécies de mamíferos, os pintinhos eclodem com um recurso interno de umidade e nutrientes na forma de gema residual.

No momento da postura, a gema de um ovo de frango de corte será de 30–33% de seu peso total (por exemplo, 20g de gema em um ovo de 62g).

Por esse motivo, é possível estender a duração do tempo de espera na sala de pintos e o tempo de viagem até o alojamento na granja.

Também por isso, as regulamentações que regem o transporte de animais permitiram, historicamente, tempos de viagem muito mais longos para pintinhos com um dia de vida do que para aves mais velhas ou mamíferos.

Equipe técnica Aviagen

Recentemente, o tempo de transporte dos pintinhos foi submetido a uma análise minuciosa devido a:

Interesse dos grupos ativistas e organizações não governamentais

Avaliações governamentais das regulamentações vigentes

Mudanças nas preferências dos clientes e dos consumidores

O recente desenvolvimento da tecnologia que permite que os pintinhos sejam alimentados no incubatório ou nascidos na própria granja

Para garantir que as nossas recomendações existentes permaneçam válidas, a Aviagen® realizou vários estudos comparando as nossas linhas atuais com as linhas de controle genético de 1972, observando o efeito das temperaturas na sala de espera e determinando o efeito dos suplementos de hidratação, através da consideração de fatores como a:

Utilização da gema;

Temperatura corporal;

Viabilidade ao alojamento e até sete dias após o alojamento.

No entanto, recomenda-se manter sempre o tempo de viagem o mais curto possível usando incubatórios mais próximos do cliente e selecionando rotas ou voos que minimizem o tempo em trânsito.

Requisitos para o tempo de transporte

As aves pedigree, as avós e as bisavós dos lotes de frangos de corte reprodutores devem ter excelente estado de saúde para minimizar o risco de transmissão vertical de patógenos.

Elas devem ser mantidas em condições de biossegurança muito elevadas, que se tornam mais eficazes se as aves estiverem em locais distantes de frangos de corte comerciais ou poedeiras.

Os elevados requisitos de biossegurança podem resultar em uma situação em que os pintos com um dia de vida fornecidos aos clientes de matrizes possam necessitar transportes por longas

Quando consideramos os tempos de transporte, as aves têm grande vantagem comparativamente aos mamíferos, ou seja, os pintos têm um grande reservatório de gema residual que está diretamente conectado ao intestino delgado pelo pedúnculo da gema.

Em um lote de ovos incubados adequadamente, a uma temperatura embrionária de 100 °F (37,8 °C), com uma perda de 11% do peso em 18 dias e retirados dos nascedouros com um rendimento de pintos a uma taxa de 68%, a gema residual pesa entre 4 e 5 g; algo entre 9,5% e 12% do peso corporal de um pintinho recém-nascido (Figura 1).

A gema é alimento para o pintinho durante a incubação e depois durante os três primeiros dias de vida.

A reserva de nutrientes e água na gema residual é suficiente para manter esses pintinhos em boas condições nos primeiros três dias de vida.

A maioria dos países impõe regulamentações que definem a duração e as condições ambientais aceitáveis para o transporte de diferentes tipos de animais.

Até recentemente, todas essas regulamentações refletiam as vantagens exclusivas de transporte dos pintinhos enquanto eles ainda possuíssem gema residual e permitiam viagens mais longas (até 72 horas após a saída do incubatório).

Recentemente tem havido muita discussão sobre como abordar o intervalo entre a retirada dos pintinhos da incubadora e sua chegada à granja.

O recente desenvolvimento de sistemas que permitem que os pintinhos eclodam na granja ou fornecem ração e água no incubatório para que possam estar disponíveis de imediato para todos os pintinhos à medida da eclosão proporcionou alternativas aos métodos tradicionais.

As duas abordagens oferecem a vantagem de encurtar o tempo do ciclo completo entre a incubação dos ovos e o processamento do frango de corte, simplesmente porque os pintinhos passam a ter alimento disponível assim que eclodem.

Figura 1. A mudança no tamanho da gema desde a postura à incubação

43,2g peso do pintinho com 4,43 de gema residual 62 g

20g gema

que afetam o conforto e a viabilidade dos pintinhos, desde o nascedouro

Estudos Internos da Aviagen

Testes de tempo de alojamento dos pintinhos

Os testes de tempo de espera entre o nascimento e o alojamento na granja podem ser difíceis de operacionalizar corretamente. Alguns pontos que devem ser considerados antes de iniciar o estudo de tempo de alojamento:

Sincronização do tempo de incubação;

Assegurar que as condições ambientais na sala de pintos no incubatório estejam corretas;

Confirmar que as condições do alojamento na granja são as mesmas durante três dias do teste.

Estudos de tempo de espera de pintinhos também levam em conta o número de amostras e réplicas necessárias para produzir dados mais precisos e que sejam estatisticamente mensuráveis.

Quanto maior o tamanho do box, maior a probabilidade de se obter resultados estatisticamente significativos.

É importante observar que deve haver um número suficiente de boxes de replicação por tratamento; quanto maior a replicação, mais significativo o resultado.

Confira na próxima edição a segunda parte desse artigo.

Fatores que afetam o conforto e a viabilidade dos pintinhos, desde o nascedouro até o alojamento – Parte I BAIXAR EM PDF

Figura 2. Doze boxes com 160 pintinhos por tratamento devem resultar em uma diferença estatisticamente significativa de 0,4%

Trimestre

| Fatores que afetam o conforto e a viabilidade dos pintinhos, desde o nascedouro até o alojamento – Parte

RESULTADOS A OLHOS VISTOS

20 PINTOS A MAIS POR FÊMEA PONTOS MELHOR EM C.A. 2

A MELHOR PERFORMANCE DO MERCADO

O MENOR CUSTO EM TODA A CADEIA PRODUTIVA

MAIOR RENDIMENTO

PERNAS

POR QUE A GERAÇÃO

PRECOCE DA IMUNIDADE (ONSET OF IMMUNITY) É TÃO

IMPORTANTE PARA AS VACINAS VETORIZADAS?

Entenda porque estas

vacinas não são todas iguais

Eduardo Muniz

Gerente de Serviços Técnicos e Pesquisa Aplicada - AVES

Ninguém duvida que as vacinas vetorizadas, também chamadas de recombinantes, vieram para ficar no mercado avícola. O fato é que elas são ferramentas eficazes e tem vantagens importantes quando pensamos nos programas imunoprofiláticos das aves. A tendência é que cada vez mais essa tecnologia seja incorporada aos programas de vacinação, pois os benefícios são claramente percebidos pelos produtores.

Foi pensando nisso que a Zoetis trouxe ao mercado a vacina vetorizada Poulvac® Procerta™ HVTND, uma vacina selecionada entre 13 propostas de recombinantes visando trazer um Onset of Immunity precoce que já repercute em excelentes resultados de campo.

Saúde avícola

geração precoce da imunidade (onset of immunity) é tão importante para as vacinas vetorizadas?

Essas proteínas irão fazer parte da estrutura externa dos vírus vetorizados e elicitarão a resposta imune. Cada vírus aviário possui uma ou mais proteínas que participam de maneira decisiva na resposta imune.

Os principais antígenos imunogênicos do vírus de Newcastle (ND) são a hemaglutinina-neuroaminidase e a proteína de fusão. Reconhece-se que a proteína de fusão é mais imunogênica para a doença de Newcastle do que a hemaglutininaneuroaminidase, por exemplo.

Portanto, cada produto terá sua característica própria e única dependendo da inserção do gene utilizado e da consequente expressão da proteína com potencial imunogênico.

Além disso, outra diferença importante em relação às vacinas vetorizadas está relacionada ao promotor utilizado:

Para que aconteça a expressão do gene inserido - a expressão da proteína F da DNC, por exemplo - é necessário também inserir o gene promotor no DNA do vetor. O promotor é o gene que irá recrutar um grupo de polimerases para a produção da proteína imunogênica (ver figura abaixo).

Cada produto utiliza promotores específicos o que torna a característica da vacina única em relação a dois pontos fundamentais: geração de imunidade (onset of immutity) e duração da imunidade (duration of immunity).

vírusdodoadordo geneimunogênicoterminação

HVTvetor HVTvetor iniciador

Construção do vetor

Onset of immunity pode ser definido como a precocidade com que a proteção total é alcançada após a administração da vacina.

Evidentemente, quanto mais rápida for a geração da proteção, menor será o risco de desenvolvimento da doença. Já o duration of immunity pode ser definido como o tempo da proteção total após o onset of immunity.

Quanto maior for a duração da imunidade, mais efetiva será a vacina especialmente em aves de vida longa como poedeiras e reprodutoras.

Um dos grandes desafios no desenvolvimento das vacinas vetorizadas é justamente antecipar o onset of immunity e retardar o duration of immunity

HVT (vetor)

VIRUS (doador)

HVT

Após a replicação nas aves vacinadas, protegerá contra a doença de Marek e o vírus do doador

Figura 1. Modo de ação do gene promotor para expressão do gene inserido e produção da vacina vetorizada.

Pesquisas criteriosas e o uso de tecnologia de ponta pelos cientistas da Zoetis respaldaram o desenvolvimento da mais nova vacina recombinante para proteção de frangos de corte contra os vírus das doenças de Newcastle e Marek.

A vacina Poulvac® Procerta™ HVT-ND levou anos para ser desenvolvida. O herpesvírus dos perus (HVT) é um vírus avirulento que se replica em frangos.

Há muito se sabe que o HVT não é somente uma vacina eficaz contra a doença de Marek (MD) em galinhas, mas também um excelente vetor para a administração de antígenos aviários que protegem contra outras enfermidades.

Importante ressaltar também que as vacinas vetorizadas não interferem na resposta dos anticorpos maternos e eliminam as reações que podem ocorrer com a administração das vacinas vivas.

Durante o período de desenvolvimento dessa vacina, a equipe da Zoetis construiu e testou 13 recombinantes diferentes, utilizando as mais avançadas técnicas moleculares.

Os pesquisadores identificaram o melhor local para inserir o gene de expressão da proteína F no genoma do HVT.

Em termos científicos, isso significou testar várias combinações de promotores, antígeno e sequências poli-A e inserir o gene-alvo de expressão em vários locais do genoma do HVT.

O resultado foi o desenvolvimento de um vetor que combinou estes elementos atribuindo a resposta imune altamente eficaz da vacina e a proteção que ela confere em termos de rápido onset of immunity e extenso duration of immunity.

Na vacina Poulvac® Procerta™ HVT-ND, o antígeno que confere proteção é a proteína de fusão (F) do vírus da doença de Newcastle (ND) que tem o HVT como vetor.

Estudos demonstram que essa nova vacina tem resposta imune rápida, conferindo proteção total contra a doença de Newcastle aos 19 dias de vida, tanto na administração in ovo como subcutânea.

O onset of immunity aos 19 dias com Poulvac® Procerta™ HVT-ND foi demonstrado num estudo controlado com aves SPF.

A vacina foi administrada tanto in ovo como pela via subcutânea na dose mínima eficaz. As aves foram então desafiadas aos 17, 18 ou 19 dias de vida com um vírus velogênico da ND e em seguida monitoradas por 2 semanas pós-vacinação para verificar a ocorrência de sinais clínicos e mortalidade.

Saúde avícola

Brasil 2º Trimestre 2023 | Por que a geração precoce da imunidade (onset of immunity) é tão importante para as vacinas vetorizadas?

O onset of immunity (proteção total) da Poulvac® Procerta™ HVT-ND é extremamente preoce aos 19 dias de idade e, além disso, é imortante ressaltar que houve um claro aumento das médias geométricas da resposta dos anticorpos à vacina já aos 10 dias de vida, com base nos resultados dos testes ELISA em frangos de corte comerciais.

Este atributo de geração de rápida resposta imune é fundamental para conferir uma proteção precoce frente aos desafios de campo.

Vacinas com um onset of immunity precoce resultam em melhores resultados quando as aves enfrentam desafios e repercutem, consequentemente em ganhos zootécnicos.

Buscando medir os ganhos que o precoce onset of immunity traz a nível de campo, a equipe técnica da Zoetis do Brasil realizou um estudo comparando dois programas vacinais de diferentes laboratórios, utilizando-se diferentes opções de vacinas recombinantes para proteção frente as doenças de Newcastle e Marek assim como vacinas de imunocomplexo para proteção contra a doença de Gumboro

A avaliação se deu através dos principais índices zootécnicos e do custo de produção. O T02 teve como protocolo uma vacina contendo a Poulvac® Procerta™ HVT-ND combinada à cepa V877 (Poulvac® Magniplex™) da Zoetis. Já no T01, utilizaram-se vacinas de outro laboratório, optando-se por uma cepa W2512 em conjunto com uma outra vacina vetorizada rHVT-F.

As vacinações, realizadas no incubatório após o nascimento das aves, seguiram medidas rígidas de boas práticas buscando garantir a eficácia na aplicação. A avaliação ocorreu de maio a agosto de 2022 da seguinte forma: T02 – 905.540 aves T01 –959.690 aves, totalizando 1.865.230 aves. Durante o alojamento não houve sexagem, e no curso da vida das aves, as condições de manejo e ambiência assemelhavam-se para ambos os tratamentos.

O resumo das médias dos resultados por tratamento foi o seguinte:

Tabela

1. Resultados do uso de Poulvac® Procerta™ HVT-ND (T02) frente outro laboratório (T01).

Saúde avícola

Os resultados podem ser vistos na tabela e gráficos abaixo.

Observamos melhores resultados, em todos os parâmetros avaliados, no T02, pelos quais podemos inferir que esse protocolo entregou eficácia e segurança na proteção dos lotes, aliados com melhores resultados financeiros.

O desenvolvimento de vacinas com maior precocidade na geração da imunidade (onset of immunity) visam oferecer maior eficácia e melhores resultados aos produtores visto que os desafios de campo apresentam-se cada vez mais cedo e tem impacto no desempenho das aves.

Avanços na tecnologia de engenharia genética podem cada vez mais melhorar a produção e a eficácia das vacinas recombinantes visando oferecer alternativas válidas aos produtores. É com este propósito que a Zoetis traz novas soluções ao mercado.

Por que a geração precoce da imunidade (onset of immunity) é tão importante para as vacinas vetorizadas? Entenda porque estas vacinas não são todas iguais.

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Uma coisa é certa, a evolução na avicultura não para. É um processo de melhoria constante.

Gráfico 1. Apresentação dos resultados obtidos entre vacina Poulvac® Procerta™ HVT-ND (T02) contra Laboratório (T01)

Saúde avícola

Brasil

Trimestre 2023 | Por que a geração precoce da imunidade (onset of immunity) é tão importante para as vacinas vetorizadas?

O mais novo integrante impressionou e já mostra porque é da família ZOETIS!

Quase um milhão de aves por grupo avaliado respaldam os excelentes resultados de Poulvac® Procerta® HVT-ND + Poulvac Magniplex® frente à vacinas já existentes no mercado.*

Impressione-se também! Consulte a equipe Zoetis para vivenciar esta experiência!

Menor CA

Menor mortalidade

Maior peso ao abate

Menor custo de produção

Melhor custo benefício

RESÍDUO DE INCUBATÓRIO

O QUE ACONTECE DEPOIS DA ECLOSÃO?

Atualmente, o Brasil lidera o ranking de maior exportador de carne de frango do mundo. No 1º trimestre de 2023, as exportações alcançaram 1,3 milhões de toneladas, volume de 15,1% superior ao mesmo período de 2022 (ABPA, 2023).

De acordo com o relatório anual da ABPA (2023), o alojamento das matrizes de corte, contabilizaram aprox. 56 milhões de cabeças responsáveis por 6,8 bilhões de pintos de corte alojados, enquanto que as matrizes de postura chegaram à 1,1 milhões, sendo 113 milhões de galinhas alojadas encarregadas de garantir o consumo de 241 ovos per capita, em 2022.

O incubatório, por sua vez, é o processo responsável em receber os ovos produzidos pelas reprodutoras e através da incubação transformar os ovos férteis em pintinhos de excelente qualidade.

Jumara Coelho Ticiano Médica veterinária - Mestranda em Zootecnia, USP

Os ovos podem ser classificados na granja ou incubatório, este, podendo ser a destinado à venda de ovos férteis para industrialização e ou para a incubação.

Se estes, forem utilizados para a incubação, as cascas dos ovos, ovos trincados/quebrados e ovos com mortalidades embrionárias geram resíduos dentro da planta de incubação.

Vamos agora dissertar das etapas que acabam gerando resíduos dentro da planta de incubação, tais como: classificação, transferência e nascimento.

Na etapa de classificação, temos algumas perdas de ovos, ou seja, ovos que são trincados/ quebrados durante o transporte até mesmo na manipulação no incubatório. Ovos que apresentam casca muito fina, trincas e que não estão com as características de ovo incubável, compõem os resíduos de incubatório;

E a situação se agrava ainda mais na postura comercial, pois somente, a fêmea é utilizada no sistema de produção, descartando os pintos machos nascidos, gerando uma maior quantidade de resíduo.

Apesar destas perdas ocorrerem em distintos momentos no incubatório, geralmente o resíduo é coletado num ponto em comum e são misturados líquidos e sólidos (resultados da maceração) numa espécie de contentor, com capacidade suficiente para armazenar o conteúdo que são gerados durante todo o processamento.

No momento de eclosão, são selecionados pintos viáveis e os não viáveis que apresentem má qualidade, pintos natimortos e casca de ovos tem como destino final a maceração.

Na transferência, ovos inférteis, mortalidade embrionária precoce, intermediária, tardia, contaminações ou até mesmo, através de choques mecânicos faz com que quebre a casca do embrião tornando estes inviáveis para prosseguir com o processo de incubação.

Para determinar um volume total produzido dentro do incubatório vários fatores são dependentes, como por exemplo:

Idade da reprodutora;

Fertilidade; Eclosão;

Classificação de ovos na granja ou incubatório;

Quantidade total de ovos incubados.

Sabemos que, à medida que a ave envelhece temos uma diminuição da qualidade da casca, o que faz com que o ovo fique mais delgado, ocasionando maior índice de trincas, outro índice é a fertilidade do lote, poderemos ter maior número de ovos inférteis dependendo das condições do lote.

Por fim a taxa de eclosão, lotes de idades mais velhas eclodem menos e além disso é necessário levar em consideração o tempo de estoque dos ovos, que podem proporcionar um aumento da quantidade de resíduos gerados.

Orrico et al. (2020), determinou que as quantidades de resíduos gerados no incubatório por poedeiras em idades precoces (25-34 semanas), intermediária (35-45 semanas) e tardia (46-68 semanas) foram de 14,6, 15,0 e 17,9% do total de ovos incubados respectivamente, considerando todas as etapas da sala de ovos até o momento do nascimento.

Já, Aires et al. (2009) relata que podemos obter de 8 à 17% de perdas no processo de incubação de ovos de frangos de corte, ou seja, a estimativa é que sejam gerados 945 milhões de ovos não nascidos (resíduos de incubatório) com uma quantidade de 6,50 bilhões de ovos incubados por ano, em incubatórios comerciais de médio a grande porte.

O coeficiente de resíduo para os descartes de incubatório é de 0,16, ou seja, para cada quilograma de pintainho produzido são gerados 0,16 quilograma de resíduo (ORRICO et al.,2020).

Costa et al. (2017), cita que a destinação correta dos resíduos gerados durante a transformação da matéria-prima é de responsabilidade das empresas, que atuam na cadeia produtiva do frango de corte.

Nos últimos anos, as empresas avícolas brasileiras têm direcionado seus resíduos para as usinas de compostagem, seguindo a recomendação da PNRS (Lei 12.305/2010), que são responsáveis pela coleta, transporte, estabilização e também pela comercialização do composto orgânico.

Os incubatórios ainda sofrem um desafio em encontrar mecanismos, com menor custo e de maneira sustentável para processar os resíduos e reaproveitar nutrientes ainda contido neles. As opções de manejo são variadas e a decisão do método mais apropriado depende de fatores econômicos e técnicos.

Uma das formas de aproveitamento desse tipo de resíduo, e ainda pouco difundida no Brasil é a “farinha” de resíduo de incubatório.

A aplicação dos resíduos de incubatórios no solo pode ser considerada uma prática satisfatória, sendo um dos métodos mais difundidos nos EUA. O conteúdo de minerais e material orgânico do resíduo favorece o enriquecimento do solo, funcionando como adubo (ARAÚJO; ALBINO, 2017).

A “farinha” é o produto resultante da maceração, cocção e desidratação de todos os resíduos do incubatório.

Esta técnica é utilizada por algumas empresas, no qual, todos os resíduos gerados pelo incubatório, são processados diariamente em autoclave alcançando uma temperatura de até 164ºC em 2 horas, ocorrendo a desidratação do conteúdo até a sua completa secagem, transformando-o todo em “farinhas”.

Este método exclui os odores, pode ser transportado a longas distâncias que por sua vez, garante uma biosseguridade eficiente.

Segundo Glatz et al. 2011, os resíduos de incubatórios podem ser transformados em alimentos ricos em proteínas, outros produtos de valor acrescentado ou utilizados como fertilizantes orgânicos após tratamento adequado.

Tabela 1. Análise de resíduo de incubatório para utilização como adubo. Fonte: arquivo pessoal

Na avaliação do resíduo de incubatório EFSA (2011), utilizou o resíduo para ração de animais de companhia, a amostra foi tratada por 90ºC por 18 segundos, e pode assegurar uma rápida destruição de bactérias não esporuladas, fungos e vírus.

Entre as bactérias inativadas podemos listar as mais nocivas para o incubatório como: Salmonella, Mycoplasma

Abiola et al. (2012) fez um estudo para utilização da farinha integral de resíduos de incubação como fonte alternativa de proteína e cálcio na dieta de frangos de corte nos níveis de 0, 10, 20 e 30%. E concluiu que 10% da farinha de peixe pode ser substituído pela farinha integral de resíduo de incubação na dieta de frango de corte sem efeitos adversos ao crescimento e rendimento de carcaça.

gallisepticum, meleagridis, synoviae, Streptococcus spp, Aspergillus spp, Staphylococcus spp além da E. Coli Quando a eclodibilidade é elevada, a “farinha” obtida apresenta reduzido nível de proteína e alto nível de cálcio, ocorrendo o inverso quando a eclodibilidade é baixa (NUNES, 2005). Mahmud et al. (2015), determinou a composição nutricional e a qualidade da proteína utilizando diferentes técnicas de processamento, ou seja, cozimento, autoclave e extrusão.

No entanto, o tratamento com 18 segundos, não foi capaz de inativar outras espécies de microorganismos, mas devemos ainda investigar a inativação através de outras condições, como o tempo de exposição, a carga de vírus ou bactérias e outros critérios para o tratamento como o método de aquecimento.

Tabela 2. Composição química de resíduos de incubatório brutos e processados. Fonte: Mahmud et al. (2015)

Entretanto, Akinola et al.(2020), desenvolveu um trabalho utilizando a farinha de ovos inférteis com e sem casca em substituição a farinha de peixe, utilizada na alimentação de frangos de corte, nas proporções de 0, 30, 60 e 100% respectivamente. Avaliando o desempenho do frango, níveis sanguíneos e rendimento de carcaça.

Concluiu-se que a farinha de ovos inférteis sem casca pode ser utilizada até 100% no lugar da farinha de peixe nas dietas de frango de corte, para reduzir o custo da alimentação e melhorar a saúde sem afetar o desempenho.

Dessa forma, dada a importância e expansão com que a avicultura brasileira tem obtido uma maior expressão mundial e considerando a quantidade de resíduos produzidos pelos incubatórios um problema iminente, é necessário buscar alternativas que minimizem o impacto ambiental, sendo de extrema importância conciliar o reaproveitamento para que esse se torne um avanço sustentável para a avicultura brasileira.

Resíduo de incubatório – o que acontece depois da eclosão?

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Brasil

Trimestre 2023 | Resíduo de incubatório – o que acontece depois da eclosão?

CONSIDERANDO USAR ADITIVOS FITOGÊNICOS?

ESSES SÃO OS PRINCIPAIS ASPECTOS PARA AVALIAR

O que são aditivos fitogênicos?

Fitogênicos são combinações padronizadas, específicas e baseadas na ciência de compostos bioativos encontrados em plantas com eficácia comprovada e impacto sustentável nos animais, nas pessoas e no meio ambiente.

Você já se perguntou de onde vem o termo "fitogênico"?

Há mais de 30 anos, uma empresa Austríaca chamada Delacon criou o termo fitogênico, pois reconheceu o amplo espectro de aplicações das substâncias botânicas na nutrição animal. As soluções apresentadas pela Delacon/ Cargill contêm mais de 100 ingredientes naturais, que podem ser classificados

em sete grupos: substâncias pungentes, substâncias amargas, óleos essenciais, saponinas, flavonoides, mucilagens e taninos, derivados de diferentes plantas como pimenta preta, gengibre, cúrcuma, entre outras. Ou seja, os fitogênicos abrangem muito mais do que óleos essenciais.

Quais são os benefícios dos fitogênicos?

Utilizados na nutrição animal há décadas, os fitogênicos são eficazes para os produtores que buscam melhorar o desempenho dos animais na ausência de antibióticos promotores de crescimento ou quando migram para programas totalmente livres de antibióticos.

Além da atividade antimicrobiana, a seleção cuidadosa de diferentes ingredientes naturais à base de plantas pode melhorar:

Reduzir as emissões de gases de efeito estufa

O desempenho

Para determinar se o aditivo fitogênico que você está adquirindo é de alta qualidade, existem vários fatores para considerar:

Primeiramente você deve saber a composição do aditivo:

No mercado existem aditivos produzidos com ingredientes naturais à base de plantas e/ou seus extratos, e os aditivos produzidos com ingredientes sintéticos idênticos à natureza. Ainda que os ingredientes possam parecer os mesmos, eles são bem diferentes.

Promover o crescimento

Ter efeitos antioxidantes e anti-in amatórios

Otimizar as funções intestinais

Além disso, os fitogênicos são amplamente (87%) aceitos pelos millennials. Este grupo de substâncias pode ser considerado como uma peça-chave para apoiar desafios atuais e futuros, incluindo aqueles apresentados por demandas do mercado orientadas pelos consumidores, como por exemplo, aves criadas livres de gaiolas.

Os extratos naturais derivados das plantas contêm várias substâncias ativas, enquanto os sintéticos ou idênticos à natureza contêm uma única substância principal. Além disso, ao combinar ingredientes podemos obter um modo de ação mais amplo, proporcionando maiores benefícios aos animais.

Também muito importantes são a padronização e alta qualidade dos ingredientes naturais, pois sem esses você não pode esperar um desempenho consistente e de alta performance. Mas por que a padronização é necessária?

O que devo considerar ao selecionar um aditivo fitogênico?

Os principais compostos presentes nos fitogênicos podem variar em suas concentrações, dependendo de sua fonte e localização geográfica de origem, as condições de crescimento, variedade vegetal ou métodos de isolamento.

Portanto, existem vários procedimentos de controle de qualidade que devem ser implementados para garantir a padronização e a qualidade dos aditivos.

Assim, é importante seguir procedimentos específicos:

Trabalhar com fornecedores certificados garante que as matérias-primas estejam de acordo com as especificações de compra. Cada lote deve ser analisado para assegurar a conformidade com as especificações.

A implementação de auditorias e tecnologias para produção, além de análises finais de produtos e testes de prazo de validade também são imprescindíveis para que se tenha um produto conforme.

Isso significa que controlar todos os pontos do processo produtivo, trabalhar com fornecedores idôneos, testar ingredientes, analisar e embalar os aditivos fitogênicos são passos importantes antes de enviar esses aditivos aos clientes em todo o mundo.

Com tudo isso em mente, deve-se ressaltar que os ingredientes da mais alta qualidade nada significam se os seus compostos não estiverem ativos onde eles são mais necessários: no trato gastrointestinal dos animais.

Para garantir o efeito dos fitogênicos, procure aqueles que são microencapsulados, um processo que proteje a evaporação de substâncias voláteis e permite a liberação controlada e dirigida das substâncias ativas onde se deseja.

Controle de qualidade

Aditivos fitogênicos complexos são compostos por vários extratos vegetais diferentes. Nesse caso é necessário garantir alta qualidade e rigorosa estandardização de todos os extratos, para obter um aditivo alimentar de excelência.

As soluções Delacon/Cargill se diferenciam pois se apoiam em processos de pesquisa e padronização – assim, a crença é substituída pelo conhecimento científico e aplicado.

É necessário muito critério ao avaliar qualquer produto para sua operação. Procure soluções fitogênicas apoiadas por pesquisas extensas e independentes, especialmente as correlacionadas com o seu modo de ação. Devendo incluir pesquisa da própria empresa, pesquisas em universidades e validações de terceiros.

Como informações de base, deve haver pesquisa da empresa. Isso significa um processo robusto de pesquisa e desenvolvimento (P&D).

Laboratórios modernos garantem testes controlados para construir um profundo conhecimento de como os fitogênicos funcionam e influenciam o desenvolvimento de aditivos e composições precisas. Através desse tipo de pesquisa, é possível verificar e documentar por completo os diferentes modos de ação.

A equipe de P&D é composta por pessoas de múltiplas especialidades, incluindo imunologia, microbiologia, biologia celular e molecular.

A combinação desses campos de experiência resulta em uma equipe de múltiplos conhecimentos e alto desempenho.

O foco da pesquisa está na identificação e avaliação de compostos botânicos e suas combinações, e em testar esses ativos em laboratório através de ensaios in vitro

De maneira geral, os produtos não devem ser avaliados apenas in vitro, mas também com testes in vivo.

Assim, em 2011 foi inaugurado o centro de pesquisa PNRC (Performing Nature Research Center) para pesquisa aplicada e experimentos in vivo sob condições controladas. O centro tem capacidade para ensaios com leitões, frangos, poedeiras, pequenos ruminantes e testes de emissões de gases.

A seção de pesquisa de emissões é de última geração, com câmaras hermeticamente fechadas que permitem a análise precisa da influência dos aditivos fitogênicos em gases nocivos produzidos quando os animais metabolizam a alimentação.

Esta pesquisa é importante, pois a agroindústria está cada vez mais sob pressão para minimizar os impactos ambientais de dióxido de carbono, metano, amônia ou dióxido de nitrogênio da produção animal.

A pesquisa da empresa é necessária para trazer produtos ao mercado. No entanto, os aditivos fitogênicos de alta qualidade também devem ser apoiados por especialistas independentes e pesquisas de terceiros.

Além disso, as validações também são necessárias: os aditivos fitogênicos devem ter seus efeitos confirmados através de ensaios comerciais a campo, bem como por grupos independentes.

Em cada região, é importante a execução de experimentos a campo a fim de garantir que os aditivos sejam comprovados no mercado e nas diferentes condições de criação.

Consideração finais para escolha de aditivos fitogênicos

À medida que os produtores foram se interessando por esse grupo de aditivos, mais de 1.000 universidades em todo o mundo realizaram testes com fitogênicos em diferentes categorias animais.

Embora todas essas características (ingredientes naturais e de qualidade, microencapsulação, pesquisa e validação) sinalizem um aditivo fitogênico de alta qualidade, também é importante considerar a experiência da empresa e a reputação na fabricação de fitogênicos.

Essa expertise, juntamente com equipes técnicas e de suporte ao cliente, permite que este grupo de aditivos resolva prontamente os desafios do campo ajudando os produtores com seus objetivos específicos e metas de produção.

Considerando usar aditivos fitogênicos? Esses são os principais aspectos para avaliar

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1020

Um reforço fitogênico para melhor desempenho em aves

Biostrong® 1020 é a solução para produção avícola rentável. Os efeitos sinérgicos dos fitogênicos selecionados como oléos essenciais, saponinas, especiarias e substâncias amargas, contribuem para estimular o consumo, melhorar a eficiência alimentar e os parâmetros produtivos.

A IMPORTÂNCIA DE UMA POEDEIRA PRODUTIVA EM TEMPOS DE INFLUENZA AVIÁRIA

Após anos de surtos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (HPAI) ao redor do mundo, temos visto com mais frequência e proximidade ao Brasil os casos de HPAI.

Esta redução repentina na disponibilidade de ovos causa aumento de preços ao consumidor pela lei de oferta e procura. E este aumento de preços estimulará/obrigará alguns produtores a manterem os lotes remanescentes por um período maior de tempo em suas granjas para atender seus pedidos.

Os focos da doença exigem sacrifício em massa de aves e lotes e isto causa consequências na rotina das granjas e no mercado de ovos. Por exemplo, pode ocorrer descarte precoce dos lotes e exigências maiores em relação ao vazio sanitário das granjas, com isso teremos uma redução/oscilação repentina na disponibilidade de ovos.

A exportação de ovos para países que já são clientes do Brasil ou que ainda não são, também demanda um ovo de qualidade, seja ele exportado in natura ou industrializado.

Diogo T. Ito Nutricionista Global Poedeiras Hendrix Genetics

Diante deste cenário, a rentabilidade e a qualidade dos ovos ganha ainda mais importância para que as perdas econômicas sejam minimizadas e/ou se tornem oportunidades únicas de lucratividade.

Biosseguridade continua sendo primordial, independente da condição sanitária local, regional, nacional ou global. O que acontece na granja “A” pode influenciar no destino da granja “B” ou região, ou Estado ou País.

Abordaremos alguns cuidados que esperamos serem úteis na revisão e melhoria dos procedimentos atuais.

Nutrição

O acompanhamento dos dados zootécnicos diário, semanal, quinzenal, mensal na fase de cria e recria e na fase de produção são os guias que ajudam na elaboração do programa nutricional das aves.

Uniformidade dos Ovos

Mortalidade

Produção

Qualidade

Esses fatores continuam sendo importantes.

Consumo de ração

Peso

Uniformidade

Peso corporal

Não somente em relação aos níveis nutricionais, mas também relação ao uso estratégico e racional dos diferentes aditivos nutricionais disponíveis no mercado.

O desenvolvimento da capacidade de ingestão de ração desde a fase de recria é importante para termos uma ave que se adapte a níveis nutricionais mais baixos, ingredientes alternativos e supere com mais facilidade as situações de estresse (como calor, problemas sanitários, falta de ração).

A manutenção da qualidade óssea e do fígado ganha importância quando tratamos de aves mais velhas (com mais de 70 semanas de idade).

A falta de monitoria (necropsias) e controle (ajustes nutricionais e sanitários) pode resultar em lotes com oscilações de produtividade e qualidade dos ovos, além de elevação de mortalidade semanal.

Atrasos no uso da ração Pré-Postura e Postura 01/Pré-Pico podem causar descalcificação precoce das ave e gerar consequencias (mortalidade e pior qualidade da casca nas fases seguintes de produção).

A adequação dos níveis de colina auxilia no bom funcionamento do fígado. Somado à isto, o uso adequado das enzimas (como fitase e similares) e vitaminas (como vitamina D) auxiliam na manutenção da condição corpórea da ave para que ela se mantenha produtiva.

Sanidade

Observações das aves no momento do abate e a mortalidade semanal dos lotes com mais de 70 semanas podem nos ensinar a lidar melhor com o pós-pico.

A manutenção da integridade intestinal é importante para que os nutrientes oferecidos para a ave sejam devidamente absorvidos. Hoje, não faz muito sentido nos preocuparmos somente com os nutrientes “brutos” se a ave estiver tendo dificuldade em absorver estes nutrientes.

A adoção de medidas de biosseguridade continua sendo cada vez mais importante na rotina das granjas. Quanto maior o desafio sanitário, maior a necessidade de uso de vacinas e maior a possibilidade de medicação dos lotes.

Tudo isto reflete em custos adicionais do ponto de vista fisiológico e econômico. O objetivo é evitar perdas e/ou minimizar perdas quando elas são inevitáveis.

Portanto, o uso adequado de adsorventes de micotoxinas, probióticos, óleos essenciais e similares faz parte das ferramentas nutricionais que protegem as aves contra bactérias indesejáveis (como Clostridium spp.), fatores antinutricionais e instabilidade entéricas que prejudicam a conversão alimentar e a qualidade dos ovos.

Caso seja necessário receber visitas técnicas, é importante estar estruturado para tal. Disponibilidade de uniformes, utensílios de uso exclusivo na granja e barreiras sanitárias são importantes para a segurança destas atividades.

Eduque, demonstre e reforce a importância dos procedimentos de biosseguridade junto aos funcionários da granja. O exemplo vem de cima para baixo.

Ambiência

O enriquecimento ambiental de aves criadas em piso ganha muita importância em momentos onde é necessário manter as aves confinadas por mais tempo (por exemplo, longos períodos de chuva, focos de influenza em regiões próximas).

Em galpões automatizados, o funcionamento de bebedouros, comedouros, sistema de climatização é importante para evitar perdas produtivas. Tecnologia ajuda quando está funcionando corretamente. E esta é dependente da correta manutenção e monitoria.

Manejo

Durante as primeiras semanas de vida e durante as primeiras semanas produtivas da ave, é possível observarmos desuniformidade dos lotes.

Nestes casos, a separação ou até mesmo o sacrifício das aves que não apresentam perspectivas de recuperação pode se fazer necessário.

O critério de seleção e a observação das aves separadas nos ajuda a elaborar medidas corretivas para que o quadro não se repita nos próximos lotes.

O acompanhamento noturno das aves durante as primeiras semanas de vida tem reflexo positivo sobre o desenvolvimento da franga e consequentemente sobre o futuro produtivo do lote.

Durante as primeiras 5 semanas de idade, praticamente 1/3 do total de horas de luz oferecidos para a ave ocorrem entre 17:00 e 06:00 do dia seguinte. Falhas de ventilação mínima, uniformidade de temperatura no galpão, falta de estímulo ao consumo de água e ração são os problemas mais comuns a serem combatidos.

Cada vez mais a severidade do corte/ tratamento do bico das aves está menor. Com o bico mais intacto, é possível que diferenças de comportamento entre os lotes se tornem mais evidentes.

Ensinar as aves, desde a fase de recria, a esvaziar o comedouro uma vez ao dia (no mínimo uma vez na semana) é importante para reduzir a seletividade das aves em relação à ração. Isto uniformiza a produtividade dos lotes.

Genética

As recomendações gerais de manejo, ambiência e nutrição continuam sendo válidas no dia a dia. A experiência de campo retroalimenta os guias de manejo toda a vez que excelentes resultados são obtidos com os lotes.

Portanto, manter registros acurados do desempenho dos lotes ajuda no avanço do programa de melhoramento genético.

O índice de ovos ave alojada e a conversão alimentar continuam sendo índices zootécnicos de importância na avaliação e escolha das linhagens e demais investimentos na granja.

Cada condição de mercado (ovos e insumos), sanitário, operacional, organizacional, social, econômico, financeiro repercute nas decisões da granja.

Nos esforçamos para que as linhagens oferecidas pela Hendrix Genetics (Hisex, Dekalb, ISA e Bovans) através de seus parceiros (Mercoaves e Plumagen), bem como o conhecimento prático e teórico oferecido pelos nosso serviço técnico continuem sendo úteis aos produtores de ovos para que possamos tomar decisões que minimizem períodos de crise e maximizem a lucratividade durante os períodos favoráveis de mercado e continuemos fornecendo à população um alimento seguro, nutritivo, versátil e econômico. 365 dias no ano são, no mínimo, 365 oportunidades de consumo de ovos.

A importância de uma poedeira produtiva em tempos de influenza aviária

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Bem vindo ao clube 500 ovos

EGG CLUB

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PROTEÇÃO DE PONTA A PONTA COM INOVAÇÃO,

TECNOLOGIA,

DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS E BEM-ESTAR ANIMAL

Equipe técnica MSD

Trazer inovação por meio dos nossos produtos é um diferencial da empresa.

A MSD Saúde Animal tem trabalhado para ser uma companhia cada vez mais completa de saúde animal, não somente por meio de um completo portfólio de produtos e serviços, como também no que tange novas tecnologias capazes de permitirem o acesso a dados em tempo real, rastreabilidade e monitoramento dos animais de produção e companhia, aprimorando os resultados de gestão e saúde animal.

Desde 2020, estamos atuando com soluções tecnológicas reconhecidas no mercado nas mais diferentes espécies animais, como Allflex, Sure Petcare, Biomark, Vaki, IdentiGEN, Quantified AG e Sense Hub Poultry de forma multiespécie.

inovação, tecnologia, desenvolvimento de pessoas e bem-estar animal

Vale salientar ainda que a MSD Saúde Animal possui diversas tecnologias que buscam promover mais praticidade na produção, fomentar o bem-estar animal e ampliar a sanidade das aves.

Entre as soluções destacadas estão Innoject Pro, máquina de vacinação simultânea para via subcutânea e spray, MIDHAS, máquina de vacinação spray constante e vacinação gel e, Nexxto, tecnologia de controle de temperatura em tempo real de vacinas armazenadas em geladeira.

Com baixa porcentagem de falha, alta produção por hora e máxima segurança do operador, além de favorecer o bem-estar animal. Isso porque as aves são colocadas em posição relaxada, o processo é menos estressante e as lesões são reduzidas. Por hora, são vacinados até 4 mil pintinhos e a máquina faz a vacinação simultânea de duas aves.

O equipamento também permite fazer a gestão de dados, com recursos compatíveis com iOS e Android.

Já a MIDHAS é uma tecnologia de pressão com aplicação simultânea de vacinas por bicos e/ou barra de gel, com dosagem ajustável. É simples de instalar, operar, limpar e desinfetar.

São equipamentos de tecnologia avançada e que otimizam o processo de vacinação. Inclusive, essas máquinas podem promover a aplicação da vacina de coccidiose, contribuindo para o avanço do controle da enfermidade.

Saúde avícola

a

com inovação, tecnologia, desenvolvimento de pessoas e bem-estar animal

A MSD Saúde Animal possui um rigoroso controle do processo de qualidade de suas vacinas que se inicia na fase de produção nos Estados Unidos e Europa, em fábricas modernas, que garantem um produto eficaz e seguro, permitindo o crescimento do mercado brasileiro com controle sanitário eficiente ao longo dos anos.

E o cuidado não para por aí:

A empresa conta com uma ferramenta exclusiva de gestão de temperatura que pode ser monitorada e acompanhada pelo cliente em tempo real, a tecnologia NEXXTO, garantindo a qualidade do produto durante toda a fase de armazenamento na propriedade.

Como os produtos são importados, a MSD Saúde Animal tem um rigoroso sistema de controle de temperatura durante todo o ciclo de importação, e esse cuidado continua até que a vacina seja aplicada nos animais.

Os imunizantes são armazenados em um centro de logística refrigerado até serem distribuídos para diferentes regiões do país.

Figura 1. Sistema de coleta de dados Comunicação de Leituras a cada 40s Armazenamento e processamento dos dados em nuvem

Conexãocomainternet

Outra vertente importante da MSD Saude Animal é o desenvolvimento de pessoas, e a Universidade Corporativa MSD Saúde Animal é o ecossistema perfeito de aprendizagem que está em constante evolução.

Há diversas frentes que englobam podcast, apoio a instituições de ensino, trabalho social de desenvolvimento de pequenos produtores, serviços personalizados de desenvolvimento para nossos clientes entre outras iniciativas que complementam esse ecossistema com mais de 12 anos de atuação.

Essa é mais uma iniciativa para promover a gestão do conhecimento, o desenvolvimento do colaborador e parceiros e compartilhamento de informações entre todos os setores da empresa. A plataforma também disponibiliza conteúdos para clientes e mercado em geral.

O principal objetivo é democratizar o conhecimento para que todos tenham a oportunidade de desenvolver habilidades técnicas e comportamentais, contribuindo para o protagonismo do processo de aprendizagem do nosso time e os estimulando ao autoconhecimento.

Com relação ao Bem-Estar Animal e como forma de reforçar esse compromisso, a MSD Saúde Animal desenvolveu o protocolo de Certificação em Bem-Estar Único – Missão de Cuidar, que integra o renomado programa de bem-estar animal da companhia, o Criando Conexões Multiespécie. A certificação é auditada pela QIMA/WQS, com critérios adaptados ao clima tropical e que definem produções sustentáveis e focadas em bem-estar.

Saúde avícola

a Ponta com inovação, tecnologia, desenvolvimento de pessoas e bem-estar animal

A nova certificação, que abrange produções de bovinos, suínos e aves, segue mais de 150 critérios de avaliação:

Gestão da propriedade;

Gestão ambiental;

Instalações rurais;

Bem-estar animal e social; Biosseguridade, entre outros.

Todas as propriedades e frigoríficos do Brasil, independentemente do sistema de produção, podem solicitar a nova certificação. Para conquistá-la, todos os critérios envolvidos serão auditados.

O novo selo acompanha o posicionamento da empresa de democratizar o conhecimento e incentivar o bem-estar animal, as práticas sustentáveis, a segurança alimentar e a evolução das técnicas.

Tanto que, no início do ano, a MSD Saúde Animal anunciou o programa Criando Conexões Multiespécie, expandindo o manejo de baixo estresse, até então aplicado somente para fazendas de bovinos, para aves e suínos.

Assim, o programa inclui consultoria em diferentes espécies para otimizar a cadeia produtiva de maneira consciente, gerando ganhos importantes de eficiência operacional e produtividade, além de impactar positivamente os três pilares da saúde única (animais, seres humanos e meio ambiente).

A companhia também presta atendimento, dentro do programa, para a indústria (frigoríficos).

Proteção de Ponta a Ponta com inovação, tecnologia, desenvolvimento de pessoas e bem-estar animal

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Saúde avícola

de Ponta a Ponta com inovação, tecnologia, desenvolvimento de pessoas e bem-estar animal

EVONIK

DEFENDE CONCEITO INOVADOR DE SAÚDE INTESTINAL

Uma visão ampliada da saúde e da nutrição das aves com monitoria de patógenos para controle de riscos com foco em antecipar desafios, evitar perdas, otimizar recursos e melhorar rentabilidade é o futuro da produção avícola

Equipe técnica Evonik

Mais agilidade, maior precisão e maior rentabilidade na avicultura. objetivos de um conceito inovador de saúde intestinal defendido pela Evonik

A companhia propõe um olhar mais amplo para a produção animal, que passa por uma melhor saúde do plantel, por estratégias de manejo focadas em melhor desempenho até uma nutrição mais precisa.

Tudo isso com a finalidade de promover uma melhor saúde intestinal das aves e, consequentemente, melhor eficiência, redução de perdas e maior lucratividade no campo, destacou o médico veterinário e gerente Técnico para Saúde Intestinal da Evonik no Brasil, Vinicius Teixeira.

“Este conceito de saúde intestinal tem o foco em uma produção de aves mais eficiente, sustentável e lucrativa”, salienta o especialista.

Uma análise mais rápida e mais precisa do status sanitário do lote viabiliza uma melhor avaliação de riscos para a tomada de decisão mais rápida, antecipando eventuais perdas provocadas por atrasos em decisões, explica Teixeira.

“Muitas vezes acontece a entrada e a disseminação de algum patógeno no galpão, ou mesmo em uma fábrica de ração, e a percepção deste problema ocorre depois de haver perdas e prejuízos. Antecipar estes desafios sanitários e agir rapidamente possibilita uma atuação mais precisa e focada no problema existente, evitando assim desperdícios de insumos na produção e viabilizando a otimização de recursos”,

explica o executivo, que defende um trabalho de monitoria não invasivo como o início deste conceito de produção focado em melhor saúde intestinal.

“Este trabalho inclui desde a monitoria do status sanitário do plantel com análises não invasivas, passando por recomendações de especialistas e vai até a indicação da melhor estratégia de saúde e nutrição de acordo com a realidade de produção de cada empresa avícola.

O foco é melhorar a eficiência produtiva, reduzir custos e melhorar a rentabilidade para o setor como um todo. Esta estratégia atende produtores de ovos e integrações em cada uma das etapas do ciclo produtivo”, pontua Teixeira defendendo a importância de agir rapidamente ao identificar um desafio e o impacto positivo para o produtor.

MONITORAMENTO DO PLANTEL

O início deste programa passa por um monitoramento não invasivo, o que permite justamente uma maior agilidade na tomada de decisões, já que a maneira tradicional de identificar patógenos intestinais é pela observação de lesões macroscópicas no intestino ou por coletas de materiais que exigem o sacrifício dos animais, e o diagnóstico é feito, quando as perdas já ocorreram.

Neste processo inovador, o especialista defende o monitoramento de patógenos através da coleta de excretas em galpões para observar a quantidade de patógenos específicos capazes de provocar perdas para as aves, ou com potencial zoonótico.

“Através deste monitoramento é possível orientar os programas de controle destes patógenos mesmo sem ver sinais clínicos no campo. Conseguimos identificar a ameaça antes de haver uma perda de desempenho, por exemplo”, afirmou o especialista.

De acordo com ele, este processo ainda permite avaliar a necessidade de substituição ou validação de um programa de drogas ou aditivos, ou até mesmo o desempenho deles.

“Com esta ferramenta, a análise do status sanitário do plantel passa a ser também quantitativa através da técnica de biologia molecular. Isso significa a saída do atual padrão visual adotado hoje em dia para um padrão quantitativo de patógenos presentes.

Além de ser um monitoramento mais preciso, ele antecipa desafios, já que utiliza um grande banco de dados para correlacionar a carga de patógenos encontradas com possibilidades de perdas produtivas, que podem estar ocorrendo independentemente do aparecimento de lesões intestinais.

Este método avalia padrões de lotes com desafios baixo, médio ou alto e avalia diversos desafios cada qual com suas particularidades.

É o futuro da saúde intestinal na avicultura”

A partir deste monitoramento, especialistas conseguem fazer recomendações mais precisas, com análises de risco sobre os patógenos pesquisados e, assim, a equipe de sanidade e nutrição pode validar ou substituir os programas de saúde adotados.

“A ideia é avaliar o momento ideal para alteração e rotação de programas, monitorar riscos, para evitar perdas de resultados e não cair de patamares de ótimos desempenhos. É a busca constante da avicultura para atingir sempre o melhor desempenho possível. Este conceito traz a premissa da prevenção.

É monitorar riscos e prevenir perdas, é cuidar da saúde e da nutrição simultaneamente, é trazer as indicações mais adequadas e específicas de acordo com cada realidade de produção”.

SAÚDE INTESTINAL

Promover uma boa saúde intestinal das aves é uma estratégia eficiente para melhorar o desempenho no campo, o desafio diário da avicultura na busca de resultados sempre melhores.

“Este quadro de melhoria contínua de resultados do setor exige que o produtor tenha uma visão mais ampla da nutrição de precisão associada a saúde animal e, quando possível, empregando ferramentas de zootecnia de precisão”, pontuou Teixeira.

Para ele, produzir cada vez mais carne de frango e ovos com o menor impacto sobre os custos é um dos desafios mais importantes do avicultor. Neste quadro, uma boa saúde intestinal tem impacto direto na saúde geral das aves e em melhor absorção de nutrientes com melhor aproveitamento da ração.

“Ela ainda contribui para o desenvolvimento uniforme dos lotes, tanto de aves de corte quanto de reprodutoras, uma vez que mantém a microbiota intestinal mais equilibrada e estável com sua ação de controle de patógenos”,

explica o especialista destacando o uso de probióticos como ferramenta para promover uma melhor saúde intestinal e alternativa em uma indústria de proteína animal que vem trabalhando com uso cada vez mais restrito de antimicrobianos promotores de crescimento.

Além disso, segundo ele, uma melhor utilização dos nutrientes pela ave reduz a excreção de nitrogênio oriundo do desbalanço de aminoácidos, diminuindo assim o impacto ambiental.

O executivo destaca estudos conduzidos pela companhia que mostram que uma estratégia nutricional com uso de Ecobiol, um probiótico de cepa única definida, Bacillus amyloliquefaciens CECT 5940, mostrou melhor desempenho zootécnico do plantel, além de ser eficaz no combate a patógenos, como Clostridium perfringens, Escherichia coli e Salmonella enterica, por exemplo.

“Essa cepa tem crescimento mais rápido na comparação com outros probióticos, desta forma seus metabólitos são produzidos e começam a inibir os patógenos alvo de forma mais precoce”.

Outro benefício apontado pelo estudo mostra boa compatibilidade com outras ferramentas, como ácidos orgânicos, fitoterápicos, óleos essenciais e antimicrobianos promotores de crescimento, encerra Teixeira.

Uma ferramenta tecnológica para monitoria de patógenos na avicultura, o ScreenFloX® chegará em breve ao mercado para prever precocemente possíveis desafios sanitários e ajudar o produtor a tomar decisões mais rápidas e assertivas, antes que este desafio se converta em prejuízos.

A Evonik vai trabalhar estes resultados com algoritmos inteligentes que trarão insights e alertas de forma digital sobre os riscos destes patógenos na produção via web e App.

“É um serviço contínuo de monitoria de patógenos intestinais”.

Evonik defende conceito inovador de saúde intestinal

PRINCÍPIOS DE BIOSSEGURIDADE NA AVICULTURA COM ÊNFASE NO CONTROLE DE SÍNDROME ENTÉRICA - UM NOVO OLHAR

Na profilaxia de doenças infecciosas em população de aves, no contexto da saúde animal, seja prevenção ou controle, está sempre direcionada para a população de determinada área geográfica (Saúde Animal) ou para um estabelecimento de produção (Medicina Veterinárias Preventiva/biosseguridade) e o requisito fundamental para sua execução é o conhecimento da epidemiologia das doenças transmissíveis.

Profa. Dra. Masaio Mizuno Ishizuka

Profa. Titular Senior de Epidemiologia da FMVZ-USP

Trata-se da ciência que estuda os mecanismos de transmissão de doenças em populações animais e as medidas de profilaxia que, para sua aplicação, é necessário conhecer o agente etiológico envolvido, o hospedeiro e o meio ambiente.

É a habilidade de resolver problemas com consciência aprendendo em como pensar e não no que pensar para delinear um programa de saúde avícola

Sem a epidemiologia não há base cientifica para a prática da Saúde Animal e da Biosseguridade.

O foco da clínica é o animal doente é tal como olhar para uma árvore doente. Seu objetivo é o tratamento.

O foco da patologia é uma parte do animal (lesões macro e microscópicas, soro sanguíneos, fragmento de órgãos) com o objetivo de estudar o caminho que um agente de doença percorre no organismo de um animal infectado ou doente. É tal como olhar para a madeira da árvore doente.

O foco da epidemiologia é o meio ambiente onde vivem os animais (granja) e a circunvizinhança onde estão presentes os fatores de risco (animais silvestres e domésticos de vida livre), granjas de subsistência, coleções de água (rios, lagos, reservatórios), aterros sanitários, lixões, roedores, insetos, etc.

Figura 1. Representação dos pilares da clínica, patologia e epidemiologia.

A clínica estudia animis doentes

A patologia estudia animais mortos e/ou partes destes e dos doentes

A epidemiologia estudia animais doentes + sadios + sacrificados + meio ambiente

Portanto, as medidas de biosseguridade referem-se à atuação nos diferentes componentes do meio ambiente.

Um programa de controle de doenças deve ser bem delineado tanto do ponto de vista biológico (eficácia) como econômico (eficiência). Deve ser também dinâmico para poder evoluir de acordo com as alterações da situação avaliadas pela frequência de ocorrência da doença/infecção, econômica (custo x benefício), política ou sócio climática que requeiram mudança de rumo do programa.

São objeto deste documento aves de produção comercial sem destaque especifico às diferentes modalidades alternativas como frangos de corte free range, galinhas de postura comercial cage free.

CONSIDERAÇÕES SOBRE RELAÇÃO ETILOGIA, HOSPEDEIRO E MEIO AMBIENTE

Agentes etiológicos

Serão mencionados simplesmente como patógenos ou agentes de enterites em razão de no enfoque epidemiológico serem tratados como agentes de doenças entéricas a despeito de cada agente ser representado por inúmeras espécies. Caracterizam-se por serem eliminados pelas fezes, serem altamente resistentes às condições do meio ambiente onde permanecem viáveis por meses e entrando no organismo de um novo hospedeiro pela boca e daí a denominação de doenças de transmissão oro fecal.

Hospedeiros

Agentes de enterites não apresentam especificidade de hospedeiro. Este conhecimento nos concede autoridade cientifica para controlar o conjunto de agentes que causam a síndrome entérica em uma população e invalida qualquer procedimento de controle direcionado para um ou alguns poucos agentes etiológicos. Tomando-se apenas as salmonelas como exemplo, verifica-se que infectam mais de 2.600 espécies de hospedeiros de sangue quente e frio.

Solução completa para Marek, Gumboro e Newcastle

A Combinação Perfeita entre vacinas para uma proteção precoce e segura

Meio ambiente

A relação hospedeiro-parasita é modulada pelo meio ambiente nos seus mais diversos componentes como condições socioeconômicas (pobreza e riqueza; grau de escolaridade), clima, natureza do solo, vegetação, matas (presença de animais predadores, aves silvestres, animais silvestres), natureza da exploração animal (criação de aves somente ou mista com outras espécies animai), presença de criatórios free range e de subsistência etc. O equilíbrio da relação hospedeiroparasita é conquistado quando o meio ambiente favorece a produção de aves que é objeto do programa e quando desfavorece, a avicultura passa a enfrentar aumento na ocorrência de doenças e o prejuízo se instala.

Enfatize-se que na profilaxia de doenças (erradicação, prevenção e controle) as medidas são aplicadas aos diferentes componentes do meio ambiente.

Quando as medidas de profilaxia equilibram as forças defensivas do hospedeiro e ofensivas do meio ambiente, a doença se manifesta em nível controlado como se pode observar na figura abaixo e a produtividade não é comprometida. O equilíbrio entre os pratos ilustra o equilíbrio entre as forças defensivas do hospedeiro e as forças agressivas do meio ambiente.

Cadeia de transmissão das doenças que constituem a síndrome entérica.

FONTE DE INFEÇÃO

Aves doméstica e de vida livre incluindo silvestres que albergam o parasito em seu organismo e elimina para o meio ambiente. Podem se doentes, portadores (sadios, em incubação ou convalescentes e reservatórios (aves de outras espécies e animais domésticos e silvestres);

VIAS DE ELIMINAÇÃO

Meio ou veículo que o parasito utiliza para chegar ao meio ambiente. São as fezes;

VIAS DE TRANSMISSÃO

PORTA DE ENTRADA

Meio ou veículo que o parasito utiliza para entrar no novo hospedeiro. São a água, ração, cama, moscas, cascudinhos, botas, mãos contaminadas pelo parasito; meio ou veículo que o parasito utiliza para entrar no novo hospedeiro. São a água, ração, cama, moscas, cascudinhos, botas, Acesso do parasito ao novo hospedeiro que é a boca;

SUSCETÍVEL

Novo hospedeiro a ser infectado;

Na ausência de medidas e cazes de controle, este ciclo se repete inde nidamente na população resultando no aumento gradativo da prevalência.

A cadeia de transmissão ou cadeia epidemiológica é constituída pelos seguintes elos:

MEDIDAS DE PROFILAXIA

Medidas relativas às fontes de infecção

Tratamento das aves quando couber e eliminação do lote quando estabelecido por legislação (salmonelas).

Medidas relativas às vias de transmissão

Cercas sobre muretas para impedir entrada de animais estranhos à criação; barreira sanitária (portão sanitário) e higiene dos funcionários e visitantes); limpeza das áreas externas ao galpão (ênfase em roedores e moscas); tratamento completo da água de bebida, armazenagem e rede de distribuição; recolha e destino adequando dos dejetos e animais mortos; limpeza e desinfecção do piso, comedouros, bebedouros, cortinas no vazio sanitário; controle de cascudinhos no vazio sanitário; prevenção e controle de pragas (roedores, moscas e cascudinhos durante alojamento).

Medidas relativas aos suscetíveis

Vacinas quando houver.

biosseguridade

DELINEANDO UM PROGRAMA DE CONTROLE DE SÍNDROME ENTÉRICA - BIOSSEGURIDADE:

1

2

DELINEAMENTO EXECUÇÃO

Definição dos objetivos inicial, intermediário e final. Redigir Manual de Procedimentos e elaborar fichas de procedimento operacional padrão ( POPs);

Objetivo Inicial: introduzir medidas de biosseguridade;

Objetivo intermediário: reduzir a morbidade e/ou mortalidade e aumentar a produtividade;

Objetivo final ou propósito: melhorar as condições de saúde das AVES.

Fase de ataque: aplicação continua e sistematicamente os procedimentos. Implica em se avaliar periodicamente para correção de rumos.

Fase de consolidação: atingido o objetivo final, ajustar as medidas de biosseguridade para que não ocorre recrudescimento das infecções ou doença.

Fase de manutenção: continuidade da fase anterior, porém integrando ao Plano de saúde animal do estabelecimento ou da zona.

Avaliação: realizar avaliação periódica não apenas realizando provas laboratoriais para avaliação da presença ou ausência do patógeno, mas principalmente analisando estaticamente os indicadores de saúde (morbidade, mortalidade); indicadores de produção.

Os testes estatísticos são bastante simples como teste da diferença entre proporções para variáveis qualitativas e teste da diferença entre médias para variáveis quantitativas estabelecendo sempre a priori o nível de rejeição da hipótese de nulidade (α ou p).

Componentes das medidas de biosseguridade: biosseguridade conceitual, biosseguridade operacional e biosseguridade estrutural.

Biosseguridade conceitual: diz respeito às medidas de prevenção ou controle contra perigos presentes nas circunvizinhanças para delinear as medidas relativas à cerca e portão sanitário.

Biosseguridade estrutural: diz respeito às medidas de prevenção ou controle contra perigos presentes nas instalações, em objetos, utensílios, cama, pragas, etc.

Biosseguridade operacional: diz respeito às medidas de higiene do pessoal interno, visitantes, terceirizados e fixo.

Princípios de biosseguridade na

Princípios de biosseguridade na avicultura com ênfase no controle de síndrome entérica - um novo olhar

A IMPORTÂNCIA DA REDUÇÃO

DA CARGA DE SALMONELA NA INDÚSTRIA AVÍCOLA

As doenças alimentares podem ser causadas por agentes químicos, físicos ou biológicos, que podem acarretar problemas de saúde e perdas econômicas. As doenças transmitidas por alimentos contaminados por microrganismos podem ser denominadas como Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA) (OLIVEIRA et al., 2012)

As bactérias do gênero Salmonella, por serem prevalentes na natureza e isoladas em um grande número de reservatórios no ambiente, são consideradas um dos mais importantes patógenos alimentares (BERSOT, 2006)

Um dos principais riscos à saúde pública está relacionado à contaminação dos alimentos por microrganismos como a salmonela (SILVA, 2017)

As salmonelas paratíficas são de interesse em saúde animal e pública (SANTOS et al., 2013), onde são prevalentes no trato gastrointestinal das aves e podem ser contaminantes em alimentos de origem avícola (BERCHIERI JÚNIOR et al., 1993).

Luiz Eduardo Takano, Alceu Kazuo Hirata, Carlos Dalle Mole Equipe técnica de biológicos Vetanco

A contaminação por Salmonella spp. pode ser citada como um exemplo de risco microbiológico em uma indústria de frango (HACHIYA et al., 2020). As operações de abate de aves são fatores que podem desencadear contaminação de carcaças por salmonela.

ou pelo extravasamento de conteúdo gastrointestinal, sendo essa a principal fonte de infecção das carcaças por Salmonella spp. nos abatedouros (RASSCHAERT et al., 2008)

Esta contaminação pode ocorrer entre aves de um mesmo lote e entre lotes distintos, destaque para o último elemento que pode disseminar o agente pela planta processadora (OLIVEIRA et al., 2012).

Não é uma surpresa que a carne de frango seja frequentemente infectada devido a contaminações cruzadas por equipamentos, utensílios e manipuladores (VON RUCKERT, 2006).

A Salmonella spp. é considerada importante item de monitoramento de Ponto Crítico de Controle (PCC) no abate de frango, já que pode ser encontrada em diferentes fases do abate (VON RÜCKERT, D.A.S. PINTO, B.M. SANTOS, P.S.A., MOREIRA, A.C.A. RODRIGUES, 2009)

Durante o abate e o processamento dos frangos, a presença de Salmonella spp. nos intestinos, pele e penas pode resultar em contaminação da carne e seus subprodutos (BRIAN; DOYLE, 1995).

Os lotes de frango de corte negativos podem se contaminar através da contaminação cruzada provocada por lotes positivos abatidos no mesmo dia, pelo uso de equipamentos compartilhados

Como medida recomenda-se a adoção de ferramentas de controle de riscos potenciais de contaminação (ZANDONADI et al., 2007)

A prevenção é a melhor ferramenta para assegurar um produto final de qualidade (CARDOSO; TESSARI, 2013).

COMO PODE OCORRER A CONTAMINAÇÃO CRUZADA?

Utensílios compartilhados Aves contaminadas no lote Extravasamento do conteúdo gastrointestinal

Diante disso, a estratégia de prevenção requer múltiplas abordagens para que se reduza a disseminação desta bactéria durante o processamento da carne de aves, incluindo o enfoque de Saúde Única (One Health) (SILVA; CALVA; MALOY, 2014).

Devido ao impacto que a salmonela representa na cadeia produtiva avícola, o uso de vacinas tem sido adotado pela indústria avícola mundial, conforme os desafios de cada região e a legislação vigente (VAN IMMERSEEL et al., 2013).

A meta da vacinação contra as bactérias do gênero Salmonella é impedir a sua aderência no intestino e, consequentemente, a multiplicação e excreção da bactéria pelo organismo de aves infectadas e assim, reduzir a colonização nos órgãos.

Desta maneira, aves que foram vacinadas podem suportar uma infecção, eliminar menos bactéria pelas fezes, favorecendo a diminuição da pressão de contaminação ambiental (SHARR, 2003).

O benefício do uso de vacinas se deve ao melhor preparo do sistema imune do hospedeiro para uma rápida resposta imunológica e na agilidade da eliminação do agente (BARROW, 2007).

A pesquisa de Salmonella spp. para avaliação da contaminação em abatedouros por métodos qualitativos é uma prática comum, mas a quantificação da bactéria não é rotineiramente empregada, uma vez que técnicas tradicionais de enumeração como o Número Mais Provável (NMP), que utilizam séries de tubos múltiplos, demandam tempo, mão de obra e recursos financeiros elevados dificultando sua aplicação em programas de monitoria (CAVADA; CARDOSO; SCHMIDT, 2010).

Pensando em redução de salmonela da granja ao frigorífico, foi avaliada a efetividade da vacina oral de subunidade Biotech Vac Salmonella® em frangos de corte naturalmente infectados.

da redução da carga de salmonela na indústria avícola

Quatro granjas comerciais de frango de corte, totalizando 176.500 aves, com histórico de ocorrência de Salmonella spp. foram selecionadas. Durante três ciclos produtivos consecutivos, os frangos de corte foram vacinados por via oral na água de bebida no 3º e 17º dia de vida, com dosagem de 0,2 ml/ave.

Para quantificar a Salmonella spp., foram coletadas nove aves por galpão no 40º dia de vida e os cecos de três aves foram agrupados (3 pools, 3 aves cada).

Após o isolamento, a Salmonella spp. foi quantificada pelo Número Mais Provável por grama de ceco (NMP/g) de acordo com a ISO ISO6579-1 2017. O teste de Kruskal-Wallis (α ≤ 5%), seguido do teste de comparações múltiplas de Dunn, indicou que houve redução de Salmonella spp. no ceco ao longo dos ciclos.

O NMP/g nos ciclos 2 e 3 foi significativamente menor quando comparado ao ciclo 1 (p = 0.231), ciclo 01 – 1.012a (± 1.309) NMP/g, ciclo 02 – 0.1655ab (±0.2855) NMP/g e ciclo 3 – 0,12b (±0,1549) NMP/g.

Com estes resultados foi observada redução da quantidade de Salmonella spp. presente no ceco das aves e, assim, proporcionando menor contaminação em escala quantitativa dentro da planta de abate.

Gráfico 1 - Efeito da vacina de subunidade oral (Biotech Vac Salmonella) na eliminação de Salmonella spp. em frangos de corte naturalmente infectados

(±1.309)

(±0.2855) Ciclo

Podemos concluir que, com uma menor carga de Salmonella spp. nas aves, a probabilidade de contaminações em equipamentos e contaminações cruzadas no processamento de abate podem ser minimizadas.

Para compreender a redução de carga e contaminação cruzada de carcaças de frango de corte, um estudo realizado na Universidade Estadual de Londrina (UEL) teve como objetivo contaminar carcaças de frangos de corte com Salmonella Heidelberg (SH) para avaliar o potencial de contaminação cruzada em chiller experimental. Foram utilizadas 40 aves por tratamento, sendo o nível de contaminação das carcaças por SH de 5% (2/40).

Para o nível de contaminação de 5% foram utilizadas as inoculações com log de 106, 104 e 102. Foi observado que quanto maior o log de inoculação maior foi a contaminação cruzada e a recuperação de Salmonella spp.

Desta forma podemos concluir que a contaminação cruzada no abatedouro está diretamente correlacionada com a quantidade de salmonela nas aves e que as vacinas de subunidades proteicas conferem proteção às aves reduzindo as cargas de salmonela que vão para a planta de abate.

Esta pode ser uma ferramenta importante na contenção desta enfermidade na cadeia avícola, associada aos procedimentos de biosseguridade, garantindo alimentos seguros para os consumidores.

A importância da redução da carga de salmonela na indústria avícola

A nova geração de vacinas contra salmonellas paratíficas!

A Biotech Vac Salmonella é a primeira vacina de subunidade para o controle de salmonelas na avicultura industrial.

Proteção

Confere imunidade de mucosa e sistêmica

Estável

Consumo da vacina de 6 a 8 horas

Inovadora

Primeira vacina de subunidade

Prática

Não precisa retirar cloro da água de bebida

SeguraÉ uma vacina inativada

Estratégica

Proteção contra os grupos B, C e D

DIFERENTES METODOLOGIAS DE TRATAMENTO DA CASCA DE OVOS: IMPACTOS SOBRE A QUALIDADE FÍSICA E MICROBIOLÓGICA

DE OVOS COMERCIAIS

Alicia Dal Santo, Vanessa Forcellini, Ana Paula Gonzatti, Lucas Zanella, Gustavo S. Hoepfner, Eduarda da Silva, Milena P. Marin, Bruna B. Caus, Fernanda Danieli A. Valentini, Heloisa Pagnussatt, Lilian K. Girardini, Tiago Goulart Petrolli

Universidade do Oeste de Santa Catarina

Como qualquer produto de origem animal, o ovo é perecível, e a perda da qualidade é inevitável. Diversos fatores, individualmente ou em conjunto, podem influenciar na qualidade dos ovos. Dentre eles, idade e genética matrizeira, temperatura, umidade, dieta e contaminações.

Após a oviposição, o tempo de vida da prateleira e a qualidade estão relacionados com os processos externos, tornando necessária a tomada de medidas preventivas, desde a coleta na granja até a comercialização.

Atualmente, o prazo de validade máximo autorizado pela fiscalização é de 30 dias, um tempo curto, quando se compara com outros produtos de origem animal.

Diante disso, faz-se necessário o desenvolvimento de novas tecnologias que amenizem os impactos negativos do armazenamento prolongado dos ovos.

Para isso, foca-se em processos que reduzam o biofilme e a carga microbiana na parte externa da casca, somados a processos de selamento de seus poros externos, impedindo a troca de gases e a migração de umidade entre o meio interno e externo dos ovos.

O cloro é efetivo contra muitos microrganismos e atóxico em concentrações recomendadas, tendo ação bactericida rápida em solução aquosa, formando ácido hipocloroso (HOCl), que pode penetrar na célula bacteriana e liberar o oxigênio, oxidando componentes essenciais do protoplasma, causando a morte celular (GREZZI, 2007).

Enzimas, por sua vez, são proteínas que digerem os componentes orgânicos presentes na casca, facilitando sua limpeza.

Ainda, a utilização de óleos essenciais é cada vez mais frequente na produção animal principalmente por suas propriedades antimicrobianas.

Isso é possível porque os óleos possuem moléculas hidrofóbicas que passam livremente na parede celular e membrana citoplasmática bacteriana, provocando perda de íons e danos para estruturas internas a célula resultando na sua morte, podendo possuir efeito desinfetante na parte externa da casca dos ovos (Pesavento et al., 2015).

Além dos sanitizantes, a vedação dos poros com componentes vedantes, por exemplo, ceras, goma-laca, são utilizados.

A Goma-laca é um polímero natural refinado da secreção de Kerria lacca, é encontrado na forma de flocos ou pó insípido, possui diversas finalidades.

de tratamento da casca de ovos: Impactos sobre a qualidade física e microbiológica de ovos comerciais

Objetivou-se avaliar se há influência da aplicação de três protocolos de tratamento para limpeza e/ou vedação dos poros da casca dos ovos sobre sua qualidade, verificando se há efeito da adição dos diferentes protocolos de limpeza e/ou vedação da casca, em 45 dias de armazenamento, sobre a qualidade física e a qualidade microbiológica dos ovos, para proporcionar informações e técnicas que possam contribuir com a evolução da cadeia produtiva.

Material e Métodos

O experimento foi realizado no setor de avicultura do Núcleo de Ciência e Pesquisa Aplicada em Monogástricos (NUPAM) da Universidade do Oeste de Santa Catarina – Xanxerê.

Foram utilizados 480 ovos vermelhos comerciais, oriundos de poedeiras da linhagem Hy-Line brown, classificados em classificadora automática, em classificação do tipo “grande”, com peso médio de 57g +-2,5g, conforme resolução n.1/2003. (Brasil, 2003).

Todos os ovos utilizados foram frescos, dispostos em delineamento experimental inteiramente casualizado em arranjo fatorial, composto por quatro tratamentos e dois períodos de armazenamento (Tabela 1).

Tratamento

Controle negativo (sem higienização)

Tempo de armazenamento

45 dias

Lavagem com Cloro 45 dias

Lavagem com Blend de Enzimas + Cloro

Lavagem com cloro + Óleos essenciais + Goma Laka

45 dias

45 dias

A aplicação foi realizada por meio de borrifação manual, conforme segue: tratamento cloro50ppms e limpeza física; blend de enzimas – blend a 0,4% de concentração com posterior lavagem com cloro a 50ppm e limpeza física; Tratamento lavagem com cloro a 50ppms + aplicação de óleos essenciais + goma laka, com tempo de ação de 30 segundos, com posterior limpeza física, além de um tratamento controle negativo.

Os ovos foram armazenados em temperatura ambiente, em bandejas de celulose, sendo mantidos por 45 dias de armazenamento.

Todos os ovos foram pesados em balança de precisão, posteriormente quebrados sobre mesa especial de vidro e imediatamente submetidos às avaliações de qualidade de casca, albúmen e gema.

Foram pesados os ovos integrais, casca e gema individualmente, sendo obtido o peso do albúmen através da diferença entre o peso do ovo integral e do somatório dos pesos da casca e da gema.

Tabela 1. Tratamentos utilizados

Qualidade dos ovos

A medida da altura do albúmen foi obtida com o uso de altímetro especial (Egg Quality Micrometer), e o peso obtido com auxílio de balança de precisão.

Para a qualidade de albúmen, foi utilizada a Unidade Haugh, seguindo metodologia proposta por Card e Nesheim (1968), calculada de acordo com a equação

UH= 100 log (H + 7,57 - 1,7W

em que UH = unidade Haugh; H = altura do albúmen (em milímetros); W = peso do ovo (em gramas).

Avaliaçãomicrobiológica

Para contagem bacteriana, utilizou-se adaptação da metodologia descrita por MOTTA et al. (2007).

Preparou-se o inóculo inicial com pools de ovos homogeneizados em sacos de stomacher.

Assim, realizaram-se as diluições seriadas até 10-6, em microtubos contendo 900ul de solução salina e 100ul de inóculo.

A altura da gema foi mensurada por meio de altímetro, com valor obtido em milímetros, e o diâmetro da gema por meio de paquímetro digital, também em milímetros.

A qualidade da gema foi avaliada por meio da obtenção do índice gema, o qual consiste na relação entre a altura da gema e o diâmetro da gema, de acordo com a fórmula: IG = altura da gema (mm) / diâmetro da gema (mm).

Para a avaliação da qualidade da casca, foi utilizado texturômetro (LY-TX-700, Tecnal, Piracicaba, Brasil), que avalia a resistência da casca à quebra, com resultados expressos em kgf.

Posteriormente, os ovos foram quebrados para a obtenção do peso da casca, pesadas em balança de precisão.

Posteriormente, realizou-se o plaqueamento em Agar PCA, em duplicata.

Após a incubação (37°C/48h), foram contados as colônias e o número de unidades formadoras de colônia por mililitro (UFC mL-1) das amostras foi calculado multiplicando-se o número de colônias contadas nas placas pelo inverso da diluição que a contagem foi realizada.

Submeteu-se os resultados experimentais ao teste de normalidade Shapiro Wilk, seguido da análise de variância. Em caso de diferença significativa, os dados experimentais foram comparados com teste Tukey a 0,05 de probabilidade, pelo software estatístico R.

de tratamento da casca de ovos: Impactos sobre a qualidade física e microbiológica de ovos comerciais

Resultados e Discussão

Na Tabela 2, representa-se os parâmetros quantitativos dos ovos armazenados por 45 dias, os quais não apresentaram diferença (P>0,05), entre o controle negativo e as demais alternativas avaliadas.

*Médias seguidas por letras diferentes na mesma linha diferem estatisticamente através do Teste Tukey, a 0,05 de significância. Neg – Controle Negativo. GL – Goma Laka.

A Tabela 3, mostra os resultados qualitativos avaliados entre os diferentes tratamentos, nos quais pode-se observar diferença significativa (P>0,05), nos ovos submetidos a lavagem com cloro, que apresentou médias superiores para altura de clara (3,04mm), unidade Haugh (46,30) e resistência de casca (4,57 kgf).

*Médias seguidas por letras diferentes na mesma linha diferem estatisticamente através do Teste Tukey, a 0,05 de significância. Neg –Controle Negativo. GL – Goma Laka.

Tabela 2. Parâmetros quantitativos de ovos armazenados pelo período de 45 dias submetidos a diferentes tipos de higienização

Tabela 3. Parâmetros qualitativos de ovos armazenados pelo período de 45 dias

dias de armazenagem

dias de armazenagem

A Tabela 4 discorre sobre a avaliação microbiológica nos ovos armazenados, cujos ovos pertencentes ao controle negativo e a lavagem com cloro apresentaram menor contagem bacteriana (P<0,05). O tratamento de lavagem com Blend de enzimas + cloro foi o que apresentou maior contagem bacteriana (P>0,05), sendo considerado o menos eficiente.

*Médias seguidas por letras diferentes na mesma linha diferem estatisticamente através do Teste Tukey, a 0,05 de significância. Neg –Controle Negativo. GL – Goma Laka.

Oliveira et al. (2020), avaliou o uso de pectina como revestimento para manter a qualidade de ovos refrigerados e não refrigerados por 5 semanas, e a partir da 3 semana pode observar perda de peso nos ovos sem revestimento, indicando que o revestimento obtém capacidade de selar a casca, evitar a entrada de contaminações e perda de fluídos.

Aos 45 dias de armazenamento, observouse maior altura da clara e maior unidade haugh dos ovos lavados com cloro e com o blend de enzimas + cloro.

Esses resultados podem ser explicados pela capacidade do cloro de formar ácido hipocloroso (HOCl) quando adicionado a água e promover ação bactericida de maneira rápida, penetrando na célula e liberando oxigênio, que oxida componentes essenciais do protoplasma bacteriano, causando a morte celular bacteriana (GREZZI, 2007), resultando em menor número de contaminantes.

Tabela 4. Contagem bacteriana de ovos armazenados pelo período de 45 dias

Panini (2019), utilizou água clorada para avaliar os efeitos em comparação a ovos não higienizados perante a qualidade e higienização da casca.

Não encontrou diferença significativa entre os tratamentos perante análises de unidade Haugh, índice de gema, pH e pela perda de peso dos ovos nas diferentes temperaturas e períodos de armazenamento, no entanto, concluiu que a temperatura foi fator determinante para a conservação dos ovos principalmente aqueles submetidos a refrigeração que obtiveram perda de peso retardado quando comparada com o tratamento que permaneceu em temperatura ambiente.

Já Oliveira et al. (2020), não observou diferenças significativas no uso de revestimento a base de pectina sobre unidade Haugh (HU), quando armazenadas sob refrigeração, em contrapartida quando em temperatura ambiente os ovos com revestimento apresentaram os melhores resultados e parâmetros de qualidade no período avaliado.

Houve maior resistência da casca dos ovos submetidos a lavagem com cloro e com cloro + Óleos essenciais + Goma Laka, quando comparados aos demais tratamentos, isso por que o principal objetivo do uso de revestimentos é promover uma película protetora para os ovos e consequentemente reduzir problemas de contaminação microbiana, minimizando as perdas de água e dióxido de carbono,

melhorando as propriedades de permeabilidade da casca reduzindo a degradação interna, o que permitirá maior tempo de armazenamento e incrementará a resistência da casca a impactos, mantendo as características e propriedades nutritivas. (BRASIL et al., 2019).

Song et al. (2022), investigou os efeitos de emulsões de base biológica de goma-laca (S) induzidas pela incorporação de óleo essencial de agulha de pinheiro (PNEO), com efeitos nas propriedades físicas, funcionais e propriedades antibacterianas de revestimentos na preservação de ovos.

Os resultados mostraram ótima estabilidade de aplicação e armazenamento, excelente desempenho de barreira ao vapor de água, oxigênio, barreira ultravioleta e efeito bacteriostático do revestimento que contribuíram para a embalagem dos ovos.

A resistência da casca é relacionada ao tempo de armazenamento e sua capacidade de selar e impedir a entrada de microrganismos para manter as características de qualidade. A ação bactericida do cloro promove menor carga microbiana e menor deterioração na casca, promovendo maior qualidade e resistência.

e sua severidade estão totalmente relacionados a presença de sujidades aderidas a casca e a carga microbiana inicial. O propósito da sanitização é reduzir ou eliminar as populações bacterianas na superfície, e consequentemente em seu interior.

No entanto é imprescindível uma pré-seleção visual dos ovos, para retirar da linha de higienização os que apresentarem alguma sujidade, otimizando a ação dos sanitizantes a base de cloro. (NETO et al., 2019)

No presente estudo, os ovos pertencentes ao tratamento que recebeu a lavagem apenas com o Cloro, apresentaram melhor qualidade microbiológica, com menor contagem bacteriana total.

Neto et al. (2019), no uso de diferentes procedimentos e sanitizantes também observou eficiência no procedimento de lavagem com cloro 100 ppm na eliminação do grupo de coliformes totais, onde obteve uma frequência de 100% de eliminação em três repetições frente os coliformes totais.

Já Panini (2019), utilizou água clorada e avaliou seus efeitos em comparação a ovos não higienizados e concluiu que microbiologicamente todos os tratamentos foram eficazes na redução da contaminação microbiana da casca dos ovos, sem diferença significativa entre os mesmos.

Conclusão

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A lavagem com cloro apresentou o melhor conjunto de eficiência, tanto na manutenção da qualidade do albúmen quanto na resistência da casca, sendo a melhor ferramenta a ser usada nos programas de higienização de ovos. A lavagem dos ovos influencia positivamente na aceitação do produto pelo consumidor, uma vez que melhora a aparência para comercialização.

Proteção de Ponta a Ponta com inovação, tecnologia, desenvolvimento de pessoas e bem-estar animal

Enterite Necrótica (EN) é a forma clínica da infecção por Clostridium perfringens (CP) em aves domésticas. Os surtos de EN em frangos de corte são mais frequentes ao redor da quarta semana de idade, na sua forma clínica a mortalidade aumenta subitamente podendo chegar a 50%, sem que haja sinais prévios evidentes.

ENTERITE NECRÓTICA EM FRANGOS DE CORTE – PARTE I

M.V. M.Sc. Dino Garcez e M.V. Letícia Tonoli Braga

1Consultor técnico/ DGbioss

2Technical Sales Manager Poultry Expert /DSM Produtos Nutricionais S/A

Ambas as formas da doença podem gerar prejuízos econômicos da ordem de USD 0,05/ ave (Esquema 1)

Piora da conversão alimentar em 6-9 pontos

Redução de 3-5% no peso nal

Perda U$ 0,05 por ave/ano

A forma subclínica de CP é mais prevalente que a clínica, gerando as maiores perdas econômicas à indústria avícola. Nesta forma, ocorrem danos crônicos à mucosa intestinal que levam à diminuição da digestão e absorção de nutrientes, e, portanto, do desempenho zootécnico e do rendimento no abatedouro.

Aumento de 0,5 - 1% na mortalidade diária do lote

Maior condenação no abatedouro (19%)

Esquema 1 - Impacto econômico das clostridioses em frangos de corte.

Neste artigo serão abordados a caracterização do CP e os principais fatores predisponentes à sua ocorrência.

O CLOSTRIDIUM

O CP é um bastonete, GRAM positivo (G+, figuras 1 e 2), anaeróbio estrito e formador de esporos. É ubíquo na natureza, podendo ser encontrado na água, no solo, na poeira, no ar e trato intestinal de seres humanos e animais sadios.

Aves acometidas por EN apresentam contagem de CP entre 106 e 108 UFC/g (Unidades Formadores de Colônia por grama) de conteúdo intestinal, mas isso por si não é capaz de gerar doença, uma vez que nem todas as cepas são patogênicas.

Assim, para que ocorram lesões intestinais são necessários a presença de cepas virulentas geralmente clonais bem como de fatores predisponentes simultaneamente.

Entre os fatores de virulência de maior importância podemos citar as toxinas, bacteriocinas, enzimas e adesão à matriz extracelular. A presença de aminoácidos, fatores de crescimento e vitaminas são essenciais para seu desenvolvimento.

FATORES DE VIRULÊNCIA

Toxinas

Historicamente os isolados de CP foram classificados em cinco tipos (A, B, C, D e E) dependendo da toxina produzida que pode ser alfa, beta, épsilon ou iota. Isolados do tipo A (toxina alfa) são os mais comumente encontrados em casos de EN.

Esta toxina causa contração dos vasos sanguíneos, agregação plaquetária e disfunção miocárdica, o que pode levar à morte aguda. Já a toxina beta induz necrose hemorrágica da mucosa intestinal.

Mais recentemente, outros tipos foram introduzidos (F e G), sendo o tipo F produtor de enterotoxina e o tipo G produtor da toxina NetB, a qual representa um fator de virulência crítico na patogenicidade de EN em aves.

Esta toxina causa arredondamento e lise celular in vitro sendo que o seu gene foi identificado em 95% dos casos (39/41) em um surto de EN em frangos de corte no Canadá.

Figura 1. C. perfringens (microscopia electrônica)

Figura 2. C. perfringens - Coloração de GRAM

Bacteriocinas

São compostos tóxicos proteicos produzidos por bactérias que geralmente inibem o desenvolvimento de cepas relacionadas. A produção de bacteriocinas por cepas virulentas de CP no intestino reduz a população de cepas da mesma espécie e que competem por nutrientes.

Enzimas

Foi demonstrado que isolados de CP de casos clínicos de campo secretam potentes enzimas colagenolíticas que causam lesões as vilosidades na membrana basal e nas laterais dos enterócitos (tigh junctions) as quais se estendem até a lamina própria e por fim, até o epitélio.

Adesão

Tem sido reportado que o CP é capaz de se aderir a moléculas da matriz extracelular no intestino (colágenos tipo III, IV e fibrinogênio), que normalmente são expostas em situações em que há danos teciduais como os causados por Eimeria spp.

Em resumo, a necrose de coagulação ocorre frequentemente no topo dos vilos, estendendo-se da superfície do epitélio à lâmina própria. Junto das lesões é possível encontrar uma quantidade abundante de CP aderidos à superfície das regiões lesionadas.

A destruição parcial da mucosa intestinal contribui não apenas para uma maior adesão como, também, para um maior extravasamento de proteínas, este maior fornecimento de substrato favorece a sua multiplicação, e uma maior produção de toxinas e seu acesso aos sítios de ação.

PRINCIPAIS FATORES

PREDISPONENTES DA EN

Sanidade:

Danos nas microvilosidades causados por coccídeas (Eimeria maxima, Eimeria acervulina), liberam proteínas plasmáticas no lúmen do trato intestinal que servem como substrato para CP. Além disso, a ativação da imunidade celular mediada por linfócitos T aumenta a produção de muco cujo componente a mucina também se apresenta como substrato.

De maneira similar, lesões causadas por micotoxinas (fumonisina e deoxinivalenol - DON) aumentam a permeabilidade intestinal. Além disso, agentes imunossupressivos como o vírus da anemia aviária, o vírus de Gumboro e o vírus de Marek podem aumentar a severidade da doença.

Nutrição:

Dietas com alta concentração de proteínas de baixa digestibilidade;

Ração com baixa granulometria (DGM<700 micras);

Pellets com tamanho de partículas desuniformes (grossas e/ou finas >25%);

Dietas à base de trigo, centeio e cevada o que aumenta a viscosidade do conteúdo intestinal;

Matérias-primas da ração contaminadas, principalmente farinhas de penas, de carne, de vísceras e de peixe;

A retirada dos aditivos melhoradores de desempenho (AMDs) e/ou dos anticoccidianos da ração sem os devidos ajustes na nutrição, manejo e sanidade;

Manejo:

Falhas de ambiência (má ventilação, cama úmida);

Aumento da densidade populacional (> 42 kg/m2) sem que haja melhorias de ambiência;

Cama contaminada (ex. carcaças não recolhidas);

SINAIS CLÍNICOS EM FRANGOS DE CORTE

A evolução da doença é rápida e aguda, com alta mortalidade (5 e 15%) sem apresentar sinais específicos podendo persistir por cerca de 10 a 14 dias se o lote não for medicado.

Causa severa apatia, diminuição de apetite, penas arrepiadas, fezes líquidas com coloração escura podendo aparecer manchas de sangue.

Além disso, verifica-se desidratação intensa e escurecimento da musculatura peitoral. As aves afetadas cronicamente apresentam edema, hemorragias e necrose de membros posteriores.

LESÕES MACROSCÓPICAS NO INTESTINO

A principal característica da EN é o desenvolvimento de fibronecrose multifocal com desprendimento da mucosa intestinal que forma uma pseudomembrana de coloração verde amarelada, denominada de “toalha turca” (Foto 1).

Além disso, pode estar acompanhada de outros achados tais como distensão das alças intestinais por gás, fibrina, petéquias e placas de Peyer hemorrágicas.

LESÕES EM OUTROS ÓRGÃOS

Congestão dos vasos sanguíneos do fígado, baço, coração e rins, especialmente em animais moribundos;

Petéquias e equimoses nos músculos das coxas e peito;

Sufusões no pró-ventrículo e moela;

Necrose na mucosa da moela (foto 3); Colangiohepatite (foto 4);

Já os quadros subclínicos apresentam úlceras focais na mucosa intestinal com presença de material opaco e amorfo (Foto 2).

cutícula com superfície engrossada, com aspecto cozido (a). Região periférica está destacada e solta da mucosa adjacente e coberta com material com aspecto de queijo (seta branca). (Fonte: DINEV, I. 2010)

da

Na próxima edição a continuação deste artigo abordará o diagnóstico, controle e prevenção da Enterite Necrótica nas aves.

Enterite necrótica em frangos de corte – Parte I

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Revisão Bibliográfica sob consulta. Para mais informações procurar o time DSM.

Foto 2. Necrose focal no jejuno (Fonte: Timbermont et. al., 2011)

Foto 4. Colangiohepatite (cortesia Dra. Alejandra Camacho)

Foto 1. Toalha turca (Cortesia Dr. Andres Montoya)

Foto 3. Necrose difusa

moela,

Proteja seu lote com confiança

Para uma produção bem sucedida, é essencial proteger as suas aves contra desafios sanitários e nutricionais em todos os estágios da vida. Nossa ampla gama de soluções está no coração do desenvolvimento saudável e do bem-estar. Na DSM, abordamos com confiança os desafios que você enfrenta para ajudar a proteger seus lotes c com confiança.

Se não formos nós, quem será? Se não for agora, quando?

NÓS TORNAMOS ISSO POS SÍVEL

CÁLCIO E FÓSFORO: UM EQUILÍBRIO NECESSÁRIO DIETAS DE FRANGOS DE CORTE – PARTE II

A principal fonte de cálcio nas dietas de frangos de corte é o calcário. A disponibilidade de Ca no calcário varia consideravelmente de acordo com a fonte.

Ocálcio (Ca) e o fósforo (P) da dieta são absorvidos no trato intestinal. O P de fontes inorgânicas é geralmente considerado como 100% disponível (embora o P de qualquer fonte deva ser minuciosamente avaliado quanto à disponibilidade). As fontes orgânicas de P na alimentação de frangos de corte também incluem grãos de cereais, mas grande parte está ligado ao fitato.

Este P ligado ao fitato não pode ser liberado para absorção sem enzimas exógenas. Além disso, minerais, incluindo Ca, Mg, Fe e Zn, complexam com fitato, reduzindo a disponibilidade desses minerais. Sem a adição de enzimas exógenas, os minerais ligados ao fitato não estão disponíveis para absorção.

Análises laboratoriais indicam que o cálcio digestível no calcário pode variar de 20% a 70%. Considerando a importância do cálcio, recomenda-se analisar o calcário para determinar a disponibilidade digestível.

Absorção, secreção e regulação

Os níveis de cálcio e fosfato no corpo são controlados equilibrando a absorção intestinal com a excreção renal.

Ambos são absorvidos no trato intestinal. No entanto, a disponibilidade também é regulada pela reabsorção e excreção nos rins.

Quando os estoques corporais são baixos, a absorção gastrointestinal, a reabsorção óssea e a reabsorção renal aumentam. Por outro lado, excretar e diminuir a absorção gastrointestinal pode reduzir os níveis.

Vitor Hugo Brandalize Especialista Mundial em Nutrição e Serviços Técnicos da Cobb-Vantress

Absorção gastrointestinal

Fatores que favorecem a absorção de cálcio

Proporção correta de Ca para P (não mais que 2:1);

Trato intestinal saudável;

pH ácido (previne formações complexas e precipitação);

Presença de ácidos orgânicos;

Dieta rica em proteínas (Lisina e Arginina promovem absorção);

Presença de vitamina D.

Os rins são os principais reguladores das concentrações sanguíneas de fosfato, embora a regulação também seja ajustada pela absorção intestinal.

O fósforo é transportado ativamente e se difunde livremente pelas células do intestino delgado. Para o transporte ativo, um cotransportador acoplado ao sódio é a via principal.

Fatores que inibem a absorção de cálcio

Proporção incorreta de Ca para P (1:2 inibe a absorção de Ca);

Saúde intestinal ruim;

pH alcalino (Ca vai complexar e precipitar);

Alta ingestão de gordura na dieta (forma sabões de cálcio que são excretados).

Interações sinérgicas e antagonísticas

A absorção de P e Ca é regulada pela forma ativa da vitamina D. As deficiências de vitamina D estimulam a liberação de Ca dos ossos. Por esta razão, os suplementos de vitamina D podem promover a absorção de cálcio.

A deficiência de Ca está frequentemente associada a deficiências de Mg. O magnésio converte a vitamina D de uma forma inativa para uma forma ativa. Essa forma ativa de vitamina D aumenta então a absorção gastrointestinal de Ca. Quando o fósforo é restrito, há um aumento na atividade e prevalência de transportadores na membrana apical das células do intestino delgado. Se a demanda por P diminui, o excesso é removido pelos rins.

A expressão e atividade deste cotransportador é regulada pela disponibilidade de fósforo.

A relação entre P e Mg é o inverso; à medida que os rins aumentam a reabsorção de Mg, eles também excretam mais P (Figura 1).

Muitas enzimas envolvidas na síntese de colágeno e na reticulação da matriz óssea orgânica requerem cobre (Cu). As deficiências de cobre podem fazer com que o córtex (parte externa do osso) fique mais fino. Quando os níveis teciduais de Ca estão baixos, é comum encontrar baixos níveis teciduais de cobre.

Em conjunto com sódio (Na) e cloro (Cl), o potássio (K) participa da homeostase, incluindo equilíbrio ácido-base, transporte celular, regulação da pressão osmótica, potenciais através das membranas celulares e ativação de cascatas intracelulares.

Nem todas as interações entre as inclusões alimentares são totalmente compreendidas. Há uma grande quantidade de pesquisas sendo conduzidas para investigar as relações entre minerais, vitaminas e outras inclusões alimentares.

É importante notar que o corpo regula altamente a absorção das necessidades alimentares. Por esta razão, formular a dieta deve ser uma ciência precisa.

A inclusão excessiva pode desperdiçar ingredientes, pois eles serão excretados, o que diminui os lucros. A baixa inclusão pode levar a um desempenho ruim, problemas de saúde e bem-estar ou até mesmo à mortalidade.

Recomendações baseadas na ciência Cálcio e Fósforo

O equilíbrio de cátions (K+ e Na+) com ânions (Cl-) é chamado de equilíbrio eletrolítico. O equilíbrio correto entre Na, K e Cl é necessário para um bom desempenho, uso de aminoácidos e desenvolvimento ósseo.

No entanto, altos níveis de Na podem aumentar a excreção de Ca e a reabsorção óssea.

As necessidades nutricionais de uma ave são dinâmicas e, como tal, as formulações de rações podem fornecer mais ou menos alguns componentes da ração, dependendo da idade e das necessidades da ave.

Uma solução é usar a alimentação multifásica para que, à medida que o número de formulações de ração aumenta, a capacidade de fornecer com precisão as necessidades nutricionais corretas aumentem, também.

Figura 1. Processo de reabsorção de Fósforo e Magnésio.

Reabsorção de Mg Excreção de P

Nosso suplemento para frangos de corte Cobb500 2022 fornece 5 recomendações de dietas diferentes (Inicial, Crescimento 1, Crescimento 2, Finalizador 1, Finalizador 2) para atender às necessidades nutricionais baseadas na idade com mais precisão (Figura 2).

Sódio, Potássio e Cloreto

O sódio é muito importante para o metabolismo basal. Este elemento também regula a ingestão de água, a pressão osmótica celular e a permeabilidade celular. A deficiência de sódio pode levar a uma redução na absorção de aminoácidos e açúcares no intestino. Quando os níveis de sódio aumentam, as aves tendem a beber mais, o que pode levar à cama molhada.

Em comparação com a pesquisa de aminoácidos e nutrição energética, há consideravelmente menos informações sobre nutrição mineral.

Além disso, a maioria dos nutricionistas reconhecem que existem oportunidades e necessidades para um melhor entendimento do efeito do Ca e do P no desempenho dos frangos de corte.

A Cobb-Vantress tem pesquisado ativamente os requisitos desses minerais em frangos de corte. Com base nesses estudos de pesquisa, em 2022, publicamos novas recomendações de Ca e P disponível para nossos frangos de corte Cobb500.

O potássio é muito importante no desempenho do crescimento e no desenvolvimento ósseo. É muito importante estabelecer um nível mínimo de potássio nas dietas de frangos de corte.

O carbonato de potássio tem sido reconhecido como uma fonte muito boa de K em dietas de frangos de corte.

Fornecer níveis adequados é muito importante, pois a hipocalemia (deficiência de potássio) pode causar fraqueza muscular, tônus intestinal ruim, inflamação intestinal, fraqueza cardíaca, fraqueza muscular respiratória e morte.

O cloro suporta a função muscular adequada e, com K e Na, equilibra a pressão osmótica nas células e tecidos. O Cl também é usado para sintetizar o ácido clorídrico, usado para quebrar a alimentação no proventrículo.

Product Supplements - Cobb

Figura 2. Recomendação de dietas para Cobb500

Inicial Crescimento 1 Crescimento 2 Finalizador 1

Finalizador 2

Equilíbrio

de sódio, potássio e cloreto

Sódio, Potássio e Cloreto desempenham papéis importantes e integrados na regulação osmótica e na manutenção do equilíbrio ácido-base no corpo. Recomenda-se uma combinação de eletrólitos com níveis mais altos de cátions e níveis mais baixos de ânions.

O balanço eletrolítico nas dietas (BED) pode ser expresso como a soma de cátions menos ânions (Na + K – Cl). Para frangos de corte, uma inclusão de BED de 250 mEq/Kg é ótimo para funções fisiológicas normais (19).

Resumo

Por meio da seleção genética, o crescimento e o peso corporal alvo dos frangos Cobb aceleraram nos últimos anos. Além disso, a pesquisa forneceu mais informações sobre as interações de cálcio e fósforo e seu impacto no desempenho. Por essas razões, a Cobb publicou novas diretrizes para a inclusão desses componentes na dieta.

É importante notar que uma boa nutrição é parte da capacidade de atingir todo o potencial genético do frango Cobb.

Um bom programa de manejo deve estar em vigor. Nosso suplemento para frangos Cobb fornece todas as diretrizes de nutrição e desempenho.

O BED é convertido em unidades padrão (mEq/kg) pela multiplicação de fatores que são derivados do peso elementar de cada eletrólito pela porcentagem desse eletrólito:

O Guia de Manejo de Frangos Cobb também está disponível, projetado para ajudá-lo a desenvolver seu programa de manejo. Esses recursos e outros estão disponíveis no site.

Cobb Vantress

Os principais ingredientes na alimentação de aves são o Farelo de Soja e o Milho. Neste caso, o nível do cátion Potássio pode ser facilmente alcançado, pois a soja contém altos níveis de Potássio.

No entanto, os substitutos do Farelo de Soja, como Produtos de Origem Animal (Farinha de Carne e Ossos, Farinha de Subprodutos de Aves, etc.), DDGS, são fontes pobres de Potássio.

Nossas recomendações são baseadas no conhecimento científico atual e na experiência prática de todo o mundo. Você deve estar sempre ciente da legislação local, que pode influenciar as práticas de manejo que você decidir adotar. Como sempre, nossas equipes técnicas estão disponíveis para ajudá-lo.

Cálcio e Fósforo: Um equilíbrio necessário em dietas de frangos de corte – Parte II

AVICULTURA DE CORTE NA VISÃO DO PRODUTOR:

IMPORTÂNCIA DAS INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS PARA O SUCESSO

Éimpossível falar sobre o Brasil no cenário agro mundial e não pensar logo na sua posição de destaque na produção de frangos de corte. A interação genética, nutrição e ambiência, conferem ao frango produzido no Brasil posição de destaque no cenário mundial.

O país fechou o ano de 2022 como maior exportador da proteína no mundo e segundo lugar como produtor, atrás apenas dos EUA (ABPA, 2023). O frango é ainda a proteína animal mais consumida no Brasil, foram mais de 45 kg/per capita no ano passado.

Espalhados por todo território nacional os produtores de frango de corte podem divergir em suas integradoras, mas possuem em comum a responsabilidade de fornecer ao mundo proteína de qualidade.

Em nossa segunda entrevista da produção avícola “Sobre a ótica do produtor”, a equipe Avinews “foi até o interior de São Paulo” na cidade de Sales Oliveira próximo a Ribeirão Preto, conhecer um pouco mais sobre a produção de frangos de corte.

Liderada pela Luciana Dalmagro e sua família há mais de 15 anos a propriedade é produtora integrada de frango de corte.

Luciana Dalmagro Produtora Rural, Empreendedora e Entusiasta de projetos de Sustentabilidade Prezando pela biosseguridade na avicultura a entrevista foi realizada de forma on-line.

Atentos ao futuro e conscientes da necessidade de informação verdadeira e de qualidade, eles ainda têm dentro da fazenda a plataforma de comunicação @vidadegranja_ que reúne milhares de seguidores e por Luciana, juntamente com a gerente técnica Paola Buzolo compartilham conteúdos práticos para o dia a dia do produtor, informações sobre o setor, além de estimular boas práticas, principalmente relacionadas à sustentabilidade.

Dessa forma Luciana nos contou um pouco sobre a importância do uso de tecnologias, e de que forma as instalações são responsáveis nesse processo:

“O bem estar animal é a principal premissa para a nossa produção, assim como deve ser em todo plantel de produção. Por aqui usamos muito a tecnologia como uma grande aliada do conforto animal. Neste sentido garantir ambiência adequada aos animais faz muito sentido. Buscamos isso com galpões bem construídos, com atenção a 3 principais pontos:

Dimensionamento correto;

Isolamento de forro com lã de vidro para garantir ambiente controlado;

O bem-estar é ponto chave dentro da produção, e determinante para o sucesso da atividade. Dentro da cadeia produtiva junto com a nutrição é com certeza um dos pontos que viabiliza mais estudos e novas tecnologias para uma produção eficiente.

Boa vedação de portas/portões, inlets , túnel door e exaustores para manter dentro do galpão exatamente o que queremos.

Essa fórmula funciona muito bem pra gente!”

Luciana continua nos contando como a tecnologia está auxiliando a transformação da avicultura:

“Outros equipamentos acessórios também têm aparecido na avicultura neste grande movimento tecnológico que estamos vivendo no agro 5.0.

Um exemplo legal são as câmeras de pesagem das aves, o que conversa diretamente com conforto animal pois garante uma migração dos sistemas tradicionais e manuais de pesagem para um sistema super tech que envolve algoritmos/IA.

É claro que as tecnologias são grandes aliadas e facilitam o dia a dia tanto quanto possibilitam melhora nos índices produtivos, mas não podemos esquecer que o manejo diário, feito da forma correta é ainda de grande importância comodestaca a gerente técnica Paola Buzollo:

Aliado a tecnologia, que nos fornece um ambiente adequado, o manejo do dia a dia também é muito importante. Ração e água de qualidade, horário de escuro adequado, aviário seguro e tranquilo, dentre tantos outros detalhes que estão incorporados à nossa rotina garantem o bem estar a estes animais como prioridade.

A equipe da propriedade também está atenta a sustentabilidade. Antes de ser um tópico tão atual como hoje, dentro da propriedade já havia a atenção com este ponto como nos explica:

Luciana: Há 10 anos começamos aqui na fazenda a nossa jornada de sustentabilidade. Iniciamos com um mapeamento dos nossos problemas e a partir disso iniciamos a nossa caminhada no universo ESG:

Avicultura de corte na visão do produtor - Importância das inovações tecnológicas para o sucesso

Imagem 2. Câmeras para pesagem das aves.

Geramos nossa energia elétrica (mais de 50.000 Kwh por mês)

Temos testado todo tipo de nova tecnologia para aquecimento das aves, pois hoje esse é um grande gargalo na avicultura (em custo, em disponibilidade de matéria prima e em desgaste para operadores).

Reutilizamos água que vem por captação de chuva (armazenamos mais de 3.000.000 de litros)

Reduzimos os impactos dos resíduos, através de biocompostagem de toda a mortalidade em maquinário especializado. Com isso, além de evitar impactos ambientais negativos, ainda produzimos um riquísssimo composto orgânico posteriormente utilizado nas nossas lavouras. Bingo! É assim que nasce a margem para o produtor.

Além das questões ambientais, elas são atuantes com questões sociais dentro da propriedade, como é o caso do movimento de inclusão de mais mulheres e jovens no no time de colaboradores (com treinamentos e desenvolvimento) e uma profissionalização do nosso ambiente rural como um todo.

Recentemente apareceu um recurso muito promissor que une a queima de Biomassa com auxílio elétrico na fornalha. Assim, conseguimos usar biomassa disponível na nossa região (casca de amendoim no caso) com complemento de aquecimento através de baterias de resistência alimentadas com a energia elétrica gerada aqui na fazenda pelas placas fotovoltaicas.

para a

Da esquerda

direita, Edinho, Paola, Luciana e Tuca.

Ao conversarmos sobre manejo durante o ciclo produtivo, Paola chama atenção ao destacar que os cuidados diferem muito em dois momentos na vida da ave.

“A gente por aqui brinca que cuidamos de 2 animais diferentes: pintinho e frango.”

Paola: A primeira semana, pois ela é determinante para o desempenho do restante do lote e isso já é de conhecimento para todo avicultor, e o pré-abate, que é extremamente delicado e impacta diretamente o funcionamento da indústria, caso o procedimento não seja bem executado pela granja.

Eles possuem necessidade completamente diferentes, tanto de ambiente, quanto de manejo. Reconhecer estas diferenças e interpretar as sutilezas do comportamento das aves para atender a estas demandas é o que determina se a granja terá bons resultados.

Hoje em dia não se fala mais em manejo padronizado por tabelas de ambiência fixas, onde você passa para o painel o que está escrito e pronto. Então, o ponto chave hoje é: sair desse “vício” de manejo engessado por tabelas e passar a olhar para a ave dentro do galpão de maneira crítica.

Incluiríamos hoje também mais 2 momentos: o set de equipamentos e o intervalo sanitário. A tecnologia disponível em aviários modernos é, além de oportunidade, uma dificuldade para o produtor.

Vemos que o set de equipamentos e controladores é um momento de muita dúvida, onde há poucos profissionais disponíveis e capacitados para ir à campo realizar este procedimento e treinar os produtores para operar esta imensa orquestra de máquinas que precisa funcionar em completa harmonia para que o aviário entregue seu potencial máximo. Temos muitos controladores e recursos subaproveitados.

A tecnologia nos possibilita este refinamento no manejo e temos que utilizá-la a nosso favor.

Ao indaga-la qual o período da produção mais importante ela complementa:

O Brasil mantém seu status sanitário modelo para mundo dentro do setor; e não é à toa. Os procedimentos de intervalo estão cada vez mais complexos, minuciosos e onerosos para a produção como um todo.

AviNews: Você cita bastante a utilização correta dos equipamentos, qual a importância da manutenção dos equipamentos? Qual a importância do cuidado durante o vazio sanitário?

No cenário desafiador de custos em que vivemos, as manutenções preventivas são ainda mais necessárias. No nosso caso, os investimentos em prevenção sempre compensaram. Parece um tópico bobo, mas ainda vemos muitos e muitos produtores gastando muito dinheiro em correções pois as manutenções preventivas básicas e simples não haviam sido feitas, como limpezas, ajustes de correias, trocas de óleos, e por aí vai.

Ainda na parte econômica a guerra da Ucrânia e Rússia impactou o preço dos grãos no ano de 2022 e pode seguir por mais um tempo influenciando.

AviNews: Qual o principal ponto de dificuldade nesse momento para a produção?

Focamos na manutenção preventiva (e corretiva, quando necessária) nos intervalos sanitários: limpeza de painel, reaperto de parafusos de controladores, troca de baterias, troca de canos, manutenções de silo. Separamos um tempo do intervalo para ser “Os Dias da Manutenção” na granja, que era para ser um dia só, mas acaba sendo mais, porque é bastante coisa para fazer (rs).

Luciana: Vemos dois principais pontos de dificuldade neste momento: um seria o aumento de custos de produção em uma escala difícil de acompanhar frente aos ingressos das propriedades. Além disso, vemos também uma falta de produtores/operadores preparados para lidar com a chuva tecnológica que vivemos. A capacitação não andou no mesmo passo que os avanços tecnológicos.

O mercado está oscilando nos preços e o produtor vem tendo dificuldade na atividade. Como vocês veem e passam por esses momentos?

O mercado vem oscilando e diversos momentos desafiaram a produção de frangos de corte nos últimos anos. Saindo da crise gerada pela pandemia da COVID-19, nesse momento o mundo atravessa um de seus piores desafios quanto a sanidade avícola que é a Influenza aviária, com focos até o momento em todos os continentes, com exceção da Oceania.

Mais do que nunca é necessário fazer investimentos inteligentes que reflitam em economias a longo prazo. Sabemos que é difícil pensar a longo prazo quando o tempo está difícil no curto prazo. Mas tem estratégias que se bem feitas salvam os produtores nos momentos de crise. O investimento em energia solar, por exemplo, é um clássico deste tema.

Quem fez esse investimento, apesar de em um primeiro momento ter um desembolso alto, depois se livra de grande parte da conta da energia elétrica (que não é qualquer coisa para o bolso do produtor).

Outras estratégias como construções inteligentes (isoladas e vedadas) também refletem em economia no longo prazo, principalmente em consumo energético tanto de energia elétrica em si como os substratos para aquecimento.

Perguntada sobre qual a principal transformação que a avicultura passará nos próximos anos e que impactará a forma como vemos a produção hoje, Luciana é pontual em nos dizer:

Sem dúvidas estamos vivendo mais um dos grandes momentos de transformação no agro como um todo, em decorrência da chuva de tecnologia que tem chegado ao campo. O grande desafio para tudo isso aconteça na escala em que precisamos, é que ainda dependemos de uma melhora de infraestrutura no campo. Em termos muito básicos como sinal de celular, internet de qualidade e energia elétrica com a solidez.

Além disso, nesta jornada tecnológica não podemos nos esquecer dos pequenos e médios produtores. Como garantiremos oportunidade de todos viverem os benefícios desta avicultura super tecnológica (e do agro como todo).

Precisamos pensar em uma inclusão baseada em disponibilidade de crédito, assistência técnica e capacitação dos produtores para esse caminho.

Acreditamos que este agro tecnológico também ajudará a alcançarmos a sustentabilidade que tanto sonhamos. Precisamos seguir sim conectados nas tecnologias, mas também (e principalmente) super conectados nas pessoas e na natureza.

Avicultura de corte na visão do produtor: Importância das inovações tecnológicas para o sucesso

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LSP elimina rapidamente os agentes causadores de doenças desafio de sujidade, água dura e em diferentes faixas de temperatura, comprovando sua eficácia sob condições reais de granja.

Diluição e rendimento econômicos

Amplo espectro de ação

Amigável ao meio ambiente - perfil favorável de ecotoxicidade

Odor não irritativo

Para maiores informações, entre em contato com contato.mpp@lanxess.com

©2023 LANXESS. Virkon®, LANXESS, a logomarca LANXESS e quaisquer logomarcas associadas são marcas registradas ou direitos autorais da LANXESS Deutschland GmbH ou suas afiliadas. Todas as marcas são registradas em vários países ao redor do mundo.

CONTEÚDO

Valéria dos Santos Moreira Coordenadora de Produto M.Cassab

Innocentini Médico veterinário e consultor técnico comercial de aves de postura na Agroceres Multimix

Miliane Alves da Costa e Alexandre Barbosa de Brito Equipe técnica AB Vista

ANTIOXIDANTE NATURAL E QUALIDADE DO OVO

Peter Surai, PhD, DSc, Professor Vitagene and Health Research Centre, UK

Ébem aceito que o ovo é um dos produtos mais nutritivos do nosso cardápio diário. De fato, os ovos são produtos deliciosos, versáteis, acessíveis, satisfatórios, convenientes e densos em nutrientes. Eles são importantes fontes de nutrientes como selênio, colina, luteína, vitamina B12 e vitamina K, que muitas vezes são deficientes em nossa dieta.

Os ovos são uma importante fonte de ácidos graxos essenciais e proteínas de alta qualidade.

É importante ressaltar que os ovos são incluídos na dieta da maioria das pessoas, independentemente de suas diferenças culturais e religiosas.

Na verdade, a proteína do ovo é frequentemente considerada como um padrão para a nutrição humana.

Durante vários anos, entre 1980-2000, houve uma série de publicações afirmando que o consumo de ovos poderia ter efeitos prejudiciais para a saúde humana devido ao nível de colesterol comparativamente alto.

No entanto, uma análise mais detalhada dos dados da pesquisa dedicada aos efeitos dos ovos na saúde mostrou algumas inconsistências.

Além disso, referências positivas a uma necessidade essencial de colesterol raramente aparecem em discussões dietéticas.

O fato é que o colesterol é uma parte vital e funcional de todas as células e tecidos, onde é parte integrante de uma série de processos estruturais e regulatórios.

Foi comprovado que o consumo de colesterol em si não é uma das principais causas de doenças vasculares cardíacas. Parece provável que os danos à íntima dos vasos causados por radicais livres e respostas inflamatórias sejam mais importantes do que o colesterol no início da doença;

Por exemplo, a manutenção da fluidez da membrana celular, tão essencial para a passagem e excreção e metabólitos, função cerebral e nervosa, produção hormonal, síntese de vitamina D e função imunitária, para citar apenas alguns. Portanto, hoje podemos dizer "Um ovo por dia é OK!".

A produção global de ovos cresceu de forma constante na última década e atingiu mais de 86 milhões de toneladas métricas no final de 2020, um aumento de 26% em relação ao nível de produção de 64 milhões de toneladas de 2010. O Brasil está entre os dez maiores produtores de ovos do mundo, chegando a 53 bilhões de unidades em 2020.

A pesquisa inicial sobre o colesterol foi conduzida usando modelos animais muito sensíveis ao colesterol, como os coelhos, e esses resultados não podem ser transferidos para a população humana;

Na população humana, os indivíduos não experimentam uma resposta uniforme ao colesterol dietético e há uma certa porcentagem daqueles que são muito mais sensíveis ao colesterol em comparação com outros. Fatores como etnia, estado hormonal, obesidade, distúrbios lipoprotéicos, predisposição genética e alguns outros podem ser responsáveis por essa variação na resposta;

Os ovos contêm nutrientes como a colina que diminue a assimilação de colesterol da dieta. O nível de colesterol no corpo humano é estritamente regulado: quando seu consumo é baixo a síntese de colesterol aumenta, enquanto o aumento do colesterol dietético inibe sua síntese.

Existe o chamado "colesterol bom", que é o colesterol HDL e o "colesterol ruim" ou o chamado colesterol LDL. Em muitos ensaios, o aumento do nível de colesterol devido ao consumo de ovos estava relacionado ao colesterol bom;

PRODUÇÃO DE OVOS E ESTRESSES COMERCIALMENTE RELEVANTES

Ao considerar um maior crescimento da indústria de ovos em todo o mundo e no Brasil em particular, é necessário levar em conta informações sobre vários fatores que afetam negativamente a indústria de ovos.

Diversos fatores são responsáveis por diminuir o desempenho produtivo e reprodutivo das aves e comprometer sua saúde.

Os principais estresses comercialmente relevantes na produção avícola podem ser classificados em 5 grupos principais, sendo:

Internos (desafios de doenças, vacinação, disbiose).

Estresses fisiológicos (alta produção de ovos, alta taxa de crescimento, envelhecimento);

Ambientais (temperatura, amônia e poeira);

Nutricionais (micotoxinas e oxidação lipídica) e,

Tecnológicos (transferência de pintinhos, desbaste);

Por exemplo, a vitamina E como principal antioxidante da membrana biológica chamada de principal citadora da defesa antioxidante, enquanto os carotenoides são "serviços de comunicação", os flavonoides poderiam ser chamados de "polícia antioxidante e vitamina C - "forças especiais" da defesa antioxidante. É importante ressaltar que o selênio como parte de 25 selenoproteínas no corpo animal/frango poderia ser chamado de "o principal executivo da defesa antioxidante".

Grande atenção ao Se na produção avícola nos últimos 30 anos está relacionada à deficiência global de Se e necessidade de encontrar uma forma ideal de Se suplementar para ser usado em condições de "nutrição precisa".

Por exemplo, na publicação mais recente na Poultry Science, baseada em um estudo realizado no Brasil com poedeiras com idade entre 50 a 70 semanas alojadas sob estresse térmico, demonstrou-se que a substituição de selenito de sódio por OH-SeMet esteve associada a melhora significativa na produção de ovos (de 88,8 para 90,4%), número de ovos postos (2,3 ovos extras/galinha), com melhora altamente significativa da FCR por massa de ovos (1,95 vs 2,05; de Brito et al., 2023)

De fato, evidências acumuladas indicaram claramente que a inadequação do Se dietético poderia ser responsável pela diminuição do desempenho produtivo e reprodutivo das poedeiras, comprometimento da saúde e deterioração da casca e da qualidade interna dos ovos.

Por outro lado, a dose ótima de suplementação de Se mostrou-se uma ferramenta eficaz para a produção de ovos e manejo da qualidade nas granjas comerciais em todo o mundo.

É importante ressaltar que, no mesmo estudo, a qualidade interna dos ovos determinada como Unidade Haugh, também melhorou nos dias 0, 10 e 20 de armazenamento dos ovos. Deve-se mencionar que o Se orgânico na forma de OHSeMet também poderia melhorar a qualidade da casca do ovo, como foi demonstrado em um estudo realizado na Itália (Tufarelli et al., 2015). De fato, a força de quebra da casca mostrou-se aumentada, enquanto uma porcentagem de ovos quebrados diminuiu.

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Selisseo®, a sua melhor ferramenta no combate ao estresse oxidativo

A única hidroxi-selenometionina do mercado capaz de assegurar 100% de eficiência e benefícios do selênio orgânico: potencializa o sistema antioxidante, auxiliando a imunidade, a qualidade de casca e ovos e a produtividade do plantel até idades avançadas.

PRODUÇÃO DE OVOS ENRIQUECIDOS COM SELÊNIO

Parece provável que, usando a forma suplementar ideal de Se é possível produzir ovos enriquecidos com Se entregando cerca de 50% RDA em Se e que poderia ser uma maneira importante de melhorar o status de Se da população em geral.

De fato, demonstrou-se que OH-SeMet é uma forma nutricional mais eficaz (em comparação com selenito de sódio e Se-levedura) de Se para enriquecimento de ovos (Jlali et al., 2013). A tecnologia foi desenvolvida na Escócia há 25 anos (Figura 2).

Nos últimos 20 anos, uma variedade de ovos enriquecidos com Se e antioxidantes foram produzidos e chegaram às prateleiras dos supermercados em vários países do mundo (Figura 3).

OUTROS BENEFÍCIOS DO SELÊNIO ORGÂNICO PARA AVES EM ENVELHECIMENTO

Quando se fala em produção de ovos enriquecidos com Se, deve-se notar que o investimento para a produção desse ovo seria pago pela melhoria da produção de ovos e melhoria da qualidade dos ovos.

Portanto, um rótulo "Se-enriquecido" poderia vir gratuitamente, dando a oportunidade de criar novas marcas com opções relacionadas à saúde.

Figura 2. O começo da história do ovo enriquecido

Figura 3. Ovos antioxidantes/enriquecidos com Se em todo o mundo

Pesquisas recentes indicaram claramente que o Se tem uma gama de propriedades promotoras de saúde.

De fato, a ação anti-inflamatória do Se é mediada pela regulação do fator especial de transcrição NF-(B), que é responsável pela síntese de uma gama de citocinas pró-inflamatórias e envolvido na regulação de várias funções em frangos.

Além disso, o estado ótimo de Se é responsável pela homeostase redox em várias células e tecidos e está envolvido na regulação do sistema imunológico.

Regulação do sistema imunológico

Principal forma natural de Se

Proteção antioxidante

CONCLUSÕES

Homoeostase redox

Melhora na qualidade dos ovos Reserva no organismo Participa da composição de diversas enzimas

o conceito de Se orgânico foi desenvolvido com base no entendimento de que o SeMet é a principal forma natural de Se e no frango pode ajudar a construir reservas de Se nos músculos e melhorar a capacidade adaptativa das aves sob várias condições de estresse.

De fato, em condições de estresse, geralmente o consumo de ração é reduzido e a oferta de alimentos também é reduzida. Em tais condições, o catabolismo proteico pode ajudar a liberar algum SeMet das proteínas musculares e ajudar a manter as defesas antioxidantes sob vários estresses comercialmente relevantes. O status de Se ideal também pode ajudar a manter a saúde intestinal. Isto é especialmente importante durante o envelhecimento.

A produção comercial de ovos está associada a uma série de estresses que são responsáveis pela diminuição de seu desempenho produtivo e reprodutivo e comprometimento do estado de saúde, incluindo a imunossupressão.

Portanto, os antioxidantes dietéticos estão entre os principais meios nutricionais para lidar com estresses comercialmente relevantes.

O selênio, como executivo-chefe da rede de defesa antioxidante, quando fornecido em dosagem ideal e forma nutricional eficaz, pode ajudar a melhorar a capacidade adaptativa das camadas a vários estresses.

Em particular, quando as poedeiras são alojadas após 60 semanas, muitos problemas com a qualidade da casca do ovo e sua saúde aparecem.

Além disso, há também uma grande oportunidade de produzir ovos enriquecidos com Se, o que poderia ser uma abordagem importante para lidar com a deficiência de Se na população humana em todo o mundo.

Antioxidante natural e qualidade do ovo

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Figura 4. Ação do Se-metionina no organismo.

A IMPORTÂNCIA DA SAÚDE INTESTINAL PARA AVES DE CORTE E POSTURA

Omanejo adotado nos primeiros dias de vida da ave é de fundamental importância para a saúde e desempenho nas fases subsequentes, especialmente para pintinhos de baixa viabilidade.

Em situações pontuais de crises e desafios enfrentados no mercado avícola, pode-se observar uma queda na viabilidade de aves de um dia, com causas multifatoriais.

Somado a isto, a busca pela redução de uso de antimicrobianos é uma realidade mundial, e para os produtores se tornarem competitivos nestes cenários torna-se essencial a adoção de manejos profiláticos visando melhoria da performance animal e redução da necessidade de manejos sanitários corretivos.

Sabe-se que a saúde geral da ave está diretamente relacionada com a saúde intestinal, que por sua vez está relacionada com um balanço positivo da microbiota intestinal (eubiose).

O desenvolvimento desta microbiota ocorrerá nos primeiros dias após o alojamento das aves na granja, o que pode favorecer a colonização intestinal por microrganismos patogênicos.

Equipe técnica Biochem

Visando evitar infecções oportunistas nas fases iniciais de vida da ave, o que pode prejudicar a saúde e desempenho nas fases seguintes, é muito importante a utilização de ferramentas visando a colonização intestinal precoce por bactérias benéficas, como aditivos probióticos de qualidade e de forma estratégica.

Os probióticos à base de bactérias ácido láticas, que tenham característica de rápida colonização, podem ser fornecidos via água de bebida dos animais de maneira estratégica, como nos primeiros dias de alojamento, após manejos estressores e eventuais antibioticoterapias.

Para maior assertividade, o uso contínuo de probióticos via ração é interessante no sentido de continuidade dos benefícios sanitários e zootécnicos durante a produção, evitando ou reduzindo a necessidade de uso de antimicrobianos.

É interessante que os probióticos utilizados via ração tenham característica de resistência ambiental, como resistência ao processamento térmico das rações, para assegurar que as bactérias probióticas cheguem íntegras ao intestino das aves.

Este probiótico deve possuir potencial de rápida modulação benéfica da microbiota, além de fortalecer a imunidade intestinal dos animais. Estas cepas probióticas colonizam rapidamente o intestino dos animais, atuando por exclusão competitiva com microrganismos patogênicos, evitando assim que estes infectem o epitélio intestinal e causem infecções.

Além disto, produzem ácido lático eficientemente, que pode ser convertido em ácidos graxos de cadeia curta e serem utilizados por bactérias benéficas e pelas células intestinais como fonte energética.

O ácido produzido reduz o pH do meio intestinal, controlando indiretamente a proliferação de algumas bactérias patogênicas. Desta maneira, assegura-se a saúde intestinal de aves nos primeiros dias de vida, com benefícios adicionais de melhoria da imunidade local e integridade do intestino.

A Biochem possui em seu portfólio soluções em aditivos probióticos de alta qualidade, com rigoroso critério técnico e efetividade comprovada por vários estudos realizados em laboratório e a campo.

O programa de Saúde Intestinal Biochem recomenda o uso dos produtos HatchGel SP®e B.I.O.Sol® no incubatório, B.I.O.Sol® nos primeiros três dias de alojamento dos animais e TechnoSpore® via ração. HatchGel SP®e B.I.O.Sol®, aplicados juntos já no incubatório, promovem efeitos benéficos ampliados.

HatchGel SP® é um produto em gel para aplicação em pintinhos no incubatório. Além de atuar como um carreador ideal para substâncias aplicadas via oral, possui em sua composição spirulina, a qual possui potencial de ação como prebiótico e imunoestimulante, e compostos estabilizadores de água e protetores vacinais.

Pela sua composição em spirulina, possui coloração verde escura natural, que atrai naturalmente os pintinhos e permite a rápida autoinoculação das gotículas de gel.

O produto B.I.O.Sol® possui em sua composição a cepa probiótica Enterococcus faecium e a betaína anidra. A cepa Enterococcus faecium, uma bactéria ácido láctica, irá conferir rápida colonização do epitélio intestinal e exclusão competitiva com bactérias patogênicas, além de produzir, eficientemente, ácido lático.

A betaína anidra possui função osmólito, ou seja, evita a desidratação de células intestinais, promovendo assim melhoria da integridade intestinal e consequentemente estabilização das funções intestinais de digestão e absorção de nutrientes.

O produto TechnoSpore® é composto pela cepa Bacillus coagulans DSM 32016, a qual possui características de bactérias formadoras de esporos e de bactérias ácido láticas, já que é resistente ao calor (a temperaturas de até 100ºC) e capaz de produzir ácido lático, respectivamente.

TechnoSpore® atua modulando beneficamente a microbiota intestinal dos animais, favorecendo o crescimento de bactérias benéficas e inibindo bactérias patogênicas Gram-positivas (Clostridium spp.) e Gram-negativas (E. coli e Salmonella spp.). Além disso, TechnoSpore® modula a imunidade dos animais e pode melhorar a digestibilidade dos nutrientes da dieta.

A adoção do programa de saúde intestinal Biochem, com o uso de B.I.O.Sol® e TechnoSpore®, resulta em benefícios sobre a saúde intestinal das aves, através de melhoria da microbiota e preservação da integridade intestinal, mantendo as funções digestivas e absortivas normalizadas, e desta maneira, favorecendo a máxima expressão genética para desempenho.

A importância da saúde intestinal para aves de corte e postura

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AGPROFITO A NOVA TECNOLOGIA DA AGROCERES MULTIMIX FRENTE À SUBSTITUIÇÃO AOS ANTIMICROBIANOS

Innocentini

Quando observamos os sistemas produtivos de aves no Brasil e no mundo, percebemos que há uma forte pressão (seja regulatória, ou do consumidor) no sentido da produção livre de antimicrobianos, em especial no que diz respeito à sua aplicação como melhoradores de desempenho. Ano após ano temos menos moléculas disponíveis e o nosso desafio em buscar alternativas de eficiência similar se torna maior.

A Agroceres Multimix é uma empresa brasileira que desde sua origem, em 1945, traz em seu DNA a inovação e a aplicação de tecnologias ao agronegócio. Assim aconteceu com a semente de milho híbrido, com as genéticas de suínos e, agora, com alternativas aos antimicrobianos empregados no sistema.

Toda inovação nasce em Patrocínio (MG), onde situa-se o Centro de Pesquisas próprio da empresa, com capacidade de estudos nas áreas de bovinos (corte e leite), suínos e aves (matrizes, postura e frangos de corte).

Rafael

Médico veterinário e consultor técnico comercial de aves de postura na Agroceres Multimix

Respeitando todas as regras de bioética e bem-estar animal, estamos atentos às mais diversas movimentações e demandas dos produtores, em busca de novas soluções que agreguem à produção.

Inspirados no caso de sucesso do nosso simbiótico Agprosymbios, tecnologia formada por cepas exclusivas de probióticos da Agroceres Multimix associadas à prebióticos, que nos entregou resultados bastante robustos no que se refere a desempenho de campo e contra patógenos causadores de salmoneloses e clostridioses, fomos estudar novas soluções.

O embrião do projeto foi gestado dentro do nosso grupo técnico, formado por zootecnistas, veterinários e agrônomos (mestres e doutores), que pesquisou ferramentas que pudessem ser complementares entre si e apoiassem o setor na superação dos desafios de campo, mesmo quando da ausência do uso dos antimicrobianos.

Após muitos estudos e entendimento do exato funcionamento de cada molécula alternativa, optou-se pela cuidadosa e específica associação de óleos essenciais, extratos fitogênicos e prebióticos.

O Centro de Pesquisas possibilitou a experimentação de diferentes fontes de cada um desses componentes e, dois anos de pesquisas depois (trabalhos com frangos de corte, matrizes e aves de postura comercial), repetidos alguns trabalhos, chegou-se à fórmula ideal e a máxima sinergia entre:

Óleos essenciais

Esses compostos são metabólitos secundários naturais das plantas, que produzem tais substâncias como medida de proteção a injúrias ambientais, ou de predadores.

A depender da planta e da parte dela que é processada para a extração, há maior ou menor concentração de diferentes princípios ativos.

Para que haja eficiência antimicrobiana, elegemos a associação de dois óleos essenciais que possuem características hidrossolúveis e lipofílicas, o que permite a abertura da membrana celular, que leva a alterações nas características físico-químicas do meio celular, levando a bactéria à morte (lise).

Com o controle da população intestinal patogênica, menores serão as injúrias causadas ao intestino e à barreira intestinal.

Extratos fitogênicos

O intestino das aves é, em certa medida, uma grande barreira formada por enterócitos ligados lado a lado, com função de absorver os nutrientes presentes nos alimentos que as aves consomem, e não permitir o acesso de microorganismos à corrente sanguínea (bacteremia, viremia etc.).

Os enterócitos ligam-se, uns aos outros, por meio das tight junctions (junções apertadas, em tradução livre), que têm por objetivo impedir a passagem de íons, ou microrganismos pelo espaço entre um enterócito e outro.

O uso de extratos fitogênicos faz com que essa ligação entre enterócitos seja mais forte e mais difícil de ser transposta por possíveis agressores.

Quando partimos do pressuposto de que 70% da imunidade do animal está ligada a um intestino saudável, bem povoado e com uma barreira forte e eficiente, passa a fazer todo sentido a utilização de uma combinação de princípios ativos naturais, que entreguem uma microbiota intestinal com população de bactérias patogênicas sob controle e enterócitos com ligações mais fortes entre si.

Foram mais de dois anos de pesquisa e vários experimentos em nosso Centro de Pesquisas, observando interessantes resultados desta cuidadosa e exclusiva associação, então batizada de Agprofito.

Agprofito vai a campo

Chegando a um produto tecnicamente bem elaborado, com uma base experimental robusta e atuação bem definida, partimos para o campo em busca de resultados que vêm bastante alinhados com as expectativas.

Tivemos a oportunidade de desafiar o produto em diferentes situações e pudemos constatar resultados muito interessantes, os quais expomos a seguir. Todos os casos são situações reais de campo, gentilmente cedidas por produtores, cujos dados e identidades serão preservados.

1º desafio - milho fora de tipo

Em uma situação de campo, a nossa tecnologia foi desafiada frente ao milho fundo de silo. Essa é uma condição bastante desafiadora por termos o principal ingrediente da dieta com níveis nutricionais abaixo do esperado/ formulado e, muitas vezes, com teores elevados de micotoxinas (nesta situação fumonisina).

Quando o Agprofito foi utilizado nessa situação, pudemos observar: melhor produção, menos mortalidade e maior quantidade de ovos por ave alojada no período.

2º desafio - tifo aviário (pós-vacinação)

Quando fomos acionados, a granja se encontrava com quadro clínico de Salmonella Galinarum, com lotes irmãos que foram desafiados e vacinados. O desafio ao Agprofito, em um primeiro momento, seria para que não houvesse recidiva no lote tratado.

Porém, além de eliminar a recidiva, observamos desempenho muito melhor em relação à recuperação pósvacinação.

Os gráficos são próprios e refletem situação real de campo

Os gráficos são próprios e refletem a situação real de campo

3º desafio - mortalidade elevada

O produtor vinha com resultados muito ruins em seu rebanho em função de desafios sanitários. Uma das principais queixas e impacto negativo em resultados recaía sobre a mortalidade.

Quando a equipe técnica da Agroceres Multimix foi acionada, identificou-se quadro de colibacilose, com participação eventual de Salmonelose. Observou-se também ocorrência de elevada presença de micotoxinas em algumas situações pontuais. Em se tratando de campo, normalmente não se tem um problema isolado, mas sim, a associação de diferentes problemas, o que torna os desafios maiores. Com a introdução do Agprofito foi possível observar redução da mortalidade no lote tratado.

Conclusão

É urgente o desenvolvimento de novas tecnologias para substituição aos antimicrobianos melhoradores de desempenho. O desenvolvimento dessas ferramentas precisa ser muito bem desenhado e entendido para que se tenha sucesso na substituição.

Importante lembrar que o tema da substituição aos antimicrobianos não pode ser visto de maneira a isolar um produto e imputar todo o resultado a ele.

Os produtos alternativos, como Agprosymbios e Agprofito, são tecnologias cuidadosamente construídas e bem estudadas, validadas experimentalmente e a campo, porém, precisamos atuar também em manejo, biosseguridade, bem-estar animal e ambiência para termos pleno sucesso em trabalhar livres de antimicrobianos.

Agprofito: a nova tecnologia da Agroceres Multimix frente à substituição aos antimicrobianos

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A UTILIZAÇÃO DE ÓLEOS ESSENCIAIS EM POEDEIRAS

Valéria dos Santos Moreira Coordenadora de produto - M.Cassab

Aavicultura de postura no Brasil vem crescendo ano após ano e hoje representa o 6º maior produtor de ovos do planeta.

Dentre os desafios encontrados na atividade de produção de ovos, garantir as aves um bom status sanitário ainda é um dos principais gargalos. Inúmeras medidas podem ser tomadas para reduzir ou eliminar estes desafios.

Cuidados principalmente relacionados ao manejo, ambiência e medidas de biosseguridade estão entre as principais formas de se obter sucesso na produção, paralelamente, o fornecimento de aditivos que contribuam para o status imunológico das aves vem com o foco de auxiliar a garantir os bons resultados.

Aliado a esse cenário, o aumento das restrições quanto ao uso de antibióticos melhoradores de desempenho na avicultura de postura e a própria pressão do consumidor final nos faz buscar alternativas que contribuam para a saúde da ave.

Nesse sentido os fitonutrientes podem ser definidos como compostos vegetais bioativos que têm benefícios para a saúde quando consumido na dieta. Tais compostos vegetais incluem:

Flavonoides;

Carotenoides;

Componentes dos óleos essenciais, como cinamaldeído, carvacrol, timol entre outros (LEE et al., 2011).

Os óleos essenciais são produtos do metabolismo secundários das plantas, e ao trabalhar com esses compostos na sua forma natural existe uma dificuldade em ter uma concentração padrão dos ativos, visto que a produção na planta é susceptível a fatores como clima, fertilidade do solo, maturação, geografia entre outros.

Assim, uma alternativa é a utilização de ativos sintéticos idênticos aos naturais, através de blends de ativos que demonstrem sinergia quando combinados.

Os principais efeitos de destaque dos óleos essenciais são o efeito antimicrobiano, imunomodulador, anti-inflamatório e antioxidante (Abo Ghanima et al., 2020).

Qualidade de ovos

Imunológico

Melhora de desempenho

Anti-in amatório Antioxidante

Devido sua característica lipofílica os óleos essenciais podem atravessar a membrana das bactérias causando a sua desestabilização, assim, ocorre o dano a membrana citoplasmática, vazamento de conteúdo citoplasmático, coagulação do citoplasma e depleção da forma motora de prótons (KARACA, 2011), além disso, ativos como o cinamaldeído tem efeito sobre a proteína FTsZ, envolvida na divisão celular bacteriana (ALBANO, 2016).

Ademais, os óleos essências podem atuar na função imunológica em aves melhorando a resposta humoral através do aumento da produção de imunoglobulinas, além de atuar na expressão gênica de citocinas pró inflamatórias reduzindo os danos causados pelos processos inflamatórios (Abd El-Hack e Alagawany (2015); Wang et al. (2021))

Outro efeito muito interessante relacionado a utilização dos óleos essenciais é o potencial antioxidante desses bioativos. Os radicais livres produzidos em grande quantidade em momentos de estresse, seja patológico ou até mesmo estresse térmico, são altamente reativos e podem causar danos celulares. Os óleos essenciais têm o efeito de neutralizar esses compostos através da doação de elétrons.

Ao utilizar três diferentes níveis do Bioessence (Blend de ativos da MCassab) em galinhas com 30 semanas de idade, observou-se efeito benéfico sobre a modulação da flora no conteúdo cecal (Tabela 1) através da redução de bactérias patogênicas, e aumento da flora benéfica, o que se reflete na saúde e resposta das aves.

Tabela 1. Efeito do Bioessence sobre o conteúdo cecal de galinhas de 30 semanas suplementadas com diferentes níveis. Letras minúsculas na mesma coluna indicam diferença significativa p(<0,05), letras maiúsculas indicam diferença significativa (<0,01)

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Melhora da Conversão Alimentar

Retorno ao investimento

Em outro estudo realizado com aves de 30 semanas de idade, observou-se uma maior produção de imunoglobulinas nas aves suplementadas com o Bioessence, promovendo uma melhora da resposta imune (Tabela 2) após 60 dias de fornecimento do produto.

Com base nessas premissas, avaliamos o Bioessence em uma granja comercial no verão, onde é muito comum picos de altas temperaturas na região onde a granja se localiza. As aves com 48 semanas de idade foram suplementadas com diferentes doses do produto, após o período de teste, foi possível observar seu efeito sobre conversão alimentar (Gráfico 1) e taxa de postura (Gráfico 2).

significativa diferenças (P <0,05).

Além dos efeitos supracitados em relação aos efeitos dos óleos essenciais, há um efeito positivo em índices zootécnicos, sobretudo em situação de desafio, como em estresse térmico, por exemplo.

Tabela 2. Efeito do Bioessence sobre índices imunológicos em aves suplementadas com diferentes níveis. Letras diferentes indicam diferença

Gráfico 1. Conversão alimentar frente a adição de Bioessence na dieta de poedeiras.

Gráfico 2. Efeito do uso de Bioessence sobre a taxa de postura.

Além da melhoria sobre os índices zootécnicos, os ovos das aves foram classificados (Tabela 3) durante a utilização do produto e o Bioessence promoveu uma maior porcentagem de ovos extra em relação ao controle:

Ao utilizar tecnologias como o Bioessence, a melhoria no status imunológico e status antioxidante das aves refletem em uma melhor condição corporal, por consequência é possível observar o efeito benéfico do produto sobre conversão alimentar e taxa de postura, que trazem ganho econômico, aliado aos ganhos.

Quando há remuneração por peso de ovos também é possível observar outro ponto que contribui para que o produto seja um investimento com retorno certo.

A utilização de óleos essenciais em poedeiras BAIXAR EM PDF

Tabela 3. Classificação dos ovos de acordo com o peso. Classificação de acordo com Portaria SDA nº 747- 06 de fevereiro de 2023

AVALIAÇÃO DAS FONTES DE CÁLCIO NA

DIGESTIBILIDADE DE FÓSFORO E EFICÁCIA DA ENZIMA FITASE

Quando falamos em nutrição de aves, o cálcio (Ca) figura um dos principais nutrientes pois é o mineral mais abundante no organismo animal e desempenha funções críticas na mineralização óssea, além de estar presente em outras funções importantes do corpo (Mejeed, 2020).

O cálcio é considerado essencial no processo de formulação de rações, visto que sua deficiente pode ocasionar importantes perdas produtivos devido à má formação de tecido ósseo, controle das funções celular, tecido muscular e nervoso (Kim et al., 2019).

Porém, devido seu baixo custo, em dietas de aves muitas vezes o Ca está em excesso por ser utilizado frequentemente como veículo para preenchimento de fórmulas de prémisturas, não sendo considerada sua contribuição na formulação das dietas (Kim et al., 2018).

Miliane Alves da Costa e Alexandre Barbosa de Brito Equipe técnica AB Vista

Por mais importante que ele seja, o excesso de cálcio na dieta pode interferir na disponibilidade de outros minerais como fósforo, magnésio, manganês e zinco. Ainda, ele pode quelar lipídios tornandoos-indisponíveis, reduzindo o perfil energético ração e pode se ligar ao fosforo inorgânico no intestino e formar o fitato-Ca prejudicando a disponibilidade de P (Lee e Bedford, 2016).

Está bem documento que o Ca tem um impacto prejudicial na utilização do fósforo fítico e sabendo deste efeito interativo do cálcio e da fitase no cenário de nutrição de aves, muito se tem falado nos últimos anos dos efeitos prejudiciais dessa interação em relação a eficácia da fitase e solubilidade de Ca e P.

Nos frangos, o principal local de atividade das fitases é na parte superior do sistema digestivo, como proventrículo e moela, que possuem menor pH. O cálcio uma vez em excesso, pode aumentar o pH no proventrículo e prejudicar a ação da pepsina, podendo comprometer o processo de digestão de proteínas, o uso de aminoácido, assim como redução do potencial de hidrólise da molécula de fitato pela enzima fitase, deixando o fitato mais disponível para interações, potencializando assim seu efeito antinuticional.

Porém, qual o real motivo da interação do cálcio na eficácia da fitase?

Taxa de inclusão na dieta?

Granulometria?

Fonte de cálcio?

De acordo com Kim et al. (2018), o aumento dos níveis de inclusão de Ca total na dieta (valores de 0,6, 0,8 e 1,0% de Ca) interferiram na digestibilidade ileal aparente do fósforo (AID P), com comportamentos distintos quando a solubilidade destas fontes, como vamos falar mais adiante.

Figura 1. O principal local de ação das fitases são o proventrículo e moela

Assim, muitos trabalhados tem demostrado que a redução dos níveis de cálcio tem importante papel na eficiência de hidrólise da fitase e consequentemente na performance do animal.

Costa (2019) observou que a redução da inclusão de cálcio nas dietas em 18 e 36% das recomendações de Rostagno et al. (2017) proporcionou melhorias no ganho de peso e conversão alimentar de frangos de corte com a utilização de 1500FTU de fitase, assim como Walk et al. (2013) observaram que frangos alimentados com redução dos níveis de cálcio e fósforo e com a inclusão de 1000 ou 1500 FTU de fitase apresentaram maiores consumo de ração e ganho de peso e, consequentemente, foram mais eficientes em relação as aves dos demais tratamentos.

A redução do suprimento do cálcio dietético aumenta a solubilidade do fitato no intestino, o que favorece a atuação da fitase endógena e exógena, resultando em maior degradação do fitato.

A maior degradação do fitato resulta em melhor utilização do fósforo orgânico.

O calcário, a fonte predominante de Ca nas rações de aves em todo o mundo e pode ter tamanhos de partícula muito diferentes, o que afetará a concentração de Ca reativo (solúvel).

Há um impacto prejudicial bem documentado do Ca na digestibilidade do P, mas o impacto do tamanho da partícula do calcário, que está altamente correlacionado com sua solubilidade é um fator determinante no grau de impacto do Ca do calcário na utilização do P (Kim e. al. (2018) e Walk et al. (2012)).

É aceito que diferentes granulometrias de calcário variam em solubilidade, e é bem conhecido que o calcário fino in vitro é mais solúvel do que o calcário grosso (Managi e Coon, 2007, Kim et al., 2018) e no ventrículo, acredita-se que partículas grosseiras de calcário sejam retidas por mais tempo.

Em um estudo realizado por Majeed et al. (2020), as diferenças na solubilidade das partículas grossas e finas de calcário influenciaram a digestibilidade de P inorgânico e Ca, com o fino causando maior variabilidade na digestibilidade de Ca e P inorgânico. Em estudos com frangos de corte, à medida que o tamanho das partículas de calcário aumentou, a digestibilidade in vivo do Ca aumentou (Kim et al., 2018 ).

Anwar et al. (2016) concluíram que frangos que alimentados com partícula de cálcio maiores

tiveram melhor digestibilidade de Ca e P inorgânico aos 28 dias.

De acordo com os autores, quando o calcário foi fornecido na forma de pó, observou-se um maior impacto do Ca na digestibilidade do P e a redução na digestibilidade do P só pode ser parcialmente recuperada mesmo com 1000 FTU fitase/kg de inclusão.

De acordo com Majeed et al. (2020), na ausência de fitase o cenário de granulometria do calcario é ainda mais prejudicial e que o grau de redução da digestibilidade ileal do P foi dependente do tamanho da partícula do calcário adicionado e que a adição de 1000FTU de fitase/kg poderia aliviar o efeito negativo.

Existem grandes variações entre as fontes de calcário usadas comercialmente, seus tamanhos de partícula e sua solubilidade em pHs baixos. Como a solubilidade do calcário tem grande impacto no AID P, o tamanho das partículas da fonte de Ca também deve ser considerado, além da concentração total de Ca na dieta para formular adequadamente a dieta.

O cálcio ocorre abundantemente na natureza e as fontes minerais mais utilizadas são calcários calcítico ou dolomítico, carbonato, sulfato e fluoreto de cálcio, tendo estas fontes valores de biodisponibilidade variáveis.

A variação da disponibilidade do cálcio nos alimentos deve-se principalmente à composição química e associação física do cálcio com outros componentes, formando em alguns casos compostos de baixa ou alta solubilidade.

De forma resumida, quando se tem um nível de solubilidade alta das fontes de calcário, os resultados de digestibilidade serão maximizados se o nutricionista optar por formular com requerimentos ligeiramente mais baixos de Ca; e reduzidas no caso contrário.

Agora, no caso de fontes de calcário de baixa solubilidade, os resultados de digestibilidade serão maximizados se o nutricionista optar por formular com requerimentos um pouco mais elevados do que aqueles usados nas fontes descritas anteriormente; respeitando-se, claro, os limites descritos nos tópicos anteriores.

Iniciando esta parte da revisão, é importante comentar que solubilidade não se relaciona diretamente a digestibilidade deste mineral e de outros minerais relacionados.

De forma geral, podemos ter uma digestibilidade de macro e micro minerais maximizada independente da solubilidade das fontes de cálcio, dependendo da estratégia de formulação que o nutricionista adote.

Sabendo que as fontes de cálcio apresentam diferentes disponibilidades e solubilidades, qual o real impacto da solubilidade das fontes de cálcio no processo de digestão do animal na solubilidade do cálcio e fósforo, interação com a fitase e consequentes efeito na performance e mineralização óssea das aves?

Muitos sais de Ca têm uma solubilidade dependente do pH e podem ter disponibilidade limitada no intestino delgado.

Em particular, o pH do intestino do frango muda de acordo com a região, desde o ambiente ácido do proventrículo e da moela , onde o pH é definido pela secreção de ácido clorídrico, até o ambiente menos ácido, quase neutro em todo o intestino, onde o pH é governado pelo bicarbonato de sódio.

Walk et al. (2012) afirmaram que fontes altamente solúveis de Ca podem aumentar a capacidade tamponante da digesta e isso facilita a formação do fitato de Ca. Hamdi et al. (2015) avaliaram fontes de cálcio com diferentes solubilidades (in vitro e in vivo) e observaram que a solubilidade do Ca modifica de acordo com o pH do meio e que a ordem de classificação da solubilidade do cálcio mudou dependendo do pH (figura 1).

Ainda no estudo de Hamdi et al. (2015) o pH da moela e do proventrículo não foi significativamente afetado pela fonte de Ca, assim como também não houve efeito na eficiência alimentar das aves.

Conforme os mesmos autores, os resultados mostraram que houve diferença na digestibilidade do Ca com as diferentes fontes estudadas, mas não foi observado diferenças entre as fontes de Ca na digestibilidade ileal de P. Esses resultados tornam questionável a explicação da digestibilidade limitada de P com fontes de Ca altamente solúveis.

Adaptado de Hamdi et al. (2015).

Como dissemos anteriormente, a solubilidade do cálcio no processo digestível da ave parece estar muito mais relacionada a quantidade adicionada de cálcio adicionado a dieta e o tamanho da partícula do que com a fonte e dose de fitase adicionada.

50 40 30 20

A. 0 FTU/kg

Retornando ao trabalho descrito por Kim et al. (2018), podemos observar um efeito positivo no incremento da AID P com o uso fitase, redução de níveis de Ca e com uso de fontes de Ca de baixa solubilidade (P<0,001); porém quando se avalia o efeito de interação entres estes dados para a mesma variável dependente (AID P), fica demonstrado que não houve efeito significativo quanto a interação de níveis de fitase x solubilidade de fontes de cálcio (P=0,374).

Ca 0,6% Ca 0,8% Ca

Ca=0,108; Tamanho de partícula < 0,001; Interação = 0,380

B. 1000 FTU/kg

Foi observado, porém, uma tendencia estatística (P=0,10) quanto avaliamos a relação entre níveis de Calcio e fontes de calcário (Gráfico 01).

Ca = 0,002; Tamanho de partícula = 0,002; Interação = 0,001

Avaliação das fontes de cálcio na digestibilidade de fósforo e eficácia da enzima fitase

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Grafico 01. Impacto da concentração de Ca (formulado) e o efeito o tamanho de partícula na digestibilidade de fósforo com uso ou não de fitase.

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