ENTREVISTA
Segurança e Saúde no Trabalho Andreia Pereira junta-se à Campanha “Melhorar a prevenção de acidentes de trabalho”, da ACT
FORMAÇÃO
Com Ângelo Valente, da Extragenária
SEXUALIDADE
e a sua desconstrução na Sexologia Clínica
Saiba como a Sexologia Clínica pode ser a sua melhor aliada.
ABRIL 2024 N. O 5CLÍNICA VALEBESTEIROS VISEU Magazine Clínica Valebesteiros Viseu
Editorial
É com entusiamo que apresentamos a 5.a Edição da Valebesteiros Magazine, repleta de conhecimentos valiosos e histórias inspiradoras.
Destacamos o tema central desta edição: a formação de felicidade e espírito de equipa, no local de trabalho. A formação foi dada pelo Ângelo Valente, da Extragenária, a quem estamos gratos pelas partilhas profundas e emocionantes.
Exploramos também uma variedade de tópicos relevantes, desde Autismo e Fisioterapia, Sexologia Clínica e até Segurança e Saúde no Trabalho. Fomos até Lisboa, visitar a TVI! E realizámos o evento Saúde Pélvica na Mulher, na FNAC Viseu, que foi um sucesso. Cada notícia, artigo e entrevista foi selecionado com cuidado para oferecer perspetivas ricas aos nossos leitores.
A todos os que de alguma forma colaboraram nesta edição, o nosso maior agradecimento. Aos leitores, obrigado por fazerem parte desta jornada de aprendizagem e crescimento.
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ABRIL ‘24 VALEBESTEIROS
Índice
04 / Ida à TVI
06 / Saúde do Idoso
08 / Autismo: O que é, sinais de alerta, diagnóstico e abordagem terapêutica
16 / Formação “Nunca é tarde”, com Ângelo Valente
12 / Psico Vs. TO
28 / Saúde Pélvica na Mulher
07 /
Desmistificando a Fisioterapia...
22 / Sexologia Clínica
30 / Neurologia
10 / Antecipar ou Adiar o Ingresso no 1.o Ciclo
20 / Reportagem Dia da Mulher
15 / Parceria: Valebesteiros e Policlínica do Sátão
25 / Consultas de Obstetrícia
18 / Entrevista “Melhorar a Prevenção de Acidentes no Trabalho”
26 / Curso de Preparação para o Nascimento e Parentalidade
MAGAZINE N.º5 VALEBESTEIROS
Na nossa Residência
celebramos a vida!
Manuel e Carminda celebraram as Bodas de Diamante, brilhando na TVI no Dia dos Namorados.
A felicidade dos utentes é, sem dúvida, uma das nossas prioridades.
O Manuel e a Carminda vivem na Residência São Domingos d’Algeraz e completaram 75 anos de amor e união no dia 8 de janeiro deste ano. A nossa casa juntou-se para celebrar o seu amor, com a renovação dos votos na Igreja. Foi um dia de pura alegria para todos.
Daqui para a frente, entramos em modo preparação para esta bela história que chegou a todo o lado! Recebemos um convite da TVI para estarmos presentes no programa “Dois às 10”, com o Cláudio Ramos e a Cristina Ferreira. Aceitámos de imediato e fomos muito felizes nesta “viagem”.
A nossa equipa uniu esforços e “pôs mãos à obra”:
A 23 de janeiro, fizemos uma limpeza profunda à sala de convívio - que acabou com um divertido jantar em equipa. (1)
A 26 de janeiro, recebemos a TVI para a primeira entrevista ao Manuel e à Carminda. A equipa de filmagens captou as atividades dinamizadas pela Cria Verde, com os nossos residentes (decoração e transplantação de vasos). À Cria Verde, o nosso imenso obrigado pelas dinâmicas desenvolvidasque tanto nos divertiram - e pela decoração temporária do nosso espaço, que ficou tão verdinho. (2)
Agradecimentos:
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ABRIL ‘24 VALEBESTEIROS
(1)
(2)
Artigo de Mariana Loureiro, Educadora Social
Depois da reportagem, chegou o dia de fazermos as malas e seguir rumo a Lisboa - 13 de fevereiro. Eu e o Paulo Matias acompanhamos o Manuel e a Carminda. Foi a primeira vez dos pombinhos num hotel, chamamos-lhe “ Lua de Mel ” (cortesia da TVI). (3)
No meio de um turbilhão de emoções, é dia 14 de fevereiro e entramos em direto na televisão nacional - onde a magia aconteceu ! (4) A história do Manuel e da Carminda foi vista pelo país inteiro, a nossa casa foi vista, as nossas pessoas fizeram-se falar. O nosso agradecimento profundo à TVI, por darem palco e voz às nossas pessoas e sua história e, por nos proporcionarem uma experiência inesquecível.
Fomos muito felizes e fizemos muitas pessoas felizes com a nossa história de amor. No final, estávamos muito cansados, mas o Manuel de 97 anos e a Carminda de 94 foram felizes em cada segundo desta experiência.
Nunca é tarde para sermos felizes e a nossa casa acredita nisso todos os dias.
MAGAZINE N.º5 VALEBESTEIROS (3) (4)
Saúde no idoso
O QUE É TER SAÚDE, O QUE É SER IDOSO E O QUE É SER UM IDOSO COM SAÚDE.
Ter saúde é existir um estado de completo bem-estar físico, mental e social (OMS, 1946). Contudo, saúde na pessoa com mais de 65 anos acaba por ser um equilíbrio entre estas três vertentes. Ao processo de envelhecimento está inerente uma “deterioração endógena e irreversível das capacidades funcionais do organismo.”
Apesar do envelhecimento ser um “fenómeno inevitável e inerente à própria vida” e da sua conotação negativa muito presente na sociedade, este deve ser encarado como um processo natural e não como um problema.
Muito se pode fazer no sentido de prevenir e retardar as comorbilidades que afetam esta fase da vida, devendo investir-se nos 3 pilares fundamentais: saúde física, saúde mental e vida social
Dentro da saúde física destaca-se não só o controlo das doenças já existentes, com contactos regulares com os profissionais de saúde e a adesão às medidas terapêuticas por eles estabelecidas, como também a prevenção de possíveis doenças para as quais apresenta fatores de risco. Medidas como alimentação saudável, cessação de hábitos tabágicos, consumo moderado de álcool e atividade física moderada e adaptada às capacidades individuais são indispensáveis.
“Nascer é uma possibilidade. Viver é um risco. Envelhecer é um privilégio.”
Mario Quintana
A manutenção da saúde mental é outro pilar importante e muitas vezes esquecido em detrimento da saúde física. Neste âmbito, destaca-se não só a prevenção dos estados depressivos, muito comuns ao longo do processo de envelhecimento, como também a sensibilização para o reconhecimento e tratamento dos mesmos.
A participação na vida social, conforme as capacidades e desejos de cada um, é um fator importante que contribui para a saúde da pessoa idosa. Ter a presença constante de familiares e entes queridos é fundamental nesta fase de vida. O combate ao isolamento social é um dos grandes objetivos dos programas nacionais e projetos locais de envelhecimento ativo. Ainda dentro deste âmbito é importante reconhecer o papel da segurança na 3.a idade.
Um idoso saudável é um idoso com controlo sobre as suas patologias físicas e mentais, que vive em condições de segurança e que tem vida social adaptada às suas necessidades e desejos.
Enfermagem e Apoio ao domicílio
Prestamos um serviço de enfermagem e apoio ao domicílio a pessoas que carecem de autonomia a realizar as suas necessidades básicas e individualizadas:
Atividades Diárias, Cuidados Personalizados, Identificação de Fatores de Risco, Cuidados Paliativos, Serviços Médicos, Fisioterapia e Urgências ao Fim-de-semana
Débora Cabral Enfermeira
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Bibliografia: Azevedo, M.. (2015). O envelhecimento ativo e a qualidade de vida: uma revisão integrativa. DGS. (2006). Programa Nacional Para A Saúde Das Pessoas Idosas.
Contacte-nos!
Desmistificando a Fisioterapia….
Nos dias de hoje, continua a existir a crença de que a fisioterapia se destina apenas à execução de massagens. Contudo, o fisioterapeuta tem a capacidade de avaliar, estabelecer diagnósticos fisioterapêuticos, planear e programar tratamentos. A definição que reflete bem a atuação do fisioterapeuta é colocada por Ragasson et al e Aveiro et al., quando referem que a fisioterapia apresenta uma missão primordial na prevenção da saúde, mediante a nova realidade contemporânea.
Através de uma variedade de técnicas e abordagens, os fisioterapeutas trabalham para otimizar a função do corpo e ajudar os pacientes a alcançarem os seus objetivos de saúde e bem-estar... Sejam estes:
• prevenir incapacidades futuras;
• recuperar de lesões do foro musculoesquelético;
• pós-cirúrgicos;
• aliviar a dor;
• melhorar a postura;
• melhorar a função respiratória;
• e, o mais importante de todos: MELHORAR A QUALIDADE DE VIDA !
O corpo humano é como uma estátua esculpida por Michelangelo; uma obra de arte, valiosa, perfeitamente esculpida e pensada ao pormenor… Harmonia total. E, é assim que o devemos tratar: como uma obra de arte insubstituível, única!
Na Valebesteiros, prezamos pela qualidade dos serviços prestados, com profissionais qualificados que intervêm em diferentes áreas da fisioterapia, das quais podemos destacar:
A Fisioterapia Musculoesquelética que trata disfunções dos sistemas muscular, articular, ligamentar, ósseo e tendinoso. Desde a mais comum dor lombar, à entorse do tornozelo, passando pelas próteses e fraturas.
A Fisioterapia no Desporto que desempenha um papel fundamental na prevenção e reabilitação de lesões. No contexto da Valebesteiros, os fisioterapeutas
Rita Pinto Fisioterapeuta
colaboram com atletas locais no tratamento e reabilitação personalizada, otimizando o desempenho desportivo e reduzindo o risco de recidiva de lesões. Exercitamos os músculos do nosso corpo e esquecemo-nos que a face também faz parte dele. Sendo a nossa janela para o mundo. O Cuidado Facial é um conjunto de técnicas tanto de fisioterapia como de osteopatia, com duas vertentes de atuação. (1) A estética, para atenuar as linhas de expressão, diminuir inflamações da pele ou inchaços. (2) A funcional, que atua no tratamento de enxaquecas, rinites e sinusites, paralisia facial, entre outros.
A RPG (Reeducação Postural Global), uma abordagem da fisioterapia que visa corrigir alterações posturais como a escoliose, melhorar a biomecânica, morfologia e fisiologia do corpo e, tratar condições como dor lombar ou cervical. É um trabalho individualizado que requer uma avaliação cuidada do paciente, partindo sempre da consequência até à causa do problema.
Em casos de condições respiratórias crónicas, como asma ou doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), a Fisioterapia Respiratória pode ajudar a melhorar a função pulmonar e a capacidade respiratória.
O Pilates Clínico consiste num conjunto de exercícios, que pode ser praticado com aparelhos como o Reformer, o Cadillac, Ladder Barrel, Step Chair e Spine Corrector, assim como no colchão. Isto permite uma adaptação às necessidades de cada pessoa e uma evolução progressiva ao nível da complexidade do treino. Individualmente ou em grupo, tendo em vista a condição e objetivos do paciente.
Em suma, a fisioterapia desempenha um papel fundamental na promoção da saúde e no tratamento de uma variedade de condições, com benefícios que se estendem além das fronteiras da reabilitação tradicional. Os fisioterapeutas da Valebesteiros têm o compromisso de excelência clínica na melhoria da qualidade de vida e no bem-estar dos pacientes.
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Autismo:
O que é, sinais de alerta, diagnóstico e abordagem terapêutica
Dia Mundial da Consciencialização do Autismo | 2 de abril
Dr.a Filipa Sousa Pedopsiquiatra
A Perturbação do Espetro do Autismo (PEA) é uma perturbação do neurodesenvolvimento. Assim: é um espetro, o que significa que as pessoas com este diagnóstico poderão ter uma variedade grande de sintomas e de competências, com impacto no desenvolvimento.
A origem da PEA é multigénica e multifatorial, existindo uma interação entre os genes e o ambiente. A relação mãe/bebé, a educação, ou o estatuto socioeconómico não têm influência na origem da PEA. Também não foi encontrada qualquer correlação entre a PEA e o uso de determinadas vacinas ou a existência de intolerâncias alimentares.
O QUE É O AUTISMO?
A PEA é uma perturbação crónica e como tal persiste ao longo de toda a vida da pessoa, mas as manifestações clínicas modificam com a idade. Apesar de existir desde o nascimento, o diagnóstico só é possível quando os sintomas começam a ser mais evidentes. Em alguns casos, isso pode acontecer no período pré-escolar e noutros casos só em idade escolar ou mesmo na adolescência. A altura em que o prejuízo do funcionamento se torna óbvio varia de acordo com características da própria pessoa, bem como com as características do seu meio ambiente, e o facto de poder haver uma grande variedade de sintomas pode dificultar o diagnóstico.
SINAIS DE ALERTA E SINTOMAS DO AUTISMO
Os sintomas, que mudam com o desenvolvimento e podem ser mascarados por mecanismos compensatórios, são essencialmente de dois grupos:
• dificuldades na comunicação social recíproca e na interação social;
• comportamentos, interesses ou atividades restritos e repetitivos.
Desta forma, exemplos de sinais ou sintomas que em crianças mais pequenas devem levantar suspeita são:
• ausência de contacto ocular;
• não sorrir em resposta;
• não responder ao nome;
• ausência de reações antecipatórias (como levantar os braços para ser pegado ao colo);
• ausência de atenção conjunta (não olhar para onde a outra pessoa está a olhar ou a apontar e não apontar com o dedo para algum objeto para dirigir a atenção do outro);
• não ter interesse em partilhar;
• ou perturbação na aquisição ou desenvolvimento da fala.
Em crianças mais velhas podem observar-se também:
• dificuldades no jogo simbólico (não ter brincadeiras de faz-de-conta, alinhar ou organizar brinquedos, em vez de brincar com eles);
• não ter interesse pelas outras crianças;
• evitamento da interação social, ou interação social desadequada com os pares;
• não imitar o adulto;
• uso idiossincrático e estereotipado de palavras ou frases;
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VALEBESTEIROS
• défices nos comportamentos não-verbais usados para a interação social (para além da ausência de contacto ocular, uso reduzido de gestos ou expressões faciais); adesão excessiva a rotinas, com dificuldades com a mudança; comportamentos repetitivos ou interesses altamente restritos e anormais na intensidade ou no foco (como horários de comboios, matrículas de automóveis).
Pode existir também hiper ou hiporreatividade a estímulos sensoriais (com respostas extremas a sons ou texturas específicas ou cheirar objetos excessivamente, por exemplo) e é comum haver restrições alimentares excessivas.
Muitas crianças com PEA também apresentam défice intelectual e/ou défice da linguagem e pode haver défices motores, podendo ter uma marcha estranha (por exemplo andar em bicos de pés) e sendo mais desajeitadas e descoordenadas do que as crianças da mesma idade.
Em crianças sem défice cognitivo e sem atraso na linguagem pode ser apenas na adolescência, quando as tarefas em termos sociais são mais exigentes, que as dificuldades se tornam mais notórias. Nesta idade, a procura de ajuda pode acontecer por queixas depressivas ou ansiosas, motivadas por fracas competências socias e problemas de interação com os pares.
DIAGNÓSTICO
Na avaliação diagnóstica da PEA podem ser prescritos alguns exames complementares de diagnóstico, nomeadamente para estudo etiológico, mas o diagnóstico é clínico, baseado em múltiplas fontes de informação: observação clínica, cuidadores e quando possível autorrelato. A PEA é mais comum nos rapazes. Nas raparigas os sintomas são muitas vezes menos óbvios, os interesses específicos mais típicos para a idade e, porque são capazes de imitar o que vêm, podem ter melhor contacto ocular e melhor interação social do que os rapazes com PEA. Estes motivos levam a que possa haver subdiagnóstico de PEA nas raparigas.
ABORDAGEM TERAPÊUTICA
A abordagem terapêutica deve ser individualizada, em função da situação clínica e do contexto individual e pode incluir: terapia da fala, terapia ocupacional (integração sensorial, treino de autonomia), ou psicologia clínica (terapia comportamental, treino de competências sociais), tendo como objetivo ajudar as pessoas com PEA a usarem da melhor forma as suas competências e a conviverem melhor com as suas especificidades. Não existe medicação para manifestações clínicas da PEA, pelo que a terapêutica farmacológica deve ser dirigida a comorbilidades ou sintomas disruptivos, como problemas graves de comportamento ou alterações de sono.
Centro de Desenvolvimento da Criança (CDC)
O CDC presta cuidados de saúde de elevada diferenciação e qualidade nas áreas das Doenças do Neurodesenvolvimento e da Neuropediatria
Contacte-nos, se identificou algum dos sinais de alerta da PEA, no seu filho ou filha!
232 853 800*
969 296 407**
geral@valebesteiros.pt
*custo da chamada para rede fixa nacional
**custo da chamada para rede móvel nacional
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VALEBESTEIROS
O Tempo na Educação:
Antecipar ou Adiar o Ingresso No 1.o Ciclo?
De acordo com a legislação portuguesa em vigor, existe obrigatoriedade da matrícula no 1.o ano de escolaridade para todas as crianças que nascem até ao dia 15 de setembro, do ano civil em que completam seis anos de idade (DL n.o 301/93, de 31 de agosto). As crianças que nascem entre 16 de setembro e 31 de dezembro são consideradas “condicionais”, ficando a sua admissão sujeita à existência de vagas e à vontade dos pais/encarregados de educação.
Contrariamente ao que acontece para as crianças que já completaram seis anos de idade, a matrícula de uma criança “condicional” não é obrigatória. Deste modo, aconselha-se que, antes de avançarem com o processo, os encarregados de educação percebam junto de quem lida, de forma próxima, com as crianças, qual a opinião relativamente a este aspeto.
Seja o Educador de Infância, o Pediatra ou, eventualmente, um Psicólogo, é importante que os pais não se demitam dessa responsabilidade. O sistema de ensino deve ser focado e adaptado às crianças, devendo, para o efeito, fornecer uma resposta particularmente adaptada às suas reais necessidades. Por outro lado, é fundamental analisar a maturidade da criança, perceber o seu ritmo de aprendizagem
e de desenvolvimento global, assim como, a capacidade de adaptação a todo o processo de aprendizagem.
Mais do que a alfabetização na educação pré-escolar, são fundamentais as questões de natureza emocional e comportamental, como o conseguir estar sentado, o saber esperar pela sua vez, o gosto e interesse em aprender ou o conseguir lidar com a baixa tolerância à frustração. A criança pode revelar ter boas competências cognitivas, contudo, falta-lhe maturidade emocional conduzindo, muitas das vezes, a dificuldades futuras em lidar com o insucesso escolar.
Vocabulário avançado para a faixa etária, a facilidade em adquirir conceitos e aplicá-los e, a compreensão das informações são, deste modo, aspetos preponderantes para a análise de ingresso no primeiro ciclo. Acresce compreender a autoconfiança, o sucesso nas relações de pares e, o nível motivacional da criança, destacando-se a sua persistência na realização e conclusão das tarefas, o seu empenho, esforço e dedicação, a capacidade de iniciativa, criatividade, a sua ampla curiosidade e a originalidade na resolução de situações críticas e/ou problemáticas.
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Artigo
Anjos ABRIL ‘24 VALEBESTEIROS
de Opinião, Psicóloga Tânia
Deste modo, um crescimento harmonioso em que a criança tenha desenvolvido competências básicas (cuidar da sua higiene e alimentar-se de forma autónoma), que tenha capacidade de interagir e de se regular emocionalmente, de reconhecer os seus sentimentos, que tenha uma noção de valores e cultura e, naturalmente, que saiba ouvir e falar de forma organizada, são aspetos que devem ser desenvolvidos em idade pré-escolar e que, por sua vez, poderão potenciar uma transição mais suave para o primeiro ano.
No entanto, é cada vez mais comum que os encarregados de educação queiram que os filhos ingressem o primeiro ano precocemente. Mesmo quando não revelam ainda a maturidade necessária para evitar um bloqueio numa fase mais tardia deste ensino, que será mais complexo e com aprendizagens essenciais obrigatórias.
Importa salientar que as figuras paternas deverão amadurecer a decisão ao longo do tempo. Olhar para a criança que têm em casa e para as suas caraterísticas individuais, sem deixarem essa mesma reflexão e decisão, somente, para a altura das matrículas. É fundamental que os pais aproveitem o pré-escolar para treinar competências através do brincar (fazer puzzles, desenhos, pinturas, atividades mais calmas que obriguem a pensar e a cumprir regras) e que, por sua vez, salvaguardem a parte emocional.
As famílias estão cansadas, o exercício profissional consome grande parte do seu dia e, por conseguinte, não há grande disponibilidade, ou tempo de qualidade, para executar este tipo de brincadeiras. Contudo é, muito mais fácil para os mais novos aprenderem
competências (como números e letras) em brincadeiras organizadas, do que sentados numa secretária de frente para o quadro, a ouvir um professor. Por outro lado, há pais que consideram necessário um maior amadurecimento da criança pedindo, para o efeito, o adiamento da matrícula no primeiro ciclo (com a devida antecedência), remetendo a frequência do primeiro ano para os sete anos do futuro aluno. Nestes casos, é necessária uma justificação médica e avaliação especializada (avaliação psicológica a respeito dos benefícios do aluno em estar mais um ano na pré-escola e, assim, treinar melhor as suas competências, através do brincar), uma vez que se trata de adiar uma matrícula que, por lei, é obrigatória.
Antecipar a matrícula no primeiro ciclo ou, por sua vez, realizar o adiamento na educação pré-escolar é, assim, considerada uma decisão que influenciará todo o percurso da criança. Contudo, acresce estar comprovado não existir uma idade ideal para começar no primeiro ano, mas sim diversos fatores no desenvolvimento da criança que evidenciam se está, ou não, preparada a sentar-se numa sala de aula e atenta.
Saiba que, na maioria dos casos, os pais não revelam as competências e o distanciamento emocional necessário para tomarem esta decisão de forma autónoma, íntegra e devidamente ponderada, pelo que, o mais importante é não se sentirem pressionados pelo contexto. Antecipar… para quê a pressa? Adiar… não vai perder um ano, mas sim ganhar um ano de competências cognitivas e emocionais que se consideram, essenciais, ao desenvolvimento harmonioso da criança.
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Psicomotricidade vs. Terapia
Ocupacional: Como se distinguem?
Um artigo colaborativo entre a Psicomotricista Alexandra Sá e a Terapeuta Ocupacional Carolina Coimbra
A intersecção entre a Psicomotricidade e a Terapia Ocupacional tem sido objeto de debate e investigação contínuos no campo da saúde e reabilitação. Estas disciplinas compartilham o objetivo comum de promover o bem-estar e a funcionalidade dos indivíduos, mas as suas abordagens e métodos divergem, frequentemente. Por isto, surge a necessidade de uma compreensão mais clara das distinções entre estas duas práticas, por forma a melhor orientarmos profissionais de saúde e otimizarmos os resultados dos nossos pacientes. Neste artigo colaborativo, apresentamos uma análise comparativa entre a Psicomotricidade e a Terapia Ocupacional, esclarecendo o foro de cada abordagem terapêutica. Ao examinarmos aspetos-chave, como fundamentos teóricos, objetivos terapêuticos e técnicas de intervenção, pretendemos fornecer uma visão abrangente das diferenças entre as duas terapias. Esperamos promover um diálogo construtivo e subsidiar uma prática clínica mais informada e eficaz, visando sempre a promoção da saúde e qualidade de vida.
PSICOMOTRICIDADE
Quando olhamos para a palavra Psicomotricidade podemos dividi-la em duas palavras: “Psico”, que nos leva para as emoções, para o pensamento e, para a cognição, e; “Motricidade”, que é a força motriz, a energia de ação, ou seja, aquilo que nos faz mover e nos impele à ação com o mundo e com os outros.
Podemos dizer que a Psicomotricidade é uma terapia que intervém através do corpo, do movimento, das emoções e da relação em diversos contextos de atuação. Baseada numa visão global do ser humano, a Psicomotricidade encara de forma integrada as funções cognitivas, socioemocionais, simbólicas e motoras. O seu enfoque está centrado na promoção
da capacidade do indivíduo agir com o outro, com os objetos e consigo mesmo.
Se olharmos para a Infância e Adolescência e pensarmos na “Patologia do agir”, entende-se como patologia do agir as alterações de conduta. Estas alterações traduzem-se em dificuldades expressas ao nível do corpo, em termos do comportamento, ou seja, como age este corpo nos seus domínios. Vejamos quando falamos de Perturbação da Hiperatividade e Défice de Atenção, Perturbações de Oposição, Perturbações de Humor, Perturbações da Ansiedade ou até Doenças do Comportamento Alimentar, o denominador comum é a ação deste corpo. Isto é, a expressão
12 ABRIL ‘24 VALEBESTEIROS
alterada na forma como o seu corpo se comporta quer intra, quer interpessoalmente. Nestas alterações observamos dificuldades na sua capacidade de regulação emocional, que se transmitem na sua capacidade no jogo, na interação, nos relacionamentos, na sua prática motriz (coordenação e praxias). Esta prática motriz traduz-se em dificuldades na construção de vários fatores psicomotores de base impactantes na funcionalidade (autoimagem, esquema corporal, interação social, realização das atividades).
A função do psicomotricista é usar, no espaço terapêutico, o corpo como veículo para a regulação, criando interação, organização, planeamento, melhorando a atenção e a memória. As atividades propostas têm um carácter semiestruturado, ou seja, permitem a atividade espontânea, onde a criança propõe diferentes formas de expressão (motora, gráfica, verbal, sonora, plástica, etc.); mas também contemplam oportunidades de modificação intencional do comportamento e redirecionamento da atividade e seus conteúdos por parte do Psicomotricista, permitindo-lhe atingir os seus objetivos de trabalho.
QUAIS SÃO OS CAMPOS DE ATUAÇÃO?
O Psicomotricista atua em todas as idades nos seguintes níveis:
Preventivo: promoção e estimulação do desenvolvimento, incluindo a melhoria/manutenção de competências de autonomia;
Educativo: estimular o desenvolvimento psicomotor e o potencial de aprendizagem;
Reeducativo ou terapêutico: quando ocorrem perturbações do desenvolvimento, da aprendizagem e/ou do comportamento ou, ainda, patologias de ordem psíquica e neurológica que comprometem a qualidade de vida da pessoa (perturbações da coordenação motora, perturbação de défice de atenção e hiperatividade, perturbações psiquiátricas, deficiência intelectual, perturbações do espetro do autismo).
A terapia psicomotora é indicada para todas as problemáticas que afetem os seguintes domínios: motricidade global e fina; planificação, sequencialização e execução do gesto; perceção auditiva, visual e tátil-cinestésica; tónus; orientação espacial e temporal; lateralidade; aquisição da escrita; e comunicação verbal e não verbal.
MAGAZINE N.º5 VALEBESTEIROS
Fotografia: Terapeuta Ocupacional Carolina Coimbra e Psicomotricista Alexandra Sá
TERAPIA OCUPACIONAL
A Terapia Ocupacional é uma área da saúde que intervém na prevenção, avaliação e tratamento de condições de saúde que comprometam ou coloquem em risco o desempenho ocupacional - sejam estas condições motoras, cognitivas, emocionais ou sociais, em qualquer fase da vida e, que possam estar a restringir a sua atividade e participação nas atividades do dia a dia. (Dec- Lei n.o 261/93 de 24 de julho). Ocupacional vem exatamente de Ocupações! Um Terapeuta Ocupacional (TO) atua através de planos de intervenção baseados na ocupação.
MAS O QUE SÃO, AFINAL, AS OCUPAÇÕES?
As nossas ocupações são as coisas que fazemos e que refletem quem somos: desde que acordamos, até irmos dormir! Pois é, até o sono é uma ocupação. A nossa profissão, os nossos hobbies, os nossos papéis sociais... coisas tão simples como lavar os dentes, preparar uma refeição, conduzir um carro, escrever no computador, lavar o chão ou praticar um desporto... são exemplos de atividades que desempenhamos todos os dias e, que são as nossas ocupações!
O Terapeuta Ocupacional analisa as ocupações onde existam problemas de desempenho e intervém de forma a capacitar ou a adaptar as atividades, devolvendo ou criando a máxima autonomia e independência.
Em Pediatria, a terapia ocupacional foca-se em descobrir e maximizar o potencial de cada criança e adolescente, para que seja independente nas suas atividades diárias (em casa, na escola ou na comunidade). Algumas dessas atividades são o brincar, os autocuidados, a escrita, a alimentação, entre outras.
O TO avalia as atividades que a criança não consegue realizar ou sobre as quais apresente alguma dificuldade. Por exemplo: na Escola, se tem dificuldades a escrever, chutar, saltar à corda… ou, nos Autocuidados, se não se consegue vestir/despir, abotoar, atar os atacadores, lavar os dentes ou tomar banho. Posteriormente, são analisadas quais as estruturas e/ou funções que possam estar a limitar o desempenho da criança, por ex.: dificuldades de coordenação motora, dificuldades na motricidade fina, na atenção, no planeamento ou processamento sensorial.
SÃO ESTES ALGUNS SINAIS DE ALERTA QUE O DEVEM LEVAR A PROCURAR UM TERAPEUTA OCUPACIONAL:
• Dificuldades nas atividades de vida diárias como o vestir, despir, calçar, apertar sapatos, botões ou atacadores;
• Não gostar de tomar banho, pentear, lavar a cara, as mãos ou os dentes;
• Na alimentação não consegue usar os talheres, não tolera certas texturas ou é seletivo nos alimentos que come;
• Pega no lápis de forma incomum ou inverte números ou letras ao escrever;
• Se não gosta de se sentir sujo;
• Não explora os brinquedos ou brinca sempre com o mesmo;
• Prefere brincar sozinho e não interage com os amigos ou família;
• Toca constantemente em tudo;
• Dificuldade em manter a atenção e/ou permanecer sentado;
• Gostar de girar/rodopiar frequentemente;
• Ser sensível a sons e ruídos;
• Parece não medir a força que usa;
• Apresenta trabalhos e cadernos sujos e com riscos;
• Dificuldade em deixar que lhe cortem ou toquem no cabelo.
14 VALEBESTEIROS
Saiba mais
PARCERIA
Valebesteiros
e Policlínica do Sátão fortalecem cuidados infantojuvenis multidisciplinares
A parceria entre a Valebesteiros e a Policlínica do Sátão representa um marco significativo no campo dos cuidados infantojuvenis multidisciplinares. Através do Centro de Desenvolvimento da Criança (CDC), estamos presentes no Sátão para oferecer uma gama abrangente de serviços que abordam as necessidades específicas das crianças e jovens, dos 0 aos 18 anos.
O CDC, um projeto inovador concebido pela Valebesteiros, engloba uma ampla variedade de especialidades, incluindo Fisioterapia Pediátrica, Pedopsiquiatria, Pediatria, Psicologia, Psicomotricidade, Terapia da Fala e Terapia Ocupacional. O que torna este centro verdadeiramente diferenciado é o seu foco no atendimento multidisciplinar, onde os profissionais cruzam informações e históricos das crianças para fornecer um cuidado integrado e holístico.
Ao estabelecer uma parceria com a Policlínica do Sátão, o CDC amplia a sua capacidade de alcance e proporciona um acesso mais fácil aos serviços de saúde pediátrica de qualidade. A presença do CDC dentro da Policlínica do Sátão oferece conveniência aos pais e responsáveis, enquanto garante que as crianças recebam os cuidados de que necessitam, num ambiente familiar e acolhedor.
A parceria entre estas duas entidades cria uma sinergia única, onde a expertise de cada uma complementa a outra. A Valebesteiros traz sua experiência e especialistas de excelência e, a Policlínica do Sátão contribui com sua reputação estabelecida e sua infraestrutura médica de ponta.
Em suma, a parceria entre a Valebesteiros e a Policlínica do Sátão no âmbito do CDC é um testemunho do compromisso conjunto destas clínicas em fornecer o melhor atendimento possível às crianças e jovens do Sátão. Esta aliança não só beneficia os pacientes e suas famílias, mas também destaca a importância da colaboração e da cooperação no setor de saúde infantil.
15 MAGAZINE N.º5 VALEBESTEIROS
“Não há casas felizes sem gente boa.”
O testemunho de Ângelo Valente, Co-fundador da Associação Extragenária, sobre a Formação “Nunca é tarde”, que deu à nossa equipa no dia 12 de março.
Estar na Valebesteiros foi um desafio que me foi proposto pelo Paulo Matias e o Nuno Oliveira, sobretudo para continuar a missão que eles têm visionada para a sua equipa, ainda, jovem.
A missão da Administração da clínica é fazer da sua equipa, uma equipa de cuidadores felizes, que integre uma dinâmica diferente e inovadora, muito focada na qualidade e na relação interpessoal dos seus colaboradores e, com os seus clientes.
E este desafio foi-me dado pela Administração porque sentia, em determinadas alturas, que poderia haver aqui alguma dificuldade em criar uma equipa mais forte e mais coesa. Isto, muito relacionado com um crescimento substancial e repentino ao longo destes últimos meses. Dores de crescimento naturais... que a administração decidiu combater com a aplicação da nossa palestra, neste grupo.
Eu confesso que tinha até algum receio... Ou seja, quando nós olhamos para as nossas coisas, olhamos com um olhar de amor, cuidado e pertença. E, eu sentia que o Nuno e o Paulo estavam algo desanimados com aquilo que tinham. Eles queriam, de certa forma, sentir mais entrega, mais ação, não tanto nas competências profissionais, mas sobretudo no espírito do grupo.
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ABRIL ‘24 VALEBESTEIROS
Ângelo Valente
No entanto, em todas as casas, em todas as famílias, há problemas e se eles forem conversados e discutidos são mais fáceis de resolver.
E a nossa palestra é muito sobre isto. Em quase uma hora e meia, falamos sobre histórias de pessoas que, também em grupo e em espírito de equipa, descobrem que o potencial de sermos “o grupo” é um potencial enorme para a contribuição pessoal. É muito mais fácil, individualmente, sermos felizes quando estamos encaixados num grupo e numa missão maior.
E, sinceramente, as minhas expectativas não eram tão boas como aquelas que se concretizaram na noite em que estivemos juntos na Clínica Valebesteiros.
É incrível. Foi incrível a energia que recebemos.
Eu percebi que as preocupações do Nuno e do Paulo estavam, de certa forma, exageradas. Porque eu vi ali uma equipa de cuidadores - e são todos cuidadores, a mais nobre arte de cuidar é mesmo esta, cuidar da saúde das pessoas - vi uma equipa motivada, vi uma equipa focada e vi uma equipa cheia de gente boa.
Não há casas felizes sem gente boa.
Conheci nesta noite um grupo de gente que tem aquilo que de mais importante nós podemos ter para cuidar dos outros: que é amor, amor à profissão, amor à causa, amor também às suas próprias coisas, amor à sua intelectualidade individual, amor aos seus valores e, sobretudo, um sentimento de pertença. Às vezes, este sentimento pode estar adormecido... Mas, eu acho que naquele dia tivemos partilhas emocionantes que me levam a ter a certeza absoluta de que a Valebesteiros é uma clínica diferente, uma clínica muito presente.
Lentamente se constrói o futuro e o futuro será risonho para todos, se continuarem a ter, sempre, o Amor como ferramenta diária essencial para sermos mais felizes.
Obrigado pela oportunidade. Foi maravilhoso, foi uma honra enorme e eu espero voltar em breve.
Ângelo Valente, Co-fundador Associação Extragenária
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“Melhorar a prevenção de acidentes de trabalho”
É sob o mote “Melhorar a prevenção de acidentes de trabalho” que a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) lançou, no dia 8 de fevereiro, uma campanha de sensibilização para a temática.
A campanha constitui-se como um dos instrumentos privilegiados de implementação da Estratégia Europeia de Segurança e Saúde no Trabalho e, surge no âmbito do Dia Nacional da Prevenção e Segurança no Trabalho, celebrado a 28 de abril. A ACT de Viseu está a focar a sua atenção nos Técnicos de Segurança, envolvendo-os em dinâmicas formativas e de partilha.
A Valebesteiros quer associar-se a esta campanha e assinalar o Dia Nacional da Prevenção e Segurança no Trabalho, com uma entrevista à Coordenadora do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho (SST) e Técnica de Segurança - Andreia Pereira.
O QUE É A SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO?
A SST visa a prevenção de acidentes de trabalho, através da identificação, avaliação e controlo dos riscos profissionais.
Enquanto Técnica de Segurança, o meu objetivo é garantir que os trabalhadores se encontram protegidos de todos os tipos de riscos à sua saúde e segurança, no desempenho das suas funções. Desta forma, promovemos ambientes de trabalho humanizados, saudáveis, seguros e com condições dignas, indispensáveis para o sucesso e produtividade das empresas.
Esta é uma área que me cativa muito, pelo que mencionei e, porque, na Valebesteiros primamos por adaptar a realidade das empresas onde estamos, às suas necessidades e cumprimento da legislação em vigor... Mais do que uma obrigatoriedade legal, a segurança é um pilar indispensável à boa gestão empresarial.
Olhar com atenção para a saúde e bem-estar dos trabalhadores é o melhor investimento. Não só pelas consequências diretas, que vão desde a redução de acidentes de trabalho, absentismo, doenças profissionais e diminuição de custos... Mas também, porque ter trabalhadores com a moral elevada, empenhados no seu trabalho e saudáveis é uma vantagem competitiva.
QUAIS AS ÁREAS EM QUE, ATUALMENTE, ATUAM?
No momento, prestamos serviços em diversas áreas como a Indústria, o Comércio, Clínicas e Construção Civil. Na Valebesteiros, já realizámos este serviço a mais de 100 empresas dos distritos de Viseu, Guarda e Coimbra.
Quando chegamos a estas empresas, avaliamos os diferentes postos de trabalho e, dependendo das tarefas que cada posto executa, implementamos as medidas preventivas - nunca nenhuma empresa está a 100% e, por isso, queremos sempre incutir uma melhoria contínua.
Entrevista a
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ABRIL ‘24 VALEBESTEIROS
Andreia PereiraCoordenadora do Departamento de SST e Técnica de Segurança
Saiba mais
COMO É QUE ATUAM, QUANDO CHEGAM A UMA EMPRESA?
Começamos por auditar as instalações da empresa, fazemos avaliações de risco e, seguimos com o Plano de Prevenção, onde abordamos as medidas preventivas a implementar.
A partir daqui, elaboramos relatórios e analisamos as estatísticas de acidentes de trabalho; elaboramos as fichas de dados de segurança dos produtos químicos usados e procedimentos de segurança. Colaboramos, também, na conceção de locais, métodos e organização do trabalho, bem como na escolha e na manutenção de equipamentos de trabalho. Supervisionamos o aprovisionamento, a validade e a conservação de equipamentos de proteção individuais (EPI’s), assim como a instalação e a manutenção da sinalização de segurança.
Além de concebermos e desenvolvermos o programa de formação para a promoção, apoiamos as atividades de informação e consulta dos trabalhadores e dos seus representantes para a SST.
Mais ainda, asseguramos o preenchimento do relatório de atividades do serviço de SST (Anexo D do Relatório Único), dentro do prazo legal.
As medidas do Plano de Prevenção têm o objetivo de proporcionar a prevenção dos acidentes de trabalho, tal como a redução ou, em alguns casos, eliminação de riscos e doenças profissionais. Por vezes, é necessário aplicar medidas corretivas aos planos - naturalmente, pois existem cenários mais suscetíveis a alterações e onde a ajuda da Medicina do Trabalho, nas figuras do(s) Médico(s) e Enfermeiro(s), se revela importante.
COMO TRABALHA O VOSSO DEPARTAMENTO?
Somos uma equipa de duas pessoas, eu e a Cátia Costa. Fazemos questão de manter uma relação laboral assente numa comunicação fluída e clara. Mantemos uma visão alinhada sobre o que deve ser o nosso modo de ação. E contamos, sempre, uma com a outra para dar sugestões e opiniões em certas situações. Ambas temos uma perspetiva de melhoria constante e, por isso, somos uma equipa proativa no que toca à Formação.
Além disto, temos uma boa relação com a equipa da Medicina do Trabalho, com quem criamos um ambiente aberto aos ajustes e à cooperação, principalmente, quando um cliente usufrui dos dois serviços com a Valebesteiros.
Olhar com atenção para a saúde e bem-estar dos trabalhadores é o melhor investimento.
QUAIS AS CAUSAS MAIS FREQUENTES DE ACIDENTES NO TRABALHO?
As causas mais frequentes de acidentes de trabalho devem-se a distrações ou a negligência. A falta de formação, o uso inadequado dos dispositivos de segurança e o não cumprimento das regras implícitas nos mesmos contribuem, igualmente, para os acidentes no trabalho.
No entanto, podem ocorrer acidentes de trabalho devido ao excesso de confiança, uso de droga ou álcool, incumprimento das regras de segurança, falta de EPI’s, más condições de trabalho (desorganização no posto de trabalho, ruído, entre outros) cansaço e esforço excessivo.
QUE CONSELHOS DARIA ÀS EMPRESAS, AO NÍVEL DE AÇÕES E MEDIDAS PREVENTIVAS?
Depende muito do tipo de atividade exercida, das tecnologias, técnicas usadas e do próprio ambiente de trabalho. Mas, de uma forma geral, deixo algumas das ações e medidas destinadas a eliminar, evitar ou diminuir os riscos de acidentes profissionais:
1. O local de trabalho deve ser seguro e saudável;
2. Deve seguir sempre as regras de segurança ao realizar as atividades perigosas;
3. Ter sempre o local de trabalho organizado, não deixando objetos desarrumados;
4. Ter o conhecimento dos riscos e tomar os cuidados relativos à atividade que desempenha;
5. Participar sempre em ações de formação ou cursos de prevenção de acidentes que a empresa proporcione;
6. Aplicar sempre as medidas e dispositivos que lhe são facultados, mais precisamente, a utilização do vestuário de proteção adequado, uso de proteção auricular para os ruídos, capacetes, óculos e equipamentos de proteção respiratória contra químicos, entre outras.
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N.º5 VALEBESTEIROS
MAGAZINE
Dia da Mulher nas nossas Clínicas e Residência São Domingos d’Algeraz
Celebrámos o Dia da Mulher de forma doce e divertida.
De manhã cedo, o Dr. António Pinto, de Osteopatia, ofereceu uma rosa de madeira a todas as mulheres da clínica de Viseu. Um gesto carinhoso que nos deixou, a todas, com um sorriso de orelha a orelha.
Também cedinho, chegou a nossa Carla, da Receção, com as confeções que lhe encomendamos para a celebração deste dia! Já conhece o seu projeto“ Doç’Alma”?
E o que trazia a Carla nas suas caixas? Não só uns bites deliciosos que oferecemos durante todo o dia às nossas clientes e que, enviamos, com carinho, para a equipa da Clínica, em Campo de Besteiros, e da Residência São Domingos d’Algeraz . Mas também, um maravilhoso bolo Red Velvet para a equipa da Clínica em Viseu saborear, acompanhado de um brinde de ginj...cof...café!
A par de toda esta felicidade e alegria, que pudemos partilhar em equipa, a Psicóloga Tânia Anjos escreveu um artigo sobre “Os Desafios de Ser Mulher ”onde, no meio de muitas coisas, nos diz que:
“Se, por um lado, temos a emancipação feminina, por outro, continuamos numa procura incessante para nos conseguirmos desdobrar em diversificadas tarefas e funções, como resultado de afirmação social. E, ainda que se verifique que o homem começa a assumir a responsabilidade e o papel de cuidar da família é essencial considerar que existe uma maior sobrecarga nas mulheres em relação à esfera familiar (cuidados domésticos, sua administração e na educação dos filhos).”
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Leia o artigo “Os Desafios de Ser Mulher”
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Sexualidade e a sua desconstrução na Sexologia Clínica
Falar sobre a vida sexual pode ser difícil e, até mesmo, constrangedor, especialmente no nosso país - onde há diversidade de pensamentos, opiniões, crenças e tabus que, infelizmente, dominam grande parte da sexualidade humana, sobretudo devido à falta de conhecimento.
Muitas vezes, a mulher, o homem ou o casal, demora muito tempo a decidir marcar a consulta de Sexologia Clínica, pela dificuldade, medos e tabus que existem acerca desta temática. Assim, é importante realçar que o Sexólogo Clínico tem formação na área da sexualidade humana, tendo habilitações para diagnosticar e tratar doenças, dificuldades ou dúvidas sexuais e o seu objetivo é que os seus utentes consigam alcançar uma vida sexual saudável e prazerosa.
Portanto, a Consulta de Sexologia Clínica é um espaço seguro, sem julgamentos ou tabus, na qual o utente pode falar sem constrangimentos sobre a sua vida sexual.
Então, aqui vão alguns conceitos, relacionados com a Sexologia Clínica.
Médica há 6 anos formada pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, é Especialista em Medicina Geral e Familiar há 1 ano e Sexóloga Clínica (com Competência na Ordem dos Médicos) há 1 ano e meio. A sua missão é contribuir para uma sociedade inclusiva, segura, sexualmente saudável e sem preconceito.
SEXUALIDADE, O QUE É?
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), “a sexualidade é uma energia que nos motiva para encontrar amor, contacto, ternura e intimidade. Integra-se na forma como nos sentimos, movemos, tocamos e somos tocados. É ser-se sensual e sexual. A sexualidade influencia pensamentos e, assim, influencia a saúde física e mental.”
Também segundo a OMS, a Saúde Sexual é uma condição de bem-estar físico, emocional, mental e social em relação à sexualidade, e não somente a ausência de doença. Portanto, promover a Saúde Sexual é uma questão de igualdade de género, de realização plena de todas as pessoas, de proteção de crianças e jovens e de combate à discriminação e à violência de género. A Saúde Sexual pressupõe a garantia dos direitos sexuais, que são protegidos como direitos humanos na legislação internacional e europeia.
A Sexologia Clínica é uma área científica que estuda a sexualidade, sendo uma área de intervenção em saúde cujos objetivos são o esclarecimento de dúvi -
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Dr. a Sofia
M. Mendes, Sexóloga Clínica
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Saiba mais
...uma consulta, um espaço seguro, sem julgamentos ou tabus.
das e a ajuda em dificuldades relativas à sexualidade, do próprio e/ou do casal, incluindo problemas e dúvidas relativos à orientação sexual e à identidade de género.
Assim, a consulta de Sexologia Clínica tem como principal objetivo dar apoio a todos os domínios da sexualidade. Outro objetivo desta consulta é o apoio e aconselhamento na adaptação à sexualidade nas diferentes fases de vida e na doença.
Este tipo de consulta é aconselhado a pessoas e ou casais que possam vivenciar dificuldades e disfunções sexuais e questões relacionadas com o desenvolvimento sexual, orientação sexual ou questões relacionadas com a identidade de género.
COMO É A CONSULTA?
Nesta consulta, que pode ser presencial ou online, é feita a colheita da história clínica, focada na saúde e história sexual, com o objetivo principal de compreender o utente e as suas vivências e crenças relativamente à sexualidade, por forma a obter o acompanhamento adequado.
Há uma avaliação médica do problema e esclarecimento das questões do utente. Sempre que necessário, há a orientação e encaminhamento para outros profissionais de saúde, sendo, assim, possível uma abordagem multidisciplinar.
Nota: Para quem tem vergonha ou dificuldade em encontrar um profissional com o qual se identifique, a consulta de Sexologia online é uma alternativa válida.
QUE SITUAÇÕES SÃO ABORDADAS?
São abordadas questões relativas à sexualidade da mulher, do homem e do casal, nas diferentes fases de vida e na doença, sendo elas:
• Disfunções sexuais (masculinas e femininas);
• Sexualidade na adolescência;
• Planeamento familiar;
• Sexualidade na gravidez;
• Educação para saúde sexual;
• Sexualidade na Menopausa;
• Sexualidade da pessoa idosa;
• Sexualidade na doença crónica;
• Sexualidade na Pessoa Com Deficiência (PCD);
• Questões relacionadas com a identidade de género;
• Questões relacionadas com a orientação sexual.
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MAGAZINE N.º5 VALEBESTEIROS
Imagem: Freepik
QUANDO DEVE PEDIR CONSULTA DE SEXOLOGIA CLÍNICA?
Se desconfia que tem uma disfunção sexual
No homem as mais comuns são a disfunção erétil, ejaculação precoce ou tardia e a curvatura peniana (também conhecida como Síndrome de Peyronie). Na mulher as disfunções sexuais mais frequentes estão relacionadas com diminuição do desejo sexual, dificuldades em atingir o orgasmo, dificuldades relacionadas com a lubrificação e dor genital/ pélvica.
Problemas ou dúvidas na sexualidade do casal
Ao longo da relação, o casal pode deparar-se com vários obstáculos relacionados com a vivência da sua sexualidade, tais como: falta de diálogo e intimidade; um dos elementos pode sentir-se menos envolvido, um dos elementos pode querer explorar práticas com as quais o outro não se sente confortável ou, até mesmo, os níveis de desejo sexual dos elementos do casal podem estar “desalinhados”.
Desafios da sexualidade ao longo da vida
Há várias fases da vida que podem afetar a vivência da sexualidade: gravidez e puerpério; parentalidade; menopausa; envelhecimento; mudanças da dinâmica familiar; stress e ansiedade relacionados com acontecimentos de vida; situações de luto.
Sexualidade em contexto de doença e incapacidade
Existem várias patologias que, direta ou indiretamente, afetam a vida sexual de quem delas sofre. A consulta de sexologia pode ajudar na aquisição de estratégias de adaptação da sexualidade à doença/ incapacidade.
Doenças sexualmente transmissíveis
Caso haja a suspeita de infeção sexualmente transmissível, é imprescindível que haja uma avaliação médica adequada, para o diagnóstico e tratamento atempados e para prevenção da transmissão da patologia em causa.
Questões de orientação sexual e identidade de género
Pode ser útil recorrer a uma consulta deste tipo para esclarecer questões relacionadas com a orientação sexual ou a identidade de género.
Algumas pessoas da comunidade LGBTQIA+ (lésbicas; gays; bissexuais; transgénero; queer; intersexo; assexual e todas as outras identidades de género e orientações sexuais que não se encaixam no padrão cis-heteronormativo, mas que não aparecem em destaque antes do símbolo) lidam com problemas de aceitação ou preconceito. A consulta de Sexologia Clínica pode ajudar a enfrentar estes desafios. Marque a sua consulta
A sua saúde e bem-estar são as nossas prioridades.
Contacte-nos! Esclarecemos todas as suas dúvidas.
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Consultas de Obstetrícia
Na consulta de Obstetrícia cuidamos de dois pacientes esseciais: a mamã e o seu bebé. Seguindo um protocolo rigoroso para gestações de baixo risco, adaptamos o acompanhamento às necessidades individuais de cada grávida, garantindo a saúde de ambos.
Para a mãe, realizamos exames como: avaliação da Tensão Arterial, Análise à Urina, Análises Sanguíneas ao longo da gestação. E, através da Ecografia, monitorizamos as diferentes fases de crescimento do bebé. A cada fase correspondem parâmetros específicos e parâmetros comuns a todas as gestações.
A consulta de rotina é um grande apoio à mãe. Além de educarmos para a saúde, solicitamos exames adequados e priorizamos o bem-estar da mãe e do bebé. Esta abordagem prioriza tranquilizar a mãe, esclarecer dúvidas e assegurar um processo saudável, próximo e feliz ao longo da gravidez.
Marque a sua consulta na clínica em Viseu ou em Campo de Besteiros com a Dr.a Vera Silva
MAGAZINE N.º5 VALEBESTEIROS
Dr.a Joana Batista Ginecologia/Obstetrícia
Dr.a Helena Fachada Ginecologia/Obstetrícia
Apoiamos as mulheres, bebés e famílias na parentalidade.
Acompanhamos o casal na gravidez, no nascimento e no pós-parto, na aquisição de competências para uma parentalidade mais tranquila, confiante e empoderada para bebés e famílias felizes.
O curso foi pensado para proporcionar uma experiência única, num espaço inclusivo onde se sintam acolhidos, escutados, apoiados e respeitados na diferença e na individualidade de cada família e bebé.
Oferecemos uma equipa de profissionais de saúde especializada, dotados de conhecimentos e competências atualizadas e inovadoras.
Regina Costa
Enfermeira Especialista em Saúde Materna e Obstétrica com experiência em Sala de Partos Cláudia Quintão Enfermeira, Conselheira de aleitamento materno, Consultora de Babywearing, Instrutora de Meditação e Mindfulness
Maria Peres Fisioterapeuta e Instrutora de Pilates Clínico
Distinguem-se pela sensibilidade e paixão pela profissão, centram-se em cada família e bebé, a partir de uma visão integrada da saúde e de práticas baseadas na evidência.
CURSO DE PREPARAÇÃO Nascimento e Parentalidade
Acompanhamento no regresso a casa!
Ainda que assinalado por alguma ansiedade, dúvidas e inquietações, o dia em que o casal leva o seu filho para casa pela primeira vez é geralmente feliz e memorável, marcando o início de uma nova etapa para a família.
Durante os primeiros dias e até semanas de vida do bebé, a família depara-se com grandes mudanças, nomeadamente: a necessidade de adaptação ao novo papel, a recuperação dos acontecimentos vividos no nascimento, poder dar resposta às necessidades do recém-nascido, definir novas prioridades e rotinas.
A nossa função é proporcionar-vos um parto e pós-parto tranquilo, confiante e feliz!
Inês R. Pereira Fisioterapeuta Pélvica
Com o Curso de Preparação para o Nascimento e Parentalidade, a nossa equipa estará ao seu lado para lhe transmitir segurança, confiança e apoio sempre que desejarem, seja nos cuidados relacionados com as necessidades do bebé (banho, choro, sono, segurança, entre outros) ou da mãe (apoio à amamentação, apoio emocional, etc.), sempre no conforto do seu lar.
Dispomos ainda de um serviço de avaliação e acompanhamento da recuperação física da mãe no pós-parto e cuidados ao bebé durante os primeiros meses de vida!
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Estrutura do Curso:
Segue uma sequência lógica de evolução da gravidez, trabalho de parto, nascimento e pós-parto. Existe ainda a possibilidade de acompanhamento na construção de um plano de parto personalizado e adaptado às necessidades e desejos de cada família:
Número de sessões: 6
Modalidade: Presencial
Tipo de sessões: Teórico-práticas
Duração de cada sessão: 2h
Frequência: 1 vez por semana
Duração total do curso: 6 semanas
Sessão 1
Introdução ao curso
о Direitos na gravidez;
о Alterações fisiológicas;
о Lidar com os desconfortos da gravidez;
о Pilates Clínico na Gravidez;
о Sinais de alerta;
о Mala para a maternidade e trouxa do bebé;
о Como avaliar o bem-estar fetal;
о Alimentação, higiene, exercício físico e sexualidade na gravidez.
Sessão 4
Cuidados ao bebé
о Competências do bebé;
о Cuidados ao bebé (banho, cuidados à pele e ao coto umbilical);
о Choro do bebé;
о Segurança do bebé.
Sessão 2
Trabalho de Parto (TP)
о Trabalho de parto (espontâneo e induzido);
о Posicionamentos durante o TP;
о Presença de acompanhante;
о Fases de trabalho de parto;
о Goldenhour e contacto pele a pele.
Sessão 5
Amamentação
о Recomendações OMS/ UNICEF;
о Importância da Amamentação;
о Fisiologia mamária;
о Pega correta;
о Desafios / dificuldades;
о Extração e armazenamento do leite materno;
о O papel do pai;
о Desmame natural;
о Babywearing e Bellywrapping
Sessão 3
Dor em trabalho de parto
о Medidas não farmacológicas no alívio da dor;
о Utilização da bola de Pilates;
о Analgesia epidural;
о Mindfulness e meditação durante a gravidez e no trabalho de parto.
Sessão 6
Regresso a casa
о Pós-parto imediato e tardio;
о Blues pós-parto;
о Consulta de revisão pós-parto, sexualidade e contraceção pós-parto;
о Reabilitação do pavimento pélvico;
о Recuperação física no pós-parto
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Saiba mais
Evento “Saúde Pélvica na Mulher” promovido pela Valebesteiros reúne especialistas, na FNAC Viseu
A Valebesteiros Grupo de Saúde organizou, com êxito, o evento “Saúde Pélvica na Mulher” na Fnac Viseu, onde especialistas discutiram questões cruciais sobre saúde feminina. Moderada pela Fisioterapeuta Pélvica Inês Ribeiro Pereira, a conversa aberta envolveu a participação do público, abordando tópicos como dores sexuais, gestação, parto e pós-parto.
No último dia 17 de março, a Valebesteiros Grupo de Saúde promoveu o evento “Saúde Pélvica na Mulher” na Fnac Viseu, localizada no Palácio do Gelo. Especialistas renomadas, incluindo a Enfermeira Especialista em Saúde Materna e Obstétrica Regina Costa, a Médica de Ginecologia-Obstetrícia Helena Fachada e a Terapeuta Sexual Suzana Lucas, foram convidadas para uma discussão esclarecedora sobre questões relacionadas com a saúde pélvica feminina.
“Foi interessante observar que a equipa estava toda em sintonia nos diversos temas debatidos. Isto evidencia que o trabalho da equipa multidisciplinar é fundamental para obter resultados positivos, nos diferentes casos - Vaginismo, Dispareunia, Gestação, Acompanhamento da Mulher Grávida, Acompanhamento do Pós-parto, Incontinências Urinárias ou Fecais.” enfatizou Inês Ribeiro Pereira.
A conversa foi moderada pela experiente Fisioterapeuta Pélvica, Inês Ribeiro Pereira, e atraiu uma audiência interessada em aprender mais sobre temas como dores sexuais, gestação, pós-parto, adolescência, gravidez, menopausa, sexo e bem-estar em geral. Durante o evento, as especialistas abordaram as origens das dores sexuais, as suas causas e terapias, assim como a importância da preparação do pavimento pélvico durante a gestação e as consequências comuns associadas a essa fase.
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ABRIL ‘24 VALEBESTEIROS
“Noto que existe alguma vergonha para falar sobre temas da sexualidade e que as pessoas ponderam bastante até chegarem à reabilitação pélvica. Por isso, cabe a nós, profissionais de saúde, incentivar as conversas e partilhas de informação, sobre temas que envolvam a sexualidade e a importância da região pélvica, na nossa vida.” repara a Fisioterapeuta Pélvica
O momento de perguntas e respostas foi particularmente destacado, com o público apresentando dúvidas pertinentes e fazendo elogios à iniciativa. Estas intervenções foram partilhadas de forma anónima, em papéis distribuídos pela audiência.
Parabéns! Sinto-me encantada por verificar que os tempos evoluíram tanto no esclarecimento sobre saúde pélvica!
- foi uma das mensagens que pudemos ler.
O evento, de participação gratuita, demonstrou o compromisso contínuo da Valebesteiros Grupo de Saúde em promover a educação e o bem-estar das mulheres na comunidade de Viseu. Com o sucesso desta iniciativa, a clínica reafirma seu compromisso em realizar futuros eventos educativos e informativos para oferecer apoio à comunidade local.
A moderadora do evento deixou um apelo: “Existe ajuda para estas Mulheres, existem profissionais devidamente qualificados para um correto diagnóstico e adequada reabilitação. No caso da Fisioterapia Pélvica, em específico, toda a avaliação e tratamento visa melhorar a função pélvica, seja em casos de dores, desconfortos, ardores, incómodos, cicatrizes, perdas urinárias, fecais, sejam outras condições. E, na Valebesteiros, oferecemos todo um leque e equipa multidisciplinar para apoiar em todos os momentos da jornada de ser Mulher. Se tem dúvidas, contacte-nos. Estamos aqui para si!”
MAGAZINE N.º5 VALEBESTEIROS
Sinais de Alerta da Doença de Parkinson
Sabe quais os sinais a que deve estar alerta para o início da Doença de Parkinson?
Dia 11 de abril assinala-se o Dia Mundial da Doença de Parkinson e queremos sensibilizá-lo para os primeiros sintomas desta doença. Para que possa aplicar a si, mas também cuidar de quem está à sua volta.
Sinais no movimento:
• Tremor em repouso, geralmente em uma mão ou braço, que melhora com o movimento (mais comum);
• Lentidão de movimentos (bradicinesia);
• Rigidez muscular;
• Dificuldade em iniciar e manter a marcha;
• Instabilidade postural e quedas;
• Pequenos passos e arrastar os pés;
• Dificuldade em girar ou virar;
• Movimentos involuntários lentos e repetitivos (discinesia);
• Fala arrastada e monótona;
• Micrografia (letra pequena);
• Dificuldade em realizar tarefas diárias como abotoar botões ou amarrar cadarços.
Sinais não motores:
• Perda do olfato;
• Constipação intestinal;
• Distúrbios do sono REM (agitação e vocalização durante o sono);
• Depressão;
• Ansiedade;
• Fadiga;
• Perda de peso;
• Dificuldade de concentração e memória.
O melhor a fazer, SEMPRE, é consultar o seu médico.
Marque a sua consulta
30 ABRIL ‘24 VALEBESTEIROS
Consultas de Neurologia em Campo de Besteiros
Neurologia
A Neurologia é uma especialidade médica que se dedica ao estudo, diagnóstico e tratamento das doenças do sistema nervoso, nomeadamente o cérebro, medula, nervos e músculos (Opção 2)
O Dr. Luís Isidoro é o médico indicado para quadros de Alzheimer, AVC – Acidente Vascular Cerebral, Doença de Parkinson, Doenças Desmielinizantes, Epilepsia, Esclerose Múltipla e Tremores
Pode marcar consultas com o Dr. Luís Isidoro, na nossa Clínica, em Campo de Besteiros.
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+351 232 853 800 (Custo da chamada para rede fixa nacional)
Dr. Luís Isidoro | Neurologista
Localização
Clínica Valebesteiros Viseu
Avenida Monsenhor Celso Tavares da Silva, no 12 Lote 19 3500-101 Viseu
Clínica Valebesteiros Campo de Besteiros
Avenida Doutor João Almiro, 1733, R/C 3465-056 Campo de Besteiros, Tondela
Fale connosco
(+351) 232 853 800*
(+351) 969 296 407** *
Descubra mais sobre a Valebesteiros Grupo de Saúde em: www.valebesteiros.pt
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de chamada para a rede nacional
de chamada para a rede móvel nacional
Custo
** Custo
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