Assédio Moral e Auto Exploração nas Agências de Comunicação de Porto Alegre

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL ESCOLA DE COMUNICAÇÃO, ARTES E DESIGN - FAMECOS CURSO DE RELAÇÕES PÚBLICAS ANDRESSA SOARES1 E GLÓRIA RÜCKERT2

ASSÉDIO MORAL E AUTO EXPLORAÇÃO NAS AGÊNCIAS DE COMUNICAÇÃO DE PORTO ALEGRE

Prof. Orientador: Cláudia Moura

Porto Alegre 2019/1

1

Graduanda do 7º semestre do Curso de Relações Públicas na Escola de Comunicação, Artes e Design - Famecos/PUCRS, e-mail: andressacsoares@gmail.com 2 Graduanda do 7º semestre do Curso de Relações Públicas na Escola de Comunicação, Artes e Design - Famecos/PUCRS, e-mail: glo.gloriarj@gmail.com

SUMÁRIO 1 CONTEXTUALIZAÇÃO ………………………………………………………………….1 2 JUSTIFICATIVA…………………………………………………………………………...1 3 OBJETIVO GERAL…………………………………………………………………….…2 4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS…………………………………………………………….2 5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS……………………………………………...2 5.1 DESK RESEARCH……………………………………………………………………..2 5.2

ETAPA

QUALITATIVA…………………………………………………………………..2 5.3

ETAPA

QUANTITATIVA………………………………………………………………...7 6 RELATO DESK RESEARCH…………………………………………………………..11 6.1 ASSÉDIO MORAL E AUTO EXPLORAÇÃO……………………………………….12 6.2 AGÊNCIAS DE COMUNICAÇÃO NO BRASIL…………………………………….15 7

RELATO

DE

PESQUISA

QUALITATIVA...………………………………………..….20 8 RELATO DE PESQUISA QUANTITATIVA………………………………………..….28 9 CONSIDERAÇÕES FINAIS…………………………………………………………..170 10 SUGESTÕES DE RELAÇÕES PÚBLICAS……………………………………….173 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS…………………………………………………...176 APÊNDICES……………………………………………………………………………....178 APÊNDICE A………………………………………………………...………….………...178 APÊNDICE B………………………………………………………...………….………...179 APÊNDICE C………………………………………………………...………….………...180 APÊNDICE D……………………………………………………………………………...186 APÊNDICE E……………………………………………………………………………...182 APÊNDICE F……………………………………………………………………………...197

RESUMO

A presente pesquisa apresenta como tema a relação entre assédio moral e auto exploração nas agências de comunicação de Porto Alegre, sendo esse o objetivo principal do estudo. Os objetivos específicos são identificar doenças e transtornos psicológicos a partir dessas situações de abuso, mapear políticas e código de ética e conduta, além de canais de denúncias e reconhecer ações e campanhas; sendo que todos os objetivos se voltam para o ambiente de trabalho das agências de comunicação da capital gaúcha. Trata-se de um estudo que utiliza a desk research, a pesquisa qualitativa de entrevista em profundidade (DUARTE, 2006) e análise de conteúdo (FONSECA, 2006), e pesquisa quantitativa por meio de questionário. As pesquisas e análises realizadas evidenciaram que o assédio moral é recorrente no ambiente das agências de comunicação, mas que a relação com a auto exploração é menos identificada pelos indivíduos. Bem como, notamos que há desenvolvimento de problemas psicológicos devido ao assédio moral no trabalho.

Descobrimos que os códigos de ética e conduta, os canais de denúncias e as campanhas ainda são pouco implementados. Ademais, percebemos no decorrer da pesquisa, que as mulheres sofrem mais casos de assédio moral nas agências e atribuem ao tema maior gravidade, se comparadas aos homens.

PALAVRAS-CHAVE: ​Assédio moral; Auto exploração; Agências de comunicação.

1 CONTEXTUALIZAÇÃO As questões que envolvem relações de trabalho entre indivíduos são cada vez mais debatidas e situações de assédio e preconceito são relatadas e colocadas a público. O assédio moral se caracteriza por práticas abusivas e comportamentos invisíveis que provocam danos à personalidade, dignidade, integridade física e/ou psíquica (HIRIGOYEN, 2002). Como resultado, o indivíduo sofre com modificações no desempenho do seu trabalho (HELOANI, 2003), na sua auto estima e em outros âmbitos de sua vida, como o pessoal e o social.

Entretanto, pesquisas e

mapeamentos desenvolvidos em ambientes considerados disruptivos, como por exemplo, agências de comunicação, ainda são pouco explorados, deixando o assunto à margem. A única pesquisa desenvolvida nesse sentido, foi realizada pelo Grupo de Planejamento de São Paulo, em 2017. Quatorze mil profissionais foram entrevistados e na sua totalidade relataram que já sofreram, presenciaram ou ouviram sobre assédio moral psicológico. Diversos desses profissionais ainda destacaram consequências patológicas como crises de ansiedade e transtornos depressivos. Os relacionamentos abusivos de trabalho, com cobranças relacionadas à produtividade, estão interligados com a exploração e podem gerar auto abuso excessivo.

2 JUSTIFICATIVA Em vista desse cenário, torna-se relevante pesquisar, entender e identificar síndromes patológicas desenvolvidas pelos profissionais que atuam em agências de comunicação de Porto Alegre, a partir de situações e comportamentos vistos como perversos - assédio moral psicológico e auto exploração. Os sistemas de gestão mecanicistas e altamente competitivos, ainda estão presentes nas práticas e relações entre indivíduos em organizações e resultam em abusos que destroem os ambientes de trabalho (HIRIGOYEN, 2002).

Infere-se, com base nos dados coletados na Desk Research, que os sistemas e canais de denúncia, além dos Códigos de Ética e Conduta, ainda não são efetivos e não garantem soluções sem exposição e represália ao profissional assediado.

Ademais, outro diagnóstico perceptível é que não há clareza das consequências para os profissionais que sofrem assédio moral psíquico. Esses podem desenvolver, 1

não só profissionalmente, como socialmente e no aspecto mental, que materializam o sofrimento por assédio.

3 OBJETIVO GERAL ● Verificar a relação existente entre o assédio moral e a auto exploração do indivíduo nas agências de comunicação de Porto Alegre.

4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ● Identificar as doenças e transtornos psicológicos desenvolvidos, a partir dessas situações de abuso em agências de comunicação de Porto Alegre; ● Mapear Políticas e Códigos de Ética e Conduta, além de canais de denúncia das agências de comunicação de Porto Alegre; ● Apontar ações e campanhas elaboradas por agências de comunicação de Porto Alegre sobre assédio moral nas relações de trabalho.

5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

5.1 DESK RESEARCH A Desk Research, conforme o Market Analysis1, é uma pesquisa do tipo exploratória baseada em dados secundários e é feita a partir de um levantamento prévio de informações relevantes para contribuírem com o tema e objetivos da pesquisa. Por meio de coleta de informações já publicadas e disponíveis, é possível montar o escopo inicial do projeto. Na presente Desk, utilizamos principalmente bibliografias e documentos (livros, trabalho de conclusão de curso, artigos, matérias em mídia digital, sites, pesquisas de mercado e manual de conduta, além de documentos pertinentes). Baseado nessa pesquisa, o projeto se sustenta nas seguintes temáticas.

5.2 ETAPA QUALITATIVA

1

Market Analysis. Empresa de estudos de mercado e opinião pública. Disponível em <http://marketanalysis.com.br/>. Acesso em 26 de março de 2019.

2

Para entender como se dá o assédio moral e a auto exploração nas agências de comunicação de Porto Alegre utilizamos a técnica qualitativa de entrevista em profundidade (DUARTE, 2006) “(...) que explora um assunto a partir da busca de informações, percepções e experiências de informantes para analisá-las e apresentá-las de forma estruturada” (DUARTE, 2006, p. 62). Dessa forma, o objetivo baseava-se em compreender como ocorre o fenômeno à luz do conjunto de entrevistados (DUARTE, 2006).

Em relação ao tipo de entrevista, escolhemos o semi-aberto, com questões semi-estruturadas, baseado em um roteiro para guiar o diálogo. Em vista de um roteiro de questões-guia, isto é, questionamentos básicos (DUARTE, 2006), tornou-se possível abordar a temática em questão de forma mais aprofundada, assim como, desenvolvemos novas interrogativas, conforme o assunto foi sendo discutido (DUARTE, 2006).

O roteiro-guia para os líderes/gestores e funcionários das agências de comunicação de Porto Alegre dividiu-se em três blocos: o primeiro focado no entrevistado e nas suas motivações e desafios para adentrar no universo das agências de comunicação. O segundo, tratou das questões de assédio nestes ambientes: percepções, consequências e possíveis medidas - como códigos de conduta e ética. O terceiro segmento afunila ao comportamento abusivo e a percepção dos entrevistados, quando se percebem como agressores dos colegas ou de si mesmos ou sofrem algum tipo de agressão. O último bloco também aborda a relação que o entrevistado enxerga entre o assédio moral e as consequências do sofrimento psicológico e auto exploração nas agências de comunicação.

Com intuito de obter uma visão profissional da área de psicologia, em relação ao assédio moral, auto exploração e sofrimento psicológico, foi entrevistado um profissional da área, também por meio da técnica qualitativa de entrevista em profundidade de caráter semi-aberto, com questões semi-estruturadas a partir de um roteiro para orientar a discussão (DUARTE, 2006). Dessa forma, elaboramos um roteiro-guia que se baseia em dois blocos: o primeiro foca no entrevistado, suas experiências em consultório e em espaços organizacionais. O segundo bloco desenvolve a questão do assédio moral nas organizações e a percepção que o

3

entrevistado possui acerca da(s) relação(ões) entre as práticas abusivas, auto exploração e sofrimentos psicológicos.

A análise de conteúdo (FONSECA, 2006) considerou duas perspectivas: primeiro, fundamentando-se nas notícias do portal Meio&Mensagem sobre a temática e, concomitantemente, a fim de elencar as ações e campanhas elaboradas por agências de comunicação de Porto Alegre, em relação ao assédio moral nos ambientes de trabalho. A técnica, “(...) ocupa-se basicamente com a análise de mensagens (...)” (FONSECA, 2006, p. 286) e “(...) cumpre com os requisitos de sistematicidade e confiabilidade” (FONSECA, 2006, p. 286). A tarefa intelectual básica da análise de conteúdo é a inferência, isto é, relacionar os dados obtidos com um determinado contexto (FONSECA, 2006).

O Meio&Mensagem, a partir da pesquisa e dados obtidos pelo Grupo de Planejamento sobre o assédio moral nas agências de comunicação, desenvolveu quatro matérias que versam sobre a temática. Para entender e diagnosticar os enfoques entre as matérias abordadas nesse portal, foram elaboradas quatro categorias de análise: assunto geral, questão principal, dados destacados da pesquisa e principais convergências.

As categorias fundamentaram-se no debate principal de cada conteúdo e, sobretudo, nas mazelas geradas ao público mais violentado, no caso as mulheres, e as medidas que as organizações desenvolveram frente a essa dura realidade.

Posteriormente, priorizamos a questão principal, isto é, qual o dado abordado por cada matéria - oriundo da pesquisa “Hostilidade, silêncio e omissão: o retrato do assédio no mercado de comunicação de São Paulo” (Grupo de Planejamento, 2017).

Já para elencar as ações e campanhas elaboradas pelas agências de comunicação de Porto Alegre, optamos por focar em uma pergunta ao entrevistado sobre o assunto. Ademais, questionamos sobre código de conduta e ética nas organizações em questão. Em vista dos levantamentos obtidos, buscou-se revelar as iniciativas e posicionamentos das agências frente a esse quadro. Bem como, por meio das matérias elencadas do Meio & Mensagem, indicar o movimento das agências em relação ao assunto, a fim de realizar um levantamento de dados dos códigos de conduta e ética, além de campanhas, ações e estratégias das agências

4

para reduzir, auxiliar e evitar comportamentos abusivos e auto exploratórios em seus ambientes organizacionais.

O período de realização das entrevistas ocorreu nos dias 11 a 25 de abril de 2019. Os roteiros de pesquisa em profundidade foram aplicados em três gestores/líderes e quatro estagiários/efetivos das agências.

Foram escolhidos três líderes/gestores de agências de comunicação de Porto Alegre, atuantes em diferentes áreas e contextos que puderam contribuir com as suas vivências para entender como se dá o assédio moral e a autoexploração nesses espaços. Os respondentes tinham entre 23 e 37 anos, sendo 2 mulheres e 1 homem, ocupando cargos que incluíam Head de Conteúdo, Diretor de Arte e Executivo

de

Contas.

Bem

como,

selecionamos

quatro

funcionários

(estagiários/efetivos) de acordo com o perfil necessário para pesquisa, também de diferentes áreas, com formações acadêmicas distintas e cargos de trabalho diversificados. Os respondentes tinham entre 20 e 24 anos, sendo um homem e três mulheres, que ocupavam cargos de Atendimento e Planejamento, Criação, Analista de Redes Sociais e Analista de Mídia. Sendo assim, auxiliaram com visões diferentes sobre a temática.

Quanto ao profissional de psicologia, Susana Gib Azevedo tem formação em Psicologia, 60 anos, psicóloga clínica e professora da PUCRS. Escolhemos a entrevistada por se encaixar no perfil essencial, o qual mescla vivências acadêmicas e profissionais que podem colaborar com uma visão mais técnica acerca das doenças/sofrimentos psicológicos apontados pelas pesquisa.

As perguntas do roteiro base (APÊNDICE A e B) foram de caráter semiaberto e a abordagem dos entrevistados ocorreu por skype e ​call​. Para analisar os dados obtidos, optamos pelo cruzamento das informações advindas das respostas dos três perfis

de

respondentes:

gestores/líderes,

funcionários

(estágios/efetivos)

e

psicológico. A fim de gerar inferimentos sobre o assédio moral e a auto exploração nas agências de comunicação de Porto Alegre, desenvolvemos um relato dissertativo transpassando as respostas em suas aproximações e divergências.

Ademais, analisamos as afirmativas do grupo de entrevistados feminino em contraponto ao masculino, visto que a pesquisa desenvolvida pelo Grupo de

5

Planejamento em 2017, evidenciou que as mulheres são o grupo mais recorrente dos casos de assédio.

A análise de conteúdo das matérias foi realizada pelo grupo no dia 24 de abril de 2019. Enquanto que as matérias averiguadas datavam entre 15 de novembro de 2017 a 22 de novembro de 2018. O canal escolhido foi o Meio & Mensagem, criado em 1976, o qual gera e difunde informações e conteúdos sobre o mercado de comunicação brasileira. Ademais, é um dos principais meios de consulta por profissionais da área. Utilizamos-o, sobretudo, devido à série de matérias e análises abordadas pelo veículo a partir do estudo e dados levantados pela pesquisa do Grupo de Planejamento.

A fim de mapear, analisar e identificar os principais segmentos e ênfases dos conteúdos abordados pelo Meio & Mensagem, buscamos as matérias relacionadas à pesquisa apresentada pelo Grupo de Planejamento e, a partir disso, realizamos os seguintes procedimentos: A) Verificação dos principais dados numéricos e percentuais evidenciados; B) Assuntos e problemáticas destacadas; C) Público mais citado; D) Imagem de destaque da publicação; E) Título da matéria; F) Data de publicação; G) Considerações gerais do conteúdo; H) Linha cronológica dos mapeamentos feitos.

A abordagem foi por meio do portal digital e o tipo de análise escolhido envolveu a categorização por temáticas.

5.3 ETAPA QUANTITATIVA Conforme a proposta de pesquisa apresentada, após a pesquisa qualitativa, a qual foi dividida entre entrevista em profundidade e análise de conteúdo, aplicamos a pesquisa quantitativa. Essa, por sua vez, foi estruturada por meio de um questionário de caráter fechado com perguntas relacionadas à temática, a fim de comprovar, reprovar ou identificar distinções nos discursos dos entrevistados na pesquisa

6

qualitativa - gestores/líderes e funcionários (estagiários e efetivos). Bem como, as inferências a partir da análise de conteúdo.

Dessa forma, elaboramos um questionário que foi disponibilizado na plataforma digital Qualtrics para ser auto preenchido pelo perfil de pesquisados que buscamos: gestores/líderes e funcionários (estagiários e efetivos) de agências de comunicação de Porto Alegre. As perguntas se referem às situações de assédio moral em agências de comunicação de Porto Alegre, assim como às Políticas e Códigos de Ética e Conduta e canais de denúncia nas agências. Além disso, buscamos identificar campanhas feitas pelas agências para combater o assédio.

Outras questões abordam a relação entre o assédio moral e auto exploração, assédio moral e doenças psicológicas e assédio moral e questões sociais.

As perguntas são de caráter fechado, sendo que apenas algumas possuem a opção “Outro” como aberta (ex.: idade, gênero, cargo, entre outros). A única questão aberta questiona sobre as iniciativas de campanhas das agências. A escala utilizada para determinadas questões foi a de Likert, na qual os pesquisados demonstram o nível de concordância com uma afirmação. Optamos pela escala com cinco pontos, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave. Em outro questionamento, escolhemos também escala com cinco pontos, mas sendo 1 - Pouca relação e 5 - Muita relação.

Para definir o tamanho da amostra, baseamo-nos na lista de agências de Porto Alegre disponibilizada pelo Meio&Mensagem2 que conta com 102 empresas. A partir das agências elencadas pela lista, selecionamos quatro consideradas conhecidas e de grande porte (Paim, Happy House, Escala e Global), sendo pequeno porte até dez funcionários, médio porte entre 11 e 50 funcionários e grande mais de 50 funcionários, segundo Borges (2002). Então, dividimos o número de funcionários pelo número de clientes que atendem: 1) Paim: 130 funcionários e 36 contas; média de 3,6.

2) Happy House: 80 funcionários e 40 clientes; média de 2.

3) Escala: 110 profissionais e 24 clientes; média de 4,5.

4) Global: 74 funcionários e 20 clientes; 3,7 de média.

2

Disponível em: http://portfoliodeagencias.meioemensagem.com.br/anuario/propaganda/agencias/listacompleta

7

As médias obtidas foram somadas e divididas por quatro para chegar a uma média final de número de funcionários por cliente: o resultado de 3,4 foi arredondado para quatro funcionários. Aplicamos essa lógica nas demais agências, isto é, multiplicamos o número de clientes de cada agência por quatro para obter uma estimativa da realidade. O quadro a seguir evidencia a estimativa de funcionários das agências, conforme a lógica aplicada.

Quadro 1 - ​Estimativa do número de funcionários das agências de comunicação de Porto Alegre Agência

Número de clientes

Estimativa do número de funcionários

Adequá

8

32

Adtail

8

32

Altos Eventos

15

120

B13 Comunicação

31

124

Binario Internet

16

64

Braind Comunicação

2

8

Capacita Eventos

50

200

CDA

16

64

Centro

16

64

Compacta Comunicação

10

40

Competence

18

72

Condão

14

56

Debrito

-

35*

8

DEX

17

68

Dojo

13

52

Duetto

20

80

Duplo

62

248

DZ Estúdio

12

48

E21

18

72

Engenho de Ideias

19

76

Escala

-

110**

Evecom

2

8

Global

-

74**

Global AD

12

48

GoFun Eventos

41

164

Happy House

-

80**

Integrada

23

92

LM Grupo Design

22

88

Marprom

20

80

MMDA

12

48

Moove

21

84

Néktar Design

15

60

Núcleo de Propaganda

4

16

Paim

-

130** 9

Pmweb

20

80

Praetzel

21

84

Publivar

14

56

Rage

16

64

Slm

9

36

Staub

14

56

TH Comunicação

12

48

Tibulo

40

160

Up Time Comunicação

15

60

Veraz Comunicação

16

64

Verdi

15

60

Verse Propaganda

13

52

Dableo Comunicação

-

9**

Zon Design

15

60

Fonte: autores da pesquisa (2019)

*Informação obtida com um dos gestores. **Informação obtida por meio do site.

Ao somar o número estimado de funcionários, chegamos ao resultado de 3526 que corresponde ao universo da pesquisa. O perfil dos pesquisados se caracteriza por pessoas que trabalham ou trabalharam em agências de comunicação de Porto Alegre, sendo de qualquer idade, a partir de 17 anos; qualquer gênero (homem, mulher ou outro); qualquer relação de trabalho, podendo ser terceirizado (ex.: freelancer, jobs etc.), estagiário, funcionário, líder/gestor (também chamado de

10

diretor) ou outro e, de qualquer área de atuação, sendo elencadas atendimento, mídia, criação, planejamento, conteúdo, administrativo/financeiro, pesquisa ou outra.

Para entrar em contato com o perfil desejado, elaboramos um mailing com os e-mails das agências apresentadas na lista do Meio&Mensagem e enviamos o instrumento para esses locais. Bem como, procuramos nas mídias sociais, sobretudo no Facebook, agências e grupos de comunicação do Rio Grande do Sul e, enviamos o questionário. A etapa quantitativa foi realizada do dia 28 de maio de 2019 a 11 de junho de 2019. O total de respondentes da pesquisa foi de 202, sendo que, desses, 149 trabalham/trabalharam em agências de comunicação de Porto Alegre.

Realizamos dois pré-testes, sendo o primeiro com a versão 1 (APÊNDICE C) e o segundo com a versão 2 (APÊNDICE D) para chegarmos a versão final (APÊNDICE E). Os pré-testes foram feitos com o perfil de respondente buscado, isto é, pessoas que trabalham/trabalharam em agências de comunicação de Porto Alegre. Enviamos via e-mail e mídias sociais, pedindo para que respondessem o questionário e apontassem erros e/ou questões mal formuladas. Bem como, cada versão foi testada junto a professora orientadora. O período de pré-teste ocorreu do dia 20 de Maio ao dia 26 de Maio. As alterações do questionário envolveram formular melhor algumas questões, assim como, torná-las de fácil entendimento.

Também ajustamos as escalas de “muita e pouca relação” e a ordem das questões.

Para tabular os dados, adotamos as tabelas de respostas e gráficos do Qualtrics. Os resultados são apresentados de duas formas: valor absoluto (total de respondentes para cada opção da pergunta) e valor percentual (percentual de respondentes para cada opção da pergunta).

6 RELATO DESK RESEARCH

6.1 ASSÉDIO MORAL E AUTO EXPLORAÇÃO Apesar das discussões acerca dos processos de produção cientificista e mecanicista como o taylorismo e o ​fordismo​, as organizações ainda apresentam resquícios desses modelos. A organização científica do trabalho se revela pelo viés racional dos métodos, o que se aplica às relações, criando nos trabalhadores, como 11

afirma Dejours (2012), uma divisão entre o corpo e o pensamento. Dessa forma, “Nesse sistema, o corpo fica submetido a diretivas elaboradas por uma vontade exterior ao sujeito” (DEJOURS, 2012, p.162). A cultura de trabalho, pela teoria do taylorismo​, “(...) não dá lugar e tempo para as capacidades humanas, a comunicação e o relacionamento (...)” (NASSAR, 2010). Fica evidente, a padronização da comunicação e autoritarismo que ainda são presentes na atualidade, provindos das culturas de controle administrativo intimidador (NASSAR, 2010).

A concorrência econômica atinge um papel central e a atividade produtiva se origina dessa lógica. Segundo Chanlant (2012), “(...) a obsessão pela eficácia, pelo desempenho, pela produtividade, pelo rendimento a curto prazo (...)” são encontrados até hoje nas organizações e, inclusive, na sociedade. A dimensão humana, nessa perspectiva, torna-se esquecida e negligenciada. Kunsch (2016) se atenta ao aspecto da subjetividade e da comunicação interpessoal nessa dimensão, visto que cada indivíduo entende e interpreta mensagens de maneiras diferentes a partir de seu universo cognitivo. É no trabalho que as pessoas desenvolvem sua identidade profissional e as organizações são os locais onde parte de sua felicidade é construída (TAMAYO, 2005, p.169). Cada vez mais, contesta-se essa percepção instrumental e até manipuladora do ser humano, que traz impactos e resultados perversos a partir da disciplina (antes de tudo gerencial) e do controle (CHANLAT, 2012).

Perdeu-se a espontaneidade em nível individual e grupal:o fazer, para Moscovici (2008), predomina no cotidiano do indivíduo na organização. Soma-se a isso, o fato de que “(...) a utilização correta e completa do tempo passou a ser uma obsessão, no sentido de que é preciso ocupá-lo sempre com atividades produtivas” (MOSCOVICI, 2008, p. 11). Assim, a tendência do indivíduo é sentir-se diminuído como pessoa (MOSCOVICI, 2008). Os trabalhadores, conforme Dejours (2012), para evitar erros e a desorganização de suas atividades, chegam “(...) a lutar contra sua própria atividade de pensar espontânea” (DEJOURS, 2012, p.162). Para ocupar sua consciência por total, o trabalhador acelera o ritmo de trabalho, assim, paralisa sua atividade psíquica (DEJOURS, 2012).

12

O sofrimento psíquico para Ehrenberg (2010) corresponde ao mal-estar na civilização, juntamente com a quebra do laço social: as responsabilidades se transferem para o indivíduo. Isto é, a emergência da autonomia como condição, frequentemente acompanhada das relações de competição nos âmbitos de trabalho.

Ehrenberg (2010) ainda revela que o sujeito sofredor é aquele incapaz de agir.

As relações perversas de trabalho em organizações se revelam a partir de práticas abusivas como o assédio moral que consistiria em uma prática inoportuna e abusiva que atinge a integridade física e moral do trabalhador, por meio de condutas de perseguição repetitivas e prolongadas, através da quais o agressor tenta inferiorizar a vítima. (DA SILVA, 2011)

Conforme Hirigoyen (2002), o assédio se caracteriza por um sofrimento invisível e está ligado a qualquer conduta abusiva, seja em forma de comportamentos, atos, palavras, gestos e/ou escritos que podem gerar danos à personalidade, dignidade, integridade física e/ou psíquica. O fator de invisibilidade da prática se dá pelo fato de se propagar aos poucos, de maneira inofensiva e silenciosa, pois os envolvidos não querem se mostrar ofendidos inicialmente. Assim, levam como brincadeira os maus-tratos (HIRIGOYEN, 2002).

De maneira lenta, mas agressiva, “(...) o assédio moral vai se traduzindo em sofrimento, dor e baixa produtividade” (HELOANI, 2003). Interessante notar o paradoxo que se estabelece: a excessiva competição, a qual se projeta na produtividade abundante, agrava e facilita essas formas nocivas de tratamento (HELOANI, 2003); porém a relação abusiva que se estabelece, prejudica o trabalhador de forma a diminuir a atividade produtiva. Além disso, pode ocasionar patologias nas vítimas, como por exemplo, entrar no processo depressivo, prejudicando seu desempenho no trabalho (HELOANI, 2003) e sua vida pessoal e social. A partir da tipologia de sofrimentos de Lhuinier (2009), classifica-se o assédio moral no tipo de patologias de maus-tratos e violência, as quais se originam da falta de mediações entre os sujeitos no trabalho.

No âmbito jurídico-legal, as situações de assédio moral são descritas na lei trabalhista 13.288, de 2002, no artigo 1º, parágrafo único. Anteriormente, o assédio sexual foi previsto no artigo 216-A, do Código Penal, em 2001. Para a legislação trabalhista, o assédio moral se caracteriza na prática por 13

(...) marcar tarefas com prazos impossíveis, criticar colaboradores com persistência, subestimar esforços, tomar crédito de ideias dos outros, passar alguém de uma área de responsabilidade para funções triviais, ignorar ou excluir um funcionário só se dirigindo a ele através de terceiros, sonegar informações de forma insistente e espalhar rumores maliciosos. Já assédio sexual é definido como ato de constranger alguém para obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o assediador da condição de superior hierárquico (JORNAL DA METODISTA, 2018).

O assédio moral destrói o ambiente de trabalho, assim como diminui a produtividade, o que provém do desgaste psicológico (HIRIGOYEN, 2002). A referida autora ainda afirma que repetição do fenômeno de maneira humilhante torna essa conduta avassaladora. Devido à ascendência do fenômeno de destruição na última década (HIRIGOYEN, 2002), as discussões e reflexões obtiveram destaque.

Percebe-se alguns esforços para tentar diminuir ambientes repletos de agressões, como o Manual de Conduta da Wunderman, chamado de “Agência sem Assédio”3. O documento admite o assédio como parte da cultura do trabalho e pretende declarar tolerância zero com o tema, assim como criar canais de denúncia (Agência sem Assédio, 2018). De maneira informativa e explicativa, o manual apresenta todo o conceito de assédio moral e sexual e evidencia, na prática, as formas com que acontecem e maneiras de evitá-los.

Soma-se às reflexões apresentadas, a teoria da obra ​A Sociedade do Cansaço (HAN, 2017): a autoexploração do indivíduo contemporâneo. Para Han (2017), não nos situamos mais na sociedade disciplinar de Focault, mas na sociedade do desempenho; e seus sujeitos são chamados de sujeitos de desempenho e produção. A máxima do autor é que vivemos em tempos de carência da negatividade, isto é, há um exagero da positividade (HAN, 2017). “Em tempos de superabundância, o problema volta-se mais para a rejeição e expulsão” (HAN, 2017, p. 15). Liberdade e coação estão no mesmo nível, por isso, os sujeitos se auto exploram: “O explorador é ao mesmo tempo o explorado. Agressor e vítima não podem mais ser distinguidos” (HAN, 2017, P.29).

Não possuímos mais defesa e os adoecimentos neurais são uma realidade do século XXI e resultado das “(...) manifestações patológicas dessa liberdade

3

Agência sem Assédio. Manual de Conduta da Wunderman. Disponível em: <https://www.wunderman.com.br/sites/g/files/lpbrle446/f/Wunderman-Manual-Agencia-sem-Assedio-v 04.pdf>. Acesso em 26 de Março de 2019.

14

paradoxal” (HAN, 2017, p. 30). As doenças neurais, correspondem à depressão, transtorno de déficit de atenção com síndrome de hiperatividade (TDAH), transtorno de personalidade limítrofe (TLP) e a síndrome de Burnout (SB) (HAN, 2017). A perversidade da sociedade do desempenho se revela nos ambientes organizacionais e toma proporções alarmantes a partir das patologias chamadas de “mal do século”.

Nessa linha, Aubert (1994) propõe o conceito de ​neurose profissional​, o qual atenta a explicação de casos de patologia graves que estão ligados às questões profissionais, diferentemente apenas do ​stress​.

6.2 AGÊNCIAS DE COMUNICAÇÃO NO BRASIL No que se refere ao contexto das agências de comunicação brasileiras, para Sarquis e Ikeda (2011), “o ramo de agências de comunicação atua na comercialização de produtos com características intangíveis e perecíveis, cujo processo de execução envolve atividades que requerem forte interação com os clientes”. Para os autores, as agências de comunicação passam por um rápido crescimento, porém as pesquisas nessa área ainda são escassas.

O assédio moral, psicológico e sexual e a desigualdade de gênero é pauta mundial do mercado de comunicação há décadas, porém somente em 2017 obteve-se a primeira pesquisa quantitativa sobre essa questão no contexto brasileiro. O Grupo de Planejamento (GP)4, entidade sem fins lucrativos que tem como papel central promover e desenvolver a disciplina de Planejamento e a profissão de Planejador no Brasil, apresentou dados obtidos a partir de 14.000 profissionais de São Paulo, destacando a gravidade e consequências desses atos. A pesquisa “Hostilidade, silêncio e omissão: o retrato do assédio no mercado de comunicação de São Paulo” ouviu homens e mulheres que atuam em agências, produtoras e veículos.

O mais alarmante desse estudo é que todos os entrevistados relataram casos de assédio. Ana Cortat, cofundadora da Hybrid Colab e conselheira administrativa do Grupo de Planejamento, afirmou que: Tínhamos ideia de que a questão do assédio era um grande problema de nossa indústria. Mas quando conseguimos quantificar esse problema e transformar a 4

Grupo de Planejamento. Disponível em: <https://grupodeplanejamento.com/>. Acesso em 30 de março de 2019.

15

percepção em números concretos é mais fácil conscientizar as lideranças e começar a planejar as maneiras de coibir essas práticas que são culturais e tão prejudiciais a toda a sociedade​.

Entretanto, restringir os casos ao âmbito das agências e das relações corporativas e mercadológicas é não compreender a magnitude dos resultados desses acontecimentos. Uma das entrevistadas - não identificada, por motivos de segurança e respeito profissional - da pesquisa realizada pelo Grupo de Planejamento em 2017 relatou que, após sofrer ataques psicológicos diretos e desenvolver a auto exploração, sofreu crises de ansiedade: ​Meu chefe direto costumava me chamar para um lugar afastado do time, para que ninguém ouvisse o que ele me dizia. Daí ele me criticava, me colocava para baixo, me proibia de interagir ou falar sobre trabalho com os outros gestores da agência para não aparecer. Ao mesmo tempo, me pedia para fazer o trabalho dele.

Mesmo que fosse no final de semana. E mandar para o e-mail pessoal, para parecer que ele mesmo tinha feito. Se eu era tão ruim, por que ele me pedia para fazer o trabalho dele? Viver essa aflição, essa situação, me adoeceu e tive crises de ansiedade (Mulher, 30 anos).

As experiências e dados obtidos pelo Grupo de Planejamento (2017) são alguns dos exemplos dos impactos na saúde mental dos profissionais. Além de afetar a cultura, diretrizes, valores humanos e relações entre os públicos das organizações. Os relatos e problemáticas da postura e relações interpessoais também apontam que 42% das mulheres e 23% dos homens disseram ter ouvido que seu stress e cansaço no trabalho estavam associados à falta de sexo. 59% das mulheres e 13% dos homens relataram que suas opiniões são desconsideradas devido ao seu sexo ou orientação sexual. 78% dos entrevistados indicaram situações de assédio verbal, ou seja, ouviram insinuações constrangedoras ou intimidatórias. Já 39% das mulheres afirmaram ter sofrido assédio sexual físico: toques nas coxas, apertões nas cinturas, tapas nas bundas e toques nas vaginas.

O diagnóstico obtido pelo Grupo de Planejamento chocou o cenário do país, devido à gravidade dos relatos. Ken Fujioka, conselheiro da entidade, afirma que o silêncio e a ausência de denúncias nesses casos ocorre devido à “falta de rede de apoio e da certeza de que não podem encontrar suporte em seus próprio líderes. Por exemplo, 33% das mulheres disseram que nunca encontraram apoio em outras mulheres em cargos de chefia”.

16

Em

detrimento

do

estudo,

diversas

agências

desenvolveram

e/ou

aprimoraram as ações existentes ou adotaram políticas mais rígidas para inibir comportamentos tóxicos e mais estrutura para lidar com casos de assédio, além de prestar suporte e auxílio às vítimas. A Agência Golin promoveu uma campanha global com a temática de assédio feminino no mercado de comunicação. Nomeada Have Her Back, lançada em 2018, aborda a questão: “quantas mulheres estavam rumo a trajetórias incríveis em agências de comunicação, mas tiveram suas carreiras afetadas pelo assédio?”. A linha visual da proposta destaca a mulher, em imagens preto e branco, transmitindo o medo e opressão, conforme podemos visualizar na imagem 1.

Imagem 1 - Campanha Have Her Back, da agência Golin.

Fonte: Publicitários Criativos (2018).

Outro exemplo é a campanha “Corta!”, criada pela F/Nazca Saatchi & Saatchi e sob liderança da APRO – Associação Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais, a partir do Pacto de Responsabilidade Antiassédio no Audiovisual.

Direcionada ao setor audiovisual com o propósito de alertar em relação ao comportamento abusivo, utilizando dedos simulando tesoura, boca falando e instrumentos de set de gravação - como podemos observar na imagem 2.

17

Imagem 2 - Campanha Corta!, da APRO.

Fonte: ABC da Comunicação (2018).

O Meio & Mensagem5 (2018), veículo sobre o mercado de comunicação brasileiro, fortaleceu a pesquisa do GP com uma série de notícias e entrevistas sobre o assunto. O veículo consultou algumas das principais agências do País, a fim de levantar as políticas e ações relacionadas ao tema adotadas por cada uma dessas: a Artplan estabeleceu, em Código de Ética e Conduta, o assédio como prática inadmissível e foi levado como objeto do Plano de Comunicação da Gerência de Compliance; já a Bullet implantou um sistema de compliance em 2016, em parceria com a assessoria do escritório de advocacia Salusse & Marangoni. Nesse ano foi criado e implantado o código de Conduta e o Canal de Denúncia da empresa; a DPZ&T possui um canal de denúncias próprio, além de uma cartilha sobre Assédio Moral e Sexual elaborada pelo Ministério Público Federal; Leo Burnett Tailor Made, Grupo

ABC,

Lew’Lara\TBWA,

Talent

Marcel,

Wunderman, Y&R e a Z+

desenvolveram canais de denúncia e conectaram com o RH de suas empresas; Fbiz criou o grupo de empoderamento feminino, realizando o diagnóstico interno do clima organizacional. Ademais, promoveu workshop de formação e treinamento do grupo

5

Meio&Mensagem. Disponível em <https://www.meioemensagem.com.br/>. Acesso em 30 de março de 2019.

18

de líderes da agência; e a JWT possui o canal confidencial, intitulado “Direito de Falar” (Right to Speak), para que os funcionários relatem situações sem medo de represálias.

Entender o tamanho do problema que existe no Brasil. As agências e clientes fazem parte desse problema. Aqui e na minha equipe, como cliente, isso pode acontecer, porque vivemos um momento em que o trabalho pede uma nova ética. A maneira como as pessoas trabalharam nos anos 1980 e 1990 não é mais aceitável hoje. Então, eu trouxe o tema para dentro da Avon. A gente fez uma apresentação.

Eu convidei a equipe de marketing. Nós conversamos sobre o assunto, falamos sobre prazo, o relacionamento das pessoas com as agências, para que a assim a gente pudesse repensar os prazos. Todo mundo passa por urgência de trabalho, há época em que tudo está uma loucura e outra em que está menos. Mas, quando as urgências de trabalho, acontecem 52 semanas do ano, isso fica insustentável no ponto de vista saudável” - diz Danielle Bibas, ​Chief Brand Communication e Content Officer da Avon.

Por sua vez, portais cresceram nos últimos anos - como por exemplo, o I Love Mondays6. O principal objetivo dessas plataformas é tornar acessíveis os relatos, as informações e as vivências dos atuais ou antigos profissionais das empresas de quaisquer segmentos. As agências de comunicação fazem parte desse escopo e diversas são apontadas como preconceituosas, sem fiscalização ou sistema de denúncias sobre assédio, não inclusivas, entre outros. Dessa forma, os usuários podem relatar aspectos positivos e negativos vivenciados nas organizações e de maneira anônima, facilitando a obtenção de informações por interessados em vagas, instituições fiscalizadoras etc.

7 RELATO PESQUISA QUALITATIVA Diante das entrevistas realizadas, podemos destacar algumas considerações.

Ao questionarmos se o entrevistado já havia presenciado, ouvido ou sofrido assédio moral no ambiente de trabalho, 5 dos 7 respondentes disseram que sim. Acerca dos códigos de conduta e ética, obtivemos o indicativo que nenhuma agência possuía tais políticas. Já na questão do anonimato em relação às denúncias das relações

6

I Love Mondays disponível em: <https://www.lovemondays.com.br/>. Acesso em 30 de março de 2019.

19

abusivas no ambiente das agências, apenas 2 informantes relataram ter canais voltados para isso, os quais eram acessíveis, porém não anônimos.

A fim de direcionar a conversa para questões mais profundas, provocamos questionamentos relacionados a situações que resultaram no desconforto dos entrevistados. Nessa perspectiva, quatro indicaram casos ocasionados por assédio: uma das gestoras entrevistadas destacou que era “o atendimento de uma grande conta que costumava ofender as mulheres da agência quando, no ponto de vista dele, elas não "cumpriam" suas tarefas de maneira correta e mereciam ser chamadas de vadias e termos similares”. Já um dos funcionários indicou que, apesar de não ter acontecido nada com ele diretamente, já ouviu que gestores e diretores agiam de forma brusca, com indiferença e sem educação com os empregados da empresa, pois estavam em cargos mais altos e se sentiam no poder. Outra funcionária afirmou que havia “muita cobrança e responsabilidade de um gestor para uma júnior”, sendo esse cargo ocupado pela entrevistada na época. Além disso, como estagiária, uma das respondentes abordou questões indiretas e invisíveis de exploração: “situações com colegas em que era necessário levar trabalho da agência para casa ou ficar muito além do horário”.

Sobre manifestações psicológicas e emocionais, três afirmaram situações percebidas. Uma gestora contou o caso de uma amiga que necessitou procurar ajuda psicológica por depressão no ambiente de trabalho. Duas funcionárias relataram que sofreram quadros abusivos: a primeira teve como resultado uma gastrite nervosa, pois “trabalhava 12h por dia com clientes grandes e completamente sozinha”. A segunda teve como consequência “desmotivação, desconforto e ansiedade”.

Com o propósito de atingir o âmago da pesquisa, abordamos no terceiro questões sobre comportamento abusivo. Inicialmente, buscávamos mapear a conexão entre a percepção do abuso e do agressor, sendo identificado como o próprio eu, que neste caso é o entrevistado. Em contraponto às discussões correlacionadas nos primeiros blocos de pergunta, nenhum entrevistado se identifica como agressor - para com os seus colegas de trabalho. Outro aspecto a ser considerado é que um dos gestores relatou que já se percebeu “sendo conivente com machismo, por exemplo. Assim que percebi essa atitude, fizemos drásticas 20

mudanças na equipe”, quando questionado sobre as mudanças e medidas que tomou ao identificar o seu comportamento como agressivo. Dessa forma, a sua negativa na questão anterior.

A inquietação quanto à auto exploração e clareza de si como próprio agressor, constitui-se na indagação e reflexão dos entrevistados pela conduta abusiva. Três responderam que já se perceberam como agressores de si mesmos, entre eles uma gestora e duas funcionárias. Um entrevistada salientou que notou essa atitude “pois me cobrava demais por coisas que não cabiam a mim”. Por fim, procuramos investigar o entendimento dos entrevistados no tocante às relações identificadas por eles entre assédio moral, o sofrimento psicológico e a auto exploração nas agências de comunicação. As respostas obtidas não seguiram uma linearidade, sendo assim a compreensão do elo entre esses conceitos evidenciou distintas visões.

Podemos elencar algumas considerações, para futuras pesquisas e análises: um dos gestores considera que muitas vezes “somos coniventes com condutas inadequadas”. Outro parecer relaciona que “são todas provenientes de pessoas que não sabe o significado de respeito e amor próprio, assim, se sentem no direito de rebaixar outras pessoas e as ferir através de suas habilidades, através da profissão que tanto sonharam exercer”. Em outro sentido, uma entrevistada concluiu que “o sofrimento psicológico é muito forte, existe sim uma pressão muito forte para atender aos prazos e demandas”, todavia, acredita que exploração não é a palavra que define a situação. Em desacordo, um funcionário discorreu que “fica evidente o uso da autoridade e até mesmo o uso de cargos para conseguir entregar o que o cliente quer, muitas vezes passando por cima de processos básicos de jobs, e até mesmo por cima de equipes que tanto se dedicam para o cliente” e ao ignorar a voz da equipe, “impede novos trabalhos e desmoraliza o funcionário perante o cliente, deixando uma sensação de menosprezo pelo trabalho da equipe até então responsável”.

Diferentemente, “cobrança excessiva, preocupação com cliente e não com a equipe, competição entre colegas mesmo que todos ganhem a mesma coisa, ter chefes e não líderes” são fatores que se relacionam nessa perspectiva, segundo uma funcionária. Ao encontro dessa concepção, uma estagiária enxerga a 21

competição no ambiente das agências, mas também acrescenta o fato de que “existe insegurança por parte dos profissionais com o mercado e isso faz com que muitos aceitem as más condições, como assédio moral por medo”. Assim como, “todas essas condições podem gerar fortes sofrimentos psicológicos, como estresse, ansiedade e depressão”. Na mesma linha, outra estagiária demonstra que “assédio moral e auto exploração são fatores que podem desencadear facilmente problemas psicológicos leves e graves, pois a pessoa que sofre tem de conviver com isso diariamente”.

A etapa de entrevista à psicóloga Susana, trouxe indicativos que foram ao e de encontro às ponderações do primeiro momento da análise. Ao ser questionada acerca de casos de assédio moral e/ou psicológicos, afirmou que sim e em diferentes níveis e ambientes, tanto em instituições públicas como privadas. Ainda declarou que, geralmente, estão vinculados às relações de poder. Na perspectiva de tratamentos ou intermediações em ocorridos provenientes de assédio moral, a psicóloga realizou tratamento de pacientes, “a ponto de indicar um tempo de licença do agredido do ambiente de trabalho”. Bem como, já intermediou esses casos a fim de minimizar conflitos entre os envolvidos. A respeito dos recursos terapêuticos que já desenvolveu, percebe que “as experiências abusivas são fatos concretos que conduzem para auto exploração associada ao temor por desvalorização e desligamento”. Ademais, revela que “questões auto exploratórias não só se desenvolvem de situações abusivas, mas também da cultura e subcultura das pessoas”.

As consequências psicológicas destacadas pela profissional a partir das relações abusivas no ambiente de trabalho se enquadram em ápices como “stress laboral, ansiedade exacerbada, melancolia intermitente e depressão grave”. Sendo o isolamento e a baixa auto estima sintomas iniciais. Susana apreende que a associação entre o assédio moral, a autoexploração e o sofrimento psicológico parte da ótica de que todas as relações dos conceitos geram malefícios. Finaliza manifestando: “mas cada indivíduo reage de forma particular”.

Na mesma data de publicação da pesquisa “Hostilidade, silêncio e omissão: o retrato do assédio no mercado de comunicação de São Paulo”, conduzida pelo Grupo de Planejamento (GP), o Meio & Mensagem elaborou uma matéria sobre os 22

dados encontrados. Em “Assédio nas agências: 90% das mulheres já foram vítimas” veículo enfatiza, principalmente, os dados numéricos oriundos das entrevistas com os 14 mil profissionais da área. Além de alertar sobre os resultados encontrados no estudo. As duas matérias posteriores, “Combate ao assédio: o que as agências estão fazendo?” e “Assédio: o que as agências estão fazendo?”, publicadas em março e novembro de 2018 - seis meses e um ano após o diagnóstico do GP -, aborda medidas e implementações que as agências do Brasil desenvolveram para auxiliar, evitar e preservar o profissional. Em novembro do mesmo ano, o GP promoveu um evento com os profissionais do mercado, a fim de debater as questões e dados obtidos em 2017. Em “Combate ao assédio motiva ações de marcas e agências”, o veículo traz as principais considerações dos líderes de grandes empresas e marcas destacam as medidas que as organizações instituiu ou aprimorou para combater o assédio moral.

Com a finalidade de identificarmos os principais aspectos, informações e assuntos debatidos nas quatro matérias do Meio & Mensagem, elaboramos uma tabela, considerando quatro categorias: questão principal; dados destacados da pesquisa; e principais convergências. O conteúdo completo pode ser visualizado no apêndice F. Todavia, frisamos pormenores análogos entre as quatro matérias do veículo comunicacional: a maioria das ações, campanhas e medidas são destinadas à prevenção, auxílio e combate ao assédio feminino. Isso se confirma, singularmente, pelo dados mais destacado: 90% das mulheres já foram vítimas. A questão mais abordada foi voltada à igualdade de gênero; a maior preocupação dos líderes, diretores e CEOs das equipe é o assédio com as profissionais das organizações.

Dessa forma, ponderamos que as discussões sobre a violência contra a mulher são alarmantes sob o olhar do Meio & Mensagem, visto que foram a prioridade das matérias e evidenciados com os dados do estudo do GP. Diversas campanhas de conscientização produzidas por agências de grande porte, também foram exemplificadas como iniciativas de barrar a hostilidade de gênero.

A partir dos resultados obtidos, levando em consideração os dados do Grupo de Planejamento e do conteúdo elaborado pelo Meio & Mensagem em relação a essa temática, que apesar de uma crescente movimentação para conscientização 23

das relações abusivas no cenários das agências, ainda há problemáticas envoltas.

Podemos inferir isso através da nosso conjunto de entrevistados que relatou em sua totalidade já ter vivenciado, ouvido e/ou presenciado relações abusivas. Bem como, a inexistência de códigos de conduta e ética nas agências que os entrevistados já trabalharam ou trabalham, que poderiam auxiliar na prevenção, mediação e/ou solução destes casos. Além do descaso ao anonimato das denúncias, que como o Meio & Mensagem destacou, pode contribuir e fomentar os relatos, pois de certa forma, anula o medo da exposição e represália.

Os relatos apresentados pelos entrevistados demonstram a perversidade e o sofrimento ocasionado e ainda presente, devido ao poder que alguns indivíduos se apropriam para persuadir, manipular e se sobressair mediante os demais. A competição por visibilidade e status, muitas vezes, invalida a sensibilidade do olhar, perceber e compreender com empatia o outro. Essas atitudes chegam ao extremo das reações psicológicas e emocionais que foram citadas pelos entrevistados das agências, tanto quanto pela psicóloga.

Constatamos que nenhum entrevistado se identifica como agressor, todavia um dos gestores afirmou que foi conivente com comportamentos abusivos.

Entendemos que é necessário o aprofundamento e a problematização da atitude passiva frente aos comportamentos dessa natureza, pois essa prática pode corroborar com o ciclo de sofrimento.

Percebemos mais respostas afirmativas, em vista da consciência dos entrevistados como agressores de si mesmos, dos funcionários - no total de duas de encontro com os relatos dos líderes: somente um se percebeu nessa posição. O diagnóstico desse questionamento rompeu as expectativas que nós tínhamos, haja vista que esperamos uma maior compreensão e senso crítico com o seu ser. Não conseguimos reconhecer a intersecção direta entre assédio moral e auto exploração, dado que a incidência da prática do assédio foi mais recorrente que a auto exploração. Em alternativa, Susana trouxe o argumento de que os dois conceitos são manifestados de maneiras distintas em cada indivíduo. Devido a isso, a assimilação do âmago inserido no vínculo desses conceitos torna-se confuso e ininteligível aos entrevistados.

24

Perceber-se ao mesmo tempo explorador e explorado (HAN, 2017) não foi constatado a partir das pesquisas. Han (2017) também destaca que a problemática volta-se mais para rejeição e expulsão, o que podemos relacionar com a fala da psicóloga, que afirmou a dificuldade em contrapor os valores de bem-estar e satisfação de cada entrevistado à erosão e ruptura de se colocar como o próprio agressor, sabotador e figura que causa auto dano, tristeza e violência. Ainda se faz necessário enfatizar que esse comportamento é um dos resultados associados ao medo da desvalorização, desligamento e inutilidade da sua atuação em uma equipe de trabalho. É também associado ao cenário econômico e financeiro do desemprego e competição entre os profissionais, gerando sobrecarga e desgaste emocional para cumprir ou ultrapassar metas, prazos, atividades não previstas no escopo designado e, somando a isso, a desvalorização de opiniões, das subjetividades, das emoções e do fator humano. O menosprezo perante o lugar de fala, principalmente de funcionários, faz-se evidente, conforme relatou um entrevistado.

A insegurança e o medo foram citados pelo entrevistados, o que podemos relacionar com a exposição da Susana sobre o “temor por desvalorização e desligamento”. A cultura organizacional que se instaura em ambientes abusivos gera pressão e incertezas nos agentes, os quais sofrem com essa realidade. O efeito é, mesmo que em diferentes níveis e perspectivas, devastador e perverso, podendo resultar em auto exploração e/ou distúrbios psicológicos. O efeito dominó é válido nesse caso, visto que os entrevistados relataram acontecimentos abusivos com colegas e amigos. Ou seja, ações abusivas não afetam somente o profissional em questão, bem como todo o coletivo e o clima organizacional. A declaração apresentada pela profissional de psicologia sobre a relação entre os conceitos apresentados a partir da perspectiva da geração de malefícios representa na teoria o que os entrevistados abordaram na prática do cotidiano das agências, tanto da conivência, quanto das relações abusivas e consequências auto exploratórias.

Ao compararmos as entrevistas realizadas com a análise das matérias do Meio & Mensagem, percebemos, sobretudo, os debates acerca da desigualdade de gênero nos casos de assédio em agências. Conforme relatado pela pesquisa do Grupo de Planejamento (2017), 90% das mulheres foram vítimas de assédio. Essa perspectiva não foi trazida à tona pelos entrevistados e nem foi assunto de enfoque 25

em questões do roteiro guia de perguntas. Porém, percebemos que essa temática pode ser explorada e questionada, a fim de compreender a percepção dos entrevistados e relacionar à auto exploração feminina como resultado da desigualdade de gênero e das práticas machistas presentes nas relações interpessoais.

Ademais, identificamos que houve uma profunda análise com destaque nos códigos de conduta e ética das agências e como isso foi implementado e/ou implantado após a divulgação dos dados obtidos pelo GP. Podemos perceber que o incentivo para denunciar ocorre, no âmbito nacional, todavia, não está presente nas agências de Porto Alegre - no que se refere às organizações que os entrevistados trabalham ou já trabalharam. Por isso, consideramos de suma importância a inserção dessas diretrizes e meios de suporte aos funcionários que sofreram ou sofrem casos abusivos, a fim de interferir, buscar soluções e prestar auxílio emocional, profissional e adequado às diferentes situações.

Em contrapartida, aos discursos, protagonismo e campanhas que colocam o ser humano como foco de valorização das relações e da cultura organizacional, diversas agências de Porto Alegre não olham com cuidado os integrantes da sua equipe, agindo com parcimônia em casos de assédio. O que resulta em inúmeros casos de sofrimento aos profissionais. Comunicólogos, que antes de tudo, desenvolvem vínculos com outros seres humanos, não podem tolerar, incitar e propagar assédio em suas relações com quaisquer públicos. Vale ressaltar que antes de ser um ótimo profissional, os indivíduos precisam considerar, como seres sociais, lidam com outras pessoas que possuem suas próprias perspectivas e vivências. A valorização e a atenção a dimensão humana se mostra esquecida e necessária nesse sentido. É preciso questionar, problematizar e complexar as práticas que estamos presenciado no dia a dia organizacional, a fim de buscar o valor humano subjetivo e coletivo de todos os âmbitos e aspectos.

Acreditamos que o fator humano precisa respeitar as diferenças, emoções, subjetividades de cada integrante de uma equipe. Tornando-se o fator vital às boas práticas organizacionais. Principalmente na área de comunicação, a qual compreendemos a partir da perspectiva de compartilhamento e diálogo efetivos, que cada ser humano é único, sente, se expressa e percebe as mensagens de maneiras 26

diferentes e, principalmente, é afetado em distintos níveis e formas com situações de opressão.

8 RELATO PESQUISA QUANTITATIVA As tabelas e os gráficos obtidos por meio da aplicação da pesquisa quantitativa na plataforma Qualtrics podem ser visualizados a seguir, de acordo com as respostas de cada questão e alternativas. Disponibilizamos tanto as tabelas com valores absolutos, quanto percentuais. Ademais, destacamos os gráficos de cada questão.

1) Trabalho em agências de Porto Alegre (tabela 1)

Tabela 1​ - Você trabalha/trabalhou em uma agência de Porto Alegre? (Induzida)* VA

V%

Sim

149

73,76%

Não

53

26,24%

Base/total

202

100%

*Respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

Gráfico 1 ​- Você trabalha/trabalhou em uma agência de Porto Alegre?

Fonte: autores da pesquisa (2019)

27

De acordo com os respondentes, 73,76% trabalha/trabalhou em uma agência de Porto Alegre, enquanto 26,24% não trabalha/trabalhou (gráfico 1). Para validar e dar continuidade à pesquisa, apenas os respondentes ‘sim’ prosseguiram às demais questões.

2) Faixa etária (tabela 2) Tabela 2 ​- ​Em qual faixa etária você se encontra? (Induzida)* VA

V%

17 - 21 anos

31

20,81%

22 - 26 anos

57

38,26%

27 - 31 anos

22

14,77%

32 - 35 anos

15

10,07%

36 anos ou mais

24

16,11%

Base/total

149

100%

*Considera os 149 respondentes que responderam sim na questão 1; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

28

Gráfico 2 ​- Em qual faixa etária você se encontra?

Fonte: autores da pesquisa (2019)

Conforme o gráfico 2, 38,26% têm de 22 a 26 anos e 20,81% dos respondentes têm de 17 a 21 anos. Já 16,11% tem 36 anos ou mais, 14,77% têm de 27 a 31 anos e 10,07% possui de 32 a 35 anos.

3) Gênero (tabela 3) Tabela 3 ​- ​Com qual gênero você se identifica? (Induzida)* VA

V%

Mulher

100

67,11%

Homem

48

32,21%

Outro

1

0,67%

Base/total

149

100%

*Considera os 149 respondentes da pesquisa; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

29

Gráfico 3 ​- Com qual gênero você se identifica?

Fonte: autores da pesquisa (2019)

De acordo com o número de respondentes, 67,11% são mulheres, 32,21% são homens e 0,67% outro (gráfico 3). Ou seja, a maioria dos respondentes são do sexo feminino.

4) Relação de trabalho (tabela 4) Tabela 4 ​- ​Na sua experiência mais recente em uma agência de Porto Alegre, em qual relação de trabalho você atuava/atua? (Induzida)* VA

V%

Terceirizado (ex.: freelancer, jobs etc.)

9

6,040%

Estagiário

42

28,18%

Funcionário

75

50,33%

Líder/gestor (também chamado de diretor) 27

18,12%

Outro

1,34%

2

Base/total

149 *Considera os 149 respondentes da pesquisa; respostas múltiplas.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

30

Gráfico 4 ​- Na sua experiência mais recente em uma agência de Porto Alegre, em qual relação de trabalho você atuava/atua?

Fonte: autores da pesquisa (2019)

A partir das respostas, 60,04% são terceirizados, 50,33% funcionários, 28,18% são estagiários e 18,12% líder/gestor. Ademais, a última alternativa ‘outro’, obteve 1,34% das indicações, sendo dono (1) e sócio (1) (gráfico 4).

31

5) Área de atuação (tabela 5) Tabela 5 ​- ​Na sua experiência mais recente em uma agência de Porto Alegre, a qual área de atuação você pertencia/pertence? (Induzida)* VA

V%

Atendimento

57

38,25%

Mídia

21

14,09%

Criação

41

27,51%

Planejamento

26

17,44%

Conteúdo

34

22,81%

Administrativo/financeiro

10

6,71%

Pesquisa

7

4,69%

Outro

16

10,37%

Base/total

149 *Considera os 149 respondentes da pesquisa; respostas múltiplas.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

32

Gráfico 5 ​- Na sua experiência mais recente em uma agência de Porto Alegre, em qual relação de trabalho você atuava/atua?

Fonte: autores da pesquisa (2019)

De acordo com os respondentes, 38,25% são atendimento, 27,51% são criação, 22,81% são conteúdo, 17,44% são planejamento, 14,09% são mídia, 6,71% são administrativo/financeiro e 4,69% são pesquisa. Os demais cargos citados (10,37%) foram agrupados conforme proximidade e atributos semelhantes e/ou próximos aos indicados na questão: produção, eventos, desenvolvimento, projetos, assessoria de imprensa, comercial, digital e altos cargos.

33

6) Relato assédio moral no ambiente de trabalho das agências (tabela 6) Tabela 6​ - Segundo Hirigoyen (2002), o assédio se caracteriza por um sofrimento invisível e está ligado a qualquer conduta abusiva, seja em forma de comportamentos, atos, palavras, gestos e/ou escritos que podem gerar danos à personalidade, dignidade, integridade física e/ou psíquica. A partir disso, você já ouviu algum relato sobre assédio moral no ambiente de trabalho das agências?

(Induzida)* VA

V%

Sim

127

85,23%

Não

15

10,07%

Não sei responder

7

4,70%

Base/total

149

100%

*Considera os 149 respondentes da pesquisa; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

34

Gráfico 6 ​- Segundo Hirigoyen (2002), o assédio se caracteriza por um sofrimento invisível e está ligado a qualquer conduta abusiva, seja em forma de comportamentos, atos, palavras, gestos e/ou escritos que podem gerar danos à personalidade, dignidade, integridade física e/ou psíquica. A partir disso, você já ouviu algum relato sobre assédio moral no ambiente de trabalho das agências?

Fonte: autores da pesquisa (2019)

Podemos analisar que 85,23% ouviu algum relato sobre assédio moral no ambiente de trabalho das agências. Já 10,07% não ouviu relato e 4,70% não sabiam responder (gráfico 6). Logo, a grande maioria já ouviu algum relato sobre assédio moral.

35

7) Presenciou assédio moral no ambiente de trabalho das agências (tabela 7) Tabela 7​ - Você já presenciou assédio moral no ambiente de trabalho das agências?

(Induzida)* VA

V%

Sim

105

70,47%

Não

37

24,83%

Não sei responder

7

4,70%

Base/total

149

100%

*Considera os 149 respondentes da pesquisa; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

Gráfico 7 ​- Você já presenciou assédio moral no ambiente de trabalho das agências?

Fonte: autores da pesquisa (2019)

Conforme os respondentes, 70,47% presenciou assédio moral no ambiente de trabalho das agências. Todavia, 24,83% não presenciou e 4,70% não sabiam responder (gráfico 7). Dessa forma, a maioria dos respondentes já presenciou o assédio moral.

36

8) Sofreu assédio moral no ambiente de trabalho das agências (tabela 8) Tabela 8​ - Você já sofreu assédio moral no ambiente de trabalho das agências?

(Induzida)* VA

V%

Sim

76

51,01%

Não

66

44,30%

Não sei responder

7

4,70%

Base/total

149

100%

*Considera os 149 respondentes da pesquisa; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

Gráfico 8 ​- Você já sofreu assédio moral no ambiente de trabalho das agências?

Fonte: autores da pesquisa (2019)

51,01% dos respondentes indicaram que sofreram assédio moral no ambiente de trabalho das agências. Em contrapartida, 44,30% não sofreu e 4,70% não sabiam responder (gráfico 8). Assim, a maioria dos respondentes já sofreu assédio moral.

37

9) Códigos de ética e conduta nas agências (tabela 9) Tabela 9​ - ​As agências que você trabalhou ou trabalha possuem códigos de ética e conduta?​ (Induzida)* VA

V%

Sim

45

30,20%

Não

68

45,64%

Não sei responder

36

24,16%

Base/total

149

100%

*Considera os 149 respondentes da pesquisa; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

Gráfico 9 ​- As agências que você trabalhou ou trabalha possuem códigos de ética e conduta?

Fonte: autores da pesquisa (2019)

De acordo com as respostas obtidas no questionário, 45,64% das agências não possuem códigos de ética e conduta. Porém, 30,20% possuem e 24,16% não sabiam responder. (gráfico 9).

38

10) Acessibilidade dos códigos de ética e conduta nas agências (tabela 10) Tabela 10​ - ​Esse código de ética e conduta é acessível?​ (Induzida)* VA

V%

Sim

26

57,78%

Não

13

28,89%

Não sei responder

6

13,33%

Base/total

45

100%

*Considera os 45 respondentes que responderam sim na questão 9; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

39

Gráfico 10 ​- Esse código de ética e conduta é acessível?

Fonte: autores da pesquisa (2019)

Podemos analisar que 57,78% dos respondentes indicou que dos códigos das agências eram acessíveis, 28,89% não eram acessíveis e 13,33% não sabiam responder. (gráfico 10). De acordo com esses percentuais, notamos que a maioria indicou serem acessíveis os códigos das agências.

40

11) Canais de denúncia para assédio moral nas agências (tabela 11) Tabela 11​ - ​Há canais de denúncia para relatar casos de assédio moral na agência em que trabalha/trabalhou?​ (Induzida)* VA

V%

Sim

25

16,78%

Não

107

71,81%

Não sei responder

17

11,41%

Base/total

149

100%

*Considera os 149 respondentes da pesquisa; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

Gráfico 11 ​- Há canais de denúncia para relatar casos de assédio moral na agência em que trabalha/trabalhou?

Fonte: autores da pesquisa (2019)

Segundo os respondentes, 71,81% das agências não possuem canais de denúncia para relatar casos de assédio moral. Já 16,78% possuem e 11,41% não 41

sabiam responder (gráfico 11). Sendo assim, a maioria das agências não possui canais de denúncia.

12) Existência dos canais (tabela 12) Tabela 12​ - ​Como soube que existia esse canal?​ (Induzida)* VA

V%

Por campanhas da agência

4

16%

Por líderes/gestores

17

68%

Por colegas

3

12%

Descobri sozinho

0

0%

Outro

4

1%

Base/total

25

100%

*Considera os 25 respondentes que responderam sim na questão 11; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

42

Gráfico 12 ​- Como soube que existia esse canal?

Fonte: autores da pesquisa (2019)

De acordo com os respondentes, 68% indicaram que souberam dessa informação por líderes/gestores. Já 16% ficaram sabendo da existência do canal por meio de campanhas da agência., 12% por colegas e 1% por outro, sendo uma área específica da agência (gráfico 12). Dessa maneira, a maioria indicou que souberam da existência do canal de denúncia por meio de líderes/gestores.

43

13) Canais de denúncia anônimos (tabela 13) Tabela 13​ - ​Esses canais de denúncia são anônimos?​ (Induzida)* VA

V%

Sim, são totalmente anônimos

11

44%

Não

8

32%

Não sei responder

6

24%

Base/total

25

100%

*Considera os 25 respondentes que responderam sim na questão 11; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

Gráfico 13 ​- Esses canais de denúncia são anônimos?

Fonte: autores da pesquisa (2019)

44% dos respondentes indicaram que as agências possuem canais totalmente anônimos, 32% não são anônimos e 24% não sabiam responder (gráfico 13).

44

14) Iniciativas que tratam sobre assédio moral (tabela 14) Tabela 14​ - ​Nas agências que você trabalhou, houve iniciativas (campanhas, ações, debates, comitês, entre outros) que trataram sobre o tema do assédio?​ (Induzida)* VA

V%

Sim

15

10,07%

Não

130

87,25%

Não sei responder

4

2,68%

Base/total

149

100%

*Considera os 149 respondentes da pesquisa; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

Gráfico 14 ​- Nas agências que você trabalhou, houve iniciativas (campanhas, ações, debates, comitês, entre outros) que trataram sobre o tema do assédio?

Fonte: autores da pesquisa (2019)

Os respondentes indicaram que em 10,07% das agências houve iniciativas sobre o tema do assédio moral e

2,68% não sabiam responder. O dado mais

alarmante obtido através do questionário é que, de acordo com o gráfico 14, em 87,25% das agências não desenvolveram iniciativas sobre esses assuntos.

45

15) Conte mais sobre as iniciativas das agências em relação ao tema do assédio (tabela 15) Tabela 15​ - ​Conte mais sobre essas iniciativas* Resposta

Classificação

VA

V%

Respeito às

Iniciativa de

5

26,31%

mulheres; as ações

cunho social

8

42,10%

estão no dna da empresa e são recorrentes. As principais ações envolvem racismo e homofobia; odo mês existia momentos para troca de ideias sobre as pautas do período. Sempre se falava de preconceito, machismo e etc; campanhas de atuação direta sobre o machismo nos homens; rodas de conversa, oficinas sobre o dia das mulheres, etc Materias via email

Ação relacionada

marketing; houve a

à agência

realização de uma

46

pesquisa de cunho "psicológico", onde não era necessário colocar o nome (apenas se quisesse). Na pesquisa nós podíamos dar notas para o ambiente de trabalho (comportamentos, atitudes etc.), também havia possibilidade de relatar algo por escrito no final; campanhas Internas; existem feedback anônimos todo mês, e telefones para conversar; reuniões para falar sobre o assunto; posicionamento oficial da agência diante de algum fato pontual; tivemos palestras, rodas de conversas e dinâmicas com foco em escuta ativa;

47

reuniões e debates organizados pela RH; diálogo aberto entre os líderes e membros da empresa Nada a declarar

Abstenção

6

31,57%

Base/total

-

19

100%

*Considera os 19 respondentes que responderam sim e não sei responder na questão 14; resposta aberta.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

De acordo com a tabela 15, 42,10% das ações estão relacionadas às agências, 31,57% se absteve e 26,31% das ações tinham iniciativas de cunho social.

16) Nível de gravidade das questões que envolvem atividades e equipes de agência

Tabela 16​ - Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Cobrar e responsabilizar demais um membro da equipe​ (Induzida)* VA

V%

1- Pouco grave

6

4,00%

2

18

12,1%

3

42

28,2%

4

42

28,2%

5 - Muito Grave

41

27,5%

Base/total

149

100%

*Considera os 149 respondentes da pesquisa; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

48

Gráfico 16 ​- Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Cobrar e responsabilizar demais um membro da equipe

Fonte: autores da pesquisa (2019)

Em relação à situação de ‘cobrar e responsabilizar demais um membro da equipe’, 28,2% classificou igualmente com os níveis 3 e 4. 27,5% assinalou o nível máximo, que correspondia a 5 no nível de gravidade (gráfico 16).

49

Tabela 17​ - Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Levar trabalhos da agência para casa​ (Induzida)* VA

V%

1- Pouco grave

8

5,4%

2

20

13,4%

3

24

16,1%

4

42

28,2%

5 - Muito Grave

55

36,9%

Base/total

149

100%

*Considera os 149 respondentes da pesquisa; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

50

Gráfico 17 ​- Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Levar trabalhos da agência para casa

Fonte: autores da pesquisa (2019).

Acerca de ‘levar trabalhos da agência para casa’, 36,9% dos os respondentes indicaram que a situação corresponde ao nível máximo de gravidade. O segundo nível foi o 4, com 28,2% (gráfico 17).

51

Tabela 18​ - Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Permanecer na agência além do horário comercial de trabalho (Induzida)* VA

V%

1- Pouco grave

8

5,4%

2

22

14,8%

3

36

24,2%

4

36

24,2%

5 - Muito Grave

47

31,5%

Base/total

149

100%

*Considera os 149 respondentes da pesquisa; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

52

Gráfico 18 ​- Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Permanecer na agência além do horário comercial de trabalho

Fonte: autores da pesquisa (2019).

Referente à ‘permanecer na agência além do horário comercial de trabalho’, os respondentes indicaram o nível 5 com 31,5% e os graus 4 e 3 dividiram-se com 24,2% (gráfico 18).

Tabela 19​ - Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Trabalhar mais de 8 horas sem folha ponto​ (Induzida)* VA

V%

1- Pouco grave

2

1,34%

2

8

5,4% 53

3

12

8,1%

4

25

16,8%

5 - Muito Grave

102

68,5%

Base/total

149

100%

*Considera os 149 respondentes da pesquisa; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

54

Gráfico 19 ​- Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Trabalhar mais de 8 horas sem folha ponto

Fonte: autores da pesquisa (2019).

De acordo com os respondentes, 68,5% classificou que ‘trabalhar mais de 8 horas sem folha ponto’ corresponde ao nível 5 de gravidade. Já 16,8% assinalou o nível 4. Dentre as afirmativas da questão 16, essa situação recebeu uma das maiores indicações de gravidade 5 (gráfico 19).

55

Tabela 20​ - Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Gerir contas grandes sozinho(a)​ (Induzida)* VA

V%

1- Pouco grave

12

8,1%

2

27

18,1%

3

35

23,5%

4

38

25,5%

5 - Muito Grave

37

24,8%

Base/total

149

100%

*Considera os 149 respondentes da pesquisa; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

56

Gráfico 20 ​- Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Gerir contas grandes sozinho(a)

Fonte: autores da pesquisa (2019).

Questionados sobre a situação de gerir contas grandes sozinho(a), 25,5% dos respondentes indiciou o grau 4 de gravidade, seguido por 24,8% para grau 2 e 23,5% para o 3 (gráfico 20).

57

Tabela 21​ - Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Cobrar-se demais por coisas que não cabiam ao meu escopo de trabalho​ (Induzida)* VA

V%

1- Pouco grave

6

4,00%

2

10

6,7%

3

30

20,1%

4

41

27,5%

5 - Muito Grave

62

41,6%

Base/total

149

100%

*Considera os 149 respondentes da pesquisa; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

58

Gráfico 21 ​- Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Cobrar-se demais por coisas que não cabiam ao meu escopo de trabalho

Fonte: autores da pesquisa (2019)

Podemos observar que 41,6% dos respondentes associa o nível 5 de gravidade para situações relacionadas a cobrança demasiadas por coisas que não cabiam a seu escopo de trabalho. O nível 4 obteve 27,5% e o 5 com 20,1% das indicações (gráfico 21).

59

Tabela 22​ - Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Ter conhecimento de casos de assédio e não tomar nenhuma atitude (Induzida)* VA

V%

1- Pouco grave

0

0,00%

2

3

2,00%

3

9

6,00%

4

26

17,4%

5 - Muito Grave

111

74,5%

Base/total

149

100%

*Considera os 149 respondentes da pesquisa; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

60

Gráfico 22 ​- Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Ter conhecimento de casos de assédio e não tomar nenhuma atitude

Fonte: autores da pesquisa (2019)

A questão ‘ter conhecimento de casos de assédio e não tomar nenhuma atitude’ obteve resultados atípicos, se comparado com as demais sentenças da pergunta 16. O nível mais elevado indicado nesse questionamento obteve 74,5% das indicações e as demais opções menos de 20%. O nível 4 classificou com 17,4% das marcações dos respondentes, grau 3 com 6% e nível 3 com 2%. Todavia, ao nível mais baixo, correspondente ao grau 1, não obteve nenhuma assinalação (gráfico 22).

61

Tabela 23​ - Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Cobrar excessivamente os prazos e as demandas​ (Induzida)* VA

V%

1- Pouco grave

7

4,7%

2

15

10,1%

3

39

26,2%

4

47

31,5%

5 - Muito Grave

41

27,5%

Base/total

149

100%

*Considera os 149 respondentes da pesquisa; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

62

Gráfico 23 ​- Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Cobrar excessivamente os prazos e as demandas

Fonte: autores da pesquisa (2019)

Perante a situação de cobranças excessivas em relação aos prazos e demandas, os respondentes indicaram que o grau 4 no nível de gravidade é o principal, sendo esse com 31,5%. Após, os níveis 5 e 3 ficam em sequência, com 27,5% e 26,2%, respectivamente (gráfico 23).

63

Tabela 24​ - Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Ignorar a voz da equipe​ (Induzida)* VA

V%

1- Pouco grave

1

0,67%

2

5

3,4%

3

24

16,1%

4

41

27,5%

5 - Muito Grave

78

52,3%

Base/total

149

100%

*Considera os 149 respondentes da pesquisa; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

64

Gráfico 24 ​- Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Ignorar a voz da equipe

Fonte: autores da pesquisa (2019)

Acerca da situação ignorar a voz da equipe, os respondentes demonstraram que o grau 5 no nível de gravidade é o principal com 52,3%. Após, os níveis 4 e 3 ficam em sequência, com 27,5% e 16,1%, respectivamente. O grau 2 ficou com 3,4% e o 1 com 0,67% (gráfico 24).

65

Tabela 25​ - Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Passar por cima de processos básicos​ (Induzida)* VA

V%

1- Pouco grave

2

1,3%

2

12

8,1%

3

31

20,8%

4

49

32,8%

5 - Muito Grave

55

36,9%

Base/total

149

100%

*Considera os 149 respondentes da pesquisa; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

66

25 ​- Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: Passar por cima de processos básicos

Fonte: autores da pesquisa (2019)

Passar por cima de processos básicos teve como maioria de respostas o grau 5 com 36,91% e após, o grau 4 com 32,9%. O grau 3, 2 e 1 tiveram respectivamente 20,8%, 8,1% e 1,3% (gráfico 25).

67

Tabela 26​ - Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Desmoralizar o funcionário perante o cliente​ (Induzida)* VA

V%

1- Pouco grave

2

1,34%

2

1

0,67%

3

3

2,00%

4

10

6,7%

5 - Muito Grave

133

89,3%

Base/total

149

100%

*Considera os 149 respondentes da pesquisa; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

68

Gráfico 26 ​- Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Desmoralizar o funcionário perante o cliente

Fonte: autores da pesquisa (2019)

Desmoralizar o funcionário perante o cliente teve como maior grau o 5, sendo 89,3%, isto é, uma porcentagem expressiva em relação às demais opções. O grau 4, 3, 2 e 1 foram baixos, sendo respectivamente 6,71%, 2,01%, 0,67% e 1,34% (gráfico 26)

69

Tabela 27​ - Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Competir com os colegas​ (Induzida)* VA

V%

1- Pouco grave

5

3,4%

2

17

11,4%

3

43

28,9%

4

45

30,2%

5 - Muito Grave

39

26,2%

Base/total

149

100%

*Considera os 149 respondentes da pesquisa; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

70

Gráfico 27 ​- Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Competir com os colegas

Fonte: autores da pesquisa (2019)

Em relação à questão de ‘competir com os colegas’ os resultados foram mais divididos e as porcentagens parecidas, sendo o grau 4 o maior com 30,2%, seguido do 3 com 28,86% e 5 com 26,1% (gráfico 27).

71

Tabela 28​ - Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Fazer piadas com estereótipos​ (Induzida)* VA

V%

1- Pouco grave

4

2,7%

2

5

3,4%

3

12

8,1%

4

30

20,1%

5 - Muito Grave

98

65,8%

Base/total

149

100%

*Considera os 149 respondentes da pesquisa; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

72

Gráfico 28 ​- Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Fazer piadas com estereótipos

Fonte: autores da pesquisa (2019)

Podemos perceber que 65,8% dos respondentes classificaram ‘fazer piadas com estereótipos’ como nível 5. Posteriormente, a classificação nível 4, com 20,1%, foi a segunda mais indicada.

73

Tabela 29​ - Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação:​ Menosprezar os colegas​ (Induzida)* VA

V%

1- Pouco grave

2

1,3%

2

2

1,34%

3

7

4,7%

4

20

13,4%

5 - Muito Grave

118

79,2%

Base/total

149

100%

*Considera os 149 respondentes da pesquisa; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

74

Gráfico 29 ​- Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação:​ Menosprezar os colegas

Fonte: autores da pesquisa (2019)

A partir do número de indicações no nível de gravidade da situação ‘menosprezar os colegas’, percebemos que 79,2% assinalou grau máximo - aqui abordado como 5. Essa situação foi uma das principais categorizadas com o maior nível de gravidade.

75

Tabela 30​ - Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Sentir medo do desemprego​ (Induzida)* VA

V%

1- Pouco grave

12

8,1%

2

13

8,7%

3

30

20,1%

4

30

20,1%

5 - Muito Grave

64

43,00%

Base/total

149

100%

*Considera os 149 respondentes da pesquisa; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

76

Gráfico 30 ​- Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Sentir medo do desemprego

Fonte: autores da pesquisa (2019)

Os respondentes atribuíram em sua maioria grau 5 na questão ‘sentir medo do desemprego’ sendo 43%. O grau 4 e 3 foi de 20,1%, o 2 de 8,7% e o 1 de 8,1% (gráfico 30).

77

Tabela 31​ - Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Ser conivente com comportamentos abusivos​ (Induzida)* VA

V%

1- Pouco grave

1

0,67%

2

2

1,3%

3

12

8,1%

4

17

11,4%

5 - Muito Grave

117

78,5%

Base/total

149

100%

*Considera os 149 respondentes da pesquisa; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

78

Gráfico 31 ​- Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Ser conivente com comportamentos abusivos

Fonte: autores da pesquisa (2019)

Sobre ‘ser conivente com comportamentos abusivos’ obteve 78,5% das respostas com grau 5, sendo o restante dos graus com percentual bem abaixo: 4 (11,4%), 3 (8,1%), 2 (1,3%) e 1 (0,67%), conforme o gráfico 31.

79

Tabela 32​ - Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Sentir pressão por desempenho​ (Induzida)* VA

V%

1- Pouco grave

9

6,1%

2

17

11,5%

3

38

25,7%

4

30

20,3%

5 - Muito Grave

54

36,5%

Base/total

148

100%

*Considera 148 respondentes, visto que um dos entrevistados não respondeu essa questão; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

80

Gráfico 32 ​- Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Sentir pressão por desempenho

Fonte: autores da pesquisa (2019)

‘Sentir pressão por desempenho’ teve como maior grau o 5 com 36,5% e após, 3 (25,7%), 4 (20,3%), 2 (11,5%) e 1 (6,1%), respectivamente (gráfico 32).

81

17) Nível de gravidade entre questões sociais e o assédio moral Tabela 33​ - Na sua opinião, qual o nível de gravidade entre as questões sociais abaixo e o assédio moral, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Questão social: Machismo​ (Induzida)* VA

V%

1- Pouco grave

2

1,34%

2

0

0,00%

3

6

4,00%

4

17

11,4%

5 - Muito Grave

124

83,2%

Base/total

149

100%

*Considera os 149 respondentes da pesquisa; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

82

Gráfico 33 ​- Na sua opinião, qual o nível de gravidade entre as questões sociais abaixo e o assédio moral, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Questão social: Machismo

Fonte: autores da pesquisa (2019)

Em relação ao machismo, 83,2% dos respondentes assinalaram o grau 5 e o restante dos graus obteve percentual bem inferior, sendo o 4 com 11,4%, o 3 com 4%, o 2 com 0,00% e o 1 com 1,34% (gráfico 33).

83

Tabela 34​ - Na sua opinião, qual o nível de gravidade entre as questões sociais abaixo e o assédio moral, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Questão social: Preconceito​ ​racial ​(Induzida)* VA

V%

1- Pouco grave

2

1,3%

2

1

0,67%

3

2

1,3%

4

5

3,3%

5 - Muito Grave

139

93,3%

Base/total

149

100%

*Considera os 149 respondentes da pesquisa; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

84

Gráfico 34 ​- Na sua opinião, qual o nível de gravidade entre as questões sociais abaixo e o assédio moral, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Questão social: Preconceito racial

Fonte: autores da pesquisa (2019)

Sobre preconceito racial, a maioria dos respondentes assinalou de maneira expressiva o grau 5 93,3% e o restante dos graus obteve percentual bem abaixo: 4 (3,3%), 3 (1,3%), 2 (0,67%) e 1 (1,3%), conforme o gráfico 34.

85

Tabela 35​ - Na sua opinião, qual o nível de gravidade entre as questões sociais abaixo e o assédio moral, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Questão social: Desigualdade de gênero​ (Induzida)* VA

V%

1- Pouco grave

4

2,7%

2

0

0,00%

3

3

2,01%

4

14

9,4%

5 - Muito Grave

128

85,9%

Base/total

149

100%

*Considera os 149 respondentes da pesquisa; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

86

Gráfico 35 ​- Na sua opinião, qual o nível de gravidade entre as questões sociais abaixo e o assédio moral, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Questão social: Desigualdade de gênero

Fonte: autores da pesquisa (2019)

85,9% dos respondentes marcou com grau 5 a questão de desigualdade de gênero. Já o grau 4, 3, 2 e 1 obtiveram 9,4%, 2,01%, 0,00% e 2,7%, respectivamente (gráfico 35).

87

Tabela 36​ - Na sua opinião, qual o nível de gravidade entre as questões sociais abaixo e o assédio moral, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Questão social: Xenofobia ​(Induzida)* VA

V%

1- Pouco grave

3

2,00%

2

2

1,34%

3

4

2,7%

4

10

6,7%

5 - Muito Grave

130

87,2%

Base/total

149

100%

*Considera os 149 respondentes da pesquisa; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

88

Gráfico 36 ​- Na sua opinião, qual o nível de gravidade entre as questões sociais abaixo e o assédio moral, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Questão social: Xenofobia

Fonte: autores da pesquisa (2019)

Sobre xenofobia, 87,2% marcaram o grau 5 e os graus 4, 3, 2 e 1 tiveram respectivamente 6,7%, 2,7%, 1,34% e 2,00% (gráfico 36).

89

Tabela 37​ - Na sua opinião, qual o nível de gravidade entre as questões sociais abaixo e o assédio moral, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Questão social: Padrões de beleza​ (Induzida)* VA

V%

1 - Pouco grave

2

1,34%

2

6

4,00%

3

8

5,4%

4

23

15,4%

5 - Muito Grave

110

73,8%

Base/total

149

100%

*Considera os 149 respondentes da pesquisa; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

90

Gráfico 37 ​- Na sua opinião, qual o nível de gravidade entre as questões sociais abaixo e o assédio moral, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Questão social: Padrões de beleza

Fonte: autores da pesquisa (2019)

Conforme o gráfico 37, os respondentes assinalaram o grau 5 com 73,8% para questão sobre padrões de beleza. O grau 4, 3, 2 e 1 respectivamente obtiveram 15,4%, 5,4%, 4,00% e 1,34%.

91

18) Casos anteriores mais recorrentes (tabela 38) Tabela 38​ - Dos casos anteriores, qual você acredita ser o mais recorrente?

(Induzida)* VA

V%

Machismo

112

76,19%

Preconceito racial

37

25,17%

Desigualdade de gênero

50

34,01%

Xenofobia

2

1,36%

Padrões de beleza

39

26,53%

Base/total

149

100%

*Considera os 149 respondentes da pesquisa; respostas múltiplas.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

92

Gráfico 38 ​- Dos casos anteriores, qual você acredita ser o mais recorrente?

Fonte: autores da pesquisa (2019)

De encontro às respostas da questão anterior, o ‘machismo’ foi classificado como a questão social mais recorrente no âmbito das agências de comunicação de Porto Alegre, obtendo 76,19% das indicações (gráfico 38).

93

19) Desenvolvimento de problemas psicológicos como resultado do assédio moral (tabela 39) Tabela 39​ - ​Você enxerga o desenvolvimento de problemas psicológicos como resultado de assédio moral nas agências? ​ (Induzida)* VA

V%

Sim

122

81,88%

Não

10

6,71%

Não sei responder

17

11,41%

Base/total

149

100%

*Considera os 149 respondentes da pesquisa; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

Gráfico 39 ​- Você enxerga o desenvolvimento de problemas psicológicos como resultado de assédio moral nas agências?

Fonte: autores da pesquisa (2019)

Conforme o gráfico 39 apresenta, 81,88% dos respondentes respondeu sim, isto é, a grande maioria. Os que não sabiam responder foram 11,41% e os que responderam não foram 6,71%.

94

20) Situação de problemas psicológicos como resultado do assédio moral (tabela 40) Tabela 40​ - ​Você conhece alguém que passou por essa situação?​ (Induzida)* VA

V%

Sim

107

76,98%

Não

20

14,39%

Não sei responder

12

8,63%

Base/total

139

100%

*Considera os 139 respondentes que responderam sim e não sei responder na questão 1 do 3º bloco do apêndice E; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

Gráfico 40 ​- Você conhece alguém que passou por essa situação?

Fonte: autores da pesquisa (2019)

A partir da questão anterior e dos cento e quarenta e dois respondentes à alternativa ‘sim’, foi questionado se conheciam alguém que passou por essa situação. Do total de respondentes, 76,98% disseram que sim, 14,39% disseram que não e 8,63% não sabiam responder à questão (gráfico 40).

95

21) Consequências psicológicas (tabela 41) Tabela 41​ - Assinale as consequências psicológicas dessa situação: (Induzida)* VA

V%

Gastrite nervosa

38

27,34%

Desmotivação

58

41,73%

Ansiedade

105

75,54%

Stress

96

69,06%

Melancolia

7

5,04%

Depressão

58

41,73%

Outro

8

5,76%

Base/total

139

*Considera os 139 respondentes que responderam sim e não sei responder na questão questão 1 do 3º bloco do apêndice e; respostas múltiplas.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

96

Gráfico 41 ​- Assinale as consequências psicológicas dessa situação:

Fonte: autores da pesquisa (2019).

Em vista do modelo de pergunta do tipo múltipla escolha, sendo limitadas a 3 opções, obtivemos 307 indicações de alternativas. Dessas, ‘ansiedade’ resultou em 75,54%, seguida por ‘stress’ com 69,06%. (gráfico 41).

97

22) Situação de problemas psicológicos como resultado do assédio moral em si (tabela 42) Tabela 42​ - ​Você já passou por essa situação?​ ​(Induzida)* VA

V%

Sim

81

58,27%

Não

46

33,09%

Não sei responder

12

8,63%

Base/total

139

100%

*Considera os 139 respondentes que responderam sim e não sei responder na questão 1 do 3º bloco do apêndice E; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

Gráfico 42 ​- Você já passou por essa situação?

Fonte: autores da pesquisa (2019)

Ao serem questionados se passaram por situações de assédio que resultaram em transtornos psicológicos, 58,27% dos respondentes indicaram que ‘sim’. 33,09% ‘não’ e 8,63% ‘não sei responder’. O total de respondentes dessa questão foi de 98

cento e trinta e nove, em vista da questão 20 - a partir das respostas ‘sim’ e ‘não sei responder’ (gráfico 42).

23) Consequências psicológicas em si (tabela 43) Tabela 43​ - ​Assinale as consequências psicológicas dessas situações:​ (Induzida)* VA

V%

Gastrite nervosa

28

34,57%

Desmotivação

38

40,91%

Ansiedade

63

77,78%

Stress

62

78,54%

Melancolia

6

2,41%

Depressão

28

34,57%

Outro

1

1,23%

Base/total

139

*Considera os 139 respondentes que responderam sim e não sei responder na questão 1 do 3º bloco do apêndice e; respostas múltiplas.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

99

Gráfico 43 ​- Assinale as consequências psicológicas dessas situações:

Fonte: autores da pesquisa (2019)

Novamente, a questão é do tipo múltipla escolha e obtivemos duzentas e vinte e cinco marcações nas opções fornecidas. Ademais, houve 1 ‘outro’ e indicou “Burnout, crise do pânico, quase abandono da carreira”.

Por fim, podemos analisar que 77,78% dos respondentes assinalaram ‘ansiedade’

como

a

principal

consequência

psicológica

dessas

situações.

Posteriormente, 76,54% marcaram ‘stress’ e ‘desmotivação’ com 46,91% (gráfico 43).

100

24) Relação entre auto exploração e assédio moral nas agências (tabela 44) Tabela 44​ - A partir do entendimento de assédio moral apresentado e da perspectiva de Han (2017) sobre auto exploração: “O explorador é ao mesmo tempo o explorado. Agressor e vítima não podem mais ser distinguidos” (HAN, 2017, p. 29), você identifica alguma relação entre assédio moral e auto exploração nas agências?

(Induzida)* VA

V%

Sim

98

65,77%

Não

27

18,12%

Não sei responder

24

16,11%

Base/total

149

100%

*Considera os 149 respondentes da pesquisa; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

Gráfico 44 ​- A partir do entendimento de assédio moral apresentado e da perspectiva de Han (2017) sobre auto exploração: “O explorador é ao mesmo tempo o explorado. Agressor e vítima não podem mais ser distinguidos” (HAN, 2017, p. 29), você identifica alguma relação entre assédio moral e auto exploração nas agências?

Fonte: autores da pesquisa (2019)

101

A questão 24 questionava acerca da associação entre assédio moral e autoexploração, todos os respondentes iniciais responderam à pergunta. Dentre esses, 65,77% marcaram que ‘sim’, 18,12% que ‘não’ e 16,11% ‘não sei responder’ (gráfico 44). Com base nessas respostas, apenas os respondentes ‘sim’ e ‘não sei responder’ seguiram o questionário. Os demais foram concluídos nessa questão.

Concluímos que a maioria enxerga associação entre assédio e auto exploração nas agências.

25) Grau de relação entre auto exploração e assédio moral nas agências (tabela 45) Tabela 45​ - Qual o grau de relação que você enxerga entre assédio moral e auto exploração nas agências? Sendo 1 - Pouca relação e 5 - Muita relação (Induzida)* VA

V%

1 - Pouca relação

3

2,46%

2

3

2,46%

3

36

29,51%

4

39

31,97%

5 - Muita relação

41

33,61%

Base/total

122

100%

*Considera os 122 respondentes que responderam sim e não sei responder na questão 6 do 3º bloco do apêndice E; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

102

Gráfico 45 ​- Qual o grau de relação que você enxerga entre assédio moral e auto exploração nas agências? Sendo 1 - Pouca relação e 5 - Muita relação

Fonte: autores da pesquisa (2019)

De acordo com os respondentes, 33,61% indica que há o grau 5 de relação em uma escala de 1 a 5. O segundo maior percentual assinalado na questão foi de 31,97% para o grau 4. (gráfico 45). A partir dessas marcações, podemos concluir que os respondentes veem muita relação entre as duas temáticas.

103

26) Resultados do assédio moral em si mesmo (tabela 46) Tabela 46​ - Classifique os itens abaixo (sendo 1 - pouca relação e 5 - muita relação) conforme os resultados percebidos do assédio moral em você mesmo, a partir das suas experiências em agências de comunicação de Porto Alegre (Induzida)* MÉDIA Auto exploração

3,57

Auto cobrança

3,92

Auto sabotagem

3,09

Auto flagelo

2,60

Auto desvalorização

3,37

Base/total

122

*Considera os 122 respondentes que responderam sim e não sei responder na questão 6 do 3º bloco do apêndice E; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

104

Gráfico 46 ​- Classifique os itens abaixo (sendo 1 - pouca relação e 5 - muita relação) conforme os resultados percebidos do assédio moral em você mesmo, a partir das suas experiências em agências de comunicação de Porto Alegre | Auto exploração

Fonte: autores da pesquisa (2019)

Percebemos que o grau 5, o maior nível de relação entre os resultados percebidos do assédio moral nos respondentes, com base nas experiências pessoais em agências de comunicação de Porto Alegre, recebeu o maior número percentual de marcações (gráfico 46). A principal foi ‘auto cobrança’, seguida por ‘auto exploração’, ‘auto desvalorização’, ‘auto sabotagem’ e, por fim, ‘auto flagelo’.

Na segunda etapa da análise, cruzamos a questão 3 - Com qual gênero você se identifica? com as demais, para entender as percepções (próximas ou contrárias) de homens e mulheres. Durante o trajeto da nossa pesquisa, desde a etapa de desk 105

research até a de pesquisa qualitativa, notamos o predomínio do assédio moral envolvendo mulheres em agências de comunicação. Por isso, também optamos por analisar as questões com base no gênero dos respondentes. As tabelas e gráficos desse cruzamento podem ser visualizados a seguir.

1) Trabalho em agências de Porto Alegre (tabela 47) Tabela 47​ - Você trabalha/trabalhou em uma agência de Porto Alegre? (Induzida)* MULHER

HOMEM

OUTRO

VA

V%

VA

V%

VA

V%

Sim

100

67,1%

48

32,2%

1

0,7%

Não

0

0,00%

0

0,00%

0

0,00%

Base/total

100

100%

48

100%

1

100%

*Considera os 149 respondentes da pesquisa; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

106

Gráfico 47 ​- Você trabalha/trabalhou em uma agência de Porto Alegre?

Fonte: autores da pesquisa (2019)

Conforme o gráfico 47, dos 149 respondentes da pesquisa, 67,1% das mulheres trabalham/trabalharam em agências de comunicação, da mesma forma, 32,2% de homens e 0,7% outro.

107

2) Faixa etária (tabela 48) Tabela 48​ - Em qual faixa etária você se encontra? (Induzida)* MULHER

HOMEM

OUTRO

VA

V%

VA

V%

VA

V%

17 - 21

26

26%

5

10,42%

0

0,00%

22 - 26

39

39%

18

37,5%

0

0,00%

27 - 31

13

13%

9

18,75%

0

0,00%

32 - 35

7

7%

7

14,58%

1

100%

36 anos ou

15

15%

9

18,75%

0

0,00%

100

100%

48

100%

1

100%

mais Base/total

*Considera os 149 respondentes da pesquisa, sendo 100 mulheres, 48 homens e um outro; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

108

Gráfico 48 ​- Em qual faixa etária você se encontra?

Fonte: autores da pesquisa (2019)

De acordo com o gráfico 48, 26% das mulheres possuem entre 17 - 21 anos, 39% entre 22 - 26 anos, 13% entre 27 - 31 anos, 7% entre 32 - 35 anos e 15% com 36 anos ou mais. Já entre os homens, 10,42% possuem entre 17 - 21 anos, 37,5% entre 22 - 26 anos, 18,75% entre 27 - 31 anos, 14,58% entre 32 - 35 anos e 18,75 % com 36 anos ou mais. O outro possui 100% entre 32 - 35 anos. Dessa forma, constatamos que o maior percentual de mulheres e homens está entre 22 - 26 anos.

109

3) Relação de trabalho (tabela 49) Tabela 49​ - Na sua experiência mais recente em uma agência de Porto Alegre, em qual relação de trabalho você atuava/atua? (Induzida)* MULHER

HOMEM

OUTRO

VA

V%

VA

V%

VA

V%

6

6%

3

6,25%

0

0,00%

Estagiário

34

34%

8

16,67%

0

0,00%

Funcionário

53

53%

21

43,75%

1

100%

Líder/gestor

11

11%

16

33,33%

0

0,00%

0

0,00%

2

4,17%

0

0,00%

Terceirizad o (ex.: freelancer, jobs etc.)

(também chamado de diretor) Outro Base/total

100

48

1

*Considera os 149 respondentes da pesquisa, sendo 100 mulheres, 48 homens e um outro; respostas múltiplas.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

110

Gráfico 49 ​- Na sua experiência mais recente em uma agência de Porto Alegre, em qual relação de trabalho você atuava/atua?

Fonte: autores da pesquisa (2019)

O gráfico 49 aponta que 34% estagiários, 53% funcionários, 11% líderes/gestores, 6% são terceirizados e 0,00% outro entre as mulheres. E 43,73% funcionários, 33,33% líderes/gestores, 16,67% estagiários, 6,25% são terceirizados e 4,16% outro entre homens. Já o outro, obteve 100% em funcionário. Assim, percebemos que entre homens e mulheres, o maior percentual é de funcionário das agências.

111

4) Área de atuação (tabela 50)

Tabela 50​ - Na sua experiência mais recente em uma agência de Porto Alegre,a qual área de atuação você pertencia/pertence? (Induzida)* MULHER

HOMEM

OUTRO

VA

V%

VA

V%

VA

V%

43

43%

13

27,08%

1

100%

Mídia

13

13%

8

16,67%

0

0,00%

Criação

23

23%

18

37,5%

0

0,00%

Planejamen

14

14%

12

25%

0

0,00%

Conteúdo

17

17%

17

35,42%

0

0,00%

Administrati

2

2%

8

16,67%

0

0,00%

Pesquisa

5

5%

2

4,17%

0

0,00%

Outro

11

11%

5

10,42%

0

0,00%

Atendiment o

to

vo/financeir o

Base/total

100

48

1

*Considera os 149 respondentes da pesquisa, sendo 100 mulheres, 48 homens e um outro; respostas múltiplas.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

112

Gráfico 50 ​- Na sua experiência mais recente em uma agência de Porto Alegre,a qual área de atuação você pertencia/pertence?

Fonte: autores da pesquisa (2019)

Conforme demonstra o gráfico 50, 43% das mulheres atuam/atuavam como atendimento, 23% como criação, 17% como conteúdo, 14% como planejamento, 13% como mídia, 5% como pesquisa e 2% como administrativo/financeiro. Já 37,5% dos homens atuam/atuavam como criação, 35,42% como conteúdo, 27,08% como atendimento, 25% como planejamento, 16,67% como mídia, 16,67% como 113

administrativo/financeiro e 4,17% como pesquisa. 100% outro atuam/atuavam como atendimento.

O outro marcado por mulheres correspondeu as categorias de produção, eventos, desenvolvimento, projetos, assessoria de imprensa, comercial, digital e altos cargos. Enquanto que os homens marcaram desenvolvimento, comercial e altos cargos. Logo, o maior percentual das mulheres atuam/atuavam como atendimento e o dos homens como criação.

5) Relato assédio moral no ambiente de trabalho das agências (tabela 51)

Tabela 51​ - Segundo Hirigoyen (2002), o assédio se caracteriza por um sofrimento invisível e está ligado a qualquer conduta abusiva, seja em forma de comportamentos, atos, palavras, gestos e/ou escritos que podem gerar danos à personalidade, dignidade, integridade física e/ou psíquica. A partir disso, você já ouviu algum relato sobre assédio moral no ambiente de trabalho das agências?

(Induzida)*

MULHER

HOMEM

OUTRO

VA

V%

VA

V%

VA

V%

Sim

92

92%

35

72,92%

0

0,00%

Não

5

5%

9

18,75%

1

100%

Não sei

3

3%

4

8,33%

0

0,00%

100

100%

48

100%

1

100%

responder Base/total

**Considera os 149 respondentes da pesquisa, sendo 100 mulheres, 48 homens e um outro; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

114

Gráfico 51 ​- Segundo Hirigoyen (2002), o assédio se caracteriza por um sofrimento invisível e está ligado a qualquer conduta abusiva, seja em forma de comportamentos, atos, palavras, gestos e/ou escritos que podem gerar danos à personalidade, dignidade, integridade física e/ou psíquica. A partir disso, você já ouviu algum relato sobre assédio moral no ambiente de trabalho das agências?

Fonte: autores da pesquisa (2019)

O gráfico 51 evidencia que 92% das mulheres já ouviram relatos sobre assédio moral, 5% não ouviram relatos e 3% não sabiam responder. Já 72,92% dos homens já ouviram relatos sobre assédio moral, 18,75% não ouviram e 8,33% não sabiam responder. E 100% outro não ouviu relatos. Percebemos que a grande maioria de mulheres já ouviu relatos sobre assédio e a maioria de homens já ouviram relatos.

115

6) Presenciou assédio moral no ambiente de trabalho das agências (tabela 52)

Tabela 52​ - Você já presenciou assédio moral no ambiente de trabalho das agências? (Induzida)* MULHER

HOMEM

OUTRO

VA

V%

VA

V%

VA

V%

Sim

74

74%

31

64,58%

0

0,00%

Não

20

20%

16

33,33%

1

100%

Não sei

6

6%

1

2,08%

0

0,00%

100

100%

48

100%

1

100%

responder Base/total

*Considera os 149 respondentes da pesquisa, sendo 100 mulheres, 48 homens e um outro; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

116

Gráfico 52 ​- Você já presenciou assédio moral no ambiente de trabalho das agências?

Fonte: autores da pesquisa (2019)

O gráfico 52 demonstra que 74% das mulheres já presenciaram assédio moral nas agências, 20% não presenciaram e 6% não sabiam responder. Por outro lado, 64,58% dos homens já presenciaram assédio moral nas agências 33,33% não presenciaram e 2,08% não sabiam responder. Já 100% outro não presenciou assédio moral. É evidente que a maioria já presenciou assédio moral, especialmente mulheres.

117

7) Sofreu assédio moral no ambiente de trabalho das agências (tabela 53) Tabela 53​ - ​Você já sofreu assédio moral no ambiente de trabalho das agências?

(Induzida)* MULHER

HOMEM

OUTRO

VA

V%

VA

V%

VA

V%

Sim

60

60%

16

33,33%

0

0,00%

Não

35

35%

30

62,5%

1

100%

Não sei

5

5%

2

4,17%

0

0,00%

100

100%

48

100%

1

100%

responder Base/total

*Considera os 149 respondentes da pesquisa, sendo 100 mulheres, 48 homens e um outro; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

118

Gráfico 53 ​- Você já sofreu assédio moral no ambiente de trabalho das agências?

Fonte: autores da pesquisa (2019)

Conforme o gráfico 53, 60% das mulheres já sofreram assédio moral em agências, enquanto 35% não sofreram e 5% não sabiam responder. Já 62,5% dos homens não sofreram assédio moral em agências, 33,33% dos homens já sofreram e 4,17% não sabiam responder. E 100% não sofreu. A maioria de mulheres já havia sofrido assédio moral, ao contrário dos homens, pois a maioria respondeu que não havia sofrido.

119

8) Códigos de ética e conduta nas agências (tabela 54) Tabela 54​ - ​As agências que você trabalhou ou trabalha possuem códigos de ética e conduta?​ (Induzida)* MULHER

HOMEM

OUTRO

VA

V%

VA

V%

VA

V%

Sim

25

25%

20

41,67%

0

0,00%

Não

46

46%

21

43,75%

1

100%

Não sei

29

29%

7

14,58%

0

0,00%

100

100%

48

100%

1

100%

responder Base/total

*Considera os 149 respondentes da pesquisa, sendo 100 mulheres, 48 homens e um outro; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

120

Gráfico 54 ​- As agências que você trabalhou ou trabalha possuem códigos de ética e conduta?

Fonte: autores da pesquisa (2019)

Sobre códigos de ética e conduta, 46% das mulheres disseram não haver códigos de ética e conduta, 29% disseram haver e 25% não sabiam responder.

43,75% dos homens disseram não haver códigos de ética e conduta, 41,67% dos evidenciaram que existiam esses instrumentos nas agências e 14,58% não sabiam responder. 100% do outro disse não haver códigos de ética e conduta. Percebemos que nem metade de homens e mulheres trabalharam/trabalham em agências que possuem/possuíam códigos de ética e conduta.

121

9) Acessibilidade dos códigos de ética e conduta nas agências (tabela 55) Tabela 55​ - ​Esse código de ética e conduta é acessível?​ (Induzida)* MULHER VA

HOMEM

V%

VA

V%

48%

14

70%

7

28%

6

30%

6

24%

0

0,00%

25

100%

20

100%

Sim, é de fácil 12 acesso a todos Não, apenas falam sobre a existência de um código Não busquei saber sobre Base/total

*Considera os 45 respondentes que responderam sim e não sei responder na questão anterior, sendo 25 mulheres e 20 homens; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

122

Gráfico 55 ​- Esse código de ética e conduta é acessível?

Fonte: autores da pesquisa (2019)

Sobre a acessibilidade dos códigos de ética e conduta, 48% das mulheres disseram que eram acessíveis para todos, 28% relataram que não eram acessíveis, apenas comentavam sobre a existência de um código e 24% não buscou saber sobre. Por outro lado, 70% dos homens disseram que eram acessíveis para todos, 30% relataram que não eram acessíveis, apenas comentavam sobre a existência.

Notamos a predominância de códigos acessíveis entre homens e mulheres.

123

10) Canais de denúncia para assédio moral nas agências (tabela 55) Tabela 55​ - ​Há canais de denúncia para relatar casos de assédio moral na agência em que trabalha/trabalhou?​ (Induzida)* MULHER

HOMEM

OUTRO

VA

V%

VA

V%

VA

V%

Sim

13

13%

11

22,92%

1

100%

Não

77

77%

30

62,5%

0

0,00%

Não sei

10

10%

7

14,58%

0

0,00%

100

100%

48

100%

1

100%

responder Base/total

*Considera os 149 respondentes da pesquisa, sendo 100 mulheres, 48 homens e um outro; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

124

Gráfico 55 ​- Há canais de denúncia para relatar casos de assédio moral na agência em que trabalha/trabalhou?

Fonte: autores da pesquisa (2019)

A pergunta sobre a existência de canais de denúncia para relatar casos de assédio moral nas agências mostrou que 77% das mulheres trabalham/trabalharam em locais que não havia tais canais e 13% em locais que havia. Já 62,5% dos homens assinalaram que não existiam canais de denúncia e 22,92% que existiam tais canais. Fica evidente que a maioria trabalha/trabalhou em agências que não possuam canais de denúncia.

125

11) Existência dos canais (tabela 56) Tabela 56​ - ​Como soube que existia esse canal?​ (Induzida)* MULHER

HOMEM

OUTRO

VA

V%

VA

V%

VA

V%

2

15,38%

2

18,18%

0

0,00%

7

53,85%

9

81,82%

1

100%

Por colegas

3

23,08%

0

0,00%

0

0,00%

Descobri

0

0,00%

0

0,00%

0

0,00%

Outro

1

7,69%

0

0,00%

0

0,00%

Base/total

13

100%

11

100%

1

100%

Por campanhas da agência Por líderes/gest ores

sozinho

*Considera os 25 respondentes que responderam sim e não sei responder na questão anterior, sendo 13 mulheres, 11 homens e um outro; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

126

Gráfico 56 ​- Como soube que existia esse canal?

Fonte: autores da pesquisa (2019)

Para os respondentes que assinalaram a existência de canais de denúncia nas agências, 53,85% das mulheres ficaram sabendo por líderes/gestores, 23,07% das mulheres por colegas e 15,38% por campanhas da própria agência. Já 81,82% dos homens ficaram sabendo por líderes/gestores e 18,18% por canais campanhas da própria agência (gráfico 56). Logo, homens que trabalham/trabalharam em agências, bem como mulheres ficaram sabendo da existência de canais de denúncia de assédio moral por meio de líderes/gestores.

127

12) Canais de denúncia anônimos (tabela 57) Tabela 57​ - ​Esses canais de denúncia são anônimos?​ (Induzida)* MULHER

HOMEM

OUTRO

VA

V%

VA

V%

VA

V%

4

30,77%

6

54,55%

1

100%

Não

5

38,46%

3

27,27%

0

0,00%

Não sei

4

30,77%

2

18,18%

0

0,00%

13

100%

11

100%

1

100%

Sim, são totalmente anônimos

responder Base/total

*Considera os 25 respondentes que responderam sim e não sei responder na questão 8 do segundo bloco do apêndice E, sendo 13 mulheres, 11 homens e um outro; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

128

Gráfico 57 ​- Esses canais de denúncia são anônimos?

Fonte: autores da pesquisa (2019)

O gráfico 57 demonstra os resultados da questão sobre o anonimato dos canais de denúncia, sendo que 38,46% das mulheres marcaram que os canais não são anônimos, 30,76% assinalaram que os canais são totalmente anônimos e 30,76% não sabiam responder. Já 54,54% dos homens assinalaram que os canais são totalmente anônimos, 27,27% marcaram que os canais não são anônimos e 18,18% não sabiam responder. Enquanto 100% outro assinalou que os canais são totalmente anônimos. Portanto, o maior percentual de mulheres demonstrou que os canais não eram anônimos e o maior percentual homens demonstrou que os canais em sua maioria eram anônimos.

129

13) Iniciativas que tratam sobre assédio moral (tabela 58) Tabela 58​ - ​Nas agências que você trabalhou, houve iniciativas (campanhas, ações, debates, comitês, entre outros) que trataram sobre o tema do assédio?​ (Induzida)* MULHER

HOMEM

OUTRO

VA

V%

VA

V%

VA

V%

Sim

7

7%

7

14,58%

1

100%

Não

91

91%

39

81,25%

0

0,00%

Não sei

2

2%

2

4,16%

0

0,00%

100

100%

48

100%

1

100%

responder Base/total

*Considera os 149 respondentes da pesquisa, sendo 100 mulheres, 48 homens e um outro; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

130

Gráfico 58 ​- Nas agências que você trabalhou, houve iniciativas (campanhas, ações, debates, comitês, entre outros) que trataram sobre o tema do assédio?

Fonte: autores da pesquisa (2019)

No gráfico 58, 91% das mulheres disseram não haver iniciativas sobre o assédio moral nas agências, 7% relataram haver iniciativas e 2% não sabiam responder. Enquanto isso, 81,25% dos homens disseram não haver iniciativas, 14,58% relataram haver iniciativas e 4,16% não sabiam responder. Já 100% outro relatou haver iniciativas. Ressaltamos a expressividade da resposta ‘não’ entre homens e mulheres, isto é, a inexistência de iniciativas sobre a temática do assédio moral em sua maioria.

131

14) Conte mais sobre as iniciativas das agências em relação ao tema do assédio (tabela 59)

Tabela 59​ - Conte mais sobre essas iniciativas* Classificação

Iniciativa de

MULHER

HOMEM

VA

V%

VA

V%

2

18,81%

3

37,5%

4

36,36%

4

50%

5

45,45%

1

12,5%

11

100%

8

100%

cunho social Ação relacionada à agência Abstenção Base/total

*Considera os 19 respondentes que responderam sim e não sei responder na questão anterior, sendo 11 mulheres e 8 homens; resposta aberta.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

Para homens e mulheres, o maior percentual de iniciativas correspondeu a ‘ação relacionada à agência’, sendo 36,36% e 50% respectivamente.

132

15) Nível de gravidade das questões que envolvem atividades e equipes de agência Tabela 60​ - ​Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Cobrar e responsabilizar demais um membro da equipe​ ​ (Induzida)* MULHER

HOMEM

OUTRO

VA

V%

VA

V%

VA

V%

2

2%

4

8,33%

0

0,00%

2

7

7%

10

20,83%

1

100%

3

30

30%

12

25%

0

0,00%

4

27

27%

15

31,25%

0

0,00%

5 - Muito

34

34%

7

14,58%

0

0,00%

100

100%

48

100%

1

100%

1 - Pouco grave

grave Base/total

*Considera os 149 respondentes da pesquisa, sendo 100 mulheres, 48 homens e um outro; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

133

Gráfico 60 ​-Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Cobrar e responsabilizar demais um membro da equipe

Fonte: autores da pesquisa (2019)

Como podemos observar, considerando que 100 mulheres responderam a questão 16 e 48 homens foram respondentes desse questionamento, os indivíduos femininos indicaram graus crescentes do nível de gravidade da situação ‘cobrar e responsabilizar demais um membro da equipe’, sendo que o grau 5 obteve o maior percentual (34%). Em contrapartida, os respondentes do gênero masculino classificaram essas ocorrências como grau 4 (31,25%), mantendo uma linearidade em suas respostas (gráfico 60).

134

Tabela 61​ - ​Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Levar trabalhos da agência para casa​ ​(Induzida)* MULHER

HOMEM

OUTRO

VA

V%

VA

V%

VA

V%

4

4%

4

8,33%

0

0,00%

2

8

8%

11

22,92%

1

100%

3

14

14%

10

20,83%

0

0,00%

4

30

30%

12

25%

0

0,00%

5 - Muito

44

44%

11

22,92%

0

0,00%

100

100%

48

100%

1

100%

1 - Pouco grave

grave Base/total

*Considera os 149 respondentes da pesquisa, sendo 100 mulheres, 48 homens e um outro; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

135

Gráfico 61 ​- Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Levar trabalhos da agência para casa

Fonte: autores da pesquisa (2019)

Em relação a questão de ‘levar trabalhos da agência para casa’ e considerando que 100 mulheres e 48 homens responderam essa questão, o gráfico 61 demonstra os indivíduos femininos indicaram graus crescentes do nível de gravidade, sendo mais assinalado o grau 5 com 44%. Em contrapartida, os respondentes do gênero masculino classificaram essas ocorrências como grau 4 (25%) e manteram uma linearidade em suas respostas.

136

Tabela 62​ - ​Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Permanecer na agência além do horário comercial de trabalho (Induzida)* MULHER

HOMEM

OUTRO

VA

V%

VA

V%

VA

V%

4

4%

4

8,33%

0

0,00%

2

11

11%

11

22,90%

0

0,00%

3

18

18%

17

35,42%

1

100%

4

28

28%

8

16,67%

0

0,00%

5 - Muito

39

39%

8

16,67%

0

0,00%

100

100%

48

100%

1

100%

1 - Pouco grave

grave Base/total

*Considera os 149 respondentes da pesquisa, sendo 100 mulheres, 48 homens e um outro; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

137

Gráfico 62 ​- Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Permanecer na agência além do horário comercial de trabalho

Fonte: autores da pesquisa (2019)

Considerando que 100 mulheres e 48 homens foram respondentes desse questionamento, os indivíduos femininos demonstraram graus crescentes do nível de gravidade da situação ‘permanecer na agência além do horário comercial de trabalho’, sendo o grau 5 como mais assinalado (39%). Já os respondentes do gênero masculino classificaram essas ocorrências em geral como grau 3 (35,42%), sendo o segundo maior o grau 2 (22,90%).

138

Tabela 63​ - ​Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Trabalhar mais de 8 horas sem folha ponto​ ​ (Induzida)* MULHER

HOMEM

OUTRO

VA

V%

VA

V%

VA

V%

2

2%

0

0,00%

0

0,00%

2

2

2%

5

10%

1

100%

3

8

8%

4

8%

0

0,00%

4

12

12%

13

27%

0

0,00%

5 - Muito

76

76%

26

54%

0

0,00%

100

100%

48

100%

1

100%

1 - Pouco grave

grave Base/total

*Considera os 149 respondentes da pesquisa, sendo 100 mulheres, 48 homens e um outro; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

139

Gráfico 63 ​- Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Trabalhar mais de 8 horas sem folha ponto

Fonte: autores da pesquisa (2019)

‘Trabalhar mais de 8 oito horas sem folha ponto’ foi considerada pelas 100 mulheres que responderam como grau 5 (76%) e para os 48 homens que responderam também foi assinalado como grau 5 (54%), segundo gráfico 63.

140

Tabela 64​ - ​Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Gerir contas grandes sozinho(a)​ ​(Induzida)* MULHER

HOMEM

OUTRO

VA

V%

VA

V%

VA

V%

3

3%

8

16,67%

1

100%

2

20

20%

7

14,58%

0

0,00%

3

22

22%

13

27,08%

0

0,00%

4

31

31%

7

14,58%

0

0,00%

5 - Muito

24

24%

13

27,08%

0

0,00%

100

100%

48

100%

1

100%

1 - Pouco grave

grave Base/total

*Considera os 149 respondentes da pesquisa, sendo 100 mulheres, 48 homens e um outro; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

141

Gráfico 64 ​- Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Gerir contas grandes sozinho(a)

Fonte: autores da pesquisa (2019)

Gerir contas grandes sozinho(a) obteve respostas mais lineares, sendo que a maioria das 100 mulheres que responderam marcaram grau 4 (31%) e a maioria dos 48 homens que responderam assinalaram como grau 5 e 3 (27,08%), de acordo com o gráfico 64. Assim, os respondentes não consideram essa questão como muito grave.

142

Tabela 65​ - ​Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Cobrar-se demais por coisas que não cabiam ao meu escopo de trabalho​ (Induzida)* MULHER

HOMEM

OUTRO

VA

V%

VA

V%

VA

V%

3

3%

2

4,17%

1

100%

2

2

2%

8

16,67%

0

0,00%

3

17

17%

13

27,08%

0

0,00%

4

29

29%

12

25,00%

0

0,00%

5 - Muito

49

49%

13

27,08%

0

0,00%

100

100%

48

100%

1

100%

1 - Pouco grave

grave Base/total

*Considera os 149 respondentes da pesquisa, sendo 100 mulheres, 48 homens e um outro; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

143

Gráfico 65 ​- Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Cobrar-se demais por coisas que não cabiam ao meu escopo de trabalho

Fonte: autores da pesquisa (2019)

Ao questionarmos as 100 mulheres e os 48 homens sobre ‘cobrar-se demais por coisas que não cabiam ao meu escopo de trabalho’, os respondentes do sexo feminino marcaram em geral como grau 5 (49%). Porém, os respondentes do sexo masculino tiveram respostas mais lineares, sendo os maiores percentuais com grau 3 e 5 (27,08%), conforme o gráfico 55.

144

Tabela 66​ - ​Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Ter conhecimento de casos de assédio e não tomar nenhuma atitude (Induzida)* MULHER

HOMEM

OUTRO

VA

V%

VA

V%

VA

V%

0

0,00%

0

0,00%

0

0,00%

2

1

1%

1

2,00%

1

100%

3

5

5%

4

8,00%

0

0,00%

4

18

18%

8

17%

0

0,00%

5 - Muito

76

76%

35

73%

0

0,00%

100

100%

48

100%

1

100%

1 - Pouco grave

grave Base/total

*Considera os 149 respondentes da pesquisa, sendo 100 mulheres, 48 homens e um outro; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

145

Gráfico 66 ​- Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Ter conhecimento de casos de assédio e não tomar nenhuma atitude

Fonte: autores da pesquisa (2019)

Para as 100 mulheres e os 48 homens que responderam a questão, o grau 5 foi o mais assinalado ao questionarmos sobre ‘ter conhecimento de casos de assédio e não tomar atitude nenhuma’. Os respondentes em sua maioria atribuíram alta gravidade, sendo 76% das mulheres e 73% dos homens (gráfico 66).

146

Tabela 67​ - ​Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Cobrar excessivamente os prazos e as demandas​ ​(Induzida)* MULHER

HOMEM

OUTRO

VA

V%

VA

V%

VA

V%

2

2%

4

8,33%

1

100%

2

5

5%

10

20,83%

0

0,00%

3

25

25%

14

29,17%

0

0,00%

4

36

36%

11

22,92%

0

0,00%

5 - Muito

32

32%

9

18,75%

0

0,00%

100

100%

48

100%

1

100%

1 - Pouco grave

grave Base/total

*Considera os 149 respondentes da pesquisa, sendo 100 mulheres, 48 homens e um outro; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

147

Gráfico 67 ​- Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Cobrar excessivamente os prazos e as demandas

Fonte: autores da pesquisa (2019)

‘Cobrar excessivamente os prazos e as demandas’, de acordo com o gráfico 67, foi assinalado com grau 4 pelas 100 mulheres (36%) e grau 3 pelos 48 homens (29,17%). Nessa questão, as atribuições de gravidade foram mais baixas tanto por homens, como por mulheres.

148

Tabela 68​ - ​Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Ignorar a voz da equipe ​(Induzida)* MULHER

HOMEM

OUTRO

VA

V%

VA

V%

VA

V%

0

0,00%

0

0,00%

1

100%

2

2

2%

3

6,00%

0

0,00%

3

15

15%

9

19,00%

0

0,00%

4

27

27%

14

29,00%

0

0,00%

5 - Muito

56

56%

22

46%

0

0,00%

100

100%

48

100%

1

100%

1 - Pouco grave

grave Base/total

*Considera os 149 respondentes da pesquisa, sendo 100 mulheres, 48 homens e um outro; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

149

Gráfico 68 ​- Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Ignorar a voz da equipe

Fonte: autores da pesquisa (2019)

‘Ignorar a voz da equipe’ teve como maiores percentuais as respostas de grau 5, sendo que as 100 mulheres corresponderam com 56% e os 48 homens com 46,00% (gráfico 68).

150

Tabela 69​ - ​Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Passar por cima de processos básicos​ ​(Induzida)* MULHER

HOMEM

OUTRO

VA

V%

VA

V%

VA

V%

0

0,00%

2

4,17%

0

0,00%

2

6

6%

5

10,42%

1

100%

3

18

18%

13

27,08%

0

0,00%

4

35

35%

14

29,17%

0

0,00%

5 - Muito

41

41%

14

29,17%

0

0,00%

100

100%

48

100%

1

100%

1 - Pouco grave

grave Base/total

*Considera os 149 respondentes da pesquisa, sendo 100 mulheres, 48 homens e um outro; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

151

Gráfico 69 ​- Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Passar por cima de processos básicos

Fonte: autores da pesquisa (2019)

‘Passar por cima de processos básicos’ foi considerada pelo do sexo feminino como grau 5 (41%), sendo que foram 100 respondentes. Já pelo sexo masculino, a os graus 5 e 4 foram mais assinalados da mesma forma (29,17%), sendo que foram 48 respondentes (gráfico 69).

152

Tabela 70​ - ​Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Desmoralizar o funcionário perante o cliente​ ​(Induzida)* MULHER

HOMEM

OUTRO

VA

V%

VA

V%

VA

V%

1

1%

1

2,08%

0

0,00%

2

0

0,00%

0

10,42%

1

100%

3

1

1%

2

4,17%

0

0,00%

4

6

6%

4

8,33%

0

0,00%

5 - Muito

92

92%

41

85,42%

0

0,00%

100

100%

48

100%

1

100%

1 - Pouco grave

grave Base/total

*Considera os 149 respondentes da pesquisa, sendo 100 mulheres, 48 homens e um outro; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

153

Gráfico 70 ​- Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Desmoralizar o funcionário perante o cliente

Fonte: autores da pesquisa (2019)

O gráfico 70 evidencia que as 100 mulheres e os 48 homens atribuíram em sua grande maioria grau 5 para a questão ‘desmoralizar o funcionário perante o cliente’. A porcentagem dessa questão foi bastante alta, sendo 92% entre mulheres e 85,42% entre homens.

154

Tabela 71​ - ​Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Competir com os colegas​ ​(Induzida)* MULHER

HOMEM

OUTRO

VA

V%

VA

V%

VA

V%

2

2%

2

4,17%

1

100%

2

9

9%

8

16,67%

0

0,00%

3

26

26%

17

35,42%

0

0,00%

4

31

31%

14

29,17%

0

0,00%

5 - Muito

32

32%

7

14,58%

0

0,00%

100

100%

48

100%

1

100%

1 - Pouco grave

grave Base/total

*Considera os 149 respondentes da pesquisa, sendo 100 mulheres, 48 homens e um outro; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

155

Gráfico 71 ​- Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Competir com os colegas

Fonte: autores da pesquisa (2019)

‘Competir com os colegas’ obteve o maior percentual na opção de grau 5 entre as mulheres (32%) e grau 3 entre os homens (35,42%), segundo o gráfico 71.

Nessa questão, a distribuição das respostas entre os graus foi mais linear.

Tabela 72​ - ​Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Fazer piadas com estereótipos​ ​(Induzida)* MULHER

1 - Pouco

HOMEM

OUTRO

VA

V%

VA

V%

VA

V%

1

1%

2

4,17%

1

100%

grave

156

2

3

3%

2

4,17%

0

0,00%

3

4

4%

8

16,67%

0

0,00%

4

16

16%

14

29,17%

0

0,00%

5 - Muito

76

76%

22

45,83%

0

0,00%

100

100%

48

100%

1

100%

grave Base/total

*Considera os 149 respondentes da pesquisa, sendo 100 mulheres, 48 homens e um outro; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

Gráfico 72 ​- Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Fazer piadas com estereótipos

Fonte: autores da pesquisa (2019)

157

Para 76% das 100 mulheres que responderam a questão ‘fazer piadas com estereótipos’, essa situação possui grau 5. E para 45,83% dos 48 homens, essa situação apresenta grau 5 também (gráfico 72).

Tabela 73​ - ​Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Menosprezar os colegas​ ​(Induzida)* MULHER

HOMEM

OUTRO

VA

V%

VA

V%

VA

V%

1

1%

0

0,00%

1

100%

2

0

0,00%

2

4%

0

0,00%

3

5

5%

2

4%

0

0,00%

4

11

11%

9

19%

0

0,00%

5 - Muito

83

83%

35

73%

0

0,00%

100

100%

48

100%

1

100%

1 - Pouco grave

grave Base/total

*Considera os 149 respondentes da pesquisa, sendo 100 mulheres, 48 homens e um outro; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

158

Gráfico 73 ​- Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Menosprezar os colegas

Fonte: autores da pesquisa (2019)

‘Menosprezar os colegas’, por sua vez, obteve maioria das respostas com grau 5, tanto entre as 100 mulheres (83%), quanto entre os 48 homens (73%), de acordo com o gráfico (73). Nessa questão, os demais graus foram bem inferiores, evidenciando o nível de gravidade percebido pelos respondentes.

Tabela 74​ - ​Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Sentir medo do desemprego​ ​(Induzida)* MULHER VA

V%

HOMEM VA

V%

OUTRO VA

V%

159

1 - Pouco

5

5%

6

12,50%

1

100%

2

5

5%

8

16,67%

0

0,00%

3

18

18%

12

25,00%

0

0,00%

4

22

22%

8

16,67%

0

0,00%

5 - Muito

50

50%

14

29,17%

0

0,00%

100

100%

48

100%

1

100%

grave

grave Base/total

*Considera os 149 respondentes da pesquisa, sendo 100 mulheres, 48 homens e um outro; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

160

Gráfico 74 ​- Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Sentir medo do desemprego

Fonte: autores da pesquisa (2019)

As 100 respondentes do sexo feminino assinalou grau 5 para ‘sentir medo do desemprego’, sendo o percentual de 50%. Os 48 respondentes do sexto masculino tiveram respostas mais lineares, mas também marcaram o grau 5 de gravidade, sendo o percentual 29,17% (gráfico 74).

161

Tabela 75​ - ​Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Ser conivente com comportamentos abusivos​ ​(Induzida)* MULHER

HOMEM

OUTRO

VA

V%

VA

V%

VA

V%

1

1%

0

0,00%

0

0,00%

2

1

1%

1

2%

0

0,00%

3

7

7%

5

10%

0

0,00%

4

8

8%

9

19%

0

0,00%

5 - Muito

83

83%

33

69%

1

100%

100

100%

48

100%

1

100%

1 - Pouco grave

grave Base/total

*Considera os 149 respondentes da pesquisa, sendo 100 mulheres, 48 homens e um outro; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

162

Gráfico 75 ​- Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Ser conivente com comportamentos abusivos

Fonte: autores da pesquisa (2019)

O gráfico 75 sobre ‘ser conivente com comportamentos abusivos’ demonstra que a maioria das 100 mulheres e dos 48 homens atribuíram grau 5 para situação, sendo 83% e 69%, respectivamente. O restante dos graus obteve respostas bem inferiores, o que revela a gravidade da situação conforme os respondentes.

163

Tabela 76​ - ​Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Sentir pressão por desempenho​ ​(Induzida)* MULHER

HOMEM

OUTRO

VA

VA%

VA

VA%

VA

VA%

6

6,06%

3

6,25%

0

0,00%

2

4

4,04%

12

25,00%

1

100%

3

22

22,22%

16

33,33%

0

0,00%

4

22

22,22%

8

16,67%

0

0,00%

5 - Muito

45

45,45%

9

18,75%

0

0,00%

99

100%

48

100%

1

100%

1 - Pouco grave

grave Base/total

*Considera os 148 respondentes da pesquisa, sendo 99 mulheres, 48 homens e um outro; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

164

Gráfico 76 ​- Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | Situação: ​Sentir pressão por desempenho

Fonte: autores da pesquisa (2019)

‘Sentir pressão por desempenho’ obteve como resposta entre as 100 mulheres o grau 5 (45,45%) e o grau 4 e 3 (22,22%), isto é, uma aproximação dos percentuais. Para os 48 homens, a maioria marcou como grau 3 (33,33%) e depois grau 2 (25%), de acordo com o gráfico 76. Portanto, os respondentes não associam como grave a questão de sentir pressão por desempenho a partir do assédio moral.

165

16) Nível de gravidade entre questões sociais e o assédio moral Tabela 77​ - ​Na sua opinião, qual o nível de gravidade entre as questões sociais abaixo e o assédio moral, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | ​Machismo (Induzida)* MULHER

HOMEM

OUTRO

VA

V%

VA

V%

VA

V%

1

1%

1

2,08%

0

0,00%

2

0

0,00%

0

0,00%

0

0,00%

3

0

0,00%

6

12,50%

0

0,00%

4

9

9%

7

14,58%

1

100%

5 - Muito

90

90%

34

70,83%

0

0,00%

100

100%

48

100%

1

100%

1 - Pouco grave

grave Base/total

*Considera os 149 respondentes da pesquisa, sendo 100 mulheres, 48 homens e um outro; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

166

Gráfico 77 ​- Na sua opinião, qual o nível de gravidade entre as questões sociais abaixo e o assédio moral, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | ​Machismo

Fonte: autores da pesquisa (2019)

Sobre ‘machismo’, tanto as 100 mulheres, como os 48 homens atribuíram em sua maioria grau 5 para a questão: 90% e 70,83%, respectivamente. Inclusive, podemos ressaltar que os demais graus foram expressivamente inferiores, demonstrando a gravidade dessa situação.

167

Tabela 78​ - ​Na sua opinião, qual o nível de gravidade entre as questões sociais abaixo e o assédio moral, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | ​Preconceito racial​ ​(Induzida)* MULHER

HOMEM

OUTRO

VA

V%

VA

V%

VA

V%

2

2%

0

0,00%

0

0,00%

2

0

0,00%

1

2%

0

0,00%

3

0

0,00%

2

4%

0

0,00%

4

1

1%

4

8%

0

0,00%

5 - Muito

97

97%

41

85%

1

100%

100

100%

48

100%

1

100%

1 - Pouco grave

grave Base/total

*Considera os 149 respondentes da pesquisa, sendo 100 mulheres, 48 homens e um outro; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

168

Gráfico 78 ​- Na sua opinião, qual o nível de gravidade entre as questões sociais abaixo e o assédio moral, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | ​Preconceito racial

Fonte: autores da pesquisa (2019)

Com a questão de ‘preconceito racial’, também houve similaridade na respostas entre as 100 mulheres e os 48 homens. Os indivíduos do sexo feminino e do masculino assinalaram em sua grande maioria o grau 5 (97% e 86%, respectivamente), segundo o gráfico 78. O restante dos graus foi expressivamente menor, o que ressalta a gravidade da situação na visão dos respondentes.

169

Tabela 79​ - ​Na sua opinião, qual o nível de gravidade entre as questões sociais abaixo e o assédio moral, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | ​Desigualdade de gênero​ ​(Induzida)* MULHER

HOMEM

OUTRO

VA

V%

VA

V%

VA

V%

2

2%

1

2,08%

0

0,00%

2

0

0,00%

0

0,00%

0

0,00%

3

0

0,00%

3

6,25%

0

0,00%

4

6

6%

8

16,67%

0

0,00%

5 - Muito

92

92%

36

75,00%

1

100%

100

100%

48

100%

1

100%

1 - Pouco grave

grave Base/total

*Considera os 149 respondentes da pesquisa, sendo 100 mulheres, 48 homens e um outro; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

170

Gráfico 79 ​- Na sua opinião, qual o nível de gravidade entre as questões sociais abaixo e o assédio moral, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | ​Desigualdade de gênero

Fonte: autores da pesquisa (2019)

‘A desigualdade de gênero’ obteve entre as 100 mulheres e os 48 homens, a maioria das respostas com grau 5 de maneira expressiva: 92% do sexo feminino e 75% do sexo masculino (gráfico 79).

171

Tabela 80​ - ​Na sua opinião, qual o nível de gravidade entre as questões sociais abaixo e o assédio moral, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | ​Xenofobia (Induzida)* MULHER

HOMEM

OUTRO

VA

V%

VA

V%

VA

V%

2

2%

1

2,08%

0

0,00%

2

0

0,00%

2

4,17%

0

0,00%

3

1

1%

3

6,25%

0

0,00%

4

5

5%

5

10,42%

0

0,00%

5 - Muito

92

92%

37

77,08%

1

100%

100

100%

48

100%

1

100%

1 - Pouco grave

grave Base/total

*Considera os 149 respondentes da pesquisa, sendo 100 mulheres, 48 homens e um outro; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

172

Gráfico 80 ​- Na sua opinião, qual o nível de gravidade entre as questões sociais abaixo e o assédio moral, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | ​Xenofobia

Fonte: autores da pesquisa (2019)

Para maioria das 100 mulheres e dos 48 homens que responderam a pesquisa, a questão sobre ‘xenofobia’ é considerada ‘muito grave’. Os respondentes assinalaram o grau 5, sendo 92% mulheres e 77,08% homens (gráfico 80).

173

Tabela 81​ - ​Na sua opinião, qual o nível de gravidade entre as questões sociais abaixo e o assédio moral, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | ​Padrões de beleza​ ​(Induzida)* MULHER

HOMEM

OUTRO

VA

V%

VA

V%

VA

V%

2

2%

0

0,00%

0

0,00%

2

1

1%

4

8%

1

100%

3

3

3%

5

10%

0

0,00%

4

14

14%

9

19%

0

0,00%

5 - Muito

80

80%

30

63%

0

0,00%

100

100%

48

100%

1

100%

1 - Pouco grave

grave Base/total

*Considera os 149 respondentes da pesquisa, sendo 100 mulheres, 48 homens e um outro; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

174

Gráfico 81 ​- Na sua opinião, qual o nível de gravidade entre as questões sociais abaixo e o assédio moral, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave | ​Padrões de beleza

Fonte: autores da pesquisa (2019)

A questão sobre ‘padrões de beleza’ também teve como maioria entre as 100 mulheres e os 48 homens a resposta de grau 5. Porém, teve as porcentagens menores que as questões anteriores: 80% das mulheres e 63% dos homens (gráfico 81).

175

17) Casos anteriores mais recorrentes (tabela 82) Tabela 82​ - ​Dos casos anteriores, qual você acredita ser o mais recorrente?

(Induzida)* MULHER

HOMEM

OUTRO

VA

V%

VA

V%

VA

V%

Machismo

81

81%

30

65,22%

1

100%

Preconceito

28

28%

9

19,57%

0

10,0%

39

39%

11

23,91%

0

0,00%

Xenofobia

2

2%

0

0,00%

0

0,00%

Padrões de

24

24%

15

32,61%

0

0,00%

100

100%

48

100%

1

100%

racial Desigualda de gênero

beleza Base/total

*Considera os 149 respondentes da pesquisa, sendo 100 mulheres, 48 homens e um outro; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

176

Gráfico 82 ​- Dos casos anteriores, qual você acredita ser o mais recorrente?

Fonte: autores da pesquisa (2019)

Das questões sociais mencionadas na questão, 81% das mulheres acreditam a mais recorrente é o machismo, 39% assinalaram a desigualdade de gênero e 28% indicaram o preconceito racial. Por outro lado, 65,22% acreditam a mais recorrente é o machismo, 32,61% marcaram padrões de beleza e

23,91% assinalaram a

desigualdade de gênero. Percebemos que o machismo foi assinalado como mais recorrente por homens e mulheres, porém o segundo mais assinalado por mulheres foi desigualdade de gênero e por homens foi padrões de beleza (gráfico 82).

177

18) Desenvolvimento de problemas psicológicos como resultado do assédio moral (tabela 83) Tabela 83​ - ​Você enxerga o desenvolvimento de problemas psicológicos como resultado de assédio moral nas agências? ​(Induzida)* MULHER

HOMEM

OUTRO

VA

V%

VA

V%

VA

V%

Sim

92

92%

30

62,5%

1

100%

Não

6

6%

7

14,58%

0

0,00%

Não sei

2

2%

11

22,92%

0

0,00%

100

100%

48

100%

1

100%

responder Base/total

*Considera os 149 respondentes da pesquisa, sendo 100 mulheres, 48 homens e um outro; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

178

Gráfico 83 ​- Você enxerga o desenvolvimento de problemas psicológicos como resultado de assédio moral nas agências?

Fonte: autores da pesquisa (2019)

O gráfico 83 evidencia que 92% das mulheres enxergam o desenvolvimento de problemas psicológicos como resultado de assédio moral nas agências, 6% não enxergam essa relação e 2% não sabiam responder. Já 62,5% dos homens enxergam o desenvolvimento de problemas psicológicos como resultado de assédio moral nas agências, 22,92% dos homens não sabiam responder e 14,58% não enxergam essa relação. Logo, homens e mulheres enxergam em sua maioria a relação de problemas psicológicos e assédio moral.

179

19) Situação de problemas psicológicos como resultado do assédio moral (tabela 84) Tabela 84​ - ​Você conhece alguém que passou por essa situação? ​(Induzida)* MULHER

HOMEM

VA

V%

VA

V%

Sim

79

80,61%

28

68,29%

Não

10

10,20%

10

24,39%

Não sei

9

9,18%

3

7,32%

98

100%

41

100%

responder Base/total

*Considera os 139 respondentes que responderam sim e não sei responder na questão 2 do terceiro bloco do apêndice E, sendo 98 mulheres e 41 homens; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

180

Gráfico 84 ​- Você conhece alguém que passou por essa situação?

Fonte: autores da pesquisa (2019)

De acordo com os respondentes do sexo feminino, 80,61% conhecem alguém que passou pela situação, 24,39% das mulheres não conhecem alguém que passou pela situação e 9,18% não sabiam responder. Já 68,29% dos respondentes do sexo masculino conhecem alguém que passou pela situação, 24,39% não conheciam alguém que passou pela situação e 7,32% não sabiam responder. Ambos os sexos em sua maioria conhecem alguém que passou por problemas psicológicos como resultado do assédio moral nas agências (gráfico 84).

181

20) Consequências psicológicas (tabela 85) Tabela 85​ - ​Assinale as consequências psicológicas dessa situação: ​(Induzida)* MULHER

HOMEM

VA

V%

VA

V%

30

30,61%

8

19,51%

38

38,77%

20

48,78%

Ansiedade

78

79,59%

27

65,85%

Stress

69

70,41%

27

65,85%

Melancolia

2

2,04%

5

12,19%

Depressão

41

41,83%

17

41,46%

Outro

5

5,10%

3

7,32%

Gastrite nervosa Desmotivaç ão

Base/total

139

*Considera os 139 respondentes que responderam sim e não sei responder na questão 1 do terceiro bloco do apêndice E, sendo 98 mulheres e 41 homens; respostas múltiplas.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

182

Gráfico 85 ​- Assinale as consequências psicológicas dessa situação:

Fonte: autores da pesquisa (2019)

Ao questionarmos sobre as consequências psicológicas do assédio moral, 79,59% das mulheres destacaram ansiedade e 70,41% evidenciaram o stress. Da mesma forma, 65,85% dos homens evidenciaram o stress e 48,78% marcaram ansiedade (gráfico 85). Para homens e mulheres, ansiedade e stress foram as consequências predominantes.

183

21) Situação de problemas psicológicos como resultado do assédio moral em si (tabela 86) Tabela 86​ - ​Você já passou por essa situação? ​(Induzida)* MULHER

HOMEM

VA

V%

VA

V%

Sim

65

66,33%

16

39,02%

Não

25

25,51%

21

51,22%

Não sei

8

8,16%

4

9,76%

98

100%

41

100%

responder Base/total

*Considera os 139 respondentes que responderam sim e não sei responder na questão 1 do terceiro bloco do apêndice E, sendo 98 mulheres e 41 homens; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

184

Gráfico 86 ​- Você já passou por essa situação?

Fonte: autores da pesquisa (2019)

Conforme os respondentes, 66,33% das mulheres responderam que sim e 25,51% responderam que não. Por sua vez, 51,22% dos homens responderam que não e 39,02% dos homens que sim (gráfico 86). Assim, a maioria das mulheres já haviam passado por problemas psicológicos decorrentes de assédio moral, enquanto que os homens não.

185

22) Consequências psicológicas em si (tabela 87) Tabela 87​ - ​Assinale as consequências psicológicas dessas situações: ​(Induzida)* MULHER

HOMEM

VA

V%

VA

V%

24

36,92%

4

25%

30

46,15%

8

50%

Ansiedade

54

83,08%

9

56,25%

Stress

50

76,92%

12

75%

Melancolia

2

3,08%

4

25%

Depressão

22

33,85%

6

37,5%

Outro

1

1,54%

0

0,00%

Gastrite nervosa Desmotivaç ão

Base/total

139

*Considera os 139 respondentes que responderam sim e não sei responder na questão 4 do terceiro bloco do apêndice E, sendo 98 mulheres e 41 homens; respostas múltiplas.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

186

Gráfico 87 ​- Assinale as consequências psicológicas dessas situações:

Fonte: autores da pesquisa (2019)

O gráfico 87 apresenta que 83,08% das mulheres assinalaram ansiedade e em seguida, 76,92% marcaram stress. Assim como, 75% dos homens assinalaram stress e 56,25% marcaram ansiedade. Em ‘outro’, mulheres evidenciaram o burnout, crise de pânico e quase abandono de carreira. Dessa maneira, as consequências psicológicas mais evidenciadas foram a ansiedade e o stress, sendo que entre mulheres a maioria assinalou ansiedade e entre homens o stress.

187

23) ​Relação entre assédio moral e auto exploração nas agências​ (tabela 88) Tabela 88​ - ​A partir do entendimento de assédio moral apresentado e da perspectiva de Han (2017) sobre auto exploração: “O explorador é ao mesmo tempo o explorado. Agressor e vítima não podem mais ser distinguidos” (HAN, 2017, p. 29), você identifica alguma relação entre assédio moral e auto exploração nas agências?

(Induzida)* MULHER

HOMEM

OUTRO

VA

V%

VA

V%

VA

V%

Sim

75

75%

23

47,92%

0

0,00%

Não

15

15%

11

22,92%

1

100%

Não sei

10

10%

14

29,17%

0

0,00%

100

100%

48

100%

1

100%

responder Base/total

*Considera os 149 respondentes da pesquisa, sendo 100 mulheres, 48 homens e um outro; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

188

Gráfico 88 ​- A partir do entendimento de assédio moral apresentado e da perspectiva de Han (2017) sobre auto exploração: “O explorador é ao mesmo tempo o explorado. Agressor e vítima não podem mais ser distinguidos” (HAN, 2017, p. 29), você identifica alguma relação entre assédio moral e auto exploração nas agências?

Fonte: autores da pesquisa (2019)

Segundo o gráfico 88, 75% das mulheres identificam alguma relação entre assédio moral e auto exploração nas agências, 15% não identificam e 10% não sabiam responder. Já 47,92% dos homens identificam alguma relação, 29,17% não sabiam responder e 22,92% não identificam relação. Percebemos que o maior percentual de respondentes de ambos os sexos identificam relação entre assédio moral e auto exploração, principalmente mulheres.

189

24) ​Grau de relação entre assédio moral e auto exploração nas agências​ (tabela 89) Tabela 89​ - ​Qual o grau de relação que você enxerga entre assédio moral e auto exploração nas agências? Sendo 1 - Pouca relação e 5 - Muita relação ​(Induzida)* MULHER

HOMEM

VA

V%

VA

V%

0

0,00%

3

8,11%

2

3

3,53%

0

0,00%

3

21

24,71%

15

40,54%

4

28

32,94%

11

29,73%

5 - Muita

33

38,82%

8

21,62%

85

100%

37

100%

1 - Pouca relação

relação Base/total

*Considera os 122 respondentes que responderam sim e não sei responder na questão anterior, sendo 85 mulheres e 37 homens; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

190

Gráfico 89 ​- ​Qual o grau de relação que você enxerga entre assédio moral e auto exploração nas agências? Sendo 1 - Pouca relação e 5 - Muita relação

Fonte: autores da pesquisa (2019).

O grau de relação entre assédio moral e auto exploração nas agências teve como resultado que 38,82% das mulheres apontam muita relação e 32,94% reconhecem o grau 4. Já 40,54% dos homens identificam o grau 3 de relação e 23,73% assinalaram o grau 4 de relação (gráfico 89). Sendo assim, o maior percentual das mulheres enxergam muita relação entre assédio moral e auto exploração, enquanto que os homens identificam o grau 3.

191

25) Resultados do assédio moral em si mesmo (tabela 90)

Tabela 90​ - Classifique os itens abaixo (sendo 1 - pouca relação e 5 - muita relação) conforme os resultados percebidos do assédio moral em você mesmo, a partir das suas experiências em agências de comunicação de Porto Alegre (Induzida)*

MÉDIA MULHER

HOMEM

Auto exploração

3,75

3,14

Auto cobrança

4,09

3,51

Auto sabotagem

3,20

2,84

Auto flagelo

2,76

2,22

Auto desvalorização

3,53

3,00

Base/total

122

*Considera os 122 respondentes que responderam sim e não sei responder na questão anterior, sendo 85 mulheres e 37 homens; respostas simples.

Fonte: autores da pesquisa (2019).

192

Gráfico 90​ - Classifique os itens abaixo (sendo 1 - pouca relação e 5 - muita relação) conforme os resultados percebidos do assédio moral em você mesmo, a partir das suas experiências em agências de comunicação de Porto Alegre (Induzida)*

193

Fonte: autores da pesquisa (2019).

194

Em relação à auto exploração, a média das mulheres foi de 3,75 e a dos homens de 3,14. Sobre auto cobrança, as mulheres tiveram como média 4,09 e os homens 3,51. A auto sabotagem teve como média entre mulheres de 3,20 e entre homens de 2,84. Já na questão do auto flagelo, a médias das mulheres foi de 2,76 e dos homens 2,22. Por fim, em auto desvalorização as mulheres tiveram como média 3,53 e os homens 3,00. Ambos os sexos reconheceram a auto cobrança e auto exploração respectivamente como principais resultados do assédio moral em si mesmos. É importante salientar que a média das mulheres em todas as questões foram maiores, isto é, elas atribuíram grau maior de relação.

9 CONSIDERAÇÕES FINAIS Apesar das dificuldades para aplicar as metodologias e técnicas de pesquisa desse material, percebemos que mesmo após quase dois anos da divulgação do estudo realizado pelo Grupo de Planejamento, os relatos sobre assédio moral e auto exploração permanecem graves e com pouca ou nenhuma atenção das agências.

Os principais desafios foram, sobretudo, o acesso em relação aos profissionais para a pesquisa qualitativa e o livre arbítrio em responder o questionário. Após a publicação desse, enviamos e-mails para um ​mailing ​com mais de oitenta contatos, disponibilizamos o links de acesso pelo Facebook, Instagram e LinkedIn e, além disso, chamamos diversas agências pelo ​chat ​do Facebook. Todavia, não houve retorno em diversos casos. Ademais, notamos a hostilidade em algumas respostas: um dos e-mails respondidos questionou o caráter da pesquisa, afirmando que o assunto abordado é patriarcal, em sua percepção.

Nossos objetivos, fundamentos pela pesquisa do GP, buscavam refutar ou comprovar questionamentos levantados por esse estudo e pelo conteúdo gerado no Meio & Mensagem. Sobretudo. acerca das ações e campanhas realizadas por agências de comunicação em Porto Alegre, código de ética e conduto, canais de denúncias e as situações ocorridas nesses âmbitos. Ademais, a conversa ocorrida com Susana Gib Azevedo, psicóloga clínica e professora da PUCRS, ampliou os horizontes argumentativos e a criticidade para a pesquisa, principalmente, em relação aos casos de assédio moral e/ou psicológicos estão vinculados às 195

percepções de poder. Por fim, a profissional da saúde salientou que relações abusivas, pessoais ou profissionais, possibilitam a auto exploração e temor por menosprezo e demissão.

O roteiro em profundidade possibilitou relatos sobre situações ocorridas em agências de comunicação de Porto Alegre, que evidenciaram os debates promovidos ao longo do estudo, bem como subsidiaram o questionário quantitativo: à exemplo da questão 16, onde os respondentes deveriam categorizar situações de acordo com o nível de gravidade percebido. Essas afirmativas foram oriundas dos depoimentos obtidos nessa etapa. Ainda, dentre os 7 entrevistados, 5 afirmaram que sofrem, presenciaram ou ouviram situações de assédio. Na percepção do cruzamento de respostas com base nos gêneros homens e mulheres, das 5 entrevistadas, 3 fizeram depoimento sobre essas situações, e dos 2 homens, ambos afirmaram que sim e relataram acontecimentos com colegas de trabalho do gênero feminino.

Uma vez que as entrevistas em profundidade destacaram relatos negativos e situações de desconforto e, considerando a análise quantitativa, isso torna-se ainda mais salientado na aplicação do questionário quantitativo. Dos 149 respondentes obtidos no total, 85,23% evidenciaram que já ouviram algum relato sobre assédio moral no ambiente de trabalho das agências. Sendo desses, 92% mulheres e 72,91% homens, comparando gêneros. No cenário de presenciar assédio moral em agências de comunicação de Porto Alegre, 74% respondentes do público feminino e 62,58% do masculino assinalaram ‘sim’. Em relação a sofrer assédio, 60% das mulheres e 33,33% dos homens responderam que sim. A proporção de respondentes de cada gênero, sendo mulheres quase três vezes maior do que homens, precisa ser considerada. Todavia é alarmante as respostas obtidas e o cenário abusivo desse segmento de mercado, especialmente, sob o olhar dos profissionais do gênero feminino.

Ao serem questionados sobre códigos de conduta e ética desenvolvidos pelas agências de comunicação de Porto Alegre, um dos objetivos principais desse estudo, 45,6% os respondentes destacaram que não e 30% que sim. A partir disso, os 57,78% que responderam ‘sim’, 28,89% assinalaram que é de fácil acesso aos funcionários. Em contrapartida, 7 questionados na pesquisa qualitativa, 6 196

evidenciaram que não havia código de conduta e ética nas agências que trabalham e trabalharam.

De encontro às respostas sobre código de conduta e ética, os canais de denúncia das agências não são um meio eficiente para solucionar possíveis conflitos e situações desrespeitosas. Isso devido que, do número total de respondentes, 71,81% assinalaram que não há essa ferramenta e, dos 16,78% indivíduos que responderam que há esse meio, 44% indicaram que são anônimos e 32% marcaram que não eram. Outra informação alarmante advinda da pesquisa quantitativa é acerca das campanhas, ações, debates, comitês etc. sobre assédio moral, é que dos 149 respondentes, 87,25% assinalaram a opção ‘não’.

Sob a ótica das situações elencadas pela pesquisa qualitativa, os principais relatos que obtiveram o nível de gravidade 5 foram: trabalhar mais de 8 horas sem folha ponto; desmoralizar o funcionário perante o cliente; menosprezar os colegas; e, ser conivente com comportamentos abusivos. Essas foram associadas com depoimentos feito por mulheres e/ou ocorrências advindas do assédio com profissionais do gênero feminino. No comparativo homem e mulher e em ordem crescente, as mulheres indicaram que as situações de nível 5 são: desmoralizar o funcionário perante o cliente, com 92%; menosprezar os colegas, com 83% marcações; ser conivente com comportamentos abusivos, com 83%; trabalhar mais de 8 horas sem folha ponto, com 76% indicações; ter conhecimento de casos de assédio e não tomar nenhuma atitude, com 76% assinalações; fazer piadas com estereótipos, com 76%. Já os homens, indicaram que: desmoralizar o funcionário perante o cliente, obteve 85,42%; ter conhecimento de casos de assédio e não tomar nenhuma atitude, com 72,92%; ser conivente com comportamentos abusivos, que recebeu 68,75%; e, trabalhar mais de 8 horas sem folha ponto, com 54.17%.

Percebemos a incoerência nessas associações indicadas pelos respondentes na pergunta 16 do questionário, sobretudo, uma vez que na questão 6, 85,23% assinalaram que ouviram relatos e 70,47% já presenciaram assédio moral no ambiente de trabalho das agências. Se compararmos às situações e níveis de gravidade, 78,52% do respondentes gerais, considerando homens e mulheres, classificaram que ser conivente com o assédio moral corresponde ao nível 5 de gravidade, porém já assumiram essa postura ao ouvir e presenciar essas situações.

197

A associação equivocada e, por vezes, velada de si como agressor, mesmo que de maneira indireta, é reforçada ao indicar que o comportamento é inapropriado e desrespeitoso, sem se auto relacionar à questão.

A questão social destaca com o nível 5 de gravidade foi preconceito racial, com 93,2% das respostas, sendo a mais assinalada tanto por mulheres quanto por homens. Porém, ao serem questionados sobre qual das situações sociais é a mais recorrente, o machismo obteve maior incidência de marcações, para ambos gêneros. Em relação ao desenvolvimento de problemas psicológicos como resultado de assédio moral nas agências, a questão seguiu com linearidade entre as respostas de homens e mulheres, visto que 92% dos respondentes do gênero feminino e 61,22% do masculino responderam que sim. Nessa perspectiva, os respondentes foram questionados se já passaram por essa situação e, como resultado, 79% das mulheres e 58,33% dos homens marcaram que sim. Sendo, as principais consequências desse cenário, o stress e a ansiedade. Esses dados vão de encontro à etapa qualitativa, onde os respondentes foram mais contidos em suas respostas e, dos 7, apenas 2 relataram algum resultado psicológico.

Por fim, a auto exploração gerou desconforto e irritabilidade em um dos entrevistados. Esse afirmou que a associação entre assédio e o seu ser como o próprio agressor era exagerada e não fazia sentido, além de enfatizar que existe pressão

para entregar as demandas nos prazos indicados. Todavia, os

respondentes da etapa quantitativa apresentaram outro cenário: em sua totalidade, 65,77% indicaram que identifica alguma relação entre assédio moral e auto exploração nas agências. Acreditamos que o caráter anônimo possibilitou a maior flexibilidade e temor em responder ao questionamento.

As pesquisas qualitativas e quantitativas evidenciaram o cenário do assédio moral e da auto exploração nas agências de comunicação de Porto Alegre, caminhando ao encontro dos resultados obtidos pelo Grupo de Planejamento - onde o grupo mais afetado são as mulheres. Acreditamos que, em contrapartida ao desafio de obter um número expressivo para a amostra quantitativo, o questionário resultou em dados preciosos para refutar ou comprovar os objetivos e problemas de pesquisa.

198

Finalmente, notamos que as situações de assédio ocorrem nas agências de comunicação de Porto Alegre e são mais percebidas em relatos acerca do horário de trabalho, relação entre profissional e clientes e possuir conhecimento de relações e acontecimentos abusivos sem tomar atitude. Todavia, os canais de denúncia são pouco convidativos e seguros para estimular os relatos, bem como as ações e iniciativas possuem pouca efetividade.

Na perspectiva das situações sociais, o machismo e o preconceito racial foram destacados. A profunda conexão entre as campanhas, ações e debates sociais com as duas questões levantadas não são sem fundamentos. Percebemos que os preconceitos enraizados na sociedade são reproduzidos nas organizações.

Portanto, o movimento de repensar a efetividade do código de conduta e ética, canais de denúncia e a saúde mental das equipes torna-se importante: a mudança organizacional ocorre de dentro para fora.

10 SUGESTÕES DE RELAÇÕES PÚBLICAS A partir dos resultados e das análises realizados, entendemos a necessidade de iniciativas nas agências de comunicação de Porto Alegre. Primeiramente, é necessário desenvolver pesquisas internas com intuito de identificar as ocorrências de assédio moral e auto exploração nesses ambientes. Para isso, sugerimos pesquisas de clima, entrevistas em profundidade e observação participante, assim como pesquisa quantitativa para confirmar ou refutar os inferimentos de pesquisa qualitativa.

Após o entendimento do cenário e do desenvolvimento de um diagnóstico acerca da temática, é preciso criar ações e campanhas para tentar reverter a situação de assédio moral e auto exploração. Essas iniciativas devem ser pensadas com os públicos internos e não somente para eles. É importante envolver todos os cargos para discutir e repensar os casos de assédio moral, auto exploração e doenças psicológicas. Ademais, ressaltamos que é essencial começar pelos gestores/líderes tanto formais, quanto informais, pois exercem influência nas suas equipes e podem auxiliar na quebra do ciclo de sofrimento dos funcionários.

Campanhas de comunicação interna com debates, comitês e capacitações são fundamentais para iniciar o diálogo sobre o tema e propor novas formas de 199

tentar combater o assédio moral e a auto exploração. Fala-se muito pouco sobre o assunto, que se torna invisível nas práticas cotidianas das agências.

Para que as vítimas do assédio moral possam buscar ajuda, é indispensável instituir canais de denúncia anônimos e oferecer auxílio para quem sofreu o abuso.

Bem como, desenvolver o sentimento de segurança e vínculo perante o sentimento e medo do desemprego ao denunciar essas situações. Os códigos de ética e conduta também são relevantes e destacamos que não apenas a criação desses meios, mas a sua prática diária é necessária para ter impacto positivo na mudança do cenário. Ainda, destacamos que é notável os casos de assédio moral e auto exploração nas mulheres e que iniciativas voltadas para o sexo feminino se fazem imprescindíveis.

Os preconceitos e relacionamentos abusivos cada vez mais evidenciados na sociedade, seja por denúncias, notícias e campanhas publicitárias, estão presentes em todos os segmentos de mercado. O âmbito das agências não fica de fora dessa triste e terrível situação. O movimento de mudança cultural da população, bem como das organizações, são aclamados e estão na pauta social. É necessário olhar atentamente aos dados obtidos através dessa pesquisa, além do estudo publicado pelo Grupo de Planejamento, e questionar o comportamento abusivo. Além disso, a saúde mental e psicológica de cada indivíduo que compõe uma equipe é de extrema importância. A dimensão humana é intangível e agente de mudanças, rupturas e do repensar organizacional: por que não usar a força da rede de pessoas de uma empresa para o bem, priorizando o bem-estar coletivo?

200

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AUBERT, Nicole. A neurose profissional. In: CHANLAT, Jean-François (Org.) ​O indivíduo na organização: dimensões esquecidas​. V.2. 1ª ed. São Paulo: Atlas, 1994, p. 163-194.

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CHANLAT, Jean-François. Por uma antropologia da condição humana nas organizações. In: CHANLAT, Jean-François (Org).​ O indivíduo na organização: dimensões esquecidas​. V.1. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2012, p. 21-45.

DA SILVA, Aluska Suyanne Marques. ​Assédio Moral no ambiente de trabalho.

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DEJOURS, Christophe. Uma nova visão do sofrimento humano nas organizações.

In: CHANLAT, Jean-François (Org.) ​O indivíduo na organização: dimensões esquecidas​. V.1. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2012, p. 149-173.

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HAN, Byung-Chul. ​Sociedade do Cansaço​. Tradução de Enio Paulo Giachini. 2ª edição ampliada. Petrópolis, RJ: Vozes, 2017.

HELOANI, Roberto. ​Violência invisível​. GV Executivo, V. 2, n. 3. São Paulo, 2003.

HIRIGOYEN, Marie-France. ​Assédio moral: a violência perversa do cotidiano​.

Tradução de Maria Helena Kuhner. 11ª ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002.

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KUNSCH, Margarida M. K. A comunicação nas organizações: dos fluxos lineares às dimensões humana e estratégica. In: KUNSCH, Margarida M. K. (Org).

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MORAES, Fernanda Luz. ​Assédio moral organizacional: o papel da comunicação face às relações perversas no mundo do trabalho​. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Relações Públicas) - Escola de Comunicação, Artes e Design - Famecos, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2018.

MOSCOVICI, Fela. ​Renascença organizacional: o resgate da essência humana​.

11ªed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2008.

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NAVARRO, Victória. ​Combate ao assédio motiva ações de marcas e agências​.

Disponível em <https://www.meioemensagem.com.br/home/comunicacao/2018/11/22/assedio-mora l-e-sexual-na-mira-de-agencias.html>. Acesso em 30 de março de 2019.

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TAMAYO, Álvaro. Impacto dos valores pessoais e organizacionais sobre o comprometimento organizacional”. In: TAMAYO, Álvaro; PORTO, Juliana Barreiros (Orgs).​ Valores e comportamentos nas organizações​. Petrópolis: Vozes, 2005.

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202

APÊNDICE A - ROTEIRO DE PESQUISA QUALITATIVA APLICADO COM GESTORES/LÍDERES E FUNCIONÁRIOS

BLOCO 1 - Conhecendo o entrevistado

1.

Nome, idade, formação, atuação profissional no momento.

2.

Quais foram as motivações que levaram você a fazer parte de uma agência de Comunicação?

3.

Quais foram seus principais desafios ao inserir-se nesse ambiente?

BLOCO 2 - O ambiente das agências de comunicação

1. Você já presenciou, ouviu ou sofreu assédio moral no ambiente de trabalho, no que se refere ao contexto das agências de comunicação?

2. Nas agências que você trabalhou, havia código de conduta e ética? Os canais de denúncias eram acessíveis? Se sim, eram em formato anônimo?

3. Alguma situação nesse ambiente, seja com algum gestor e/ou colegas de trabalho, gerou algum desconforto? Se sim, conte sobre.

4. Você conseguiu identificar algum tipo de resultado emocional e/ou psicológico? Se sim, conte sobre.

BLOCO 3 - Sobre comportamento abusivo

1. Na relação com seus colegas de trabalho nas agências de comunicação, você já se identificou como agressor? Se sim, discorra.

2. Se você se deu conta do seu comportamento, tomou alguma medida para evitar ou reverter a situação?

3. Em certos momentos, você se percebeu como seu próprio agressor?

4. Por fim, qual(is) a(s) relação(ções) que você percebe entre assédio moral, o sofrimento psicológico e a auto exploração nas agências de comunicação?

203

APÊNDICE B - ROTEIRO DE PESQUISA QUALITATIVA APLICADO COM PSICÓLOGO

BLOCO 1 - Conhecendo o entrevistado

1.

Nome, idade, formação, atuação profissional no momento.

2.

Qual campo de estudo você se aprofundou e teve mais experiências em sua carreira?

3.

Atualmente, onde você costuma atender os pacientes?

4.

Quais foram as suas experiências em ambientes organizacionais?

BLOCO 2 - O ambiente organizacional e o assédio moral

1. Você já ouviu ou presenciou casos de assédio moral e/ou psicológicos? Se sim, em quais ambientes, situações e níveis?

2. Você já tratou ou intermediou casos provenientes de assédio moral?

3. Você já tratou pacientes que desenvolveram a auto exploração a partir de situações abusivas no ambiente de trabalho?

4. Quais as principais consequências psicológicas que você identificou das relações de trabalho abusivas?

5. Você enxerga alguma relação entre o assédio moral, a autoexploração e o sofrimento psicológico?

204

APÊNDICE C - QUESTIONÁRIO PESQUISA QUANTITATIVA VERSÃO 1

PRIMEIRO BLOCO: Conhecendo o entrevistado

Olá, gostaríamos de te conhecer um pouquinho melhor!

1. Em qual faixa etária você se encontra? a. 17 - 20 b. 21 - 24 c. 25 - 30 d. 30 - 35 e. 35 + 2. Com qual gênero você se identifica? a. Mulher b. H ​ omem c. Outro (resposta aberta) 3. Você trabalha em agência? a. S ​ im b. Não (questionário acaba aqui) 4. Você trabalha ou já trabalhou em uma agência de Porto Alegre? a. S ​ im b. Não (questionário acaba aqui) 5. Na sua experiência mais recente em uma agência de Porto Alegre, em qual relação de trabalho você atuava/atua? (múltipla escolha: no mínimo 1 e no máximo 3 respostas) a. Terceirizado (ex.: freela, jobs etc.) b. Estagiário c. Efetivo d. Líder/gestor (também chamado de diretor) 205

e. Outro (resposta aberta) 6. Na sua experiência mais recente em uma agência de Porto Alegre, qual área de atuação você pertencia/pertence? (múltipla escolha: no mínimo 1 e no máximo 3 respostas) a. Atendimento b. Mídia c. Criação d. Planejamento e. Conteúdo f. Administrativo/financeiro g. Pesquisa h. Outro (resposta aberta)

SEGUNDO BLOCO: Agora, vamos começar a conversa de fato!

1. Você já ouviu algum relato sobre comportamentos abusivos no ambiente de trabalho das agências? a. Sim b. Não c. Não sei responder 2. Você já presenciou casos abusivos no ambiente de trabalho das agências? a. Sim b. Não c. Não sei responder 3. Você já sofreu assédio moral no ambiente de trabalho das agências? a. Sim b. Não c. Não sei responder 4. As agências que você trabalhou ou trabalha possuem códigos de ética e conduta? a. Sim (vai para questão 5) b. Não (vai para questão 6) 206

c. Não sei responder (vai para questão 6) 5. Esse código de ética e conduta é acessível? (apenas para quem responder sim na questão anterior) a. Sim, é de fácil acesso a todos b. Não, apenas falam sobre a existência de um código c. Não busquei saber sobre 6. Há canais de denúncia para relatar casos de assédio moral na agência em que trabalha/trabalhou? a. Sim (vai para questão 7) b. Não (vai para questão 9) c. Não se responder (vai para questão 9) 7. Como soube que existia esse canal? (apenas para quem responder sim na questão anterior) a. Por campanhas da agência b. Por líderes/gestores c. Por colegas d. Descobri sozinho e. Outro (resposta aberta) 8. Esses canais de denúncia são anônimos? (apenas para quem responder a questão anterior) a. Sim b. Não c. Não sei responder 9. Nas agências que você trabalhou, houve iniciativas (campanhas, ações, debates, comitês, entre outros) que trataram sobre o tema do assédio? a. Sim (vai para questão 10) b. Não (vai para questão 11) c. Não sei responder (vai para questão 11) 10. Conte mais sobre essas iniciativas (apenas para quem responder a questão anterior) a. Resposta aberta

207

11. Assinale o nível de gravidade que você percebe nas situações abaixo, sendo 1 - Nada grave e 5 - Muito grave (escala: 1 - Nada grave, 2 - Pouco grave, 3 - Neutro, 4 - Grave e 5 - Muito grave) a. Muita cobrança e responsabilidade de um membro com outro b. Levar trabalhos da agência para casa c. Permanecer na agência além do horário comercial de trabalho d. Trabalhar mais de 8 horas sem folha ponto e. Gerir contas grandes sozinho(a) f. Se cobrar demais por coisas que não cabiam ao meu escopo de trabalho g. Ter conhecimento de casos de assédio e não tomar nenhuma atitude h. Cobrança excessiva com prazos e demandas i. Ignorar a voz da equipe j. Passar por cima de processos básicos k. Desmoralizar o funcionário perante o cliente l. Competição entre colegas m. Piadas com estereótipos n. Menosprezo o. Medo do desemprego p. Ser conivente com comportamentos abusivos 12. Assinale o nível de gravidade que você percebe entre as questões sociais abaixo e o assédio moral, sendo 1 - Nada grave e 5 - Muito grave (escala: 1 Nada grave, 2 - Pouco grave, 3 - Neutro, 4 - Grave e 5 - Muito grave) a. Machismo b. Preconceito racial c. Desigualdade de gênero d. Xenofobia e. Padrões de beleza 13. Dos casos anteriores qual você acreditar ser o mais recorrente? a. Machismo b. Preconceito racial c. Desigualdade de gênero 208

d. Xenofobia e. Padrões de beleza

TERCEIRO BLOCO: Resultados psicológicos do assédio moral 1. Você enxerga o desenvolvimento de problemas psicológicos como resultado de assédio moral nas agências? a. Sim b. ​Não c. Não sei responder 2. Você conhece alguém que passou por essa situação? a. Sim (vai para questão 3) b. Não (vai para questão 4) c. N ​ ão sei responder (vai para questão 4) 3. Assinale as consequências psicológicas dessa situação: (apenas para quem responder a questão anterior) a. Gastrite nervosa b. Desmotivação c. Ansiedade d. Stress e. Melancolia f. Depressão 4. Você já passou por essa situação? a. Sim (vai para questão 5) b. Não (vai para questão 6) c. Não sei responder (vai para questão 6) 5. Assinale as consequências psicológicas dessas situações: (apenas para quem responder a questão anterior) a. Gastrite nervosa b. Desmotivação c. Ansiedade

209

d. Stress e. Melancolia f. Depressão 6. Você identifica alguma relação entre assédio moral e auto exploração nas agências? a. Sim (vai para questão 7) b. Não (vai para questão 8) c. Não sei responder (vai para questão 8) 7. Qual o grau de relação que você enxerga entre assédio moral e auto exploração nas agências? Sendo 1 - Nenhuma relação e 5 - Muita relação (escala: 1 - Nenhuma relação, 2 - Pouca relação, 3 - Neutro, 4 - Alguma relação e 5 - Muita relação) - apenas para quem responder a questão anterior) 8. Você percebeu a auto exploração como consequência do assédio moral no que se refere ao trabalho exercido nas agências de comunicação? a. Sim b. Não c. Não sei responder 9. Você percebeu a auto cobrança em demasia como consequência do assédio moral no que se refere ao trabalho exercido nas agências de comunicação? a. Questão 21 e 22 serão divididas entre os respondentes de maneira aleatória. Por exemplo, 100 responderão a questão 21 e 100 responderão a questão 22.

210

APÊNDICE D - QUESTIONÁRIO PESQUISA QUANTITATIVA VERSÃO 2 PRIMEIRO BLOCO: Conhecendo o entrevistado

Olá, gostaríamos de te conhecer um pouquinho melhor!

1. Em qual faixa etária você se encontra? a. 1 ​ 7 - 21 anos b. 22 - 26 anos c. 27 - 31 anos d. 32 - 35 anos e. 36 anos ou mais 2. Com qual gênero você se identifica? a. Mulher b. Homem c. Outro (resposta aberta) 3. V ​ ocê trabalha em agência? a. Sim b. Não (questionário acaba aqui) 4. Você trabalha ou já trabalhou em uma agência de Porto Alegre? a. Sim b. Não (questionário acaba aqui) 5. Na sua experiência mais recente em uma agência de Porto Alegre, em qual relação de trabalho você atuava/atua? (múltipla escolha: no mínimo 1 e no máximo 3 respostas) a. Terceirizado (ex.: freelancer, jobs etc.) b. Estagiário c. Funcionário d. Líder/gestor (também chamado de diretor) e. Outro (resposta aberta)

211

6. Na sua experiência mais recente em uma agência de Porto Alegre, qual área de atuação você pertencia/pertence? (múltipla escolha: no mínimo 1 e no máximo 3 respostas) a. Atendimento b. Mídia c. Criação d. Planejamento e. C ​ onteúdo f. Administrativo/financeiro g. Pesquisa h. Outro (resposta aberta)

SEGUNDO BLOCO: Agora, vamos começar a conversa de fato!

1. Segundo Hirigoyen (2002), o assédio se caracteriza por um sofrimento invisível e está ligado a qualquer conduta abusiva, seja em forma de comportamentos, atos, palavras, gestos e/ou escritos que podem gerar danos à personalidade, dignidade, integridade física e/ou psíquica. A partir disso, você já ouviu algum relato sobre assédio moral no ambiente de trabalho das agências? a. Sim b. Não c. Não sei responder 2. Você já presenciou assédio moral no ambiente de trabalho das agências? a. Sim b. Não c. Não sei responder 3. Você já sofreu assédio moral no ambiente de trabalho das agências? a. Sim b. Não c. Não sei responder

212

4. As agências que você trabalhou ou trabalha possuem códigos de ética e conduta? a. Sim (vai para questão 5) b. Não (vai para questão 6) c. Não sei responder (vai para questão 6) 5. Esse código de ética e conduta é acessível? (apenas para quem responder sim na questão anterior) a. Sim, é de fácil acesso a todos b. Não, apenas falam sobre a existência de um código c. Não busquei saber sobre 6. Há canais de denúncia para relatar casos de assédio moral na agência em que trabalha/trabalhou? a. Sim (vai para questão 7) b. Não (vai para questão 9) c. Não se responder (vai para questão 9) 7. Como soube que existia esse canal? (apenas para quem responder sim na questão anterior) a. Por campanhas da agência b. ​Por líderes/gestores c. Por colegas d. Descobri sozinho e. Outro (resposta aberta) 8. Esses canais de denúncia são anônimos? (apenas para quem responder a questão anterior) a. Sim, são totalmente anônimos. b. Sim, mas são mediados por gestores. c. Não, são feitos por intranet. d. Não sei responder.

9. Nas agências que você trabalhou, houve iniciativas (campanhas, ações, debates, comitês, entre outros) que trataram sobre o tema do assédio? a. Sim (vai para questão 10) b. Não (vai para questão 11) 213

c. Não sei responder (vai para questão 11) 10. Conte mais sobre essas iniciativas (apenas para quem responder a questão anterior) a. Resposta aberta 11. Assinale o nível de gravidade que você percebe nas situações abaixo, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave a. Cobrar e responsabilizar demais um membro da equipe b. Levar trabalhos da agência para casa c. Permanecer na agência além do horário comercial de trabalho d. Trabalhar mais de 8 horas sem folha ponto e. Gerir contas grandes sozinho(a) f. Se cobrar demais por coisas que não cabiam ao meu escopo de trabalho g. Ter conhecimento de casos de assédio e não tomar nenhuma atitude h. Cobrar excessivamente os prazos e as demandas i. Ignorar a voz da equipe j. Passar por cima de processos básicos k. Desmoralizar o funcionário perante o cliente l. Competir com os colegas m. Fazer piadas com estereótipos n. Menosprezar o. Sentir medo do desemprego p. Ser conivente com comportamentos abusivos 12. Assinale o nível de gravidade que você percebe entre as questões sociais abaixo e o assédio moral, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave a. Machismo b. Preconceito racial c. Desigualdade de gênero d. Xenofobia e. Padrões de beleza 13. Dos casos anteriores qual você acreditar ser o mais recorrente?

214

a. Machismo b. Preconceito racial c. Desigualdade de gênero d. Xenofobia e. Padrões de beleza

TERCEIRO BLOCO: Vamos conversar mais um pouco, estamos quase no final!

1. Você enxerga o desenvolvimento de problemas psicológicos como resultado de assédio moral nas agências? a. Sim (vai para questão 2) b. Não (pula para questão 6) c. Não sei responder (vai para questão 2) 2. Você conhece alguém que passou por essa situação? a. Sim (vai para questão 3) b. Não (vai para questão 4) c. Não sei responder (vai para questão 4) 3. Assinale as consequências psicológicas dessa situação: (apenas para quem responder a questão anterior) a. Gastrite nervosa b. Desmotivação c. Ansiedade d. Stress e. Melancolia f. Depressão g. Outro (resposta aberta) 4. Você já passou por essa situação? a. Sim (vai para questão 5) b. Não (vai para questão 6) c. Não sei responder (vai para questão 6)

215

5. Assinale as consequências psicológicas dessas situações: (apenas para quem responder a questão anterior) a. Gastrite nervosa b. Desmotivação c. A ​ nsiedade d. Stress e. Melancolia f. Depressão g. Outro (resposta aberta) 6. A partir do entendimento de assédio moral apresentado e da perspectiva de Han (2017) sobre auto exploração: “O explorador é ao mesmo tempo o explorado. Agressor e vítima não podem mais ser distinguidos” (HAN, 2017, p. 29), você identifica alguma relação entre assédio moral e auto exploração nas agências? a. Sim (vai para questão 7) b. Não (vai para questão 8) c. N ​ ão sei responder (vai para questão 8) 7. Qual o grau de relação que você enxerga entre assédio moral e auto exploração nas agências? Sendo 1 - Pouca relação e 5 - Muita relação ( apenas para quem responder a questão anterior) 8. Você percebeu a auto exploração como consequência do assédio moral no que se refere ao trabalho exercido nas agências de comunicação? a. Sim b. Não c. Não sei responder 9. Você percebeu a auto cobrança em demasia como consequência do assédio moral no que se refere ao trabalho exercido nas agências de comunicação? a. Questão 21 e 22 serão divididas entre os respondentes de maneira aleatória. Por exemplo, 100 responderão a questão 21 e 100 responderão a questão 22.

Obrigada por responder nosso questionário (: 216

APÊNDICE E - QUESTIONÁRIO PESQUISA QUANTITATIVA VERSÃO FINAL PRIMEIRO BLOCO: Conhecendo o entrevistado

Olá, gostaríamos de te conhecer um pouquinho melhor!

1. Você trabalha/trabalhou em uma agência de Porto Alegre? a. Sim b. Não (questionário acaba aqui) 2. Em qual faixa etária você se encontra? a. 17 - 21 anos b. 22 - 26 anos c. 27 - 31 anos d. 32 - 35 anos e. 36 anos ou mais 3. Com qual gênero você se identifica? a. Mulher b. Homem c. Outro (resposta aberta) 4. Na sua experiência mais recente em uma agência de Porto Alegre, em qual relação de trabalho você atuava/atua? (múltipla escolha: no mínimo 1 e no máximo 3 respostas) a. Terceirizado (ex.: freelancer, jobs etc.) b. Estagiário c. Funcionário d. Líder/gestor (também chamado de diretor) e. Outro (resposta aberta) 5. Na sua experiência mais recente em uma agência de Porto Alegre, a qual área de atuação você pertencia/pertence? (múltipla escolha: no mínimo 1 e no máximo 3 respostas) a. Atendimento b. Mídia

217

c. Criação d. Planejamento e. Conteúdo f. Administrativo/financeiro g. Pesquisa h. Outro (resposta aberta)

SEGUNDO BLOCO: Agora, vamos começar a conversa de fato!

1. Segundo Hirigoyen (2002), o assédio se caracteriza por um sofrimento invisível e está ligado a qualquer conduta abusiva, seja em forma de comportamentos, atos, palavras, gestos e/ou escritos que podem gerar danos à personalidade, dignidade, integridade física e/ou psíquica. A partir disso, você já ouviu algum relato sobre assédio moral no ambiente de trabalho das agências? a. Sim b. Não c. Não sei responder 2. Você já presenciou assédio moral no ambiente de trabalho das agências? a. Sim b. Não c. Não sei responder 3. Você já sofreu assédio moral no ambiente de trabalho das agências? a. Sim b. Não c. Não sei responder 4. As agências que você trabalhou ou trabalha possuem códigos de ética e conduta? a. Sim (vai para questão 5) b. Não (vai para questão 6) c. Não sei responder (vai para questão 6) 218

5. Esse código de ética e conduta é acessível? (apenas para quem responder sim na questão anterior) a. Sim, é de fácil acesso a todos b. Não, apenas falam sobre a existência de um código c. Não busquei saber sobre 6. Há canais de denúncia para relatar casos de assédio moral na agência em que trabalha/trabalhou? a. Sim (vai para questão 7) b. Não (vai para questão 9) c. Não se responder (vai para questão 9) 7. Como soube que existia esse canal? (apenas para quem responder sim na questão anterior) a. Por campanhas da agência b. Por líderes/gestores c. Por colegas d. Descobri sozinho e. Outro (resposta aberta) 8. Esses canais de denúncia são anônimos? (apenas para quem responder a questão anterior) a. Sim, são totalmente anônimos. b. Sim, mas são mediados por gestores. c. Não, são feitos por intranet. d. Não sei responder.

9. Nas agências que você trabalhou, houve iniciativas (campanhas, ações, debates, comitês, entre outros) que trataram sobre o tema do assédio? a. Sim (vai para questão 10) b. Não (vai para questão 11) c. Não sei responder (vai para questão 11) 10. Conte mais sobre essas iniciativas (apenas para quem responder a questão anterior) a. Resposta aberta

219

11. Na sua opinião, qual o nível de gravidade das situações abaixo, que envolvem atividades e equipes de agência, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave a. Cobrar e responsabilizar demais um membro da equipe b. Levar trabalhos da agência para casa c. Permanecer na agência além do horário comercial de trabalho d. Trabalhar mais de 8 horas sem folha ponto e. Gerir contas grandes sozinho(a) f. Cobrar-se demais por coisas que não cabiam ao meu escopo de trabalho g. Ter conhecimento de casos de assédio e não tomar nenhuma atitude h. Cobrar excessivamente os prazos e as demandas i. Ignorar a voz da equipe j. Passar por cima de processos básicos k. Desmoralizar o funcionário perante o cliente l. Competir com os colegas m. Fazer piadas com estereótipos n. Menosprezar os colegas o. Sentir medo do desemprego p. Ser conivente com comportamentos abusivos q. Sentir pressão por desempenho 12. Na sua opinião, qual o nível de gravidade entre as questões sociais abaixo e o assédio moral, sendo 1 - Pouco grave e 5 - Muito grave a. Machismo b. Preconceito racial c. Desigualdade de gênero d. Xenofobia e. Padrões de beleza 13. Dos casos anteriores, qual você acredita ser o mais recorrente? a. Machismo b. Preconceito racial c. Desigualdade de gênero d. Xenofobia 220

e. Padrões de beleza

TERCEIRO BLOCO: Vamos conversar mais um pouco, estamos quase no final!

1. Você enxerga o desenvolvimento de problemas psicológicos como resultado de assédio moral nas agências? a. Sim (vai para questão 2) b. Não (pula para questão 6) c. Não sei responder (vai para questão 2) 2. Você conhece alguém que passou por essa situação? a. Sim (vai para questão 3) b. Não (vai para questão 4) c. Não sei responder (vai para questão 4) 3. Assinale as consequências psicológicas dessa situação: (apenas para quem responder a questão anterior) a. Gastrite nervosa b. Desmotivação c. Ansiedade d. Stress e. Melancolia f. Depressão g. Outro (resposta aberta) 4. Você já passou por essa situação? a. Sim (vai para questão 5) b. Não (vai para questão 6) c. Não sei responder (vai para questão 6) 5. Assinale as consequências psicológicas dessas situações: (apenas para quem responder a questão anterior) a. Gastrite nervosa b. Desmotivação c. Ansiedade d. Stress 221

e. Melancolia f. Depressão g. Outro (resposta aberta) 6. A partir do entendimento de assédio moral apresentado e da perspectiva de Han (2017) sobre auto exploração: “O explorador é ao mesmo tempo o explorado. Agressor e vítima não podem mais ser distinguidos” (HAN, 2017, p. 29), você identifica alguma relação entre assédio moral e auto exploração nas agências? a. Sim (vai para questão 7) b. Não (vai para questão 8) c. Não sei responder (vai para questão 8) 7. Qual o grau de relação que você enxerga entre assédio moral e auto exploração nas agências? Sendo 1 - Pouca relação e 5 - Muita relação ( apenas para quem responder a questão anterior) 8.

Você percebeu a auto exploração como consequência do assédio moral no que se refere ao trabalho exercido nas agências de comunicação? a. Sim b. Não c. Não sei responder

9. Classifique os itens abaixo (sendo 1 - pouca relação e 5 - muita relação) conforme os resultados do assédio moral percebido em você mesmo, a partir das suas experiências em agências de comunicação de Porto Alegre: a. ( ) Auto exploração b. ( ) Auto cobrança c. ( ) Auto sabotagem d. ( ) Auto flagelo e. ( ) Auto desvalorização

Obrigada por responder nosso questionário (:

222