Saiba como agendar sua mamografia grátis



O Outubro Rosa chegou e, com ele, o reforço da necessidade da conscientização sobre o câncer de mama também. Conheça quatro maneiras de agendar sua mamografia em SP. > VEJA + PÁGINA 3






Carolina Dieckmmann fala sobre ‘Vale Tudo’
Na tevê há mais de 30 anos, a atriz construiu uma trajetória bem-sucedida nas telenovelas clássicas. Por mais que o formato tenha se modificado e o mercado de audiovisual tenha aberto diversas vertentes, a intérprete da ambiciosa Leila, de “Vale Tudo”, não abre mão de integrar um projeto tão tradicional da tevê brasileira. Não à toa, Carolina acreditou no folhetim do início ao fim da atual trama das nove, que caminha para seus momentos derradeiros. > VEJA + PÁGINA 7

Fortalecimento de habilidades motoras
O grupo “Crochê-tando”, que surgiu a partir do gosto pessoal da nutricionista da UBS Vila Palmeiras, Bruna Castro, tem como proposta promover um espaço de aprendizado e prática de crochê, e, a partir dele, de fortalecimento de habilidades motoras que podem ficar prejudicadas no processo de envelhecimento. > VEJA + PÁGINA 5




Uma nova geração de leitores

POR BIANCA JUNG
Um livro de fantasia mudou
a minha vida aos 12 anos. Talvez essa afirmação possa parecer um tanto exagerada, mas, deixe-me explicar. Imagine a seguinte situação: uma professora cria um projeto para apresentar aos seus alunos, todos no início da adolescência, envolvendo uma série de livros que fariam parte da biblioteca particular da escola. Dentre eles, havia a história de uma garota que se apaixonou por um vampiro. Não sou formada em medicina ou pouco posso falar sobre como funciona o cérebro, mas afirmo que naquele instante algo faiscou nos meus neurônios.
Eu queria mergulhar naquele enredo. Não somente naquele, mas em todos os outros que encontrei pelo caminho. Devorei palavra após palavra sobre reinos imaginários, poderes mágicos e seres místicos. Foi por conta deste primeiro livro de fantasia que, hoje, aos 29, tornei-me uma autora publicada tradicionalmente, a mais vendida da editora e rodeada de milhares de leitores que desejam saber mais sobre esse universo. Para mim, a magia da fantasia jovem é trabalhar com questões cotidianas em que muitos leitores poderão se ver representados, assim como expandir debates importantes da sociedade. E, ainda, utilizar elementos fantásticos para transportá-los a realidades que os inspirem e os façam ter interesse em continuar no mundo da literatura. A adolescência, de fato, é uma época complicada, mas com a ajuda das páginas de um livro, fica mais fácil enfrentar os medos que um coração jovem pode sentir. Reconhecendo a importância que as minhas palavras e personagens têm sobre esses corações, continuarei escrevendo para eles, assim como um dia outra autora escreveu para mim.
Nova ferramenta judicial de busca de bens e investigação patrimonial

POR
THIAGO MASSICANO
OConselho Nacional de Justiça lançou uma nova versão do Sistema Nacional de Investigação Patrimonial e Recuperação de Ativos (Sniper), ampliando seu alcance e reforçando o compromisso da Justiça com a chamada agenda da Justiça 4.0. A ferramenta tem como objetivo agilizar e dar mais efetividade às execuções judiciais, permitindo o cruzamento de dados de diversas bases públicas e privadas para localizar bens e patrimônios ocultos de devedores. Com a integração de registros cartoriais, sistemas de veículos, imóveis, instituições financeiras e outros cadastros, o Sniper busca oferecer precisão e rapidez na identificação de vínculos patrimoniais, aumentando a eficiência na recuperação de créditos. Apesar do avanço tecnológico e do simbolismo de demonstrar que o Judiciário está modernizando suas práticas, a inovação não está isenta de riscos. A qualidade das informações coletadas e a atualização das bases de dados são pontos críticos, pois erros cadastrais ou homônimos podem gerar constrições indevidas. Há ainda o desafio de equilibrar a eficácia da investigação patrimonial com as garantias processuais
constitucionais, como o contraditório e a ampla defesa, além da necessidade de salvaguardas robustas para proteger dados sensíveis e evitar usos indevidos da ferramenta. Outro aspecto relevante é que a tecnologia deve ser vista como apoio, e não substituição, da atuação criteriosa de juízes e advogados. Na prática, a expectativa é que credores e o próprio Estado tenham maiores chances de satisfação de créditos, enquanto devedores encontrarão menos espaço para ocultar bens. Para a sociedade, a percepção tende a ser positiva, já que aumenta a credibilidade do sistema judicial como instrumento de cumprimento das decisões. Contudo, o sucesso do Sniper dependerá da governança institucional, da transparência no uso, da segurança das informações e da capacitação dos operadores do Direito. Assim, embora represente um passo importante na modernização da Justiça, o Sniper só cumprirá sua promessa se for acompanhado de cautela, responsabilidade e respeito aos direitos fundamentais.
Thiago Massicano é especialista em Direito Empresarial e do Consumidor, sócio-presidente da Massicano Advogados e presidente reeleito da OAB Subseção Tatuapé. Acompanhe outras informações sobre o Direito Empresarial e do Consumidor no site www.massicano.adv.br, que é atualizado semanalmente.


OUTUBRO ROSA
Quando a reconstrução vai além da cirurgia

POR MARCO AURÉLIO
Outubro Rosa é sobre histórias. Sobre silêncios, medos, perdas, mas também sobre superação, recomeços e reencontros. Todos os anos, milhares de mulheres atravessam o diagnóstico de câncer de mama e saem transformadas do outro lado. Não apenas no corpo, mas principalmente na forma como se enxergam. O câncer de mama é hoje o tipo mais comum entre as mulheres no Brasil, com uma estimativa de mais de 73 mil novos casos por ano. Só em 2023, mais de 20 mil mulheres perderam a vida para a doença. Mas felizmente, ao lado do avanço dos tratamentos, a medicina também evoluiu em outra frente fundamental: a reconstrução.
Falo aqui não apenas da reconstrução mamária como técnica cirúrgica, mas da reconstrução da autoimagem, da autoestima e, muitas vezes, da própria identidade feminina. A mulher que enfrenta o câncer de mama não sai da mesma forma que entrou. Ela carrega cicatrizes (físicas e emocionais) e, com elas, o desafio de se reconectar com seu corpo, com seu reflexo, com sua história. É nesse momento que a cirurgia plástica deixa de ser apenas estética e se torna terapêutica. A mamoplastia reparadora é, antes
de tudo, uma devolução: da forma, da proporção, mas também da confiança, da feminilidade e da dignidade. Existem diferentes caminhos para essa reconstrução, todos personalizados conforme o corpo e a realidade de cada paciente. Algumas optam por próteses de silicone, outras por retalhos de tecido retirados do próprio corpo. Existem técnicas com expansores, enxertos, reconstrução do mamilo com tatuagem médica. Cada caso é único. Cada mulher, um universo. Mas independente da técnica, o que está por trás de cada escolha é o mesmo: o desejo de se reconhecer novamente. E é aí que entra o conceito que me acompanha em todos os anos de profissão: a Divina Proporção. Uma ideia que vai além da simetria perfeita. Falo de harmonia. De equilíbrio. De encontrar, mesmo após uma batalha tão intensa, um ponto de paz entre o corpo e a alma. Os benefícios da mamoplastia reparadora vão muito além do espelho. Ajudam no alívio de dores físicas, como nas costas e ombros. Corrigem assimetrias. Restauram o contorno mamário após a maternidade ou a doença. Mas principalmente, devolvem a liberdade de se sentir inteira, de se olhar com carinho, de se vestir sem medo. De viver com autenticidade.
Marco Aurélio Guidugli é cirurgião plástico
há 20 anos O QUE ERA NOTÍCIA EM 09 de outubro de 2005 EDIÇÃONº 971
Prefeito vistoria obras no Aricanduva e em favela
Oprefeito José Serra fez, na quinta-feira, dia 6, vistoria nos serviços de limpeza que estão sendo realizados no córrego Aricanduva e nas obras de urbanização da Favela da Colina, localizada ao lado do córrego Ipiranguinha, onde a Subprefeitura Aricanduva/Formosa/Carrão, atendendo a determinação do Ministério Público, removeu 35 barracos que estavam numa área parcialmente de risco, às margens do córrego. A rua em que estavam
1.690 TELEFONE: 2095-8202 (PABX) E-MAIL: CONTATO@GRUPOLESTE.COM.BR
os barracos, que mede 150 metros de comprimento por 6 de largura, liga a parte baixa à parte alta da favela e é o acesso a bairros como Vila Rica, Colorado e Vila Formosa. Ela será reurbanizada e o córrego canalizado, atendendo a uma antiga reivindicação dos moradores da favela, onde vivem mais de 120 famílias. A Secretaria Municipal de Habitação indenizou as famílias removidas, que procuraram outros lugares para morar por iniciativa própria.

OUTUBRO ROSA
Quatro maneiras de agendar mamografia gratuitamente em SP
DA REDAÇÃO
OOutubro Rosa chegou e a necessidade da conscientização sobre o câncer de mama também. A mamografia é o exame de imagem mais eficaz para a detecção precoce da doença que, quando logo no início, as chances de tratamento e cura aumentam significativamente.
As mulheres paulistas com idades entre 50 e 69 anos que nunca realizaram mamografia ou fizeram há mais de dois anos podem marcar seus exames sem a necessidade de pedido médico, gratui-
tamente, pelo SUS. Neste caso, basta apresentar um documento com foto e o cartão SUS. Já as pacientes entre 35 e 49 anos e acima de 70 anos devem apresentar o pedido médico, RG e o cartão do SUS.
COMO AGENDAR
Poupatempo - É possível marcar mamografias diretamente no aplicativo do poupatempo.sp.gov. br. Basta acessar o serviço, “Saúde”, escolher a opção, “Saúde da Mulher”, clicar em “Agendar Mamografia no Programa Mulheres de Peito”, clicar em “Iniciar” e seguir o passo a passo do agen-
damento.
Telefone - Pelo número 0800 779 0000, de 2ª a 6ª, das 8 às 17 horas, exceto feriados.
Unidade Básica de Saúde - Procurar a UBS mais próxima. Lá, passará por uma consulta com um profissional de saúde, que avaliará a necessidade do exame. Quando indicado, o encaminhamento é feito no sistema de regulação do município.
Carretas da Mamografia - As carretas atendem mulheres sem necessidade de agendamento e de forma gratuita. O serviço funciona de 2ª a 6ª


feira, das 8 às 17 horas, com disponibilização de até 50 senhas por dia. Aos sábados, o horário é das 8 às 12 orash, exceto feria-
dos, com atendimento de até 25 mulheres. De 14 a 25 de outubro, a Zona Leste contará com duas carretas da mamografia,



sendo uma no Poupatempo Sé (Praça do Carmo, S/N) e outra no Brás (Largo Senador Morais Barros, 106)


DA REDAÇÃO
Dia das Crianças e Halloween reúnem diversão e mistério

Evento reúne diversão e mistério durante todo o mês de outubro, com atrações gratuitas para todas as idades
ODia das Crianças e o Halloween estão entre as datas mais aguardadas do ano pela criançada. E, desta vez, o Shopping Anália Franco resolveu unir as duas comemorações em uma experiência única.
Até o dia 31 de outubro, a Praça de Eventos será transformada em um espaço cheio de magia, mistério e diversão com o “Halloween no Anália”.
O grande atrativo da experiência é o escape room temático, inspirado nos populares jogos de fuga que conquistam públicos de todas as idades.
A proposta é que grupos de até 7 participantes entrem, a cada 15 minutos, em salas cenográficas








e tenham um tempo determinado para desvendar enigmas, seguir pistas e descobrir segredos até encontrar a saída.
No Calabouço do Drácula, os participantes são convidados a explorar o espaço em busca de uma chave escondida entre surpresas misteriosas.
O Quarto do Bicho Papão traz enigmas divertidos em um ambiente cheio de curiosidades.
No Sótão das Aranhas, teias e pistas criam uma atmosfera de aventura, enquanto o Feitiço da Bruxa convida todos a participarem de rituais mágicos em busca da saída secreta.
Já o Reflexo das Sombras brinca com espelhos intrigantes, o Cemitério dos Esquecidos guarda
desafios a serem descobertos, e o Quarto Escuro dos Fantasmas surpreende com aparições brincalhonas.
E a celebração não para por aí. Nos últimos dias de outubro, de 28 a 31, os corredores do Shopping serão palco das encantadoras e tradicionais Paradas de Halloween.
SERVIÇO HALLOWEEN DO ANÁLIA
Período: até 31/10/25
Horário: todos os dias, das 12 às 21 horas (última sessão às 20h30)
Local: Shopping Anália Franco - Av. Regente Feijó , 1.739, Tatuapé
Entrada: gratuita, mediante agendamento pelo app MULTI.











































































‘Crochê-tando’ promove saúde ao longo do processo de envelhecimento
DA REDAÇÃO

A partir da prática de crochê, se alcança o fortalecimento de habilidades motoras que podem ficar prejudicadas no processo de envelhecimento

Crocheteira desde a juventude, Hilda dos Santos, de 78 anos, parou a atividade depois de ter os movimentos reduzidos em decorrência de um acidente vascular cerebral (AVC), há quatro anos. No entanto, essa realidade está mudando desde que começou a participar do grupo “Crochê-tando” que surgiu a partir do gosto pessoal da nutricionista da UBS Vila Palmeiras, Bruna Castro, que integra a equipe multiprofissional da unidade. A proposta é promover um espaço de aprendizado e prática de crochê, e, a partir dele, de fortalecimento de habilida-
des motoras que podem ficar prejudicadas no processo de envelhecimento. “Algumas participantes diziam que faziam crochê quando mais novas, mas acabaram perdendo essa habilidade. O grupo foi uma forma de retomar essa prática e ajudar em outras atividades cotidianas”, explica a nutricionista.
Inicialmente, Hilda se recusou a participar do grupo, pois acreditava que não ser capaz de retomar a atividade, mas a nutricionista insistiu e agora ela participa. Além de ir retomando o movimento das mãos no vai-e-vem da agulha, a atividade também deu mais autonomia para Hilda, que se antes não andava sozinha por medo de cair.
A capital mantém programa estruturado para acolhimento e cuidado integral deste público, como o Programa Nossos Idosos, presente em todas as UBSs do município. A iniciativa organiza atividades individuais e coletivas, com foco no processo de envelhecimento e no fortalecimento do vínculo do usuário com sua UBS de referência. De acordo com a Área Técnica de Saúde da Pessoa Idosa, o número de pessoas com mais de 60 anos que passam em consultas com profissionais de nível superior (médico e não médico) nas UBSs aumentou de 2020 a 2024, indo de 816.728 para 1.406.382 pessoas.


















‘Casa de Brinquedos’ de Toquinho e Mutinho
Omais importante entre todos os trabalhos musicais do violonista, cantor e compositor Toquinho para o universo infantil, o CD Casa de Brinquedos (interpretado por grandes nomes da Música Popular Brasileira, como Simone, Chico Buarque, MPB 4, Toquinho, entre outros) virou espetáculo musical que estreou no Teatro Fernando Torres no dia 4 de outubro, para curtíssima temporada.
Com músicas de Toquinho e Mutinho, o espetáculo - realização da Script Produções - tem texto e direção de Carla Candiotto, cenário e figurino de Kleber Montanheiro, coreografia de Beto Alencar, iluminação de Wagner Freire, sonorização de André Omote e direção musical e arranjos vocais de Daniel Rocha e Daniel Tauszig. Inspirado na alma de cada brinquedo, Toquinho e Mutinho compuseram 10 músicas, cada uma para um dos 10 brinquedos.



Para dar vida às canções e encenar o espetáculo, a diretora Carla Candiotto (prêmios APCA e Coca-Cola Femsa) foi buscar na história a origem desses brinquedos.
Divertido e atual, o texto do espetáculo foi criado pela diretora durante os ensaios. A montagem tem o estilo característico de Carla Candiotto – rápidas movimentações em cena, corre-corre, luta e bordões que marcam cada personagem.
Com 60 minutos de duração, a peça dosa na mesma medida texto e música (foram selecionadas 7 das 11 canções do disco para integrar o musical), entre elas Aquarela, O Caderno, A Bailarina, O Robô, entre outras.
A paixão pela turma, a linguagem do rap e brincadeiras de quente e frio ajudam a deixar o espetáculo identificado com o universo da garotada.
A proposta do musical é estimular a criatividade, passando
a importância e o significado da alma de cada brinquedo de forma irreverente e divertida.
TOQUINHO PARA CRIANÇAS
É vasta e importante a obra de Toquinho dedicada às crianças. Os trabalhos do violonista, cantor e compositor voltados ao público infantil foram criados a partir da década de 80, quando Vinicius de Moraes pediu ao parceiro que musicasse seus poemas do livro Arca de Noé. Resultaram desse trabalho os discos Arca de Noé 1 e Arca de Noé 2, lançados em 1980 e 1981, respectivamente. Em seguida, veio Casa de Brinquedos, onde os brinquedos ganham vida, e viram personagens que falam por meio de seus intérpretes.
SERVIÇO
Teatro Fernando Torres, 685 lugares. Rua Padre Estevão Pernent, 588 - Tatuapé. Sábados e domingos às 16 horas. Ingressos: R$120 (inteira) e R$ 60 (meia).
A Sociedade Agostiniana de Educação e Assistência - SAEA, está promovendo mais uma ação solidária em prol das pessoas em situação de vulnerabilidade social.
Garanta já o seu voucher, aproveite um delicioso kit italiano preparado pelo La Pergoletta e ainda concorra a um final de semana inesquecível no Hotel Villa Santo Agostinho, em Bragança Paulista. Todo o valor arrecadado será destinado às obras sociais da Comunidade Confiança.


ENTREVISTA
Carolina Dieckmmann fala sobre as dubiedades de Leila em ‘Vale Tudo’
Alguns hábitos são quase inegociáveis para Carolina Dieckmmann. Na tevê há mais de 30 anos, a atriz construiu uma trajetória bem-sucedida nas telenovelas clássicas. Por mais que o formato tenha se modifi cado e o mercado de audiovisual tenha aberto diversas vertentes, a intérprete da ambiciosa Leila, de “Vale Tudo”, não abre mão de integrar um projeto tão tradicional da tevê brasileira. Não à toa, Carolina acreditou no folhetim do início ao fi m da atual trama das nove, que caminha para seus momentos derradeiros. “Antes de ser atriz, eu sou fã de novela. Faz parte da minha história. construí minha carreira na televisão, priorizando a tevê. Tive momentos muito agraciados. Por isso é tão importante participar de uma novela icônica como ‘Vale Tudo’”, afi rma. Na trama das nove, Leila é ex-esposa de Ivan, papel de Renato Góes. Ambiciosa, ela gosta de fazer as coisas no seu tempo e de ter a quem pedir ajuda. Cresceu ouvindo de sua mãe que “era bonita demais para trabalhar” e, por mais que não acredite nisso, algo desse lema ecoa nas suas atitudes. Ao lado de Marco Aurélio, de Alexandre Nero, ela perde qualquer senso de ética e moralidade, mergulhando de cabeça em um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro na TCA. “Fiz a Leila bem sonsa. Assim, ela teria os caminhos abertos para essa dubiedade de caráter”, aponta.
P – Após seis anos morando no exterior, sua presença nas novelas se tornou esporádica. O que chamou sua atenção no projeto de “Vale Tudo”?
R – Eu sou muito fã de dramaturgia. Como fã, não pensei duas vezes. Queria participar desse momento de celebração da teledramaturgia. Eu quase fiquei com vergonha de ter sido chamada para viver a Leila. Mas é um momento muito especial da tevê. De qualquer forma que seja, “Vale Tudo” é uma trama que chama a atenção do público.
P – Como assim?
R – Muita gente não viu a novela e vê uma cena e se emociona. As cenas de “Vale Tudo” falam muita coisa. É

Acostumada aos múltiplos caminhos de uma obra aberta, Carolina Dieckmmann construiu sua Leila pautada na dubiedade ao longo dos capítulos
uma trama que faz pensar e emociona ao mesmo tempo.
P – Mesmo com tantas movimentações do mercado, streamings e no-
vos formatos, as novelas ainda são seu principal foco dramatúrgico?
R – Sim. Estou feliz demais de viver esse momento em “Vale Tudo”. Nove-
la faz parte da minha história. Antes de ser atriz, eu sou fã de novela. Eu fi z carreira inteira na televisão, priorizando a tevê. Tive momentos muito agraciados diante do vídeo. Então, integrar esse projeto faz muito sentido para mim.
P – Você tem memórias da versão original?
R – A vida inteira fui apaixonada por novela. Tinha 10 ou 11 anos quando passou a versão original e minha mãe também fazia sanduíche natural para vender na praia. Tenho uma certa conexão com essa novela.
P – Ao longo da novela, a Leila foi passando por certas transformações. Como foi encarar essa mudança na caraterização no ar?
R – O visual atual dá uma ideia de uma mulher mais cuidada, que gasta mais tempo e dinheiro com isso. A Leila é uma mulher que continua tendo o gosto e as escolhas dela, mas com mais recursos. Isso traz mais opções a ela, que passa a usar roupas com tecidos mais nobres, como renda e seda. Com o cabelo, a ideia é a mesma. Ela hoje tem mais dinheiro e mais tempo para poder se cuidar e ter essa aparência impecável. Isso, no entanto, me distancia bastante dela (risos).
P – Por quê?
R – Essa coisa de ter uma aparência mais cuidada não é muito a minha praia. E, por isso mesmo, me dá um outro prazer, num outro lugar, que é eu estar totalmente disponível e com a cara de um personagem. Toda vez que eu consigo me distanciar das minhas escolhas como Carolina, acho que agrego mais à minha profissão e à minha disponibilidade para as personagens. É uma coisa que eu tenho o maior prazer.
P – Você apostaria na Leila como a assassina da Odete novamente?
R – A minha Leila é uma sonsa. Qualquer coisa que ela faça, a gente pensa que ela capaz de fazer. Ela pode ser uma mocinha ou uma vilã. E pode matar alguém também. Se Leila não matar a Odete, quem sabe não mata outra?












