Jornal Gazeta São Mateus - Edição 555

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Gazeta São Mateus completa 30 anos de olho nos fatos A

Gazeta São Mateus completa três décadas a serviço da população de uma das maiores regiões da cidade. Neste dia 25 de janeiro, quando a maior capital do país celebra o seu 469º aniversário, o GSM sopra 30 velinhas com muita história pra contar.

E põe história nisso! Afinal, poucos jornais regionais impressos sobreviveram tanto tempo às intempéries de uma época no qual o bom e velho jornalismo foi tão banalizado. Não é à toa que a logomarca da Gazeta São Mateus é um gavião, sempre atento às mudanças e de olho nos fatos, tanto no nosso distrito quanto em São Paulo.

rtigo A

Como pedir sua

aposentadoria

neste ano que se inicia

Aposentadoria por idade

A mulher poderá requerer o benefício de Aposentadoria por Idade desde que preencha ao mesmo tempo, os seguintes requisitos: - carência (número mínimo de meses) de 180 meses; - tempo de contribuição mínimo de 15 anos e idade mínima de 62 anos!

As chuvas intensas que acometem várias regiões do Brasil desde novembro de 2022, combinadas com as altas temperaturas típicas do verão, são sinal de alerta para uma doença bem conhecida: a dengue. Isso porque esses dois fatores juntos criam um ambiente altamente favorável para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, principal vetor da doença.

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA G S ANO XXX - Nº 555 M
30 ANOS DE OLHO NOS FATOS 1ª Quinzena de janeiro de 2023
Editorial E REGIÃO Meio Ambiente Pag. 4 Dengue Pag. 5
azeta ão ateus
Pg. 2
O Brasil é muito maior do que tudo isso OBrasil e o mundo presenciaram atônitos um dos momentos mais desoladores da nossa história dos últimos tempos. No dia 8 de janeiro, um domingo, grupos de “apoiadores” do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram, depredaram e saquearam a Esplanada dos Ministérios em Brasília. A humanidade produz 91% vira lixo, aponta estudo Esses números ganham outra dimensão com as datas do fim do ano De tudo o que a humanidade produz, 91,4% vira lixo, segundo o Circularity Gap Report. No Brasil, as embalagens representam 30% de todo o material descartado, aponta o Instituto Akatu, e 17% dos alimentos são jogados fora a cada ano, informa a ONU. Esses números ganham outra dimensão com as datas do fim do ano, black friday, presentes de Natal, amigo secreto, lembrancinhas, kits para clientes e funcionários, roupas novas, móveis, eletrônicos, reformas, ceias, decoração. Verão chuvoso acende alerta
Temperaturas mais altas e chuvas intensas criam ambiente favorável para a proliferação do mosquito aedes
para dengue
30 anos de olho nos fatos Pag. 3

rtigo A

Aposentadoria por idade

A mulher poderá requerer o benefício de Aposentadoria por Idade desde que preencha ao mesmo tempo, os seguintes requisitos: - carência (número mínimo de meses) de 180 meses; - tempo de contribuição mínimo de 15 anos e idade mínima de 62 anos!

Seu pedido poderá ser feito de forma remota, ligando para a Central 135 ou

Como pedir sua aposentadoria neste ano que se inicia

acessando o portal meu.inss. gov.br inserindo o CPF e na sequência a senha gov.br

Ao se cadastrar no sistema MEUINSS o Requerente será direcionado para página onde poderá selecionar seu pedido de aposentadoria por idade, e após juntada de documentos e respostas a algumas perguntas, o processo se formará, de forma eletrônica.

O prazo para conclusão do pedido de aposentadoria por idade é de até 90 dias, nos termos do Acordo firmado entre o Supremo Tribunal Federal e o INSS.

Mas atenção, se a Mulher completou até o dia 31.12.2022 61 anos e 6 meses de idade, o pedido de aposentadoria por ainda poderá ser feito.

Aposentadora por tempo de contribuição Quem não preencheu 35 anos de tempo de contribuição

se Homem ou 30 anos de tempo de contribuição se Mulher, até o dia 13.11.2019, ainda poderá se aposentar preenchendo uma das regras de transição abaixo e os requisitos cumulativas passam a ser:

Regra dos pontos.

1. tempo mínimo de contribuição 30 anos Mulher e 35 anos Homem;

2. soma do tempo de contribuição + idade que atinja 100 pontos para o Homem e para a Mulher 90 pontos;

Regra da idade mínima + tempo mínimo de contribuição

Se homem completar 35 anos e a Mulher 30 anos, de tempo de contribuição,

. Idade mínima para o homem 63 anos para o homem e 58 anos para a mulher.

Consulte sempre um Especialista antes de requerer seu benefício junto ao INSS!

de atendimento

A cruzada em defesa da saúde, do meio ambiente e da vida de quem vive no quintal do Polo Petroquímico

Aobra do 4° andar, que vai impactar positivamente a vida de quase 5 mil pacientes por ano, custou mais de R$ 2 milhões

O Santa Marcelina Saúde, diante do compromisso em cumprir com a sua Missão institucional e, em razão disso, proporcionar mais conforto, oferecendo maior segurança e qualidade na assistência prestada, está prestes a entregar aos pacientes da unidade Itaquera, um andar de atendimento SUS com 25 quartos, que totalizam 75 leitos, posto de enfermagem e salas de apoio para as demandas internas totalmente reformado.

A obra de revitalização a ser entregue, que contou com a força de trabalho de 40 colaboradores e durou cerca de 8 meses, foi financiada, em maior parte, pelo Programa de Apoio a Projetos Sociais, da Fundação Salvador Arena (FSA), entidade sem fins lucrativos que dá suporte aos programas sociais

especialmente criados com a finalidade de integrar à sociedade os grupos e indivíduos diretamente assistidos, proporcionando-lhes uma nova etapa de vida, em que a dignidade e os fundamentos básicos da educação e da cidadania sirvam de alicerces para uma nova sociedade.

O andar, que em virtude da ininterrupta utilização necessitava de uma intervenção e atualização em sua estrutura, foi contemplado com a troca de pisos e revestimentos dos quartos, adaptação e reforma dos banheiros para as pessoas com necessidades especiais, revisão e substituição de toda a rede elétrica, hidráulica e gases medicinais, além da instalação de novas portas e batentes.

Durante a cerimônia de entrega do andar revitalizado, ocorrida na manhã desta terça-feira (10) com a presença de representantes da Fundação Salvador Arena, a Diretora-Presidente do Santa Marcelina Saúde, Ir.

Rosane Ghedin, destacou que o projeto do 4° andar, que custou mais de R$ 2 milhões, vai impactar positivamente a vida de quase 5 mil pacientes por ano. ‘’Quero expressar a minha gratidão à Fundação e ressaltar que, com isso, a nossa instituição passará a elevar ainda mais o nível de segurança e assistência direta, proporcionando aos pacientes e acompanhantes acomodações modernas, além do melhor aproveitamento dos espaços, otimizando a estrutura e os ambientes reformados’’.

Sobre: Com mais de 61 anos de atuação, o Santa Marcelina Saúde é uma instituição privada e filantrópica, composta por sete hospitais (sendo quatro em SP) e mais de 130 serviços de Atenção Primária, distribuídos em cinco regiões da Zona Leste da capital.

Referência em saúde nos diferentes níveis de atenção, atua em parceria governamental no desenvolvimento e fortalecimento do SUS, ampliando as alternativas de atendimento à população e, ainda, atende a convênio e particulares.

Uma cruzada tem sido travada por representantes da sociedade civil, ambientalistas e ativistas na Câmara Municipal de São Paulo. A bandeira que os une é a luta contra os impactos causados pelo Polo Petroquímico de Capuava, em Mauá, ABC Paulista, que afeta também moradores dos bairros São Rafael, Jardim Elizabeth e São Mateus, na zona leste de São Paulo. Não por acaso, a imprensa tem destacado o trabalho da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instalada no âmbito da Câmara Municipal de São Paulo. A causa foi abraçada pelo vereador Alessandro Guedes, vice-presidente da Comissão Extraordinária de Meio Ambiente. A ação surgiu a partir de denúncias de moradores cansados de sofrer com a emissão descontrolada de partículas em desacordo com a legislação ambiental pelas empresas do Polo Petroquímico.

DENÚNCIAS - Desde 2002, denúncias foram levadas à Justiça e há anos algumas ações seguem em tramitação, de autoria do Ministério Público Estadual e da Procuradoria Regional da República. Um dos trabalhos mais importantes a respeito dos efeitos da concentração de poluentes é o da médica endocrinologista Maria Angela Zaccarelli. Ela investiga o caso há mais de 30 anos. Pesquisas apontam que a poluição tem prejudicado a

saúde e a qualidade de vida da população, de animais domésticos e o meio ambiente.

Há alto índice de Tireoidite de Hashimoto e número elevado de habitantes com bronquite, asma, faringite, sinusite, rinite alérgica e dermatites.

A Tireoidite de Hashimoto é uma doença incurável e, se não tratada, leva ao coma e à morte. Em crianças, pode causar retardo mental e problemas de crescimento.

Em sua participação nas duas audiências públicas no Legislativo paulistano (abril e dezembro de 2021), a médica afirmou que já diagnosticou 469 casos de Tireoidite de Hashimoto na área.

SOFRIMENTOMoradores ouvidos na CPI relataram que são submetidos a barulho ensurdecedor dia e noite; cheiro fétido 24 horas e iluminação muito forte no céu.

Já participaram da CPI: Carlos Bocuhy, Presidente do Proam – Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental; Raquel Fernandez Varela, porta-voz da Rede Sustentabilidade Santo André e do MDV Movimento em Defesa da Vida do Grande ABC; médico patologista Paulo Saldiva; Dr. José Luiz Saikali, promotor de Justiça do Meio Ambiente, representante do Ministério Público de Santo André; Flávio Chantre, diretor de relações institucionais da Braskem; um representante da COFIP/ABC – Comitê de Fomento Industrial do Polo do Grande ABC; o ex-secretário de Meio Ambiente e exdeputado Fábio Feldmann; ex-

secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido dos Santos. Bocuhy declarou que a exposição à poluição no Polo Petroquímico de Capuava ocorre em um nível muito acentuado para algumas faixas etárias mais vulneráveis e que a falta de solução preocupa. “As indústrias precisam assumir que têm um problema estrutural. Não importa para a saúde se quem chegou primeiro foi o polo ou a população; a situação está instalada e tem que ser encaminhada para que a sociedade tenha seus direitos constitucionais garantidos”. Prorrogada pela segunda vez por mais 120 dias, a CPI já ouviu profissionais da saúde que atuam em UBS’s dos bairros da zona leste afetados pela poluição. Foram enviados requerimentos às secretarias estaduais de saúde, meio ambiente e à CETESB. A Comissão já se reuniu com o prefeito da capital Ricardo Nunes e o secretário de saúde Luiz Carlos Zamarco. Os membros solicitaram apoio para um estudo epidemiológico e análise da água, solo e ar. Levantamento com 4,5 mil moradores desses bairros será feito pelo Poder Público a fim de elaborar inquérito e monitoramento da população local. Em 2023, há muito trabalho pela frente!

Douglas Alves Mendes Ex Presidente PT São Mateus, Ex Supervisor de Habitação de São Mateus GerenteRelacionamento Comunitário da CET, Membro do Coletivo Nacional de Direitos Humanos do PT.

Diretora: Lucy Mendonça Diretora Comercial: Cristina Mendonça da Silva Jornalista Responsável: Lucy Mendonça – Mtb 43029-SP Representante Comercial: Marcos Roberto Mendonça Diagramação: Marcos Roberto Mendonça (Obs: Matérias assinadas não representam, necessariamente, a opinião do jornal) Fotolito e Impressão: Gráfica Pana - Fone: 3208-2487 CNPJ - 02.740.573/0001-87 Proibida a reprodução total ou parcial dos textos Tiragem: 10 mil exemplares Circulação: São Mateus, Iguatemi, Parque São Rafael DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Gazeta de São Mateus LTDA-ME CNPJ: 19.851.162/0001-61 Administração, Publicidade e Redação: Rua Libra, 85 - Jd. Santa Bárbara - São Mateus São Paulo - Cep: 08330-370 Fone: 2962-3172 / Cel: 994317658 E-mail: gazetamateus@terra.com.br EXPEDIENTE
Saúde Saúde
Maura Feliciano de Araújo Advogada e Diretora de Cursos e Eventos do IBDP Santa Marcelina Saúde revitaliza andar SUS com o apoio da Fundação Salvador Arena
Página 2 2ª Quinzena de Dezembro de 2022 Gazeta São Mateus

Gazeta São Mateus completa 30 anos de olho nos fatos

AGazeta São Mateus completa três décadas a serviço da população de uma das maiores regiões da cidade. Neste dia 25 de janeiro, quando a maior capital do país celebra o seu 469º aniversário, o GSM sopra 30 velinhas com muita história pra contar.

E põe história nisso! Afinal, poucos jornais regionais impressos sobreviveram tanto tempo às intempéries de uma época no qual o bom e velho jornalismo foi tão banalizado. Não é à toa que a logomarca da Gazeta São Mateus é um gavião, sempre atento às mudanças e de olho nos fatos, tanto no nosso distrito quanto em São Paulo.

Antes da internet, das mídias sociais e da guerra por likes, a Gazeta já atendia o

povo na saúde, na educação, no buraco da rua. Em 30 anos o bairro evoluiu muito - hoje mais parece uma cidade-, e o jornal sempre esteve presente ao lado da comunidade, lideranças, entidades e subprefeituras. E, como se orgulha em dizer a diretora e jornalista da Gazeta, “sem estar preso a nenhum político”.

“O Gazeta tem liberdade de falar o que pensa, somos um veículo que veio pra ajudar a população. Vamos continuar essa missão, manter essa linha. Na internet se propagam muitas mentiras e contrainformação, isso confunde a cabeça do leitor”, destaca Lucy Mendonça.

Já a Gazeta é um fato consumado. “É um jornal que quando realmente traz alguma pauta, ela é verdadeira,

honesta, pois a nossa principal missão é ajudar a população”, comenta Lucy Mendonça.

Ainda mais em tempos bicudos em que os jornais precisam provar seu valor, qualidade e compromisso com os fatos, primar pela imparcialidade e profissionalismo em meio a uma profusão de mídias digitais nem sempre preocupadas em propagar a verdade, em detrimento da concorrência por audiência, curtidas e seguidores.

PIONEIRISMO –

Considerado um dos cinco mais importantes jornais regionais de São Paulo, o Gazeta São Mateus foi pioneiro na região constituída pelos bairros de São Mateus, Iguatemi e Parque São Rafael.

São 30 anos trabalhando em prol da população de São

Mateus sem interrupção! A Gazeta São Mateus está mais viva do que nunca e agradece a cada um dos milhares de moradores e leitores que acompanham a nossa trajetória.

Muito obrigado!

Por Lucy Mendonça

O Brasil é muito maior do que tudo isso

Parte disso se deve ao “silêncio omisso” do exmandatário da nação. Ao não admitir a derrota nas urnas em uma eleição legitimada pelos três poderes, ao não se pronunciar para seus apoiadores nem orientar que fossem para casa, pondo em dúvida o sistema eleitoral, contribuiu para acender o pavio da dúvida e da revolta.

E ao invés de ficar no país e tentar apaziguar os ânimos diante da comoção da derrota, foi para os EUA enquanto milhares de

OBrasil e o mundo presenciaram atônitos um dos momentos mais desoladores da nossa história dos últimos tempos. No dia 8 de janeiro, um domingo, grupos de “apoiadores” do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram, depredaram e saquearam a Esplanada dos Ministérios em Brasília.

Imagens mostram que, aparentemente algo que “deveria” ser um protesto normal de milhares de pessoas, alguns saídos do acampamento em frente ao QG do Exército do DF e outros vindos de outros estados em caravanas, perdeu o controle e virou a invasão aos prédios da Praça dos Três Poderes,

onde estão sediados o STF, o Congresso e o Senado. Danos para a historia e a arte

Os danos materiais e históricos são imensos. Sem serem contidos pelos poucos policiais no local, destruíram móveis, equipamentos eletrônicos e série de obras de arte, entre quadros, esculturas, bustos e alguns presentes valiosos dados por líderes mundiais à Nação. Entre eles, um relógio do século 17, de Balthazar Martinot, presente da Corte Francesa a Dom João 6º, totalmente quebrado.

Não estamos acusando nem defendendo lados. O nosso entendimento é que a democracia e o estado de direito devem ser respeitados.

Manifestações pacíficas são um direito, legítimas, mas não destruição, saque, vandalismo e depredação do patrimônio público. O que foi depredado pertencia ao povo brasileiro; ninguém tem o direito de lesar o que pertence ao povo, sob nenhuma circunstância.

apoiadores permaneciam em acampamentos na porta de quartéis “acreditando” em uma improvável reviravolta.

Investigações

Resta acompanharmos as apurações e a devida responsabilização pelo ataque a Brasília, e torcermos para

que a conta pelo gigantesco prejuízo não caia no bolso do povo. Para a diretora da Human Rights Watch no Brasil, Maria Laura Canineu, autoridades locais falharam na adoção de medidas efetivas para proteger os principais prédios públicos federais.

Já a Organização das Nações Unidas pediu às autoridades que “priorizem” o reestabelecimento da ordem

e “defendam” a democracia e o Estado de direito.

Momentos dramáticos assim também servem para que façamos uma autoanalise e busquemos criar um futuro melhor com as ferramentas existentes. Sem ódio, polarização ou intolerância. O Brasil é muito maior do que tudo isso.

Por Gazeta São Mateus.

Editorial 30 anos de olho nos fatos
Página 3 2ª Quinzena de Dezembro de 2022 Gazeta São Mateus

A humanidade produz 91% vira lixo, aponta estudo

De tudo o que a humanidade produz, 91,4% vira lixo, segundo o Circularity Gap Report. No Brasil, as embalagens representam 30% de todo o material descartado, aponta o Instituto Akatu, e 17% dos alimentos são jogados fora a cada ano, informa a ONU. Esses números ganham outra dimensão com as datas do fim do ano, black friday, presentes de Natal, amigo secreto, lembrancinhas, kits para clientes e funcionários, roupas novas, móveis, eletrônicos, reformas, ceias, decoração.

A lista de produtos consumidos se multiplica e, quanto maior o consumo, maior a produção de resíduos e emissão de gases do efeito estufa, responsáveis pelas mudanças do clima. Se as pessoas se propuserem a promover mais encontros, distribuir bons sentimentos e reduzir o consumo neste fim de ano, o que acontece? A resposta é ao mesmo tempo simples e grandiosa: uma notável mudança de hábitos que pode transformar o mundo.

Em meio a debates cada vez mais intensos sobre sustentabilidade, a proposta de um Natal Circular se apresenta como ação necessária de preservação humana. O grande

desafio é driblar o consumismo, ampliar o reaproveitamento de materiais e praticar o mantra dos erres. Reciclar é importante, reaproveitar é necessário, repensar e reduzir

o consumo é fundamental.

Que tal se a gente focar em valorizar mais a companhia das pessoas, do que em comprar coisas? Ou, se formos realmente consumir, praticar

o consumo de forma mais informada e consciente?”, propõe o professor doutor Edson Grandisoli, coordenador pedagógico do Movimento Circular.

A economia circular busca otimizar os recursos do planeta e gerar cada vez menos resíduos. A equação é comprar menos, utilizar os produtos por mais tempo e reaproveitar seus insumos para a produção de novas coisas, reduzindo tanto a extração de recursos da natureza, como a quantidade de resíduos descartados. Um dos caminhos apontados pelo professor é comprar produtos de empresas que assumem compromissos socioambientais, investem ou doam parte dos lucros desse período para promover atividades que valorizam a circularidade e a sustentabilidade.

Por mais desafiadora que pareça, a mudança de posicionamento não é tão difícil. Com informação e planejamento é possível tornar as comemorações mais cheias de sentido, de significado e inspiradoras, inclusive no aspecto financeiro

Tijolo ecológico reduz em 90% consumo de água

e terrestres, além de outros impactos sonoros e sobre a saúde humana. A pesquisa lembra que as olarias são importantes economicamente para a região, principalmente com a geração de empregos, mas que o saldo ambiental é negativo.

O impacto ambiental dessa atividade não foi medido pelas autoridades brasileiras, dificultando, assim, até mesmo ações para diminuir esses problemas. É difícil obter informações oficiais sobre as olarias

no Brasil, problema que é admitido pela própria Associação Brasileira de Cerâmica (ABCERAM), mas calcula-se que o país tenha mais de 600 olarias.

Já o tijolo ecológico promove a conservação do meio ambiente (fauna e flora) e evita a alteração no nível do lençol freático, erosões, assoreamento dos rios, poluição sonora e instabilidade de margens e taludes

Otijolo ecológico é uma alternativa para a construção civil. Além de gerar impacto ambiental muito menor do que o produto tradicional, sua produção é mais barata e oferece uma redução de custos para as obras.

A Alphaz Concept, incorporadora que desenvolve projetos sustentáveis, adotou a utilização dos tijolos ecológicos que reduzem em 90% o consumo de água, dispensam a queima de carvão e diminuem a utilização de

argamassa no canteiro de obras.

“Esse tipo de tijolo é ecológico também por ser produzido a partir de restos de outras construções civis, industriais ou orgânicos, incentivando economia e reaproveitamento na obra. Resumindo, ele é ecológico porque evita degradações no meio ambiente e é feito de forma inteligente”, explica Leonardo Pereira, engenheiro de produção responsável pelos tijolos ecológicos da Alphaz Concept.

Tijolos tradicionais

Apesar de bastante comum na construção civil, o tijolo tradicional de argila foi sempre um componente problemático no quesito ambiental. A produção de materiais cerâmicos, que é realizada nas chamadas olarias, causam impactos ambientais como a derrubada de árvores e a contaminação do solo.

Esses problemas foram identificados no artigo científico “Impactos Ambientais causados pela Implantação e Operação de

Olaria em Caçapava do Sul”, publicado na revista científica Holos Environment por acadêmicos da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e Universidade Federal do Pampa (UNIPA

De acordo com o trabalho, o processo de extração, produção, beneficiamento, queima e transporte da argila para produzir o tijolo resulta em perda da qualidade e contaminação do solo, deterioração da qualidade da água e do ar, alteração dos ecossistemas aquáticos

Participe, discuta, reflita. Esta página é toda sua!

Quinzenalmente, o Jornal Gazeta São Mateus trará neste espaço debates e informações sobre preservação e consciência ambiental em meio urbano, com especial ênfase à questão da destinação final de resíduos. Esta página conta com o apoio da Prefeitura de São Paulo e da EcoUrbis Ambiental S/A, concessionária pública responsável pela coleta, transporte e destinação final de resíduos domiciliares e de saúde na Área Sudeste da capital paulista, que abrange 19 das 32 prefeituras regionais, e o objetivo é contribuir para ampliar cada vez mais a conscientização e educação ambiental da população. Envie suas sugestões de pauda para gazetamateus@terra.com.br

Esses números ganham outra dimensão com as datas do fim do ano Produto dispensa a queima de carvão e diminui a utilização de argamassa no canteiro de obras
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As chuvas intensas que acometem várias regiões do Brasil desde novembro de 2022, combinadas com as altas temperaturas típicas do verão, são sinal de alerta para uma doença bem conhecida: a dengue. Isso porque esses dois fatores juntos criam um ambiente altamente favorável para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, principal vetor da doença.

“O mosquito se prolifera

Verão chuvoso acende alerta para dengue

casos de doenças transmitidas pelo mosquito aumentam consideravelmente nesta época do ano por causa das mudanças climáticas e alerta para um crescimento, com a chegada de dias mais chuvosos.

em espaços úmidos e quentes, as regiões com temperaturas mais elevadas são muito propícias para o aedes e as chuvas que temos visto nos últimos meses agravam ainda mais esse cenário. Por isso é preciso estar atento”, alerta o médico Alexandre Cunha, infectologista do Grupo Sabin e vice-presidente da Sociedade de Infectologia do Distrito Federal.

De acordo com o especialista, o registro de

“Temos percebido um aumento no número de exames para dengue, zika e chikungunya e um aumento na positividade desses exames, o que nos faz redobrar a atenção e reforçar movimentos de orientação para conscientização individual e coletiva a fim de evitar a proliferação do mosquito”, ressalta Alexandre.

O Boletim Epidemiológico nº 47 do Ministério da Saúde, divulgado na ultima semana de dezembro de 2022, traz o número de 1.414.797 casos prováveis de dengue registrados esse ano no Brasil,

uma taxa de incidência de 663,2 casos por 100 mil habitantes. Um aumento de 163,8% no número de casos, quando comparado com o ano de 2021.

A região Centro-Oeste apresentou a maior taxa de incidência de dengue, com 2.028,4 casos por 100 mil habitantes, sendo Brasília a cidade com maior incidência, no entanto todas as regiões do país apresentaram aumento na incidência de dengue este ano.

O maior número de óbitos está em São Paulo, dos 987 óbitos confirmados por dengue no Brasil, 278 são do estado. Goiás vem logo em seguida, com 154 óbitos.

Além da dengue, o mosquito aedes transmite zika e chikungunya e os sintomas das três doenças além de semelhantes, podem se assemelhar aos

sintomas de COVID-19, o que pode confundir e acarretar em, tratamento errado com automedicação, demora no diagnóstico e consequentemente atraso no início do tratamento adequado. Esses sintomas incluem: febre de início abrupto acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, além de náuseas, vômitos e dores abdominais.

“Buscar um médico o mais rápido possível sempre que se observar esses sintomas é fundamental para garantir um diagnóstico preciso e o tratamento adequado. É possível por meio de exames laboratoriais determinar qual é a doença para assim realizar com assertividade o tratamento”, orienta o especialista.

O médico ressalta a importância de um diagnóstico correto para o sucesso do tratamento.

“Um laudo preciso fornece segurança para a melhor jornada de cuidado do paciente e contribui para que o médico conduza o tratamento de forma resolutiva, com assistência e manejo clínico adequados”, conclui.

Como medida preventiva, combater o mosquito é um dever de todos e começa dentro de casa, com cuidados simples na rotina, evitando criar ambientes propícios ao desenvolvimento do mosquito como água parada em telhados, calhas, garrafas e pneus. Reservatórios de água também são um ponto de atenção e devem ser tampados, para que o mosquito não coloque seus ovos ali.

Dengue
Temperaturas mais altas e chuvas intensas criam ambiente favorável para a proliferação do mosquito aedes
Página 5 2ª Quinzena de Dezembro de 2022 Gazeta São Mateus

Carnaval 2023: conheça a história de um dos eventos mais comemorados

folclore local que resulta nos carnavais de Recife, Olinda e Manaus, por exemplo.

No início do século XVIII, temos os primeiros “cordões” no Rio de Janeiro, com pessoas cantando e dançando pelas ruas.

No século XIX, chegaram ao Brasil os primeiros bailes de salão, inspirados nos carnavais franceses.

Pela influência francesa que as fantasias mais tradicionais até hoje são de Pierrot, Arlequina e Colombina.

escola de samba, a “Deixa Falar”, e no ano seguinte foi disputado o primeiro concurso entre elas.

Após esses acontecimentos, o carnaval passou a fortalecer suas tradições e festejos de cada região do país, sendo celebrado até os dias atuais.

O carnaval tem alguma ligação religiosa?

de orações e reflexões.

Os 3 ou 4 dias anteriores à Quaresma são o carnaval, no modelo da festa que foi colocada no calendário cristão no ano de 590.

A palavra carnaval muito provavelmente vem do latim carnis levale, que significa “despedida da carne”.

Como é comemorado no Brasil?

OBrasil é chamado de “país do carnaval”, e nossa festa é conhecida mundialmente como um dos eventos mais populares do mundo e de grande representação cultural.

O carnaval e sua história

A história do carnaval no Brasil iniciou-se no período colonial, no século XVII, devido às influências lusitanas dos colonizadores.

Uma das primeiras manifestações carnavalescas foi o Entrudo, uma festa de origem portuguesa em que famílias nobres jogavam água, às vezes com perfume, umas nas outras.

A festa era tão popular que até Dom Pedro II, o imperador do Brasil na época, se divertia jogando água nos nobres.

As pessoas escravizadas, por sua vez, quando eram autorizados, iam para as ruas, onde travavam pequenas disputas que eram conhecidas como “Jogo do Entrudo”, em que jogavam uns nos outros água com barro.

Somente em 1822, após a Independência do Brasil, que o carnaval se desfez das influências europeias, ganhando novos ritmos regionais e africanos.

Surgiram então os cordões e ranchos, as festas de salão, os corsos e as escolas de samba.

Afoxés, frevos e maracatus também passaram a fazer parte da tradição cultural carnavalesca brasileira, bem como marchinhas, sambas e outros gêneros musicais.

Onde surgiu o carnaval?

Especula-se que que o carnaval advém desde as primeiras festividades que ocorriam no império romano e na Grécia antiga.

Porém, foi na península itálica, em plena idade média, que o carnaval passou a se consolidar como a festa que temos hoje.

O tradicional carnaval de Veneza tem a sua primeira documentação no século XII e de lá, iria se espalhar pela Espanha, Portugal e França. Por meio desses países, chegaria no continente americano.

No nordeste do Brasil, a festa se misturou com as tradições das folias de reis, que acontecem em janeiro.

Essas misturas de tradições e também com

Depois dessa concentração de elementos e influências, na virada do século XIX para o século XX que começa o carnaval que conhecemos hoje.

Em 1890, Chiquinha Gonzaga compôs a primeira marchinha de carnaval “Ô abre alas que eu quero passar”.

Em 1928, temos a primeira

Por se tratar de uma festa muito antiga, a igreja católica considerava as celebrações como um ritual pagão, daí a vontade de incorporar essas festividades como parte do calendário religioso.

Mais importante também, era a necessidade de definir uma data para estabelecer quando seria Quarta-Feira de Cinzas, o primeiro dia de Quaresma, período de 40 dias reservados ao jejum, abstinência de alimentos, como a carne vermelha, além

O carnaval será comemorado em várias partes do Brasil, ou seja, não há nenhuma festa singular acontecendo ao mesmo tempo.

Desfiles de fantasias, danças e músicas acontecem em todas as regiões, mas cada uma faz o carnaval de maneira um pouco diferente.

Por exemplo, as cidades do sudeste do Brasil apresentam desfiles liderados por escolas de samba , que são essencialmente grandes clubes de marcha e dança.

Na região nordeste do país, a escolha musical difere das grandes cidades do sul e os desfiles são mais interativos com o público.

Onde quer que o carnaval seja comemorado, os participantes certamente se divertirão muito no tradicional costume brasileiro.

Carnaval 2023
O carnaval é um dos momentos mais aguardados pelos brasileiro todos os anos, sendo marcado por muita festa e comemoração. A seguir, conheça não só o dia deste evento em 2023, como a história por trás da data!
Página 6 2ª Quinzena de Dezembro de 2022 Gazeta São Mateus
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