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2. DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E SAÚDE

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3. MARKETING

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a. Comitê Estratégico

Objetivamos a criação de uma comissão não remunerada constituída por três profissionais da saúde. O intuito maior dessa comissão é ser um elo entre a diretoria, o coordenador de ciência e saúde e os profissionais de linha de frente das diferentes especialidades que irão compor o departamento fixo de saúde. A mesma ficará responsável por buscar parcerias estratégicas com instituições de ensino voltadas ao desempenho esportivo, assim como cientistas de renome na área. Acreditamos que ao aproximar o clube da ciência, fugindo do empirismo na tomada de decisão em saúde, podemos errar menos, gerar dados para análises futuras e nortear diagnósticos de realidade.

Outra meta consiste em ampliar o status do clube em termos de geração e troca de conhecimento especializado. Por isso, queremos seguir o modelo de diversos clubes europeus e promover encontros científicos, trazendo essa troca de conhecimento para dentro da nossa casa.

Também será seu dever fiscalizar o cumprimento de metas de trabalho, buscar viabilizar demandas dos profissionais de corpo clínico junto ao executivo de futebol e à presidência, além de traçar objetivos de capacitação periódica e geração de conhecimento técnico.

Cabe ressaltar que não é de interesse e competência de nenhum membro desse comitê a influência direta em decisões clínicas ou técnicas do dia a dia dos atletas. Esse grupo também terá a mesma responsabilidade sobre o futebol feminino, categorias de base e escolinhas do clube, adequando sua função estratégica de acordo com as necessidades e demandas de cada setor.

b. Coordenador de Ciência e Saúde

Esse profissional contratado terá papel fundamental em nosso plano de ação e será buscado através de uma avaliação detalhada. Deve possuir expertise em diferentes segmentos, como gestão esportiva, de recursos humanos e produção científica. Em termos de formação de base, é importante que tenha graduação na área da saúde, mas sem nenhuma obrigatoriedade de profissão.

O coordenador de ciência e saúde deve ter a incumbência de fazer mapeamento constante de estudos e inovações na área esportiva, sempre primando pela comprovação científica, seja para protocolos de prevenção e recuperação de lesões ou até mesmo para propor aquisição de materiais e insumos para qualificar o departamento. Também deve estar atento para fazer aproximações e trazer profissionais de renome em tratamentos complementares aos tradicionais já utilizados, para que possam palestrar e interagir com os membros de nosso corpo clínico.

Pretendemos ainda desenvolver/aprimorar protocolos multiprofissionais para todos os agravos mais comuns em atletas de alto rendimento, visando monitoramento periódico e pronta recuperação. Esses protocolos serão de responsabilidade e execução do corpo clínico do departamento de saúde em suas diferentes áreas, cabendo ao coordenador da ciência e saúde apenas estimular e fiscalizar o processo e a interação entre os profissionais.

Um outro ponto sensível e que deve ser monitorado pelo coordenador de ciência e saúde junto aos atletas e seu “staff” pessoal é a prestação de serviços por profissionais de saúde externos ao clube, buscando evitar tratamentos sem sustentação científica e/ou complementos de trabalhos que possam gerar sobrecarga ou promover a falta de controle do clube sobre o condicionamento / reabilitação de atletas.

O coordenador de ciência e saúde também será responsável por supervisionar os mesmos processos no futebol feminino, categorias de base e escolinhas, podendo escolher profissionais para reproduzir seu trabalho nas áreas citadas acima, gerando um modelo espelhado.

Acreditamos também que as categorias amadoras podem ser um local de desenvolvimento e aprimoramento para os profissionais de saúde, pois assim poderemos formar em casa novas gerações para o corpo clínico, já com a mentalidade de atuação multiprofissional e integrada.

c. Corpo Clínico

Nosso corpo clínico para o futebol masculino profissional será composto inicialmente por profissionais de seis departamentos. São eles: i. Médicos, ii. Fisioterapeutas, iii. Nutricionistas, iv. Enfermeiro, v. Psicólogo e vi. Fisiologistas. Cabe ressaltar que cada profissão que tiver mais de um componente, terá também seu coordenador técnico, o qual terá atribuições específicas de gestão de área. Os profissionais devem respeitar um formato de trabalho não hierárquico e com constante interação interdisciplinar, modelo este, já estabelecido e consolidado como referência nos clubes de maior relevância no cenário mundial.

A relação com a comissão técnica deve ser prioridade da equipe clínica do departamento de saúde, por se tratar de um processo dinâmico e cotidiano. No entanto, vemos como interessante a possibilidade de envolver a comissão técnica, em especial a equipe de preparação física, em atividades da comissão de saúde, contribuindo para a relação de atenção multiprofissional ao atleta.

Sobre a relação com profissionais terceiros, que hoje são uma realidade e acreditamos muito necessária (cirurgiões e clínicos de especialidades que não compõem o departamento médico), também devem se relacionar diretamente com o corpo de saúde do clube para definição compartilhada de objetivos e tratamento.

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