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RUMO À TECNICIDADE DAS DECISÕES
Historicamente um clube associativo tem seus cargos de gestão e processos decisórios estruturados na figura do “dirigente”, que vem a ser um sócio e/ou conselheiro do clube que trabalha de forma voluntária e abnegada. Não cabe aqui crítica a esse modelo, que foi praticamente universal no mundo do futebol.
O fato é que o esporte vem mudando rapidamente. Esse modelo histórico, e muitas vezes vitorioso, vem perdendo espaço para a profissionalização e modernização das estruturas dos clubes, que caminham inexoravelmente para um modelo similar (quando não literalmente aplicado) à gestão de uma empresa. Sendo assim , quem não se adaptar a essa nova realidade, não terá condições de competir em nenhum dos aspectos que rodeiam o mundo do futebol. Em outras palavras, não há mais espaço para o empirismo, para a decisão baseada na experiência pessoal e, muito menos, para interesses e metodologias outras que não representem o topo do conhecimento em cada área de interesse.
Não se pode imaginar que num mundo de algoritmos, business intelligence, hiper especialidades em todas as profissões e conhecimento acadêmico disponível e acessível a qualquer empresa, os processos diretivos sejam comandados por leigos de boa vontade, profissionais desatualizados e modelos que já não atendem ao volume de exigências a serem abarcadas na gestão do meganegócio em que se transformou o negócio/futebol. Invariavelmente, ouvimos essa mesma avaliação, diferindo na forma, ou no conteúdo em quase nada, por praticamente todos os movimentos, ou possíveis postulantes a cargos administrativos.
Não nos cabe criticar ou exercer nenhuma espécie de juízo às propostas e/ou idéias de outros grupos. Todos querem o bem do Grêmio. Não acreditamos que ninguém seja mais ou menos gremista, ou que tenhamos o dom da onisciência.