Gatilho Nº17 @ Abril 2015

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FLIP I Mostra de Cinema de Animação em Amarante.

p’ra ti por Adriano Santos



[ p’ra ti ] Adriano Santos «É dificílimo escolher apenas um disco, um livro ou um filme. Para mim, porque ouço horas de música, torna-se ainda mais difícil escolher "o álbum". No entanto e mantendo uma coerência temática, o homem e a sua circunstância, aqui ficam as minhas escolhas.»

O Filme Breakfast on Pluto (2005) Um provocador nato, a vida sem regras, a mentalidade e os costumes. A história "simples" de "Kitten", o personagem da história, um homem que vive a vida, em "corpo trocado", com grande entrega e sem pudor. Baseado num romance de Patrick McCabe realizado por Neil Jordan com Cillian Murphy, Liam Neeson, Stephen Rea, Brendan Gleeson, Gavin Friday e Laurence Kinlan.

O Disco «Closer"- Joy Division - 1980

O Livro Admirável Mundo Novo 1932- Aldous Huxley

«Closer" é um disco do Pós-Punk mas que, na minha modesta opinião, celebra o Punk. Lançado após o suicidio de Ian Curtis, produzido por Martin Hannett e executado por Ian Curtis (voz), Bernard Albrecht, ou Sumners (guitarra e teclados), Peter Hook (baixo) e Stephen Morris (bateria). Todo o disco é um inigma desde logo na foto de uma sepultura do belo cemitério Staglieno, em Gênova, que recomendo vivamente a ser visitado. A foto é na verdade o preâmbulo do disco, um aviso para a crueza da musica e das letras que vamos ouvir. Um disco que foca os vários "desesperos" que vamos encontrando na condição humana. Uma mensagem que o som carregado dos sintetizadores realça e que a voz lúgubre de Ian Curtis confirma. Um album imprescindivel da musica POP.

Numa sociedade futura as pessoas são condicionadas em termos genéticos e psicológicos para se conformarem com as regras sociais dominantes. Numa sociedade que se divide em castas, onde conceito de família é inexistentes e a insegurança dos cidadãos é combatida através de uma droga [a soma], sem efeitos colaterais, nem por isso é uma sociedade ideal.Stephen Rea, Brendan Gleeson, Gavin Friday e Laurence Kinlan.


[ curtas ] PAULO CAFETEIRA o pirmeiro músico a actuar na Porta 43 em 2015 Paulo Cafeteira, acompanhado pela sua guitarra, animou a tarde solarenga de 4 de Abril no Pátio das Laranjeiras. Os clientes e amigos da Porta 43 juntaram-se para ouvir o músico amarantino cantar conhecidos temas Pop Rock (Europe, The Gift, António Zambujo, Mamonas Assassinas…) enquanto apreciavam a vista e uma ou outra cerveja gelada. Terminada a actuação, Diogo Cardoso pegou na guitarra e cantou alguns temas a pedido do próprio Paulo Cafeteira para perlongar um pouco mais a animação. A Porta 43 abriu assim oficialmente para receber os dias quentes que se avizinham. por Gabriela Teixeira

Pedro Fidalgo actuou no D'Arcos Bar Pedro Fidalgo apresentou-se a solo para mais um concerto semiacústico no D'Arcos Bar na noite de 26 de Fevereiro. Acompanhado pela guitarra, Pedro presenteou o público com competentes e sentidas versões de vários hinos do rock como Bom Jovi, Neil Young, Pink Floyd, Bod Dylan, Willy Nelson… No intervalo do espectáculo ouviu-se na íntegra o EP de Leopardskin. Na segunda parte do concerto, Pedro Fidalgo tocou uma balada sua original que acompanhou à guitarra e à harmónica e que foi, sem dúvida, o grande momento de contemplação da noite. Terminado o concerto, Nuno Teixeira tomou as rédeas da mesa de som e embalou o público em mais uma noite de sonoridades pesadas desde o rock clássico até ao stoner rock. São eventos como este que nos fazem ter uma certeza: “rock n'roll can never die”! Texto: Gabriela Teixeira Foto: Miguel Basto” ….


PETISCOS LITERÁRIOS com JON BAGT 25 de Abril 16h30

GATILHO/PORTA43

Tema: A Liberdade Introdução do tema: Jon Bagt Leitura de Poemas de: Teixeira de Pascoaes Fernando Pessoa Herberto Hélder Sophia de Mello Breyner Andresen Alexandre O `Neill Natália Correia TRAZ O TEU POEMA TAMBÉM Petiscos . Música . Literatura


Círculo Lago Cerqueira lança livro sobre política local por Carla Vera Bento

O Círculo Lago Cerqueira lança livro sobre política local “para não esquecer” “Agora exige-se aos partidos políticos preocupação com as pessoas” O lançamento do livro “ O Poder Local em Amarante 1974-2014”, de Pedro Alves Pinto, reuniu no passado dia 7 de Março, na Biblioteca Municipal Albano Sardoeira, várias individualidades amarantinas de diferentes quadrantes políticos. Francisco Assis, Lisa Antunes, António Duarte, Armindo Abreu, Telmo Pinto entre muitos outros. Viam-se socialistas, comunistas, bloquistas, sociais- democratas, a provar que a política não é só divisão e oposição, quando se trata da abordagem “histórica” da Democracia. A viagem mostra-nos Amarante como vila estagnada, a viver de promessas, à semelhança de tantas outras terras, ao longo dos 40 anos do regime de António Oliveira Salazar. E a juventude inquieta com o frémito pela luta pela Liberdade, era frequentemente alvo de inquéritos da Pide e dos seus “acólitos”, possivelmente ainda hoje em escondidas estratégias … ou não. O livro, cujas investigações demoraram um ano e meio, e que foi lançado no âmbito das Comemorações dos 10 anos do Círculo Lago Cerqueira, relembra os factos: a multidão que na noite de 27 de Abril, saiu à rua, sob flores e papeizinhos coloridos, em total manifestação de apoio ao Movimento das Forças Armadas. Tudo documentado pela lente “nostálgica” de Eduardo Teixeira Pinto. E notícias da altura, publicadas no jornal Flôr do Tâmega e no Ribatâmega, também incluídos na Exposição paralela, dedicada ao mesmo tema, patente na Biblioteca municipal. A ideia resulta numa interessante e “rigorosa descrição” da ideologia dos partidos políticos locais, as suas convicções, os seus ideais e mais tarde, os manifestos. Uma pesquisa que foi morosa já que a ….


Alves Pinto, Autor do Livro Fotografia de RioTV

maior parte dos partidos não tem arquivos. As memórias vão desde os grupos fundados na clandestinidade como o LCI e o líder Francisco Silva, hoje ativista do Bloco de Esquerda; ou as várias referências, talvez a mais citada na obra, da família Antunes, sempre com uma palavra a dizer na luta pelo progresso intelectual e interventivo da terra; passando pela alusão a movimentos como o MRPP, MDP-CDE ou APU, que fizeram parte da realidade revolucionária de Amarante, em que se uniam desde os “intelectuais, aos estudantes, aos artistas, aos operários” Jorge Mendes, vice-presidente da Câmara Municipal de Amarante, acompanhado por Armindo Abreu, presidente da Assembleia Municipal, na mesa de honra, fez notar que “se trata de uma obra destinada essencialmente aos jovens e às novas gerações”. Talvez seja mais um passo na aproximação da política local à juventude, para além de “manter viva a imagem de todos os que foram construindo Amarante”. De notar que, “O Poder Local em Amarante 1974-2014” inclui manifestos e diferentes cartazes utilizados em campanhas, tendo Armindo Abreu salientado, curiosamente, que apesar das divergências, “Mudança” é a palavra mais utilizada nos slogans políticos, ou não fosse o desenvolvimento e o progresso o hastear da bandeira de todos os partidos políticos. No fim, clama pela responsabilidade individual, “de todos nós”, para a concretização de níveis e parâmetros mais elevados, justos e equilibrados, em que a Liberdade nunca se ponha em causa, atrevemo-nos a questionar, “ um convívio saudável “ diz o dinossauro socialista, rematando “ continuamos a lutar para que esta terra seja melhor”. O apelo ficou lançado. Agora, espera-se “mais preocupação com as pessoas, na política actual” deseja o autor da obra! A História da mentalidade de uma cidade revolucionária para revisitar!” ….


Manipulação do som. Abstração. “O tempo não existe” Time Shifter em Café Concerto

por Carla Vera Bento fotografia de João Duro

Em cena entram três personagens femininos que parecem oriundos da galáxia do fantástico, sempre que a sensação se aloja transcendentalmente no Espírito e na Imaginação. Magui Costa, a convidada especial abre o espetáculo, mergulhando numa divagação intensa e arrepiante, sobre o significado do Tempo. Manipulação e Abstração? Afinal, tinham-lhe “devolvido a hora emprestada com uma caixinha lá dentro”! A caixinha de música que transporta, começa a entoar uma melodia, baixinho. Entre gritos insanos grita “esta melodia do tempo confunde-me” Há alma na atmosfera! E o tempo deixa de existir! As outras duas personagens continuam estáticas, frias, em contraposição à vivacidade e expressividade do monólogo. Sobe a palco. Um pequeno espaço, no Centro Cultural de Amarante, altamente cénico naquela noite, numa decoração dadaísta, e dada “não significa nada”, em que se podia ver uma panóplia de objectos utilitários, quotidianos pendurados: aros de bicicleta, espelhos, televisões ligadas, rendas de crochet, relógios deformados, pneus, mas que resultavam numa produção algo harmoniosa, apesar de provocação anti burguesa! A pequena miúda que distribui e transforma o tempo toca-as. É o estímulo necessário. A ligação vital. Elas reagem e começa a viagem – “uma caixa que viaja no tempo para te encontrar”. Clock – numa sonoridade escura. Raquel Devesa, dá inicio a delírios vocais “non sense”, enquanto Sónia Vicente, se lança até ao “interior estético” do violoncelo eléctrico, um instrumento de qualidade e som superior, rasgando as profundezas do sentimento de quem assiste. Há uma experimentação constante das texturas sonoras às quais se combina a electrónica. O som tornase mais fácil de percepção, com menção para Taken, ou uma canção de profundidade automático Humana. A música vai ganhando uma batida mais forte e a electrónica apodera-se do cenário. O sentimento final parece ser de possessão interior: “um diálogo de exortações etéreas”, diria alguém. Sónia Vicente, diz-nos que “tudo é explorado, desde o clássico ao barroco ao contemporâneo” e, mais do que isso, “a inspiração que vem da vida, mais até do que influências musicais. Até os ciganos me inspiram”, remata entre sorrisos, Raquel, a mais extrovertida. Há, no entanto, um tema que escutam e gostam ambas, Adágio de Albinoni … Foi um Café concerto para repetir, apesar de se esperar mais público. A amarantina Magui, a miúda irrequieta e portadora de sonhos que estuda História das Artes e pertence ao Teatro Universitário do Porto, no final não deixa de mencionar um aspecto fulcral: “estes eventos são uma forma de dinamizar culturalmente Amarante, com uma oferta alternativa e de qualidade. A arte vem para a nossa cidade e mesmo assim são poucos os que aderem. Preconceito, comodismo, apatia?” A pergunta fica no ar… Entretanto, em registo, mais um jovem talento que se revelou e a partilha de música experimental, quando a entrega dos artistas responde a uma “fantástica loucura de originalidade”. Um evento com a assinatura da Gatilho Amarante!


Eduardo, a caminho da Imortalidade.


Eduardo Teixeira Pinto a caminho da Imortalidade Projectado Museu de Imagem e Fotografia para Amarante Para “valorizar, preservar e divulgar” e para que a memória não esqueça, está em curso uma movimentação de cidadãos e personalidades várias e diferentes poderes para a criação do Museu de Imagem e Fotografia Eduardo Teixeira Pinto, em Amarante. A Gatilho esteve à conversa com a filha do artista, Verónica para tentar conhecer o ponto da situação e relembrarmos o lado humano deste fotógrafo, altamente conceituado e que levou o nome de Amarante a todos os cantos do planeta. Nasceu em 1933, num meio familiar à arte fotográfica, uma vez que o avô, Joaquim Teixeira Pinto foi um dos primeiros fotógrafos profissionais na cidade, onde “se tiravam, revelavam, encaixilhavam, fotos”; contactos que ajudaram a que este génio da fotografia, dominasse a técnica, o que no entender de Verónica, “não seria o suficiente para criar um bom artista”, acrescentando que o pai, Eduardo, se revelou um dos expoentes máximos, tendo sido o único a ganhar o Prémio Camões, em 1960 porque “colocava a técnica ao serviço da emoção, da criatividade, da sensibilidade fora do comum”. “Era acima de tudo, um amante de Amarante”, confessa-nos. E a inspiração brotava da serra do Marão do rio, documentando a sociedade da altura, em que o lado humanista não deixava de se


sobrepor. “Crianças ciganas de trajes rasgados mas com um sorriso fantástico, deixando dominar o lado emocional”, explica Verónica, também ela, mentora da recém fundada Associação para a Criação do Museu Eduardo Teixeira Pinto, o vínculo que legitima uma luta que tem marcada a família e os apreciadores da obra legada pelo seu pai. Para já, a recetividade dos poderes locais tem sido “favorável”, até porque “quando o meu pai expunha nos cinco continentes, levava o nome de Amarante consigo, promovendo e dando a conhecer, daí que haja bastante interesse em avançar com uma instituição cultural formal que viesse valorizar a arte da fotografia, tendo sido nomeadamente, já lançada uma ideia para a criação de um Prémio também dedicada ao fotógrafo amarantino. “Um prémio justo pelo grande contributo que o meu pai prestou à cidade”, refere Verónica. Engraçado vindo de um homem humilde, “que não se deslocava para receber os prémios. Até brincávamos com as medalhas de ouro e de bronze à patela” risos. Em 1953 já, Eduardo, expõe na Alemanha e Bélgica; em 1955 é a vez da artística Viena de Áustria e Estados Unidos receberem a obra documental deste fotógrafo, que dedicou toda a vida à Arte fotográfica. Hoje, já há uma rua com o seu nome, beira rio, a Calçada Eduardo Teixeira Pinto, inaugurada a Maio de 2014, num reconhecimento comum, que envolveu a Associação, a autarquia amarantina e a União de freguesias. “O rio que tanto amou e fotografou ao longo de cinquenta anos”, relembra a filha do artista, “o seu nome fica assim imortalizado”.


Entretanto, fez-se uma parceria com a Fundação Vicente Risco que manifestou alto interesse pela fotografia de Eduardo, tendo sido criado um projeto galego lusitano, “Aos olhos de Eduardo”, uma exposição de 70 fotografias de temática indiferenciada e preto e branco, que está a percorrer a Galiza. Em 2016, a mostra segue para Madrid. O reconhecimento e as colaborações luso galaicas não param e o interesse tem sido crescente pela arte deste fotógrafo, cujas fotos nos remetem para a nostalgia e para a simplicidade. O processo de divulgação envolve vários grupos e organizações, desde a Cultura comum, o Ecomuseu de Montalegre, o Museu de Monção, com o objetivo de se planearam atividades comuns. Assim, em Maio e Junho, “Amarante irmanada com a Corunha vai receber eventos vários de âmbito artístico e cultural”, adianta-nos. Por cá, o programa arranca a 2 de Maio com a inauguração de exposições várias em diferentes locais amarantinos, que colaboram neste “Nobre” projecto, como a Gatilho, que vai receber contadores de histórias no dia 30 de


contadores de histórias no dia 30 de Maio, a Casamarela, o Café Bar, a doçaria Mário ou os claustros da câmara. Pintura, projeção de filmes, fotografia, recitais de poesia, concerto de jazz, mesas redondas e encontros de artistas e de poetas são apenas alguns dos acontecimentos a reter. A 10, 11, 12 e 13 de Junho a festa prossegue na Corunha. Agora, Verónica, gostava de “conquistar a Europa”, enquanto decorrem as demoradas negociações para a criação do Museu, “um aspeto que iria trazer mais valia a Amarante e à atividade artística, para que esta se possa desenvolver em condições”, conclui! Para já, estão a decorrer 4 exposições de fotografia de Eduardo Teixeira Pinto itinerantes: O prazer de fotografar; Sensibilidades; a Criança sob o olhar de E. Pinto e tal como referido, e “Aos olhos de Eduardo”, na Galiza. Fica, então, o registo fotográfico numa combinação de emoção e a subjetividade da Vida, num documentário social que se pretende eterno no Imaginário coletivo dos amarantinos. Figuras que fizeram história ….

por Carla Vera Bento fotografia de Diogo Cardoso


Em debate

“Amarante precisa de um abanão!” O Café Bar - “Café com História” (que noutros séculos foi palco de encontros revolucionários, onde se reuniam os intelectuais da cidade e arredores, para debater a situação da época, nas suas mais diversas variantes, desde a politica à cultural) - virou, uma vez mais o cenário de uma tertúlia dedicada ao Empreendorismo social, numa jogada da Juventude Social Democrata da Distrital do Porto, liderada na mesa de debate por, Rita Baptista e que pretendia acima de tudo, “alertar e sensibilizar os amarantinos”. Aconteceu num sábado à tarde, 28 de Março, num dia de primavera e juventude. Acordava-se, portanto, numa responsabilização individual para que se possa progredir na cadeia criativa colectiva, certo? A chamada dirigia-se aos jovens e não só uma vez que a temática abordada, “Cidadania e Desenvolvimento” seria do interesse geral e tão vulgarmente debatida na Europa, pelo menos como teoria, se não que muito bem entendida na prática, ou não fosse o decorrer de situações permanentes de desiquílibrio uma constante no nosso planeta. O que estes jovens fizeram foi trazer para a realidade, experiências positivas e de sucesso de trabalho “comunitário”, a pensar no futuro, em que todos os oradores frisaram a importância da “intervenção”, como meio de se fazer “cidadania”, desde as artes, representadas por Diogo Cardoso, formador da Gatilho, que segundo Rita, “tem dado que falar no real cultural amarantino, como núcleo de intervenção” a José Diogo, da Athos, Associação de Trabalho Humanitária e Organização


por Carla Vera Bento

Social, que contribuiu para o enriquecimento desta conversa subjugando-a ao tema “A nossa Terra, a Nossa Dinâmica e o Nosso Futuro”, sempre tendo em conta o “desenvolvimento de uma responsabilidade cívica interventiva”, remata este jovem, que se mostrou um exemplo de dinamismo e empreendorismo. Para além da Athos, é agricultor e gestor comercial da Sonae, exibindo uma preocupação de discurso permanente com o “desenvolvimento local”. Assim, o conformismo, a passividade social não são bem acolhidas por este grupo de jovens rebeldes, e que lutam por marcar estratégia de actuação no Imaginarium Colectivo, numa tentativa de mudar o mundo, isto é: “ a vontade de aperfeiçoar e servir os outros”. A informação fica anotada: A Athos promove o “ empreendorismo social de Amarante; apontando para soluções inovadoras e auto sustentáveis; projectos muito bem firmados”. Para já, é necessário, concluem os participantes, entre eles João Paulo Meireles, do Yepp e presidente da organizaão Partido Popular Europeu que congrega a Europa e cerca de 60 organizações, “abanar a mentalidade das populações”, enquanto agentes integradores e portadores de conhecimento para níveis viáveis de sustentabilidade. O verbo é então, Acordar para realidades mais justas e criativas, seja “com intervenções nas ruas ou outras acções que chamem as pessoas para a nossa luta”. Não fique indiferente. “Envolve te artisticamente e no tecido transformativo social”. Em nome do Bem comum e do Futuro!



primeira mostra de cinema de animação

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14 a 16 de maio | Amarante


906 comemora o seu primeiro aniversário A loja de música 906 comemorou o seu primeiro aniversário com bolo, espumante, amigos e claro, muita música! A tarde de sábado dia 11 foi tarde de Rock n' Roll… e não só! Por volta das 15:30, após o soundcheck, aconteceu uma inesperada jam session com Pedro Fidalgo, Gustavo Freitas, João Maia, Mário Maia, Mateus e Zeca numa onda muito Rock n'Roll. Pouco depois, os Mutuo Crer uma banda da Lixa de Pop-Rock que existe desde 2012, apresentaram temas originais cantados em português e versões de Amor Electro e Ornatos Violeta. Seguiram-se os amarantinos Bolabarage que deram o seu primeiro concerto e assim apresentaram o seu Rock descontraído. Gustavo Freitas na bateria e Luís Carvalho na guitarra, Mateus no baixo e Nuno (proprietário da 906) na guitarra e voz tocaram temas originais. A banda existe há cerca de 6 meses e encontra-se em processo de composição para gravar o seu primeiro álbum e dar mais espectáculos ao vivo. Robinho, um beatboxer do Porto, também fez uma apresentação da sua arte que muito empolgou o público que se ia juntando do outro lado da rua. Esta foi a sua segunda actuação em Amarante. O seu principal objectivo como músico é gravar os seus beats e rimas e assim fazer diferentes estilos de música. Os Leopardskin também brindaram o público com um tema já conhecido, “A Little Faith”. Nuno deu uma breve entrevista à Gatilho onde falou sobre o primeiro ano de vida da loja e fez um balanço muito positivo. Segundo o próprio, “este foi um ano de adaptação às necessidades dos clientes” de Amarante e de muitos fora da cidade que já têm na loja um local de referência onde encontram material de boa qualidade e muita simpatia por parte do casal Nuno e Angelique. Parabéns à 906! Que venham muitos mais anos de música e amizade! por: Gabriela Teixeira



EXPOSIÇÃO

”DO MUNDO ANIMADO AO MEU MUNDO” Após a visualização e a análise da narrativa subjacente à curta-metragem de animação “História trágica com um final feliz” de Regina Pessoa, 2005, os alunos das turmas do 7º ano, turmas C e D, orientados pelos respectivos professores, desenvolveram um trabalho criativo que consistiu transpor o argumento fílmico, “o mundo animado”, para a sua mundividência, o seu “mundo”. Os resultados foram excelentes: desde a representação escultórica da protagonista, passando pela recriação – não imitação –, da história numa banda desenhada, a mensagens dirigidas à realizadora, traduzidas pelos docentes das disciplinas de Línguas, culminando na criação de uma curtametragem sob a designação “Eu na voz minha sombra”. Dado que cada aluno tem uma sombra e uma voz diferentes, foi possível captar, mediante um processo de auto-reflexão, os seus traços de carácter, os seus receios e anseios. E assim, o sonho-desejo da menina-pássaro acolheu os sonhos-desejos destes miúdos. Destaco uma das mensagens mais significativas, dirigidas a Regina Pessoa: “Para mim, este filme faz-me pensar na minha vida, faz-me acreditar mais em mim e pensar que devo ser eu própria.”


Relevo as brilhantes participações das alunas Liliana Teixeira e Susana Lopes, do 12.º CT1, que criaram, respectivamente, uma escultura e uma pintura alusivas à curta-metragem, no âmbito de um trabalho da disciplina de Psicologia B. Para além das visitas de alunos e de professores da ESA, registei outras que também me enchem de orgulho: as dos meninos do ensino pré-escolar e as dos representantes das instituições parceiras do Plano Nacional de Cinema (PNC) em Amarante: Engo. Fernando Sampaio (Director da ESA), Dra. Lucinda Fonseca (Vereadora da Educação) e Dr. Manuel Carvalho (Presidente do Cineclube de Amarante). Falta aludir a uma visita, inesperada, mas especialíssima: a da própria realizadora, Regina Pessoa (na imagem), acompanhada pelo Mestre do Cinema de Animação em Portugal, Abi Feijó. Muito obrigada por terem visitado a nossa/vossa exposição! Finalmente, agradeço a todos os alunos e professores envolvidos no Plano Nacional de Cinema da Escola Secundária/3 de Amarante a motivação, a dedicação e a paixão com que abraçaram este projecto. É um prazer (continuar a) trabalhar convosco.

Elsa Cerqueira Coordenadora do PNC em Amarante


Fim-de-semana de paz, amor e muito rock n´roll no D'Arcos Nas noites de 20 e 21 de Março, o D'Arcos Bar promoveu uma festa para relembrar o espírito flower power dos anos 60 e 70 com jam sessions e vários DJ's convidados. Nuno Teixeira, barman do D´Arcos e organizador do evento, quis oferecer aos amarantinos um motivo interessante para saírem de casa e darem as boas-vindas à recém-chegada Primavera: “a ideia surgiu nas várias conversas que mantenho com os clientes, nomeadamente o grupo de amigos do Sr. César que me incentivaram a levar o meu plano avante”. A decoração do bar não foi esquecida, o cenário para regressar a um passado tão desejado estava pronto para receber os vários músicos. Pedro Fidalgo, Pedro Dias, João Maia, Mário Maia, Johnny C… foram-se revezando nos instrumentos enquanto davam uma nova vida a temas de ícones como Pink Floyd, Jimi Hendrix, Neil Young, Rolling Stones… Já passava da meia-noite quando a equipa de DJ´s assumiu os comandos. Nuno Teixeira, Fábio Silva, Ricardo Cacildo e Filipe Coelho fizeram uma viagem pelo rock n´roll dos anos 60/70 até quase à actualidade, enquanto a pista era invadida por corpos dançantes e almas felizes. Nuno Teixeira quis deixar uma nota de agradecimento a Pedro Fidalgo, Joana Baldaia Moreira e Pedro Dias pela ajuda com a decoração e a todos os músicos e DJ´s que aceitaram o convite para este evento (quase) mágico apenas pelo simples prazer da música, sem terem auferido qualquer tipo de remuneração. Para o público certamente que terá ficado um sabor agridoce na memória, por ter sido bonito mas por já ter acabado. Deixo publicamente o repto para que mais eventos surjam na nossa cidade, sejam eles onde forem, porque o importante é agitar Amarante e agitando Amarante estamos a agitar-nos a nós mesmos!

por Gabriela Teixeira




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