Gatilho Nº19 @ Outubro 2015

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Brevemente: Sede: Edifício Relas (Junto ao LIDL) Tel: 255 433 387

Filial: Tâmega Park, Fr. G

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out./sáb.

SERUSHIÔ


I FESTIVAL/ CONCURSO INTERNACIONAL DE GUITARRA CLÁSSICA NO

CCA.


Alessandro Porzio EUROPEAN SHORT FILMS Vencedor do ESFA 2015

O jovem realizador italiano Alessandro Porzio foi o vencedor da 2ª edição do EUROPEAN SHORT FILMS AMARANTE com a curta-metragem “Niente”. Aos 28 anos, o jovem natural de Bari é uma promessa do cinema italiano. Licenciado em fotografia, o cinema surge na sua vida por volta dos 20 anos, quando sentiu necessidade de aliar o gosto e conhecimento em fotografia com outra paixão, a escrita. “Para mim, o cinema é a fotografia em movimento”, afirma. Alessandro conta com outros trabalhos, de onde se destacam “Rumore Bianco”, vencedor de 25 prémios em todo o mundo, e o mais recente “Mattia Sa Volare”, uma curta-metragem que conta a história de um jovem com Síndrome de Down nos anos 90. O jovem Alessandro assume-se como um realizador de temas fortes e reais e nesse sentido reitera “o cinema não é uma brincadeira e as pessoas merecem a verdade”. Seguindo esta premissa, o realizador escolheu como tema central de “Niente” o suicídio no seio de uma família italiana “porque esta é uma problemática que ultrapassa qualquer nacionalidade”, diz-nos. De facto, o público presente na sala Teixeira de Pascoaes ficou deveras impressionado com o trabalho de Alessandro! Com a força da temática, com a crueza das imagens captadas e com o belíssimo desempenho dos actores de onde é inevitável destacar Filippo Gili, um reconhecido e talentoso actor e encenador de teatro de Roma, com quem Alessandro trabalhou a angústia e a resignação da personagem Mauro que havia tomado a decisão de colocar um ponto final à vida, tentando, acima de tudo, manter a simplicidade do drama no decorrer da história. “Niente” venceu vários prémios em diversas categorias sobretudo em Itália e é evidente que Alessandro se sente muito grato para com quem aprecia e reconhece o seu trabalho e sente uma satisfação muito especial ao ver o seu filme exibido no estrangeiro. De Amarante, o jovem italiano leva na memória e no coração “os sorrisos das pessoas, a beleza incrível da cidade, a sopa da Ondina da Casa da Juventude” e o enorme agradecimento por ter sido premiado o conceito que está inerente a “Niente”. A Gatilho congratula Alessandro Porzio pela qualidade da sua curta-metragem e pelo prémio alcançado na competição! Texto: Gabriela Teixeira


João Pinheiro lança “Percepção”

a sua primeira curta-metragem O multifacetado João Pinheiro lançou-se numa nova aventura, desta feita realizou, produziu, dirigiu, editou e protagonizou a curta-metragem “Percepção”, trabalho final do curso de Multimédia que lhe abriu as portas a um estágio na Riot Films, uma produtora do Porto que conta já com algumas curtas-metragens premiadas. “Percepção”, que se encontra disponível na internet, foi um desafio que Pinheiro abraçou no sentido de mostrar que o seu trabalho não se esgota na comédia e o feedback não podia ser mais positivo. Apesar dos poucos recursos e da inexistência de colaboradores profissionais, este é um trabalho que apresenta boa qualidade técnica, embora João sinta que ainda tem de amadurecer com futuros projectos. “Percepção” resultou das suas pesquisas sobre o coma e os estudos sobre a percepção auditiva em pacientes nesse estado. Assim, segundo o próprio, os planos fixos da câmara dão ênfase ao corpo preso e imóvel numa cama de hospital e só as vozes familiares libertam a mente, a imaginação, que “levam” o paciente aos diferentes locais, também eles familiares. Cada vez mais interessado pela cinematografia e sempre activo e criativo, João Pinheiro desvenda que para o ano teremos novidades quanto a outra curtametragem. Nós ficamos à espera! Texto: Gabriela Teixeira




SERUSHIÔ A noite em que se dançou os blues Mesmo ali na zona histórica da cidade, a Porta 43 trouxe mais um nome que vai dar que falar! “I am not lost … I just don't wanna be found” é a mais recente tour dos Serushiô, uma banda formada por Seru, na guitarra e voz e Zé Vieira (guitarra), num registo de alta qualidade e que traz ao mercado musical a melancolia sana dos blues. As letras são engraçadas, como lutas com o diabo por uma rapariga, em Devil's Tune ou quando se ouve o intenso “… respect your Money”, um tema ritmado. Aliás, todas as músicas apresentadas contêm simetria musical, de mentes que procuram a criação perfeita. O som que os Serushiô apresentaram age como bálsamo para a alma e combina-se com uma quente espiritualidade, ou não fosse o blues, música de escravos africanos nos imensos campos de algodão da América. E, ou até levados por critérios e pormenores de “charme” a banda lançou o seu último trabalho em vinil, cujo “registo dinâmico é maior, contendo muita informação. Ouve-se mais sons. Depois é uma questão de sabermos utilizar os sons que ouvimos” (risos) explicar Seru, no Pátio das Laranjeiras quando lhe perguntamos se o vinil é mais subliminar. Parece que sim … “O recorte é muito exagerado, e em alguns estilo como a clássica ou o jazz ainda se nota mais isso. Há uma distinção de todos os sons. Por isso, editamos em vinil”, remata. Entendido! Uma tradição visionária a preservar … Para o futuro, espera-se visibilidade internacional: Áustria, Alemanha e Suiça, foram alguns dos alvos que ficaram da participação, em 2014, no Canadian Music Week, em Toronto. Trata-se de um encontro de música para bandas, directores e promotores de festivais. Este ano, Gallagher, dos Oásis, apresentou por lá, o seu álbum a solo. Assim, no passado dia 30 de Maio, a Gatilho trouxe ritmo a Amarante, em mais um evento que foge ao sentido comercial da música. Um hábito que tem vindo a caracterizar este grupo de amigos e promotores da cultura. Marcele, italiana, Heidi da Finlândia, a polaca Zofia e Vanessa da irmã Gália, são já clientes habituais da Porta 43. Frequentam o programa de voluntariado Erasmus, da Casa da Juventude de Amarante e mostram-se “encantadas”. Dançam toda a noite. Parece ser “religioso”… “Mais uma vez, gostei muito”, diz Marcele “sempre que há programação vimos à Porta 43. Desta vez ficamos surpreendidas com a guitarra que a banda usou. Som mais vibrante, foi uma boa surpresa, até porque desconhecia”. Trata-se da Lapsteel Guitar, de origem havaiana, toca-se na horizontal com uma palheta especial, que Seru executou perfeitamente, ao longo de vários temas. Houve vários encores. O público de pé, sentado, ou a dançar aplaudiu e pediu mais. Sem conseguir desligar, a banda até improvisou, num concerto de 2 horas… “Exaltação” … quando a alma é imensa !!! Carla Vera Bento



Amarante “virou”

Arte na Rua 2015 traz Festa Amarantina ou um “Mito boémio cultural” “Troco deus por uma cerveja”. O inscrito “ateu” é de André, na última edição da Festa Amarantina, onde o objectivo é participar com instinto artístico de vida. E, bem podia ser o mote que, no passado dia 11 de Julho, animou invulgarmente a rua da cadeia, bem ali na zona histórica da cidade. As celebrações existenciais começaram de forma polémica com a apresentação do livro do não menos polémico, Padre Mário de Oliveira, excomungado pela Igreja católica no regime fascista anterior ao 25 de Abril, por pregar sermões, em Macieira da Lixa, “anti-colonização”. Sacrilégio para uma Igreja que protegia o Estado, numa altura em que o medo era a arma de combate do regime! A ideia do livro, vem na sequência de um individuo que “pensa livre” e é original: passa por desmontar as “aparições” de Fátima e os Três pastorinhos. Corria o ano de 1917… “A maior construção de uma Mentira”, diz-nos Padre Mário, amigo de tertúlias intimistas em Amarante, sem tabus nem limites…. “Depois de averiguados os documentos das aparições, só resta concluir que é uma fabricação humana do clero. Um teatrinho”, remata por entre risos o autor do Livro Fátima SA. A ideia nuclear estava lançada, numa espécie de pranto Dionisíaco. A embriaguês, o sonho e a Cor… A tempestade de ideias aparecia então em “Loop”! As portas da rua, abrem-se e são pintadas. Em todas existe música e um “suave elixir alcoólico” para experimentar. Há roupas, livros de “Uma aventura”, brinquedos artesanais e objectos vários nos estendais, da rua e há músicos nas janelas das várias casas que alimentam aquele centro, agora revitalizado pelos comerciantes e organizações várias de diferentes gerações, que se uniram para “fazer história em


Amarante”. Escuta-se rock, música dos Andes, techno do mais comercial ao mais Underground. Uma multidão na procura do prazer. A realidade da festa colore o quotidiano dos amarantinos e de todos os que nos visitam nesta altura. A efervescência colectiva é imensa! Há casamentos improváveis. “Casa com a tua sogra”, com um cigarro o que bem entenderes, mas “Casa-te”, pode ler-se num dos pequenos espaços. Sandra Costa, amarantina de 45 anos casou-se com André Carmo, do Porto. Exibem um documento surreal como prova do casamento. Sentem-se felizes! “É promissor…” diz André”, “ iniciativas assim para Amarante. É giro, e um bom contraste uma zona histórica ser aproveitada para eventos de cariz vanguardista, ao mesmo tempo que podemos dançar e escutar música electrónica”. Procuram a rave da Go Louder! Sandra é mais acutilante e enquanto sorri, numa espécie de “enlevação” boémia da noite, passa a explicar, “este tipo de manifestações são fundamentais para o cruzar das diferentes gerações e para que os mais velhos vejam que os meandros da juventude não são assim tão maus”. Preconceitos? Procuram a rave da Go Louder! Risos Naquela noite ninguém queria saber. Criam-se mitos. Há Desligado, em mais uma visita deste músico penafidelense à Porta 43, concerto acústico com Capitão Mocho que, já no ano marcaram presença na Festa Amarantina, o acid jazz na “Porta do costume” com djs amarantinos como Tozinho, que se tem estreado pelo djjing, ou mais acima, o show case da Go Louder, a marcar presença de peso. Petrix é um dos Djs de serviço da noite. Deixa adivinhar o poder do techno das gerações futuras, subentendo se uma preocupação, na construção de um set coerente que seja arte. Dança-se e há muita cerveja a rolar, num ambiente saudável! Encontros de amigos, todos parecem conhecer-se. Comunicação! Uma festa vanguardista que bebe inspiração tradicional e futurista. Um belo passo para marcar Amarante no mapa, como um destino de aventura, cultura, arte e boémia noctívaga talvez …. Parabéns!


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Na Porta 43, “Libertação” foi a p nas Festas do Junho. Do caos à I Techno a exigir claridade


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a palavra sem lei, à Iluminação?

A Gatilho, à semelhança do ano anterior, apresentou nas festas do Junho um programa de cariz electrónico da actualidade nacional da E-music. “Tendo em conta que se trata de um fenómeno em expansão e que chega a atingir o ritualístico, parece-nos importante proporcionar uma alternativa entre as muitas que se vivem, durante este fim de semana”, diz Gilberto Bento Pinto, um dos mentores da associação. E o público agradece. O Pátio das Laranjeiras viveu momentos de embriaguês sensorial, ou não se tratasse de “techno puro”, como nos segreda Norbak, puto amarantino de 18 anos, que se estreou no Beats recentemente, e que, na noite de sexta feira, fez o warm up para Ghost Rush. Uma prova que a estratégia da Gatilho parte por divulgar jovens artistas da cidade, que se “movem pela paixão pela música. Envolvermo-nos na luta” remata Gilberto. Um caso sério de “amor desinteressado”, em nome dos mais altos e espirituais desígnios?! O tempo flui. Parece ser um encontro de um grande grupo de amigos, em que as várias camadas de som que constitui o techno “cria realidades invisíveis”, como nos contou uma vez Jorge Carvalho aka Ghost Rush que nessa noite, explora a equalização ao mais ínfimo pormenor! Techno ou a limpidez de som: claridade para a mente. Não há espaço para ruídos. O caminho é Sentir e deixar a Imaginação discorer. Em dança. Alguns ravers parecem possuídos por um poder de encantamento. No sábado, o já bem conhecido e amado dos amarantinos, Gustavo da dupla de djs Freshkitos, optou por uma teoria “freaky” do som. Em que se despreendiam uma envolvência profundamente psicadélica. Há quem diga que toda a música electrónica de qualidade é psicadélica! Numa noite com Ryan Hallifax, no Porto rio, com precisamente Gustavo como convidado, aquele dizia que “o psicadelismo está dentro de nós”… Não é a sua primeira vez em Amarante, tendo já actuado em algumas parcerias com a Porta 43, inclusive marcou presença no solidário, “Dançar por uma causa”, que aconteceu em Setembro do ano passado, numa produção da Gatilho e em que as entradas reverteram a favor de Kibera, em N a i ro b i , o b a i r ro m a i s p o b re d o m u n d o . “Relacionamentos de activistas musicais para perservar”, sorri Gilberto. As celebrações, quase de espírito pagão também contaram com a presença de Dani e Waillers e de John Bagt, que assina uma vez por mês, “Petiscos Literários”. Depois do “medo”, nas celebrações do 25 de Abril, seguiu-se o “Amor”, ao entardecer de sábado, como tema de conversa. Para concluir, ficam as palavras de Norbak pelo entusiasmo que contêm, “o techno está a crescer! A ficar outra vez o que deveria ser”. Esperança é a mensagem destas Festas 2015. O caos que traz a iluminação? Festas do Junho ou a efervescência colectiva …


DEAD C

tocaram e hipnotizaram


COMBO

m o Largo de S. Gonçalo Na noite de 17 de Julho o Largo de S. Gonçalo recebeu o primeiro concerto de Dead Combo em Amarante e o público acolheu calorosamente o duo lisboeta. Paulo Gonçalves (o gangster) e Tó Trips (o cangalheiro) subiram ao palco às 22h e ofereceram um espectáculo que ora transportava para o imaginário dos bairros lisboetas, do fado, das tascas e das suas pessoas tão características, como fazia viajar por um universo mais cinematográfico, criando uma banda sonora que poderia figurar em qualquer película de Tarantino. À medida que o duo revisitava temas de todos os álbuns editados, as pessoas iam entrando cada vez mais numa espécie de hipnose. Os músicos tinham consciência que o público ali presente não era totalmente seu, que muitas pessoas talvez nunca tivessem ouvido falar da sua música, no entanto a rendição foi absoluta na medida em que o Largo esteve cheio até ao último tema e a fila para autógrafos ainda foi extensa! Os que ali estiveram não se esquecerão (de certo) daqueles dois homens que só abriram a boca para agradecer os aplausos mas que mal começaram a tocar as guitarras, contaram histórias tão portuguesas e tão universais! Texto: Gabriela Teixeira Fotografia: Miguel Basto


MĂşsica

sem Preconceitos?


NA NOSSA RUA A 3 DE JUNHO_21H30

Anabela Magalhães «O concerto foi excepcional e está tudo dito. Valeu cada minutinho, cada segundinho de música a roçar o gospel, impregnada de blues e a extravasar um rock muito vigoroso por todos os poros. Assim é a música do Paulo Furtado, The Legendary Tigerman!»


TW'ONE MAN ROCK N R Dogs Bollocks no circuito alternativo musical de Amarante Foi para um pequeno mas vibrante auditório que a Gatilho Amarante, Associação para o Desenvolvimento Cultural Local, deu ínicio às celebrações do seu II Aniversário. A abrir esta data de lutas diárias para um mundo artístico alternativo, no Centro Cultural de Amarante, Dogs Bollocks, de Torres Novas. Um projecto de blues mas “com andamento rock and rol”, diriam a rir os músicos mais tarde que, ao longo de uma hora e meia souberam manter uma atmosfera quente que apelava ao Sentimento. A banda sonora perfeita para abalar uma noite saudosista de Outono, em que sentir parecia perfeito. O público era heterógeneo. Na procura de momentos musicais que levaram a uma espécie de liberdade de espírito. “A ideia é fazer canções alegres sobre coisas tristes” diz-nos Luis Leitão, que em palco maneja com ritmo, a guitarra, o bombo, os pratos e a voz. Faz-se acompanhar por Daniel Martins também na guitara e no cazu. A imagem dos performers faz lembrar os loucos clubs norte americanos da décado de 40. Vestem fato preto. Camisa branca. Gravata e chapéu. O impacto está garantido para uma viagem ao interior da alma, por entre golos de whisky e riffs poderosos ou solos delirantes. As letras falam de mulheres, amores intensos e perdidos, dos bares e de encontros com o diabo como em “ before tha devil knows your death” …


ROLL BAND,

ABREM II ANIVERSÁRIO DA GATILHO.

Há versões mais hardcore do rei do rock, Elvis Presley como “Great Balls of Fire”. A essência está lá, mas com uma roupagem numa versão quase hardcore: o ritmo é rápido, o som cheio… Alta profundidade .. Sensualidade é o que transmite a música dos Dogs Bollocks agora com o “Single Malt Blues” no mercado. Para escutar! As palavras finais dos artistas, encantados com Amarante, vão para o colectivo Gatilho, “ agradecemos pela forma como nos receberam e pela aposta em bandas de originais. O que é de muito valor! Fazem falta associações destas pelo Sul. Por lá apostam mais em bandas de “covers” – versões”, remata Luis Leitão. Mais uma vez, a Gatilho a aparecer como um núcleo alternativo artístico em que um dos objectivos é dar a conhecer novos nomes do panorama, que partilhem originalidade, energia e criatividade. Dogs Bollocks, ou a poesia sentimental dos blues, a explodir em rock and rol. “A atitude é outra”!


Pedro Sousa Vieira venceu o XX Prémio Amadeo de Souza Cardoso, com o “Caminho íngreme que conduz até à pegada de Buda”. Ao todo, 16 desenhos pintura, construídos em materiais vários, patentes ao público no Museu da cidade até 28 de Fevereiro de 2016. A sessão solene de entrega do Prémio decorrerá no Paços do Concelho a 14 de Novembro. A decisão unânime do júri, assentava essencialmente numa ausência de presença narrativa, “uma sequência visual sem vocação narrativa”, diz o júri, constituída por António Cardoso, Professor Jubilado de História da Arte da Faculdade de Letras do Porto e Director do Museu municipal Amadeo de Souza Cardoso; João Pinharanda, Laura Carstro, Lúcia Matos e Sérgio Mah, docentes universitários, ligados à Associação Internacional de Críticos de Arte/ secção Portuguesa. O prémio tem tido expansão no exterior, e este ano contou com 350 artistas em concurso, com um total de 616 obras. Foi ainda atribuído o Prémio de Aquisição do Grupo de Amigos do Museu. O vencedor, Tiago Baptista com a obra “Pás de Lumiére” que é marcada pela estranheza e “luz como fonte de visibilidade”. De referir, que Pedro Sousa Vieira, natural do Porto, conta com 25 anos de carreira. Desenho, pintura, fotografia, escultura e instalação são alguns dos trabalhos apresentados por este artista. Uma iniciativa promovida pela Câmara Municipal de Amarante, e que tem adquirido visibilidade no panorama artístico nacional.




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