RFE373 - Nov/Dez 2025

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Música

A história de Nenny. De um quarto em Vialonga para o mundo

Saberes

Como as apostas se estão a tornar um problema para os estudantes

Fama

Em entrevista, Luís Trigacheiro conta-nos tudo sobre o seu percurso

Companheiros de IA

Como os jovens estão a criar dependência emocional com a Inteligência Artificial

Revista Forum Estudante | nov+dez 2025 | Edição n.º 373 | Diretor: Gonçalo Gil · Distribuição gratuita nas escolas ou por assinatura com o custo de 1€/mês

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social: Rui Manuel Pereira Marques 29,9%; Roberto Artur Da Luz Carneiro 26,7%; Maria Francisca Castelo Branco de Assis

Teixeira 21,7%; Gonçalo Nuno Cavaca Gil 5,8%; Félix Edgar Alves Pinéu 5,8%

Periodicidade: 9 edições/ano

Depósito Legal n.º 510787/91

Nº ERC: 114179

Sede da Redação e do Editor

Tv. das Pedras Negras, nº 1 - 4.º

1100-404 Lisboa

Tel.: 218 854 730

Estatuto Editorial

Disponível em www.forum.pt

Gerência Rui Marques Gonçalo Gil Félix Pinéu

04 Escolas

Sabe mais sobre a atualidade escolar.

06 Centro Internet Segura

Descobre como a IA está a transformar as relações dos adolescentes.

10 Cinema & TV

Tudo o que precisas de saber sobre a última temporada de Stranger

12 Saberes

O mundo dos jogos a dinheiro está em crescimento. Conhece o impacto nos mais jovens.

15 Fama

Luís Trigacheiro fala, em entrevista, sobre o seu percurso até chegar ao mundo da música.

18

Gaming

A espera acabou e Football Manager está de volta. Sabe quais são as novidades.

20 Música

De um quarto em Vialonga para o mundo. Conhece a história de Nenny.

22 Livros

Apresentamos-te seis peças de teatro que refletem sobre a juventude.

24 Lifestyle

“Sair à noite” está a mudar? Apresentamos-te o soft clubbing.

26 Desporto

Conhece clubes ligados a universidades um pouco por todo o mundo.

Este ano as férias de Natal começam a 17 de dezembro. O regresso às aulas está previsto para dia 5 de janeiro de 2026.

Escolas da Região Autónoma da Madeira fazem simulacro de sismo

As Escolas da Região Autónoma da Madeira realizaram, no dia 5 de novembro, às 11h05, um exercício de simulacro de sismo. A iniciativa intitulada “A Terra Treme” foi promovida a nível nacional e teve o intuito de prevenir para o risco sísmico e comportamentos a adotar nessa situação de risco em específico. Ao todo, participaram no exercício, com duração de um minuto, 104 escolas da região e 21.318 alunos.

Federação Portuguesa de Basquetebol (FPB) volta a levar basquetebol às escolas

O projeto “Minibasquete 3x3 nas Escolas” vai voltar para a segunda edição depois de “uma primeira edição de sucesso”, refere a Federação Portuguesa de Basquetebol (FBP). Direcionada a crianças com menos de dez anos de idade, a iniciativa tem como objetivo que os “mais jovens [3.º e 4.º ano de escolaridade] possam ter um primeiro contacto com o Minibasquete”, para depois começar a praticar a modalidade de forma regular. O projeto tem o apoio da FIBA Europe e conta com 70 vagas para os clubes portugueses que queiram criar ou continuar “uma ligação mais eficaz com as escolas”.

Queres divulgar alguma atividade da tua escola? Envia-nos um email para geral@forum.pt!

Entre os anos letivos de 2023/2024 e 2024/2025 as escolas portuguesas perderam

4 191 alunos.

O total de alunos matriculados entre ensino pré-escolar e secundário em 2023/2024 era

1 613 945

Em 2024/2025 esse número era

1 609 754

O ensino público perdeu

7 724 estudantes.

Já o privado registou um aumento de 3 533 alunos inscritos O ensino básico foi o único a crescer, com mais 4.575 matrículas.

Pré-escolar e secundário tiveram perdas de 2.300 e

6 466 estudantes, respetivamente.

Dados da: Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC)

Projeto “Já Chegámos” leva alunos de 72 escolas básicas a aprender segurança rodoviária

Aprender “de forma divertida as principais regras de segurança rodoviária e mobilidade sustentável”. É este o objetivo do projeto “Já Chegámos”, desenvolvido pela Grupo Brisa, que entre 24 de novembro e 12 de dezembro vai visitar escolas básicas do norte e centro do país. De acordo com a empresa “através de atividades interativas baseadas num jogo de tabuleiro em formato aumentado, as crianças do 1º ao 4º ano de escolaridade” vão aprender de “forma divertida as principais regras de segurança rodoviária e mobilidade sustentável”. Algumas das cidades que vão receber a visita da iniciativa são Viana do Castelo, Porto, Coimbra, Santarém e Lisboa.

42 toneladas de resíduos elétricos e eletrónicos recolhidas pelas escolas do distrito de Beja

Oito escolas do distrito de Beja, participantes na 17.ª edição da Geração Depositrão, recolheram mais de 42 toneladas de resíduos elétricos e eletrónicos. No distrito, a escola que recolheu mais resíduos foi a Escola Básica de Sabóia n.º1, em Odemira, conquistando também o 2º lugar a nível nacional entre as cerca de 500 escolas participantes. As outras escolas que se destacaram a nível distrital foram a EB 2,3 Damião de Odemira e a EB1/JI de Pias. Esta edição da Geração Depositrão contou com a participação de mais de 317 mil alunos e a recolha de aproximadamente 446 toneladas de resíduos em todo o país.

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Por dentro do mundo dos companions, sexbots e deepfakes

A Inteligência Artificial (IA) veio transformar muitas das dimensões da nossa vida. No caso dos jovens e adolescentes, observa-se um aumento da preponderância destas tecnologias na sua vida amorosa e sexual. Descobre aqui de que forma e sabe quais os riscos associados a estas práticas.

Até há cerca de uma década, a ideia de estabelecer uma relação amorosa com uma máquina parecia pertencer apenas ao mundo da ficção científica. Essa é, de resto, a premissa do filme Her, de 2013, durante o qual um escritor solitário se apaixona por um sistema operativo. Ao longo dos últimos meses, o filme de Spike Jonze tem sido citado

América (EUA) e concluiu que 3 em cada 4 adolescentes já utilizaram Companheiros de IA, classificando o uso destes companheiros não como “um interesse de nicho”, mas sim como “uma tendência dominante no comportamento adolescente” Outra das conclusões do estudo indica que 31% dos adolescentes afirma que

para ilustrar o crescimento dos IA Companions ou “Companheiros e Companheiras de IA” – definidos pela revista Forbes como “chatbots programados para oferecer apoio emocional, companhia e, em alguns casos, até imitar relações humanas íntimas ou românticas”

Em julho deste ano, a plataforma Common Sense Media divulgou um estudo que mostra como esta pode ser já uma tendência dominante em certos contextos, nomeadamente no que diz respeito aos adolescentes. A investigação centrou-se nos jovens entre os 13 e os 17 anos dos Estados Unidos da

as conversas com estes AI Companions são tão satisfatórias como as com amigos reais. “Os companheiros de IA estão a crescer numa altura em que crianças e jovens nunca se sentiram tão sozinhos”, destacou o CEO da Common Sense Media, James P. Steyer, na altura da publicação dos resultados. Em 2024, a principal plataforma de companheiros de IA ultrapassou os 30 milhões de utilizadores.

“Os companheiros de IA estão a crescer numa altura em que crianças e jovens nunca se sentiram tão sozinhos”

Para o também fundador da organização, é importante ter em conta que esta questão “não se resume apenas a uma nova tecnologia”, sendo na verdade “uma geração a substituir conexões humanas com máquinas e a partilhar detalhes íntimos com empresas que não têm os seus melhores interesses como prioridade” “Temos uma janela curta para educar famílias e crianças sobre os perigos bem documentados destes produtos”, reforçou.

“Um cenário surpreendentemente comum” O aviso é deixado pela publicação MIT Technology Review: “É fácil cair

Conselhos para reduzires riscos online

#1Privacidade e gestão de informação pessoal

• Mantém o teu perfil fechado e controla quem pode ver o que publicas;

• Evita que estranhos tenham acesso a informações sobre amigos ou seguidores;

• Revê regularmente as definições de privacidade nas plataformas utilizadas;

• Evita a partilha de dados pessoais como morada, escola, horários ou localização em tempo real;

• Tem sempre em conta a importância de limitar a visibilidade de fotos ou informações pessoais.

#2Reconhecimento de sinais de perigo e comportamentos de risco

• Tem atenção a links, anexos e downloads de origem desconhecida;

• Fica alerta para pedidos estranhos, como o envio de fotos íntimas, pedidos de dinheiro ou informações pessoais;

• Desconfia também de tentativas de migração para outras plataformas (por exemplo WhatsApp ou Telegram)

#3Promover reflexão e comportamento consciente

• Realiza pausas offline e procura um equilíbrio saudável entre tempo online e offline;

• Pensa antes de publicar fotos, vídeos ou comentários, considerando que podem permanecer online permanentemente;

• Avalia sempre o objetivo de uma publicação ou comentário e pensa quem terá acesso.

#4Assegura uma navegação consciente e segura

• Evita grupos ou canais com conteúdos estranhos, agressivos ou que promovam o ódio;

• Evita chats que reúnam pessoas de forma aleatória, pois não sabemos quem está do outro lado;

• Partilha sempre, com adultos de confiança, dúvidas ou desconfortos sobre conteúdos ou plataformas.

Her (2013), de Spike jonze Trailer

numa relação com um chatbot de IA” “Este tipo de cenário é agora surpreendentemente comum”, escreve a autora Rhiannon Williams, explicando que muitas pessoas estabelecem relações com estes chatbots baseados em grandes modelos de linguagem (LLM’s), “apesar de não serem essas as suas intenções originais”

Um grupo de investigadores do MIT procurou saber mais sobre este tema a partir do subreddit r/MyBoyfriendIsAI, que conta atualmente com mais de 33 mil membros. O estudo concluiu que apenas 6,5% das pessoas afirmaram ter procurado deliberadamente um Companheiro de IA.

Os temas abordados por esta comunidade virtual dizem respeito à partilha das suas experiências de namoro com IA, com muitos participantes a partilharem imagens geradas por IA de si próprios com os companheiros artificiais – alguns chegaram mesmo a ficar noivos ou casar-se com o parceiro de IA. 25% descreveram benefícios como a redução da solidão e melhorias na saúde mental. 9,5% reconheceram estar emocionalmente dependentes do seu chatbot.

O outro lado do espelho

O facto de muitos utilizadores de Companheiros de IA começarem relações com estas tecnologias de forma inesperada pode fazer-nos lembrar a dinâmica das relações humanas. Contudo, há que ter em conta um elemento relevante – estas soluções tecnológicas são desenhadas tendo como objetivo simular empatia, manter o contexto e personalizar o tom da conversa. Do ponto de vista científico, não há amizade recíproca. Ou seja, embora o resultado pareça humano, não existe nenhuma consciência ou emoção na base das respostas. Por outro lado, estes companheiros podem ter como objetivo, literalmente, seduzir adolescentes. Um exemplo ilustrativo e que causou polémica aconteceu em julho deste ano, quando o chatbot de inteligência artificial da xAI, Grok, lançou personagens interativos criados para jovens. Como escreve o jornal brasileiro Estadão, uma das personagens – Ani – “tem um visual jovem, falas sussurradas que remetem para vídeos ASMR e um estilo waifu [personagem feminina estilo anime que recebe conotação afetiva ou sexualizada]”. “À medida que o usuário interage com ela, a personagem pode comportar-se de

forma sedutora […] e até remove parte da roupa em determinadas condições de uso”, acrescentam.

A xAI não está sozinha nesta estratégia de sedução dos mais jovens Em agosto, a Reuters noticiava que as regras de utilização de Inteligência Artificial da Meta permitiam ter conversas “sensuais” com crianças. Um documento interno da empresa detalha como era permitido às tecnologias de IA “ter conversas com uma criança que sejam sensuais ou românticas”

Ex Machina (2014), de Alex Garland Trailer
Alicia Vikander no filme “Ex Machina”
Ani, criada pelo chatbot da xAI, Grok

A Meta confirmou a autenticidade do documento, afirmando que estas permissões tinham sido, entretanto, removidas.

Sexting e deepfakes

O contexto descrito tem levado ao crescimento de uma nova indústria – os sexbots de IA. No seu site, a Universidade de Sidney citava um dos seus investigadores, Raffaele Ciriello, no final de 2024, para avisar que esta indústria estava “apenas a começar” e que trazia consigo novos riscos e também “novas e estranhas questões”

E quais são alguns destes riscos? Conforme destaca uma investigação do Washington Post, vários especialistas vieram já avisar que as conversas com sexbots de IA podem levar a “expectativas irrealistas sobre sexo e dinâmicas relacionais”. Por outro lado, “os pais preocupam-se com os perigos para a saúde mental das crianças, ao serem expostas a cenários sexuais demasiado novas”

Outra possibilidade criada pela IA e que tem vindo a criar desafios são os deepfakes – imagens ou vídeos falsos que podem ser conteúdos sexuais. Como explica a BBC, muitos

(...) as conversas com sexbots de IA podem levar a “expectativas irrealistas sobre sexo e dinâmicas relacionais”

destes conteúdos utilizam imagens de corpos de pessoas reais sem o seu consentimento, retiradas de contas públicas nas redes sociais. Itália tornouse recentemente o primeiro país a criminalizar a “divulgação de imagens falsas produzidas por inteligência artificial que causem danos a alguém”, noticia o semanário Expresso. O Consórcio Centro Internet Segura (CIS) revela que têm chegado à Linha Internet Segura (ver caixa) “pedidos de ajuda relacionados com imagens de menores geradas através de IA”, com muitas destas a serem criadas “por pares ou colegas de escola” e partilhadas através de grupos de WhatsApp ou de stories do Instagram. “Este tipo de conteúdo já existia, mas,

Encontra ajuda com a Linha Internet Segura

A Linha Internet Segura é um serviço do Centro Internet Segura, financiado pela União Europeia e coordenado pela Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV). Tem como missão prestar atendimento telefónico a todos os que tenham questões sobre o uso de plataformas e tecnologias online. A Linha Internet Segura está disponível das 8h00 às 23h00, de forma gratuita, através do número 800 21 90 90 ou do email linhainternetsegura@apav.pt. Para além do atendimento confidencial e anónimo prestado através deste canal, o site do Centro Internet Segura disponibiliza um formulário de denúncia anónima de material de abuso sexual de menores, discurso de ódio ou incitamento à violência, racismo e/ou xenofobia disponível em: https://www.internetsegura.pt/ lis/denunciar-conteudo-ilegal

atualmente, tem sido amplificado pela IA”, acrescentam.

Os riscos associados à IA no contexto das crianças e jovens são “múltiplos e muito relevantes”, destaca o CIS, que partilha um conjunto de conselhos (ver destaque). “A partir do momento em que imagens de jovens estão disponíveis em fonte aberta, qualquer pessoa pode utilizálas para gerar material sexual ou artificial, manipulando digitalmente a imagem”, avisa o CIS, salientando que estes conteúdos tornam mais fácil criar identidades falsas para abordar crianças e jovens, facilitando processos de aliciamento ou obtenção de conteúdo sexual ilegal. “Os perigos são diversos”, destacam, antes de concluir: “exposição de menores, manipulação de imagens, risco de aliciamento, chantagem e danos psicológicos graves, bem como a circulação rápida e difícil de controlar deste tipo de conteúdo”

Boas práticas a ter em conta

Para Pais e Educadores

• Conversar sobre a utilização de IA, sem julgar;

• Reconhecer sinais de alerta relacionados com a utilização não saudável de companheiros de IA;

• Explicar que os companheiros IA são criados e desenvolvidos por empresas para serem sedutores e amorosos através de meios de validação e concordância constantes;

• Aprender sobre os riscos específicos para os jovens;

• Ajudar os adolescentes a reconhecer que não se trata de um feedback humano genuíno e que os companheiros de IA não podem substituir o apoio profissional à saúde mental;

• Desenvolver acordos familiares e consultar informação sobre a utilização de companheiros de IA, juntamente com outras atividades digitais em família.

Para a Escola

• Desenvolver currículos adequados à idade que expliquem como os companheiros de IA são criados e os seus intuitos;

• Estabelecer políticas claras sobre a utilização deste tipo de apps durante o horário escolar;

• Integrar a ética sobre IA nos programas de literacia digital;

• Formar professores para identificarem padrões de uso problemático;

• Educar os alunos sobre os riscos de privacidade quando partilham informações pessoais com app IA;

• Estabelecer protocolos para apoiar os alunos que possam estar a usar companheiros de IA, em vez de procurar ajuda profissional.

Fonte: https://www.commonsensemedia. org/research/talk-trust-and-trade-offs-how-and-why-teens-use-ai-companions

Stranger Things regressa para a sua derradeira aventura

Curiosidades

A inspiração para Stranger Things são as teorias da conspiração que envolvem o projeto Montauk, que acusam o governo dos EUA de fazer pesquisas para guerra psicológica e viagens no tempo. Durante um período a série teve Montauk como nome de produção. Inicialmente foi preparada como uma antologia que iria ter apenas uma temporada e, segundo a Business Insider, a conclusão veria Eleven a sacrificar-se para salvar todos os que conhecia.

O mês de novembro traz-nos a última temporada de Stranger Things e com ela o fim das aventuras no Upside Down. Contamos-te tudo sobre o que podes esperar deste último capítulo.

Em 2016, a plataforma norteamericana de streaming Netflix trouxe-nos Stranger Things. A série acompanhava as aventuras de um grupo de quatro jovens da pequena cidade de Hawkins, no estado do Indiana, Estados Unidos da América (EUA), depois do desaparecimento de Will Byers, um dos elementos do grupo. Mais tarde, junta-se ao grupo a misteriosa Eleven – ou El como é tratada carinhosamente pelos amigos – que traz consigo várias questões por responder quanto à sua origem e habilidades sobrenaturais. A partir desse momento Eleven ajuda Mike, Dustin e Lucas na sua busca pelo desaparecido Will. Quando a série estreou, de acordo com a publicação Variety, tornouse, em 35 dias, no terceiro conteúdo original da Netflix mais visto de sempre nos EUA. Já a terceira temporada, lançada em 2019, foi visualizada em mais 64 milhões de casas no espaço de um mês, tornando-se a temporada mais vista de sempre de um original da plataforma de streaming. Agora, quase 10 anos após a estreia, Stranger Things vai terminar. Os oito

episódios da quinta temporada vão ser lançados em três partes com os quatro primeiros episódios a serem lançados a 26 de novembro, mais três a 25 de dezembro. O episódio final está agendado para a véspera de ano novo, 31 de dezembro.

“A maior de sempre”

Está tudo em jogo na última temporada de Stranger Things. Num dos últimos vídeos promocionais lançados, em setembro, dois dos protagonistas, Finn Wolfhard e Millie Bobby Brown, descrevem esta temporada como sendo a que “mais tem em jogo” e que nesta temporada “estão todos

envolvidos na ação, não está ninguém sentado atrás de um walkie-talkie”. Os realizadores da série, os irmãos Duffer, Matt e Ross, dizem nesse mesmo trailer que “esta é a maior temporada que já tivemos em termos de ação. “O mesmo em termos visuais e de história”, acrescentam.

Ao todo vão ser 8 os episódios que compõem a última temporada da série. Quanto ao tempo de duração dos episódios, esse ainda é um mistério. “Os episódios 8 e 4 vão ser como filmes, mas a duração dos episódios que temos visto online não corresponde à verdade”, esclarecem os realizadores.

À margem do evento da Netflix Tudum, realizado em maio, Noah Schnapp, que interpreta Will Byers na série, contou à E!News que esta temporada é “diferente de tudo o já fizemos”. “É muito provavelmente o trabalho mais emotivo que fizemos”, disse antes de avisar: “Preparem-se para lágrimas”. Além do regresso do elenco habitual, junta-se a Stranger Things a atriz Linda Hamilton, reconhecida pelo seu trabalho em Exterminador Implacável, onde interpretava o papel de Sarah Connor. O lote de realizadores também conta com a aquisição de Frank Darabont, que desenvolveu a série The Walking Dead para televisão e vai ficar a cargo de dois dos oito episódios.

Recap com MUITOS spoilers

Se este artigo que estás a ler é o teu primeiro contacto com a série vamos deixar já aqui o aviso de spoiler. Foste avisado, vamos mergulhar no ponto em que terminou a quarta temporada de Stranger Things! A luta do bem contra o mal em Stranger Things não ocorreu somente na nossa dimensão e em Hawkins. Houve uma passagem pela União Soviética por parte de Joyce Byers e Murray Bauman para salvar Jim Hopper. Nos Estados Unidos, Eleven voltou a encontrar o pai adotivo Martin Brenner enquanto Mike, Will, Jonathan e Argyle percorriam o país numa carrinha para a resgatar. E, em Hawkins, Steve, Robin, Dustin, Lucas, Max, Erica e Eddie tentam bater Vecna, o primeiro sujeito com poderes a viver no laboratório de Hawkins. Além de ficarmos a conhecer na última temporada a história de origem de Vecna e como esta personagem está ligada a Eleven, o final mostra que o vilão conseguiu concretizar parte do seu plano. O confronto final destruiu Hawkins com um poderoso terramoto que abriu vários portais do Upside Down para dentro da cidade, matou Eddie e deixou Max num coma profundo. Será que o grupo, acompanhado pelas suas famílias, vai conseguir finalmente impedir que Vecna domine o mundo?

«DA BRINCADEIRA AO VÍCIO» PORQUE É QUE CADA VEZ MAIS JOVENS JOGAM A DINHEIRO?

Em Portugal, os jogos a dinheiro têm estado a crescer – em 2024, o setor teve um volume de apostas online superior a 20 mil milhões de euros. 68% dos jovens revela já ter “apostado a dinheiro em algum jogo”. Conhece a perspetiva de jovens que já contactaram com este mundo e a opinião de especialistas da área.

Em Portugal, 64% dos jovens entre os 15 e os 16 anos já fez apostas desportivas online, um valor quase 10% acima da média europeia. Os números são retirados do relatório Euporean School Survey Project on Alcohol and Other Drugs (ESPAD), que mostra também que 50% dos jovens com essa idade já fez este tipo de apostas presencialmente – a média europeia é 45%.

A ligação dos mais jovens ao jogo tem sido também ilustrada com outras estatísticas. De acordo com o Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos (SRIJ), no terceiro trimestre de 2023, por exemplo, 32.5% dos novos registos em plataformas de jogo online legal eram feitos por utilizadores com idades entre 18 e 24 anos. Estes dados explicam, em parte, o crescimento do ramo dos jogos a dinheiro em Portugal, mais especificamente no online. No ano de 2024, os portugueses apostaram, em média, 56 milhões de euros em jogos online por dia. Quando o ano terminou, de acordo com SRIJ, o valor total de apostas online foi superior a 20 mil milhões de euros, com cerca de 10% a vir das apostas desportivas. Olhando especificamente para o fenómeno das apostas desportivas, a 31 de dezembro de 2024, de acordo com a Forbes, haviam, em Portugal, 13 licenças atribuídas para exploração de apostas desportivas à cota. Segundo relatórios trimestrais, elaborados e divulgados pelo SRIJ, registou-se um total de receitas superior a 2 mil milhões de euros relativamente às apostas desportivas nesse mesmo ano.

Recentemente, o tema foi discutido no Parlamento, com o Livre a apresentar um pacote de iniciativas relacionadas com o jogo online e a venda de raspadinhas, com apenas cinco a seguir para um trabalho mais aprofundado. Entre as questões discutidas encontravam-se a limitação à publicidade a jogos e apostas na Internet, a proibição de publicidade destes jogos por parte de influencers e figuras públicas, proibição do patrocínio a eventos e competições por casas de apostas e o dever de avisar sobre o potencial de adição dos jogos de azar.

Vai uma aposta?

A expectativa é que o mercado do jogo a dinheiro continue a crescer projetando-se que, mundialmente, segundo a plataforma Statista, este mercado global tenha em 2025 uma

receita a rondar os 450 mil milhões de dólares – cerca de 386 mil milhões de euros, um valor superior ao PIB português. Segundo a mesma plataforma, espera-se que o número de utilizadores neste mercado chegue quase aos 2 mil milhões em 2030. Estes dados não incluem os valores envolvidos no mercado de jogo ilegal, uma fatia significativa deste universo. De acordo com a Associação Portuguesa de Apostas e Jogos Online (APAJO), por exemplo, “40% dos portugueses continuam a apostar em plataformas ilegais”, com esse valor a ser ligeiramente mais alto (43%) nos utilizadores entre os 18 e os 34 anos. No que diz respeito a Portugal, a investigação “BlindGame: As atividades de jogo de azar ‘online’ dos jovens portugueses” do Observatório Social da Fundação La Caixa, mostranos o impacto dos jogos a dinheiro junto da população entre os 15 e os 34 anos. Dos mais de 2 mil entrevistados para este estudo, cerca de 68% já tinha “apostado em dinheiro em algum jogo”

“Parece inofensivo ao início, mas depois acaba-se por apostar muito dinheiro”.

Os dados recolhidos mostram também que existe um maior envolvimento da faixa etária mais jovem (15 e 24 anos) com o jogo online, enquanto as pessoas com idades entre os 25 e 34 anos apostam mais offline. Quando efetuam apostas, a grande maioria (60%) gasta mensalmente 20 euros ou menos, mostrando, segundo o estudo, “algum controlo de gastos neste tipo de atividades”. Contudo, há quem aposte entre 41 e 100 euros (11,7%) mensalmente, com 7,3% dos participantes a revelar gastar mais de 100 euros e uma minoria (1,8%) a afirmar que investe mais de 250€ neste tipo de jogos.

“Parece inofensivo ao início”

A FORUM esteve à conversa com dois jovens, que permaneceram em anonimato, sobre o seu contacto e experiência com o mundo dos jogos a dinheiro. “Vejo que, na minha idade, as apostas começam por brincadeira e pela piada”, conta-nos uma estudante de 17 anos do ensino secundário, antes de acrescentar: “Parece inofensivo ao início, mas

depois acaba-se por apostar muito dinheiro”.

“Cada vez mais se assiste a um começo precoce no envolvimento do jogo a dinheiro”, explica-nos

Ana Cristina Antunes, professora e investigadora da Escola Superior de Comunicação Social, que fez parte da equipa do estudo “BlindGame” Falamos de uma geração “presente online” e “exposta a múltiplos estímulos”, mas Ana Cristina Antunes assinala: “os comportamentos de jogos a dinheiro que os jovens têm online, não são os mesmos que têm offline”

Esta entrada precoce no mundo dos jogos a dinheiro foi confirmada por outro dos nossos entrevistados, que relatou o seu caso. “Comecei a fazer apostas com 16 anos, usando a conta de um primo”, conta. Aquilo que ao princípio parecia brincadeira, acrescenta o estudante de 23 anos, atualmente no Ensino Superior, tornouse um vício.

“Tornou-se um vício quando arranjei um trabalho, apostava regularmente quantias altas e tinha de estar sempre atento aos jogos”, confessa, antes de acrescentar: “Senti que estava a correr muito bem, em cinco apostas ganhava duas ou três e, com a adrenalina, apostava sempre mais”. O impacto deste vício levou este jovem a afastar-se do mundo do jogo a dinheiro e das apostas desportivas. “Conheço gente que aposta e quando falam sobre o tema tenho de me afastar para não voltar a sentir a tentação de apostar”, conta à FORUM. Com a ajuda de amigos que também estiveram neste mundo, afastou-se gradualmente e revela: “Já não aposto há um ano e meio”

Um novo perfil de jogador

O “perfil do típico jogador” está a mudar, confirma-nos o diretor do Instituto do Apoio ao Jogador (IAJ), Pedro Hubert. Há cerca de vinte anos, o perfil era um “jogador de casino e de euromilhões, entre os 40 e os 50 anos” “Depois da aparição do jogo online, a média baixou para os 30 e anda agora pelos 20”, acrescenta. “No IAJ, nos últimos anos, a faixa etária do jogador patológico anda entre o 23 e os 25 anos”, partilha antes de assinalar: “O facto de eles serem tão novos não quer dizer que tenham começado a jogar com essa idade, muitos começaram a jogar quando ainda eram menores”. E o que pode levar um jovem a jogar? Além do marketing e da acessibilidade,

existem igualmente outros fatores, conta Pedro Hubert: “O gosto pela competitividade e pelos desafios, possuir uma personalidade forte ou ter dificuldades financeiras”. O jogo pode tornar-se mais que recreativo, tornando-se um escape, oferecendo “adrenalina, euforia e excitação” O cruzamento do mundo das apostas com a gamificação traz

ainda desafios adicionais. “Outro dos fatores são os videojogos, com componentes como as lootboxes, as skins e “os jogadores [cartas] no FIFA”, conta Pedro Hubert que destaca a “evidência científica de que quem teve problemas com microtransações nos jogos, desenvolve problemas com jogo a dinheiro”

“Tornou-se um vício quando arranjei um trabalho, apostava regularmente quantias altas e tinha de estar sempre atento aos jogos”

Os “pedidos de dinheiro” a “familiares e amigos”, “passar muito tempo à frente do ecrã”, “em sites de apostas desportivas, fóruns ou grupos de dicas”, “alterações de humor” ou “abdicar de atividades que gostava”, são alguns dos sinais a ter em conta quando se desenvolve a adição, avisa o especialista. “Começa sempre com uma vontade de ganhar mais e depois os jogadores querem recuperar o dinheiro que perderam e não descansam, continuando a apostar”, alerta Pedro Hubert.

«A MÚSICA É UMA PARTILHA DE DIFERENÇAS E É ISSO QUE NOS APROXIMA DE OUTROS

MUNDOS» Luís Trigacheiro

A música não era a primeira escolha de Luís Trigacheiro, até que tudo mudou. Aos 21 anos, o alentejano, natural de Beja, conquistou a 8.ª edição do The Voice Portugal e desde então a música passou a ser a sua carreira. Em entrevista à FORUM, fala-nos do seu percurso até ao momento, contando-nos como a música agora faz parte da sua vida, aos 26 anos.

Do curso de Agronomia para vencer o The Voice, passando por outro curso superior de Jazz e Música Moderna. Como foi este percurso?

Tenho os dois cursos a meio (risos). Para já, porque a música aparece numa altura em que estava no curso de Agronomia, o que me obrigou a tomar uma decisão. Tentei conciliar, mas não foi fácil por causa das agendas cruzadas – há coisas que aparecem e tu não queres fazer do “pé para mão”. Acabei por decidir meter o foco só de um lado do jogo. Quanto ao curso de Jazz e Música Moderna, acabei por me desmotivar um pouco no início – é um curso exigente e ainda bem que é – mas sei que iria dar-me ferramentas ótimas. Era difícil chegar ao nível de

Luís Trigacheiro, Fado do Meu Cante Ouve a música

exigência que era requerido. Meti temporariamente na gaveta.

Contaste noutras entrevistas que os teus amigos te inscreveram às escondidas no programa. Sentes que precisavas desse “empurrão”? Era algo que não tinha como objetivo. A música, para mim, era um hobby, uma coisa secundária. De repente, as coisas mudaram e agora olho para trás e penso: “Ainda bem que as coisas foram assim”. O The Voice foi uma montra boa, um empurrão grande, as coisas começaram a andar a uma grande velocidade. Se calhar, era difícil acontecer de outra forma. Pelo menos, não seria tão fácil chegar a alguns sítios ou ter uma estrutura como tenho neste momento. Ainda bem que assim foi.

Como é que reagiste?

Disse-lhes: “Eu vou, mas só vou ver como aquilo funciona” (risos). Não era um mundo a que estava habituado, mas agora quero continuar dedicado a ele.

O teu envolvimento com a música começa ainda jovem, em grupos de cante alentejano.

Comecei a ouvir cante alentejano através da minha avó, ainda em cassetes. Ouvia, cantava com ela e com outras pessoas de mais idade. Depois, comecei a pensar noutros estilos musicais, a ir para outros lados. Sempre na ótica de fazer um dinheiro extra e de fazer uma coisa que me dava prazer.

«A música para mim era um hobby, uma coisa secundária (...) Só me queria divertir».

Sempre com grupos e nunca a solo. Tive uma fase em grupos corais e depois outro de cante alentejano. Pegávamos em covers que já existiam e íamos fazendo um mix. Comecei um grupo com os meus melhores amigos e foi muito bom. Tivemos várias fases, onde o primeiro cachet foi “jantar e copos” e o segundo foi 25€. Tocámos para vários tipos de públicos e em diferentes palcos, que me ensinaram muito e trazem boas recordações.

A carreira de Luís Trigacheiro

O artista alentejano participou e venceu a edição de 2021 do concurso da RTP The Voice Portugal sob a mentoria da cantora Marisa Liz. Em 2022 lança “Fado do Meu Cante”, o seu primeiro álbum a solo. Em 2024 lança “Ela”. Além da discografia a solo, tem também colaborado com artistas como os Átoa, Nena e Diogo Piçarra.

Mesmo assim não tinhas pensado nesta carreira como uma possibilidade?

Nem pensava nisso sequer. Queria ser agrónomo, estava a estudar para isso. Só me queria divertir com a música, nunca tinha sido a minha ferramenta principal, por assim dizer.

Tens colaborado com diferentes artistas, mas em todas essas colaborações se notam as influências do cante alentejano. É desafiante a fusão com outros estilos, como o pop? É muito desafiante. O cante alentejano já o conheço, já o domino, faz parte mim. Para mim, é fácil, tal como para outras pessoas é fácil cantar num registo mais pop. Há vários estilos dentro do pop, enquanto o cante alentejano tem uma base. Depois há coisas que acontecem, estás a cantar e há coisas que saem assim, são genuínas. Quando tentas pegar numa coisa e criá-la à força vai saber a empurrão. Acho que é bom termos contacto com linguagens diferentes das nossas, porque a música é isso mesmo. É uma partilha de diferenças e é isso que nos aproxima de outros mundos, que nos faz criar algo novo e que nos consigamos dar a conhecer a outro tipo de públicos.

A tua nova música com o Diogo Piçarra, “Porta 43”, é um exemplo disso. Como foi o processo de criação deste tema?

Até uma determinada fase estávamos a pensar o que queríamos, a experimentar acordes e outras coisas. Depois a filha do Diogo chega ao estúdio para nos cumprimentar, estava meio constipada e descalça. O Diogo vira-se para ela e diz: “Ainda ficas pior. Calça-te amor”. E nós começámos a brincar com aquilo e focámo-nos na frase, que acabou por se tornar a chave desta canção.

A relação com o Diogo já vem desde o The Voice. Sim, não foi o meu mentor, mas podia perfeitamente ter sido. Criámos uma relação desde aí que tornou fácil o processo. Até hoje nas promoções da canção, no estúdio e em concerto temos uma ligação forte e uma conexão fácil de acontecer.

Qual é a sensação de ter duas salas esgotadas no Coliseu de Lisboa? É ótimo. Estou muito contente e ansioso para perceber como é que esse dia vai ser, o decorrer de cada sessão, se o público vai alinhar naquilo que vou fazer. Vai correr bem, estou certo. Tenho

surpresas preparadas, não vou dizer quais (risos).

Consideras-te um embaixador da cultura alentejana? Sentes que esta está viva?

Sim, a cultura alentejana está viva. Cada vez tens mais miúdos a aparecer, a cantar, com estilos próprios. Posso dizer que sou uma das influências porque eles ouvem as minhas músicas, já cantei com eles. Há uma influência neste trabalho e ainda bem que assim é.

Depois de “Fado do Meu Cante”, onde homenageias o Alentejo e de “Ela”, que se foca na figura feminina, o que vem a seguir? Podes revelar?

Ainda estou a trabalhar nisso. É muito cedo. Entre disco, Coliseu e concertos não tive tempo para pensar. Não gosto de fazer coisas à pressa e até ter essa certeza, prefiro não fazer só por fazer.

Admitiste em entrevistas ser “apologista da composição em grupo”. Sentes que debater ideias ajuda a tua criatividade?

Muito. Nós termos visões diferentes de outras pessoas e termos o cunho delas é bom. Às vezes, achamos que só a nossa opinião é que é válida, não é assim. É bom ter alguém com uma perspetiva diferente da tua, alguém que questione e que te sugira coisas diferentes. É nessa diferença que podes encontrar um caminho e uma

A “Porta 43”

resposta que andavas à procura e não sabias. Trabalhar com alguém que sabe ajuda-te a ir para outros sítios quando estás bloqueado e isso é muito bom.

Tu já trabalhaste com vários nomes diferentes, Carminho, Luísa Sobral, a Irma… Vais aprendendo um pouco com quem te cruzas?

Sim. Já consumo a música deles, não vou sem saber o que cada um deles faz. Isso torna fácil a junção das coisas. Seja na composição ou nos duetos.

«É bom ter alguém com uma perspetiva diferente da tua, alguém que questione e que te sugira coisas diferentes»

E daquilo que vais ouvindo? Já partilhaste que ouves Caetano Veloso, entre outros artistas... Sim, eu ouço muita música diferente. Sou uma pessoa aberta aos estilos todos. Mal comparado, eu acordo a ouvir Caetano Veloso, vou almoçar a ouvir Quim Barreiros e vou beber um copo a ouvir house ou eletrónica. Não sou fechado a um estilo só, sou abrangente.

“Porta 43” é uma colaboração entre Luís Trigacheiro e Diogo Piçarra, que já escreveu para o primeiro álbum do cantor alentejano. A música teve estreia ao vivo no final de agosto, no Festival do Crato. O videoclipe da canção, realizado por André Tentugal, mostra um casal a viajar em carros separados até o reencontro acontecer na “Porta 43”.

Luís Trigacheiro, Diogo Piçarra - Porta 43 Videoclip

Depois de um longo intervalo, Football Manager volta a entrar em campo

Em 2024, ao contrário de anos anteriores, os adeptos de futebol não contaram com a chegada do simulador Football Manager que viu o seu lançamento adiado. O diretor do estúdio Sports Interactive, Miles Jacobson, afirmou não querer que os fãs comprassem algo que “não fosse bom o suficiente”. Com expectativas redobradas, o novo FM vai conhecer a luz do dia, a 4 de novembro.

Após a edição de 2025 ter sido oficialmente cancelada em fevereiro, o jogo Football Manager volta renovado para a edição de 2026. Com o cancelamento, as atenções da Sports Interactive (SI) viraram-se totalmente para o número seguinte da franquia, com o jogo referente a 2024 a não ter qualquer atualização para compensar o inesperado adiamento.

O cancelamento da edição de 2025 interrompeu uma sequência de lançamentos anuais que vinha desde 2005 e que soma, se contarmos com as vendas do seu antecessor Championship Manager, mais de 33 milhões de cópias vendidas.

A SI procurou desculpar-se junto dos fãs depois de uma decisão que classificou como “difícil”: “Sabemos que esta decisão é muito desapontante, levando em conta que a data de lançamento foi adiada duas vezes”. Ainda em comunicado a empresa afirmou ter tentando “efetuar um grande avanço em termos técnicos e visuais”, mas que tal acabou por ser impossível.

“Cancelar o lançamento do jogo foi a coisa acertada a fazer”, afirmou o diretor da SI, Miles Jacobson, em entrevista à publicação The Athletic “Eu não conseguia encontrar coisas no meu próprio jogo” disse, antes de acrescentar: “foi embaraçoso”. Em entrevista à BBC, o diretor do estúdio assumiu que “não estava feliz com a qualidade do jogo e não estava pronto para que as pessoas saíssem a gastar o dinheiro que tanto lhes custou a ganhar em algo sem qualidade”.

Adivinhem quem voltou?

Foi no mês de agosto deste ano que chegou o desejado anúncio – em 2025, o Football Manager ia regressar. A informação foi revelada através de um pequeno teaser, de 30 segundos, que terminava com a pergunta: Guess who’s back? (“Adivinhem quem voltou”, em português).

Mais informações sobre o jogo ficaram disponíveis em setembro, com a data de lançamento de 4 de novembro a ser confirmada para computador e consolas (PS5, Xbox Series X/S e One), bem como uma versão mobile para sistemas Android e iOS. A 4 de dezembro, os amantes de futebol também vão poder jogar Football Manager 26 Touch, para a Nintendo Switch 2

As novidades do novo jogo da franchise foram partilhadas num “gameplay reveal” lançado no Youtube, que conta com a presença do diretor do estúdio, Miles Jacobson, e do jogador da equipa principal do West Ham United, Jarrod Bowen.

As aguardadas novidades O que podem então esperar os fãs de Football Manager nesta nova entrada? Visualmente, de acordo com o IGN, vão encontrar um jogo que deu um grande salto em termos visuais, com animações mais realistas. Isto porque o motor de jogo foi reconstruído de raiz, tendo por base a tecnologia Unity, com o objetivo de dar uma experiência de dia de jogo mais imersiva.

O jogo conta também com uma nova interface de utilizador, onde em vários portais vais encontrar campos respetivos para a tua equipa, as táticas de jogo e o recrutamento.

Há ainda uma novidade que o portal Operation Sports define como sendo “a maior mudança tática em 34 anos” – é oferecida aos jogadores a oportunidade de desenhar as táticas com e sem posse de bola. Esta mudança também se vai refletir na fase de recrutamento, com os olheiros agora a poderem procurar jogadores com características adequadas ao sistema que pretendes.

Se estiveres à procura de conhecimento, podes utilizar a enciclopédia de jogo FMPedia. Através dessa barra de pesquisa universal poderás encontrar jogadores, clubes e aprender o significado de um termo futebolístico.

O novo Football Manager conta também com a inclusão do futebol feminino. Vão ser 14 ligas, de 11 países, com a Liga Inglesa de Futebol Feminino (WSL) a estar completamente licenciada. Esta edição também vai contar com a Premier League ou Primeira Liga Inglesa totalmente licenciada, com fotos de jogadores, emblemas e equipamentos oficiais.

O jogo vai trazer uma experiência nova tanto aos estreantes como aos antigos jogadores, promete o diretor da SI, Miles Jacobson. “Se és uma daquelas pessoas que já jogou mil ou duas mil horas, vais ter de desaprender tudo aquilo que sabes”, avisou, deixando uma garantia: “Já não funciona assim”.

A lenda portuguesa do Championship Manager

Antes de existir o Football Manager havia o Championship Manager e, na longínqua época de 2001/2002, havia um jogador português a fazer as delícias dos adeptos. Não, não era Cristiano Ronaldo. Antes do madeirense marcar mais de 50 golos por época nos relvados, o português Tó Madeira fazia-o nos simuladores de milhares de jogadores espalhados pelo mundo. Tó Madeira era a alcunha de infância de António Lopes, que se voluntariou para auxiliar na pesquisa do plantel do clube da sua terra, o CD Gouveia, corria a época de 2000/2001. Na época seguinte, ocupado com os exames da licenciatura em Engenharia Civil na Universidade de Coimbra, incluiu-se a si, familiares e amigos no plantel do Gouveia, exagerando nalgumas das suas características na certeza de que “haveria algum algoritmo para verificar a base de dados”. O que é certo é que Tó Madeira acabou por se tornar um fenómeno do simulador, recordado por muitos adeptos e que ainda deu origem a um clube, o FC Tó Madeira, fundado por funcionários da

Para Nenny, a música foi o refúgio que se tornou casa

Ouvir a música de Nenny é conhecer Marlene Tavares. Desde criança, a música sempre marcou presença na sua vida, fosse por influência dos pais ou pelos filmes que via. De cantar e dançar sozinha no quarto, acabou a partilhar o seu talento, primeiro através de covers e depois com a gravação dos seus singles ainda enquanto estudante. Em conversa com a FORUM, Nenny deu-nos a conhecer melhor a sua jornada até chegar ao mundo da música, lugar que, desde cedo, “sentiu que ia ser a sua casa”.

A música sempre fez parte da vida de Nenny, nome de palco de Marlene Tavares. A artista de 22 anos, com raízes cabo-verdianas, nasceu e foi

“Os meus pais metiam sempre muita música lá em , conta, antes de dar alguns exemplos dos estilos ouvidos:

“Funaná, Cabo Zouk, Morna, Coladeira, era de tudo” Jorge Neto, Cesária Évora, Mayra Andrade e Sara Tavares foram algumas das referências que a acompanharam na

Embora a música fosse presença assídua na sua vida, Nenny não consegue especificar quando “queria ser artista e realmente . No entanto, recorda-se de ver “MTV e adorar “ver filmes da Disney porque também tinham muita “Queria cantar, decorava as letras e cantava. Achavame uma princesa, basicamente”, sorridente. Ainda assim, estes primeiros passos na música eram dados em privado. Em entrevista Inforpress – a agência caboverdiana de notícias – a artista revelou que tinha alguma vergonha de

cantar e que o fazia apenas no seu quarto: “Muita gente não sabia que cantava e dançava, a não ser a minha família”. Tudo mudaria quando começou a gravar os primeiros covers e a partilhá-los. Foi aí que a timidez foi desvanecendo, também com o incentivo de uma amiga “que a ouvia sempre a cantar”

Estas gravações trouxeram-lhe as primeiras oportunidades no mundo da música. A primeira das quais com os Wet Bed Gang – também eles de Vialonga –, depois de postar no seu Instagram uma cover da música “Devia Ir”. “Eles levam-me a estúdio e ajudaram no processo todo”, conta.

Os primeiros passos

As primeiras idas a estúdio tiveram lugar no verão de 2018, quando estava de férias da escola e em Portugal. Isto porque parte da juventude da artista foi passada no estrangeiro, vivendo emigrada primeiro em França e depois no Luxemburgo.

Em 2019, ocorre o lançamento de três dos seus singles “Sushi”, ”On You” e “Bússola”, bem como a primeira atuação ao vivo no festival Sudoeste. No meio dos nervos, que atribuiu aos seus 16 anos de idade, Nenny tinha uma certeza: “Sentia que a música ia ser a minha casa”

Ainda que Nenny tivesse já experiências em palco, uma vez que fez parte de um grupo de dança tradicional de Cabo Verde, a artista conta-nos que viver o primeiro concerto foi diferente. “Ter o público todo a olhar para ti, enquanto cantas a tua música, e seres tu a pegar no microfone traz mais pressão e o nervosismo estava mesmo à flor da pele”, explica, antes de garantir: “Mas eu consegui gerir”.

O sucesso em idade escolar

Nenny lembra-se até hoje da primeira música que escreveu. “Escrevi uma

música sobre racismo, que era aquilo que eu tinha passado na escola”.

Para a artista, “a música foi sempre refúgio” e ajudava-a a “lidar melhor e a ultrapassar o problema” “Eu ouvia música, escrevia e cantava também para me ajudar a esquecer das coisas que aconteciam”, reforça.

Com as suas letras, que abordam tópicos atuais como a imigração, o racismo e a discriminação, Nenny diz que fica com esperança de “ajudar as pessoas e retribuir toda a energia” que recebe. A artista explica ainda que as suas letras são muito influenciadas pelas suas experiências de vida: “Quem ouve Nenny fica a conhecer melhor a Marlene”.

Os seus primeiros sucessos surgiram ainda em idade escolar, por volta dos 16 anos, algo que, admite, “foi difícil conciliar” “Só queria ser uma adolescente normal, ter amizades normais e estudar”, fazendo uma revelação: “Menti para ter amigos” Divertida, Nenny recorda que, na escola, quando lhe perguntavam “és a Nenny?”, respondia: “Não, sou a prima dela”. Na mesma altura, surgiu a oportunidade de gravar uma sessão para o Colors, em Berlim, onde apresentou os temas “Tequila” e “Wave”. Contudo, a gravação dessa sessão ia levar a que faltasse a uma semana de aulas, algo que no Luxemburgo não seria tolerado.

“Falei com a escola e disseram-me que se não fosse para representar o Luxemburgo, que eles não poderiam justificar as faltas”, explica. Sabendo que faltar uma semana poderia conduzir à expulsão da escola, Nenny decidiu realizar a gravação. “Apostei em mim”, conta, revelando que assegurou à mãe, o seu “pilar”: “Eu sei que agora pode ser difícil, mas mais tarde vai dar frutos e acho que vai correr bem”

A importância da mãe e o futuro

Quem ouve o tema “Dona Maria”, percebe imediatamente a importância da mãe para Nenny. Na música, a artista fala de uma vida que imagina para as duas, objetivo que sente estar a alcançar: “Sinto que estou a conseguir e vou conseguir ainda mais – a minha mãe é ‘casa’ e ajuda-me sempre naquilo que preciso”, afirma. Enquanto artista, Nenny afirma que vai entrar numa fase “mais adulta”, marcada pela coragem de “falar daquilo que quer falar” “É uma

Nenny que voltou de uma fase em que se sentiu perdida, porque já não estava a gostar de fazer músicas e sentia muita pressão”, conta, explicando que esta pressão vinha “não só das redes sociais, mas da opinião de muita gente”

Aos 22 anos, Nenny sente que existe uma mudança – “sinto cada vez mais que consegui encontrar-me e que estou a ter o autoconhecimento de dar às pessoas aquilo que sou”

Sobre o futuro, não tem dúvidas. “Eu vou cantar, eu vou dropar, eu vou ser rapper, eu vou ser cantora”, conta, antes de concluir: “Mas, para além disso, eu vou ser artista”

6 peças de teatro onde os jovens são protagonistas

No mundo do teatro, podemos encontrar peças que se focam nos jovens, acompanhando o seu crescimento, lutas internas, intrigas familiares e aventuras, nenhuma é igual, com cada história a ter em si uma lição e moral diferente. Viaja pelo tempo, desde a Grécia Antiga até à modernidade, e descobre estas peças onde os jovens são as personagens principais.

Antígona

(século 5 A.C.) Sófocles

Antígona é o nome da jovem protagonista que dá o título a esta peça escrita na Grécia Antiga. A protagonista é irmã de Etéocles e Polinices. Durante a guerra, Etéocles defendeu Tebas e por isso terá direito a um funeral, enquanto Polinices, como atacou a cidade, não poderá ter as mesmas honras por ordem de Creonte, o novo rei de Tebas. Na cultura grega, sem ser sepultada, a alma não encontra a paz e, contrariando as ordens do rei, Antígona (que considerou a ordem injusta) enterra o seu irmão em segredo. Em Antígona, além do conflito familiar e da subversão da juventude, também podemos encontrar reflexões sobre temas muito atuais, 2500 anos depois, como os papéis de género ou a desobediência civil.

Hamlet

(século XVI) William Shakespeare

Outras peças do dramaturgo britânico William Shakespeare poderiam ser escolhidas, como Romeu e Julieta, que acompanha a paixão de dois jovens de famílias rivais. Esta, em específico, conta-nos a história do jovem Hamlet, sobrinho do atual Rei Claudius e filho do falecido Rei Hamlet. A peça conta com cinco atos e, ao longo da história, vemos como Hamlet planeia a vingança contra o seu tio, que assassinou o rei e casou com a rainha, Gertrude, para ocupar o trono do Reino da Dinamarca. Entre fantasmas, uma peça dentro da peça e muito mais, a história de Hamlet acompanha o crescimento do seu protagonista e retrata temas como violência, vingança, morte, loucura e conflito familiar.

A Gaivota

(1895) Anton Tchékov

No final do século XIX, o autor russo Anton Tchékov escreveu a peça “A Gaivota”, que nos conta a história do jovem aspirante a escritor Konstantin Trepliov, também conhecido como Kóstia, que quer criar uma nova forma de teatro. A ação decorre numa propriedade rural russa, onde Kóstia vive com a sua mãe, a atriz Irina Arkádina. A acompanhar o jovem nos vários atos estão personagens como Trigorin, um escritor famoso, Nina, interesse amoroso de Kóstia, Macha e o professor Medvedenko. A história desenrola-se a partir de uma peça que Kóstia escreveu e que é estrelada por Nina, mas que é gozada pela sua mãe e pelos convidados que estão na quinta. A Gaivota oferece-nos uma reflexão sobre os caminhos que se abrem na juventude e as tensões e motivações para os conseguir trilhar.

Peer Gynt (1867)

Henrik Ibsen

Tendo por base lendas e contos populares noruegueses, Peer Gynt de Henrik Ibsen, conta a história da personagem titular, um jovem impulsivo, ambicioso e imaginativo, cuja mente está constantemente no mundo da fantasia. Peer, um camponês preguiçoso e mentiroso, vive com a sua mãe Äse, a quem ele conta histórias coloridas, repletas de mentiras e exageros. Depois de raptar uma noiva, Peer foge para as montanhas onde conhece Solveig, uma jovem que imediatamente se apaixona por ele. Nesta narrativa, acompanhamos o personagem principal na busca pela sua identidade, conhecendo a forma como esta procura é muitas vezes complexa, ao estar dividido entre um lado mais egoísta e uma mente sonhadora.

The Glass Menagerie (1944) Tennesse

Williams

The Glass Menagerie, ou a Gaiola de Vidro, conta, pela perspetiva da personagem principal e narrador da história, Tom Wingfield, aquilo pelo que passou durante o período da grande depressão, na década de 30 do século XX. Tom é um jovem poeta, que para sustentar a família durante este período atribulado trabalha num armazém. Com ele vivem Amanda, a sua mãe, uma mulher faladora e controladora, que pretende garantir um bom futuro para os filhos e Laura, a irmã, portadora de uma deficiência física e que vive isolada, refugiando-se na sua coleção de animais de vidro. O enredo começa quando Tom traz um dos seus amigos, Jim O’Connor, como pretendente para a sua irmã. Os papéis de género, bem como o dever e a liberdade de um jovem perante o núcleo familiar são alguns dos temas em destaque.

Coro dos Maus Alunos (2009) Tiago Rodrigues

O foco desta peça de Tiago Rodrigues é a relação entre uma turma e o seu professor de Filosofia. O professor procura promover junto dos seus alunos o espírito crítico em relação à escola. Esta abordagem leva a que o professor seja acusado pela restante comunidade educativa de confundir estes jovens, ultrapassando os limites daquilo que deve ser a relação entre professor e aluno, sendo submetido a um processo. A peça é narrada do ponto de vista dos alunos que, ao longo de uma conversa a várias vozes, descrevem o impacto que estas reflexões têm na sua vida e visão do mundo. Por essa razão, o texto reflete sobre o papel da Escola, a relação dos jovens com a Educação e a subversão que pode ser associada à juventude.

Soft clubbing. As festas saudáveis à tarde são o novo

“sair à noite”?

Um pouco por todo o mundo um novo conceito começa a ganhar a forma – festas realizadas à tarde centradas “mais em saúde e bem-estar do que em álcool e drogas”. Em Portugal, já há exemplos desta tendência. Sabe tudo aqui.

“A Festa não acabou, está a evoluir” É desta forma que a empresa de eventos Eventbrite contextualiza o fenómeno do soft clubbing, que descreve como “a nova vida noturna”

As diferenças são notórias – em vez de madrugadas passadas em discotecas com centenas de desconhecidos, o soft clubbing propõe festas em cafés à tarde, sessões de dança matinais ou até raves em saunas.

A mudança, acrescentam, é sobretudo concretizada pelas novas gerações, devido às suas características, uma vez que “61% da Geração Z quer beber menos álcool para dar prioridade a melhor sono, saúde mental e bem-estar físico”. De acordo com a plataforma da empresa

«(…) em vez de madrugadas passadas em discotecas com centenas de desconhecidos, o soft clubbing propõe festas em cafés à tarde, sessões de dança matinais ou até raves em saunas»

– que registou 4,7 milhões de eventos em 2024 – há um aumento de 92% na quantidade deste tipo de eventos. As maiores subidas registam-se no Coffee Clubbing (478%), Festas de

Dança Matinais (20%) e Encontros

Termais (256%).

“A Geração Z está a redefinir o significa ‘sair’”, explica a Especialista em Tendências da Eventbrite, Roseli Llano, antes de concluir: “Estão a escolher experiências que alimentam o corpo e a alma tanto quanto entretêm”.

Prioridade às conexões

O fenómeno foi noticiado em agosto deste ano pela revista Vice: “O soft clubbing é a tendência mais recente no mundo da vida noturna” Destacando como estas festas são centradas “mais em saúde e o bemestar do que em álcool e drogas”, a publicação norte-americana explica

que o objetivo passa também por “procurar eventos mais baratos, dar prioridade a conexões autênticas e encontrar formas de sociabilizar mais seguras e acessíveis”. De acordo com o portal The Portugal News, a tendência já terá chegado a Portugal. A publicação portuguesa em língua inglesa escreve mesmo sobre “a revolução do soft clubbing de Lisboa” , fazendo referência ao evento Wake Up Club que, em 2025, teve três edições centradas neste conceito. A primeira, realizada em janeiro, decorreu entre as 8 e as 11 da manhã. “Digam adeus às ressacas e olá às conexões conscientes” é a frase de destaque na promoção do evento.

Para além das festas matinais ou raves termais (com banhos quentes ou gelados), o movimento é composto por outros eventos com conceitos inovadores. Um deles consiste em

jogar xadrez ao pôr-do-sol e ao som de um DJ Set. Este é um exemplo de festas realizadas pelo Pieces Chess Club, uma organização fundada em Lisboa que se assume como “um clube de xadrez social” e que conta já com presença noutras cidades europeias.

Eventos de soft clubbing já chegaram a Portugal, como DJ sets matinais ou até festas de xadrez ao pôr-do-sol.

Entre o cansaço e a poupança

Uma reportagem da revista New Yorker acompanha alguns eventos de soft clubbing, destacando como, em Nova Iorque, eles se realizam em cafés e até cabeleireiros. “[O soft clubbing] é o que acontece quando

uma geração cresce com demasiados estímulos e burnout e quer a diversão sem o cansaço”, escreve a repórter Samantha Leal.

Num artigo de opinião assinado no jornal Público, Gonçalo Soeiro Ferreira oferece uma explicação alternativa para a mudança geracional – os constrangimentos económicos. Descrevendo os próprios eventos de soft clubbing como “absurdamente caros”, o analista de marketing de 23 anos destaca que “os jovens não deixaram de sair como antes da pandemia por capricho ou apenas por causa da internet” “O preço de uma casa ou de um quarto é uma piada. O preço das coisas é ridiculamente alto. A oferta da vida noturna é muitas vezes fraca e pouco inclusiva”, sublinha, antes de concluir: “E a ansiedade de carregar todo este mundo às costas retira-nos a vontade de o aproveitar”

5 clubes de estudantes que

ao mais alto nível competem

Em Portugal, já houve exemplos de equipas criadas e ligadas aos estudantes que competiram ao mais alto nível (ver caixa). Trazemos-te 5 exemplos atuais, em várias modalidades e locais do mundo.

UC Dublin AFC

Futebol | Irlanda

2.ª Divisão Nacional

Fundado em 1895, o University College Dublin Association Football Club é o clube de futebol desta instituição de ensino superior irlandesa. Apesar da ligação académica, compete nas ligas profissionais da Irlanda, participando nas divisões de topo do seu país. Esteve pela última vez no escalão máximo na época de 2023. Por esta razão, o clube liga os mundos do futebol universitário e profissional, formando jogadores num regime de bolsas de estudo que permitem conjugar uma carreira desportiva e completar um curso superior. Jogando no Estádio de Belfield Bowl, onde joga também a equipa de rugby da University College Dublin, o clube mantém uma forte identidade académica.

AZS UMCS Lublin

Basquetebol | Polónia

1.ª Divisão Nacional

A equipa feminina de basquetebol do AZS UMCS Lublin está ligada à Universidade Maria Curie-Skłodowska, em Lublin, na Polónia. Criado em 1944, o clube conta com um palmarés impressionante nesta modalidade, tendo começado a competir ao mais alto nível a partir da década de 1960. As suas principais vitórias são a Taça da Polónia de 2016 e o Campeonato Nacional de 2023, que levou à participação na EuroLiga em 2023/2024. Para além de contar com muitas estudantes-atletas, a equipa treina e joga nas estruturas da universidade e apoia projetos de investigação desportiva.

UCAM Esports Club

eSports | Espanha

Competições profissionais

Fundado em 2020 com o objetivo de combinar ensino superior e competição de alto nível, o UCAM eSports Club é o clube de eSports da Universidade Católica de Santo António de Murcia (UCAM). De acordo com a instituição de ensino superior, este é o único clube universitário profissional de desportos eletrónicos. A equipa compete em jogos como League of Legends ou Clash Royale, tanto a nível nacional como internacional, tendo já contado com atletas portugueses como Tiago “Aziado” Correia ou João Miguel “Baca” Novais. A universidade criou ainda uma gaming house, uma sede onde os atletas e estudantes podem treinar, competir e estudar. Todos recebem bolsas de estudo e mentoria, para ajudar a conciliar estes dois mundos.

Loughborough Lightning

Râguebi | Inglaterra

Primeira Divisão Nacional

A Loughborough Lightning é a equipa feminina de râguebi da Universidade de Loughborough, situada em Leicestershite, em Inglaterra. Compete na primeira divisão do país, a Premiership Women’s Rugby, depois de, em 2016, ter visto a sua candidatura para participar na liga profissional feminina de topo aprovada. Os treinos são realizados na universidade, mas os jogos decorrem num estádio partilhado com a equipa profissional masculina Northampton Saints. A equipa recruta atletasestudantes, com bolsas de estudo, e partilha a marca Lightning com outras equipas da universidade. A equipa masculina de râguebi, por sua vez, compete no quarto escalão inglês.

Cardiff Met Women AFC

Futebol | País de Gales

Segunda Divisão

Fundada como UWIC Ladies FC, a equipa Cardiff Met WFC é a equipa feminina de futebol da Universidade Metropolitana de Cardiff, competindo ao mais alto nível do País de Gales. Desde a criação da competição Adran Premier, em 2009, a equipa universitária é mesmo a mais titulada, em conjunto com o Swansea City, com 6 títulos nacionais que levaram a múltiplas participações na Liga dos Campeões da UEFA. A época de maior glória desta equipa foi a de 2018/2019, ao vencer o campeonato nacional, a taça e taça da liga, terminando a época sem qualquer derrota. Em 2024/2025, contudo, não conseguiram evitar a descida para a segunda divisão.

O caso da Académica de Coimbra

A secção de futebol da Associação Académica de Coimbra (AAC) conta com um historial ao mais alto nível nos campeonatos nacionais, tendo inclusivamente vencido a primeira edição da Taça de Portugal, em 1939, depois de derrotar o Benfica na final. Cerca de 30 anos depois, em plena Crise Académica que colocava em confronto os estudantes e o regime, a AAC voltaria à final da competição. No Estádio Nacional, no Jamor, o jogo foi marcado pelas mensagens de protesto e pelo forte contingente policial. A Académica de Coimbra perderia 2-1 com o Benfica e, no final, os jogadores colocaram a capa aos ombros, em sinal de luto. Em 1974, foi criado o Organismo Autónomo de Futebol, que passou a gerir de forma independente a estrutura do futebol sénior da Académica de Coimbra, com autonomia financeira e desportiva. A AAC continuou a ter uma Secção de Futebol, gerida pelos estudantes, que compete hoje na primeira divisão distrital de Coimbra.

Inscreve-te no bp Segurança ao Segundo e podes ir a um festival de verão!

As inscrições para a nova edição do desafio BP Segurança ao Segundo estão abertas. Junta um grupo de amigos, coloca a tua criatividade ao serviço da segurança e prevenção rodoviária e habilita-te a ganhar prémios incríveis.

O desafio BP Segurança ao Segundo está de volta no ano letivo de 2025/2026 para uma nova edição. Criado em 2011, o concurso convida estudantes portugueses (do 3.º ciclo e ensino secundário ou profissional) a promover a segurança e a prevenção rodoviária. Como o podem fazer? Através de um vídeo que aborde um dos cinco principais fatores de risco de acidentes rodoviários em Portugal entre os jovens.

A equipa vencedora fica habilitada a ganhar um passe para um festival de verão à sua escolha.

Para que possas participar, constrói uma equipa de 4 a 10 elementos e encontra também um professor ou professora que fique responsável pela coordenação. Os professores que desempenharem este papel também estão elegíveis para receber prémios (cartões de combustível BP).

Feita a inscrição, tens de agarrar na tua câmara ou telemóvel e criar um vídeo original que transmita uma mensagem acerca de um destes seguintes temas: condução sob o efeito de álcool ou drogas, velocidade excessiva, uso de telemóvel durante a condução, não

utilização de cinto de segurança ou condução em situação de fadiga ou cansaço.

Dá a conhecer o ás da segurança rodoviária que há em ti e leva prémios incríveis para ti e para a tua equipa. Sabe mais sobre o bp Segurança ao Segundo consultando o regulamento.

5 razões para participares no

Conhece a justiça por dentro!

Envolve a tua turma no mesmo projeto!

Participa numa simulação de um julgamento!

Descobre os bastidores da justiça!

O ano letivo 2025/2026 traz consigo mais uma edição do Justiça para Tod@s. Se tens entre 12 e 18 anos e és interessado por temas como Lei, Justiça e Direitos Humanos, este é o projeto para ti. A Forum Estudante, em colaboração com a Abreu Advogados, traz-te esta iniciativa que te quer colocar a pensar sobre estes temas através de jogos de simulação em tribunal, com o apoio de juízes e advogados de profissão!

Descobre mais em justicaparatodos.net

Justiça para Tod@s

Guia de Sobrevivência para o Natal em Família

Este não é o nosso primeiro Natal. Já sabemos como tudo funciona – as piadas do tio, os comentários da avó, as manias do primo. Apresentamos-te um guia para que possas sobreviver a mais uma quadra natalícia.

#1 Levanta o teu escudo emocional

É sabido que o jantar de Natal não é um jantar. É um fogo cruzado de violência verbal na forma de comentários como “então e esses amores?” ou “parece que engordaste, não?”, sem esquecer o temível “já sabes o que vais fazer da vida?”. Perguntas como estas podem causarte desconforto, por isso, a chave é prepares o teu escudo emocional. Inspira-te nas palavras do Buda – “a paz vem de dentro” – e regista a pergunta, sorri e acena, qual monarca a desfilar pelas ruas. Se tudo correr mal, atira-lhes com Bertolt Brecht, dizendo, calmamente: “O novo vem do antigo, mas nem por isso é menos novo”.

#2 Domina o território da mesa

Como em tantas outras situações, tudo começa com o lugar que te calha em sorte. Tenta ao máximo controlar esta lotaria. Há um primo obcecado por crossfit? Tenta escapar a um tratado sobre proteína. Uma tia munida de fotos de férias? Procura fugir ao Powerpoint. Depois de te sentares, a atenção será fundamental para que domines o território da mesa. Tem em atenção temas quentes como política, futebol ou veganismo, procurando prever as várias tomadas de posição. Se nada funcionar e te sentires desconfortável, adota o ponto seguinte.

#3 Aprende a arte da fuga estratégica

A milenar arte da fuga estratégica tem sido utilizada, geração após geração, em jantares de família. Reza a lenda que, já no tempo dos nossos antepassados nómadas-recolectores, os mais jovens diriam coisas como “acho que ouvi um tigre dentes de sabre, vou só ali fora ver se está tudo bem” ou “lembrei-me agora de umas bagas que deixei por apanhar”. Basta adaptar este princípio aos dias de hoje. Ir buscar guardanapos ou fingir

uma chamada podem trazer-te alguns minutos de paz fundamentais.

#4 Sobrevive à troca de presentes

Regra número um. Baixar as expectativas. Regra número dois. Baixar ainda mais as expectativas. Num momento sensível, em que as nossas reações são analisadas em tempo real e com mais escrutínio que um milhão de inteligências artificiais, será importante ensaiares um comentário simpático e não exagerado. Roupa interior? “Olha, por acaso estava mesmo a precisar”. Pacotinho de chocolates? “Chocolate nunca é demais!”. Um livro aleatório? “Acho que já ouvi falar deste autor”. Recorda-te, nestes momentos, do ponto #5.

#5 Recorda o verdadeiro significado do Natal

Haverá uma altura, a meio da noite, provavelmente depois de ouvires pela sexta vez a mesma história ou piada, que uma ideia descerá sobre ti. Se calhar, é esta noite meia caótica que torna o Natal… o Natal. Nunca ninguém disse que iria ser fácil reunir tantas pessoas – por vezes tão diferentes –num mesmo espaço. Mas é o facto de o fazermos que torna esse momento especial. Bom Natal e boa sorte!

Horoscópos de Presentes para ficarem contentes

O ano a terminar, o Natal a chegar e vocês aí com a lista feita e pronta a entregar ao Pai Natal, não é? Para vos poupar possíveis dissabores, o professor Esótanga vai avisar-vos antecipadamente com o que podem (ou não) contar nos vossos sapatinhos. A resposta às vossas cartas está… nas cartas. Ou nas estrelas. Talvez nos búzios. Enfim, logo se vê.

SIGNO DO MÊS

Sagitário (22/11 a 21/12)

As cartas são claras, saiu-te o Louco. Se sei o que isso significa? Não, que o baralho não veio com as instruções. Mas a intuição do Esótanga diz-lhe que muito possivelmente vais receber aquilo que não pediste, o que te vai deixar irritado.

Capricórnio (22/12 a 19/01)

Agora que recebi o baralho tenho de o usar, não é? Vou preencher a reclamação com a loja mais tarde. Desculpa Capricórnio, não te vi aí. Ui, saiu-te o Mago. Sabes o que é que isso quer dizer? Que vais receber um kit de magia! Para certos familiares ainda não cresceste.

Aquário (20/01 a 18/02)

Calma, Aquário. Contigo não vou utilizar o baralho. Nem as estrelas, pois está nublado. Lancei os búzios e a forma deles é… uma touca? Bem, se não fazes natação o melhor é começares a pensar inscrever-te.

Peixes (19/02 a 20/03)

Ah, finalmente uma abertura no céu. Anda, junta-te a mim Peixes. Conheço as tuas opiniões quanto à Astrologia, mas agora é melhor começares a gostar de Astronomia. Tu não vês Alpha Centauri como eu, mas vais passar a ver quando receberes um telescópio.

Carneiro (21/03 a 20/04)

Continuamos nas estrelas. A Culpa é das Estrelas. Amigos e amigas de Carneiro, este vai ser o livro escolhido pelos vossos tios como prenda. Não fui eu que o disse, foi o firmamento.

Touro (21/04 a 20/05)

Os nativos e nativas de Touro já estavam a fazer planos com o dinheiro que iam juntar de todos os familiares para “comprar uma coisa que gostes”, mas cresceram. Agora chegou a altura de um pijaminha fofo. Eu sei que ia gostar.

Gémeos

(21/05 a 20/06)

A distância que nos separa do sol é, curiosamente, a mesma que separa o sol da terra: 149.600.000 quilómetros. Este dado estatístico extremamente relevante é sinal que os nativos e nativas de Gémeos vão receber prendas na exata medida das que oferecerem. Deviam ter pensado melhor antes de comprar 30 pares de meias em promoção.

Caranguejo

(21/06 a 22/07)

Com a colaboração do meu colega espanhol Noes Verdad, vimos que no Natal vão ficar a andar de lado com o vosso presente. É um daqueles elásticos de resistência. Começou a missão verão 2026! Mas só depois do bolo-rei!

Leão (23/07 a 22/08)

A carta que o baralho vos atribuiu foi o Diabo. Não é mau presságio, antes pelo contrário. Vais receber o jogo de Monopólio que querias, o que vai causar muitas chatices familiares à tua conta. Segredo de Esótanga: compra a Avenida da Liberdade!

Virgem (23/08 a 22/09)

Bebi o meu cafezinho, vi as borras no final e reparei que tinha chegado a ti, Virgem. O café não estava bom e isso deixou-me de mau humor. Vais receber meias com padrão de losango, só porque quero.

Balança (23/09 a 22/10)

Nada temas Balança, o meu bom humor está reposto lancei os meus búzios e por engano, lá no meio, encontrei um Ferrero Rocher. Vais receber tantos bombons este Natal. Cuidado com a linha!

Escorpião

(23/10 a 21/11)

Vejo tantas estrelas a piscar no céu para ti, Escorpião. A diferentes velocidades, umas vezes devagar, outras rápido. Espera… eram as luzes da árvore da Natal. Enfim, para ti sai uma coletânea de Star Wars. Da trilogia original até à ultima, com os maus filmes incluídos.

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