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LESÕES NO KITE!

O kitesurf é uma modalidade esportiva relativamente nova, cuja prática depende não só de equipamento especializado, mas também das condições climáticas e ambientais. O esporte, que mistura surf, windsurf e Wake board, tem evoluído muito e atraído cada vez mais adeptos ao redor do mundo. No Brasil, a quantidade de praticantes tem crescido muito, principalmente no verão, quando as intensidades dos ventos e o calor favorecem a sua prática, seja em lagos, lagoas ou nas águas dos mares.

@marcosssdiass

Dr. Marcos Dias Medicina e Ortopedia Esportiva Traumatologia

Cannabis Medicinal

O Dr. Marcos Dias é colaborador da Seção de Saúde

O esporte pode se comportar de forma bastante heterogênea, possuindo categorias bem distintas entre elas. Temos como exemplos o estilo “freestyle” (modalidade em que o praticante realiza manobras, saltos e giros) o “kitewave” (no qual o praticante executa manobras nas ondas, bastante semelhante ao próprio surf) e as “regatas” (modalidade onde se prioriza a velocidade entre os competidores). Outra categoria do kitesurf inclui o simples ato de velejar, sem fins competitivos e sem intenções de manobras, simplesmente com intuito de se divertir.

Por ser um esporte realizado junto à natureza, que é considerado um ambiente não controlado pelo praticante, com presença de obstáculos naturais (e não naturais), que exige alta velocidade do atleta e também exige o uso de uma gama de equipamentos, ele passa então a proporcionar consideráveis riscos de lesões aos seus adeptos. Se somarmos todas essas variáveis entre si, então criamos o ambiente ideal para que o atleta sofra algum tipo de lesão, e na maioria delas, nas estruturas musculoesqueléticas do corpo. Porém, algumas lesões obviamente se sobressaem entre outras, no que se diz respeito a grande frequência que elas ocorrem. Vamos então falar um pouquinho de quais são as lesões mais comuns na prática do kitesurf e quais segmentos do corpo elas acometem.

Tabela Com Os Tipos De Les Es Mais Frequentes Na Pr Tica De Kitesurf

Partindo da análise e observação da prática deste esporte da óptica médica e considerando primeiramente os tipos de lesões, constatamos que as mais citadas pelos atletas foram: as entorses (associados à lesões ligamentares) as contusões (traumas sem presença de fraturas), os estiramentos, as fraturas, as luxações e por último as dores crônicas, que se tornam mais intensas em época de velejo frequente (época em que os ventos são mais frequentes). Então temos a seguinte sequência dos tipos de lesões mais comuns:

•Entorses (joelhos, tornozelos)

•Contusões / Traumas (mãos, dedos, costelas, tronco e crânio)

•Distensões / Estiramentos (coxas, pernas e braços)

•Fraturas (pequenos ossos das mãos e dos pés, arcos costais e ossos longos)

•Luxações (ombros, dedos das mãos e dos pés, cotovelos e tornozelos)

•Dores crônicas (coluna cervical, coluna lombar, joelhos, cotovelos, ombros e punhos)

Quanto ao segmento corporal, as lesões ocorrem majoritariamente nos membros inferiores, seguidas pelos membros superiores e por último as lesões distribuídas entre a cabeça e o tronco.

Quando observamos as lesões dos membros inferiores, estas apresentaram a maior prevalência na região dos joelhos, seguida pelos tornozelos, pés, coxas e pernas.

Principais seguimentos acometidos entre os membros inferiores:

•Joelhos

•Tornozelos

•Pés

•Coxas

•Pernas

Entre as lesões dos membros superiores, as mais prevalentes foram na região dos ombros, mãos e dedos das mãos, seguidos pelos cotovelos e punhos. Em relação às lesões distribuídas entre a cabeça e o tronco, as costelas e as costas foram as regiões mais lesionadas, seguidas da cabeça, olhos e ouvidos.

Principais seguimentos acometidos entre os membros superiores:

•Ombros

•Mãos

•Dedos das mãos

•Cotovelos

•Punhos

•Costelas, cabeça, olhos e outros

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