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História O KITE EM FLORIPA
Alessandra Audino e Alex Mello em uma conversa com Dudu Schutz, da Wind Center e Alemão da Parapente Sul sobre a origem do Kitesurf aqui em Floripa, podemos considerar 1997 ano em que Dudu recebeu a missão de “descobrir como funcionava o Kitesurf”, e a Ale Kite que reviu sua primeira prancha de Kitesurf, ali com o Dudu com 21 anos, ! Nesta primeira Edição a FLORIPAKITE LIFESTYLE fez questão de ter essa história registrada nestas páginas e no vídeo da conversa.
Alemão: – A primeira vez que eu vi Kite, eu estava na Áustria em Innsbruck onde tem a fábrica da Pro-Design Paraglider. A galera do voo e de alta montanha, é onde começou o voo, na tradição da alta montanha normalmente quem voa também faz ski, snow e foi meio automático, a galera treinando com a vela no chão, já fala que é Kite e, provavelmente o que aconteceu foi em dia de vento forte, a galera empinando a vela e tomando uns arrastos na neve, igual a gente nas dunas e alguém pensou: – Vamos botar uma pranchinha...
Dudu: – E um kite menorzinho pra não ter tanta porrada
Alemão: – Os primeiros Kites que eu sei foi assim que começaram. Quando eu vi, acho que era o primeiro campeonato Europeu ou Austríaco de KiteSnow e achei alucinante...
Ale:– E isso já faz quantos anos?
Alemão: – 1996 / 1997
Dudu: – Eu acho que isso foi em 1996 e na minha mão chegou em 1997...
Alemão: – Foi bem naquela época da Bad Boy...
Dudu: – A Bad Boy estava recém começando aqui em Floripa.
Alemão: – Na hora que a Bad Boy chegou aqui, quem fazia os esportes na cidade...
Dudu: – Até porque o Marcos da Bad Boy foi o cara que trouxe os primeiros Kites bons, já esses infláveis feitos pra usar na água.
Eu lembro do Alemão falando assim: – Dudu o negócio puxa pra caraca. A gente foi arrastado na areia, puxou 2 pessoas juntas em dia de vento sul, você não acredita na força do negócio e na areia não dá, machuca demais, tu que és da água não quer tentar? E aí ele me jogou aquele Kite feito pela Pro-Design e era tipo bem pequeno, só que a potencia dele era incrível e ele tinha umas bocas bem abertas assim, que parecia um parapente, um paraquedas de Base Jump...
Ale: – com 2 linhas?
Dudu: – Não, tinha “milhares de linhas” era tipo um parapente...
Alemão: – Tipo esses Foil de hoje, totalmente mais rustico, e o próprio parapente naquela época também era muito mais rústico. Hoje em dia os Parapentes possuem o rígido de Foil pra manter o Bordo de Ataque mais íntegro e não deformar no vento. Podemos dizer que o Parapente criou o Kite e depois o Kite teve algumas coisas que o Parapente usou, que nem o Skate e o Surf, onde o Skate veio do Surf e hoje o Surf pega várias manobras do Skate.
Dudu: – Na Califórnia era tudo junto, a gente faz tudo junto, eu surfo e ando de Skate...
Alemão: – É o life style da galera que sempre gostou de fazer esportes.
Dudu: – E nessa época eu estava na pegada de voar com vocês também, eu estava bem ligado ao Parapente.
Ale: – Você está há quanto tempo no Kite Dudu?
Dudu: – Desde 1997! Aí o que aconteceu, dessa passagem do Alemão que foi o meu padrinho, e padrinho do Brasil no Kite, porque nessa época do Alemão, no Brasil tinha um cara em Ilhabela que surgiu e também era voador, o Stefano, tipo logo depois que o Alemão trouxe esse Kite, e a gente começou a usar, o Stefano trouxe uns iguais ao Parapente, com as bocas mais fechadas, o perfil era mais fininho, ele apareceu com um equipamento a mais, com umas pranchas feitas pelo Rafael Sale, que hoje em dia é o diretor da F-One. Junto no ano seguinte em 1998 chegou o Manu Bertain em Floripa....
Ale: – O meu primeiro contato com o Kitesurf foi contigo Dudu, e você se lembra da situação em que você me colocou? Era um Kite Naish, 2 linhas preso no pulso, e o Dudu me largou num vento Sul “porranca”
Dudu: – Mas ela também não é uma mulher normal, já era Campeã de Windsurf e a gente ia pra Aruba competir e o Kite entrou no lance... Segundo com o Kite, veio o Roberto Rich com o Manu e fizeram uma prancha que na parte de baixo parecia um catamarã e a parte de cima era plana...


Uma coisa que acontece no Kite com todo mundo, quando tu põe as mãos no negócio, tu brinca na areia e depois anda um pouquinho, parece que você tem uma necessidade e não consegue mais parar, eu já dormia pensando no Kite...
Tecle o play e assista essa entrevista integral, da História do Kitesurf aqui em Floripa pelos Legends Dudu e Alemão!

A Alessandra Audino ficou emocionada ao ver a sua primeira prancha de Kite, de 21 anos atrás, ali com o Dudu que tem a história do esporte em seu DNA.
Ao lado a AleKite em uma foto, usando sua primeira prancha de Kitesurf.

O Rica Linhares em 2 momentos: Na “Onda Rainha do Dia” registrado pelo Alex Mello e levantando água, em um Floater, pela lente do James Thisted.

Os Fotógrafos Alex Mello e James Thisted esteveram na Praia do Campeche, no Riozinho, registrando de fora e de dentro do mar, os Riders “sambarem” com manobras radicais pela Avenida Riozinho na Passarela das Ondas!

O CARNAKITE FLORIPA foi incrível! Quem compareceu e enfrentou os desafios desse dia, irá se lembrar que esse Bloco no Mar desse Carnaval teve muitos Foliões com sorriso fácil no rosto depois dessa “Special Session!”

Foto James Thisted
Fotos James Thisted

Nos dias 18 e 19 de Fevereiro durante o Carnaval, Riozinho esteve clássico com vento Sul e Altas Ondas!
Fotos do James Thisted de dentro do mar, registrando as sequências dos melhores momentos dos Riders!


Tiago Azzi • Outdoor Filmmaker,é local do Riozinho e está sempre presente nos dias clássicos pra radicalizar fazendo manobras com pressão!





Fotos James Thisted







Fotos Alex Mello



Um final de semana de verão com vento Sul e altas ondas, clássico!
Condições Desafiadoras: Acima Nícolas pegando uma das ondas grandes do dia, foi fotografado pelo Alex Mello!



Abaixo André e Alex Mello fotografando o Nícolas e o Fotógrafo
James Thisted registrando no Zoom Out! Valeu a parceria James!

Entevista com Adrien Caradec - OKES FOIL
Por Alessandra Audino
Adrien: – Vou falar um pouco do Foil. A OKES faz equipamentos de Hydrofoil para diversas modalidades como: Surf, Kite e Windsurf.
Ale: – E o KiteFoil depois que surgiu o WingFoil?
Adrien: A história da OKES começou com o Kite Foil e eu aprendi a andar de Foil, no KiteFoil que apareceu pra mim em 2013.
Comecei a fazer as asas em casa de brincadeira e percebi a viabilidade de fazer um negócio. A sensação do HydroFoil é muito legal!
Ale: – E você ainda produz as prnchas de KiteFoil?
Adrien: – Sim e faz 2 anos que o WingFoil domina o mercado, tenho feito 15 pranchas de Wing para 1 prancha de Kite, esse número pode ser ainda maior...
Ale: – Agora que está começando o WingFoil?
Adrien: – O WingFoil tem 4 anos e a evolução desse esporte em 4 anos é maior do que o Kitesurf em 30 anos. A proporção de praticantes, a evolução do grau de manobras Free Style é bizarro, a cada semana tem a postagem de alguém fazendo uma manobra mais absurda ainda. O Windsurf demorou 40 anos. O WingFoil se aproveitou de toda essa bagagem.

Ale: – Dizem também quem vem do WindSurf para aprender o WingFoil é mais fácil?
Adrien: – É mais fácil com certeza, você tem o domínio da vela que é muito parecido, é o WindSurf Livre, libertou o WindSurf, não tem aquela coisa presa, travada...
Ale: – Retranca, o mastro...
Adrien: – É quase tudo igual, na retranca tem que segurar o Wing inflado...
Ale: – No WingFoil se usa trapézio também?
Adrien: – O pessoal de competição usa pra fazer regata, pra ter mais performance e no WingFoil Free Ride (estilo livre) não precisa, eu mesmo velejo sem trapézio e fico 3 a 4 horas na água sem trapézio
Ale: –. O que tu indica para um iniciante de WingFoil, o que ele precisa? Uma prancha com bastante flutuação, uma asa maior? Quais são os tamanhos das tuas asas, mastros, tem vários tamanhos para atender os diferentes níveis de velejadores?
Adrien: – Primeiro, o que eu indico para um iniciante é procurar uma Escola de WingFoil. Ele quer fazer Wing e não tem nenhum conhecimento, numa escola ele vai aprender 2 esportes, o HydroFoil e a vela, se for Kite ou Wing e são 2 atividades com um universo de informações e o melhor caminho é sempre a Escola!
O iniciante deve optar por um equipamento que seja fácil pra ele como: uma prancha com bastante largura, volume, uma asa grande, lenta. A prancha deve ser comprida e larga pra dar estabilidade e no WingFoil a evolução é muito mais rápida do que no KiteFoil.
O iniciante que não vai em uma Escola pode comprar um equipamento que daqui há 4 meses já não esteja mais adequado e ele pode ter evoluído, e por isso é legal fazer aulas, onde vai usar equipamentos de iniciante da Escola.
Ale: – Existe algo intermediário entre uma prancha pra iniciante e outra mais profissional...
Adrien: – Eu gosto de falar com todos os nossos clientes pessoalmente pra tirar essa informação dele de qual nível ele está e a disponibilidade de praticar. O iniciante ir praticar apenas uma vez por mês não adianta entregar uma prancha com mais performance, por ele não ter uma constância no aprendizado, por exemplo, ele terá um aprendizado mais lento, diferente de um cara que se diz ter sangue nos olhos e vai velejar sempre que estiver ventando, a evolução vai ser rápida.
Veja o vídeo dessa entrevista que traz muito conteúdo sobre o Universo do Foil e do WingFoil!